Sete dores de Maria ofício...Um Pai Nosso, uma Ave Maria e um Gloria ao Pai II) A Fuga para o Egito...

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Segundo uma antiga tradição, os cristãos recordam “as sete dores de Nossa Senhora”: momentos em que, perfeitamente unida ao seu

Filho Jesus, pôde compartilhar de modo singular a profundidade de dor e de amor do Seu sacrifício.

Santo Afonso M. Ligori, Doutor da Igreja, em seu livro "Glórias de Maria Santíssima", diz: “Se é certo que todas as graças que Deus

nos concede, como eu tenho por certo, passará pelas mãos de Maria, também tenho por certo que só por meio de Maria

poderemos esperar e conseguir a sublime graça da perseverança final. E certamente a conseguimos, se confiadamente a pedimos sempre a Maria suplicando-lhe por intermédio de suas benditas dores. Pobres daqueles que se afastam desta defesa e deixam de ser devotos de Maria e de se encomendar e Ela em todas as suas

necessidades. Perca uma alma a devoção a Maria e logo ficará em trevas. Ai daqueles que desprezam a luz deste sol”.

Contemplar as sete dores de Maria é mergulhar, como filhos afetuosos, na intimidade do coração da mãe, atalho maravilhoso

de imersão no oceano do amor inesgotável de Deus.

Início:Oficiante: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Todos: Amém!Oficiante: Nós vos louvamos Senhor, e vos bendizemos!

Todos: Porque associastes a Virgem Maria à obra da salvação.Oficiante: Nós contemplamos vossas Dores, ó mãe de Deus!

Todos: E vos seguimos no caminho da fé!

Oficiante: Virgem Doloríssima, seriamos ingratos se não nos esforçássemos em promover a memória e o culto de vossas dores.

Vosso Divino filho tem vinculado a devoção de vossas dores, particulares graças para uma sincera penitência, oportunos

auxílios e socorros em todas as necessidades e perigos e particularmente na hora da morte. Alcançai-nos Senhora, de

Vosso Divino Filho, pelos méritos de Vossas Dores e lágrimas, as graças que necessitamos. Amém

- Vinde vós todos que tendes sede, venham fartar-vos neste manancial de abundantes graças.

As sete dores de Nossa Senhora

Pecadores redimidos,Com o sangue do Senhor,

Atendei, Olhai se existeDor igual a minha dor.

I) A Profecia de Simeão

Oficiante:: Simeão os abençoou e disse a Maria, sua mãe: Eis que este menino está destinado a ser ocasião de queda e elevação de muitos em Israel e sinal

de contradição. Quanto a ti, uma espada te transpassará a alma (Lc 2,34-35).

Leitor 1: Ó magoada senhora e Mãe querida das dores, vejo-vos com trêmulos braços apresentar o vosso Filhinho nos braços de Simeão; e em retorno ouço

este santo velho dizer-vos:” A tua alma será transpassada por uma grande dor aguda”. Já começa a cumprir-se a profecia porque ao ouvirdes estas

palavras começais a sentir a primeira lançada que não sairá mais de vosso terníssimo coração, enquanto estiverdes na Terra. Reparti-a comigo,

alcançando-me a grande dor de minhas culpas, que foram a causa de vossas dores.

Pai-Nosso,

Leitor2: Naquele dia houve uma grande comoção no templo de Jerusalém. Um venerável ancião, sacudido pelo espírito Santo, tomou em seus braços o menino, disse que agora podia dormir em paz porque seus olhos tinham

contemplado o esperado, cujo destino seria destruir, derrubar e levantar, e disse à mãe que estivesse preparada porque também ela seria envolvida no

fragor daquele destino de ruína e de ressurreição. E Ana uma venerável octogenária, sentiu-se repentinamente rejuvenescida e começou a falar

maravilhas daquele menino... No meio da comoção geral, que fazia. Que dizia a mãe?”sua mãe estava admirada das coisas que se diziam”. Mas a mãe deve

ter vivido tão intensamente aqueles episódios que lhe ficaram vivamente gravados os nomes, a idade e as palavras daqueles anciãos e depois de muitos

anos, retransmitiu tudo, fielmente, á comunidade primitiva.A virtude nos apresentada nesta dor é a da santa obediência. Sejamos

obedientes aos nossos superiores, a exemplo de Maria desde o seu sim, porque são eles instrumentos de Deus; e quando a obediência nos trouxer qualquer sacrifício, confiando em Deus, a Ele entreguemos nossas dores e

apreensões, sofrendo de bom grado. Obedeçamos não por motivos humanos, mas pelo amor Daquele que por nosso amor se fez obediente até a morte de

Cruz.

- Dolorosa aguda espadaTranspassou-me o coração

Quando a morte do meu FilhoPredisse-me Simeão.

Primeira Dor

Compadeço-me de Vós, Senhora, Pela dor que

sofreste ao ouvir a profesia de Simeão de que uma espada de

dor Tranpassaria o vosso coração, Mãe de Deus, Ouvi a

nossa prece.Obrigando-vos em memória

desta dor, com:

Um Pai Nosso, uma Ave Maria e um Gloria ao

Pai

II) A Fuga para o Egito

Oficiante: O anjo do Senhor apareceu em sonho a José e disse: Levanta, toma o menino e a mãe, foge para o Egito e fica lá até que te avise. Pois Herodes vai procurar o menino para matá-lo. Levantando-se, José tomou o menino e a

mãe, e partiu para o Egito (Mt 2,13-14).

Leitor 1: Virgem Santíssima e Mãe querida das Dores, vejo-vos sair apressada ao peito virginal o vossa infinito tesouro e correr terra estranha com tantas

fadigas para o salvar da fúria do ímpio Herodes. Repartir comigo essa grande dor. Alcançando-me a graça de fugir de todas as ocasiões de matar em minha

alma a graça divina, o fruto de vossas dores.

Pai-Nosso.

Leitor 2: Nesse momento, Maria está na condição de fugitiva política. A exis-tência do menino ameaçava a segurança do trono. O cetro, para defender a segurança, ameaça a segurança do menino; e este, nos, braços da mãe, tem

que fugir para garantir a existência. Os três fugitivos devem ter-se arrastado fatigosamente durante o dia sobre as areias móveis e sobre o sol escaldante,

passando a noite estendidos na terra, contando com pouca água e o pouco alimento que levava consigo, isto e, o suficiente para uma semana. Para dar

conta dessa travessia, o viajante atual tem que ter o passado diversas noites, sem dormir e ao relento, na desolada Iduméia, a ter percebido como passava por eles pequenos grupos de homens e algumas mulheres com crianças no

peito, e divisá-los taciturnos e pensativos, resignados à fatalidade, enquanto se afastavam na desolação, para uma ignorada meta. Assim viveu a mãe

naqueles dias: de sobressalto em sobressalto, repetindo permanentemente o seu amém.

Maria não se aflige pelas dificuldades em terras longínquas; mas por ver seu filho inocente perseguido, suportou o exílio por amor e com alegria por Deus

fazer dela cooperadora do mistério da salvação. No exílio sofreu provoca-ções, mas as portas do Céu futuramente se abririam para Ela. Esta dor nos

ensina a aceitar as provocações do dia-a-dia com alegria de quem sofre para agradar a Deus. Esse agir e esse procedimento chamam-se santidade. No meio

da dor sofrem os infelizes, entregam-se ao desespero, porque não têm a amizade divina, que traz paz e confiança em Deus. Por isso, somos convidados

a aceitar os sofrimentos por amor a Deus. Exultemos de alegria, porque grande é o nosso merecimento, assemelhando-nos a Jesus Crucificado, que

tanto sofreu por amor a vossas almas!

- Junto ao Filho para o EgitoEu fugi, com dor Atroz

Quando Herodes O buscavaPara dá-lo ao vil algoz.

Segunda Dor

Compadeço-me, Senhora, de Vós, Pela dor que

sofrestes no desterro ao Egito, pobdr e necessitada naquela longa viagem. Fazei, Senhora,

que eu seja livre das perseguições de neus inimigos:

obrigando-vos em memoria desta dor, com:

Um Pai Nosso, uma Ave Maria e um Gloria ao

Pai.

III) A perda do Menino Jesus no Templo

Oficiante: Acabados os dias da festa da Páscoa, quando voltaram, o menino Jesus ficou em Jerusalém, sem que os pais o percebessem. Pensando que

estivesse na caravana, andaram o caminho de um dia e o procuraram entre parentes e conhecidos. E, não o achando, voltaram a Jerusalém à procura

dele. Filho, por que fizeste assim conosco? “Eis que teu pai e eu te procuráva-mos cheios de aflição”. (Lc 2,43b-45.48)

Leitor 1: Mãe Santíssima das Dores! Minha dulcíssima Rainha! Ouço os angus-tiados suspiros com que, por três dias contínuos debulhada em pranto bus-

cais o vosso amável Filho, sem que entre conhecidos e parentes, o encontrais. Reparti comigo esta dor prolongada, alcançando-me a dor de o haver tantas vezes perdido pelo pecado e a graça de nunca mais me apartar dele, até me

unir a Ele para sempre no céu.

Pai-Nosso

Leitor 2: A mãe tomou a primeira caravana e regressou a Jerusalém e andou procurando-o angustiosamente durante três dias. Crêem vocês que a mãe se

alimentou convenientemente durante esses dias? Crêem vocês que Maria descansou suficientemente naquelas noites?Que desapareceram aquelas

espada de incerteza? Ai anda a mãe, perdida entre multidão, entre as carava-nas que entram e saem do templo, olhando ansiosamente por aqui e por ali, perguntando aos sacerdotes e. Nada! Logo se lança à rua repleta de gentes.

Percorre as praças, percorre os mesmos lugares inúmeras vezes perguntan-do, e tudo inútil! Quem de vocês poderá dizer-me o grau de angústia e incer-

teza que marcava o termômetro da mãe?E Deus como de costume em silêncio; e a mãe como de costume abandonada à

sua condição normal: peregrina dolorosa, a que procura e não encontra; metida na encruzilhada e terrível escuridão, como se as coisas acontecessem por acaso, como se tudo acontecesse pela fatalidade cega da história, como se por trás dos fatos não houvesse uma mão providente ou uma mente con-dutora: a noite escura da fé! A mãe, depois de três dias de ansiosa busca, por fim o encontrou. Aqui devemos contemplar as mães que choram ao verem os seus filhos generosos ouvirem o chamamento divino, aprendendo com Maria

a sacrificar o seu amor natural.Almas eleitas chamadas e que sacrificam as afeições mais caras e a sua pró-

pria vontade para servir a Deus! Grande é sua recompensa. Sigam em frente! Sejam generosas em tudo e louvem a Deus por terem sido escolhidas para tão

nobre fim. Vocês que choram pais, irmãos, regozijam-se, porque suas lágri-mas um dia converter-se-ão em pérolas, como as de Maria Santíssima se

converteram em favor da humanidade.

Quem dirá meu sentimento,Desolada me encontreiVendo o Filho perdido

Por três dias O busquei.

Terceira Dor

Compadeço-me, de Vós, Senhora, pela dor que

padecestes, com a perda de vosso Filho em Jerusalém por

três dias. Concedei-me lágrimas de

verdadeira dor para chorar minhas culpas, pelas vezes que perdi a meu Deus, e que o ache para sempre: obrigando-vos em memoria desta dor, com:

Um Pai Nosso, uma Ave Maria e um Gloria ao

Pai.

IV) O encontro com Jesus no caminho do calvário

Oficiante: Ao conduzir Jesus, lançaram mão de certo Simão de Cirene, que vinha do campo, e o encarregaram de levar a cruz atrás de Jesus. Seguia-o

grande multidão de povo e de mulheres que batiam no peito e o lamentavam (Lc 23,26-27).

Leitor1: Mãe Santíssima das Dores e minha terna Senhora escutam os vossos soluços por entre o tropel do povo e soldados, buscando o vosso Jesus. E o

encontrais aí, Senhora, curvado debaixo do grande madeiro, esvaído de forças, lançando-lhes olhares de compaixão, que dobram a vossa amargura.

Reparti comigo essa vossa acerbíssima dor, alcançando-me a graça de conhecer a malícia de meus pecados com que oprimi o ombro de vosso Jesus e

o vosso terníssimo coração.

Pai-Nosso

Voltando-se para elas, Jesus disse:Leitor 2: Filhas de Jerusalém não chorem sobre mim, mas chorai sobre vós mesmas e sobre vossos filhos. Porque virão dias em que se dirá: felizes as estéreis, os ventres que não geraram e os peitos que não amamentaram!

Então dirão aos montes: caí sobre nós! E aos outeiros: cobri-nos!Porque, se eles fazem isto ao lenho verde que acontecerá ao seco?Neste encontro, Jesus

fitou os olhos da Mãe e a fez compreender a dor de sua alma. Não pôde dizer-lhe palavra, porém a fez compreender que era necessário que se unisse à Sua grande dor. A união da grande dor de Maria e Jesus nesse encontro tem

sido à força de tantos mártires e de tantas mães aflitas! Almas que temem o sacrifício aprendam nesta meditação a se submeterem à vontade de Deus,

como Maria e Jesus se submeteram! Aprendam a calar nos seus sofrimentos. No nosso silêncio, armazenamos riquezas imensuráveis! Nossas almas hão de sentir a eficácia desta riqueza na hora em que, abatidos pela dor, recorrermos a Maria, fazendo a meditação deste encontro dolorosíssimo, onde o valor do nosso silêncio se converte em forças, quando nas horas difíceis soubermos

recorrer à meditação desta dor! Como é precioso o silêncio nas horas de sofrimentos! Há almas que não sabe sofrer uma dor física, uma tortura de

alma em silêncio; desejam logo contá-la para que todos o lastimem! Jesus e Maria tudo suportaram em silêncio por amor a Deus! A dor humilha e é na santa humildade que Deus edifica! Sem a humildade, trabalhamos em vão;

vejam, pois como a dor é necessária para a nossa santificação: Pois o homem que sofre, completa na cruz o sofrimento de Jesus, aprendamos a sofrer em silêncio, como Maria e Jesus sofreram neste doloroso encontro no caminho

do Calvário.

- Que martírio na minh'almaEncontrando o meu JesusNo caminho do CalvárioArquejando sob a Cruz.

Quarta Dor

Compadeço-me, de Vós, Senhora, pela dor que

padecestes, vendo Vosso Filho com a cruz sobre seus ombros,

caminhando para o Calvário entre escárnios, e quedas. Fazei, Senhor, que leve com paciência a cruz da

mortificação e dos trablhos: Obrigando-vos em memória

desta dor, com:

Um Pai Nosso, uma Ave Maria e um Gloria ao

Pai.

V) A morte de Jesus na Cruz

Oficiante: “Perto da cruz estavam a Mãe de Jesus e a irmã dela, mulher de Cléofas e também Maria Madalena. E Jesus disse a sua mãe: Ai está o

vosso filho. E a João ele disse: Ai está tua mãe”. (Jo 19,25-27)

Leitor 1: Mãe Santíssima das Dores, minha amabilíssima, que espetáculo é esse que vejo nesse momento! O vosso divino Filho pregado em uma cruz, morrer depois de três horas de uma tormentosa agonia!Reparti

comigo, aflitíssima Mãe, essa vossa dor, alcançando-me a graça de morrer na santa amizade de Deus e em vossos santíssimos braços, dizendo: Jesus e Maria eu vos dou o meu coração e a minha alma.

Pai-Nosso, 3 Ave-Marias, Glória

Leitor 2:“Naquela tarde a fidelidade levantou um altar no cume mais alto do mundo.”

Maria manteve resolutamente o “Faça-se” no calvário,fechou os olhos diante destas evidencias,transcendeu tudo,cravou seus olhos na fé

naquele que esta por trás dos acontecimentos e em cujas mãos estão os fios da historia, depositou nestas mãos um cheque em branco, um voto de confiança; reclinou a cabeça nessas mãos, repetiu uma e outra vez a palavra mágica dos pobres de Deus deste mundo: ”Faça-se” e ficou mais

engrandecida e rainha do que nunca. Foi o holocausto perfeito, a oblação total. A mãe adquiriu uma estatua espiritual vertiginosa; nunca foi tão pobre nem tão grande, parecia uma pálida sombra, mas tinha ao

mesmo tempo a estampa de uma rainha. Na meditação desta dor encontraremos consolo e força para nossas almas contra mil tentações

e dificuldades e aprenderemos a ser fortes em todos os combates de nossa vida. Jesus precisava dar o exemplo, para que seus filhos tivessem a força de praticar uma virtude, que tanto custa aos filhos deste mundo, que têm nas veias a herança do orgulho. Infelizes os que, à imitação dos

que crucificaram a Jesus, ainda hoje não sabem se humilhar! Aprendamos a meditar muitas vezes esta dor, pois ela nos dará força para sermos humildes: virtude amada de Deus e dos homens de boa

vontade.

- Mas, ó céus, ó terra, vede:Dor maior não pode haver

Vendo a morte do meu FilhoFoi milagre eu não morrer!

Quinto Dor

Compadeço-me, de Vós, Senhora, pela dor que

padecestes, vendo morrer Vosso Filho, pregado numa cruz

entre dois ladrões. Fazei, Senhora, que viva crucificado a meus vícios e

paixões: Obrigando-vos em memória desta dor, com:

Um Pai Nosso, uma Ave Maria e um Gloria ao Pai.

VI) A lançada no coração de Jesus e a descida da CruzOficiante: Chegada à tarde, porque era o dia da Preparação, isto é, a véspera de sábado, veio José de Arimatéia, entrou decidido na casa de Pilatos e pediu o corpo de Jesus. Pilatos, então, deu o cadáver a José, que retirou o corpo da

cruz (Mc 15,42).Leitor 1: Ó Mãe! A mais amargurada de todas as mães! Vejo-vos tomar o

vosso divino Filho em vossos braços, mas Ele está morto. Oh! Que imensa dor! É aqui a Rainha dos mártires; à vossa dor, não há dor que se possa

igualar, é um imenso mar de amarguras. Reparti comigo essa vossa dor alcançando-me o dom das lágrimas e a compaixão pelos sofrimentos de

vosso Divino filho, meu Salvador. Fazei com que essa vossa dor penetre bem no íntimo de minha alma, e me dê à fome de receber a Sagrada Comunhão.

Pai-Nosso

Leitor 2: Com a alma imersa na mais profunda dor, Maria viu Longinus transpassar o coração de seu Filho, sem poder dizer uma palavra! Derramou

muitas lágrimas... Só Deus pode compreender o martírio desta hora, na alma e no coração! Depois depositaram Jesus em seus braços, não cândido e belo como em Belém... Morto e chagado, parecendo mais um leproso do que

aquele adorável e encantador menino, que tantas vezes apertara ao seu coração! . No meio daquele cenário desolado teria sido uma consolação

infinita para a mãe saber que a terra não engoliria inutilmente nem uma só gota desse sangue precioso; que perderia um filho mais ganhava o mundo e

a história: saber que a ausência do filho seria momentânea, nessa circunstancias, pouco lhe teria custado aceitar com paz aquela morte.

Segundo os evangelhos esse foi o caminho da fé para Maria.Se Maria tanto sofreu, não será ela capaz de compreender os nossos

sofrimentos? Por que, então, não recorramos a Maria com mais confiança, ela que tem tanto valor diante do Altíssimo? Por muito ter sofrido aos pés da cruz, muito lhe foi dado! Se não tivesse sofrido tanto, não teria recebido os tesouros do Paraíso em suas mãos. A dor de ver transpassar o Coração de Jesus com a lança conferiu a Maria o poder de introduzir, em seu amável

Coração, a todos aqueles que a ele recorrerem. Vamos a Maria, porque ela pode nos colocar dentro do Coração Santíssimo de Jesus Crucificado,

morada de amor e de eterna felicidade! O sofrimento é sempre um bem para a alma. Regozijemo-nos, pois, com Maria, que foi a segunda mártir do

Calvário! Sua alma e seu coração participaram dos suplícios do Salvador, conforme a vontade do Altíssimo, para reparar o pecado da primeira

mulher! Jesus foi o novo Adão e Maria a nova Eva, livrando assim a humanidade do cativeiro no qual se achava presa. Para correspondemos,

porém, a tanto amor, sejamos muito confiantes em Maria, não nos afligindo nas contrariedades da vida; ao contrário, confiemos todos os nossos receios

e dores a Ela, que saberá dar em abundância os tesouros do Coração de Jesus! Não nos esqueçamos de meditar esta imensa dor, quando nossa cruz estiver pesada. Nela encontraremos força para sofrer por amor a Jesus que

sofreu na Cruz a mais infame das mortes.

- Contemplai meu sofrimento,Minha angústia ao pé da Cruz:

Pela lança transpassadaVi meu Filho, o meu Jesus.

Sexta Dor

Compadeço-me, de Vós, Senhora, pela dor que

padecestes ao receberdes em vossos braços aquele Santíssimo Corpo de Jesus, descido da Cruz.Fazei, Senhora, que meu coração

viva ferido do amor divino, e morto a todo amor profano: Obrigando-vos em memória

desta dor, com:

Um Pai Nosso, uma Ave Maria e um Gloria ao

Pai.

VII) O sepultamento de Jesus e a solidão de Nossa Senhora

Oficiante: Os discípulos tiraram o corpo de Jesus e envolveram em faixas de linho com aromas, conforme é o

costume de sepultar dos judeus. Havia perto do local, onde fora crucificado, um jardim, e no jardim um sepulcro

novo onde ninguém ainda fora depositado. Foi ali que puseram Jesus (Jo 19,40-42a).

Leitor 1: Ó Mãe querida das Dores! Minha Mãe dolorosíssima! Chegou finalmente ao termo a vossa dor! O

vosso coração transborda aqui de amargura, ficais na mais desolada viuvez!Reparti comigo essa imensa dor sem

alívio, alcançando-me a graça de viver suspirando pelo céu, onde poderei contemplar a Jesus, já sem véus, e a vós,

Mãe querida do Belo Amor!

Pai-Nosso

Leitor 2: Quanta dor padeceu Maria quando teve que ver sepultado seu Filho. A quanta humilhação seu Ele se

sujeitou, deixando-se sepultar, sendo Ele o mesmo Deus! Por humildade, Jesus submeteu-se à própria sepultura,

para depois, glorioso, ressuscitar dentre os mortos! Bem sabia Jesus o quanto Maria sofreria vendo-o sepultado; não a poupando, quis que Ela também fosse participante

na sua infinita humilhação! Deus nos ama tanto que se deixou sepultar nos Santos Sacrários, a esconder sua

majestade e esplendor, até o fim do mundo! Na verdade, é o que se vê no Sacrário, apenas uma Hóstia Branca e nada

mais! Que esconde sua magnificência debaixo da massa branca da espécie de pão! Infelizmente não o admiramos tanto quanto Ele merece, por Jesus assim se humilhar até o fim dos séculos! A humildade não rebaixa o homem, pois Deus se humilhou até a sepultura e não deixou de ser Deus.

Apresentamos estas sete Dores de Maria, não para queixar somente, mas para mostrar as virtudes que

devemos praticar, para um dia estar ao seu lado e ao lado de Jesus! Receberemos a glória imortal, que é a

recompensa das almas que, neste mundo, souberam morrer para si, vivendo só para Deus

- Oh! Que dor mais cruciante,Que suprema solidão,

Ao levarem-no ao sepulcro,Invadiu-me o coração.

Sexta Dor

Compadeço-me, de Vós, Senhora, pela dor que

padecestes em vosso Filho. Fazei, Senhora, que eu fique seputado para tudo o que é

terreno e viva só para Deus e para Vós: Obrigando-vos em memória

desta dor, com:

Um Pai Nosso, uma Ave Maria e um Gloria ao Pai.

Oficiante: Salve-Rainha

Oficiante: Glória ao Pai...

Oficiante: Oração Final: Virgem Santíssima e Mãe das Dores, nós vos pedimos que junteis os vossos rogos aos nossos, a fim de que Jesus, o vosso divino Filho, a quem nos dirigimos, pelos méritos das vossas dores de Mãe, ouça as nossas preces e nos

conceda, com as graças que desejamos, a salvação eterna.

Ladainha de Nossa Senhora das Dores

Senhor ,tende piedade de nós! (repete-se)Cristo, tende piedade de nós! (repete-se)Senhor, tende piedade de nós! (repete-se) Cristo, ouvi-nos! (repete-se)Cristo, atendei-nos! (repete-se)Deus Pai, que estais no céu / tende piedade de nós!Deus Filho, redentor do mundoEspírito Santo ParáclitoTrindade Santa, que sois um só DeusMãe de Jesus crucificado / rogai por nós!Mãe do coração traspassadoMãe do Cristo RedentorMãe dos discípulos de JesusMãe dos redimidosMãe dos viventesVirgem obedienteVirgem oferenteVirgem fielVirgem do silêncioVirgem da esperaVirgem da PáscoaVirgem da RessurreiçãoMulher que sofreu o exílioMulher forte

Mulher da Nova AliançaMulher da esperançaNova EvaColaboradora na SalvaçãoServa da reconciliaçãoDefesa dos inocentesCoragem dos perseguidoresFortaleza dos oprimidosEsperança dos pecadoresConsolação dos aflitosRefúgio dos marginalizadosConforto dos exiladosSustento dos fracosAlívio dos enfermos Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo,perdoai-nos, Senhor!Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo,ouvi-nos, Senhor!Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo,Tende piedade de nós!Rogai por nós, Santa Mãe de Deus.Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Oremos Ó Deus, por vosso admirável desígnio, dispusestes prolongar a paixão do vosso Filho nas

infinitas cruzes da humanidade. Suplicantes vos pedimos: assim como quisestes que ao pé da cruz do vosso Filho estivesse sua Mãe como companheira na dor, da mesma forma, à imitação

da Virgem Maria, possamos nós também colocar-nos ao lado dos irmãos que sofrem, para levar-lhes conforto e esperança de libertação. Por Cristo, nosso Senhor. Amém!

BENÇÃO FINAL

Pecadores redimidos,Com o sangue do Senhor,

Atendei, Olhai se existeDor igual a minha dor.

Equipes:

IntercessãoArquidiocesana

Comunicação