Setembro de 2017 - Ano VII - Edição 88 - Distribuição ... · Jornada de Oração e Jejum. pelo...

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Setembro de 20172 Boletim Informativo da Diocese de Frederico Westphalen

CNBB estimula Jornada de Oração e Jejum pelo Brasil

Pág. 3

Setembro de 2017 - Ano VII - Edição 88 - Distribuição gratuita

Veja também

Foto meramente ilustrativa Pág.13

Mês da BíbliaAjuda-me Senhor a amar a tua palavra

Irmãs de Nossa Senhora Menina de

Caiçara 70 anos de presença no Brasil

Pág. 5

Retiro do Clero Diocesano

Pág.7

Escola Nossa Senhora Auxiliadora 70 Anos construindo

educação em solo Frederiquense

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Setembro de 2017Boletim Informativo da Diocese de Frederico Westphalen 3

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Padre Mauro Luiz ArgentonPadre Evandro LazzarettiDiácono Arildo Crespan

Lírio Zanchet

Palavra do BispoDom Antonio Carlos Rossi Keller

“Creio No Espírito Santo”

Depois de afirmar no Credo a nossa fé em Deus Pai e em Deus Filho –Nosso Senhor Jesus Cristo-, confessamos também a fé no Espírito San-to. O Espírito Santo –terceira pessoa da Santíssima Trindade- é Deus.

Para muitos, o Espírito Santo é o Grande Desconhecido, ainda que, como diz São Paulo, o cristão seja templo do Espírito Santo. Desde o mes-mo momento do Batismo, Ele está em nossa alma em graça, santificando-a e adornando-a com seus dons. Se não o expulsamos por meio do pecado mortal, Ele nos inspira e nos assiste, guiando-nos até o céu. É o Paráclito, ou Consolador, o “doce hóspede da alma”. Este é o grande dom que Jesus Cristo, tinha prometido aos apósto-los na última ceia: “É conveniente para vós que eu me vá. Pois, se não fosse assim, o Paráclito (o Espírito Santo) não viria a vós; mas, se eu me for, eu o enviarei a vós” (João 16,7). E, efetivamente, no dia de Pentecostes, eles receberam o Espírito Santo. Ao estudar este tema, temos de pedir ao Espírito Santo que nos ajude a entender sua misteriosa ação na Igreja e em nossa alma.1.O Espírito Santo, terceira pessoa da Santíssima Trindade A verdade fundamental de nossa fé cristã é o mistério da Santís-sima Trindade. Este mistério –que, por sermos nós limitados, não podemos nunca compreender- nos ensina que em Deus existem três Pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. As três pessoas são Deus, são eternas, onipotentes, mas há um só e único Deus. O Espírito Santo é a terceira pessoa da Santíssima Trindade e pro-fessamos a sua divindade quando rezamos, no Credo: “Creio no Espírito Santo, Senhor e fonte de vida, que procede do Pai e do Filho, e que com o Pai e o Filho recebe a mesma adoração e a mesma glória”. Cremos pois, em Deus Espírito Santo.2. Deus Pai, Filho e Espírito Santo realizam a salvação Sabemos que Jesus Cristo, a segunda pessoa da Santíssima Trinda-de, se fez homem e morreu por nós. Com sua vida, morte e ressurreição, nos fomos salvos. Mas em nossa salvação intervém as três Pessoas divinas: o Pai que enviou seu Filho; o Filho que morreu por nós; o Espírito Santo, que veio no dia de Pentecostes para ser como que a alma da Igreja e habitar em cada um de nós.3. O Espírito Santo nos santifica Dissemos que há um só e único Deus; portanto, todas as coisas que Deus faz, são feitas pelas três Pessoas divinas. Sem dúvida, umas coisas são atribuídas ao Pai, outras ao Filho e outras ao Espírito Santo. Assim, umas vezes dizemos que Deus Pai é o criador do mundo, porque é obra onipotên-cia divina e o poder que se atribui ao Pai, ainda que o mundo foi também criado pelo Filho e pelo Espírito Santo. Se considerarmos a Redenção, sua realização foi obra do Filho, Verbo Encarnado. Ao Espírito Santo que proce-de do amor do Pai e do Filho, se apropria particularmente a santificação dos homens, ainda que a santificação é obra de toda a Trindade.4. O Espírito Santo e a Igreja Tal como Cristo tinha prometido, no dia de Pentecostes –dez dias depois da ascensão ao céu e cinquenta dias depois de sua ressurreição- o

Espírito Santo desceu sobre os Apóstolos e discípulos que estavam reunidos no Cenáculo com a Santíssima Virgem. Com a vinda do Espírito Santo, a Igreja se abria às nações. O Espírito Santo, que Cristo derrama sobre seus membros, constrói, anima e santifica a Igreja.5. O Espírito Santo santifica principalmente pelos sacramentos A santificação que o Espírito Santo realiza em nós consiste em nos unir cada vez mais com Deus; mas, para que tal objetivo seja alcançado, temos de deixa-lo atuar em nossa alma. De que maneira?• Vivendo sempre na graça de Deus: então, somos templos do Espírito Santo, como diz São Paulo, que está em nossa alma e nos vai santificando.• Por isto, é preciso receber os sacramentos, especialmente a Penitência e a Eucaristia. Com a Penitência, recuperamos a graça santificante –se a ti-vermos perdido, pelo pecado grave-, e além disso, ela nos fortalece. Com a Eucaristia, a alma se alimenta, e se desenvolve a vida sobrenatural (graça, virtudes e dons do Espírito Santo).• Além disso é preciso escutar o que Ele nos diz: o Espírito Santo ensina por meio dos Pastores da Igreja e inspira interiormente o que Deus quer e espera de nós. Quando somos dóceis a suas inspirações, somos melhores e nos santificamos.6. É preciso relacionar-se com o Espírito Santo Sabemos que o Espírito Santo é o “doce hóspede da alma”, que está em nós quando vivemos em estado de graça. Da mesma maneira que tratamos ao Pai e a Jesus Cristo, temos de nos acostumar a falar com o Es-pírito Santo, nosso santificador. Ao Espírito Santo temos de pedir, de modo especial, seus sete dons, tão necessários para viver de verdade como cristãos:• O dom da sabedoria, que nos faz saborear as coisas de Deus.• O dom do entendimento, que nos ajuda a entender melhor as verdades da nossa fé.• O dom do conselho, que nos ajuda a saber o que Deus quer de nós e dos demais.• O dom da fortaleza, que nos dá forças e valor para fazer as coisas que Deus quer.• O dom da ciência, que nos ensina quais são as coisas que nos ajudam a caminhar para Deus.• O dom da piedade, com o qual amamos mais e melhor a Deus e ao próximo.• O dom do temor de Deus, que nos ajuda a não ofender a Deus, quando fraqueje o nosso amor.7. Algumas orações dirigidas ao Espírito Santo• Glória ao Pai, e ao Filho e ao Espírito Santo.• Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo.• Vem, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis, e acendei neles o fogo do vosso amor.• Vem, Espírito Santo, e envia desde o céu um raio de tua luz.8. Propósitos de Vida Cristã• Considerar que, quando se está em estado de graça, o Espírito Santo habita na alma como em um templo; fazer propósito de viver sempre na graça de Deus.• Repetir, especialmente perto da Festa de Pentecostes, algumas orações di-rigidas ao Espírito Santo.

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Setembro de 20174 Boletim Informativo da Diocese de Frederico Westphalen

Conselhos visitam Usina adquirida pelo Grupo Creluz

Evento interno marcou a inauguração do empreendimento em Crissiumal

No dia 17 de Agosto, os Conselhos de Administração e Fiscal do Grupo Creluz, juntamente com uma comitiva de funcionários, visitaram a Usina Hidrelétrica Caa-Yari, localizada no Rio Lajeado Grande interior do município de Crissiu-

mal, Rio Grande do Sul. A visita marcou a inauguração deste que é o oitavo complexo de geração de energia elétrica do Grupo Creluz, sendo a sétima usina hidrelétrica a compor a matriz de produção da Cooperativa. Além das sete Centrais Hidrelétricas, a Creluz possui uma Usina Solar cons-truída em 2016 em Boa Vista das Missões. Já a Usina Caa-Yari entrou em operação no dia 10 de julho de 2013, sendo de propriedade da empresa GHM Geração Elétrica, em 2016 foi adquirida pelo Grupo Creluz. A aquisição da Central de Geração Hidrelétrica (CGH) foi aprovada por mais de 1.700 associados da Cooperativa em Assembleia Geral Ordinária que aconteceu no município de Vicente Dutra no mês de janeiro do corrente ano e referendada pelos conselheiros. Após a aquisição o empreendimento passou por uma completa reforma re-cebendo o padrão das Usinas da Creluz. A Central Hidrelétrica tem uma potência: 1,2 MW/h e uma vazão de 13m³/s. Como padrinho da obra foi escolhido o padre Hilário Silvestre Barbieri, que atualmente atua na Paróquia de Rodeio Bonito, mas já de-senvolveu suas atividades na região Celeiro e inclusive conhecia o empreendimento, acompanhando a sua construção e visitando o local. O presidente do Grupo Creluz, professor Elemar Battisti, destaca que devido ao cenário complicado para a construção de novos complexos hídricos, a Cooperativa se deparou com a possibilidade de aquisição desta usina já construída e operando, sendo um negócio bastante viável para a Cooperativa, pois corta um enorme atalho em todo o burocrático e difícil processo de licenciamento.

“Os conselhos estão muito satisfeitos com o resultado do investimento, já que a Creluz com a experiência e o ganho de escala,

pois já possui outras usinas semelhantes, conseguiu melhorar os índices do empreendimento o que resultará no retorno antes do

esperado”, resume Battisti. Fonte: Edevaldo Stacke/Ascom Creluz

CNBB estimula Jornada de Oração e Jejum pelo Brasil por ocasião do Dia da PátriaA Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) convida a todos para uma Jornada de Oração pelo Brasil, a ser realizada nas comunidades, paróquias,

dioceses e regionais do país, de 1º a 7 de setembro próximo. Os bispos decidiram mobilizar os cristãos, por meio da oração, após a análise da realidade brasileira feita na última reunião do Conselho Episcopal Pastoral da entidade, dias 10 e 11 de agosto.

O Dia de Oração e Jejum sugerido é o dia 7 de setembro, data que marca a Independência do Brasil. Além da carta, enviada a todos os bispos brasileiros, foi enviada também uma oração a mesma enviada por ocasião da celebração de Corpus Christi, com uma pequena adaptação na última prece.

Semana da Pátria1º a 07 de setembro de 2017

07 de setembro – dia da Pátria: Vida em primeiro lugar“A paz é o nome de Deus” (Papa Francisco)

Diante do grave momento vivido por nosso país, dirijamos nossa oração a Deus, pedindo a bên-ção da paz para o Brasil.Pai misericordioso, nós vos pedimos pelo Brasil!

Vivemos um momento triste, marcado por injustiças e violência. Para construirmos a justiça e a paz, em nosso país, necessitamos muito do vosso amor misericordioso, que nunca se cansa de perdoar. Pai misericordioso, nós vos pedimos pelo Brasil!

Estamos indignados, diante de tanta corrupção e violência que espalham morte e insegurança. Pedimos perdão e conversão. Nós cremos no vosso amor misericordioso que nos ajuda a vencer as causas dos graves problemas do País: injustiça e desigualdade, ambição de poder e ganância, exploração e desprezo pela vida humana. Pai misericordioso, nós vos pedimos pelo Brasil!

Ajudai-nos a construir um país justo e fraterno. Que todos estejamos atentos às necessidades das pessoas mais fragilizadas e indefesas! Que o diálogo e o respeito vençam o ódio e os conflitos! Que as bar-reiras sejam superadas por meio do encontro e da reconciliação! Que a política esteja, de fato, a serviço da pessoa e da sociedade e não dos interesses pessoais, partidários e de grupos. Pai misericordioso, nós vos pedimos pelo Brasil!

Vosso Filho, Jesus, nos ensinou: “Pedi e recebereis”. Por isso, nós vos pedimos confiantes: fazei que nós, brasileiros e brasileiras, sejamos agentes da paz, iluminados pela Palavra e alimentados pela Eucaristia. Pai misericordioso, nós vos pedimos pelo Brasil!

Vosso filho Jesus está no meio de nós, trazendo-nos esperança e força para caminhar. A comunhão eucarística seja fonte de comunhão fraterna e de paz, em nossas comunidades, nas famílias e nas ruas. Pai misericordioso, nós vos pedimos pelo Brasil!

Neste ano em que celebramos os 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida, queremos seguir o exemplo de Maria, permanecendo unidos a Jesus Cristo, que convosco vive, na unidade do Espírito Santo. Amém!(Pai nosso! Ave, Maria! Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo!)

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Setembro de 2017Boletim Informativo da Diocese de Frederico Westphalen 5

A Sagrada Escritura, fonte para uma Vocação específicaA Palavra de Deus por ex-

celência é Jesus Cristo, homem e Deus. O Filho

eterno é a Palavra que desde sempre existe em Deus, por-que ela mesma é Deus: «No princípio era o Verbo e o Ver-bo estava com Deus e o Verbo era Deus» (Jo 1, 1). Em Jesus Cristo, Verbo eterno, Deus nos escolheu antes da criação do mundo, predestinando-nos,, a sermos seus filhos adotivos ( Ef 1, 4-5). Quando o Espírito pairava sobre as águas e as tre-vas cobriam os abismos (Gen1, 2), Deus Pai decidiu criar o céu e a terra através da Palavra, por meio da qual tudo o que existe foi feito ( Jo 1, 3)). A obra-pri-ma da criação é o homem, fei-to à imagem e semelhança de Deus (Gen 1, 26-27), capaz de entrar em diálogo com o Cria-dor, de descobrir na criação o sinal do seu Autor, o Verbo criador, e de, por meio do Es-pírito, viver na comunhão com Aquele que é (Ex 3, 14), com o Deus vivo e verdadeiro (cf. Jer 10, 10). Quando, depois, na plenitude dos tempos (Gal 4, 4), Deus quis desvendar aos homens o mistério da sua vida, escondido por séculos e gerações ( Col 1, 26), o Filho Unigénito de Deus incarnou, «o Verbo fez-Se carne e habi-tou entre nós» (Jo 1, 14). Em tudo semelhante a nós, exceto no pecado (Heb 2, 17; 4, 15), o Verbo de Deus teve de Se exprimir de forma humana por palavras e gestos, que são nar-rados no Novo Testamento, so-bretudo nos Evangelhos. “Tão grande a força e a virtude da Palavra de Deus, que ela se tor-na para a Igreja apoio e vigor e, para os filhos da Igreja, solidez da fé, alimento da alma, fonte pura e perene de vida espiritu-al. É necessário que “os fiéis tenham largo acesso à Sagrada Escritura” (Dei Verbum, 22) ”. Instigados pela Palavra de Deus usamos das mesmas pala-vras dos Discípulos de Emaús:

“Não estava ardendo o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho, e nos explicava as Escrituras?” (Lc 24, 32). Nosso Senhor nos molda “como o barro na mão do oleiro (Jer. 18,6)”. Uma vida de Seminário é ligada por completo a figura de Cristo Bom Pastor. O centro de toda a nossa vida, no falar e agir é um desejo a unir-se a figura do Cristo Mestre, “para que se-

jam um, como Eu sou um com o Pai” (Jo 17,11). Mas afinal, qual é a missão do Seminarista nessa caminhada? É nada mais que se preparar para ser Cristo Sacerdote, para ensinar, gover-nar e santificar os membros de Sua Igreja, e o chamado de Cristo, Que disse: “Não fostes vós que me escolhestes, mas eu vos escolhi” ( Jo 15, 16). E, de fato, nenhum homem deve ousar apresentar-se para esse ofício sagrado a não ser que Deus o tenha chamado. “Nin-guém se apropria desta honra (do sacerdócio),” diz São Pau-lo, “senão somente aquele que é chamado por Deus, como Aarão”. (Hebreus 5, 4).Essa resposta de amor é o nosso chamado. De fato, uma respos-ta de entrega e mortificações, desapegos e doação não de poder faze sem uma resposta

de amor incondicional ao Bom Deus, na sua Igreja para a Sal-vação das Almas. Eis aqui o ponto no qual desejava chegar, aquilo que é fruto de uma espiritua-lidade sobrenatural: “tendo-se sempre diante dos olhos a “Sa-lus Animarum”, salvação das almas, que deve ser sempre a lei suprema na Igreja ” (Cân. 1752). Aqui nasce o desejo de evangelizar na vocação espe-

cífica que temos. Decisão na qual, nós, incapazes por nossas forças em promover, mas pela graça de Deus, sinal visível e eficaz em nossa vida, somos inspirados por sua Palavra, uni-dos à Cristo, Sumo e Eterno Sacerdote, em “avançar a águas mais profundas”(Lc 5, 4). Nos-so Senhor usa de suas palavras e ações para nos revelar seu pla-no de amor e enraizarmos nossa fé. O caminhar da história salví-fíca aonde Deus permeia a nos-sa vocação de anunciadores de sua redenção em Cristo Jesus. Assim compreendo a vontade do Pai, compreendemos a nossa vocação. Levados por sua força sejamos nosso movidos pelo Espirito Santo para “Restaurar tudo em Cristo Jesus! ”

Seminarista Gabriel Calisto, Seminário Maior de

Beatos Manuel e Adílio, Viamão/RS

Lurdes Pano

No que consiste cada Vocação na Igreja?Toda vocação é uma res-

posta a Deus, e essa res-posta implica que cada pes-soa deve seguir uma vida de acordo com a qual Deus chamou. Por isso, somos convidados a tomar conhe-cimento da importância de cada vocação. A vocação ao sacer-dócio consiste em ser ver-dadeiramente a imagem de

Nosso Senhor Jesus Cristo entre os homens, onde é o canal da Graça que Cristo dispensa sobre a terra e, na medida em que é fiel aos preceitos divinos, manifes-ta no seu testemunho e nas atitudes a pessoa do próprio Cristo. Como o Bom Pastor, o padre vive pelas almas que lhe foram confiadas, reza por elas, estuda e se sacrifi-ca, está disposto a dar a sua vida pela Igreja, assim como Cristo se entregou na Cruz por todos nós. A sua vida de oração consiste em celebrar a Santa Missa, rezar a Litur-gia das Horas, administrar os Sacramentos, meditar a Sa-grada Escritura e praticar as devoções populares. Quanto a vocação à vida religiosa, ela pode se dividir em três modos: a vida Contemplativa, como por exemplo os Beneditinos ou Carmelitas, a vida espe-culativa, que é a vida vol-tada aos estudos, como por exemplo os dominicanos e a vida caritativa, como por exemplo os franciscanos. A Vocação a vida religiosa é o chamado a viver em uma comunidade sob a autorida-de de um superior e levam uma vida de sacrifícios e

mortificações, além de uma vida mergulhada em oração, contemplando os Mistérios Divinos. Por muitas vezes são o único Evangelho pre-sente em realidades de de-solação humana. Os irmãos e irmãs são chamados de Deus a ser sinal do amor de Deus em meio ao mundo, doando-se totalmente atra-vés dos votos de pobreza,

obediência e castidade, uni-dos aos carismas específicos das congregações. O matrimonio é a vocação onde o homem e a mulher depois de uma pre-paração (noivado) unem-se para vivê-lo com amor e fidelidade. O matrimonio é a continuidade da obra criadora de Deus no mun-do. Pela união livre dos conjugues diante da Igre-ja, assumem um ao outro a obrigação de santificar-se e santificar a família, estan-do abertos à fecundidade, acolhendo os filhos que Deus mandar e cumprindo fielmente seus deveres de esposos e pais. Esta é a vo-cação na qual a finalidade é ter filhos, educando-os na Fé e sustentando-se mutua-mente. O papa João Paulo II nos dizia que: “A família é a base da sociedade e o lugar onde as pessoas aprendem os valores que os guiarão durante toda a vida.” Vemos que o Sacramento do Matri-mônio é muito atacado por várias instituições e nossa missão como católicos é resistir a estas artimanhas do mal. Uma vez a família destruída, caem todos os va-lores de uma sociedade.

O papa João Paulo II nos dizia que: “A família é a base da sociedade e o lu-

gar onde as pessoas aprendem os valores que os guiarão durante toda a vida.”

Coluna Vocacional Pe. Maurício Moskva

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Setembro de 20176 Boletim Informativo da Diocese de Frederico Westphalen

Irmãs de Nossa Senhora Menina 70 anos de presença no BrasilNeste ano a Congregação

das Irmãs de nossa Senho-ra Menina, celebra o Jubileu de Vinho. Para celebrar este tempo de graça foi escolhido o lema: “70 anos de presença no Brasil, a serviço da caridade, resgatando vida e promovendo esperança em terras brasilei-ras”. Vamos conhecer um pou-co desta história. A Congregação das Irmãs de Nossa Senhora Me-nina foi fundada em Lovere, cidade da província de Berga-mo, Norte da Itália, por Barto-lomea Capitaneo. Que nasceu e cresceu numa família Cristã, que a educou na fé e na viven-cia do Evangelho. A experi-ência de oração e de caridade vivida na família confirmou no coração de Bartolomea a certeza de que ela era muito amada por Deus, por isso, de-sejava amar também, para ela o amor se expressava em uma pessoa Jesus Redentor. A ca-ridade era o seu jeito de seguir Jesus, por isso foi incansável no serviço ao pobres, doentes, jovens, anciãos, encarcerados, abandonados entre outras rea-lidades sofridas de sua época. Bartolomea sentia-se movida para fazer o bem, amar e ser-vir, seguindo o exemplo de Jesus Redentor. Deus susci-tou em seu coração um gran-de ideal. A fundação de uma Congregação Religiosa, assim aconteceu, no dia 21 de no-vembro de 1832, Bartolomea juntamente com Vincenza Gerosa, sua primeira compa-nheira de caminhada, fundou a tão sonhada Congregação, hoje, conhecida como, a Con-gregação das Irmãs de Nos-sa Senhora Menina, que tem como carisma prolongar no mundo a caridade operosa de Jesus Redentor, por meio das Obras de Misericórdia. Atu-almente, a Congregação está presente em 4 continentes e 20 países, prolongando a cari-dade em diversos contextos de missão, através de nós Irmãs, que deixamos nossos proje-tos pessoais para doar nossa vida, nossa inteligência, nosso tempo em favor da vida e do amor, no seguimento de Jesus Redentor. As Irmãs chegaram em terras brasileiras no ano de 1947, na cidade de Rio Claro, São Paulo, com a missão de contribuir com as diversas ta-refas do seminário dos Padres Estigmatinos. Irmã Francis-ca Spada, uma das primeira Irmãs que chegou no Brasil relata o momento da chega-da em terras brasileiras: “Era uma tarde nublada, chuvosa, mas no coração das Irmãs: Afra Faccoli, Petronila Sana, Santina Rioli, Rosa Coram, Domingas Carissoni, Anto-

nia Sironi e Francisca Spada, provenientes da longínqua terra italiana, brilhava o sol da alegria. Finalmente após 11 dias de viagem numa an-siosa expectativa, chegaram onde o seu zelo missionário tanto desejara. O transatlân-tico “Vulcania” parecia sentir a emoção: entrou no porto de Santos- SP com solene majes-tade, surpreendente foi o en-contro com o Pe. Luiz Maria Fernandes, provincial dos Pa-dres Estigmatinos. Também foi comovente o encontro com a Provincial, Lorenzina Bernasconi, a superiora, Hi-pólita Grigoletti e Ir. Raquel Pettinaroli, provenientes da Argentina. Nossa chegada em Rio Claro, foi comovente. O povo e cerca de 100 semina-ristas e Padres Estigmatinos, nos esperavam na praça da Igreja Santa Cruz, cantando “bem vindas”. Em procissão entramos na Igreja, para jun-tos elevar ao Senhor a nossa ação de graças com o canto do “Te Deum”. Diante deste relato percebemos que a Vida Reli-giosa Consagrada é missioná-ria e, que o ardor missionário é fruto do encanto e da paixão por Jesus, por sua proposta e pelo Evangelho. O encanto por Jesus é revelado no serviço alegre e generoso, no prolon-gamento da caridade do Re-dentor, no coração disponível para ir onde a missão chama, para ser sinal da presença e da ternura de Deus em meio aos irmãos. Com o passar do tem-po e o florescimento de muitas vocações, as Irmãs foram cha-madas a expandir-se de Norte a Sul do Brasil, e assim acon-teceu. Nestes 70 anos uma lin-da história foi construída; por Deus abençoada e conduzida. Deus seja louvado por estes 70 anos de presen-

ça, de vida doada, de cora-gem, de confiança em Deus, de testemunho cristão, de fi-delidade ao Evangelho e de generosidade na vivência da Consagração Religiosa, que se expressa no serviço de ca-ridade. Das Santas Bartolo-mea e Vincenza pedimos in-tercessão. Do Amabilíssimo Redentor pedimos a luz para que as Irmãs continue prolon-gando no mundo a caridade de Jesus. Que Maria, nossa mãe conduza nossos passos, para que possamos continuar construindo esta história com o vinho novo, atenta ao seu pedido: “Fazei tudo o que Ele vos disser”. Jo 2,5 Queridos(as) Jovens! Jesus, ao realizar sua missão, não o fez sozinho. Convidou pessoas para ajudá-lo. Ele quis contar com pessoas generosas que estivessem dispostas a encantar-se por sua proposta e jeito de viver; que quises-sem aprender com Ele a amar e desejassem doar suas vidas por essa causa. Nessa missão, Jesus chamou quem Ele quis. Você, jovem, pode sentir-se chamada a seguir Jesus na Vida Religiosa Consagrada. Não tenha medo, de respon-der um SIM generoso, ao cha-mado de Jesus, pois Ele conta com você para uma grande missão... Entre em contato co-nosco e conheça mais de perto a história e a missão da Con-gregação das Irmãs de Nossa Senhora Menina..., Lembre-se somente um coração genero-so, ousado e aberto ao amor, é capaz de responder ao cha-mado para doar a própria vida. Pense nisso! Se você quiser seguir este caminho entre em contato conosco.... Ir. Patrícia Fontana Congregação: Irmãs de Nossa Senhora Menina- Caiçara-RS

Uma luz que brilha há 90 anos

Na véspera do dia jubi-lar, em 5 de agosto, as Apóstolas de Maria do

Regional Sul reuniram-se no Santuário Tabor Porta do Céu, em Frederico Westphalen, RS, para celebrar seus 90 anos de Fundação. Um cenário de muita luz, bem como expressa o ideal que receberam de herança do Fundador e da primeira gera-ção, “Ser uma luz no mundo”. A grande festa das mais pe-quenas contou com cerca de 290 participantes e começou já de madrugada, quando as Apóstolas de Maria da Diocese

de Santa Maria, Porto Alegre e de Santa Cruz do Sul per-correram horas de viagem até Frederico Westphalen. Este foi o primeiro ato heroico do dia, que certamente deixou um ras-tro de luz por onde passaram. Chegando ao Santuário foram recebidas com muita alegria e cantos pelas demais que as es-peravam com o café da manha. Na oração de abertu-ra, nove Apóstolas de Maria, representando suas cidades e as nove décadas de história, le-ram um agradecimento à Mãe de Deus e ao Pai e Fundador à medida que soltavam balões à gás. A seguir, o grande grupo dirigiu-se ao jardim do Santuá-rio para montar o número 90 a fim de presentear à futura gera-ção com uma foto histórica. O dia festivo transcor-reu cheio de surpresas. Ao en-trarem na Tenda Padre Kente-nich, belamente ornamentada, as Apóstolas foram saudadas por suas dirigentes e Assesso-ras com os parabéns e 90 velas acesas a serem apagadas pelas aniversariantes. Na seqüência aconteceu o lançamento do CD como marco desse dia jubilar. O grupo das Apóstolas que o gravou, cantaram o Hino Jubi-lar e a seguir entregaram a cada Apóstola um CD. Com olhos brilhantes elas admiravam a linda configuração e os encar-

tes que havia dentro. Chegou o momento de oferecer aos festejados o presente espiritual preparado com Capital de Graças para esse dia. Para isso cada cida-de foi até o palco e de forma criativa fez sua oferta à Mãe de Deus, ao Pai e Fundador e as Apóstolas de Maria ali reu-nidas. Enquanto isso os pais, reunidos em outro salão, ti-veram uma palestra dada por Maria Laura Ghirardi da Liga das Mães de Porto Alegre. A conclusão da manha se deu com testemunhos de várias ex-apóstolas, e que hoje es-

tão na Jufem, na Lafs e nas Mães. Estas recordaram suas inesquecíveis vivencias dos primeiros anos de Movimento como Apóstolas. Na primeira hora da tarde realizaram-se as ofici-nas da Pequena Maria, para as quais o grande grupo foi divi-dido em três, a fim de melhor ser trabalhado o tema. A san-ta Missa, coroou o dia com a liturgia da Transfiguração do Senhor, que possui muito de em comum com a missão das Apóstolas, de levar a luz de Cristo ao mundo, a exemplo de Maria! Assim como no ini-cio, o término dessa jornada festiva aconteceu junto ao Santuário, onde cada Apóstola de Maria foi enviada por sua Rainha com uma linda coro-azinha em formato de tiara. Ao ser colocada sobre a fron-te, ouviam a frase: “Pequena Princesa, sê luz no mundo!” E antes que embar-cassem nos ônibus não podia faltar o bolo, cachorro quente e refrigerante. Retornaram fe-lizes e agradecidas para suas casas. E quando nem havia chegado em casa uma Após-tola já queria saber de sua As-sessoras: “Irmã ano que vem agente vai para onde?”

Ir. Glória Maria Melo

Shoenstatt Regional Sul

“Pequena Princesa, sê luz no mundo!”

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Setembro de 2017Boletim Informativo da Diocese de Frederico Westphalen 7

Como se celebra o Sacramento do Matrimônio?

Meus amigos e minhas amigas! Queremos hoje louvar Nosso Se-

nhor Jesus Cristo, pela deferên-cia que Ele deu ao Sacramento do Matrimônio nas Bodas de Caná. Realizando assim seu primeiro grande e inesque-cível Milagre numa festa de Casamento. Queremos louvar a Deus pelos 11 casais da Pe-dreira na cidade de Frederico Westphalen, que realizaram o Sacramento do Matrimônio na Capela Nossa Senhora Me-dianeira no dia 23 de agosto de 2017 do Bairro Primavera. Isto foi possível graças ao tra-balho de pessoas voluntárias que a mais de 20 anos vem acompanhando as famílias que ali residem. É um trabalho re-alizado com a colaboração da paróquia Santo Antônio da Ca-tedral através do pároco Mons. Leonir Agostinho Fainello, que os abençoou. E louvado seja a Jesus, pelos casais testemunhas do amor de Deus entre nós. Eles nos mostram o que a gra-ça de Deus tem realizado em suas vidas. Eles nos mostram que mesmo no meio de pro-blemas, dificuldades em suas vidas. Cruzes e revezes. Não só se uniram cada vez mais, mas

viram o seu amor a Deus au-mentado. E a sua doação a co-munidade multiplicada. E hoje vamos tratar de uma questão eu diria de ordem prática. É a pergunta do Compêndio do Ca-tecismo da Igreja Católica que assim se questiona: COMO SE CELEBRA O SACRAMEN-TO, DO MATRIMÔNIO? E O Catecismo lembra que o Ma-trimônio coloca os conjugues num estágio público de vida na Igreja. Cada um deixa o seu pai, a sua mãe e a sua casa. E vai se unir a outro ou a outra. Passando a formar outro lar. Então publicamente estão assu-mindo, um estilo de vida, novo e diferente. Por isso, a Celebra-ção Litúrgica é pública. Então o Sacramento do Matrimônio, a não ser em casos especiais, é realizado de uma forma públi-ca, perante um sacerdote, que é testemunha da Igreja. Sacerdote ou pode ser um Bispo, claro que com mui-to mais razão, ou um Diácono Permanente, ou até existem pessoas que recebem o poder de serem testemunhas qua-lificadas em nome da Igreja. Então é a Igreja, que acolhe o Dom destas duas pessoas e as apresenta a Deus. E os abençoa

em nome do senhor. Estas tes-temunhas não são elas que dão o Sacramento. Quem confere o Sacramento no Rito Latino é o cônjuge. Pelo seu Sim. Um sim dado na liberdade. Um sim dado na totalidade. O seu sim, perante tes-temunha qualificado, em nome da Igreja, é que se torna um sim Sacramental. Confere a pre-sença de Cristo. Dá, portanto àqueles que se casaram graças especiais para viverem, a sua nova vida. Uma vida que será sempre um desafio. Afinal são primeiro homem e mulher, de famílias diferentes e educadas de formas diferentes. Às vezes com culturas diferentes. Como conseguir que se unam? Como conseguir que se aproximem cada vez mais? Santo Agostinho disse: “Amar não é olhar um para o outro mas olhar ambos na mesma di-reção”. E essa mesma direção é Jesus Cristo. Se os dois estão se unindo e tem no Cristo o seu amor maior, é claro que vão su-perar os seus problemas, os seus desafios e dificuldades. Mas se cada um busca só a si mesmo, aí vai ser difícil a graça de Deus agir nos corações destas duas pessoas egoístas. Que haja, pois, no coração de um e do outro esta disposição de doação. De viver a comunhão segundo o Plano de Deus. Se houver esta dispo-sição, se houver esta busca, ai sim eles vão conseguir superar problemas, dificuldades, e mais ainda, vão crescer enfrentando estes desafios porque a graça de Deus nunca faltará. Nunca falha quando alguém a pede com con-fiança.

O Patriotismo do Político Brasileiro e do Cristo IsraelitaComo estamos adentrando o mês de Setembro, aniversário da Pá-

tria, justo dedicarmos algumas linhas ao tema. Sobre o patriotismo dos políticos brasileiros não me alongarei, considerando que o in-

formado Leitor sabe mais do que eu. Sobre Cristo, carregarei nas tintas, já que Ele anda meio esquecido, máxime pela mídia! Cristo amava sua pátria – Numa tarde poética, estava Jesus com seus discípulos, e estes lhe expressaram a sua admiração pela gran-diosidade e beleza da cidade de Jerusalém. Jesus então CHOROU (Lc 19, 41), exclamando: “quantas vezes preguei a paz para as tuas mura-lhas, quantas vezes quis reunir teus filhos, como a galinha recolhe os pintinhos sob suas asas! Dias virão que teus inimigos te sitiarão e não ficará pedra sobre pedra. Serás arrasada, Jerusalém, com todos os teus habitantes”. Os brasileiros têm notícia de algum político que chorou pela sua Pátria?... Sabemos de muitos que derramaram lágrimas ao perder a eleição ou ir para a cadeia! Cristo não sonegava – Era tão zeloso no pagamento dos im-postos que, uma vez inquirido sobre tal, sentenciou: “Dai a César o que é de César” (Mt 22,17) e o próprio Pilatos, quando quiseram incrimi-ná-Lo, acusando-o de incitar o povo ao não pagamento dos tributos a Roma, declarou: “Não encontro neste homem nenhum delito” (Lc 23,4). Mas Jesus era tão escrupuloso que até para evitar dúvidas, aos que com Ele conviviam, ordenou a Pedro ir ao mar, lançar o anzol, abrir a boca do primeiro peixe que pescasse, retirar-lhe uma moeda e PAGAR OS IMPOSTOS... (Mt 17,27). E queremos lembrar que Israel, a Pátria de Jesus, estava sob o domínio romano, e os impostos cobrados iam para o Imperador, que muitas vezes fazia deles uso incorreto, banqueteando-se e construindo piscinas com leite de camela. Cristo cumpria a legislação – Já no seu nascimento, para obe-decer ao decreto de César Augusto, o pai José percorre 115 quilômetros, no lombo de burros, com a esposa grávida, para ir a Belém fazer o recen-seamento. Um pouco diferente do IBGE atual, que bate à porta de nossa casa! Apenas nascido o Divino Infante, seus pais O levam ao templo para ser circuncidado e pagar as taxas prescritas. Ora, não correria nem um século, e já a Igreja desobrigaria os cristãos de praticar a circuncisão. Mas o Menino Deus se submete ao ritual da faca. Sua mãe Maria tam-bém se dirige ao templo para as cerimônias de ‘purificação’. Ora, que purificação, se ela era virgem Imaculada, sem pecado? Mas, a FAMÍLIA DÁ O EXEMPLO, sem contestar. Durante a adolescência de Jesus, seus pais O educam dentro dos princípios da Lei mosaica (que Ele viria a modificar) obrigando o Jovem a peregrinar todos os anos a Jerusalém, na Festa dos Tabernáculos, (ocasião em que viria a se perder) e freqüentar todos os sábados à sinagoga para aprender as Sagradas Escrituras e os idiomas da época, hebraico, latim e grego. E com o pai José se especiali-zou na profissão, tanto que mais tarde, diante dos seus prodígios, alguém exclamou “Não é Ele o filho do CARPINTEIRO?” (Mt 13,55). Comeu o pão com suor do seu rosto e das suas mãos. Cristo respeitava as autoridades – A missão de Jesus era re-velar o Pai e sua doutrina. Mas para tal, não empregou mais do que três anos. Durante trinta exerceu a profissão de filho, OBEDIENTE, diga-se de passagem: “E lhes era SUBMISSO” (Lc 2, 51). O título com os discípulos mais o obsequiavam era de Mestre, Professor. Hoje nossos políticos aprovaram uma legislação que proíbe os pais e professores de punir os filhos e alunos. Em uma escola brasileira, um aluno ameaçou a professora: “Não erga a sua voz porque se não eu levo a senhora ao Promotor”... Atualmente vige no País uma cultura de desrespeito às Au-toridades. (Não vamos agora discutir se elas merecem ou não o respeito. Seria assunto para outros artigos). Fixemos, todavia, os olhos no com-portamento de Cristo, diante do supremo Juiz Pilatos, injusto e covarde, que o condenaria à crucifixão: “O poder que possuis sobre Mim, te foi dado do ALTO”. E nós, brasileiros, colocamos todas as autoridades, pais, professores, juiz, delegado, fiscais, prefeitos, governadores, presidentes, todos num balaio e entendemos que podemos mandá-los para aquele lugar..., sem o menor constrangimento. Mais tarde, São Paulo, preso sem razão alguma, escreve a famosa Epístola aos Romanos, rogando orações às Autoridades, seus carcereiros! Cristo dá a vida por seus irmãos – E para fechar a Sua exis-tência, como exemplo derradeiro de patriotismo, Cristo MORRE cru-cificado pela salvação dos seus irmãos. O inteligente Leitor conheceria algum político brasileiro que deu a vida por seus compatriotas? Quiçá, Tiradentes... Mas foi há tanto tempo!!!

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Setembro de 20178 Boletim Informativo da Diocese de Frederico Westphalen

Retiro do Clero DiocesanoEntre os dias 31 de julho e 4 de agosto, o clero da Diocese de Fre-

derico Westphalen vivenciou mais um retiro anual, em Veranópo-lis, no Recanto Marista Medianeira. A grande maioria dos padres

esteve presente, além de todos os diáconos da diocese, tanto os que se preparam para a ordenação presbiteral como os diáconos permanentes. Também participou dos retiro o bispo diocesano, D. Antônio Carlos. Sob orientação do Pe. Vitor Sequeiros, Diretor Espiritual do Seminário Maior Beatos Manuel e Adílio em Viamão, o clero foi guiado num caminho de reflexão sobre o progresso espiritual do sacerdote, a partir dos ensinamentos de Santo Inácio de Loyola. Foram muitos mo-mentos de oração pessoal e comunitária, meditação da Palavra de Deus, reflexão orientada e celebrações. Dias de intensa oração. Para Pe. Vilmar Rodrigues “o retiro foi maravilhoso. Veio ao encontro da ânsia por mais vida. Ótimo aprofundamento no que se refe-re a espiritualidade e ação”. E o Diácono João Paulo Pascoal, em sua primeira experiência no retiro do clero, destacou o encontro com os demais padres. Para ele “a oportunidade de conviver e participar das reflexões espirituais, neste retiro, com todo presbitério é, sem dúvida, inspiradora. Pois olhando para aqueles que há tempo se dedicam com profundidade de alma ao seu ministério e ouvindo os desafios que enfrentaram e ainda enfrentam sem esmorecer, me faz perceber a importância da vida espiritual para que nunca se perca a confiança na graça de Deus”. Em 2018, o retiro está marcado para os dias 02 a 06 de abril.

XX Encontrão de Famíliasuma chuva de bênçãosManhã chuvosa do dia 27

de agosto na cidade de Tiradentes do Sul. Dia

do XX Encontrão de Famílias organizado pela área pastoral de Três Passos. Depois de meses de preparação e organização o gran-de momento chegou e com ele as chuvas, que poderiam ser um grande empecilho para as pesso-as participarem. Na verdade, não foi isso que aconteceu. Enquanto a chuva caiu, regava as plantações e enchia as lagoas, muitas famílias enchiam o salão paroquial de fé e devoção. Lá do céu Deus derra-mava chuvas e Nossa Senhora derramava bênçãos. Muitos corações saíram transbordantes ao ouvirem as pa-lavras do Irmão Rodrigo Gomes Carezolli, que falou sobre as gra-ças e bênçãos que Nossa Senhora derramou sobre o seu povo ao lon-go da história da salvação. Nossa Senhora que apareceu em Fátima e no Brasil para nos mostrar o caminho do céu. A família tem a

missão de gerar filhos para o céu. Na oração que os pais ensinam, muitos filhos encontram o cami-nho do céu. O padre Jorge Miguel Martinez Florentin, em suas pa-lavras, tendo como fundo musical os pingos da chuva e silêncio in-terior daqueles que o ouviam, fa-lou da finalidade do ser humano. Assim, como a chuva tem a fina-lidade de regar os campos e fazer nascer às plantas, o ser humano tem na finalidade de nascer para o céu. A finalidade do homem é conhecer, amar e servir a Deus e conduzir a família para o céu. No domingo, da profis-são de fé de São Pedro, Dom An-tônio Carlos Rossi Keller, falou na sua breve reflexão pela parte da tarde, que precisamos crer na família. Construir as famílias so-bre a rocha firme da fé para que as águas do relativismo, do mun-danismo e da mídia não afoguem e não arrastem as famílias para a destruição. Realizar um encontro com as famílias: é crer nas famí-lias, concluiu Dom Antônio. As chuvas de graças não paravam de cair. O grupo de jo-vens de Tenente Portela realizou

uma encenação relatando impor-tância de Maria na história da Sal-vação: a criação, a destruição da criação pelo pecado, a promessa da salvação concretizada em Ma-ria e as aparições de Nossa Senho-ra mostrando o caminho do céu. Tudo isso, acompanhado de uma bela narração teológica e espiritu-al. Músicas ao vivo de acordo com a encenação e uma bela expressão artística dos jovens deixou ainda mais vivencial o momento. En-quanto a chuva continuava rolan-do, rolavam também lágrimas no rosto daqueles que vivenciavam a encenação. Para encher o coração das famílias e fazer transbor-dar no caminho da missão, o encontro encerrou-se no ponto mais alto: na Santa Missa presi-dida por Dom Antônio Carlos e concelebrada pelos sacerdotes. Assim, chegava ao final o XX Encontrão de Famílias na cidade de Tiradentes do Sul, tendo com o tema: Maria, Mãe das Famílias. No próximo ano estaremos em Tenente Portela para XXI En-contrão de Famílias. Que Nossa Senhora continue derramando graças sobre as famílias.

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Setembro de 2017Boletim Informativo da Diocese de Frederico Westphalen 98

Escola Nossa Senhora Auxiliadora 70 Anos 1947-2017

Vivendo a graça, vencendo desafios, construindo educação.

A Escola Nossa Senhora Auxiliadora, da Congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria, comemora neste ano de 2017, o Jubileu de 70 anos. So-mos convocados a reconhecer, louvar e agradecer a presença viva e atuante de Deus no caminho iniciado por Bárbara Maix e suas companheiras em Viena Capital da Áustria, percorrido até nossos dias, no Estado do Rio Grande do Sul e outros países.

A primeira semente de vida congregacional foi lançada no dia 08 de maio de 1843, em solo vienense, congregando jovens, secretamente, que teceram o plano de fundar uma Congregação, mas foram impedidas, por questões do contexto político-social liberal de sua época. Perseguidas em sua pátria, decidem realizar este sonho, de maneira corajosa, indo para a América do Norte. Mas a mão de Deus dá novo rumo ao curso da história, quando as futuras Irmãs emigram de Viena para o Brasil. Chegam ao Rio de Janeiro, aos 09 de novembro de 1848, e são acolhidas no Convento Nossa Senhora da Ajuda. Em seguida, no dia 08 de maio de 1849, iniciam a primeira Congregação feminina, de vida ativa no Brasil – Congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria. Neste contexto, redescobrimos a missão que Bárbara nos legou, cultivar uma postura de fidelidade criativa ao Carisma Fundacional – “Busca contínua da Vontade de Deus, caracterizada pelo seguimento radical a Jesus Cristo, que veio para cumprir os desígnios do Pai. Supõe uma atitude de total e permanente dispo-nibilidade aos apelos da Igreja, em cada momento histórico. (Constituições 1987) No próximo ano, Comemoramos o Bicentenário de Bárbara Maix - 200 ANOS – “Um Projeto de VIDA e ESPERANÇA”, que é seguido pelas Irmãs do Imacu-lado Coração de Maria e leigos.

Processo histórico da Escola Auxiliadora – 1947 a 2017

Em 1942, Pe. Vitor Batistella, entre algumas de suas idealizações: Catedral, Rádio, Hospital, Pré-Seminário, sonhou também com uma escola de religiosas podendo assim, incutir a doutrina cristã na comunidade. Formou comissão e

apoiado pela equipe o sonho se realizou. Em seguida foi eleito presidente, para reali-zar a Obra e teve como seu secretário João Muniz Reis. A Escola Nossa Senhora Auxiliadora começava a tomar forma, quando em 1942 aconteceu o Lançamento da Pedra Fundamental e o início da obra, sendo recompensado como padrinho Benjamin Cerutti, grande colaborador.

Em 16 de dezembro de 1946, foi inaugurada a instituição, com a presença do Bispo de Santa Maria, Dom Antônio Reis. Grande multidão de povo acompa-nhou a inauguração. Em frente à porta principal do Co-légio, foi por Dom Antônio, rezada missa campal. A seguir, o Bispo lançou a benção à parte externa do edifício e à imagem de Nsa. Sra. Auxiliadora que se ostentava no frontispício do Colégio, da qual foram ofertantes e paraninfos de bênção o casal Santo Cerutti e esposa. Padre Vitor deixou registrado seu orgulho pela obra: “Após quatro anos de esforços, o colégio está em fim concluído”.

Com certeza, os investimentos projetados pelo Pe. Vitor Batistella, tinham a marca da educação com raízes profundas envolvendo o processo de construção pelo trabalho dos alunos que passaram pelos bancos da Escola Nossa Senhora Au-xiliadora. Além da estima que Pe Batistella possuía pelas irmãs, a escolha destas teve a influência do Pe. Luiz Sponchiado. Quando ainda seminarista, Luiz dedicava-se nas férias a descobrir e encaminhar vocações para o Colégio, preferindo a Congre-gação do ICM. A semente vocacional lançada pelo animador vocacional Pe Luiz, rendeu frutos e hoje a Congregação do ICM, conta com mais de 85 Irmãs consagradas à Vida Religiosa, na região do Alto Uruguai. Em 1960, aconteceu a abertura do Curso Normal (Magistério), acolhido com muito orgulho pelo povo de Frederico Westphalen, formando mais

de 1.396 professoras (es) servindo a Educação junto ao povo frederiquense. A escola formou mais de 4.214 alunos provenientes desta cidade e de municípios vizinhos. Contando com mais de 201 funcionários até o momento presente. Celebrar 70 anos de Fundação do Auxiliadora, retoma a fonte de onde brota o Carisma e a Missão das Irmãs do Imaculado Coração de Maria. Uma escola de vida que foi sendo tecida ao longo da História, sustentada pelos pilares: Acolhimento, Educação e Com-promisso. Pilares que nos apontam uma educa-ção mística que brota do centro Evangelho, que aponta novos caminhos e o sonho com a vitória da vida: 70 anos de História, sustentáculo da vida cristã e da dignidade humana.

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Setembro de 201710 Boletim Informativo da Diocese de Frederico Westphalen 9

“Quando escola e família andam junto os horizontes se ampliam”.

Unidos somos mais fortes, podendo assim, conduzir esta Obra, como diz Bárbara Maix Fundadora da

Congregação: “Esta Obra não é minha, ela é de Deus, Ele há de concluí-la e há de ajudar-me a levá-la em frente”.

A festa do Jubileu nos convida renovar a aliança de compromisso com o Projeto de Javé e com a Igreja, de modo especial, com a Igreja da Diocese de Frederico Westphalen, onde Deus nos confia a missão de educar preparando vidas para o futuro.

Gratidão a todos pela vida doada nestes 70 anos de caminhada da Escola Nossa Senhora Auxiliadora. Uma escola que perdurará por muitos anos. É Deus que vai a nossa frente, para dar continuidade a história da Escola Auxiliadora. Conforme carta da Bem- Aventurada Bárbara Maix, usamos suas palavras para agra-decer a todos os educadores e bem feitores desta escola: “Dou-vos mil Parabéns, neste dia, pela missão cultivada entre crianças, adolescentes, jovens e adultos todos envolvidos nesta tarefa de bem educar cada ser humano! Cuidar da vida, da verdade, do bem, do belo, tornar-se pessoas aptas e úteis para a vida e para a sociedade.” (Bárbara Maix) Irmã Oraide Luza (Fonte: Documentos da Congregação)

Promover uma educação integral e de qualidade garantindo o direito à cidadania, cultivo de valores e a construção de

conhecimentos do educando, a fim de desenvolver cidadãos comprometidos na sociedade.

70 anos Construindo Educação em solo Frederiquense.

Funcionários da escola

Reformulação dos brinquedos

Refeitório

Cozinha

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Setembro de 2017Boletim Informativo da Diocese de Frederico Westphalen 11

Interativo Jovem

Nesta edição o “Perfil Vocacional”, conta prevemente um pouco sobre origem, família, despertar vocacio-nal, formação e trabalhos pastorais de Monsenhor Luiz Dalla Costa. Monsenhor Luiz Dalla Costa1. Fale sobre sua origem e o despertar vocacional. Deus dá o dom da vocação, mas coloca também pessoas para ajudar que esta vocação desperte. Minha vocação teve origem na família humilde e simples de agricultores. Neste am-biente dois valores me marcaram fortemente: o trabalho diário na lavoura e a vida cristã onde ir a missa aos finais de semana e a recitação do terço em família eram compromissos quase insubstituíveis.

2. Como e onde foi sua formação para o sacerdócio? A formação se prolongou na catequese e na escola. Estudei meu primário no Colégio Nossa Senhora Menina de Caiçara. As irmãs sempre perguntavam quem queria ser padre. Não era vergonha levantar a mão no meio da turma. Assim fui recebendo apoio e encaminha-mento para o seminário. Até que 1978, com 19 anos de idade tomei a decisão de entrar no seminário Menor Nossa Senhora Medianeira de Frederico Westphalen, estudando no Colégio José Cañellas. Fiz Filosofia no Seminário Maior Nossa Senhora Imaculada Conceição de Viamão e Teologia no Instituto de Teologia e Pastoral de Passo Fundo.

3. O que mais marcou ou marca seu ministério? Há muita coisa que marcaram minha vida sacerdotal. Fazer parte do presbitério da Diocese de Frederico Westphalen. Buscar sempre a comunhão, a caridade. Uma mar-ca profunda foi ter acompanhado Dom Bruno Maldaner. Nesse período destaco o trabalho como Coordenador Diocesano de Pastoral, Ecônomo, Vigário Geral e ter participado desde o começo do processo de beatificação dos Beatos Manuel e Adílio.

4. E hoje, como é ser padre? É ser outro Cristo inserido num mundo globalizado, submetido continuamente a rápi-das mudanças e a inúmeros questionamentos e indagações. O Documento de Aparecida nos coloca diante de uma grande exigência, ou seja, diante de uma Igreja em estado permanente de missão. Isso implica numa conversão pastoral; numa renovação eclesial. Ser padre hoje é amar e servir a Igreja de Cristo como diz também meu lema de ordenação sacerdotal: “Eu, sendo totalmente livre, fiz-me servidor de todos, para ganhar o maior número possível” (1Cor 9,19).

Carta do Papa Francisco aos Jovens Brasileiros Queridos jovens, escreve o Santo Padre. Saúdo afetuosamente todos vós, jovens do Brasil, reunidos em Aparecida para o encerramento do “Projeto Rota 300”, nesse Ano Mariano que comemora os 300 anos do descobrimento da imagem de Nossa Senhora nas águas do Rio Paraíba do Sul. Para tal ocasião, gostaria de ressaltar um aspecto da Mensagem que vos escrevi este ano, para a XXXII Jornada Mundial da Juventude: a Virgem Maria é um precioso exemplo para a juventude e um auxílio na caminhada pela estrada da vida. Para que vocês possam perceber esta verdade, não são necessárias grandes reflexões; basta contemplar a imagem da Mãe Aparecida, durante a peregrinação que farão no seu Santuário Nacional. Eu mesmo fiz essa experiência, quando aí estive em 2007, por ocasião da V Conferência do Episcopado Latino-americano e, depois em 2013, durante a JMJ no Rio de Janeiro. Pude ali descobrir, observa ainda Francisco, no olhar terno e maternal da Virgem morena e nos olhos da gente sim-ples que a contemplava, o segredo da esperança que move o povo brasileiro a enfrentar com fé e coragem os desafios de cada dia. Pude também contemplar a força revolucionária de uma Mãe carinhosa que move o coração dos seus filhos a saírem de si mesmos com grande ímpeto missionário, como aliás vocês fizeram durante a semana missionária, que acabam de concluir no Vale do Paraíba. Parabéns por este testemunho! Caros amigos, disse o Santo Padre, no meio das incertezas e inseguranças de cada dia, da precariedade que as situa-ções de injustiça criam ao vosso redor, tenham sempre uma certeza: Maria é um sinal de esperança que vos animará com um grande impulso missionário. Ela conhece os desafios que estais vivendo. Com a sua atenção e acompanhamento materno, vos fará perceber que não estais sozinhos. Nesse sentido, acrescenta o Pontífice, vale a pena recordar a história daqueles pescadores pobres, que depois de uma pesca sem grandes resultados, no rio Paraíba do Sul, lançaram mais uma vez as suas redes e foram surpreendidos com uma imagem partida de Nossa Senhora, coberta de lama. Primeiro acharam o corpo, logo em seguida a cabeça. E tal como comentei aos Bispos brasileiros em 2013, disse ainda Francisco, o fato traz em si um simbolismo muito significativo: aquilo que estava dividido, volta à unidade, como o coração daqueles pescadores, como o próprio Brasil colo-nial, dividido pela escravidão, que encontra a sua unidade na fé que aquela imagem negra de Nossa Senhora inspirava (cf. Discurso aos Bispos do Brasil, 27/7/2013). Por isso, observa o Papa, convido-vos também a deixarem que os vossos corações sejam transformados pelo encon-tro com Nossa Mãe Aparecida. Que Ela transforme as “redes” da vossa vida – redes de amigos, redes sociais, redes materiais e virtuais -realidades que tantas vezes se encontram dividas, em algo mais significativo: que se convertam numa comunidade! Comunidades missionárias “em saída”! Comunidades que são luz e fermento de uma sociedade mais justa e fraterna. Assim, integrados nas vossas comunidades, não tenhais medo de arriscar e de se comprometer na construção de uma nova sociedade, permeando com a força do Evangelho os ambientes sociais, políticos, econômicos e universitários! Não tenham medo de lutar contra a corrupção e não se deixem seduzir por ela! Confiantes no Senhor, cuja presença é fonte de vida em abundância, e sob o manto de Maria, vós podeis redescobrir a criatividade e a força para serem protagonistas de uma cultura de aliança e assim gerar novos paradigmas que venham a pautar a vida do Brasil (cf. Mensagem à Assembleia do CELAM, 8/5/2017). Possa o Senhor, pela intercessão da Virgem Aparecida, renovar em cada um de vós, a esperança e o espírito mis-sionário. Vós sois a esperança do Brasil e do mundo. E a novidade de que sois portadores, já começa a construir-se hoje. Que Nossa Senhora, que na sua juventude soube abraçar com coragem o chamamento de Deus na sua vida e sair ao encontro dos mais necessitados, possa estar em frente na vossa caminhada, guiando-vos em todos os vossos caminhos! E para tal, envio à cada um, assim como também aos vossos familiares e amigos, a Bênção Apostólica, pedindo que, por favor, não deixem de rezar também por mim, concluiu dizendo o Papa Francisco. Fonte CNBB

O Papa Francisco enviou uma carta aos jovens brasileiros por ocasião do encerramento do “Projeto Rota 300”, que se concluiu no dia 29 de Julho com uma grande festa no Santuário Nacional de Nossa Senhora de Aparecida, na cidade de S. Paulo, no Brasil.

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Setembro de 201712 Boletim Informativo da Diocese de Frederico Westphalen

Seja um doador e apoiador da Pastoral da Pessoa Idosa da nossa Diocese. Faça a sua doação de qualquer valor na seguinte conta:

Banco do Brasil Agência: 0680Conta: 26926-3

Nos ajude a continuar este belo trabalho junto aos nossos idosos!

Palavra de Deus para nós, hoje

A Palavra de Deus lida pes-soalmente ou proclama-da na celebração litúrgica

torna-se Palavra viva de Deus para nós, hoje. Sua Palavra é sempre atual, sempre nova, sempre provocante e ilumina-dora.

Através dos textos bí-blicos, Deus dirige a sua Pala-vra de vida, de amor e de salva-ção para nós hoje, aqui e agora. Na celebração litúrgi-ca, a homilia é um momento es-pecial de atualização da Palavra

de Deus. A Palavra de Deus nos ensina a viver do jeito que o agrada. Somente seus ensi-namentos podem julgar nosso coração. Diante da Palavra, nossas palavras, gestos, ações e intenções se revelam bons ou

maus. A Palavra estimula nossa conversão ao Reino para que tenhamos sentimentos retos e agradáveis a Deus e deixemos de lado o egoísmo, o orgulho, a injustiça, enfim, tudo aquilo que impede nossa comunhão

com Deus e entre nós. “A Palavra de Deus ouvida e celebrada, sobretudo na Eucaristia, alimenta e refor-ça interiormente os cristãos e torna-os capazes de um autên-tico testemunho evangélico na vida diária” (Papa Francisco. A alegria do Evangelho, n. 174). Na parábola do seme-ador (Mt 13,1-23), Jesus nos convida a escutar a sua Palavra. Precisamos ser a terra boa e pronta para acolhê-la em nosso coração. Para isso, precisamos estar permanentemente numa atitude de escuta e de adesão à vontade do Senhor. Jesus nos ensina que seus discípulos precisam desen-volver algumas atitudes funda-mentais: “O que caiu em terra boa são aqueles que, ouvindo com um coração bom e genero-so, conservam a Palavra e dão fruto pela perseverança” (Lc 8,15). “Assim, três palavras-chave resumem a condição do discípulo de Jesus: ouvir, guar-dar, frutificar” (Núcleo de Cate-quese Paulinas. Mistagogia: do visível ao invisível, p. 101). O amor de Cristo cres-ce em nossa vida na medida em que ouvimos a sua Palavra, a acolhemos em nosso coração e a colocamos em prática. Jesus nos diz: “Felizes, sobretudo, são os que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática” (Lc 11,28. Nossa felici-dade mais profunda de discípulos consiste em escutar a Palavra de Jesus e transformá-la em vida.

“A Palavra de Deus ouvida e celebrada, sobretudo na Euca-ristia, alimenta e reforça interiormente os cristãos e torna-os

capazes de um autêntico testemunho evangélico na vida diária” (Papa Francisco. A alegria do Evangelho, n. 174).

Pastoral daPessoa Idosa de Tiradentes do SulA população de Tiradentes do Sul está envelhecendo. Os jo-

vens saem cedo em busca de trabalho e estudo, deixando seus pais e avós. Os idosos que habitavam o meio rural

acabaram migrando para a cidade, permanecendo mais próxi-mos dos atendimentos médicos e demais recursos. Em cada rua, em cada quadra, encontramos dezenas de idosos. Pensando no bem espiritual, os idosos além de serem visitados pela Pastoral da Pessoa Idosa (PPI), foram organizados em 10 grupos de oração, que é realizado nas casas, todas as se-manas. O encontro fica próximo das casas e facilitando a parti-cipação. O grupo se reúne para conviver, rezar o Terço e receber catequese do sacerdote. Os grupos têm de 10 a 20 participantes. Tudo isso, colabora para o fortalecimento espiritual e a convi-vência. Muitas são as viúvas e tais grupos são um amparo para não caírem na solidão. Não se trata de um trabalho da pastoral da Pessoa Idosa propriamente dito, mas muito colabora para o fortalecimento da pastoral, que está atuando desde novembro de 2012. A pastoral não deixa de atender os idosos das demais re-ligiões, pois é um organismo vinculado a conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e atua de forma ecumênica. Em termos de números, a PPI de Tiradentes do Sul, conta atualmente com 18 lideres, da cidade e do interior, visitan-do mensalmente em torno de 170 idosos. Em 2015 com o auxí-lio espiritual, do padre Rudinei Negri, diversas atividades foram desenvolvidas: visitas do padre a todos os idosos atendidos, ce-lebrações nas comunidades para os idosos, encontro mensal de avaliação e estudos com as lideres.

A missão principal dos lideres é levar até os lares uma presença confortadora, valorizando cada idoso. Para ser um lí-der com uma presença significava é necessário alimentar a espi-ritualidade e ter um coração voltado para Deus. Ter um espírito solidário e voltado para o outro. Viver para o outro, uma entrega generosa e amorosa. Sendo também, uma ponte entre a família e os serviços prestados pelo poder público, para que nenhuma pessoa fique abandonada ou distante dos recursos disponíveis. A Pastoral da Pessoa Idosa de Tiradentes do Sul, está bem organizada, mas precisa ser fortalecida cada vez mais, pois as necessidades crescem a cada ano. Em poucos anos teremos de 200 a 400 idosos para serem atendidos, por isso necessitamos dobrar o número de lideres para poder abarcar a emergente ne-cessidade. A pastoral constantemente está em busca de novos lideres. Contamos com a generosidade daqueles, que de bom co-ração queiram unir-se nessa valiosa missão, atendendo o grande apelo de Jesus: “Estive doente (idoso) e me visitantes”.

Foto meramente ilustrativa

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Setembro de 2017Boletim Informativo da Diocese de Frederico Westphalen 13

Setembro - Mês da Bíblia

1) Jesus nasceu em que cidade? A) Nazaré B) Belém C) Jerusalém

2) Os 10 mandamentos foram entregues por Deus a: A) Abraão B) Moisés C) Jesus

3) Qual o nome do último livro da Bíblia?A) Genesis B) Colossenses C) Apocalipse

4) Quantos livros contém a Bíblia? O Antigo Testamen-to? O Novo Testamento? A) 62 – 44 – 26 B) 73 – 46 – 27 C) 72 – 28 – 64

5) Os 5 primeiro livros da Bíblia são chamados de?A) Deuteronô B) Pentaronômio C) Pentateuco

6) Qual desses nomes não é um livro da Bíblia? A) Abdias B) Moisés C) Naum

7) Qual desses livros é do Antigo Testamento? A) Colossenses B) Hebreus C) Habacuc

8) Qual desses livros é do Novo Testamento? A) 1Tessalonicenses B) Tobias C) 1Samuel

9) Qual desses livros está na Bíblia? A) Rafael B) Esdras C) Proviático

AssembleiaEstadual da Pastoral

Aconteceu de 17 a 19/08/2017, em São Miguel das Missões,

a assembléia estadual da Pas-toral da Criança do Rio grande do Sul, com a participação da Coordenadora Nacional, Irmã Veneranda e do Bispo Refe-rencial do Estado Dom Lírio. Na ocasião fomos in-formados, das melhorias que vem ocorrendo neste trabalho, como a criação de aplicativo no celular para a visita domi-ciliar, que informa on-line a condição da criança, mais o es-tadiômetro que mede o índice

de massa corporal. Mas a maior ênfase foi: que oportunidades que nossas crianças têm para seu crescimento, na educação, na condição de moradia (sanea-mento básico) e principalmente a inclusão dos valores morais e espirituais, (evangelização). Todas as dezoito dio-ceses participantes, também fizeram um relato do que foi feito, e o que ainda falta fazer.

A Coordenadora diocesana de Frederico Westphalen, Nelacir Santos apresentou o seguinte relatório: temos a Pastoral da Criança em 15 das 56 paróquias da diocese, pelo último censo do IBGE temos 14.878 de crianças pobres, das quais atendemos 2.191= 13,4%. Os índices de pobreza são grandes devido à quantidade de indígenas existentes em nossa dioce-se.,e as dificuldades em se trabalhar com eles. A meta para 2018 é retomar a Pasto-ral da Criança nas paróquias,

de Palmitinho e de Ametista do Sul que tem 60,5% de crianças de 0 à 6 anos na fai-xa da pobreza. Como esta assem-bléia era eletiva, também aconteceu a reeleição de Marli Ludwig Coordenadora Estadual para o período de mais quatro anos.

Nelacir SantosCoordenadora Diocesana

da Pastoral da Criança

10) Os 4 primeiros discípulos chamados por Jesus foram?A) João, André, Tiago e Simão B) Lucas, André, Mateus e Simão C) Mateus, Tiago, João e André

11) Jesus curou uma parente de Simão Pedro, quem era? A) mãe B) avó C) sogra 12) Qual era a profissão de Levi? A) Pescador B) Carpinteiro C) Coletor de impostos

13) Estes fazem parte dos 12 Apóstolos: A) Filipe, Bartolomeu, Alfeu e André B) Simão, Judas, Tiago e Tadeu C) João, José, Tiago e Tomé

14) Jesus curou a filha de um chefe da sinagoga, qual o nome dele? A) Jairo B) Jaime C) Jandir

15) Jesus curou um cego em Jericó, qual era seu nome? A) Bartolomeu B) Bartuni C) Bartimeu

Teste seu conhecimento sobre a Bíblia: Respostas: 1B; 2B; 3C; 4B; 5C; 6B; 7C; 8A; 9B; 10A; 11C; 12C; 13B; 14A; 15C.

da Criança

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Setembro de 201714 Boletim Informativo da Diocese de Frederico Westphalen

Bíblia

Bíblia: Deus presente através da Palavra “Nos livros sagrados, o Pai que está nos céus vem amo-rosamente ao encontro de Seus filhos, a conversar com eles” (DV 21). Essa frase presente na Cons-tituição Dogmática “Dei Verbum”,

escrita durante o Concílio Vatica-no II, mostra a grande importância que a Bíblia tem para a Igreja. Por isso, o mês de setembro é dedicado à Palavra de Deus. E o dia 30 de Setembro é o Dia da Bíblia. Esta data foi estabelecida

“Nos livros sagrados, o Pai que está nos céus vem amorosamente ao encontro de Seus filhos, a conversar com eles” (DV 21).

por ser o dia de S. Jerônimo, que foi o tradutor da Bíblia para o latin, o que permitiu que a Palavra de Deus fosse bas-tante lida. Jerônimo nasceu na Dalmácia, por volta do ano de

347. Foi presbítero e doutor da Igreja. Viveu longo tempo em Belém, trabalhando na tradu-ção da Bíblia. E faleceu no dia 30 de setembro de 430. Com o tempo, a Bí-blia se popularizou, hoje é o

livro mais vendido no mun-do. Contudo, a Bíblia não é apenas um livro, mas é a Revelação de Deus através das palavras humanas. Além de que, a palavra bíblia tem

origem no termo grego Bi-blos, que significa livros. Ou seja, a Bíblia não é somente um livro, mas contém vários livros. Ao todo são 73 livros. No Antigo Testamento 46 e no Novo Testamento 27.

Aproveitando o mês da Bíblia, é um bom momento para lem-

brar como ler e como não ler a Palavra de Deus. Pois, se lida de modo inadequa-do, corre-se o risco de per-der o verdadeiro sentido da Bíblia, que é conhecer a Revelação de Deus. Por-tanto, a primeira forma de não ler a Bíblia é a leitura fundamentalista: Essa forma de lei-tura não leva em conta o que os textos bíblicos di-zem por trás das palavras. É importante ter presente que nem tudo na Bíblia deve ser entendido ao pé da letra, ou seja, exatamente como está escrito. Uma leitura funda-mentalista pode levar a uma compreensão errada e a fi-car sem a verdade de Deus. Assim, a leitura fundamentalista pode levar as conclusões contrárias do plano de Deus. O fun-damentalista não faz dife-rença entre o que é recado de Deus e o que é produto da cultura e da situação dos

São Jerônimo

vários povos que escreveram a Bíblia. A própria Bíblia comprova a impossibilidade da leitura fundamentalista, pois traz consigo várias con-tradições, entre elas:- Em Mt 7, 21, Jesus diz que nem todo aquele que fala “Senhor, Senhor” entrará no Reino dos Céus. Mas em Mt 12, 37 Ele diz que é pelas nossas palavras que seremos justificados ou condenados.- No relato da Arca de Noé, aparece em Gn 6, 19-22 que Noé levou dois animais de cada espécie. Já em Gn 7, 2-5, ele tomou sete pares dos animais puros. Porém, não por isso devemos desacreditar na Bíblia, mas sim lê-la com a atenção que é necessária. Atenção que leva a descobrir o que é simbologia, parábola, oração na Sagrada Escritura. Da mesma forma, é preciso evitar uma leitura es-piritualista: que é ler a Bíblia buscando somente a salvação pessoal, sem preocupar-se com os demais. A leitura es-piritualista não leva em conta

a dimensão social e comu-nitária da Palavra de Deus. É uma leitura com possibi-lidade de valorizar apenas os textos mais agradáveis da Bíblia. Ler só o que agrada. Por fim, é preciso também ter cuidado com a Leitura esotérica, em que a Palavra de Deus é lida como um livro de fórmulas mágicas. Mas a Bíblia não é um manual, que abrindo ao acaso, vai dar a solução para as situações de emer-gência. Também não é um livro de previsões para o futuro. Um exemplo disso é a história em que um ho-mem, com muitos proble-mas, foi até à Bíblia procu-rar receitas mágicas, abriu primeiro em Mt 27,5 e leu: “Ele, atirando as moedas ao Templo, retirou-se e foi enforcar-se”. Depois o ho-mem, assustado, abriu em Lc 10,37b e leu: “Jesus en-tão lhe disse: vai, e também tu fazes o mesmo”. Certa-mente, essa não é uma boa experiência com a Palavra de Deus.

Como não ler a Bíblia Como ler a BíbliaUm bom método de leitura bíblica é a Lectio Divina, ou

Leitura Orante. Esse método propõe quatro passos:

1º passo: Leitura do texto. Escolher um texto, descobrir seu começo meio e fim. Ler o texto com calma e atenção. Ver bem o sentido das pala-vras e de cada frase. Enfim, perguntar: o que diz em si o texto? Qual a mensagem do texto?2º passo: Meditação. É o momento de refletir e atualizar a Palavra de Deus, perguntando o que o texto diz para mim, para nós hoje? Qual a mensagem para nós, hoje?3º passo: Oração. Momento de responder a Deus. Transformar em ora-ção o que foi lido e meditado. Fazer a pergunta: o que o texto me faz dizer a Deus?4° passo: Compromisso. Transformar em compromisso o que foi lido, medi-tado e rezado. A Palavra de Deus deve despertar para novas atitudes, novas esperanças. É ter presente a pergunta: o que ficou em meu coração e me desperta para um novo modo de ser e de agir?

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Setembro de 2017Boletim Informativo da Diocese de Frederico Westphalen 15

Paróquias

Palmeira da Missões

Deus seja louvado, pela segunda experiência missionária que aconte-

ceu na Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, de Caiçara, durante o mês de julho do corrente ano, nas seguintes comunidades: Capela Nossa Sra. Menina - Linha Moraes, Capela Nossa Sra. de Fátima - Linha Rocha, Capela Santa Catarina - Linha Mendes, Capela Nossa Sra. dos Navegantes - Linha Pescoço e Capela Nossa Sra. da Salete - Linha Casa de Barro. Comuni-dades estas pertencentes a refe-rida Paróquia. Na missão foi signifi-cativo o en-contro com as pessoas nas visitas e oração nas famí-lias das co-munidades, o Pároco, Pe. Gelson Natal Fran-cheschi, vi-sitou os do-entes, celebrando o sacramento da Unção dos Enfermos e a Eu-caristia. Na conclusão de cada dia de missão aconteceu uma Celebração Eucarística, com a participação do grupo de mis-sionários e a comunidade onde estava acontecendo a missão. Foi significativo o caminho de formação e espiri-tualidade percorrido pelos mis-sionários na preparação para a missão. Foi um tempo especial,

Experiência missionáriaCaiçara

de conhecer mais Jesus, que é o missionário por excelência, de encantar-se pela Sua proposta, de ouvir o apelo do Papa Fran-cisco que nos convida a sermos uma Igreja Missionária, uma Igreja em saída, uma Igreja que vai ao encontro das pessoas. Também é válido res-saltar toda a preparação das comunidades para a missão. Isso se manifestou na acolhida ao grupo de missionários atra-vés de cantos, cartazes, pala-vras, gestos, na participação na oração da manhã juntamente com os missionários na cape-la, preparação do ambiente, da

alimentação e na convivência durante o dia. O encontro com cada pessoa, com cada realidade, foi uma oportunidade de partilhar a experiência de vida, de fé, de renovar a esperança e a certeza de que Deus caminha ao nossos lado, conduz nossos passos e nossa história. A missão é um tempo de graça, que faz o coração ar-der de alegria e renova o encan-

to de seguir Jesus e anunciar o Evangelho. Ficou o desejo de “quero mais missão”, este de-sejo revela um coração aberto e disponível para ir ao encontro das pessoas com gratuidade; e anunciar o que temos de mais precioso, Jesus Cristo, o Senhor da nossa vida e da nossa Histó-ria. Com o coração agra-decido elevemos ao Senhor nossa prece de gratidão por Ele ter nos acompanhado e ilumi-nado em todos os momentos. Que as sementes lançadas, pos-sam crescer e produzir frutos que permaneçam. Nossa gratidão ao gru-po de missionários pela dedica-ção, alegria, entusiasmo e pelo testemunho de encanto pela Evangelho, ao Pároco, Pe. Gel-son, pelo apoio e incentivo na missão, e a todas as pessoas que com carinho, alegria e generosi-dade trabalharam, contribuíram para que a missão acontecesse. Também agradecemos às co-munidade e famílias que nos acolheram com o coração aber-to e as pessoas que rezaram pelo bom êxito da missão. Que Deus recompense a bondade e a generosidade de cada um. Que Deus nos conceda a graça de conservarmos um coração missionário, e o encan-to pela evangelização e o anún-cio de Jesus, que é o Caminho a Verdade e a Vida.Ir. Patrícia FontanaCongregação Irmãs Nossa Senhora MeninaCaiçara

Aconteceu no dia 18 de agosto, na Paróquia Santo

Antônio de Palmeira das Missões, a solenida-de de lançamento oficial da 43ª Caminhada Bí-blica. Organizado pela Pastoral da Comunica-ção, foram convidados a comunidade e represen-tantes da imprensa para divulgar a programação deste evento, que é Pa-trimônio Cultural do Município. Com o lema “Manifestai a bondade de Deus” e o tema para reflexão da Primeira Carta de São Paulo aos Tessalonicenses, a 43ª Caminhada Bíblica será dia 24 de setembro, Domingo da Bí-blia. Com saída às 6h30min, em frente à Igreja Matriz San-to Antônio e destino à Cape-la Senhor Bom Jesus (Linha Espinilho, interior do muni-cípio), onde os peregrinos são esperados para uma belíssima missa. Esta edição da Cami-nhada está sendo organizada pela Pastoral da Juventude, Jovens Adultos Católicos e

Caminhada Bíblica

Movimento do Cursilho de Cristandade. Nas Caminhadas anteriores foram observadas uma crescente participação da população local e de cida-des vizinhas. Estima-se que, em 2016, 8.000 pessoas te-nham participado, colocando suas intenções e demonstran-do sua fé, neste trajeto de 9 km que liga a Igreja Matriz Santo Antônio à Capela Se-nhor Bom Jesus.

“Juntos com a CNBB pela Evangelização”Atendendo a uma solici-

tação dos bispos para que o sentido da coleta

fosse amplamente conhecido, a CNBB preparou uma pla-taforma na internet com todo o material da campanha que pode ser baixado pelas dioce-ses, paróquias e todos os que puderem ajudar no seguinte link: http://edicoescnbb.rds.land/kit-coleta-nacional.“Juntos com a CNBB pela evangelização” é o mote de preparação para a Coleta Nacional. Dom Leonar-do Steiner, secretário-geral, no vídeo promocional faz o seguinte apelo: “Meus irmãos e minha irmãs: na última Assembleia Geral dos Bispos do Brasil conversamos longamente sobre como ajudarmos a CNBB ser mais evangelizadora e mais missionária criando, assim, espaços maiores na sua sede para podermos ajudar ainda mais as nossas dioceses, os nossos regionais, as nossas comunidades. Os bispos tomaram a decisão de fazer uma Coleta nas nossas dioceses, nas nossas paróquias e comunidades. E essa coleta acontecerá no dia 10 de setembro. Nós convidamos a todas as pessoas, a todos os irmãos e irmãs a generosamente contribuírem para que a nossa Igreja no Brasil continue a ser cada vez mais missionária, continue a ser cada vez mais presente e, desse modo, podermos prestarmos um serviço fecundo para a transformação da sociedade brasileira”.

Tríduos preparatórios, dias 27, 28 e 29 de setembro:- 27/09 - Pe. Ilário Barbieri- 28/09 - Pe. Geronimo Girardi- 29/09 - Pe. Hector Adrián CortezProgramação da festa no dia 01/10/17:6hs – Alvorada Festiva com a bênção aos trabalhadores10hs – Santa Missa12hs – Almoço Festivo13:30hs – Reunião Dançante com a Banda Pérola Negra Ocorrerá o sorteio da rifa, mais de R$ 10 mil reais em prêmios, sendo o 1º Prêmio, uma Moto Honda Fan 125.

01 de Outubro

Festa da Padroeira Santa Terezinha de Erval Seco

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Setembro de 201716 Boletim Informativo da Diocese de Frederico Westphalen

Que alegria!!!Que Deus derrame inúmeras bençãos na sua vida, e que

neste novo ano de vida você esteja cada vez mais perto

de Jesus, e Ele de você!Feliz Aniversário!

CHANCELARIA / CÂMARA ECLESIÁTICADom Antonio Carlos Rossi Keller expediu os seguintes protocolos:Chancelaria:- Licença de Matrimonio Religioso sem civil – Trevisan/Marion- Licença de Matrimonio Religioso sem civil – Carneiro/Losch- Licença de Matrimonio Religioso sem civil – Dutra/Marques- Licença de Matrimonio Religioso sem civil – Girardelo/Calegari- Licença de Matrimonio Religioso sem civil – Guerra/Souza- Licença de Matrimonio Religioso sem civil – Zytikoski/Tressi- Licença de Matrimonio Religioso sem civil – Segnor/Begnini- Licença de Impedimento de Mista Religião (Batismo Válido) – Carneiro/LoschUso de Ordens – OSFS – Paróquia Nossa Senhora Medianeira de Jaboticaba, em favor de Diác. Herold Xavier, OSFS.-Nomeação do novo Conselho Econômico – Paróquia São Martinho Bispo de São Martinho/RS.-Decreto de Nomeação da Coordenação Bíblico-Catequética 2017-2020.-Decreto de declaração de atividade religiosa.-Decreto de Notificação do rescrito de Demissão do Estado Clerical a Roma.-Decreto do Uso Oficial da Bíblia – Tradução CNBB 2017.-Editais aos Párocos das Ordenações Diaconais e Presbiterais 2017.-Editais ao Jornal Luz e Alegria das Ordenações Diaconais e Presbiterais 2017.-Decreto de relação aos Beneficiários da Unimed pertencentes a Diocese de Frederico Westphalen/RS.

Câmara Eclesiástica: No mês de agosto de 2017 a Câmara Eclesiástica de Frederico Westphalen, extensão do Tribunal Eclesiástico Arquidiocesano de Passo Fundo instruiu os seguintes processos: - Processo de Nulidade Matrimonial: Bianchin/Silva.- Processo de Nulidade Matrimonial: Henz/Pawoski

Sentença Definitiva- Processo de Nulidade Matrimonial: Politowski/Bressan.

Jaqueline Forchesatto – Notaria

Dia 01 Sexta:- 8hs: Benção do Fogo Simbólico na Praça Dom Bruno Maldaner – Dom Antonio CarlosDia 02 Sábado- 17h15: Dom Antonio Palestra Emáus Feminino- Centro de formação Bom PastorDia 03 Domingo- 10h: Missa na Festa da Capela Senhor Bom Jesus de Dos Irmãos das Missões- Dom Antonio Carlos- 12h30:Dom Antonio Carlos Almoça e após fala no Encontro dos Movimentos Serra de Passo Fundo e Frederico- Salão Paroquial – Tema: Espiritualidade.Dia 04 Segunda- Reunião Pastoral Presbiteral em Três PassosDia 05 Terça- 9hs – Formação com o Cônego Alexander Mello Jaeger- 13:30hs as 17hs - Reunião do Clero- Dom Antonio CarlosDia 07 Quinta - FeriadoDia 07 a 10 – CLJ Região Celeiro- Centro de Formação Pastoral Bom PastorDia 09 Sábado- 8h30: Palestra CLJ Região Celeiro – Tema jesus Cristo- Centro de Formação Bom Pastor- FW- 15h30 – Crismas em Barra do Guarita- Dom Antonio CarlosDia 10 Domingo- 9h: Crismas Tenente Portela – Dom Antonio Carlos- Dia de coleta nas paróquias para a Reforma da CNBB NacionalDia 12 Terça- 9h: Reunião Secretariado Diocesano de Pastoral- CúriaDia 13 Quarta- 9h30: Dom Antonio Carlos Missa na fazenda Esperança em Braga , presença da Coordenação do Cursilho e após reunião e almoço.Dia 14 Quinta- Dom Antonio Carlos- Campo Novo- CootricampoDias 15 a 17 – Primeira Etapa de Formação dos Ministros Extraordinários da Comunhão Eucarística – Cen-tro de Formação Bom Pastor.Dia 16 Sábado- 15h: Crismas Derrubadas – Dom Antonio Carlos.Dia 17 Domingo- 10h: Missa Romaria Alto Alegre- Encerramento Ano Mariano- Frederico Westphalen- 15h30: Encontro com pastoral familiar e Mon. Leonir na CatedralDia 19 Terça- 9h: Reunião equipe de Liturgia- CúriaDia 20 Quarta - Feriado EstadualDia 21 a 24 - 60º Cursilho Homens – Centro de Formação Pastoral Bom PastorDia 23 Sábado- 9h30: Visita Pastoral em Cerro Grande – Dom Antonio CarlosDia 24 Domingo- 19h: Dom Antonio Carlos- Missa CatedralDia 25 Segunda - Recolhimento do CleroDia 26 Terça- 9h: Reunião do Conselho de Presbíteros- Seminário Menor.- 14h: Reunião dos Cônegos da Catedral – Seminário Menor. Com dom Antonio CarlosDia 27 Quarta- 9h: Reunião Coordenação Diocesana de Catequese-CúriaDia 28 de setembro a 01 de outubro – 60º Cursilho Mulheres – Centro de Formação Pastoral Bom Pastor

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Setembro de 2017Boletim Informativo da Diocese de Frederico Westphalen 17

Palavra do Bispo Pág. 2

As Riquezas da nossa Fé Pág. 7

Pastoral da Criança Pág. 12 O Ano Mariano foi concedido a pedido da CNBB pelo Papa Francisco, e será dedicado a devoção e às comemorações em homenagem a Nossa Senhora de Aparecida por todo o Brasil. Também 2017 é um ano especial para toda a comunidade católica, pois é o ano em que se comemora os 100 anos da aparição de Nossa Senhora de Fátima.

2017 Ano MarianoJubileu de 300 Anos deNossa Senhora de Aparecida

Creio no Espírito Santo

Creluz Pág. 3

Como se celebra o Sacramento do Matrimônio

Catequese Pág. 11

Palavra de Deus para nós, hoje

Perfil Vocacional Pág. 10

Monsenhor Luiz Dalla Costa

Interativo Jovem Pág. 10

Carta do Papa Francisco aos Jovens Brasileiros

Conselhos visitam Usina adquirida pelo Grupo

Assembléia Estadualem São Miguel das Missões