Seu Pastor: Uma espécie em extinção - 1ª Igreja ... obediente e resignado à Palavra de Deus,...

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Seu Pastor: Uma espécie em extinção Seu Pastor: Uma espécie em extinção (Baseado no livro (Baseado no livro Seu pastor é um espécie em Seu pastor é um espécie em extinção extinção, , de H. B. London Jr. e Neil B. de H. B. London Jr. e Neil B. Wiseman, da editora Eclesia) Wiseman, da editora Eclesia) Pr. Fernando Fernandes Pr. Fernando Fernandes Pr. Fernando Fernandes Pr. Fernando Fernandes PIB em Penápolis, 11/01/2009 PIB em Penápolis, 11/01/2009 Por ocasião dos 10 anos de pastorado em Por ocasião dos 10 anos de pastorado em Penápolis, em 09/01/2009. Penápolis, em 09/01/2009.

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Seu Pastor: Uma espécie em extinçãoSeu Pastor: Uma espécie em extinção(Baseado no livro (Baseado no livro Seu pastor é um espécie em Seu pastor é um espécie em

extinçãoextinção, , de H. B. London Jr. e Neil B. de H. B. London Jr. e Neil B. Wiseman, da editora Eclesia)Wiseman, da editora Eclesia)

Pr. Fernando FernandesPr. Fernando FernandesPr. Fernando FernandesPr. Fernando Fernandes

PIB em Penápolis, 11/01/2009PIB em Penápolis, 11/01/2009

Por ocasião dos 10 anos de pastorado em Por ocasião dos 10 anos de pastorado em Penápolis, em 09/01/2009.Penápolis, em 09/01/2009.

Refletindo e orando sobre

estes 10 anos de pastorado e sobre

uma série de questões questões

reclamadas por alguns irmãos, me deparei com este

livro. 2

É um livro de 1998, escrito para os membros da igreja, tentando

despertar o povo de Deus para as necessidades daqueles que são vocacionados e ungidos para o

ministério pastoral.ministério pastoral.

Li este livro em 2003, mas foi um grande conforto reler estas páginas,

em especial o capítulo 3.3

O título do O título do capítulo 3 é:capítulo 3 é:

“O que os “O que os pastores desejam pastores desejam pastores desejam pastores desejam

que suas que suas congregações congregações

saibam acerca do saibam acerca do ministério”ministério”..

4

Nesta manhã, ao agradecer a Deus

os 10 anos de pastorado na PIB

em Penápolis, tomo emprestado tomo emprestado

as ponderações deste livro para

dizer aos amados o seguinte: 5

1. A crítica ácida e maldosa fere o seu 1. A crítica ácida e maldosa fere o seu pastor (pág. 62).pastor (pág. 62).

Todos os membros da igreja esperam e desejam ser elogiados e

incentivados pelo seu pastor, mas muitos membros só fazem criticar de muitos membros só fazem criticar de

maneira ácida o seu pastor.

Alguns até reclamam pelo fato de o pastor não ser mais resistente às

críticas que fazem, pois “só querem ajudar...”.

6

O problema não é a crítica em si. O problema é a intenção maldosa e a

maneira voraz como a crítica é feita.

Quem realmente é movido pelo Quem realmente é movido pelo Espírito Santo e quer ajudar, quando o pastor erra, dá conselhos bíblicos

ou faz uma sábia exortação espiritual, abençoando o seu pastor.

7

Porém, na vida da igreja, geralmente as críticas ao pastor são ácidas e

soam como uma injusta condenação.

Na maioria dos casos, a crítica ao pastor é uma reclamação mal-pastor é uma reclamação mal-

intencionada, baseada em uma oposição desleal, que tem como

objetivo rebaixar o pastor em seu caráter, sua unção e em sua auto-

estima.8

Este tipo de crítica é maldosa. É diabólica. É cruel.

Não precisamos denegrir o caráter, o nome, a unção e a imagem de uma

pessoa para criticá-la ou para pessoa para criticá-la ou para reclamar de seus erros.

Os autores do livros dão alguns conselhos, para que esse péssimo

costume acabe. Vejamos.9

a) Tente proteger o seu pastor da crítica ou faça o seu melhor para

amenizar o tumulto causado pelas “reclamações”.

b)Evite a crítica como argumento b)Evite a crítica como argumento contra o seu pastor e lembre-se de que na maioria dos casos a crítica nada mais é do que a confissão de

uma preferência pessoal. 10

c) Tente redobrar o seu apoio ao seu pastor e veja os resultados que Deus pode operar na vida dele, e na sua.

Criticar é fácil. Muito fácil.Criticar é fácil. Muito fácil.

O difícil é mudar a mentalidade, a postura e conduta, para se construir

uma nova realidade.11

2. Mesmo na igreja, o conflito entre 2. Mesmo na igreja, o conflito entre pessoas é inevitável (pág. 65).pessoas é inevitável (pág. 65).

O ser humano é um ser conflitante por essência, devido o constante

paradoxo entre humanidade e espiritualidade, libertinagem e livre espiritualidade, libertinagem e livre

arbítrio.

Um ser humano sozinho, em si mesmo, vive conflitos espirituais, existenciais, psicológicos, morais, emocionais e comportamentais.12

Os pastores convivem com controvérsias durante a maior parte

do tempo, mas não devem e não podem tomar partido, favorecendo a

ninguém.

O compromisso do pastor é com a O compromisso do pastor é com a Deus, com Palavra de Deus e com o

padrão ético exigido pala Bíblia.

Só isso já é motivo para muito conflito.

13

O próprio pastor tem seus conflitos pessoais, mas tem também o desafio de usar a criatividade para se manter obediente e resignado à Palavra de

Deus, bem como para instruir os Deus, bem como para instruir os membros da igreja, para que

aprendam a lidar com seus próprios conflitos e para que também sejam

obedientes a Deus.14

Lamentavelmente, nas igrejas, os conflitos surgem por assuntos

relativamente sem importância ou por que alguém se sente magoado

ao não conseguir conduzir os processos do seu jeito pessoal.processos do seu jeito pessoal.

A maioria dos conflitos seriam evitados se levássemos em conta o

disposto na Bíblia e os compromissos firmados pela congregação para toda

a Igreja.15

Outras vezes, os conflitos surgem quando o pastor precisa repreender

algum irmão ou irmã por um comportamento inapropriado ou por

atitudes inconvenientes.

Todo mundo pode cobrar e criticar o pastor, mas o pastor, quando exorta um membro ou corrige os erros das

ovelhas, sempre gera conflito. 16

Porém, quando os membros da igreja, a liderança e o pastor conflitam e debatem idéias à luz da verdade

bíblica, em respeito mútuo e procurando tomar uma decisão procurando tomar uma decisão

espiritual que abençoará a unificará a igreja como Corpo, este conflito é

útil e abençoador.17

Não há como evitar os conflitos e sempre teremos conflitos, mas

devemos entender que a prevalência sempre deve ser a da verdade

bíblica, visando a qualidade espiritual da igreja e a unidade do espiritual da igreja e a unidade do

Corpo de Cristo.

A receita para tornar útil e abençoador os conflitos é...

18

Nunca tente colocar o seu pastor ou os outros irmãos em uma camisa de

força espiritual, emocional, relacional ou administrativa, mas

sempre tente colocar a sua vida e a sua igreja nos padrões da Bíblia sua igreja nos padrões da Bíblia Sagrada, em obediência a Cristo,

buscando a unidade da igreja.

Caso contrário, o conflito vai dividir a igreja e dispersar o rebanho.

19

3. Pastorear é um modo de vida, não 3. Pastorear é um modo de vida, não um emprego (pág. 66).um emprego (pág. 66).

Embora o ministério pastoral requeira habilidade, conhecimento, talento,

competitividade e força de vontade, competitividade e força de vontade, ser pastor não é profissão.

Ser pastor é vocação e depende exclusivamente do chamado divino e

da unção espiritual. 20

Ninguém escolhe ser pastor e não se é bem-sucedido no pastorado só por

que se quer ser pastor.

Deus escolhe e chama as pessoas que ele quer para o ministério pastoral.ele quer para o ministério pastoral.

O trabalho pastoral requer a pessoa em sua integralidade, exigindo corpo, mente, alma e espírito.

21

O pastor tem todas as responsabilidades de um

profissional, devendo estudar e aprimorar seus conhecimento,

porém, isso só não basta.

Pastorear exige oração, intimidade com Deus, integridade de caráter, equilíbrio emocional, casamento

sólido e ajustado, e uma família bem estruturada. 22

É todo um conjunto de vida o que habilita alguém para ser pastor.

O expediente pastoral não tem horário definido. Quando se é

pastor, se pastoreia 24 horas por dia, pastor, se pastoreia 24 horas por dia, 7 dias por semana, 365 dias do ano.

Pastorear é estar disponível sempre para Deus e para o rebanho em suas

necessidades.23

Todos os outros profissionais escolhem a profissão e são

escolhidos por suas habilidades.

O pastor é escolhido por Deus em sua soberania, independentemente da soberania, independentemente da

vontade humana, e deve ser escolhido para o pastorado da igreja em oração, independentemente de

suas habilidades ou de sua personalidade.

24

O ministério pastoral é um modo de vida e não uma profissão.

Ao contrário de qualquer outra Ao contrário de qualquer outra atividade de trabalho, o vigor

espiritual e a pureza da vida íntima do pastor determinam a qualidade

do seu ministério.25

Para ajudar a igreja a compreender que pastorado não é profissão, é

vida, o livro orienta que jamais nos esqueçamos de que os pastores são colocados por Deus nas igrejas, para colocados por Deus nas igrejas, para

liderar.

Devemos lembrar que o pastor não é nem empregado e nem mercenário. É vocacionado e ungido por Deus.26

4. Seu pastor precisa de cuidado 4. Seu pastor precisa de cuidado espiritual (pág. 68).espiritual (pág. 68).

Todo cristão sabe que o zelo e a resistência da igreja dependem

diretamente da vitalidade espiritual diretamente da vitalidade espiritual do pastor.

Porém, o ministério tem se tornado espiritualmente desvalorizado.

27

Prova disso é a mentalidade reinante de que saber ser pastor e saber lidar com as pessoas é mais importante

do que ser Pastor.

Outro sintoma é a mentalidade distorcida no sentido de que “fazer” distorcida no sentido de que “fazer” ministério é mais importante do que

servir no Ministério.

Ser pastor não é mais servir a Cristo, mas sim atender à demanda

eclesiástica. 28

Ser pastor também não é mais andar com Cristo, mas atender aos

interesses dos membros das igrejas.

Ser pastor não é mais atribuir glória para Cristo, mas sim dar aos para Cristo, mas sim dar aos

membros da igreja a sensação de que participam de um ministério

“glorioso” e de uma “grande” igreja.

Ser pastor não é mais ser Pastor.29

Há remédio para este mal e há possibilidade de se resgatar o valor

do ministério pastoral?

Sim. Basta que ofereçamos cuidados espirituais aos nossos pastores, diz o espirituais aos nossos pastores, diz o

livro, agindo da seguinte forma:

a) Reconheça que nenhuma igreja terá vida espiritual sadia se o seu pastor

está espiritualmente enfermo.30

b) Ofereça ao pastor oportunidades para que ele saia da “rotina”

ministerial e pastoral, com amigos, familiares e para atividades de laser.

c) Invista em literatura para que seu pastor alimente a alma, a mente e o

espírito com boa leitura, além da Bíblia e da Teologia.

31

d) Ofereça ao pastor um tempo para “retiro espiritual”, em meditação e

oração, além das férias e das convenções, para que ele se

reoriente diante de Deus e renove, neste tempo, suas energias neste tempo, suas energias

espirituais.

e) Faça o enorme favor à sua igreja, exigindo que o seu pastor participe

de cursos de capacitação ministerial.32

Embora o auto-cuidado espiritual seja uma absoluta necessidade e uma

responsabilidade do próprio pastor, cada igreja, através de seus líderes e cada igreja, através de seus líderes e

membros, deve encorajar o seu pastor a se tornar um ministro cada

vez mais fortalecido espiritualmente.

33

5. Todos os pastores necessitam de 5. Todos os pastores necessitam de uma remuneração de classe média uma remuneração de classe média

(pág. 70).(pág. 70).

Um crescente número de pastores se sente em apuros por não estar apto

a se manter economicamente.a se manter economicamente.

Em muitas situações, a renda da esposa que trabalha fora é o que torna possível a continuidade do

ministério. 34

Não há nenhum problema se a esposa do pastor precisa trabalhar para

compor a renda familiar.

O problema é quando o salário da esposa é o que sustenta o ministério.

Isso está errado, não é bíblico e é Isso está errado, não é bíblico e é pecado.

O mesmo se aplica nos casos de pastorado parcial, quando o pastor

tem um emprego além da igreja.35

Seria interessante que os líderes da igreja soubessem um pouco mais

obre as necessidades econômicas e sobre os problemas ou desafios

financeiros do seu pastor.

Outra questão interessante é pensar não apenas em quanto o pastor

ganha, se é muito ou pouco, mas sim pensar se a igreja é justa ou não no

que oferece ao seu pastor.36

Uma das maiores frustrações dos pastores é lidar com igrejas que

colocam o sustento ministerial em último plano nos orçamento.

Despesa com o pastor não é gasto. A Bíblia diz que “despesas” com o Bíblia diz que “despesas” com o

pastor é investimento no reino de Deus.

Muitos pastores se sentem forçados a mudar de igreja por questões

financeiras. 37

Vala ressaltar, diz o livro, que no cuidado e sustento do pastor, o

dinheiro fala claramente o quanto a igreja realmente se importa com o ministério, com o pastor e com a

família pastoral.

A orientação do livro é para que se pense seriamente sobre este

assunto, e sobre se é bíblico e justo o pastor deixar o pastorado só para

que sobre mais dinheiro no caixa da igreja. 38

6. Pregar exige tempo e aflição da 6. Pregar exige tempo e aflição da alma (pág. 71).alma (pág. 71).

Ao contrário do que muitos membros de igreja pensam, a pregação eficaz

requer trabalho duro, esforço emocional, busca espiritual e cura emocional, busca espiritual e cura

interior.

Não se é bem-sucedido na pregação bíblica só por que se tem o dom da

oratória. 39

Diz o livro que o que se observa é que os pregadores mas habilidosos na

oratória são justamente os que dedicam mais tempo em estudo e reflexão no preparo dos sermões.

A igreja e seus líderes devem reconhecer que o preparo de

sermões toma tempo e que, por isso, deve ocupar uma posição de

prioridade na agenda pastoral.40

Os líderes, diz o livro, deveriam informar à igreja sobre o tempo

dedicado pelo pastor para a preparação dos sermões, cumprindo

o ministério eclesiástico que lhes o ministério eclesiástico que lhes compete, orientando a igreja para que tenha respeito e para que ore

por este tempo.41

7. A preocupação com as suas crises 7. A preocupação com as suas crises esgota o seu pastor (pág. 73).esgota o seu pastor (pág. 73).

Todo pastor lida com crises, as suas pessoas e com dos membros da

igreja.igreja.

O pastor é um só, mas deve atender toda a congregação em suas crises,

as mais diversas e intensas.42

Todos querem a atenção do pastor e todos esperam que ele seja usado

por Deus para ajudar a resolver seus problemas, mantendo-se confiável e

confidente.

Esta é a razão, segundo os autores do livro, pela qual o pastor pode experimentar sinais de fadiga

emocional ou espiritual.43

Lidar com as crises dos outros machuca a alma do pastor, que vivencia suas próprias crises, às

vezes sem tratamento ou solução.

Porém, as pessoas esperam que o pastor tenha o conselho certo, a pastor tenha o conselho certo, a

orientação espiritual iluminada e a solução definitiva.

A responsabilidade é muito grande e esgota a alma e o espírito do pastor.44

Você já parou para pensar na incrível resistência emocional e espiritual que o pastor necessita para lidar

com tão grande demanda de problemas em uma única semana?problemas em uma única semana?

Todos os membros com suas famílias têm um único pastor.

45

8. Seu pastor deseja que o ministério 8. Seu pastor deseja que o ministério dele seja relevante para você (pág. dele seja relevante para você (pág.

74).74).

Todo pastor sério e comprometido com Deus deseja que o seu com Deus deseja que o seu

ministério seja relevante para a vida de suas ovelhas.

Relevante é algo superior em uma escala de valores comparativos.

46

Muitas igrejas mostram sinais de superficialidade generalizada

justamente porque o pastorado não é relevante, mas apenas cativante.

Um ministério cativante causa Um ministério cativante causa distorção e torna a igreja em uma

casualidade trivial, preocupada apenas em atender a preferência do

frequentador, sem provocar mudanças radicais em sua vida.

47

A relevância do pastorado não deve ser medida pelas visitas que o pastor faz, pelos abraços ele dá, pelos seus sorrisos e nem pelos apertos de mão

na porta, mas sim pelo quanto de mudanças Deus tem operado em mudanças Deus tem operado em

minha vida, a partir das pregações, exortações e ministrações que

recebo e ouço de Deus através do meu pastor. 48

Quem realmente deseja uma vida cristã relevante, com um

testemunho de poder espiritual, não muda de igreja só porque suas

preferências não são atendidas, mas permanece em comunhão e colabora permanece em comunhão e colabora

com o seu pastor, trabalhando na igreja, orando e colaborando para

que ele realize um pastorado espiritual e biblicamente relevante.49

As pessoas estão chegando a conclusão de que os valores

seculares e o consumismo não suprem suas necessidades existenciais e espirituais.

Por isso, a igreja necessita resgatar a Por isso, a igreja necessita resgatar a sua relevância bíblica, espiritual,

moral e social, pagando o preço do reavivamento espiritual e apoiando

um pastorado relevante, que se empenhe neste resgate.

50

9. O ministério e o casamento do 9. O ministério e o casamento do pastor sempre andam juntos (pág. 75). pastor sempre andam juntos (pág. 75).

É interessante como algumas igrejas tem a idéia de que ao convidar o pastor, está “contratando” duas

pessoas pelo preço de uma.pessoas pelo preço de uma.

A esposa do pastor deve trabalhar na igreja, mas seu trabalho vem “de

grátis”, como um brinde, no pacote do sustento pastoral. 51

Em contrapartida, muitos pastores e esposas vivem conflitos por haver uma disputa entre o pastorado e

casamento.

As duas situações devem ser revistas e reorientadas à luz da Bíblia.reorientadas à luz da Bíblia.

A Bíblia afirma que o pastor casado é um homem dividido. Esta divisão é

entre a igreja, a esposa, o pastorado e a família. 52

Porém, também é certo que, se o pastor é casado, a esposa vai

trabalhar na igreja.

O desafio é a igreja entender que a esposa do pastor só é “pastora” se esposa do pastor só é “pastora” se

ela tem a vocação e a unção de Deus para o ministério e o pastorado.

Ser esposa do pastor não é ministério formal ou cargo eclesiástico.

53

Ser esposa de pastor é “ministério” espiritual e relacional, que tem como

objetivo principal o bem-estar do pastor e de sua família.

O bom casamento do pastor gera O bom casamento do pastor gera reflexos abençoadores para a igreja.

Um pastor com um casamento desestruturado não está apto para o

pastorado. 54

Para se evitar problemas nesta área o livro aconselha o seguinte:

a) Não espere perfeição da família do pastor.

b)Não exija que a família do pastor seja igual a sua.

c) Encoraje o seu pastor a investir atenção e tempo no trato familiar.55

d) Não faça comparações com a família do pastor anterior.

e) Seja amável com a família do pastor, respeitando-a sempre.

f) Não exija que a família do pastor f) Não exija que a família do pastor tenha todos os dons e talentos, para

fazer de tudo na igreja.

g) Ofereça afeição e apoio ao pastor e sua família. 56

10. Creia, seu pastor não escolheu 10. Creia, seu pastor não escolheu estar esgotado (pág. 77).estar esgotado (pág. 77).

O esgotamento físico, emocional e espiritual está aumentando a cada dia

entre os pastores.

Isso se agrava devido ao estresse acumulado no pastorado e devido a falta de percepção da liderança da

igreja, que não nota no pastor o cansaço, o tédio, a frustração, o

afastamento e a apatia espiritual.57

A pressão mais óbvia que desgasta a energia emocional e espiritual do

pastor é ter que trabalhar com pessoas problemáticas,

desajustadas, desleais, maledicentes ou acomodadas, que normalmente ou acomodadas, que normalmente

são crentes de postura contumaz em relação ao pecado e rebeldes contra

Deus, contra Bíblia e contra o próprio pastor. 58

Outro fator de esgotamento emocional e espiritual é a contínua

sensação de tarefa inacabada, peculiar ao trato pastoral.

Em qualquer trabalho se termina uma tarefa antes de se iniciar outra. No tarefa antes de se iniciar outra. No

pastorado não é assim.

No pastorado, muitas tarefas são realizadas ao mesmo tempo, e muitas delas ficam sempre por

terminar. 59

Outro fator de esgotamento são os critérios usados para se avaliar o

ministério e o pastor, principalmente se tais critérios são obscuros, desleais,

humanos, mesquinhos e diabólicos.humanos, mesquinhos e diabólicos.

Além disso, a mesmice ministerial e o conservadorismo repetitivo da igreja

esgotam o seu pastor.60

Nivelar por baixo sempre, fazer programas somente para se cumprir calendário e sacralizar métodos faz

adoecer a igreja e o seu pastor.

Pastores sérios esperam que a igreja e Pastores sérios esperam que a igreja e sua liderança percebam estes fatores

de esgotamento, tanto para a prevenção quanto para o tratamento

e a cura do pastor esgotado.61

11. As opiniões, nem as do seu pastor, 11. As opiniões, nem as do seu pastor, são definitivas (pág. 79).são definitivas (pág. 79).

O pastor está sempre sob pressão porque, como líder, deve expressar

suas opiniões.suas opiniões.

A pressão é justamente pelo fato de que muitos membros da igreja

pensam que as opiniões do pastor não devem ser alteradas.

62

Porém, todo ser humano normal, em algum momento da vida, muda de

idéia e, por isso, reorienta a sua conduta.

Para benefício de toda a igreja, diz o Para benefício de toda a igreja, diz o livro, ajude o seu pastor a criar um clima de debates sadios, em busca

de consenso, onde as opiniões possam ser apresentadas, mesmo

que diferente das anteriores. 63

Ajude a criar na igreja um esfera administrativa e eclesiológica em

que todos sejamos livres para expor as idéias, reconhecer os erros e

mudar de opinião, quando houver entendimento de Deus para se agir entendimento de Deus para se agir

dessa forma.

Alguns membros pensam ser impossível mudar de idéia ou rever

uma posição eclesiológica.64

Essa resistência à mudanças e ao novo prejudica a igreja.

Não mudar de opinião ou de idéia pode ser sintoma de insegurança, de

acomodação, de frieza espiritual e espiritualidade insipiente.espiritualidade insipiente.

Deus é dinâmico, a igreja é um corpo vivo em desenvolvimento e as

pessoas mudam com o tempo, com a experiência e com a maturidade.

65

Muitos membros de igreja acreditam em algo por causa do modo como se sentem, do que temem, ou do que esperam quem nunca mude, mas

essa postura emperra o crescimento da igreja.da igreja.

Permita que as pessoas mudem, cresçam e amadureçam, dando

oportunidade para que mudem de opinião e revejam suas idéias.

66

12. Igrejas saudáveis se concentram 12. Igrejas saudáveis se concentram em torno da evangelização (pág. 80).em torno da evangelização (pág. 80).

A média de frequência na maioria das igrejas históricas, seja nos cultos ou na tesouraria, é de metade de seus

membros.membros.

Além disso, igrejas históricas e adoecidas pelo conservadorismo se fecham em torno dos clãs familiares

tradicionais .67

Pouquíssimos membros de igrejas históricas e acometidas de

conservadorismo têm motivação para o evangelismo pessoal ou para trazer visitantes não evangélicos aos

cultos.cultos.

As igrejas históricas normalmente não são muito receptivas e nem muito hospitaleiras para com os poucos

visitantes que se achegam. 68

Por isso, muitas igrejas se tornam “fechadas”, imaturas,

preconceituosas, familiares, legalistas ou conflituosas.

Igrejas assim sempre têm um grupo Igrejas assim sempre têm um grupo contra o pastor, ou um grupo contra

outro grupo, ou os dois grupos disputando a liderança da igreja, mas

conchavados contra o pastor.69

Esse tipo de igreja não cresce, pois perdeu a visão bíblica e o objetivo

espiritual da missão evangelizadora.

Igrejas assim dão mais ênfase aos de dentro, ao saldo bancário e à luta dentro, ao saldo bancário e à luta para se preservar laços familiares,

influências e feudos, supervalorizando cargos, recursos

financeiros e pessoas, do que à evangelização.

70

Igrejas com estas características sempre estão em crise, sempre

experimentam brigas por cargos ou posições, sempre são manipuladas

por algum grupo familiar ou alguma “panelinha” e sempre reclamam do

pastor.pastor.

A cura de Deus exige a mudança de perspectiva, voltando os olhos da igreja para os pecadores perdidos que vão para o inferno enquanto

brigamos. 71

13. Seu pastor precisa saber que você 13. Seu pastor precisa saber que você ora por ele (pág. 81).ora por ele (pág. 81).

O pastor recebe uma força espiritual inacreditável quando sabe que os membros da igreja, suas ovelhas, membros da igreja, suas ovelhas, oram fervorosamente por ele, por

sua família, sua saúde, seu ministério e pelo crescimento da

igreja.72

Todos os membros sentem a necessidade e desejam que o pastor ore por suas vidas, famílias e outras situações que julgam importantes.

Porém, diz o livro, não podemos nos Porém, diz o livro, não podemos nos esquecer de que o nosso pastor

também é ser humano e que, justamente por ser pastor, necessita

de oração... De muita oração.73

Amados irmãos e irmãs, não

recebam estas ponderações

como um como um desabafo

afrontoso. Não.

Isto é um lamento.74

A minha oração e esperança é para que a nossa igreja faça a opção

espiritual de servir como instrumento de Deus na preservação de um Ministério Pastoral que seja de um Ministério Pastoral que seja bíblico, vocacional e ungido, e que honre a Deus, proclame a Cristo, ensine a Palavra e abençoe a sua

vida, bem como toda a igreja.75

Em nome de Jesus e para a glória de

Deus, tome a atitude espiritual

de orar e de trabalhar pela trabalhar pela

preservação do pastorado segundo o

coração de Deus. 76

Creio que é esta postura de

preservação do pastorado bíblico

é o que Deus é o que Deus espera de nós,

para abençoar e fazer crescer a nossa igreja.

77

Orem por mim e por minha família.

Amém.

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