Setembro2016 PDF 21.1 MB

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NÚMERO 174 SETEMBRO 2016 PARCEIRAS: Um roteiro pelos cenários de filmes e novelas gravados na capital pernambucana Recife em tela 174 O técnico que é unanimidade nacional mostra que tem a seleção canarinho nas mãos TITE

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PARCEIRAS:

Um roteiro pelos cenários de fi lmes e novelas gravados na capital pernambucana

Recife em tela

174O técnico que é unanimidade nacional mostra que tem a seleção canarinho nas mãos

TITE

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EDITORIAL

TRIPULAÇÃO

CARTAS

BASTIDORES DA AVIAÇÃO

EM TRÂNSITO

EMBARQUE

COMPORTAMENTO

EXECUTIVA

VIA AÉREA

VAI QUE DÁ

BEM VIVER

NO TABLET

VOE GOL

MEU JEITO DE VOAR

174PLANO DE VOO SETEMBRO 2016

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Novo técnico da seleção, Tite encara com bom humor o desafi o

de levar o time à Copa de 2018

Fotógrafo Victor Aff aro vai ao Acre registrar tradições indígenas

do Festival Mariri Yawanawá

Serra da Bocaina, na divisa de São Paulo e Rio de Janeiro, é destino para relaxar e curtir a natureza

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CIDADE CINEMATOGRÁFICACenário de diversos fi lmes, como o recém-lançado Aquarius, Recife oferece passeios para os apaixonados pelo tema

12 REVISTA GOL

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CAFÉ E CONTEMPLAÇÃO

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BOLA DA VEZ

COMO SE BAILA NA TRIBO

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14 REVISTA GOL

Os elos que você vê em destaque na nossa logomarca não estão ali por mero capricho estético. Aqui na GOL acreditamos que a vida é feita de elos, e a nossa ligação com você é o ponto principal de tudo o que fazemos, propomos e somos. Por isso quero trazê-lo mais para perto de um dos pontos mais importantes do nosso negócio: nosso Centro de Manutenção de Aeronaves, ou CMA, que este mês completa dez anos de existência. É lá onde passamos 24 horas por dia, 7 dias por semana, pensando em como aprimorar nossa excelência em segurança, valor prioritário da nossa companhia. É um ambiente que respira inovação e tecnologia – marcas importantes do nosso DNA.

Maior e mais avançado complexo tecnológico do gênero na América do Sul, nosso CMA fica em Con-fins, pertinho de Belo Horizonte, Minas Gerais. O local foi escolhido estrategicamente pelo fato de o Aeroporto Internacional Tancredo Neves, que fica ao lado, ser um importante terminal para a com-panhia e um dos melhores e mais bem estruturados do nosso país.

Caminhar em uma das áreas daquele gigantesco galpão, cons-truído em um espaço de 147 mil metros quadrados, é fazer um mer-gulho nos bastidores da aviação: nos três hangares espalhados por ali, toda a nossa frota, composta hoje de 137 Boeings 737-700 e 800 Next Generation, passa por inspe-ções pesadas e do dia a dia, manu-tenção preventiva e serviços como pintura e manutenção interna. Lá temos oficinas onde são realizadas centenas de reparos em cada item

dos nossos aviões – da turbina à cabine de comando, do para-brisa ao estofado do assento.

Fico sempre muito impressionado com as dimensões do local e a com-plexidade do trabalho ali realizado. Sinto um grande orgulho de ter em nossa equipe técnicos e engenhei-ros absolutamente especializados e empenhados em zelar por cada de-talhe da manutenção dos aviões que levam nossa marca e transportam milhares de pessoas diariamente.

Também fico muito feliz por saber que conquistamos ali importantes metas de qualidade e processos, como o selo IOSA, principal certificação internacional de segurança operacional. Não por acaso, alguns meses atrás, conquistamos outro importante certificado, o Check-C, emitido pela autoridade americana de aviação FAA (Federal Aviation Ad-ministration). É a autorização que nos permite fazer a manutenção com maior grau de profundidade e trabalhar também em aeronaves de bandeira americana, como as de nossa parceira estratégica, a Delta Air Lines.

O nosso Centro de Manutenção tem ainda uma grande preocupa-ção ambiental através de planos

PAULO KAKINOFF PRESIDENTE DA GOL LINHAS AÉREAS INTELIGENTES

de gerenciamento de resíduos e de uma avançada Estação de Trata-mento de Efluentes Químicos – que recebe a água contaminada pelas lavagens das aeronaves, oficinas e peças, tratando-a e reutilizando-a em atividades como limpeza de pi-sos, banheiros e outros equipamen-tos. A sustentabilidade também está presente no descarte conscien-te do material usado.

Toda essa estrutura e a ligação cuidadosa entre pessoas altamente qualificadas e equipamentos de ponta, processos humanos e tecno-logia, que são destaque na página 132, me remetem ao comportamen-to do personagem de capa desta edição que você tem em mãos: Adenor Leonardo Bachi, o Tite – gaúcho que, aos 55 anos, acaba de estrear como o novo (e aclamado) técnico da nossa seleção de fute-bol. Um cara humano e companhei-ro, estratégico e obcecado por seu assunto preferido: o gramado e a bola que corre sobre ele. Que ve-nham muitos gols pela frente. Para a Seleção e para o nosso Centro de Manutenção de Aeronaves.

Bom voo e ótima leitura,

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UMA DÉCADA DE EXCELÊNCIA

SETEMBRO 2016EDITORIAL

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16 REVISTA GOL

AUDITADO PORA Trip Editora, cons ci en te das questões am bi en tais e sociais, utiliza papéis com certificado FSC (Forest Stewardship Council) para impressão deste material. A Certificação FSC garante que uma matéria-prima florestal provenha de um manejo considerado social, ambiental e economicamente adequado e outras fontes controladas.

TRIPULAÇÃO

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LUIZ MAXIMIANOO paranaense descobriu sua

paixão pela fotografi a quando morava em Amsterdã, após

ganhar o prêmio de revelação Canon Prijs, em 2007. Já

colaborou com títulos como Personnalité, da Trip, Rolling Stone e Financial Times. Na

GOL, ele fez as fotos do técnico Tite. “Sou doido por futebol e,

quando conheço um personagem do meio, fico deslumbrado. Ele é

um doce de pessoa.”

ANDRÉ KLOTZFotógrafo há 12 anos,

o paulistano é colaborador frequente da Trip Editora

e já clicou para publicações como Casa Vogue e The Wall Street Journal. Nesta edição,

fez as fotos da Urban Arts, tema da seção Executiva.

“Fiquei impressionado com a estrutura da empresa. É muito legal ver esse mercado de arte e

fotografi a autoral crescer e formar um novo público.”

MARCUS LOPESPaulistano, o jornalista se

formou pela PUC-SP em 1994 e, desde então, já trabalhou em veículos como Jornal da Tarde

e O Estado de S. Paulo. Hoje, atua como colaborador das

revistas GOL e FAAP, da Trip Editora. Neste

mês, assina a matéria de turismo sobre a Serra da

Bocaina. “Descobri um lugar maravilhoso, com

paisagens de tirar o fôlego.”

ANNA FISCHERGraduada em publicidade, a fotógrafa paulistana vive no

Rio de Janeiro há 22 anos, e há sete clica profi ssionalmente.

Seus trabalhos já foram publicados em títulos como

Trip, Tpm, Veja e Bazaar. Para esta edição da revista GOL,

registrou a capital pernambucana. “Não sabia que

Recife foi cenário de tantos fi lmes. Voltei doida para

assistir a todos.”

GOL LINHAS AÉREAS INTELIGENTES Presidente PAULO SÉRGIO KAKINOFF Vice-presidentes EDMAR LOPES, EDUARDO BERNAR-DES, CELSO FERRER e SÉRGIO QUITO

REVISTA GOL LINHAS AÉREAS INTELIGENTES Editor-Presidente PAULO LIMA Diretor Superintendente CARLOS SARLI Diretor Editorial FERNANDO LUNA Diretor Financeiro AGENOR S. SANTOS Diretora de Publicidade e Circulação ISABEL BORBA Diretora de Eventos e Projetos Especiais Proprietários ANA PAULA WEHBA Diretora de Criação CIÇA PINHEIRO Conselho Editorial CONSTANTINO DE OLIVEIRA JR., JOAQUIM CONSTANTINO NETO, PAULO SÉRGIO KAKINOFF, ALBERTO FAJERMAN, RAFAELA ALVES, JÚLIA DE MEDEIROS PINTO, CRISTIANNE SANTOS MIYABE, EVERTON FERNANDES e NAÍLA CRUZADO DE ALMEIDA

Diretora de Núcleo RENATA LEÃO Diretor de Redação FELIPE GIL Redatora-Chefe ADRIANA NAZARIAN Editora LUISA ALCANTARA E SILVA Repórteres HEITOR FLUMIAN e LUIZA TER-PINS Estagiária de Redação ANNE CAROLINE GONÇALVES Diretor de Arte THIAGO BOLOTTA Editor de Arte RODRIGO PICKERSGILL Estagiário de Arte CEZAR RAFAEL SNAK Coordenado-ra de Produção CARLA ARAKAKI Produtora LAÍSA CAMARGO Projeto Gráfico PEDRO INOUE

PESQUISAS DE IMAGENS Coordenador ALDRIN FERRAZ Bibliotecário DANIEL ANDRADE Es-tagiária LETICIA GOMES PRODUÇÃO GRÁFICA WALMIR GRACIANO Produtor Gráfico CLEBER TRIDA Tratamento de Imagens ROBERTO LONGATTO e ROBERTO OLIVEIRA REVISÃO Coor-denadora ECILA CIANNI Revisoras DANIELA UEMURA, JANAÍNA MELLO e LUIZA THEBASDEPARTAMENTO COMERCIAL PUBLICIDADE Gerente de Publicidade GOL e GOL On Board PATRICIA BARROS [email protected] (11) 2244-8806 Assistente Comercial Midia on Board ANA PAULA AZAMBUJA Executivos de Contas GOL e GOL On Board ALESSANDRA HIDALGO [email protected] ELIANA GERVÁSIO [email protected] LILIAN RIBEI-RO [email protected] CAROLINA WEHBA [email protected] Assistente de Tráfego Co-mercial DANIELLA ZARAMELLA [email protected] Assistente de Opec CRISTIANE MORAES Analista de planejamento – ANA VALENTE (11) 2244-8855 PARA ANUNCIAR [email protected] (11) 2244-8700 Representantes: AL/SE Gabinete De Midia PEDRO AMARANTE MARIO [email protected] (79) 9978-8962/9956-9495 BA Aura Bahia CAIO SILVEIRA [email protected] CESAR SILVEIRA [email protected] (71) 9965-8141/9965-8133 CE Canal C ANANIAS GOMES [email protected] (85) 9987-1780 DF A2 Representação ALAOR MACHADO [email protected] (61) 8102-8855 ES Versátil Representações DÍDIMO EFFGEN [email protected] CASSIA EFFGEN [email protected] (27) 9.9947-4493 GO Versus Representação ANTONIO CORDEIRO (TONTON) [email protected] (61) 9655-1684 MG Box Private Media RODRIGO FREITAS [email protected] FABÍOLA VARGAS [email protected] (31) 9421-6777 (31) 8658-0706 PE Wsa Representações WLADMIR ANDRADE [email protected]/(81) 8852-2262 PR Consultoria Resultado RAPHAEL MULLER [email protected] (41) 9695-3288 RJ X2 Representação ALEXANDRA LIBERO [email protected] (21) 3177-1430 e (21) 99914-0450 ZEIRY DIAS [email protected] (21) 98762-8254 RS/SC Ad O2 (51) 3028 6511 ADO HENRICHS [email protected] (51) 9191-8744 DANIEL MAINIERI [email protected] (51) 9191-8741 SP Prime Media Representações ANTONIO CARLOS BONFÁ JUNIOR (TOTÓ) [email protected] (11) 98125-0550 SP INTERIOR E LITORAL Ld2 Comunicação DANIEL PALADINO [email protected] LUCIANA VERDE SELVA [email protected] (11) 98384-0008 7810-7115 USA Planet Ife ANDRÉS FELIPE [email protected] Multimedia VIVIANE BISPO [email protected] MARKETING Coordenadora de Marketing LÍVIA COELHO Analista de Arte NATÁLIA COELHOPROJETOS ESPECIAIS PROPRIETÁRIOS Coordenação REGINA TRAMA [email protected] Analista MARIANA BEULKE Editora de Arte DENISE AIRES TRADE E CIRCULAÇÃO Coordena-dora de Assinaturas ANDREA FERNANDES Analista de Trade RENATA VILAR [email protected] Gerente de Logística e Circulação Bancas/Varejo ADRIANO BIRELLO [email protected] Analista de Circulação VANESSA MARCHETTI [email protected] DIGITAIS Coordenadora Mídias Eletrônicas GABRIELA BORGES Coordenadora Bu-siness Inteligence JULIE TEIXEIRA Analista de Business Inteligence PEDRO FERNANDES As-sistente Business Inteligence RICARDO YOKOYA NEGÓCIOS Gerente de Negócios IZABELLA ZUANAZZI [email protected] RELAÇÕES PÚBLICAS Analista de RP MONALISA OLIVEIRA [email protected] Assistentes de RP LUIZA NASCIMENTO [email protected] e GABRIEL FER-NANDES [email protected] NÚCLEO DE VÍDEO COORDENADORA FERNANDA MON-TE CLARO Editor de Vídeo JESSE GIOTTI e RAFAEL FERRUCCI Produção JULIANA CARLETTI Assistente de Finalização VIVIANE GUALHANONE

COLABORARAM NESTA EDIÇÃO ARTE ALEX VARGAS CASSALHO TEXTO ALAN DE FA-RIA, ARTHUR VERÍSSIMO, BETO GOMES, BERNARDO CALIL, FERNANDO FERNANDES, JULIA FURRER, LAURA ARTIGAS, LUCAS NEVES, MÁRCIA DE LUCA, MARCUS LOPES, NINA RAHE, PEDRO HENRIQUE FRANÇA, RAFAEL TONON, RICARDO CALIL, SHEYLA MI-RANDA FOTOS ANDRÉ KLOTZ, ANNA FISCHER, FERNANDO LAGO, FELIPE GOMBOSSY, JORGE LEPESTEUR, LEO SOMBRA, LUIZ MAXIMIANO ILUSTRAÇÃO BEL ANDRADE DE LIMA, FRANCISCO MARTINS, ISABELLA FOWLER, SARAH KAMADA PRODUÇÃO FELIPE DORNELLES, MARRI HAILER, TATI GUARDIAN A revista GOL Linhas Aéreas Inteligentes é uma publicação mensal da Trip Editora e Propaganda S/A, sob licença da GOL Transportes Aéreos. Redação e Publicidade: caixa postal 11485-5, CEP 05422-970. Tels.: (11) 2244-8747. Esta revista não pode ser comercializada. Envie seus comentários para a redação pelo e-mail: [email protected]. Tiragem 130.000 exemplares. Impressão LOG&PRINT GRÁFICA E LOGÍSTICA S.A. PARA ANUNCIAR (11) 2244-8700. www.tripeditora.com.br

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18 REVISTA GOL

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Quer enviar sugestões para nossa revista? Mande seus comentários para [email protected] ou deixe sua mensagem no Twitter, no blog, no Facebook, no Instagram, no YouTube ou no Google+ da GOL*

Pódio“Voei com a GOL e, claro, peguei a revista. Ótima matéria [reportagem ‘Receber, levantar, cortar’, com os jogadores de vôlei Bruninho, Scheilla e Serginho, ed. 173]. Faz a gente entender a trajetória de cada um no vôlei.”Eduarda azEvEdo, Via faCeBooK

“Matéria sobre as melhores pessoas e os mais brilhantes atletas! Parabéns!”alEssandra Camargo, Via faCeBooK

“Quando sentei no avião, quase morri ao ver a revista. Claro que guardei uma.”BEthania CaBanElas, Via faCeBooK

“Esses três... Os melhores do mundo!”ElEssandro Pinho, Via faCeBooK

“Vixe, só monstro nessa foto, hein? ”mara riBEiro, Via faCeBooK

“Uma cravada da GOL!”Wilson giBa, Via faCeBooK

Pantaneira“Excelente a matéria sobre turismo ecológico para avistar a onça-pintada em Porto Jofre, no Pantanal mato-grossense [‘Cadê elas?’, ed. 173].” PEdro hEldEr, Via faCeBooK

“Um pouco das maravilhas de onde eu nasci.” Paula morEira, Via faCeBooK

Palhaçada“Domingos Montagner é um excelente ator [‘Santo forte’, ed. 173]! Merece o reconhecimento!”rEnata riBEiro, Via instagram

“Um ator de imenso talento como ele vai brilhar sempre, em qualquer área.”BErEniCE vEntura, Via instagram

Com carinho“A revista de bordo da GOL sempre tem matérias interessantes. E fotos lindas!”ana montEiro, Via faCeBooK

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BASTIDORES DA AVIAÇÃO

22 REVISTA GOL

LEVA E TRAzSaiba como funcionam as operações da Gollog, divisão de cargas que usa

a malha aérea da GOL para chegar a mais de 2.400 cidades no BrasilPor Beto Gomes Ilustrações Bel AndrAde limA

22 REVISTA GOL

OrigemAntes de chegar na Gollog, o cliente

deve embalar a mercadoria de forma a garantir a integridade de seu

conteúdo durante o transporte. A encomenda pode ser entregue em uma

das unidades da Gollog espalhadas pelo Brasil ou, ainda, ser retirada na

residência ou empresa do cliente.

entradaO produto deve ser levado aos guichês de embarque dos terminais ou às unidades

da Gollog junto de sua documentação. Pessoas físicas e jurídicas podem

despachar objetos desde que atendam às exigências de conteúdo e aos limites de peso e volume determinados por órgãos

como a Anac. Consulte em gollog.com.br.

COntrOleAntes de embarcar, a mercadoria passa por

diversas inspeções que conferem o peso, o volume e a

documentação obrigatória.

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23 REVISTA GOL 23REVISTA GOL

IdentIfIcaçãoA encomenda recebe etiquetas e é separada de acordo com o destino.

Cada mercadoria possui um número de identificação que permite seu

rastreamento no site ou aplicativo da Gollog. A ferramenta, lançada de forma pioneira, possibilita realizar cotações

e localizar a loja mais próxima.

decolagemAntes dos voos, as informações sobre o peso e volume são enviadas para o Despachante

Operacional de Voo (DOV), que realiza o balanceamento da aeronave e garante que ela

decole com segurança – os aviões possuem dois porões para armazenar cargas e bagagens dos passageiros. A Gollog usa a malha aérea da GOL, que conta com cerca de 800 voos diários.

destInoDuas horas após a aterrissagem, a entrega é feita de acordo com o serviço escolhido pelo cliente. É possível retirar o produto

no aeroporto, na unidade mais próxima da Gollog ou optar pela entrega no endereço

indicado, por meio dos serviços porta a porta. Nesse caso, o transporte é feito por

moto, carro ou caminhão.

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24 REVISTA GOL

Pedro Henrique Moraes de Oliveira, coordenador operacional da Gollog, explica como funciona o transporte de cargas em Congonhas

DE TODO TIPO

Quais as mercadorias mais comuns transportadas por avião?Em geral, medicamentos e produtos comprados por e-commerce (como eletroeletrônicos e materiais de escritório), embora as encomendas também variem de acordo com o perfi l e a região do aeroporto. Entre os exemplos mais curiosos que a Gollog já transpor-tou, estão azeitonas e maçãs para o papa emérito Bento XVI e sagui para o Ibama.

Como é feito o transporte de animais e perecíveis?Para transportar cães e gatos, é preciso apresentar carteira de vacinação e atestado de saúde emitido por um veterinário. A Gollog, entretanto, não transporta caninos e felinos braquice-fálicos, como o buldogue americano e o gato himalaio, por exemplo (confi ra a lista completa em voegol.com.br). Já no transporte de animais silvestres, deve-se apresentar documentação complementar. Para todos os casos, é importante fazer reserva com antece-dência porque a Gollog transporta apenas dois animais por voo. Eles devem estar em caixas de transporte apropriadas e identifi cadas com o nome, endereço e telefone do remetente e do

destinatário. No caso dos alimentos para consumo humano, há regras específi cas de transporte, além da prioridade de embarque. Pescados, por exemplo, precisam de controle de temperatura e devem ser colocados em embalagens à prova de vazamentos.

Que itens perigosos a Gollog transporta?Alguns terminais de carga, caso da Gollog em Congonhas, Guarulhos, Recife, Fortaleza, entre outras, são homologados pela Anac para transpor-tar esse tipo de mercadoria, como baterias de lítio e materiais biológicos (exames e amostras de sangue).

Qual é o tempo mínimo e máximo para a entrega?Varia de acordo com a origem, o destino e o tipo de serviço solicitado pelo cliente. O Voo Certo, da Gollog, garante

BASTIDORES DA AVIAÇÃO

que a carga seja embarcada no voo contratado. Dessa forma, uma mercado-ria que sai do aeroporto de Congonhas para o Santos Dumont, por exemplo, pode ser entregue em cinco horas se as condições climáticas estiverem favoráveis. Já na modalidade Standard, o tempo pode variar de 72 horas a sete dias, dependendo da localidade.

Qual é o procedimento no caso de cargas internacionais?Para enviar qualquer encomenda para outro país, é preciso contratar um agente de carga ou despachante aduaneiro, profi ssionais que fazem a ponte com os administradores do aeroporto e órgãos responsáveis, como a Receita Federal. Eles têm de solicitar uma reserva no voo com antecedência, providenciar e entregar os documentos necessários e levar a carga até o terminal internacional do aeroporto.

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26 REVISTA GOL

TRÂNSITO

EM

QUEM

ChiCo Pinheiro O QUE FAZJornalista

DE ONDE/PARA ONDERio de Janeiro/São Paulo

POR QUÊPassar o Dia dos Pais ao lado dos filhos

QUEM

rafaela VolPoni O QUE FAZEmpresária

DE ONDE/PARA ONDERio de Janeiro/Vitória

POR QUÊVoltar para casa depois de tirar visto de viagem

COMO FOi“Aproveitei para tomar sol na Praia de Ipanema. Achei fantástica”

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27REVISTA GOL

QUEM

RENATA, JOÃO E CAIO RIBEIROO QUE FAZEMEstilista, estudante e comentarista

DE ONDE/PARA ONDESão Paulo/Rio de Janeiro

POR QUÊParticipar da cobertura do jogo de futebolfeminino entreBrasil e Austrália

QUEM

RAFAEL E HELLEN MANUSO QUE FAZEMEmpresário e advogada

DE ONDE/PARA ONDERio de Janeiro/Cuiabá

POR QUÊRetornar da lua demel em Cancun e no Rio de Janeiro

QUEM

HELENA M. RIBEIRO DA SILVA O QUE FAZEMEstudante

DE ONDE/PARA ONDERio de Janeiro/São Paulo

POR QUÊVisitar amigos

QUEM

JULIANA GOMES COELHOO QUE FAZDiretora de operações

DE ONDE/PARA ONDERio de Janeiro/Belo Horizonte

POR QUÊVoltar para casa depois de atender clientes

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28 REVISTA GOL

QUEM

AnA BeAtriz Veloso O QUE FAZ Propagandista

DE ONDE/PARA ONDESão Paulo/ Belo Horizonte

POR QUÊParticipar de uma reunião de trabalho

TRÂNSITO

EM

QUEM

gustAVo, nícolAs e Aline BAnzAto O QUE FAZEMEconomista, brinca e jornalista

DE ONDE/PARA ONDERio de Janeiro/ São Paulo

POR QUÊVisitar a família

QUEM

leAndro e ignez dAVid O QUE FAZEMAtleta e publicitária

DE ONDE/PARA ONDEBrasília/Rio de Janeiro

POR QUÊAssistir aos Jogos Olímpicos

COMO FOi“Vimos o nadador britânico Adam Peaty bater o recorde mundial nos 100 metros peito. Adoramos”

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29REVISTA GOL

QUEM

Alex PereirA O QUE FAZContador

DE ONDE/PARA ONDERio de Janeiro/ São Paulo

POR QUÊAssistir a uma palestra

QUEM

DouglAs scArAmussA O QUE FAZProfessor de geografia e geólogo

DE ONDE/PARA ONDESão Paulo/Vitória

POR QUÊComemorar festa familiar italiana

QUEM

JeAn cArlos O QUE FAZProgramador

DE ONDE/PARA ONDEBrasília/Rio de Janeiro

POR QUÊConsultar médico

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30 REVISTA GOL

VOCÊ NA REVISTA GOLEnvie sua imagem com nome, o trecho e o motivo da viagem para [email protected]. Sua foto pode ser publicada!

EM TRÂNSITO

QUEM

Clarissa Felix e FederiCo Favilli O QUE FAZEMSocióloga e advogado

DE ONDE/PARA ONDE Rio de Janeiro/Salvador

POR QUÊPassear e conferir o lançamento do livro do pai de Clarissa

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QUEM

adriana e niCole tavaresO QUE FAZEMEstudante e bióloga

DE ONDE/PARA ONDE Curitiba/Brasília

POR QUÊVoltar para casa depois de ir ao casamento de uma grande amiga

QUEM

Maria soFi laUBerO QUE FAZ Brinca

DE ONDE/PARA ONDE Salvador/Curitiba

POR QUÊCurtir as férias

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EMBARQUE

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Vista da lagoa Marapendi e da

Praia da Reserva a partir da

Grand Suite, do Grand Hyatt Rio

de Janeiro

PáG. 36

luxo só

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34 REVISTA GOL

EMBARQUE ANTENA

cinema

FICÇÃO CIENTÍFICAOs 50 anos da série de televisão Star Trek são comemorados com a estreia de Star Trek: Sem fronteiras. Dirigido por Justin Lin, o filme é o terceiro da trilogia lançada em 2009 e mostra a tripulação da nave Enterprise perdida em um planeta desconhecido.

ESTREIA PREVISTA PARA 1/9.

cinema

HOMENAGEMEm sua décima edição, o Indie Festival celebra em São Paulo o cinema do polonês Walerian Borowczyk. Serão exibidos 13 filmes do diretor, alguns inéditos no Brasil. Destaque para A besta, uma das obras que tornou o cineasta mais conhecido.

DE 15 A 21/9. InDIEfESTIVAl.com.bR.

artes

SEDE CARIOCAA ArtRio, Feira Internacional de Arte do Rio de Janeiro, abriga 73 galerias de arte moderna e contemporânea no Pier Mauá. Dos 19 novos expositores desta edição, 11 são brasileiros.

DE 29/9 A 2/10. ARTRIo.ART.bR. R$ 30.

teatro

MISTURA BOAA quarta edição do Mirada, festival de Artes Cênicas que acontece em Santos e em mais quatro cidades do litoral paulista, aborda a relação entre o pensamento crítico e a arte. São mais de 40 espetáculos, com representantes de 12 países.

DE 8 A 18/9. SEScSP.oRG.bR. A PARTIR DE R$ 10.

cinema

TODOS JUNTOSNo filme dinamarquês A comunidade, do diretor Thomas Vinterberg (A caça, 2012), um casal de acadêmicos monta uma comunidade em área luxuosa de Copenhague. O grupo vai bem até uma traição colocar à prova sua união.

ESTREIA PREVISTA PARA 1/9.

livros

FORA DO CAMPOMédico, cronista e craque da bola, Tostão reflete sobre os últimos 60 anos do futebol brasileiro no livro Tempos vividos, sonhados e perdidos. Espécie de autobiografia, é um convite a quem quer saber além do que vê em jogo.

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POR TODOS OS CANTOSConfira seleção de 12 programas para aproveitar este mês

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35REVISTA GOL

FOTOGRAFIA

GRANDE ENCONTROO 12o Festival de Fotografi a Paraty em Foco reúne fotógrafos e pensadores da imagem por meio de ofi cinas e palestras. No evento, que conta com nomes como Walter Carvalho e Joaquim Paiva, Amyr Klink falará sobre a fotografi a na história das expedições.

DE 14 A 18/9. PEFPARATYEMFOCO.COM.BR.

MÚSICA

DOSE CERTAEm Ape in pink marble, o músico Devendra Banhart (ao centro da foto) alterna canções bem-humoradas com faixas sobre perdas pessoais. O álbum contou com os músicos Noah Georgeson (à esq.) e Josiah Steinbrick.

NONESUCH RECORDS. US$ 10,99 NO ITUNES.

TEATRO

FORA DA TELINHAApós passar pela capital paulista, o SBT viaja a outros Estados com o musical Cúmplices de um resgate, inspirado na novela que está no ar. O elenco é o mesmo da TV, incluindo Fhelipe Gomes e Graciely Junqueira. A turnê passará por cidades como João Pessoa, Recife e Belém.

DIA 10/9. TEATRO PEDRA DO REINO. JOÃO PESSOA (PB). INGRESSOS A PARTIR DE R$ 50.

ARTES

TIME DE PESONa primeira exibição pública do acervo do empresário cearense Airton Queiroz, mais de 250 peças da coleção poderão ser vistas na capital. Entre pinturas e gravuras, há obras de nomes como Tunga e Adriana Varejão, de quem estará o trabalho Sereias bêbadas (foto).

ATÉ 18/12. UNIFOR.BR. GRATUITO.

GASTRONOMIA

GOSTOSO E QUENTINHOFamoso café curitibano, o Barista Coff ee Bar abre mais uma loja na cidade. Com o lema “café sem frescura”, o local busca unir qualidade a preço justo. Além de vender produtos com cafeína, a unidade promove cursos e eventos.

R. MOYSÉS MARCONDES, 809, CURITIBA. TEL.: (41) 3501-8234.

MÚSICA

ÁLBUM NOVOGanhadora de quatro Grammy, a cantora Esperanza Spalding (foto) faz show neste mês no palco do Cine Joia, em São Paulo. A artista norte-americana, que já dividiu os palcos com Milton Nascimento, em 2011, apresenta músicas do seu quinto disco, Emily’s D+Evolution.

21/9. LIVEPASS.COM.BR. A PARTIR DE R$ 60.

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36 REVISTA GOL

EMBARQUE hOTELARIA

Suíte com piscina privativa, spa personalizado e vista para o Pão de Açúcar: conheça os novos hóteis no Rio de Janeiro

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POR Heitor Flumian

MoDERNINHolocalizado em Botafogo, o Yoo2 rio tem no design seu diferencial. Projeto da rede intercity com o escritório londrino Yoo – do conceituado arquiteto Philippe starck –, o hotel tem peças do estilista fernando Jaeger e grafites de Marcelo Ment. da cobertura, como em parte dos 143 quartos, a visão do Pão de açúcar é privilegiada.

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BEIRA-MARna Barra da tijuca, entre a Praia da

reserva e a lagoa Marapendi, o grand Hyatt segue o conceito de

resort urbano. segundo hotel da rede americana no Brasil, conta com 436

apartamentos, incluindo entre eles uma suíte de 308 metros quadrados

com piscina privativa de borda infinita. o espaço abriga ainda spa cinco estrelas e um gastro lounge

com premiada carta de destilados.

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gRanDhyattRiODejaneiRO.cOm.bR.

MAIs No TABlET Dicas no entorno

dos hotéis

rio de janeiro

sAUDosIsTA a primeira filial do emiliano na cidade, situada em plena avenida atlântica, teve sua decoração inspirada nos anos 1950, época de ouro do bairro Copacabana. os 90 apartamentos, com dimensões que vão de 42 a 120 metros quadrados, trazem roupas de cama de algodão egípcio e travesseiros de plumas de gansos húngaros. além disso, há serviços personalizados de spa, realizados no quarto, e academia com vista para o mar.

DiáRias PaRa casal, sem café Da manhã, a PaRtiR De R$ 2.200. emilianO.cOm.bR.

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LUIZ VALDUGA.UM VINHO DE EXCEÇÃO, FEITO DE GRANDES HISTÓRIAS.

A Casa Valduga apresenta o vinho mais expressivo da história da vinícola, elaborado

a partir de safras e varietais secretos, em edições limitadas. Luiz Valduga é

uma homenagem ao patriarca da família, que com seu trabalho e determinação

transformou pedra, ferro e madeira em um legado nobre para a vitivinicultura do país.

Na terra rochosa, criamos nossas raízes. Do ferro, tiramos nossa força e perseverança.Na madeira, encontramos nossa essência e inspiração.

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38 REVISTA GOL

EMBARQUE ACHADOS DO ARTHUR

*Arthur Veríssimo é repórter há 30 anos e se notabilizou por buscar pau tas e assuntos exóticos e pitorescos pelo Brasil e pelo mundo. Se você tiver algum achado, mande para: [email protected].

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Assim que desembarquei no aeroporto de Santarém, senti a umidade densa da cidade, no oeste do Pará. A caminho da vila de pescadores Alter do Chão, a 38 quilômetros dali, abri a janela do carro e respirei avidamente o ar amazônico que preenche os pulmões e desperta o corpo. No silêncio da madrugada, retornava ao balneário onde, de agosto a janeiro, praias de areia branca e água cristalina surgem na vazante do rio Tapajós.

Setembro é o mês com temperatura mais amena e a praia Ilha do Amor, em frente à vila, fi ca apenas a cinco minutos numa travessia feita em barquinhos a remo. Antes de qualquer passeio, no entanto, fui magnetizado pela loja Aribabá, no centro da cidade. Meu coração disparou diante do gigantesco acervo de peças indígenas, que contemplam cerca de 80 etnias.

RELÍQUIAS INDÍGENASEm Alter do Chão,

nosso repórter conhece loja com acervo de 80

etnias diferentesPOR ARTHUR VERÍSSIMO

Entre 15 e 19 de setembro, ocorre o maior evento cultural de Alter do Chão. Com origem no século 18, quando os jesuítas usavam música e dança para catequizar os índios nas missões evangelizadoras pela bacia do rio Amazonas, a festa acontece ao som do carimbó e do lundu. O ponto alto da programação é a disputa entre os botos-cor-de-rosa e os tucuxi, dois blocos folclóricos.

FESTA DO SAIRÉManifestação mais antiga da cultura popular na Amazônia acontece neste mês

ALTERDOCHAO.TUR.BR/SAIRE

São cerâmicas, ornamentos, tecidos, instrumentos musicais e uma imensidão de objetos que desconhecia. Dona Ingrid, uma senhora com sotaque gaúcho, gargalhava de alegria com o que havia encontrado: antropóloga, estava feliz da vida com máscaras e cestas das etnias asurini, kayapó e kuripako.

Aquelas peças todas também sacudiram meu espírito e me lembraram dos meus ancestrais (minha mãe nasceu em Xapuri, no Acre). Entre bordunas kayapó, máscaras xinguana e muiraquitãs, escolhi vários itens.ARIBABÁ R. D. MACEDO DA COSTA, S/N, CENTRO. TEL.: (93) 3527-1251.

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COMIDA TÍPICA

RESTAURANTE PIQUIRAS AV. DEP. JAMEL CECILIO, 3.300, LOJA S255-A, JARDIM GOIÁS. TEL.: (62) 3920-2515.

“O Piquiras é meu restaurante preferido. Os sanduíches são deliciosos, mas há também pratos regionais, como o risoto do cerrado (foto, R$ 92 para duas pessoas) com pequi e guariroba.”

GOIÂNIA

Ao menos uma vez por ano, Ingrid Guimarães, em cartaz nos cinemas

com Um namorado para minha mulher, visita Goiânia, onde nasceu. “Minha

avó, tia e primos ainda moram lá. Tenho uma relação muito forte com a cidade”, diz. A atriz, que se mudou ainda na adolescência para o Rio de Janeiro, mantém até hoje os amigos

de infância. “Goiânia é muito calorosa e está sempre de portas abertas”

TÃO LONGE TÃO PERTO

POR LUIZA TERPINS

PONTO FORTE

PARQUE FLAMBOYANT R. 46, S/N, JARDIM GOIÁS.

Os parques são referência em Goiânia. O Flamboyant, por

exemplo, é o cartão-postal da cidade. Além de ciclovia e

pista de cooper, tem bichos, área infantil e mirante.”

CASA DE CORA CORALINA R. D CÂNDIDO, 20.

TEL.: (62) 3371-1990

PARECE FILME“A duas horas da capital, Goiás Ve-

lho lembra uma cidade cenográfi ca, com construções pequenas, antigas

e coloridas. Foi lá que nasceu a escritora Cora Coralina, e sua casa

é aberta à visitação. Recomendo!”

COMO ANTES

PARQUE MUTIRAMA AV. DO CONTORNO, S/N, CENTRO. TEL.: (62) 3524-7276. R$ 16.

“Quando era criança, ia muito ao Parque Mutirama. Ele passou por uma reforma, mas continua com cara de parqui-nho do interior e tem ótimos brinquedos para a molecada.”

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“O espaço tem vários restaurantes e diversas bancas com frutos do mar. É perfeito para quem quer

uma experiência gastronômica.” Monumento histórico do Chile,

o edifício onde se localiza o mercado, hoje referência pela

variedade de peixes que oferece, foi erguido em 1872.

MERcAdo cEntRAl

Mercado central mercadocentral.cl.

“Está localizado no centro da cidade, mas o cenário muda de repente e dá lugar a uma paisagem natural belíssima.” Além de pro-porcionar uma vista panorâmica única da capital, o local abriga jardins e fontes. Uma delas recebe moedas em troca de pedidos.

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santa lucía bit.ly/cerrostalucia.

A paulistana Sonia Cassapian é corretora de seguros e aproveitou as férias para visitar a capital chilena acompanhada da filha Nádia

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43REVISTA GOL

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“Ficava a apenas dois quarteirões de onde nos hospedamos e era caminho para todo lugar. É muito bonita e imponente.” Rodeada por prédios históricos – como a Catedral de Santiago e o Museu Histórico Nacional –, a praça costuma ser palco das principais festividades nacionais.

Plaza de armas

Mande sua história e suas fotos para nós: [email protected]

voe coM a gol para santiago

“Foi divertido subir o morro em um bondinho funicular. Lá de cima, a vista é maravilhosa e dá até para enxergar a Cordi-lheira dos Andes ao fundo.” O cerro de 880 metros de altura pertence à área do Parque Metropolitano de Santiago e tem diversas trilhas e mirantes. Está entre os locais mais bonitos da cidade para ver o pôr do sol.

Cerro san Cristóbal

parque Metropolitano parquemet.cl.

“O museu abriga vários quadros que pertenceram ao poeta Pablo Neruda. Nós aproveitamos muito o jardim, princi-palmente para descansar e tirar fotogra-fias.” Construída pelo escritor chileno para viver com Matilde Urrutia na época em que eram amantes, a casa ainda guar-da a mobília e os objetos do casal.

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la chascona fundacionneruda.org entrada 6.000 pesos (fecha às segundas).

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46 REVISTA GOL

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MADE IN BRAZILNão é mais preciso cruzar o oceano em busca de ingredientes como o jamón e a burrata. Produtores brasileiros estão fabricando as iguarias aqui mesmo

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Speckem são bento do sapucaí, no interior paulista, a produtora adriana lopez fabrica embutidos como o speck, feito da parte mais nobre do pernil de porco e bastante comum na itália. a carlos Pizza, em são Paulo, não só incorporou o produto em opções do cardápio como criou uma combinação para ressaltá-lo, com burrata e tomates assados (r$ 48, foto).

carlospizza.com.br.

Cogumelos porcinifoi em sua propriedade em otacílio da costa (sc), que larissa bunn gugelmin encontrou clima e solo ideais para produzir o ingrediente italiano – consi-derado até pouco tempo impossível de ser fabricado no brasil. a colheita acontece uma vez ao ano, em outubro, mês em que abastece restaurantes como o tuju, em são Paulo, e o lasai, no rio de Janeiro.

lasai.com.br. tuju.com.br.

JamónNa fazenda Yaguara, em Pernambuco, os porcos ouvem música clássica e se alimentam à base de frutas da estação. segundo os produtores, tais cuidados afetam diretamente no gosto desse derivado suíno, fabricado original-mente na espanha. o restaurante soeta, no espírito santo, só compra embutidos do local. seu espaguete com manteiga defumada, champignon e jamón (r$ 74) é um dos mais pedidos.

soeta.com.br.

BurrataDurante três anos, o chef italiano leonardo russi procurou no brasil um queijo de qualidade similar ao produzido em tulha, sua cidade natal. Na falta de fornecedores, decidiu ele mesmo desenvolver o produto, que hoje abastece restaurantes como o salvatore loi, em são paulo. o item está na entrada mais pedida da casa, que vem com raspas de chocolate branco (r$ 45, foto).

salvatoreloi.com.br.

por Julia Furrer

MAIS NO TABLET onde encontrar

a chistorra

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EMBARQUE fORmuLáRIO

O ator Vladimir Brichta se tornou conhecido por personagens cômicos, como o atrapalhado Armane de Tapas & beijos. Em 23 anos de carreira, no entanto, vem acumulando papéis que exploram sua veia dramática, como em Hamlet e Calígula, clássicos que levou ao teatro. Agora, aos 40, ele celebra em três producões diferentes o trânsito livre entre o humor e o drama.Em Justiça, novela da Globo, vive um traficante que se torna dono de prostíbulo; na próxima trama das 7, Rock story, interpreta um roqueiro decadente; e no longa Um homem só, de Cláudia Jouvin, faz um tipo atormentado e encomenda um clone. “Sou da crença de que somos múltiplos”, o ator sintetiza , sobre a experiência de interpretar o homem duplo que provoca, em igual medida, risos e reflexões.

Nome: Paulo Vladimir BrichtaIdade: 40 anos.Natural de: Diamantina (MG) e Salvador (BA). Não perguntem como isso é possível.Onde vive: Rio de Janeiro.Sente saudade: Da cidade de Itacaré, na Bahia, onde passei muitos momen-tos da minha infância.A trilha sonora de sua vida: Caetano de ponta a ponta, recheada de muito Gil, Lenine, Secos & Molhados, Novos Baianos e rock.Trabalhar entre amigos: Um presente. Em Tapas & beijos, por exemplo, contracenei cinco anos com o Otávio Muller. Acho que a cumplicida-

de também aparece em cena. Estar no set: É alimentar a criativida-de à base de muita paciência e paixão.Gravar televisão: Traz a sensação de descer uma megarrampa sem capacete.Decora os textos: No escritório ou deitado na cama. Não tenho dificulda-de para memorizar, mas houve época em que reescrevia todas as falas.Papel mais marcante: Difícil escolher, embora não possa deixar de citar Antônio, personagem de A máquina, filme de João Falcão.Um diretor de cinema: Só um? Desculpe, não consigo.Contracenar com sua mulher [a atriz Adriana Esteves]: Um dos encontros

mais incríveis que tive em 23 anos de carreira. Além de talentosa, ela é parceira e generosa.O casamento depois de uma década: É delicioso, gostoso e produtivo.Seus filhos: Uma das poucas razões para não perder o rumo.Silêncio ou barulho: Prefiro o silêncio para começar devagar o dia, sem a ansiedade que o barulho traz.Você clonaria: Nada e ninguém. As melhores experiências do mundo, assim como as pessoas mais incríveis, merecem o privilégio de serem únicas. Não tem graça: Racismo, elitismo, homofobia.O humor: salva. f

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MÚltiploMesmo em papéis dramáticos, como o tipo atormentado de Um homem só, Vladimir Brichta não abandona o humor POR Sheyla Miranda

Um Homem Só EstREia PREvista PaRa 29/9.

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Do jEito QUE já foiEm Nada será como antes, Débora Falabella e Murilo Benício vivem romance em meio aos bastidores da primeira emissora de TV no BrasilPor Luiza Terpins

Se Débora Falabella já fosse atriz na década de 1950, quando a televisão chegou ao Brasil, sua rotina seria bem diferente. “As novelas eram ao vivo, não tinha como refazer cena. Devia dar uma emoção a mais”, conta. Em Nada será como antes, minissérie da Globo que se passa nos bastidores da primeira emissora brasileira, ela pôde imaginar como seria essa sensação no papel da locutora Verônica. “A equipe foi bem fiel e muitas vezes me vi em um estúdio daquela época.”

4Qual foi o conteúdo da primeira transmissão a cores no Brasil?a Festa da Uva de Caxias do

Sul, em 1972B Show da Janis Joplin no

Festival de Woodstock, em 1969c Final da Copa do Mundo de

1978, entre Argentina e Holanda

o coMEço DE tUDoTeste seus conhecimentos

sobre a história da televisão

1Quem atuou em Sua vida me pertence, primeira telenovela

brasileira, de 1951?a Walmor Chagas

B Lima Duartec Fernanda Montenegro

2O Grande Teatro Tupi, uma das

primeiras atrações a fazer sucesso, era:

a Show de talentos para lançar atores

B Adaptação de peças de teatro para a telinha

c Programa de auditório

3até 1963, as novelas não eram diárias. Qual foi a primeira a

passar todos os dias?a 2-5499 ocupado, com

Tarcísio Meira e Glória Menezes B A grande viagem, com

Regina Duarte e Daniel Filhoc Éramos seis, com Cleyde

Yáconis e Tony Ramos re

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MAiS No tABLEt Conversa com Jorge Furtado

EstrEiA PrEvistA PArA 27/9.

Na trama – que traz atores como Daniel de Oliveira e Bruna Marquezine no elenco –, ela se envolve com o personagem de Murilo Benício, um vendedor de rádio que funda a emissora Guanabara e é responsável por tornar a novela uma paixão nacional. “Nossa história é uma ficção com alguma liberdade criativa. Fomos fiéis aos acontecimentos, mas mexemos na ordem”, explica Jorge Furtado, que assina o roteiro ao lado de Guel Arraes. “Foi um período riquíssimo da vida brasileira.”

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52 REVISTA GOL

EMBARQUE cInEmA

MAIS NO TABLET Veja o trailer

do filme

Remake do clássico de 1960, Sete homens e um destino reúne bando de pistoleiros para proteger pequeno vilarejo. Saiba quem é quem

POR Heitor Flumian

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JAck HORNEvincent d’onofrio dá vida ao caçador que coleciona escalpos de quem tenta trapaceá-lo. Nos bastidores, o ator revelou que já mandou uma carta como fã ao ator denzel Washington.

REd HARvESTvivido por Martin Sensmeier, o índio é o último a aderir ao grupo, após seguir os pistoleiros a cavalo. todo o elenco, segundo o diretor antoine fuqua, teve aulas de equitação.

vASQUEzPapel do mexicano Manuel garcia-Rulfo, é um caçador de recompensas vindo do sul da fronteira que se junta ao bando apenas pelo dinheiro. Na versão anterior, rodada no México, a origem do personagem vivido pelo ícone do faroeste Charles Bronson fica subtendida.

GOOdNIGHT ROBIcHEAUx velho conhecido de Sam Chisolm, o personagem de Ethan

Hawke é procurado pelo líder quando o grupo de pistoleiros começa a se formar. No longa de 1960, o papel coube a Brad dexter, único ator da primeira leva que não se tornou conhecido.

SAM cHISOLMinterpretado por denzel Washington, é um homem da lei com motivos pessoais para enfrentar os vilões. o ator – primeiro a ser escalado para o time – se aproxima do protagonista anterior apenas pelas vestes

negras e pela rapidez no gatilho, já que o personagem de Yul Brynner só queria a recompensa financeira.

JOSH FARAdAya Chris Pratt (Jurassic World), coube interpretar o pistoleiro vivido antes pelo galã Steve McQueen. fuqua se deu conta de que o ator era ideal para o personagem ao ouvi-lo cantar “oh Shenandoah”, tradicional canção de western, quando lhe telefonou para falar sobre o filme.

BILLy ROckSapesar de ser inspirado no filme japonês Os sete samurais (1954), é da Coreia do Sul que vem o ator Byung-hun lee. Como o atirador de facas, ele segue o comportamento introspectivo de seu antecessor, interpreta-do por James Coburn.

PLATA O PLOMO

EStREia PREviSta PaRa 22/9.

Os pistoleiros do filme, da esq. para a dir., conforme a ordem do texto

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54 REVISTA GOL

EMBARQUE cInEmA

MAIS NO TABLET Papo com Carolina

Dieckmann

TENSãO à vista

EstrEia prEvista para 22/9.

Em trama argentina filmada no Uruguai, diretor brasileiro Marco Dutra explora suspensePOR AlAn de FAriA

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No longa O silêncio do céu, do paulistano Marco Dutra, a dor não se manifesta pelo grito. Ainda que a protago-nista, vivida por Carolina Dieckmann, seja estuprada nos primeiros minutos do filme. Traumatizada, ela não expõe a violência que sofreu ao marido (interpretado pelo argentino Leonardo Sbaraglia), e a relação entre os dois, em decorrência desse silêncio, torna-se perturbadora.

Para compor as cenas, baseadas no romance Era el cielo, do argentino Sergio Bizzio, o diretor lançou mão de elementos de suspense e até mesmo de terror. Mas em

vez do sangue respingado na tela ou de fantasmas vindos do além, Dutra recorreu a efeitos sonoros, com ruídos de portas que se fecham ou cadeiras que balançam, por exemplo. “São detalhes que me encantam”, ele explica.

A trama é também uma rara chance de ver Carolina Dieckmann em um papel denso, o que dificilmente lhe é atribuído na televisão. Rodar o filme no Uruguai, segundo ela, distante da família, foi um ponto central para construir sua personagem: “A solidão foi fértil”, diz.

EstrEia prEvista para 15/9.

Longa da carioca Anita Rocha da Silveira também aposta no suspense

ESTRANhA ATRAçãO

ainda adolescente, anita rocha da silveira precisou entender por que uma de suas amigas havia cometido suicídio. “Comecei a pensar na relação entre adolescência e morte”, conta a cineasta, que elegeu uma série de assassinatos como tema de seu primeiro longa. Em Mate-me por favor, quatro colegas sentem uma estranha atração diante de homicídios que ocorrem em terrenos baldios. Há sangue, medo e mistério, mas nada que assuste verdadeiramente esses jovens.

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EMBARQUE múSIcA

Artistas comentam importância de Martinho para a música brasileiraA VOZ DO SAmBA

Em 2014, após lançar um álbum em que reunia seus sambas-enredos, Martinho da Vila, 78 anos, chegou à conclusão de que já havia feito o bastante: não gravaria mais discos. Dois anos depois, no entanto, após um convite do presidente da Sony Music Brasil, o sambista apresenta sete músicas inéditas em De bem com a vida – as demais haviam sido gravadas por artistas como Simone e Roberta Sá ou pelo próprio Martinho em coletâneas antigas.

“É o mesmo ritual de sempre: acordo um belo dia, cantarolo ‘laralarara’, desenvolvo o que chamo de ‘célula melódica’, e depois

Criolo“Quando era criança, os discos do Martinho levavam alegria ao barraco no Jardim das Imbuias, em São Paulo, onde morava com minha família. Ele é a voz do povo, do morro e do samba. Canta canta, minha gente foi um dos discos mais lindos e necessários que chegou ao coração do meu pai e da sua geração, e o álbum também fez com que perpetuasse entre nós a beleza da cultura musical brasileira.”  

De bem com a viDa. SONY MUSIC. R$ 26,90.

Francis Hime“Nos tornamos parceiros no ano passado, em uma viagem que fizemos a Angola para participar de um festival. Foi aí que nasceu a faixa ‘Daqui, de lá e de acolá’, tocada no evento. Fiz a melodia e a harmonia da canção, e mandei para o Martinho, que compôs a letra junto com a Olívia [Hime]. Ele é muito original e a brasilidade de sua música é contagiante. Ainda faremos outros sambas juntos.”

Em De bem com a vida, Martinho da Vila lança canções inéditas com a participação de músicos como Criolo e Francis HimePOR Heitor Flumian

CAntA CAntA, MinhA gEntE

passo para um músico fazer a harmonização”, diz o cantor, sobre o processo que o colocou de volta à ativa. Com a sonoridade calcada no trio cavaquinho, violão e percussão, as faixas do novo trabalho versam sobre amores malfadados e mulheres –“fonte de inspiração dos poetas desde que o mundo é mundo”. O projeto, com a participação de músicos como Criolo, Francis Hime e João Donato, também traz em suas letras o habitual otimismo de Martinho para levar a vida.

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58 REVISTA GOL

EMBARQUE ARTE

POR Lucas Neves

No mês da Bienal Internacional de São Paulo, organizada sob o tema Incerteza Viva, artistas participantes indicam uma trilha certeira de colegas que merecem atenção

SIGA A LINHA

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Como interpretar o que desconhecemos? De que forma lidar com o mistério para nos lançarmos em descobertas? Essas são algumas das questões que movem os 81 artistas selecionados para a 32a Bienal de São Paulo, que acontece de 10 de setembro a 12 de dezembro e é ordenada sob o título Incerteza Viva. Vindos de 33 países, os

participantes passeiam por diferentes modalidades artísticas e lançam mão das ciências naturais e sociais para enquadrar temas como a extinção de espécies e as mazelas do capitalismo.

E, para explorar essa matéria-prima farta, os curadores desta edição apostaram em realizadores jovens: mais de um terço

nasceu de 1980 em diante. Seguindo essa premissa, a revista GOL pediu a Jonathas de Andrade, um dos principais expoentes da nova geração, que indicasse um entre seus pares. Veja a sugestão do alagoano e, a partir dela, as de outros artistas.

PaRque dO IbIRaPueRa, PORtãO 3. de 10/9 a 12/12. entRada gRatuIta. bIenal.ORg.bR.

SEM FRONTEIRASAlagoano radicado no Recife, o artista Jonathas de Andrade, nascido em 1982, gosta de trabalhar no limite entre o documental e o ficcional. Nesta edição da Bienal, ele apresenta o filme O peixe (foto), sobre um ritual fictício interpretado por pescadores reais.

CâMERA NA MãOCriado em 1986, o projeto do cineasta Vincent Carelli consiste na formação de diretores indígenas a partir de oficinas. Parte dessa produção, como o vídeo Ritual Kateoku (foto), estará exposta na Bienal.

JOnathas de andRade indica: “O coletivo Vídeo nas

Aldeias representa uma arma poderosa na luta

contra a opressão indígena”

são pauLo

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BarroMiguel rio branco, um dos

maiores nomes da fotografia brasileira, apresenta cerca de 20 trabalhos inéditos na Millan. há desde retratos de

garimpeiros até imagens tomadas numa aldeia

indígena do pará.

De 3/9 a 1º/10. galeriamillan.com.br.

a Mão do Povo Brasileiro, 1969/2016

com a crença de que a cultura popular deve ter destaque nos

museus, a arquiteta lina bo bardi reuniu cerca de mil objetos, entre

esculturas, mobiliários e utensílios, na mostra inaugural do Masp,

que agora é remontada.

De 2/9 a 29/1/2017. masp.art.br.

Calder e a arte Brasileiraalém dos móbiles de placas

metálicas coloridas, faceta mais conhecida de alexander calder

(1898-1976), a exposição permite descobrir óleos,

maquetes, guaches e desenhos que levam a assinatura do artista norte-americano.

De 1º/9 a 23/10. itaucultural.org.br.

o Útero do Mundo tomando como ponto de

partida cerca de 250 obras do acervo do Museu de arte

Moderna de são paulo, a exposição tece um panorama

de artistas que abordam o organismo humano e gestos

que escapam à racionalidade.

De 5/9 a 18/12. mam.org.br.

Além da BienalConfira outras exposições

na capital paulista

segregaçÃOJamaicana que hoje vive entre sua Kingston natal e o Kentucky, a artista Ebony G. Patterson, 35, exibe em São Paulo um trabalho sobre a violência contra crianças e jovens negros e discute não só o preconceito de cor, mas também o de classe.

VíDeo nas alDeias indica:“Estamos conhecendo agora os artistas, mas o trabalho de Dalton Paula nos despertou

especial interesse”

raízes dO brasilDalton Paula, brasiliense de 34 anos radicado em Goiás, transita entre fotografia, performance e pintura. Em Rota do tabaco (foto), ele explora viagens a Havana, ao Recôncavo Baiano e ao interior de Goiás para falar de raças.

Dalton paula indica:“Sinto no trabalho de Ebony G.

Patterson uma sutil violência na abordagem de questões de gênero”

ebony g. patterson indica:“Rita Ponce de León cria

momentos assustadores e de uma beleza poética tal que

somos levados a acreditar já tê-los vivenciado antes”

dança da sOlidÃOInquietações sobre os códigos que regem a interação social estão no centro da pesquisa da peruana Rita Ponce de León, nascida em 1982. En forma de nosotros (na foto, obra em construção), que está exposta na Bienal, ela desenhou móveis de argila inspirados na dança butô, tradicional no Japão.

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60 REVISTA GOL

EMBARQUE ARTES santa catarina

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MODERNISMO CATALÃO

Quem já passeou por Barcelona não esquece as formas orgânicas e lúdicas de cartões-postais como a casa La Pedrera e o parque Güell. São cria-ções saídas da prancheta de Antoni Gaudí, o arquiteto que tem seu estilo dissecado numa exposição em Florianópolis – e que migra para São Paulo em novembro. A seleção parte de 46 maquetes (como a da torre da basílica, ao lado)para mostrar como Gaudí não pode ser limitado a um só movimento estético. Segundo o curador Raimon Ramis, o catalão teve a habilidade ímpar de “absorver o debate de sua época e traduzi-lo em formas, com prédios que pareciam uma versão de seu pensamento escrita em três dimensões”. Completam a mostra cerca de 40 telas e elemen-tos decorativos concebidos por contemporâneos do arquiteto na fervilhante Barcelona.

Gaudí, Barcelona 1900 Museu de Arte de sAntA CAtArinA (Av. Gov. irineu BornhAusen, 5.600). FloriAnópolis. tel.: (48) 3664-2631. r$ 10 (Grátis às terçAs). Até 30/10.

O curador Raimon Ramis comenta peças de contemporâneos do arquiteto

cadeira poltrona, 1899, de Junyent e Roca

“o modernismo catalão teve nas artes decorati-vas um enorme campo de experimentação. os

objetos eram detalhada-mente trabalhados, convertendo-se em

obras de arte.”

Mesa ovalada, c. 1900, de Frederic Vidal

“o trabalho mostra a maestria dos artesãos desta época. É um dos melhores exemplos da técnica ‘cloisonné’ [que

consiste na aplicação de esmalte sobre uma superfície].”

entre dois capítulos, c. 1890, de Ramón Casas“o artista foi o grande

pintor da virada do século. Ele enfocou

situações íntimas, com enquadramentos que

indicam como a fotografia o ensinou outra forma de ver.”

DAS PRANCHETAS DE GAUDÍMaquetes expostas em Florianópolis mostram como as criações do arquiteto catalão viriam a se tornar os cartões-postais de Barcelona por Lucas neves

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Após passagem pela grife francesa Hermès, a estilista Manuela Rodrigues está à frente da marca Cabana Crafts, cujo lema é produzir, sem pressa, peças duráveisPor Laura artigas

DEVAGAR E SEMPRE

Em 2010, época em que trabalhava na elegante grife Hermès, baseada em Paris, a designer de moda Manuela Rodrigues aproveitou o contato com os artesãos da marca para desvendar os detalhes na produção das bolsas mais caras do mundo, com peças que podem chegar a R$ 800 mil. Como todos os ateliês se concentravam no mesmo prédio, a estilista de 31 anos podia conferir de perto, por exemplo, o trabalho realizado nas oficinas de couro.

“Me lembro que a coleção podia estar linda, mas não era lançada se não estava perfeita”, lembra Manu, como gosta de ser chamada. Foi esse apreço pelos detalhes, observados em mais de dois anos de experiência na empresa, que ela levou em conta para criar, em 2014, a marca de acessórios Cabana Crafts.

Após cinco anos na França, cansada da vertente da moda que se renova a cada estação, a designer voltou ao Brasil com a ideia de administrar melhor o tempo criando seu próprio negócio. Mas o convite para assumir a Huis Clos após morte da estilista Clô Orozco, em 2013, alterou seus planos. A experiência, que durou duas coleções, no entanto, serviu para reafirmar sua vontade. “É difícil reinventar a roda a cada seis meses”, sintetiza.

O conceito da Cabana, nesse sentido, é priorizar, além do estilo, a durabili-dade das peças. O lançamento, feito como teste, aconteceu com uma pequena coleção de acessórios vendida em feiras de design. Os modelos, confeccionados em couro natural, fizeram tanto sucesso que Manu teve a certeza de que poderia se manter de forma permanente. “Raspei minha poupança para criar a primeira leva. E, com as vendas, reinvesti em uma nova produção. Desde então, vem funcionando”, ela explica.

Atualmente, a estilista conta com uma linha de 75 produtos e vende, em média, 180 peças por mês – bolsas e sapatos variam de R$ 300 a R$ 700. Seu faturamente em 2015 foi de R$ 680 mil e neste ano obteve receita de R$ 400 mil no primeiro semestre.

Os números, modestos na perspecti-va de grandes empresas, são uma vitória dentro do slow fashion. E o mesmo serve para Manu, que, em seu pequeno ateliê em São Paulo – o espaço pode ser visitado com hora marcada –, consegue dedicar até cinco meses na confecção de uma nova bolsa. É assim, sem pressa, que a marca segue adiante. Já ganhou linha de roupas e se prepara, também, para alçar o primeiro voo internacional, com a abertura de um showroom em Londres ainda em 2016.

Como surgiu a ideia de criar sua própria marca?A dinâmica do mundo da moda foi perdendo o sentido para mim e nisso veio a vontade de ser dona do meu tempo. As marcas com as quais trabalhei são conhecidas pelo estilo atemporal. Gosto dessa premissa, sempre quis fazer peças com calma e com cuidado.

Como é o processo de produção?Consegui estabelecer parcerias bem interessantes com duas oficinas em São Paulo, na Mooca e no Belenzinho. Por serem artesanais, elas se tornaram caras e lentas para o mercado do fast fashion. Eu mesma compro o material e costumo acompanhar a produção duas vezes por semana.

De onde vem a inspiração para as peças que desenha?Minha criação parte muito das possibilidades da matéria-prima e também me pauto por peças das quais sinto falta no mercado. A primeira sandália que fiz foi inspirada em um modelo que comprei na Grécia e a linha de roupas, por exemplo, começou com um camisão de linho que desenhei para usar como saída da praia. Faço e vou testando para ver se funciona.

Em meio à era de fast fashion, como se sente andando na contramão?Acho que, quando você compra uma peça de qualidade, vai querer ter outra com a mesma característica. Porém, comprará bem menos porque os produtos vão durar mais.

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EMBARQUE dEcOLAGEm

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QUEM é Nome: Manuela Rodrigues.

Idade: 31 anos.

de oNde: São Paulo.

ProfIssão: Estilista.

INdIsPeNsável: “Minha mala de viagem. Gosto de estar sempre pronta para partir.”

oNde moNtar a cabaNa: “Em Bali, na Indonésia. Das viagens que fiz, foi a que mais gostei. As praias, as pessoas e o artesanato são incríveis.”

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64 REVISTA GOL

EMBARQUE ESPORTE

POR HEITOR FLUMIAN

Conhecido por revelar jovens promessas, o Brasileirão, que tem a GOL como transportadora ofi cial, também conta com quarentões que ainda fazem bonito em campo

É MUITA BAGAGEM

#oFUTEBOLtemCOMPANHIA

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ZÉ ROBERTO, 42 ANOS, LATERAL DO PALMEIRASO que mudou no futebol desde 1994, sua estreia como profi ssional? O esporte fi cou mais rápido, físico e combativo. Antes, prevalecia a técnica, e os craques desequilibravam com mais facilidade. E na forma como você joga? Quando comecei, era um jovem ambicioso que corria muito. Hoje, sou experiente, conheço mais os atalhos.Qual é o segredo de sua longevidade no campo? Tenho genética privilegiada e cuido do meu corpo. Além disso, sempre trabalhei o emocional, pois somos submetidos a muita pressão.

MAGNO ALVES, 40, ATACANTE DO FLUMINENSE

Qual é a lembrança do seu primeiro jogo ofi cial? Estreei em 1994, aos 18

anos, pelo Valinhos F. C., e lembro que estar ali, tão novo, no meio dos adultos,

me despertou um sentimento muito forte. Como é a sua relação com os jogadores

mais jovens? Antigamente, a gente carregava a chuteira dos mais velhos.

Hoje, os mais novos querem que a gente carregue a deles [risos].

Do que sentirá falta quando se aposentar? Reclamo do hotel, da

concentração e dos treinos, mas sentirei falta de tudo. Sem falar do estádio lotado

e, claro, das “resenhas” nos vestiários.

NIVALDO, 42, GOLEIRO DA CHAPECOENSE

Qual é sua história mais inusitada no Brasileirão? Tive vários voos

cancelados por causa da neblina de Chapecó. Em algumas ocasiões,

enfrentei viagens de 15 horas de ônibus na véspera das partidas.

O que é preciso para uma longa carreira de goleiro? Ser um atleta leve

ajuda: mantenho o mesmo peso, 80 quilos, há 20 anos. Além disso, é

preciso treinar mais e de forma moderada, para não forçar tanto.

Como envelhecer e continuar um bom goleiro? Você aprende a prever lances, como o lado para o qual o atacante vai

direcionar o chute. E, se o refl exo e a força são menores, a hesitação também

diminui nos momentos de decisão.

O lateral em 1995, época que jogava na Portuguesa

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66 REVISTA GOL

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O Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia, que tem a GOL como transportadora ofi cial, começa a temporada neste mês em Mato Grosso do Sul POR BERNARDO CALIL ILUSTRAÇÃO FRANCISCO MARTINS

Celeiro dos maiores talentos nacionais, o Circuito Brasileiro de Volêi de Praia Open dá os primeiros saques e cortadas da temporada 2016-2017. “Ficamos muito entusiasmados com os Jogos Olímpicos e esperamos retorno no Circuito, que contará com a participação dos medalhistas”, diz Fúlvio Danilas, diretor de vôlei de praia da Confederação Brasileira de Voleibol.

Nas cinco etapas que ocorrem no decorrer deste semestre, além das quatro marcadas para o ano que vem, o campeonato amplia o alcance da modalidade nos locais por onde passa. Na primeira fase, que acontece de 22 a 25 de setembro na cidade de Campo Grande (MS), as 16 melhores duplas dos rankings masculino e feminino disputam até seis jogos cada uma. A competição começa com uma fase de grupos e segue para a fase eliminatória.

1ª ETAPA – CAMPO GRANDE/MS – 22 A 25/9

2ª ETAPA – BRASÍLIA/DF – 13 A 16/10

3ª ETAPA – UBERLÂNDIA/MG – 27 A 30/10

4ª ETAPA – CURITIBA/PR – 17 A 20/11

5ª ETAPA – SÃO JOSÉ/SC – 8 A 11/12

6ª, 7ª, 8ª E 9ª ETAPAS – NORDESTE (CIDADES A DEFINIR) – 2017

Alison e Bruno SchmidtFormada em 2014, a dupla é a favorita para o bicampeonato do Circuito Brasileiro depois de ganhar o ouro nos Jogos Olímpicos Rio 2016. Juntos,

venceram também o Campeonato Mundial de 2015,

na Holanda, e o Circuito Mundial do mesmo ano.

Alison ainda tem no currículo uma medalha de prata em Londres 2012 ao lado do

lendário Emanuel.

Pedro Solberg e EvandroOs cariocas tiveram o sabor de disputar os

Jogos Olímpicos, mas foram eliminados nas

oitavas de fi nal. No último Campeonato Mundial, na Holanda, conquistaram a medalha de bronze. Além disso, Pedro é o campeão mais jovem da história do Circuito Mundial. Venceu em 2008, aos 22 anos, ao lado do parceiro Harley.

Eduarda e ElizeA dupla foi a segunda

colocada na última temporada do Circuito

Brasileiro. Eduarda, 18 anos, é multicampeã nas categorias de base e foi eleita a atleta

que mais evoluiu no Circuito de 2015-2016. Elize, mais experiente (31 anos), tem

extenso currículo internacional. Juntas,

venceram a etapa de Goiânia no último ano.

Larissa e TalitaUma das maiores jogadoras de vôlei de praia da história,

Larissa foi oito vezes campeã do Circuito

Brasileiro. Também tem sete títulos do Circuito Mundial,

e um do Campeonato Mundial (Roma 2011). Com a parceira Talita desde 2014, fi cou em quarto lugar nos Jogos Olímpicos e detém

o título de campeã no Circuito Brasileiro.

VEJA OS PRINCIPAIS CANDIDATOS AO TÍTULO DESTE ANO

DADA A LARGADA

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DO INSTAGRAM PARA A REVISTA DA GOLPara ver a sua foto publicada aqui, siga o @voegoloficial e marque as imagens de sua autoria com a hashtag #voegol. Lembre-se de indicar o lugar onde elas foram tiradas

Brumadinho, MG“Fiquei encantada com o Inhotim. Gostei muito da obra Magic Square, de Hélio Oiticica, pois dá para interagir com ela, diferentemente das que encontramos na maioria dos museus.”Beatriz alonso (@beatrizalonso_), estudante, 23 anos, de são Paulo (sP).

São Luís, MA“Estava no carro com uma

amiga e, assim que vi a escultura Arrastão, pedi que ela parasse. Enquanto observava e

fotografava, o vento que vinha do mar renovou as energias e

trouxe paz.”elisaBete Buosi (@ebuosi),

esPecialista clínica, 35 anos, de são Paulo (sP).

Jijoca de Jericoacoara, CE“É um lugar inesquecível, as praias são lindas, e os moradores hospitaleiros e a comida deliciosa.”Glauco riGel salGado (@glauconeP), dentista, 38 anos, de nePomuceno (mg).

Goiás, GO“Esta foto representa a cidade, com a Igreja Nossa Senhora do

Rosário ao fundo, as ruas de pedras e os casarões. Eu e minha

noiva, Karolline, adoramos passear pelo centro histórico e

comprar doces caseiros.”João Henrique Mello (@karol.

joao), advogado, 31 anos, de aPucarana (Pr).

EMBARQUE sua foto

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TAIS ARAÚJO

FERNANDO FERNANDES

ESTELA RENNER

LUIZ ALBERTO MENDES

ANTONIO NETO+DANIEL IZZO

GERMAN LORCA

MARINALVA DANTAS

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ADRIANA MELO

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ESTES SÃO OS 11 ESCOLHIDOS PARA RECEBER AS HOMENAGENS DO PRÊMIO TRIP TRANSFORMADORES 2016. GENTE QUE PERCEBEU QUE AS COISAS SÓ ESTARÃO BEM DE VERDADE QUANDO ESTIVEREM BEM PARA TODOS.

CONHEÇA AS HISTÓRIAS INSPIRADORAS DE CADA UM DELES EM: T R I P T R A N S F O R M A D O R E S . C O M . B RF A C E B O O K . C O M / T R I P T R A N S F O R M A D O R E S

C0PATROC ÍN IOP A T R O C Í N I O A P O I O

PA R C E I R O S D E M Í D I A

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POR RICARDO CALIL FOTOS LUIZ MAXIMIANO

O novo técnico da Seleção Brasileira tem pela frente o maior desafi o de sua carreira: fazer o futebol canarinho engrenar e classifi car o país para a Copa do Mundo de 2018. Mas Tite encara a missão com o mesmo entusiasmo que lhe rendeu fama e aplausos

Tite esbanja simpatia no ensaio para a revista GOl,

na sede da CBF, no Rio de Janeiro

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No dia da entrevista exclusiva e da sessão de fotos para a revista GOL, na sede da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), no Rio de Janeiro, houve um bom presságio: Tite e a canarinho – ou melhor, o canarinho – se deram bem. O entrosamento do técnico com o símbolo da Seleção brasileira foi imediato: o pássaro pousou e posou tranquilo nas mãos dele (para o su-persticioso, um claro sinal de que vai dirigir a Seleção com pulso fi rme) e depois em seu ombro (prova defi nitiva de que está pronto para carregar o peso de ser “o” técnico).

Pouco antes, ao chegar, Tite se des-culpou pelo atraso contando que havia se alongado num encontro com Carlos Alberto Parreira e o mais supersticioso técnico brasileiro. “O Zagallo continua irradiando paixão pelo futebol. O corpo pode não estar respondendo legal, mas o coração e o olhar... Eu disse: ‘Vim aqui para aprender’. E ele respondeu: ‘Não precisa aprender, é só reafi rmar aquilo que você já sabe’.”

São LeonardoTite nasceu Adenor Leonardo Bachi na pequena colônia italiana de São Braz, zona rural de Caxias do Sul (RS), em 25 de maio de 1961, fi lho de dona Ivone e seu Agenor (morto em 2009). Como conta a jornalista Camila Mattoso na biografi a Tite (Panda Books), a mãe caiu de uma escada no início da gravidez e fi cou oito meses de repouso. Devota de São Leonardo Murialdo, prometeu dar o nome do santo ao fi lho se este nascesse com saúde.

O parto foi difícil. Adenor nasceu parrudo e com deformações, passou um mês com lenço amarrado no rosto. Duas décadas mais tarde, Ade – como é chamado pela família – viu uma igreja pegar fogo em São Braz. O padroeiro

O torcedor brasileiro é, antes de tudo, um supersticioso. Tem aquele que só vai ao estádio com a “cueca da sorte” e o outro que assiste ao jogo pela TV sempre no mesmo canto do sofá. Tem jogador que toca a grama antes de en-trar em campo ou beija a bola antes do pênalti. Existem técnicos com mania de número: “Zagallo e sorte têm 13 letras” é um clássico. Já Tite prefere acender uma vela no vestiário diante de uma imagem da Sagrada Família e rezar em silêncio (“não para ganhar, mas para merecer ganhar”). Ai de quem deixar a chama apagar antes de o time entrar em campo!

O ritual, que ele praticava nos clubes por que passou, será repetido em seus jogos à frente da Seleção, começando pelos dois primeiros, contra o Equador, no dia 1o de setembro, e Colômbia, no dia 6, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. Mas o técnico de 55 anos avisa que o torcedor não deve esperar por milagres. “Sei que ainda tem gente que aguarda um salvador da pátria. Mas a maioria das pessoas já entende que esse é um processo com início, meio e fi m, que precisa de currículo, de prepa-ro, de tempo”, afi rma.

“TEM GENTE QUE ESPERA UM SALVADOR DA PÁTRIA. MAS A MAIORIA DAS PESSOAS JÁ ENTENDE QUE É UM PROCESSO COM INÍCIO, MEIO E FIM, QUE PRECISA DE TEMPO”

era justamente São Leonardo. Juntou dinheiro e comprou uma imagem do santo para a nova igreja. Até hoje a religiosidade é uma característica marcante do católico Tite, que vai à missa toda semana. Dona Ivone queria que ele fosse padre. O fi lho, no entanto, herdou a paixão de seu Agenor pelo futebol e se destacou em campeonatos intercolegiais. Foi num deles que cha-mou a atenção de Luiz Felipe Scolari, então treinador de um colégio estadual e jogador do Caxias.

Mais tarde, com 17 anos, Ade era juvenil do Juventude e estagiário de uma concessionária da Volkswagen quando apareceu por lá o Felipão, já técnico do Caxias. Ele se lembrou do futebol do garoto, mas se confundiu com o nome. Achou que se chamava Tite, companhei-ro do time de Ade, e convidou-o para um teste. O equívoco rebatizou o jogador para sempre. Seu Agenor foi contra o menino deixar o estágio: a família preci-sava do dinheiro. Dona Ivone, costureira, apoiou: “Eu trabalho de dia e de noite se precisar”. E assim Tite se tornou jogador profi ssional no Caxias.

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O técnico da Seleção Brasileira posa com o canário Garibaldo durante a sessão de fotos: entrosamento perfeito

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Aos 81 anos, dona Ivone se lembra dos tempos difíceis: “Havia dias em que eu não comia, para que não faltasse comida para meus fi lhos [Be-atriz, Adenor e Miro]. Mesmo assim, o Tite ia treinar fraco, vomitava em campo”, lembra com a voz embarga-da, por telefone, de Caxias. Muitos anos depois, o descobridor de Tite vi-rou adversário e mais tarde desafeto (magoado por declarações de Felipão, Tite soltou o famoso “Fala muito!” em um jogo e marcou Scolari com o bordão). Hoje, estão reconciliados.

Na biografi a escrita por Camila, o jornalista Paulo Vinicius Coelho, o PVC, defi ne o Tite jogador: “Era um segundo volante e um meia-armador esforçado e de boa técnica”. Além de Caxias e Juventude, passou por Espor-tivo, Portuguesa, Guarani de Campi-nas e Guarany de Garibaldi. Encerrou a carreira prematuramente, aos 27 anos, por causa das seguidas lesões, sobretudo nos joelhos: foram sete ci-rurgias em 11 anos como profi ssional.

“TITE TEM SEMPRE O GRUPO NA MÃO. É O CARA CERTO PARA ACALMAR OS ÂNIMOS DO NEYMAR. ELE É O TÉCNICO COM MAIS CONDIÇÕES DE CLASSIFICAR O BRASIL”JUCA KFOURI, JORNALISTA

Em sentido horário, a partir da foto ao lado: Tite em sua apresentação como técnico da seleção; comemorando o Mundial do Corinthians, em 2012; na época em que jogava pelo Guarani; em 1987; e no comando do Grêmio, em 2001

está acima do individual. “Tite é mais que um técnico, é um pai. Ele con-segue uma coisa rara no futebol, que é criar um ambiente relaxado, mas fazer todo mundo jogar com vontade.” O zagueiro Paulo André, companheiro de Alessandro na conquista do Mun-dial e hoje no Atlético Paranaense, destaca outra virtude: “O Tite trata todo mundo igual, do roupeiro ao dire-tor do clube. Ele chama cada um pelo nome e fala olho no olho”.

Foi na época da derrota para o Toli-ma que Tite fi cou marcado por outra característica: seu linguajar particu-

Bebê com deformações, Ade tor-nou- se um jovem boa-pinta, segundo seu irmão Miro, quatro anos mais novo. “Ele era conhecido como craque na cidade. Eu entrava no ônibus e as garotas brincavam: ‘Olha o cunhadão aí!’. Só que ele conheceu a Rose e não deu bola para mais ninguém”, conta. Rose é Rosmari Rizzi, mulher de Tite há 32 anos, mãe de seus fi lhos, Gabriele, 21, e Matheus, 27. “O Tite não troca um jantar com a família por um encontro com o presidente da República”, diz Miro.

Tite passou os primeiros dez anos como treinador em times do interior gaúcho. Sua sorte mudou quando levou o modesto Caxias ao título estadual em 2000. Foi o passaporte para times como Grêmio (onde ganhou o Gaúcho e a Copa do Brasil no ano seguinte), Atlé-tico Mineiro, Palmeiras, Al Ain e Al Wahda (dos Emirados Árabes) e Inter (campeão da Sul-Americana em 2008 e do Gaúcho em 2009).

As maiores conquistas e a quase unanimidade como técnico vieram graças a seu trabalho no Corinthians, onde foi campeão brasileiro, em 2011 e 2015, da Libertadores da América e do Mundial de Clubes da Fifa, em 2012, e da Recopa Sul-Americana e do Paulis-ta, em 2013. As glórias vieram depois de um começo que não foi fácil. Passou pelo clube em 2004-2005, sem títulos, e voltou em 2011 para ver o time perder para o colombiano Tolima na pré--Libertadores. Balançou, mas não caiu porque ganhou o jogo seguinte do rival Palmeiras no Paulista por 1 a 0, “salvo” pelas defesas de Júlio Cesar e pelo gol do lateral Alessandro.

Hoje coordenador técnico do Corin-thians, Alessandro não aceita a ideia de ter sido o salvador de Tite, porque aprendeu com o técnico que o coletivo

lar, batizado de “titês”. Perguntado se escalaria Ronaldo Fenômeno para o jogo contra o Palmeiras, respondeu: “Vai depender da treinabilidade do jogador”. Foi o sufi ciente para gerar gozações por parte de jornalistas. “Eu exagerava no aspecto didático, profes-soral. Minha linguagem era uma no vestiário e outra com a mídia”, conta. E, então, Luciano Signorini, assessor de imprensa, sugeriu: “Você é visto como um técnico sisudo. Mas na intimidade é um cara agradável, de bom humor. Seja você mesmo nas entrevistas”, lembra Signorini. “Deu certo. Hoje as pessoas conhecem o verdadeiro Tite, e ele aprendeu a rir de si mesmo.”

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A afabilidade e capacidade de lideran-ça se refl etem no trato com os jogadores. “Ele tem sempre o grupo na mão. É o cara certo para acalmar os ânimos do Neymar. Não existe um técnico brasi-leiro com mais condições de classifi car o Brasil para a Copa do que o Tite”, diz o jornalista esportivo Juca Kfouri. Craque da Seleção de 70 e hoje colunista esporti-vo, Tostão faz coro às palavras do colega: “Tite já merecia ter sido técnico da Seleção. Ele tem um currículo invejável e é um sujeito de bom trato com todo mun-do. Nenhum técnico tem uma varinha mágica, mas com o Tite nossas chances para a Copa aumentam muito”.

Garibaldo e GaribaldiNo meio da sessão de fotos, a veterinária Gabriela, dona do canário, conta que o nome do passarinho é Garibaldo. Tite

Camila Pitanga que não vai saber quem é. Mas conhece o nome do reserva do time da terceira divisão do Campeonato Gaúcho.” Mais íntimo confi dente fute-bolístico de Tite, Xavier adianta o que o torcedor pode esperar da Seleção. “Um time equilibrado, que valoriza a posse de bola e a triangulação, que toma pouco gol e faz pouca falta. O objetivo não é jo-gar bem para fi car bonito na foto, é jogar bem para merecer a vitória”, afi rma.

No fi m da sessão de fotos na CBF, o canário Garibaldo ameaça sair voando, e o repórter lembra a música cantada pelo lateral Júnior que virou o hino da Seleção Brasileira na Copa de 1982: “Voa, cana-rinho, voa/ Mostra pra Espanha o que eu já sei”. Depois que o pássaro se acalma, Tite solta uma frase que soa como música aos amantes do jogo bonito. “Acharam um técnico que gosta daquele time de 82. Cerezzo, Falcão, Sócrates, Zico... Era um meio de campo para olhar e bater palma. Que coisa mais linda...” Mas, Tite, a Sele-ção de 82 é só um sonho do passado ou re-ferência para o presente? “As duas coisas. Depende do tipo de disputa. Aquele time ganharia qualquer campeonato de pontos corridos. Mas num torneio mata-mata, como a Copa, os deuses do futebol podem eliminar uma grande equipe dando um sentido de marcação forte ao adversário.” É um pensamento que enche de esperan-ça os torcedores – supersticiosos ou não – que lembram que as Eliminatórias da Copa podem ser fatais, mas não passam de um campeonato de pontos corridos. Voa, canarinho, voa. Mostra pra esse povo que és um rei.

“O TITE TRATA TODO MUNDO IGUAL, DO ROUPEIRO AO DIRETOR DO CLUBE. ELE CHAMA CADA UM PELO NOME E FALA OLHO NO OLHO”PAULO ANDRÉ, ZAGUEIRO DO ATLÉTICO PARANAENSE

Na foto acima, Tite com a mãe, dona Ivone, na casa dela em Caxias do Sul, em 2012

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comenta, surpreso: “Foi por isso que a gente se deu bem. Meu primeiro trabalho como técnico foi no Guarany de Gari-baldi [clube do interior do Rio Grande do Sul]”. Ele revela que se tornou treinador por acaso. Chegou ao clube gaúcho em 1990, acumulando as funções de jogador (em fi nal de carreira) e preparador físico (em início). Já estava tudo encaminhado para Tite deixar o futebol profi ssional e se tornar professor de educação física da rede pública. Mas o técnico Celso Frei-tas deixou o Garibaldi faltando cinco rodadas para terminar a temporada, e Gilberto Piva, dirigente do clube, pediu para Tite assumir. Foram quatro vitórias e uma derrota, e o modesto Guarany quase subiu para a primeira divisão. Tite, então, foi efetivado no cargo. Vinte e seis anos depois, ele ligou para Piva e agradeceu pela oportunidade que o levou ao comando da Seleção brasileira. Sem o Garibaldi, seu destino jamais se cruzaria com o do Garibaldo.

Quem o ajudará na tarefa com a canarinho é Cléber Xavier, seu auxiliar técnico desde 2001, quando traba-lharam juntos no Grêmio. Para ele, a principal característica da “titebilida-de” é a obsessão pelo futebol. “Ele pensa no esporte 24 horas por dia. Ele não vê novela, não sai pra jantar, não faz ma-rketing pessoal”, conta. “Pode passar a

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COMO SE BAILA NA TRIBO Em busca de tradições indígenas,

o fotógrafo Victor Aff aro foi ao Acre registrar o Festival Mariri Yawanawá

POR LUIZA TERPINS

Índio observa roda de meninas. “Participam das atividades homens e mulheres de todas as idades”, explica o cacique Tashka Yawanawá. Ao lado, tribo canta e dança em volta da fogueira em ritual conhecido como Roda de Mariri

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Victor Aff aro é um homem da cidade grande: nascido em São Paulo, onde vive, já morou em lugares como Lon-dres e Nova York. Atualmente, porém, seu interesse passa longe do cenário cinza das metrópoles. “Quero conhecer lugares diferentes que mantêm alguma tradição”, conta. O desejo de interagir com outras realidades já o levou ao Chade, na África, e a Myanmar, na Ásia. Em julho passado, foi a vez de visitar a aldeia Mutum da Terra Indígena do Rio Gregório, no Acre, onde fotogra-fou a quarta edição do Festival Mariri Yawanawá. “Sou fascinado pela cultura indígena e essa festa é muito importan-te para eles”, diz Victor, que, dois anos atrás, conviveu com os ianomâmis do Alto Rio Negro, no Amazonas.

Durante sete dias, o fotógrafo parti-cipou dos rituais que celebram a vida, a liberdade e a natureza. “Os cantos e as danças, além de entreter, são entoados para que as crianças não percam o con-tato com a língua”, conta. E acrescenta: “Todas as atividades são muito ingênuas, parecem brincadeiras mesmo, como a que as mulheres escolhem um homem para buscar suas caças. Foi emocionante ver a relação do povo com sua cultura”, relata ele, que destinou parte desse mate-rial para o livro comemorativo de seus 20 anos de carreira, previsto para 2017.

Organizado pela Associação Socio-cultural Yawanawá, em conjunto com as sete aldeias localizadas ao longo do rio Gregório, o Festival Mariri pretende resgatar e fortalecer a cultura Yawana-wá. “Muitos integrantes não presen-ciaram costumes de nossos ancestrais, então esse é o momento de se reconec-tar com o passado”, explica o cacique Tashka Yawanawá, que comanda as fes-tividades. “Recebemos muitos turistas brasileiros e estrangeiros que querem passar por essa experiência.”

De sua vivência, Victor destaca a ma-neira como os índios se relacionam com a natureza: “É impressionante como é possível viver bem com tão pouco”.

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Pinturas no corpo são uma tradição não só em festividades, mas diariamente. “Elas têm signifi cados. A tinta preta, de jenipapo, representa proteção espiritual”, diz o líder. Na foto, o índio Skuhuyawa, 25 anos

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Pinturas no corpo são uma tradição não só em festividades, mas diariamente. “Elas têm signifi cados. A tinta preta, de jenipapo, representa proteção espiritual”, diz o líder. Na foto, o índio Skuhuyawa, 25 anos

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Casal dança ao som de músicas nativas. “Não usamos instrumentos, apenas vozes. Cantar é uma forma de se reconectar com os ancestrais e com a natureza”, diz Tashka. Abaixo, visão aérea das rodas registradas por drone

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Acima, a árvore sumaúma, considerada a rainha da fl o-resta. “Eles a respeitam muito, inclusive pedem licença para realizar os festejos embai-xo dela”, conta o fotógrafo. Abaixo, os barcos que levam os índios para o festival

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O cocar é um acessório tradicional usado em festividades importantes. Ao lado, adolescentes posam ao pé da sumaúma. “A tinta de urucum representa saúde, beleza e bem-estar”, explica o cacique

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Marcos Suhre, um dos sócios do

Verdin, restaurante de comida saudável

no Rio de Janeiro

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V O C Ê T E M F O M E D E Q U Ê ?A resposta a essa pergunta diz muito mais do que seu prato preferido. Comer bem deixou de ser só um momento de prazer e hoje define seu estilo de vida POR RAFAEL TONON FOTOS FELIPE GOMBOSSY

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Thaís Gimenez faz pães, iogurtes, chucrute e a conserva coreana kimchi na cozinha de seu apartamento

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A comida nunca teve tanta importância na nossa vida social e se tornou um dos assuntos mais presentes no nosso cotidiano. Quer ver só? Você entra no Instagram e lá está aquela amiga postando o hambúrguer de um novo restaurante badalado em Nova York. Liga a TV e atores globais estão ensinando alguma receita. Já os chefs, que antes só apareciam em publicações voltadas à gastrono-mia, são protagonistas de atrações que avaliam o prato de amadores. No intervalo, os mesmos chefs, agora al-çados aos postos de celebridades e rock stars, tentam te vender de tudo – dos orgânicos aos multivitamínicos, passando pelas facilida-des bancárias de pagar as contas com o celular. Na atualização diária do Fa-cebook, vídeos de receitas (aparentemente) fáceis – e sempre com muito bacon e chocolate – são uma baita covardia para as horas no escritório antes do almoço.

Horário nobreO canal de internet Tasty Demais, braço gastronô-mico do BuzzFeed, dá uma mostra de que público não falta para o tema. Um em cada quatro usuários do Facebook no Brasil vê pelo menos uma de suas receitas por mês. A versão americana tem mais de 66 milhões de fãs na rede social. Segundo o diretor de marketing do BuzzFeed, Frank Cooper, o canal do-brou a audiência do grupo – são mais de 8,3 milhões de viewers – três meses após seu lançamento.

A comida virou onipresente. E isso porque estamos falando apenas de conteúdos que você consome pelas telas, sem ter que sair de casa. Se colocar os pés nas ruas, os food trucks, os novos restaurantes e os festi-vais de gastronomia estão aí para disputar sua aten-ção... e seu estômago.

Se alguém ainda duvida que comida interessa cada vez mais, basta analisar o que se passa na televisão.

Antes relegados aos horários matinais para donas de casa ou aos canais por assinatura para públicos específi cos, a cozinha ganhou o horário nobre com reality shows de competições culinárias na TV aber-ta – a última temporada do MasterChef, por exemplo, chegou a render 9 pontos no Ibope para a Band.

Enquanto isso, os canais pagos fazem apostas cons-tantes no tema. “A gastronomia envolve relações de afeto e também empoderamento pessoal. Mexe com os sentimentos, sentidos, lembranças e cativa a audi-ência, não só pelo estômago”, afi rma Mariana Koeh-

ler, diretora artística do GNT, que tem na grade nove atrações do gênero.

Geração hmmmA culinária também tem conquistado espaço na sociedade graças a uma nova geração de consu-midores, mais atentos àquilo que põem no prato – seja para comer ou fo-tografar. Chamados mil-lenials, esse grupo que nasceu próximo à virada do milênio e agora está entre a adolescência e o início da vida adulta, evi-ta o fast-food processado, se identifi ca com os co-zinheiros celebridades, cozinha cada vez mais, gasta metade da mesada em restaurantes e movi-

menta US$ 96 bilhões por ano nos Estados Unidos.A jornalista Eve Turow traçou um perfi l dessa geração

– apelidada por ela de geração hmmm – no livro A taste of generation yum (O gosto da geração hmmm, sem edição em português). Na obra, ela relata a rotina de meninas de 16 anos que fazem pizzas (inclusive a massa) aos fi ns de semana para comer ao lado das amigas enquanto assistem a suas séries favoritas, além de casais de 20 e poucos anos que trocam as baladas por jantares nos novos restaurantes da cidade. “Na última metade do século passado, os jovens se defi niam por suas músicas

“A GASTRONOMIA ENVOLVE RELAÇÕES DE AFETO E TAMBÉM EMPODERAMENTO PESSOAL”MARIANA KOEHLER, DIRETORA ARTÍSTICA DO CANAL GNT

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4 - VANDERLEI CORDEIRO DE LIMA

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preferidas, as bandas que ouviam. Hoje, nós trocamos os acordes das guitarras por outra forma de entretenimento e autoexpressão: ovos de galinhas felizes, queijos locais e verduras orgânicas”, ela escreve. “Se você quisesse conquistar uma garota nos anos 1980, teria que andar com um violão nas costas. Hoje, precisa no mínimo ter uma cenoura tatuada no antebraço”, brinca.

Relação íntimaPiadas à parte, essa geração obcecada por alimentos já infl uencia diferentes setores da indústria. Desde a de nicho, com ingredientes e produtos artesanais, até a de itens processados, interessada em ganhar a empa-tia dos millenials. A chegada de grandes “grifes” internacio-nais de alimentação ao Brasil, caso do empório Eataly e das casas do chef Jamie Oliver, são um refl exo disso. Primeiro por-que esse grupo colocou a co-mida no topo da lista de como gastam seu dinheiro. “Segundo porque os yummers cresceram em um ambiente muito mais globalizado e conectado”, con-clui Eve Turow.

Assim, criaram uma rela-ção mais íntima com a comida e não engolem qualquer coisa. A paulistana Thaís Gimenez, 31 anos, pode ser inserida no perfil yummer: ela gosta de produzir seus alimentos pre-feridos em casa. É na cozinha de seu apartamento em Pinheiros que testa processos como o de fermentação natural e produz de pães a iogurte; de chucrute a kombu-cha (espécie de chá fermentado), passando pelo coreano kimchi – uma conserva de acelga fermentada e bem picante. “Depois de perceber que é possível con-trolar o processo para chegar ao sabor que real-mente gosta, você passa a querer produzir tudo em casa”, diz Thaís, que trabalha na área de inovação de uma grande empresa de alimentos. O processo é trabalhoso, mas compensa. “Brinco que as produ-ções são como fi lhos ou animais de estimação: tem que cuidar. O fermento precisa ser alimentado a

2 - SARAH OLIVEIRA

3 - DIOGO NOGUEIRA

1 - GABRIEL MEDINA

DIGA-ME O QUE COMES E TE DIREI QUEM ÉS

Sabe dizer quem é fã de churrasco e quem não abre mão de frango grelhado?

ILUSTRAÇÕES ISABELLA FOWLER E SARAH KAMADA

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cada 12 horas, o kimchi demora uma semana para fi car pronto. Você convive com esses alimentos muito antes de comê-los”, diz.

Fazer em casa é uma das faces da busca por uma alimentação mais cuidadosa. No ano passado, 79% dos consumidores disseram ter trocado sua alimen-tação por comidas mais saudáveis, de acordo com uma pesquisa da Associação Paulista de Supermer-cados (Apas), realizada em parceria com as empre-sas Nielsen e Kantar Worldpanel.

Delivery naturalO movimento tem impulsionado a proliferação de res-taurantes e serviços de comida “natureba”. De olho nesse segmento, o empresário Marcos Suhre, 37, criou em 2015 o Verdin, restaurante de comida natural no Leblon, no Rio de Janeiro. Na época, o gaúcho era sócio de um bar em Ipanema, mas sentia falta de aproveitar o dia e ter uma alimentação mais balanceada na roti-na. Ao lado da esposa Gabriela Munhoz, 32, e da amiga Carla Faedo, 33, nutricionista e chef de cozinha, criou o espaço. “Como três gaúchos desgarrados em meio à Cidade Maravilhosa, sentindo saudade do tempero de mãe, a gente decidiu servir comida saudável com sabor, tão prática a ponto de virar cotidiana”, ele conta.

O resultado deu tão certo que os três inauguraram re-centemente um delivery de comida funcional e susten-tável, a exemplo da onda que vem tomando as grandes metrópoles mundiais. As entregas são feitas de bicicleta, num raio de 7 quilômetros do restaurante, para atender clientes que buscam produtos frescos e não industriali-zados. O serviço preenche uma lacuna na vida de quem não tem tempo para cozinhar ou não se interessa por co-mer qualquer coisa. “Hoje as informações sobre alimen-

A - COZIDO DE CARNE

D - CHURRASCO

B - FRANGO GRELHADO, ARROZ, FEIJÃO E FRITAS

C - SONHO DE TAPIOCA COM CREME DE CUPUAÇU

1/B, 2/C, 3/A e 4/D

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cOmpORTAmEnTO

Geraldo Mattar e Alexandre Pernet começaram fazendo pratos para amigos e hoje são sócios do Soul Kitchen

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tação, saúde e bem-estar estão muito mais dissipadas, falamos disso com frequência. Quanto maior o conhe-cimento adquirido, maior nosso senso crítico e mais ra-cional é o nosso consumo”, complementa Marcos.

Para o crítico gastronômico Luiz Américo Camargo, outro movimento que merece atenção é o entreteni-mento gastronômico, ou seja, a aproximação entre lazer e comida. “O espírito da coisa é passear, comer e beber bem. As empresas que apoiam eventos e projetos assim têm enxergado essa nova disposição como uma possibi-lidade de dialogar com o público, associando suas mar-cas a experiências diverti-das”, afi rma ele.

Camargo é curador do Taste Festivals, festival mundial de gastronomia que estreia este mês na América Latina. Criado em Londres, o evento pas-sou por mais de 20 cidades do mundo nos últimos dez anos e agora desembarca em São Paulo. “A iniciati-va mostra que há um an-seio do público por novos formatos e propostas de lazer. Lazer gastronômi-co é mais barato que uma viagem internacional ou um carro novo. A comida e a bebida continuam como luxos acessíveis”, afi rma.

Foi pensando no lado divertido da gastronomia que os empresários Ge-raldo Mattar Junior, 43, e Alexandre Pernet, 44, come-çaram a cozinhar para amigos em São Paulo, em 2013. A história cresceu no boca a boca a ponto de não caber mais tanta gente no apartamento de Pernet, onde tudo começou. Foi preciso alugar espaços, como botecos, para realizar eventos regados a cerveja e hambúrguer. Ao per-ceber o apetite do público pelo assunto, a dupla resolveu diversifi car o formato: jantares, festas, reuniões – todos com foco na comida.

Hoje o projeto se transformou em uma empresa, a Soul Kitchen, que ocupa Pernet em tempo integral. “Eu tinha

acabado de vender uma startup e estava pensando no que fazer da vida. Com o projeto crescendo e o apoio de grandes empresas, decidi que era a hora de focar nele”, afi rma o empresário, que deixou a carreira em marke-ting digital. Geraldo, o GG, ainda administra a empresa da família, mas também toca a direção da Soul Kitchen. Com sete funcionários, o negócio passou a promover cerca de 18 eventos anuais – incluindo cidades como Rio de Janeiro e Alter do Chão, no Pará – e acaba de inaugu-rar uma cozinha no bairro dos Jardins, a LAB.

Além de servir como QG e escritório da dupla, a ideia ali é testar novos formatos, conceitos, receitas e, prin-cipalmente, proporcionar experiências inovadoras. “As pessoas não querem mais se relacionar com comida só nos ambientes formais dos restaurantes. A gastronomia extrapolou esses limites e vive uma fase disruptiva”, afirma Pernet. “O que mais encan-ta as pessoas que frequen-tam nossos eventos é o fato de elas se sentirem em casa, entre amigos. Quere-mos aproveitar o momento atual da gastronomia para mostrar que ela pode pau-tar a forma como nos re-lacionamos com o outro e com o mundo.”

Viajar e comerSe relacionar com o mundo não é força de expressão. Se antes os turistas escolhiam seus destinos pelo nú-mero de museus ou parques de determinada cidade, hoje há quem eleja seus roteiros pelo tipo de comida e restaurantes que irão encontrar. São os chamados food trotters, na expressão em inglês.

Segundo o American Culinary Traveler, maior estu-do feito sobre o assunto, o número de americanos que viaja “para aprender sobre experiências gastronômi-cas únicas” cresceu de 40% para 58% nos últimos cin-co anos. No Brasil, a Embratur não tem dados ofi ciais,

“A GASTRONOMIA PODE PAUTAR A FORMA COMO NOS RELACIONAMOS COM O OUTRO E COM O MUNDO”ALEXANDRE PERNET, SÓCIO DA SOUL KITCHEN

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COMPORTAMENTO

mas uma parceria entre o órgão e a Abrasel (Associa-ção Brasileira de Bares e Restaurantes) foi fi rmada para fomentar esse tipo de turismo.

Casados há oito anos, os gaúchos Letícia Ruschel, 32, e Guilherme Costa, 36, são típicos food trotters. As viagens internacionais que a empresária e o advogado fazem anualmente são planejadas de acordo com o que vão comer. Vale o pato laqueado do maior restaurante do mundo em Pequim, um niguiri no mercado público de Tóquio, as paellas de Valência ou uma ovelha brase-ada em Reykjavík, na Islândia. “A gente gosta de des-

bravar a comida típica de cada lugar, visitar feiras, mer-cados públicos, festivais”, diz Costa. Para Letícia, isso fala muito sobre a cultura e a identidade de um destino: “Cada sabor tem a sua história e mostra a forma como a população encara seu hábito alimentar. Os mercados públicos são os museus da gastronomia local”. O casal também sai pra comer fora de duas a três vezes por se-mana e organiza jantares em casa ao lado dos amigos, seu programa preferido. “Quase tudo que fazemos para nos divertir envolve comida”, acrescenta ele. Não se pode dizer que falte companhia à mesa.

Letícia e Guilherme, casal que viaja de acordo com o que vai comer e janta fora até três vezes por semana

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CIDADE

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POR PEDRO HENRIQUE FRANÇA FOTOS ANNA FISCHER

Tema e cenário de fi lmes como Aquarius e da novela das 23h Justiça, a cidade de Recife pode ser conhecida a partir de produções relevantes do cinema nacional

CINEMATOGRÁFICA

A atriz Maeve Jinkings, musa

do cinema pernambucano,

no Parque das Esculturas

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Com frequência, Clara acorda, vê o mar de sua janela e sai para dar um mergu-lho. A paz de sua vida só começa a ser ameaçada quando uma construtora passa a cercá-la. O objetivo é tirar do prédio a única moradora resistente e fazer dali um novo condomínio, parecido com os espi-gões que caracterizam os sete quilôme-tros da orla de Boa Viagem. Uma sinopse de fi cção que poderia ser realidade.

O prédio protagonista em questão está no fi lme Aquarius, nova trama do pernambucano Kleber Mendonça Filho, 47 anos, que acaba de estrear nacional-mente. Se chama Oceania, na verdade, e está virando “celebridade” desde que o longa fez barulho em sua pré-estreia mundial no Festival de Cannes.

Moradora do edifício há nove anos, a jornalista Flavia de Gusmão, 53, tem acompanhado de perto a mudança. Recentemente, se deparou com dois jo-vens de Brasília fazendo fotos em fren-te ao local, teve que responder a per-guntas e até a pedido para entrar em seu apartamento. “Fiquei emocionada com a emoção deles. E isso que o fi lme só tinha sido exibido em Cannes”, diz ela. Assim como a personagem Clara, Flavia e sua vizinha Aronitas são fi éis defensoras da existência do Oceania. Mais do que isso, as duas, de alguma forma, fazem parte de Aquarius. São

delas os apartamentos usados como lo-cações na primeira (anos 80) e segunda partes (dias atuais) da história.

O Oceania fi ca em Pina, bairro de praia que é continuação de Boa Viagem – assim como as cariocas Copacabana e Leme, não há algo que separa uma da outra (o “segredo”, que só locais sabem, está em cena de Aquarius). Depois de conferir o famoso sobrado azul, vale seguir por Pina para conhecer a Galeria Joana D’Arc, multiespaço que reúne a galeria de arte contemporânea Nuvem, a romântica creperia Anjo Solto e a badalada cervejaria Haus.

Pano de fundoTerra de fi lmes com assinatura mar-cante, Recife é com frequência pano de fundo para produções que têm levado o nome do Brasil para o exterior. São tan-tas que já é possível traçar um roteiro da cidade a partir de longas que forta-lecem o cinema local desde a retomada, iniciada em 1996, com Baile perfumado, de Lírio Ferreira e Paulo Caldas.

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RECIFE É PANO DE FUNDO PARA MUITAS PRODUÇÕES QUE TÊM LEVADO O NOME DO BRASIL AO EXTERIOR

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Em sentido horário, a partir da foto ao lado: o bar Lisbela e o Prisioneiro; Flavia de Gusmão em seu apartamento no Oceania; a fachada do prédio que aparece no fi lme Aquarius; o ator Pedro Wagner; Kleber Mendonça no Cine São Luiz; e o Edifício Texas

Da varanda do local, Wagner acompa-nha feliz a revitalização e a efervescência noturna da região. Em especial do Pátio de Santa Cruz, onde foram rodadas cenas de Lisbela e o prisioneiro, de Guel Arraes – fi lme que dá nome a um dos bares do Pátio. Às terças, o local lota de gente com o projeto Terça do Vinil, que bota LPs de música brasileira para a galera curtir e dançar ao ar livre (entrada gratuita).

A boemia segue em casas noturnas como Mundo Novo ou em bares como a Mercearia do Braz – experimente o Frango Piu Piu, servido na brasa, marinado no leite e alecrim, com farofa e molho verde (R$ 26). Já para quem não é da noite, vale um passeio pelo Mercado da Boa Vista, especialmente aos sábados. É bom chegar cedo para garantir uma mesinha e se deliciar com o menu bom e barato, cheio de iguarias típicas, como rabada de pirão, buchada de bode ou cabidela com fava servidas em bares como o Buchada’s e o Neto’s.

Cinema de ruaKleber Mendonça se notabilizou com O som ao redor (2012), que se passa no bairro de Setubal. Agora, com Aqua-rius, jogou luz sobre o valorizado Pina, onde mora. Mas Kleber é mesmo um apaixonado pelo centro de Recife. Tanto é que para a pré-estreia de seu fi lme mais recente escolheu um lugar simbólico da cidade, o Cine São Luiz.

“É UMA CIDADE MAIS HORIZONTAL, QUE AJUDA A COMUNICAR DRAMATICIDADE”JOSÉ LUIZ VILLAMARIM, DIRETOR

Com linguagem cinematográfi ca, a novela Justiça, no ar na Globo, tam-bém se passa em Recife. Por escolha do diretor, o mineiro José Luiz Villamarim, a obra foi adaptada para acontecer na capital pernambucana. “Sua geografi a espacial ajuda a contar essa história. É uma cidade mais horizontal, espaçosa, que transmite uma certa solidão. E esse traço facilita comunicar dramaticidade e melancolia”, explica.

No elenco, o pernambucano Pedro Wagner, 34, mora e trabalha no bairro de Boa Vista, no grupo de teatro local bati-zado de Magiluth. A companhia fi ca no terceiro andar de um prédio histórico da região, o Edifício Texas, que ainda abriga um bar no térreo e espaços dedicados a atividades culturais, como exposições, e o festival CineUnderground, no segundo e no terceiro andar. Foi aqui que funcio-nou o decadente Texas Hotel, que serviu de inspiração para o curta-metragem homônimo de Claudio Assis e voltaria a ser retratado em Amarelo manga, do mesmo diretor.

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questão de incluí-lo em uma cena de Aquarius. Inaugurado em 1882, a insti-tuição recifense pertence ao português Armênio Dias há mais de 60 anos. Foi ele quem quebrou o tabu e permitiu que mulheres desacompanhadas pudessem ser servidas no restaurante, a partir de 1962. O clima aristocrático se preserva: até hoje, as principais tomadas de deci-sões no Recife acontecem aqui, sempre à luz do dia (o local só abre para almoço), entre bons vinhos e pratos como o de-licioso Amantes do Mar (fi lé de peixe, ca-marão e lagostin grelhados com arroz de polvo, a R$ 88). Para terminar, “a melhor cartola da cidade”, a típica sobremesa feita com banana e queijo (R$ 15).

Meio lá, meio cáMusa de fi lmes pernambucanos como O som ao redor, Aquarius e Boi neon, Maeve Jinkings, 40, também tem um carinho especial pelo Leite. O restau-rante foi um dos primeiros lugares da cidade que conheceu ao lado do padrasto recifense, quando ela desembarcou aqui pela primeira vez no verão de 2008.

Nascida em Brasília, crescida em Be-lém e na época moradora de São Paulo, não demorou para que ela tomasse uma decisão: se mudar para o Recife. “A identidade artística daqui me chamou muito a atenção. Recife tem um clima que lembra minha origem, Belém, e uma cena cultural forte que me reme-

Inaugurado em 1952 e tombado em 2008, “o mais belo cinema do mundo”, Kleber arrisca dizer, tem fosso para exe-cução de trilha ao vivo e cortinas que se abrem a cada sessão. Vale conferir a pro-gramação, que valoriza produções nacio-nais e alternativas, mas abre espaço para fi lmes infantis e mais comerciais.

Não à toa, a região do São Luiz é da turma das artes. A poucos quarteirões daqui, o Bar Central reúne quase toda noite uma amostra da efervescente cena cultural pernambucana. “Brinco que se jogarem uma bomba no Central, acaba o cinema, a música e o jornalismo per-nambucano”, diz Kleber. Especialidade da casa, que também abre para o almoço, o saboroso sanduíche de falafel (R$ 19,90) desce redondo com uma cer-veja de garrafa (R$ 9,90) gelada.

O Leite, um dos restaurantes mais antigos do Brasil, é outro lugar do centro adorado por Kleber – o cineasta fez

AS PRINCIPAIS DECISÕES NO RECIFE SÃO TOMADAS NO LEITE, UM DOS RESTAURANTES MAIS ANTIGOS DO PAÍS

Em sentido horário, a partir da foto acima: Armênio Dias, proprietário do restaurante Leite há seis décadas; o Bar Central; e a cartola, sobremesa típica da região servida no Leite

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tia a São Paulo. Foi como se eu tivesse encontrado o meio do caminho”, conta ela que, entre idas e vindas, se fi xou no novo CEP há um ano.

Outro lugar adorado por Maeve é o Parque das Esculturas, de Francisco Brennand, o artista plástico mais expres-sivo do estado. “Sempre que venho aqui renovo minha paixão por Recife e reafi r-mo a certeza da escolha que fi z”, conta a atriz, que rodou no parque uma cena me-morável de Amor, plástico e barulho, de Renata Pinheiro. Inaugurado em 2000, o local reúne 91 esculturas de cerâmica de Brennand, incluindo uma com impres-sionantes 32 metros de altura.

Construído em um arrecife, que divi-de o rio do mar, o Parque das Esculturas ajuda a visualizar a geografi a de Recife. Fica mais fácil entender o motivo pelo qual a paisagem, cortada pelos rios Capibaribe e Beberibe, deu à cidade o apelido de “Veneza Brasileira”. Graças às pontes, que podem ser conhecidas em passeio de catamarã pelos rios, é possível circular por entre suas três ilhas, que formam o coração do destino. Para chegar ao parque em grande estilo, venha com um dos barquinhos de pescador disponíveis no Marco Zero, no Recife Antigo (R$ 5, ida e volta). E aproveite para visitar o museu Cais do Sertão, logo ao lado, que retrata a cultu-ra do sertão por meio da obra do rei do baião, Luiz Gonzaga.

Quem preferir vir de carro pode aproveitar que o caminho passa por Brasília Teimosa, bairro periférico que também está bem representado no cinema – além de aparecer em Aquarius e Amor, plástico e barulho, o local foi tema do documentário Avenida Brasília Formosa, de Gabriel Mascaro. “Brasília é uma experiência musical e urbana em outra lógica”, observa o cineasta.

Chamado de “Havana Brasileira” por Kleber Mendonça, é um lugar para repensar sua relação com o tempo. Casas coloridas com varais, senhoras em cadei-ras de plástico na calçada e uma trilha sonora (brega) por todo canto o tornam peculiar. Entre as boas opções gastro-nômicas do local está o Bar do Samuray. O siri-mole (R$ 95 para duas pessoas) é um clássico da casa, assim como seu dono, cujo apelido vem dos cabelos que lembram os guerreiros orientais. Difícil é sair daqui sem uma selfi e com o Samuray.

O grande encontro Não é possível visitar Recife sem pas-sar por Olinda. Suas ladeiras e arqui-tetura preservadas fazem contraponto ao avanço imobiliário de sua cidade

“SEMPRE QUE VENHO AQUI [PARQUE DAS ESCULTURAS] RENOVO MINHA PAIXÃO POR RECIFE”MAEVE JINKINGS, ATRIZ

Da esq. para direita: Maeve no Parque das Esculturas; petiscos no bar Samuray, em Brasília Teimosa; o rio Capibaribe; e a Praia de Pina

ORIGEM SAÍDA CHEGADA

São Paulo (CGH) 19h10 22h18

Rio de Janeiro (GIG) 08h40 11h35

Porto Seguro (BSB) 10h00 12h25

Fortaleza (FOR) 14h30 15h52

Curitiba (CWB) 10h35 15h25

Palmas (PMW) 18h00 00h10

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ROTA RECIFE

Onde ficarGOLDEN TULIP RECIFE PALACE Av. Boa Viagem, 4.070, Boa Viagem. Tel.: (81) 3201-8200. Diárias para casal, com café da manhã, a partir de R$ 251.

TRANSAMÉRICA PRESTIGE BEACH CLASS Av. Boa Viagem, 420, Pina. Tel.: (81) 3039-9000. Diárias para casal, com café da manhã, a partir de R$ 300.

Onde comerBAR DO SAMURAY R. do Badejo, 252, Brasília Teimosa. Tel.: (81) 3463-1357.

BEIJUPIRÁ R. Saldanha Marinho, s/nº, Alto da Sé, Olinda. Tel.: (81) 3439-6691. beijupiraolinda.com.br.

CENTRAL R. Mamede Simões, 144, Santo Amaro. Tel.: (81) 3222-7622.

MERCEARIA DO BRAZ R. Vis-conde de Goiana, 143, Boa Vista. Tel.: (81) 3128-1344.

RESTAURANTE LEITE Pça. Joaquim Nabuco, 147, Santo Antônio. Tel.: (81) 3224-7977.

Acompanhada pelos amigos Manel Nemsia, 19, da Tunísia, e Ricardo Aguilar, 23, do Peru, a estoniana Diana Suumann, 24, estava encantada com Olinda. Voluntário de uma organização mundial, o trio visitava pela primeira vez o Brasil. “Tinha vindo num dia chuvoso e voltei hoje com sol. É muito diferente ver o colorido das casas assim, iluminadas”, conta Diana. Mesmo com tempo bom, choveu rapidamente pelo menos três vezes naquele dia.

Num desses rompantes de chuva, que quase parece ter sido produzido em set, o diretor de arte Thales Jun-queira observa a neblina que encobre a cidade ao fundo. “Eu adoro este visual, é quando Recife se apaga”, ele diz. A depender do cinema pernambucano, Recife não deve se apagar tão cedo.

irmã. E foram elas que serviram de cenário para Tatuagem, fi lme que marcou a estreia do roteirista Hilton Lacerda como diretor

Thales Junqueira, 28, diretor de arte do longa e frequentador assíduo de Olinda, aponta um dos locais da cidade que não deixa de chamar a sua atenção. É o casarão abandonado (um dos tantos daqui), na rua da Colina, onde mora a trupe teatral do persona-gem de Irandhir Santos no fi lme.

Passear por Olinda faz o imaginário ir mesmo longe. Uma hora é o mar e o Recife visto panoramicamente do Alto da Sé. Na outra, são os trabalhos artesanais, com belas esculturas – não deixe de visitar o ateliê Sobrado 7. E ainda tem o lado gastronômico, que torna obrigatória uma paradinha na Bodega do Véio para uma empada e uma cerveja (R$ 10 a garrafa); ou no restaurante Beijupirá, querido por moradores e turistas. Aqui, a dica é investir nos pratos de frutos do mar como o Beijucastanha (fi lé de peixe coberto com castanha-de-caju, arroz de espinafre e batatas fl ambadas na manteiga, R$ 62).

De cima para baixo: visual de Olinda; e os amigos Manel Nemsia, Ricardo Aguilar e Diana Suumann em visita à cidade

O que fazerCATAMARAN TOUR Tour pelo rio Capibaribe (R$ 55). catamarantours.com.br.  

CINE SÃO LUIZ R. da Aurora, 175.

GALERIA JOANA D’ARC Av. Herculano Bandeira, 513, Pina. Tel.: (81) 98246-5186.

MERCADO BOA VISTA R. da Santa Cruz, 144, Boa Vista. Tel.: (81) 3231-1671.

PARQUE DAS ESCULTURAS Arrecifes do Porto. Diariamente, das 7h às 17h.

TASQUINHA DO TIO Av. Boa Viagem, 560. Tel.: (81) 3465-4143.

TEATRO DE SANTA ISABEL Pça. da República, s/nº, Santo Amaro. Tel.: (81) 3355-3323. teatrosantaisabel.com.br.

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EScApAdA SERRA dA bOcAInA

Café e ContemplaçãoÉ para isso que as manhãs, tardes e noites são feitas na Serra da Bocaina, na divisa dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Mas nada impede que você se canse de não fazer nada e saia em busca de caminhadas em meio à natureza e boas opções da típica comida da montanhaPOR Marcus Lopes fOtOs Jorge Lepesteur

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Roberto Novaes, proprietário da

Ventos da Bocaina, no terraço da pousada

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Há mais de duas décadas, a pintora pau-lista Cibele Leonetti, 73 anos, alimen-tava o desejo de conhecer a Serra da Bocaina. A viagem, no entanto, nunca saía de seus planos: uma hora eram as chuvas, na outra, um passeio diferente que surgia de última hora. Até que, em julho passado, ela realizou o sonho de visitar a região localizada na divisa dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro e famosa por abrigar o Parque Nacional da Serra da Bocaina.

“As pessoas saem do Brasil para ver be-lezas naturais, mas temos tudo aqui, bem pertinho de nós”, disse Cibele, enquanto caminhava por uma das trilhas do parque com o marido, o advogado Luiz Sérgio Leonetti, 79. “Quem tiver a oportunidade deve vir para cá contemplar as cachoeiras e outros atrativos locais”, completou ela, enquanto apreciava uma bromélia.

Vale seguir a dica de Cibele e, de pre-ferência, não demorar tanto para desbra-var essa reserva natural da Mata Atlân-tica. A Serra da Bocaina se esparrama pelos municípios de Ubatuba, São José do Barreiro, Silveira, Areias e Cunha no lado paulista; e Paraty e Angra dos Reis,

no estado do Rio. É o destino ideal para quem gosta de curtir a natureza fazendo trilhas, trekking e mountain bike, ou até voar de asa-delta, tudo no meio da mata. Mas a Bocaina é ainda mais perfeita para quem curte passar dias fazendo... simplesmente nada. Curtir o friozinho ao lado de uma lareira e cultivar o ócio diante de montanhas que, às vezes, bei-ram o infinito.

Como as atrações são no alto da serra e se espalham pelos municípios, é preciso um carro para circular pela região. O ponto de partida mais indicado é São José do Barreiro, a 214 quilômetros do Rio de Janeiro e 273 de São Paulo. A pequena cidade de 4 mil habitantes e arquitetura colonial abriga a principal entrada do Parque Nacional da Serra da Bocaina. Criado em 1971 e mantido pelo gover-no federal, o local serve para proteger uma das últimas grandes áreas de Mata Atlântica nativa na região Sudeste.

Do tranquilo centrinho – se é que se pode chamar assim – até a entrada do parque são 26 quilômetros montanha acima. Como a estrada (SP-221) possui trechos não pavimentados e serpenteia

as montanhas, a velocidade máxima é 40 km/h, o que ajuda a entrar no ritmo local e curtir a paisagem.

Casa no campoO primeiro passo para curtir o clima de sossego da Bocaina é escolher uma pou-sadinha aconchegante para chamar de sua. A boa notícia é que, com o aumento de 20% ao ano do fluxo de turistas, segun-do a prefeitura de São José do Barreiro, há cada vez mais boas opções de hospe-dagem no radar. Para entrar por completo no módulo de contemplação da natureza, eleja uma pousada no alto da serra, como a Joaninha e a Ventos da Bocaina.

“Aqui é o lugar ideal para descansar o coco”, resume o empresário paulistano Roberto Novaes, 58, proprietário da Ven-tos da Bocaina, uma das mais charmosas da região. Sua localização é estratégica:

O PRIMEIRO PASSO PARA CURTIR A BOCAINA É

ESCOLHER UMA POUSADA ACONCHEgANTE

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Em sentido horário, a partir da foto mais acima: a cozinha da pousada Ventos da Bocaina; casinhas coloniais na cidade de Areias; Roberto Novaes, proprietário da Ventos; Paulo Mendonça, dono da pousada Joaninha; cavalos no gramado do local; e o casal Cibele e Luiz Sérgio Leonetti

manhã, almoço e jantar), com horários flexíveis para as refeições e uma comi-dinha caseira. Pense em pratos como frango caipira, carne de panela, feijão cozido com aquele caldo grosso, de porte, e uns pedacinhos de linguiça. Despre-tensioso, o serviço batizado de “turismo de residência” pretende fazer com que o hóspede se sinta em casa. E funciona, já que o número de quartos dificilmente ultrapassa uma dezena.

“As pessoas chegam, mostro onde fica o bar e deixo-as à vontade. Elas também podem comer quando querem, pois não estão aqui para se preocupar com horários”, diz Paulo Pena de Mendonça, 77, proprietário da Joaninha. Há 25 anos, ele transformou sua casa de campo na pousada e, desde então, se dedica a fazer amigos, como define seus hóspedes.

Entre eles está a administradora de empresas paulistana Rosana Marquez, 44, que já soma sua quinta visita à região com o marido e os dois filhos. “A Bocaina tem um ar de aventura e liberdade. Parece um conto de fadas, onde cada vez desco-brimos um cantinho mágico.”

Pé na trilhaO visual da Bocaina é mesmo especial. Quem vence a preguiça e deixa a pousada para passear – mesmo que por poucas horas – pode se encantar ainda mais. E os

fica ao lado da rampa de asa-delta – Novaes frequenta a Bocaina desde os anos 80, quando começou a praticar voos do gênero –, a 1.710 metros de altitude e cinco quilômetros da entrada do parque. O grande atrativo é um deque “acima” das nuvens, onde é possível tomar um café ou uma taça de vinho olhando cidades do Vale do Paraíba e marcos como o Pico das Agulhas Negras, no estado do Rio. Da janela do quarto, o bom-dia é diante de uma imensa floresta.

Assim como a Ventos da Bocaina, a maior parte das pousadas funciona no esquema de pensão completa (café da

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fãs do ritmo relax não devem se assus-tar: há opções para todos os fôlegos e rapidinho você estará de volta à boa vida oferecida por um chalé na montanha. Ainda na portaria do parque de 104 mil hectares – apenas uma pequena parte é aberta à visitação –, o turista é orientado sobre as possibilidades. O estacionamen-to é o ponto de partida para a maioria das trilhas, que devem ser percorridas a pé.

Uma das principais atrações é a cachoeira de Santo Isidro, a 1,5 quilômetro da portaria pela Trilha do Ouro, uma das rotas de contrabando do ouro que vinha de Minas Gerais no século 18. Se o sol aparecer, vale tomar um banho no poço que se forma depois da queda de 50 metros. Mais adiante, no mesmo caminho, fica a cachoeira das Posses. Ainda na Trilha do Ouro, a 32 quilômetros, está a cachoeira do Veado, famosa pelas suas três quedas – neste caso, vá a bordo de um veículo 4 x 4. Em todos os trajetos, com sorte, é possível avistar animais nativos, como macacos, saguis e bugios, além de uma variedade de pássaros, como sabiás, canários, araras e sanhaços.

Em sentido horário, a partir da foto ao lado: turista na cachoeira de Santo Isidro; trilha de 4x4 até a cachoeira do Veado; e a Bocaina vista durante caminhada

EScApAdA SERRA dA bOcAInA

Os mais andarilhos podem ganhar as al-turas se seguirem até o pico do Tira Cha-péu, o mais alto das redondezas. O trajeto de três horas de caminhada compensa: a 2.088 metros de altitude, o local oferece vista para boa parte do Vale do Paraíba e, lá no fundo, para a Serra da Mantiqueira. Chegar sozinho é uma possibilidade, mas recomenda-se contratar um guia ou agên-cia local (veja serviço na pág. 112), para não correr o risco de se perder.

Os ciclistas também estão por toda parte, enfrentando longos trechos de zigue-zague. Alguns partem de lugares distantes, como Resende, apenas pelo

das caminhadas às trilhas de bike,

há opções de passeios para

todos os fôlegos

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prazer de pedalar. “É um desafio, mas quem faz se apaixona”, diz o emprei-teiro Marcelo da Silva, 36, que saiu do município fluminense de madrugada para vencer os 65 quilômetros que separam as duas cidades a bordo de sua bike de 27 marchas.

Além do horizonteSe o seu tipo de turismo está mais para cultura e gastronomia, não se preo-cupe: a Bocaina também reserva boas surpresas. Rica zona cafeeira na época do Império, mantém bem conservada construções de estilo colonial daquele período. “A crise econômica após o fim do ciclo do café e o desvio da ligação entre Rio e São Paulo para a rodovia Presidente Dutra ajudou na preservação natural e arquitetônica de toda a região”, explica o guia Lucas Vieira Aurélio, 27.

Os próprios casarões da tranquila São José do Barreiro comprovam o fato, mas, serra acima, é possível conhecer fazendas históricas, que hoje rece-bem visitantes para atividades como cavalgada ou até uma boa noite de sono. Construída em 1813, a fazenda São Francisco abriga um museu que guarda itens como uma bala de canhão da re-volução de 1932 e uma fronha de linho utilizada pela Princesa Isabel.

Já a fazenda Vargem Grande, em Areias, reserva um casarão de 1837 que, mais tarde, ganhou jardins e piscinas projetados pelo paisagista Roberto Bur-le Marx. Com o objetivo de fazer com que as pessoas tivessem a impressão de estar nadando em um rio, ele abasteceu as piscinas com água de nascentes da serra. Foi aqui, no fogão a lenha da fa-zenda, que o chef e apresentador Olivier Anquier, 57, gravou os primeiros episó-dios do seu programa Diário do Olivier, do canal GNT, em 1998. Até hoje, a Bocaina é tema recorrente de seus pro-gramas e receitas – muitas delas estão no livro Diário do Olivier – As receitas da Bocaina. A paixão foi tanta que o francês acabou comprando uma casa na região. Então, quem mais indicado que ele para definir o melhor sabor local? “É uma mistura de queijo frescal com goiabada cascão e galinha caipira.”

Impossível, portanto, não seguir a dica do chef e fazer um pit stop na Pa-rada do Queijo, um cantinho na beira da estrada, a 5 quilômetros de São José do Barreiro. “Você vai encontrar o melhor queijo minas frescal do mun-do”, aposta Olivier. Lisonjeada com os elogios do apresentador, a proprietária Maria Olinda Torino, 72, diz que o segredo do queijo (R$ 20 o quilo) é não levar nenhum aditivo químico e uti-lizar apenas o leite produzido em sua fazenda como matéria-prima.

Em sentido horário, a partir da foto acima: os ciclistas Marcelo Silva e Colivan Gomes; a fazenda Vargem Grande, com jardim projetado por Burle Marx; e Maria Olinda Torino, produtora de queijo

ORIGEM saída chEGada

Belém (Bel) 12h50 16h20 (GIG)

São luiz (SlZ) 17h00 20h10 (GIG)

Goiânia (GYN) 09h58 11h39 (GIG)

Porto Alegre (POA) 19h30 21h20 (SDU)

Curitiba (CWB) 18h05 19h25 (SDU)

Vitória (VIX) 08h30 09h35 (SDU)

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Outro produto artesanal que tem cha-mado a atenção na Bocaina é o azeite. Se-guindo os passos da Serra da Mantiqueira, a fazenda Ronco d’Água, em Silveiras, produz o Olivais da Bocaina (R$ 35 o vidro de 250 ml). “Estamos trabalhando para ter um óleo de primeiríssima linha”, diz Waldir Ferreira de Souza, 58, adminis-trador do local. A fazenda oferece visita e degustação. Quem se animar pode levar uma muda de oliveira (R$ 250).

Uma vez em Silveiras, vale visitar a loja do artesão João Camillo de Oliveira Penna, 59, especialista em retratar pássaros da região em delicadas peças de madeira (a partir de R$ 7). Logo na entrada do estabelecimento, no começo da serra, uma plaquinha resume bem o espírito da viagem: “Entre no Paraíso”.

Acima, o azeite Olivais da Bocaina, produzido na região; e, ao lado, o artesão João Penna, especializado em peças de madeira, em seu ateliê

Onde fi carPOUSADA VENTOS DA BOCAINA Estrada da Bocaina (SP-221), km 21, São José do Barreiro. Tel.: (11) 99985-0401. ventosdabocaina.com.br. Diárias para casal, com pensão completa, a partir de R$ 485.

POUSADA DA JOANINHA Estrada Bairro dos Macacos-Campos da Bocaina, km. 11, Silveiras. pousa-dadajoaninha.com.br. Diárias para casal, com pensão completa, a partir de R$ 420.

HOTEL PORTO DA BOCAINA Rod. dos Tropeiros, km 260, São José do Barreiro. Tel.: (12) 3117-1370. Diárias para casal a partir de R$ 290.

O que fazerPARQUE NACIONAL DA SERRA DA BOCAINA Rod. Francisca Mendes Ribeiro (SP-221), km 26, São José do Barreiro. Tel.: (12) 3117-2143. icmbio.gov.br/parnaserradabocaina.

FAZENDA SÃO FRANCISCO São José do Barreiro. Tel.: (21) 2286-1736. fazendasaofrancisco.com.br.

FAZENDA VARGEM GRANDE Rod. dos Tropeiros, km 257, Areias. Tel.: (12) 99759-5351. fazendavargemgrande.com.br.

MWTREKKING Tel.: (12) 3117-1220. mwtrekking.com.br.

BOCAINA EXPERIENCE Tel.: (12) 99664-7709. [email protected].

Onde comerPIRILAMPO BISTRÔ Rod. Francisca Mendes Ribeiro, km 7,5, São José do Barreiro. Tel.: (12) 99707-1180. encantodabocaina.com.br.

RANCHO Praça Coronel Cunha Lara, 61, São José do Barreiro. Tel.: (12) 3117-1317. ranchosjb.com.br.

Onde comprarENTRE NO PARAÍSO Rod. dos Tropeiros, km 218, Silveiras (SP). Tel.: (12) 3106-1341. entrenoparaiso.com.

OLIVAIS DA BOCAINA Fazenda Ronco d’água. Estrada Silveiras,Bairro das Colinas, km 14,5, Silveiras. Tel.: (12) 99617-1319.

PARADA DO QUEIJO Rod. dos Tropeiros, km 262. Tel.: (12) 3117-1238.

ESCAPADA SERRA DA BOCAINA

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ExEcuTIVA

o pop não poupa

Retratos dos sócios André e Gustavo ganharam intervenções da dupla Lanó e de Kalina Juzwiak na impressora da Urban Arts

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NiNguémCom faturamento

de R$ 14,5 milhões no ano passado, a Urban Arts

transforma prints em objetos de design que vão de ímãs de

geladeira e almofadas até fotos, pôsteres e quadros

POR Heitor Flumian

fOtOs andré Klotz

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executiva

É esperado que, ao observar uma mesma obra de arte, as pessoas possam ter dife-rentes interpretações. Mas, ao passar os olhos por uma planilha de computador com algumas marquinhas coloridas, o quão além alguém consegue ir? Enquan-to o engenheiro Gustavo Guedes, 46 anos, vê uma forma de organizar núme-ros, o designer gráfico André Diniz, 43, se lembra de trabalhos do artista russo Wassily Kandinsky. “Eu crio o caos, ele organiza a casa”, diz André, brincando com o sócio. A casa em questão é a gale-ria de arte paulistana Urban Arts, que apesar das diferenças entre a dupla – ou justamente por elas –, está em harmonia. Criada em 2009, a empresa faturou R$ 14,5 milhões no ano passado, período em que cresceu 60%, transformando o trabalho de diretores de arte, ilustra-dores e fotógrafos em objetos de design, como fotos, pôsteres e quadros.

O caos citado por André fica por conta do processo de seleção das quase 2 mil peças que recebem mensalmente pelo site da Urban Arts, enviadas por artis-tas de diversas regiões do Brasil e do exterior. As aprovadas, cerca de metade, são incluídas no catálogo da empre-sa – são dez itens, de ímã de geladeira (R$ 45) a quadros maiores (R$ 2.500), passando por almofadas (R$ 159). O tamanho dos pôsteres varia de 20 cm x 20 cm a 120 cm x 120 cm e a tiragem, com exceção dos trabalhos menores, é limitada a 250 unidades.

Qualquer um pode enviar seu traba-lho. O acervo da empresa reúne criações de fotógrafos conhecidos, como Alex Korolkovas; artistas cujas carreiras ganharam ainda mais visibilidade – caso de Kalina Juzwiak e da dupla Lanó, formada por Carolina Barbosa e Juliana Nersessian, responsáveis pela arte da foto que abre esta reportagem – e pessoas que criaram um nome a partir da marca (leia mais no box da pág. 120). Para compor o portfólio, André divide a curadoria das obras com três pessoas. Quando abriu a empresa, ela se chamava Urban Summer e ele sozinho selecionava

as criações, administrava o negócio e ali-mentava o catálogo formado por pôsteres e adesivos de parede produzidos por 15 artistas. Em seis meses, já eram mais de cem cadastrados – hoje são 3 mil.

“A Urban abriu a porta para aqueles que antes não tinham onde expor e para

o street art, o universo das HQs e a ilus-tração. É um tipo de arte de que sempre gostei, mas que não era visto como algo para colocar na parede ou ser exposto em uma galeria”, explica André. “Nosso produto não compete com uma obra tradicional. Ele é complementar.”

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“A UrbAn sUrgiU em Um momento em qUe A

decorAção estAvA mAis democráticA e o mercAdo

imobiliário, AqUecido”marcelo rosembaum, arquiteto e designer

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diz o designer, que buscou auxílio de uma consultoria especializada no assunto para dar o novo passo.

Hoje a Urban Arts conta com duas galerias próprias na capital paulista e 13 franquias espalhadas por dez esta-dos que empregam 90 funcionários. “O público AB, com o qual a marca dialoga, foi menos impactado pela crise”, diz Claudio Tieghi, diretor de inteligência de mercado da Associação Brasileira de Franchising (ABF). “Além disso, itens ligados à cultura e ao bem-estar que complementam a identidade e a auto-estima do consumidor estão em alta.” O arquiteto Henrique Coutinho, 42, soube tirar proveito dessa tendência. Em se-tembro de 2014, ele abriu uma unidade da galeria em Brasília. “Mesmo com o mo-mento difícil que o país atravessa, nosso faturamento dobrou do primeiro para o segundo ano. Isso nos motiva a continuar investindo no negócio”, conta. Os artistas recebem 10% de comissão das vendas em lojas físicas e 20% no site.

Humanas x exatasNascido em São Paulo, na família fundadora da rede de supermercados Pão de Açúcar, André se interessou por arte – e esportes – desde menino. Do pai, Arnaldo, herdou o prazer de desenhar. Aos 14 anos, junto com um “sócio” que se encarregava de provi-denciar tinta e pincel, usava dragões e outros desenhos comprados de tatuadores do centro de São Paulo para pintar calças jeans e camisetas de amigos. “Eu era tão bom gestor que, anos depois, encontrei uma caixa cheia de cheques de pagamentos que não depositei”, diverte-se ele.

Da mãe, praticante de adestramento, modalidade do hipismo, veio a paixão por polo a cavalo. Em 1991, aos 19, após estudar um ano de desenho industrial, trancou o curso para se dedicar ao esporte. Jogando profissionalmente, morou na Alemanha e na Flórida, nos EUA, até 2003, quando voltou ao Brasil para cursar design gráfico. No ano

Em 2011, André percebeu que havia espaço além do formato on-line e abriu a primeira loja física da Urban Arts, na Oscar Freire, em São Paulo. “É um pro-duto que funciona bem ao vivo. Dentro da galeria é possível ter uma melhor ideia de sua dimensão e acabamento, e de como

ficará na parede de casa”, opina Sofia Martellini, expert da WGSN, empresa especializada em pesquisa de tendências para o mercado. Tanto é que, um ano de-pois, o empresário abriu o negócio para o sistema de franquia. “A procura de fran-queados foi maior do que eu esperava”,

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Gustavo e André na flagship da Urban Arts, em São Paulo

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ESQUADRO

Os números da Urban Arts

35 mil obras no acervo

65 opções de moldura

10 itens no catálogo

65 mil peças vendidas em 2015

R$ 14,5 milhões foi o faturamento no ano passado

3 mil artistas cadastrados

90 funcionários

15 pontos de venda em 10 estados

250 unidades é a tiragem fixa de cada obra

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seguinte, fez sua primeira exposição individual na loja Teto, do designer Marcelo Rosenbaum. Em 2008, ao lado de amigos, montou uma agência de comunicação digital em sua casa. Nesse mesmo ambiente, em paralelo, desen-volveu o site que viria a ser o da Urban.

“A Urban surgiu com preço acessí-vel em um momento que a decoração estava mais democrática e o mercado imobiliário, aquecido. Isso fez com que as pessoas comprassem seus imóveis e pudessem decorá-los a sua maneira”, explica Rosenbaum. “A arte que ofere-cem quebra o ritmo de uma estética só, agradando diferentes públicos.” Gus-tavo, o sócio da empresa, complementa: “Com 35 mil obras no nosso acervo, a variedade de molduras e a diversidade de estilos, é quase impossível o cliente não encontrar algo do seu gosto’’.

O próprio empresário serve de exemplo. Antes de conhecer André, Gustavo já tinha dois quadros da marca na parede de casa – mesmo à frente de uma carreira sem qualquer ligação com a arte. Na adolescência na capital pau-lista, ouviu de seu pai, executivo da área comercial, que o curso de engenharia lhe traria uma boa base para se aventu-rar em qualquer negócio. Estagiou em fábricas cronometrando o tempo que as máquinas levavam na montagem das peças – “Isso foi útil na linha produção da Urban” –, migrou para a área de marketing, interessou-se por informá-tica e tecnologia e se descobriu em-preendedor. Em 1998, aos 28, era CEO da Imovelweb, site de classificados de imóveis, cargo que ocupou até 2012.

Em 2013, foi apresentado a André por um amigo em comum. Àquela altura, além da primeira galeria própria em São Paulo, a Urban Arts tinha cinco franquias e um grande número de interessados em novas unidades. “O interesse por arte, e o consumo dela, que abrange de visitas a museus a um maior número de feiras, cresceu vertiginosamente nos últimos dez, 15 anos”, aponta Marcos

Em sentido horário, a partir da foto acima: os sócios na principal loja da Urban Arts; André e a artista Sara Mello em evento da galeria em 2011; o empresário presente-ando amigos com uma obra sua em 1992; e como campeão brasileiro de polo em 2014

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Moraes, coordenador do curso de Artes Visuais da Fundação Arman-do Alvares Penteado (FAAP). “A produção artística em geral se profis-sionalizou e ganhou maior visibilidade, houve uma demanda do público. É uma relação que vai se alimentando e reflete uma mudança no gosto das pessoas.”

De carona nesse movimento, a sintonia entre Gustavo e André veio a calhar: “A identidade da marca e o produto estavam bem desenvolvidos, mas ainda tinha muito a ser feito na parte de planejamento e gestão”, diz Gustavo. Antes de abrir novos pontos, desenvolveram uma espécie de ma-nual de identidade da marca a ser se-guido pelas franquias e investiram no site, onde expõem o catálogo de venda de toda a rede para que os franqueados escolham as obras que querem em seus estabelecimentos.

Som e tomAs novas franquias são inspiradas na flagship da marca, inaugurada em maio no bairro Jardim América, em São Paulo. Se no começo era André quem compunha as obras na parede e o dono de cada unidade escolhia a música ambiente, hoje um arquiteto é responsável pela decoração dos espa-ços e uma empresa cria a trilha sonora. A alta taxa de compra presencial – 85% – pode ser explicada pela agilidade da entrega: em metade dos casos, a print escolhida pelo cliente é encaixada na moldura de sua preferência na própria loja. Das 65 mil peças vendidas em 2015, 90% foram quadros e pôsteres. E, entre os estilos, que vão da arte pop à clássica, do urbano ao surrealismo, André tem suas apostas sobre o que está em alta: “Existem ondas. Hoje o geométrico, o abstrato e a tipografia vendem muito bem”, diz.

Para este ano, esperam faturar R$ 21 milhões e, até 2020, a projeção é triplicar esse valor e expandir a rede para 50 gale-rias, sempre combinando caos e organi-zação no mesmo tom.

Até 2013, raramente o artista Hudson Melo, 30, participava de exposições. E, quando isso acontecia, era em lugares com pouca estrutura ou inapropria-dos, como uma pizzaria em Te-resina, no Piauí, onde mora. Bas-tou uma franquia da Urban Arts abrir na cidade para a perspec-tiva mudar. “Fui convidado para fazer uma mostra individual na inauguração e levei oito traba-lhos. O André estava lá, gostou e me convidou para expor em

São Paulo”, conta o piauiense, que há 15 anos mescla grafite e pintura em tela. Depois disso, participou de mais cinco expo-sições na capital paulista, duas em sua cidade natal e já empla-cou cem trabalhos no catálogo da empresa. “A Urban permite ao artista transitar entre um pú-blico com menor poder aquisitivo e colecionadores que prezam por materiais mais caros”, diz. “Nesse meio-tempo, os artistas ficam mais conhecidos.”

HOLOFOTEArtista do Piauí ganha projeção depois de expor na Urban Arts

Em sentido horário, a partir da foto acima: Gustavo como CEO da Imovelweb, em 2007; na charrete quando era criança; e lutando judô, aos 6 anos

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R. Pd. João Manuel, 1.16011 3085 1160

Jardins

R. Princesa Isabel, 95311 5093 6040

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Lgo. dos Coqueiros, 8313 3316 7508

RivieraCampo Belo

Vila OlímpiaIguatemi Alphaville11 4688 1160

Alphaville

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Campinas

Iguatemi Ribeirão16 3913 3680

Ribeirão Preto

Iguatemi Rio Preto17 3201 8810

Rio Preto

Jundiaí Shopping11 4587 1031

Jundiaí

Park Shopping São Caetano11 4224 5602

São Caetano

O MELHOR DA ITÁLIA É AQUI

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VIA AéREA

“Como entender o rio sem olhar de Cima do CorCovado a relação entre a Cidade e a geografia?”

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elogio ao turistãoEsnobar aqueles pontos turísticos manjados pode ser prejudicial à sua viagemPOR Fernando Luna

Fernando Luna é jORnalista e ainda nãO esteve em tOdO cantO. mas O que falta está na lista.

Talvez você tenha a sorte de estar agora mesmo voando para o Rio de Janeiro. Ou, quem sabe, rumo a São Paulo. Manaus, talvez? Buenos Aires?

Como qualquer viagem começa bem antes de entrar no avião, a esta altura você já deve ter pensado em três ou qua-tro coisas que gostaria de fazer lá no seu cada-vez-mais-próximo destino.

O que tem no seu roteiro? Como todo mundo prefere se ver como alguém diferentão, especial e customizado, nin-guém se conforma em ser turista. Muito menos em fazer programa de turista.

Mesmo caminhando pelas areias de Copacabana, com tênis e meias esti-cadas canela acima, arriscamos uma pirueta mental para transformar a cena em algo vagamente parecido com um take de Indiana Jones.

Pior: aflitos para fugir do turismo de massa (inclui mas não se limita a passeio no Bixiga), ignoramos solenemente as atrações clássicas. Mas como conhecer o Rio sem Corcovado, São Paulo sem aveni-da Paulista, Manaus sem encontro das águas ou Buenos Aires sem Malba?

Esses lugares são batidos. Super-batidos. Por uma razão simples: são sensacionais. Cada um à sua maneira, funcionam como uma síntese incrivel-mente fotogênica da cidade e da ma-neira como se vive ali. Como entender o Rio sem olhar de cima a relação entre

a cidade e a geografia? Ou a potência paulistana sem dar uma volta pela sua avenida mais famosa?

Além disso, com mais de 5 bilhões de viagens domésticas e internacionais por ano (você leu certo, são 5 bilhões pelas contas da ONU), fica cada vez mais difícil encontrar um canto realmente inexplorado do planeta.

Então, relaxa e segue o fluxo. Sem muito rigor. Afinal, é um passeio, não uma planilha de Excel. Difícil imagi-nar uma viagem sem se perder por aí, sem o imprevisto e suas surpresas.

Só vale lembrar que mesmo aquela estátua de braços abertos sobre a Guanabara, filmada, fotografada e compartilhada infinitas vezes, tem sempre algo inédito a oferecer: você, ali, diante dela.

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VAI QUE DÁ

“PROMESSAS COMO VERÔNICA HIPÓLITO E MATEUS EVANGELISTA PODEM SUBIR AO PÓDIO MAIS DE UMA VEZ”

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HERÓIS NACIONAISDa natação ao atletismo, atletas paraolímpicos brasileiros estão prontos para ocupar o pódioPOR FERNANDO FERNANDES

Com o fi m dos Jogos Olímpicos, chegou a hora de as Paralimpíadas tomarem conta do Rio de Janeiro e revelarem novos heróis nacionais. Os multicampeões de natação Clodoaldo Silva e Daniel Dias, por exemplo, continuam como inspiração para as novas gerações. Clodoaldo, dono de 13 medalhas paraolímpicas, está na fase fi nal de uma carreira gloriosa e participará de três provas nas piscinas cariocas. Já Daniel, maior medalhista dos Jogos Paralímpicos, com dez ouros, quatro pratas e um bronze, está consolidado como o principal nome do paradesporto brasileiro. Ele disputará seis provas individuais, mostrando que ainda tem muita lenha para queimar.

Em todos os esportes, temos atletas prontos para ocupar as primeiras posições. No atletismo, um dos esportes mais tradicionais, a promessa é de muitas medalhas: Yohansson Nascimento, campeão paraolímpico e mundial, lutará para se manter entre os primeiros da velocidade. Nomes de revelações também devem ecoar nos ouvidos do público: há promessas como Verônica Hipólito, 20 anos, a menina prodígio que foi campeã mundial dos 200 metros rasos aos

FERNANDO FERNANDES É PARACANOÍSTA TETRACAMPEÃO MUNDIAL.

17 anos, e Mateus Evangelista, 22, que quebrou no ano passado o recorde mundial no salto em distância. Jovens, os dois devem fazer bonito e, quem sabe, subir ao pódio mais de uma vez.

Ver todos esses competidores bem aqui, na Cidade Maravilhosa, é uma oportunidade única. Seu esforço e dedicação podem e devem ser seguidos por qualquer pessoa. E as disputas, sem dúvidas, serão de alto nível: campeões brasileiros vêm por aí.

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bem viver

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Força e FéPOR MáRCIA DE LUCA

Esses elementos estão à sua disposição para usar a partir de já. Vem comigo?

Uma das ferramentas mais poderosas que temos para mergulhar fundo no autoconhecimento e, consequente-mente, autodesenvolvimento, é ana-lisar nossos pensamentos, palavras e atitudes. Apenas analisar – sem julgar.

Nessa simples ação de escrutinar, percebi como, na correria do dia a dia, não nos conscientizamos da força que temos dentro de nós. Sim, força que devemos usar a nosso favor, criando uma realidade de paz, harmonia, alegria e amor para nós mesmos e todos à nossa volta.

O primeiro passo para seguir nessa direção é traçar metas que priorizem o essencial, aprendendo a dizer não

para o que não faz sentido para nós. Há uma frase que ouvi há algum tem-po e da qual nunca me esqueço: “Toda vez que digo sim, querendo dizer não, morre um pedaço dentro de mim”.

Lembre-se, também, de racionar sua energia: não perca tempo com

fofocas, nem brigue pelo que não pro-picia transformações importantes em sua vida. Procure adicionar pitadas de gentileza e respeito em sua relação com as outras pessoas.

Mantenha a coragem e a determina-ção – sempre! Resgate sua fé e concen-tre a atenção na troca de paradigma para o sucesso. Agora mesmo, durante este voo, assuma a sua postura de rei ou de rainha – com a coluna ereta e os olhos fechados. Faça vários ciclos de respiração profunda e, quando o corpo começar a relaxar e sua mente aquietar, você estará mais forte, terá a fé mais absoluta de que suas vontades são realmente possíveis e colocará foco na concretização dos desejos. Tudo depende de você!

Márcia De Luca é esPecialista em iOga e meditaçãO é autORa dO livRO AyurvedA — A CulturA de bem viver. PaRa cOntatá-la, escReva PaRa [email protected].

“ComeCe a raCionar sua energia: não brigue pelo que não propiCia transFormações importantes em sua vida”

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Iguarias fresquinhasConfi ra onde encontrar a chistorra, linguiça temperada com pimentão espanhol que agora é produzida no Brasil

BastidoresO processo para escrever a série Nada será como antes em entrevista com Jorge Furtado

Numa boaNatureza exuberante, ar puro e descanso na Serra da Bocaina

Suspense nacionalA atriz Carolina Dieckmann conta sobre a personagem que vive em O silêncio do céu, fi lme de Marco Dutra

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Em dez anos de existência, o Centro de Manutenção de Aeronaves da GOL se mantém como o maior e mais avançado complexo tecnológico do gênero na América Latina

VOE GOL

SEMPRE À FRENTE

132 10 ANOS DE CMA

134 NOVO SERVIÇO DE BORDO

135 SALA VIP

136 SMILES

138 FUNCIONÁRIO

139 GOLLOG

140 NOVOS VOOS

141 MAPA DE ROTAS

144 SUA VIAGEM MAIS PERTO

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132 REVISTA GOL

O momento é para comemorar: o Centro de Manutenção de Aeronaves da GOL, considerado o maior e mais avançado complexo do gênero na América Latina, acaba de completar dez anos. Localizado em Confins (MG), o espaço possui cerca de 720 colaboradores, responsáveis por todo serviço de manutenção da companhia, que possui atualmente 137 aeronaves. Entre as atividades, estão check de aeronaves, inspeções, modificações, reparos e pinturas, além de revisões de rodas de freio, poltronas, janelas, fornos, entre outros.

“O Centro já nasceu robusto e se manteve nesta última década como o mais moderno do continente”, diz Marco Gallinaro, gerente executivo do setor de Hangar e Revisão da GOL. Situado em uma área de 147 mil metros quadrados, o complexo está dividido em três hangares. Nos dois primeiros, em funcionamento desde 2006, está o departamento de capacitação de profissionais e a Estação de Tratamento de Efluentes Químicos, onde a água contaminada nas lavagens de aeronaves e oficinas é tratada para que possa ser reutilizada ou então descartada na rede de saneamento pública. Sustentável, o Centro de Manutenção segue as normas de licença ambiental e possui plano de gerenciamento para cada resíduo gerado durante os reparos.

Já o terceiro hangar, inaugurado em 2010, foi concebido com o objetivo de receber aeronaves maiores. No local, acontecem as oficinas de pintura e de interiores, que restauram todos os itens de acabamento

VOE GOL

O Centro de Manutenção de Aeronaves da GOL, onde é feita a manutenção das aeronaves de toda a frota da companhia, celebra uma década com certificado que eleva sua atuação em âmbito internacional

VOO ALtOfOtOs fErnAndO GArCiA LAGO

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133REVISTA GOL

interno, como poltronas, cortinas, carpetes e janelas. Juntamente à construção do terceiro hangar, também nasceu a oficina de rodas e freios, que atende a 100% da demanda da frota. Ao todo, o Centro de Manutanção tem capacidade para atender até sete aeronaves de médio porte – caso do Boeing 737.

Além de ser homologado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para manutenção dos modelos 737 das séries 300, 400, 700 e 800 e 767-200 e 300, o Centro recebeu este ano o certificado da

Federal Aviation Administration, órgão regulador norte-americano, para realizar serviços de manutenção do 737 Next Generation, modelo com o qual a GOL opera atualmente. “Estamos muito felizes, pois essa certificação eleva nosso nível para atender o padrão internacional”, comemora Alberto Castro Correnti, diretor de manutenção da companhia. “Agora estamos habilitados para prestar os melhores serviços e cuidados não só para nossas aeronaves como também para qualquer empresa americana do ramo.”

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134 REVISTA GOL

VOE GOL

Bebidas da Heineken e da Coca -Cola passam a fazer parte do menu da GOL

PARA REFRESCAR

ESPECiAL

Buscando oferecer um serviço cada vez mais completo para seus clien-tes, a GOL firmou parceria com a Heineken e a Coca- Cola Brasil.

Para quem viaja pela ponte aérea, realizando voos entre os aeroportos Santos Dumont (RJ) e Congonhas (SP), as bebidas Coca- Coca e Coca-Cola Zero são ofere-cidas gratuitamente. Nesses voos, o serviço de bordo ainda conta com café, minissanduíches, wraps, bolos e croissants.

“A Coca- Cola Brasil e a GOL são empresas comprometidas com a qualidade dos produtos oferecidos ao consumidor”, diz Adriana Knackfuss, diretora de comunicação integrada de marketing da Coca -Cola Brasil.

Nos demais voos nacionais, os produtos citados passam a integrar o cardápio de vendas f

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a bordo, e os clientes também podem adquirir a cerveja Heineken – o snack Tribos e água são ofertados a todos como cortesia.

“As marcas estão unidas na estratégia de aprimorar a experiência dos consumidores”, diz Hugo Lehmann, diretor nacional de vendas da Heineken Brasil.

Os clientes de voos internacionais, realizados na Classe Econômica, contam com produtos Coca-Cola e demais bebidas não alcoólicas no serviço de bordo gratuito, que inclui refeições – com opções

vegetarianas. E, para quem viaja na Classe GOL Premium, há ainda vinho e cerveja Heineken entre as escolhas do menu.

“Temos trabalhado bastante nesses últimos anos para melhorar a experiência de quem voa com a companhia, buscando oferecer sempre o melhor serviço”, acrescenta Paulo Miranda, diretor de produtos e experiência do cliente na GOL. “Essas parcerias foram desenvolvidas pensando na preferência de nossos clientes.”

POR AnnE CAROLinE GOnçALVES

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135REVISTA GOL

VOE GOL

GOL Premium Lounge é inaugurado no maior aeroporto do país

ENTRE E FIQUE À VONTADE

ESPECIAL

Conforto é coisa séria para a GOL, que acaba de inaugurar na área de embarque internacional do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, o GOL Premium Lounge, sala VIP com padrões internacionais de qualidade. Com cerca de 800 metros quadrados e vista para o pátio de aeronaves, o espaço foi projetado para tornar ainda mais agradável a experiência de viagem. O acesso é gratuito para clientes Smiles Diamante e Ouro e os que possuem o cartão de crédito Mastercard Smiles Platinum; da Classe GOL Premium; membros Elite dos programas SkyMiles e Flying Blue e aqueles que voarão de primeira classe ou executiva com a Delta, Air France-KLM e outras parcerias.

A nova sala VIP – cuja arquitetura é inspirada na cultura brasileira e conta com uma grande parede de

taipa de pilão e móveis feitos de madeira nacional – tem áreas de home theater, mesas de trabalho, salas de banho e conexão wi-fi. “A ideia é que os clientes não se sintam em uma sala comum, mas sim em um lounge moderno e aconchegante, com privacidade e sofisticação”, afirma Paulo Miranda, diretor de produtos e experiência do cliente na GOL.

Durante a estada, os clientes ainda têm à disposição uma área gourmet, onde são servidos di-versos itens de alimentação, com opções para vegetarianos, veganos e quem não pode comer glúten.

Ali mesmo um bartender prepara drinks na hora. É possível também contratar serviços de profissionais como massagistas e manicures.

“Cada centímetro do espaço foi pensado para ser prático e eficiente”, diz Paulo Kakinoff, presidente da GOL. “Queremos ser mais que uma companhia, mas uma companheira inteligente, presente em todas as etapas da viagem do nosso cliente.”

Até o primeiro trimestre de 2017, serão inaugurados outros GOL Premium Lounge: um na ala doméstica de Guarulhos e dois no Galeão, no Rio de Janeiro.F

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Gol Premium Lounge; no detalhe, espaço gourmet

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136 REVISTA GOL

Promoções, parcerias e outros benefícios para os participantes SmilesMUNDO SMILES

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VOE GOL

ALL YOU NEED IS BEATLESSmiles leva a São Paulo a Beatlemania Experience, maior exposição já realizada sobre a banda de rock britânica

A Beatlemania Experience aterris-sou em São Paulo em uma área de 2 mil metros quadrados no shopping Eldorado. A mostra, que tem patrocínio da Smiles, promove uma imersão no universo da banda inglesa. A exposição recria am-bientes comuns ao grupo, como a área externa da igreja St. Peter, em Liverpool, e apresenta réplicas de roupas e instrumentos. Há ainda documentários produzidos espe-cialmente para o evento e filmes de realidade virtual, como o que leva o espectador ao Shea Stadium, em Nova York, onde os Beatles fizeram em 1965 o maior show de sua história. O evento acontece até 8 de novembro, com ingressos a partir de R$ 25 (meia-entrada).

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137REVISTA GOL

VOE GOL

PassEiO cuLturaLVisite Praga, um dos destinos mais belos do Leste Europeu, com as companhias aéreas parceiras da smiles

Já pensou em conhecer a capital da República Tcheca e seu belo patrimônio arquitetônico e cultural com a Smiles? Air France, KLM, TAP e Alitalia, companhias aéreas parceiras da Smiles, levam você até lá! Patrimônio da Humanidade, o centro histórico de Praga (foto) chama a atenção dos visitantes pela diversidade de estilos arquitetônicos, que incluem monumentos de fachadas renascentistas, barrocas e neoclássicas. O Castelo de Praga, por exemplo, é considerado o maior do mundo, com 70 mil metros quadrados, e sua construção passou por diversas alterações ao longo dos séculos. Para saber mais sobre as parceiras da Smiles, acesse o link smiles.com.br/companhias-aereas-parceiras e aproveite a viagem!

BiLhEtE PrEmiadOclientes podem ganhar até 100% de milhas bônus

Os clientes que emitirem passagens Delta, Copa Airlines, AirCanada, AeroMéxico e Aerolìneas Argentinas para qualquer destino operado pelas companhias aéreas vão ganhar 100% de bônus em

milhas. A promoção é válida para voos até 30 de setembro. Basta acessar smiles.com.br/dobro-de-milhas. Consulte o regulamento e não esqueça de incluir seu número Smiles na emissão das passagens ou no check-in. Participe!

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138 REVISTA GOL

Apaixonado por aviação, o argentino Mario Angel Aguirre usou seus conhecimentos de mecânico da GOL para construir dois simuladores de voo POr HeitOr FLuMiAn FOtO FernAndO GArciA LAGO

eL cOMAndAnte

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Quando tinha 4 anos, Mario Angel Aguirre desenhou um avião de forma tão detalhada que deixou uma comissária de bordo, amiga de sua mãe, boquiaberta. Sua inspiração morava ao lado: vizinho do Aeroporto de Ezeiza, em Buenos Aires, na Argentina, o menino corria para o quintal da casa toda vez que ouvia o ruído das turbinas. “Lembro de uma manhã que escutei um som diferente e me deparei com um enorme Jumbo 747 voando sobre nós”, diz. “Foi uma emoção enorme.”

Hoje, aos 50 anos, ele faz parte do universo que o encantou na infância. Mecânico de aeronaves da GOL desde 2007, Mario é responsável pela manutenção dos aviões no próprio aeroporto de Ezeiza. “Fui indicado por um amigo depois de ter trabalhado

VOe GOL FunciOnáriO

em outras companhias aéreas. Eu sabia que me sentiria cômodo na GOL, ainda mais por ter que lidar com o Boeing 737, o meu preferido”, conta o argentino, que fez cursos de mecânico de manutenção em seu país, no Brasil e nos Estados Unidos.

Sua paixão pela aviação e pelo 737 é tanta que, sozinho, ele construiu dois simuladores de voo baseados no modelo. O primeiro, feito de madeira em 1995, serviu de protótipo. Já o segundo, de 2001, contou com a cabine de uma aeronave desprogramada que acabou instalada no fundo de sua casa. Mario levou um ano para montar o sistema, que reproduz fielmente as condições de voo, e o projetor de imagens que recria aeroportos de cidades como São Paulo e Rio de Janeiro.

“Construí o simulador por hobby. Mas, em pouco tempo, apareceram aspirantes a pilotos e pilotos profissionais que queriam praticar para se adaptar aos novos modelos de 737 que foram surgindo”, conta. O mecânico mantém o invento atualizado conforme a evolução das frotas. Atualmente, está adaptando sua criação ao Next Generation. “Até 2017 deve estar pronto”, diz Mario, para alegria dos colegas.

O mecânico Mario Aguirre na cabine de um Boeing da GOL. No detalhe abaixo, o simulador construído por ele

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139REVISTA GOL

Informações sobre o serviço de logística da Gol para você e para a sua empresaEntrEGa sEGura

a Gollog transporta 190 toneladas de materiais por mês em parceria com a Fedex, principal empresa no ramo de entregas rápidas

DuPla DInÂMICa

Grande parte da carga distribuída em âmbito nacional pela Fedex, uma das empresas mais conceituadas no ramo de remessa expressa de correspondência, conta com a Gollog.

Sem frota aérea no Brasil, a empresa norte-americana, que atua em mais de 220 países e territórios, utiliza o serviço de cargas e encomendas da GOL para despachar uma média de 190 toneladas por mês, que incluem de artigos tecnológicos a cosméticos.

A maioria dos produtos, destina-dos principalmente a estabeleci-mentos comerciais, sai de Manaus e segue nas aeronaves da GOL para São Paulo, ponto de distri- buição para outras regiões do país. O transporte rodoviário fica a cargo da Fedex.

“Contamos com essa parceria desde que a Fedex chegou no Brasil [em 2012]. Nós recebemos diariamente as informações operacionais necessárias para montar uma programação de embarque e desembarque que

VoE Gol

Por annE CarolInE GonçalVEs

atenda os prazos acordados. Depois verificamos em qual voo da nossa extensa malha aérea os materiais podem ser comportados”, explica Paula Faria, gerente comercial da Gollog.

A divisão de cargas da GOL também leva em suas aeronaves produtos da Fedex que têm origem em outros países – só na América Latina e no Caribe, são 50.

Essa remessa, que é composta majoritariamente de documentos, entra no Brasil pelo Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, e parte para estados como Recife, São Paulo e Natal. “A Gollog é uma das principais transportadoras de cargas da Fedex no Brasil”, diz Paula.

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140 REVISTA GOL

Conheça as mais recentes operações da GOLnOvOs vOOs

PARA CIRCULARGOL amplia voos nacionais entre norte, nordeste e sudeste

*As saídas e chegadas levam em conta o fuso horário em cada cidade. Mais informações estão disponíveis no site da GOL (voegol.com.br), via agentes de viagens ou pela Central de Relacionamento com o Cliente, pelo telefone 0300-115-2121. Os horários dos voos estão sujeitos a alteração.

vOE GOL

COnfIRA MAIs dEtALhEs sObRE As nOvAs OPERAçõEs*

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Quem voa de GOL terá mais opções para viajar entre capitais do Nordeste. Agora, partindo direto de Natal (RN), há dois novos voos que possibilitam conhecer atrações como o Pelourinho, em Salvador (BA), ou o Mercado Central, em Fortaleza (CE), por exemplo.

As alternativas também incluem clientes que estão em outras regiões, mas que querem visitar os estados nordestinos. Há opções de voos entre Manaus (AM) e Fortaleza e, ainda, de São Paulo – Aeroporto de Congonhas – para São Luís (MA).

Fortaleza, Ceará

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Conheça os destinos nacionais e internacionais da GOL Linhas Aéreas Inteligentes

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VOE GOL

141 REVISTA GOL

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Conheça os destinos internacionais operados pelas parceiras da GOL Linhas Aéreas Inteligentes

ENCURTANDO CAMINHOS

VOE GOL

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COM CALMA“Gosto de sentar na janela

para poder ser a última a sair da fi leira. Tenho

agonia de quem tem pressa e prefi ro fazer

tudo devagar.”

RITUAL “Para dormir e relaxar, ouço música clássica e

uso um sérum de menta chinesa na têmpora e na

nuca. Esse produto foi uma descoberta

maravilhosa.”

PASSEIO“Tenho medo de voar

mas adoro aeroportos. Chego sempre pelo menos 1 hora antes do embarque e aproveito o tempo para

tomar café e olhar as lojas.”

NA MÃO“Quando consigo, não

despacho nada. Prefi ro levar tudo comigo e penso em

roupas que não amassam facilmente.”

Isabel WilkerA atriz carioca de 31 anos, que se mudou para São Paulo há seis, pega a ponte

aérea toda semana para dar vida a Adriana, personagem da novela Haja coraçãoPOR LAÍSA CAMARGO

SOLTA O SOM“Não viajo sem fone de ouvido.

Minhas playlists preferidas atualmente são as trilhas dos

fi lmes A vida secreta de Walter Mitty e O fabuloso destino de

Amélie Poulain.”

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Quando um não pode, dois se divertem do mesmo jeito.

Grandes relações são asque marcam a nossa vida. E, para a Unimed, issosignifi ca estar sempre aoseu lado, cuidando de vocêpara que possa realizartodos os seus planos.

#ESSEÉOPLANO

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