Sessões Coordenadas

32
SESSÕES CORDENADAS Sessão 13

description

sessões coordenadas - décimo salão de extensão

Transcript of Sessões Coordenadas

Page 1: Sessões Coordenadas

SeSSõeScordenadaS Se

ssão

13

Page 2: Sessões Coordenadas

2

Page 3: Sessões Coordenadas

Sessões coordenadas

3

LABORATÓRIO DE INVESTIGAÇÃO DE HEMOGLOBINOPATIAS NO RSAs hemoglobinopatias são alterações genéticas que atin-gem a hemoglobina, sendo resultantes de mutações nos genes que codificam as cadeias alfa e beta da molécu-la protéica. São as desordens hereditárias mais comuns em seres humanos, afetando, aproximadamente, 7% da população mundial. As mutações promovem alterações estruturais, onde ocorre a substituição de um ou mais nucleotídeos – tanto na cadeia alfa como na cadeia beta – e a transcrição de um aminoácido diferente, formando uma hemoglobina variante. Outro tipo de mutação são as desordens talassêmicas, onde as alterações moleculares em ambas as regiões de regulação e de codificação do gene globínico estão com sua expressão diminuída ou ausente, o que leva a uma diminuição da produção das cadeias. As variantes estruturais da hemoglobina são na grande maioria benignas, no entanto, àquelas formadas

pela substituição de aminoácidos nas cadeias globínicas podem ser clinicamente significantes, pois ocasionam modificações nas estruturas secundária e terciária do tet-râmero da proteína. Atualmente, mais de 1.300 mutações no gene da hemoglobina já foram descritas, sendo as mais frequentes e clinicamente significantes as variantes estruturais Hb S, Hb C e Hb D. A população brasileira apre-senta uma grande heterogeneidade genética devido aos diferentes graus de miscigenação nas várias regiões do país. Estudos realizados em diferentes regiões brasileiras demonstram que entre as hemoglobinas variantes, as do tipo Hb S e Hb C são encontradas com maior frequência. Além dessas, outras variantes menos frequentes têm sido descritas. Tendo em vista a alta frequência de heterozigo-tos e a gravidade clínica dos homozigotos na nossa popu-lação, justifica-se a implantação de um serviço capaz de identificar corretamente os indivíduos afetados. Essa di-versidade genética das hemoglobinopatias aponta para a importância do diagnóstico e da intervenção precoce no acompanhamento dos portadores. Um diagnóstico pre-

Page 4: Sessões Coordenadas

Sessões coordenadas

4

ciso, seguido do tratamento precoce dos doentes pode promover melhora da qualidade de vida. Além do que, os portadores devem dispor de um serviço de aconselha-mento genético, capaz de fornecer informações e orien-tações necessárias para sua condição. Este estudo teve como objetivo estabelecer a prevalência de hemoglobi-nas variantes e talassemias em pacientes encaminhados, pelo Serviço de Referência em Triagem Neonatal ou por médicos da rede SUS, ao laboratório da Faculdade de Far-mácia da UFRGS, para estudos confirmatórios de hemo-globinas ou com anemias a esclarecer, respectivamente. As amostras foram coletadas em EDTA e analisadas por diferentes métodos, tais como hemograma, contagem de reticulócitos, identificação de hemoglobinas variantes por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (HPLC) (Bio-Rad Variant Hemoglobin Testing System – β-Thal Short Program) e Focalização Isoelétrica (FIE) (Wallac – Perkin Elmer), segundo instruções dos fabricantes. O DNA foi ex-traído e amplificado por técnicas de biologia molecular. Para estudo estatístico foi utilizado o programa EPI-INFO,

versão 6.0 e SPSS versão 11.0. Entre o período de outu-bro de 2002 a julho de 2009, 2.517 amostras de sangue foram analisadas e classificadas nos padrões Hb AA (nor-mal) (52,1%), Hb AS (26,9%), Hb AC (4,6%), Hb AD (1,0%), Hb SS (2,1%), Hb SC (0,5%), Hb DD (0,1%), Hb SD (0,04%), S/Talassemia beta (0,5%), Talassemia beta (6,2%), Talasse-mia alfa (1,3%), e variantes raras (4,4%), sendo, variantes raras identificadas (2,9%) e variantes raras não identifi-cadas (1,5%). Observou-se que 1205 (47,9%) indivíduos investigados eram portadores de hemoglobinopatias. Com relação ao sexo, das 2.517 amostras analisadas, 1.103 (43,8%) eram do sexo masculino e 1.414 (56,2%) eram do sexo feminino. A identificação e a classificação corretas das hemoglobinopatias e talassemias têm gran-de importância nas áreas médicas, genéticas e bioquími-cas. O investimento na implantação de um Laboratório Especializado em Hemoglobinas na UFRGS significa uma melhora imediata na qualidade do diagnóstico laborato-rial da doença triada, destacando suas particularidades e especificidades. O laboratório tem recebido amostras de

Page 5: Sessões Coordenadas

Sessões coordenadas

5

pacientes com anemias a esclarecer e em investigação de hemoglobinopatias da rede SUS, oferece seus serviços a outros laboratórios de análises clínicas e pesquisadores do estado do RS e recebe amostras para estudos confir-matórios de recém nascidos e familiares do Serviço de Re-ferência em Triagem Neonatal do RS. O traço falciforme (Hb AS) foi a alteração identificada com maior frequência dentre as amostras analisadas. O grande número de hete-rozigotos identificados (Hb AS, Hb AC e Hb AD) demons-tra a importância da detecção dos mesmos, pois permite a instalação de programas com aspectos educacionais e assistenciais, possibilitando aconselhamento genético para os indivíduos portadores, evitando-se assim, que casais de risco venham a gerar descendentes doentes. Devido à semelhança clínica e laboratorial com a anemia ferropriva, indivíduos portadores de talassemia beta po-dem vir a receber tratamentos errôneos, com administra-ção de ferro e exames médicos desnecessários. A iden-tificação de uma alta frequência de indivíduos com essa alteração genética, reforça a importância do diagnóstico

correto e preciso. A diversidade de mutações observadas, representadas pelas hemoglobinas inconclusivas, pode levar a um grande número de combinações genéticas, re-sultando na extrema heterogeneidade clínica observada. Visando que, em nosso meio, a alta prevalência de hemo-globinopatias caracteriza um problema de saúde pública no Rio Grande do Sul, a importância na precocidade do diagnóstico e tratamento corretos – considerando que um suporte familiar durante o tratamento é indispensá-vel – tem sido destacados, possibilitando a redução das taxas de mortalidade e aumento da qualidade de vida da nossa população. A promoção do conhecimento sobre as doenças e suas manifestações, associados às práticas edu-cativas dirigidas aos profissionais de saúde e população, são medidas que intrinsecamente ligadas ao diagnóstico precoce, permitem ações organizadas e de eficácia com-provada na prevenção.

Page 6: Sessões Coordenadas

Sessões coordenadas

6

ELABORAÇÃO DE FOLHETO EXPLI-CATIVO SOBRE USO E CONSERVA-ÇÃO DA INSULINAIntrodução: O diabetes mellitus (DM) é um grupo hete-rogêneo de distúrbios metabólicos que apresentam em comum a hiperglicemia. Essa hiperglicemia é o resulta-do de defeitos na ação da insulina, na secreção ou em ambos. Para que a pessoa com diabetes possa ter uma vida normal e reduzir ao máximo o risco de desenvol-ver complicações crônicas é necessário ter a doença sob controle, o que significa manter a glicemia dentro dos níveis adequados. Os principais tipos de diabetes são o diabetes tipo 1, que compreende cerca de 10% do total dos casos, e o diabetes tipo 2, que engloba cerca de 90% dos casos. O termo tipo 1 indica deficiência absoluta de insulina, quando a administração desse medicamento é necessária para prevenir cetoacidose, coma e morte. O termo tipo 2 é usado para designar uma deficiência re-

lativa de insulina. A administração de insulina nesses ca-sos, quando efetuada, não visa evitar a cetoacidose, mas controlar a hiperglicemia. Existem vários tipos de insuli-na. As mais usadas atualmente são as insulinas humanas tipo NPH, de ação mais lenta, e a regular, de ação rápida, utilizada para correção da glicemia elevada. A insulina é um medicamento que exige diversos cuidados relacio-nados com o preparo, administração e conservação. Du-rante a rotina do atendimento na farmácia da Unidade Básica de Saúde HCPA/Santa Cecília, observou-se que os usuários apresentam diversas dúvidas sobre a insulina, incluindo local e temperatura adequada de armazena-mento, tipo de seringa e como reutilizá-la e locais de aplicação da insulina no corpo, entre outras questões. Nesse contexto, o presente trabalho visa elaborar um material de consulta rápida contendo as informações necessárias para responder as dúvidas dos usuários. Esse material será destinado aos alunos, auxiliando-os na orientação correta e segura dos usuários de insulina da Unidade Básica de Saúde HCPA/Santa Cecília. Méto-

Page 7: Sessões Coordenadas

Sessões coordenadas

7

dos: As pessoas envolvidas na dispensação da insulina (estagiários de farmácia e auxiliar de farmácia) foram questionados sobre as principais duvidas que ocorrem durante a dispensação de insulina. A partir do relato das dúvidas, foi realizada uma busca e revisão da literatura especializada. Após leitura crítica e síntese das informa-ções, foi elaborado um folheto com perguntas e respos-tas. Conclusão: A partir de um problema identificado na farmácia da UBS HCPA/Santa Cecília, foi elaborado um folheto explicativo sobre uso e conservação de insulina. O folheto, em formato de perguntas e respostas, será posteriormente validado para utilização pelos estagiá-rios de farmácia e pelos demais membros da equipe.

GRUPOS DE APOIO AO PORTA-DOR DE PSORÍASE A psoríase é uma doença de pele, de caráter crônico e que traz inúmeros prejuízos à qualidade de vida do paciente, em termos sociais, físicos e ambientais. Além disso, seu impacto físico e emocional é o mesmo, e é im-portante que se trabalhe com os portadores na busca pela melhoria da qualidade de vida. Nesse contexto, a proposta de grupos de apoio com enfoque psicodramá-tico faz com que possamos atender a uma demanda já existente de pessoas que buscam um atendimento inte-gral, não apenas diretamente ao aspecto dermatológi-co, mas também emocional, psicossocial. Pensando nis-so o objetivo desse projeto é proporcionar um espaço de atenção aos aspectos emocionais dos portadores de psoríase, visando a melhora da qualidade de vida e das relações interpessoais. Para tanto, são realizados grupos de caráter fechado, com 6 a 10 participantes, duração

Page 8: Sessões Coordenadas

Sessões coordenadas

8

de 6 meses e encontros semanais. O enfoque teórico é psicodramático e visa favorecer o auto-conhecimento de cada um dos participantes através das relações com o grupo, do desenvolvimento de novos e diferentes pa-péis, da retomada da espontaneidade, da ressinignifica-ção de papéis adoecidos através da ação. O projeto está em fase inicial e já pode ser observado uma busca signi-ficativa de portadores de psoríase pelos grupos e esses demonstraram a necessidade de usufruir de um espaço diferenciado, para além das questões físicas. Podemos concluir que a atenção aos aspectos emocionais é uma demanda importante e que este espaço é de grande va-lia para a retomada da autonomia do portador sobre as-pectos de sua vida e de sua personalidade, na melhoria da qualidade de vida e de suas relações interpessoais.

FÓRUNS DE SAÚDE MENTAL – DESAFIOS DA REGIÃO NORTE DO RIO GRANDE DO SULINTRODUÇÃO: Através da Reforma Psiquiátrica Brasileira aprovada pela Lei Federal 10.216/2001 um novo mode-lo assistencial vem de delineando no cenário da Saúde Mental. A reforma diz respeito, necessariamente, a uma mudança nas políticas públicas de saúde mental, no sen-tido de priorizar o atendimento comunitário do paciente psiquiátrico em detrimento da internação asilar: do trata-mento da doença mental no hospício para a re-inserção social do usuário na comunidade (Silva, 2005). Neste con-texto, o Ministério da Saúde (MS) fundamenta suas ações no Sistema Único de Saúde (SUS), na Rede de Atenção Básica e nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). De-finidos oficialmente pela Portaria GM224/92 os CAPS têm como objetivo oferecer serviços substitutivos e de cará-

Page 9: Sessões Coordenadas

Sessões coordenadas

9

ter comunitário (MS, 2004). O MS recomenda a criação dos CAPS nos municípios com mais 20.000 habitantes, cabendo aos outros prestarem estes serviços na rede bá-sica de saúde, parâmetros que podem ser flexibilizados para o atendimento da realidade local. Na 15ª Coorde-nadoria Regional de Saúde (CRS-RS), a única Coordena-doria do Estado que ainda não possui CAPS em funcio-namento (PACHECO, 2008), dois dos seus 26 municípios enquadrando-se nos critérios exigidos pelo MS, os quais estão construindo seus projetos de CAPS. Os serviços em saúde mental na Região estão em fase incipiente de im-plantação, sendo que a oferta ainda é muito aquém das necessidades da Região. Frente à realidade e baseados na recomendação do MS pela Portaria Nº 1174/GM, de 07 de julho de 2005, que estabelece o “desenvolvimento de pesquisas que busquem a integração entre teoria e prá-tica e a produção de conhecimento, em articulação com centros formadores” (BRASIL, 2004), formulou-se uma parceria entre o Curso de Enfermagem do Centro de Edu-cação Superior Norte do Rio Grande do Sul (CESNORS)

da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e a 15ª CRS.OBJETIVOS: objetiva-se organizar, qualificar e conso-lidar uma rede interativa com os trabalhadores de saúde mental da 15ª CRS, promover a formação continuada e registrar o “estado da arte” das ações de saúde mental na Região e levantar as demandas, necessidades e carências, para execução de cursos, seminários, grupos de estudo e possíveis parcerias para criação de novas estratégias. METODOLOGIA: Para isso, trimestralmente são realiza-dos Fóruns de Saúde Mental, embasados nas diretrizes da educação permanente em saúde, são priorizados os saberes de todos os participantes e realizada a troca de experiências dos diversos atores envolvidos. Tem como público alvo trabalhadores da saúde mental da 15ª CRS, profissionais da Coordenadoria, gestores municipais e es-tudantes do Curso de Enfermagem UFSM/CESNORS. Nes-tes fóruns, estão sendo feitos o levantamento das expec-tativas, necessidades, atendimentos e recursos através da transcrição das falas significativas dos participantes e por meio de entrevistas com os trabalhadores da rede, para a

Page 10: Sessões Coordenadas

Sessões coordenadas

10

elaboração de propostas de trabalho. Até a presente data realizamos dois Fóruns de Saúde Mental, (O primeiro foi realizado no dia 28/04/2009; e o segundo foi realizado no dia 28/07/2009 no campus da UFSM/CESNORS em Pal-meira das Missões) os quais apresentaram grande adesão do público alvo, sendo o número crescente de partici-pantes. Além disso, através da verificação do “estado da arte” na Região, observou-se que a assistência em saúde mental está se consolidando, tendo grande evolução na implementação dos serviços no período entre os Fóruns.DESENVOLVIMENTO: O projeto é organizado em parceria entre a UFSM/CESNORS e a 15ª CRS e reúne os profissio-nais da equipe multidisciplinar, gestores, acadêmicos de enfermagem e a Universidade para discutir a rede de as-sistência em saúde menta. Os encontros são organizados pela 15ª CRS que faz também a convocação dos profissio-nais e gestores municipais. A universidade entra com o espaço físico e com o apoio técnico nas ações desenvol-vidas. Foram realizados dois fóruns e um terceiro já está sendo programado, notou-se um aumento expressivo de

participantes e seqüencialmente o começo da organiza-ção da rede de assistência que já é observada como exem-plo no estado. Os temas discutidos nos dois fóruns foram organização da rede de assistência no primeiro e projetos terapêuticos no segundo. Para o terceiro encontro o tema será Prevenção dos agravos em saúde mental, este se re-alizará em novembro e encerrará o ano. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A realização dos Fóruns de Saúde Mental pro-porciona a integração e a troca de experiências entre os trabalhadores da saúde dos diferentes municípios, bem como a união do meio acadêmico com a CRS, tem sido uma excelente estratégia para a qualificação do modelo assistencial vigente e a consolidação do novo paradigma em saúde mental na Região. Estão sendo organizadas as redes de referencia e contra referencia no atendimento dos usuários, bem como estão sendo discutidas novas formas de re-inserção social dos usuários com transtor-nos e ou agravos em sua saúde mental.

Page 11: Sessões Coordenadas

Sessões coordenadas

11

PAC - UNIVATES NO BAIRRO SANTO ANTôNIO DE LAjEA-DO/RSNa busca de promover melhoria real na qualidade de vida moradores e de ampliar de modo crítico a expressão do exercício da cidadania. O PAC - Univates foi implemen-tado no bairro Santo Antônio por o local apresentar os índices de pobreza mais elevados do município de Laje-ado/RS. Em 2000, os dados do Censo do IBGE apontaram que o bairro Santo Antônio tem 3.019 moradores, dos quais 495 estão sem rendimento, e 788 com renda de até 01 (um) salário mínimo nacional. Em Lajeado são 2.362 cidadãos sem rendimento, 5,67% da população (Brasil, 2000). O PAC - Univates propõe-se a contribuir na busca de novas perspectivas de superação dos problemas exis-tentes no Vale do Taquari. A extensão universitária, com-promissada com essa diversidade, procura articular as

forças entre as comunidades acadêmica e local num tra-balho de construção da emancipação social, econômica e cultural de comunidades menos favorecidas. O PAC - Univates objetiva alargar a relação entre a universidade e a comunidade na discussão e construção de propostas e alternativas sustentáveis orientadas à transformação da realidade social. Espera-se do Programa a transforma-ção da realidade social das comunidades participantes, estimulando a sua autonomia, a troca de experiências entre as comunidades acadêmica e local, a socialização do saber, a construção do conhecimento aliado com a prática, por meio de estágios curriculares, ações educa-tivas, pesquisa aplicada, bem como orientação, assesso-ria e formação às organizações populares, respeitando as diversidades. Nesse sentido o PAC - Univates, a partir de demanda da comunidade, contempla atualmente os projetos descritos a seguir: 1) Ações interdisciplinares de cuidados em saúde no bairro Santo Antônio, em La-jeado – RS O presente projeto é uma proposta interdisci-plinar que visa à formação diferenciada dos estudantes

Page 12: Sessões Coordenadas

Sessões coordenadas

12

da área da Saúde, principalmente por meio do enfoque da integralidade da atenção. Assim, este Projeto tem como objetivo promover ações interdisciplinares de cuidados em saúde no bairro Santo Antônio - Lajeado, integrando acadêmicos e docentes dos cursos de Fisio-terapia, Farmácia, Psicologia, Enfermagem e Nutrição às visitas domiciliares realizadas pelos estudantes do curso de Fisioterapia que integram os projetos Atendimento fisioterapêutico a pacientes neurológicos e Atendimen-to fisioterapêutico residencial a pacientes geriátricos e que por terem sido os primeiros projetos a serem de-senvolvidos com essa comunidade e permanecem até então. Primeiramente, são realizadas visitas domiciliares com a finalidade de estabelecer vínculo entre acadêmi-cos, professores, cuidadores e pacientes, bem como de identificar e mapear as necessidades e demandas des-tes últimos em relação aos cuidados em saúde. Poste-riormente, os casos acompanhados são discutidos em equipe e projetos terapêuticos interdisciplinares, com enfoque na integralidade, são elaborados. Ainda, são

propostas atividades de grupo, objetivando a integra-ção dos cuidadores, pacientes, acadêmicos e professo-res. Dessa forma, pretende-se estimular o trabalho em equipe entre acadêmicos de cursos da área da Saúde e promover melhoria na qualidade de vida da população atendida. 2) Atendimento fisioterapêutico a pacientes neurológicos – Fisioterapia A reabilitação é um processo de solução de alguns problemas, cujo objetivo principal é a redução da incapacidade experimentada por alguém como resultado de uma doença, dentro das limitações impostas pelos recursos disponíveis e pela patologia de origem. Pacientes com déficits motores necessitam de intervenção fisioterapêutica, e, em função de fatores como idade, peso, dificuldades de transporte, gravidade do caso e baixo poder aquisitivo, muitos desses sujeitos ficam impossibilitados de se deslocarem de suas resi-dências para receberem orientação do profissional fisio-terapeuta quanto à conduta terapêutica indicada para a sua deficiência. Objetivando oportunizar ao acadêmico do curso de Fisioterapia contato com a prática clínica

Page 13: Sessões Coordenadas

Sessões coordenadas

13

neurológica e a construção de saber fundamentado em práticas de responsabilidade social, o presente projeto propõe a avaliação e o atendimento residencial sema-nal a pacientes com déficits neurológicos, previamente encaminhados pela enfermeira-chefe da Estratégia Saú-de da Família - ESF do bairro Santo Antônio. Espera-se, a partir da realização deste Projeto, a qualificação dos acadêmicos para o futuro profissional e principalmen-te proporcionar inter-relação entre alunos, família e co-munidade, com vistas ao desenvolvimento de práticas humanísticas e solidárias, que levem em consideração o ambiente doméstico dos sujeitos e de seus cuidadores. A partir do projeto “Ações interdisciplinares de cuidados em saúde no bairro Santo Antônio, em Lajeado – RS”, as visitas domiciliares são acompanhadas por acadêmicos dos cursos da área da Saúde. 3) Atendimento fisiotera-pêutico a pacientes geriátricos – Fisioterapia O Projeto, voltado ao atendimento de pacientes geriátricos, segue a mesma metodologia do projeto de Atendimento a pacientes neurológicos referido acima, dando priorida-

de de atendimento a indivíduos idosos, portadores de disfunções neuromotoras. O Projeto oportuniza ao aca-dêmico do curso de Fisioterapia contato com a prática clínica geriátrica e a construção de saber fundamenta-do em práticas de responsabilidade social e se propõe à avaliação e ao atendimento residencial semanal dos pacientes, previamente encaminhados pela enfermeira-chefe da Estratégia Saúde da Família do bairro Santo Antônio. A partir do projeto “Ações interdisciplinares de cuidados em saúde no bairro Santo Antônio, em Lajea-do – RS”, as visitas domiciliares são acompanhadas por acadêmicos dos cursos da área da Saúde.

Page 14: Sessões Coordenadas

Sessões coordenadas

14

ELABORAÇÃO DE BOLETIM INFORMATIVO DO CENTRO DE INFORMAÇÕES SOBRE MEDI-CAMENTOS DO RSO Centro de Informações sobre Medicamentos do RS (CIM-RS), uma parceria entre o Conselho Regional de Far-mácia do RS e a Faculdade de Farmácia da UFRGS com-pleta 10 anos nesse ano de 2009. Ao longo deste período, atendeu cerca de 6.500 solicitações de informação sobre medicamentos formuladas por profissionais da saúde. No início de 2005, o Centro lançou o Boletim Informati-vo do CIM-RS, no formato eletrônico, que se caracteriza como uma fonte de informação de consulta rápida para profissionais e estudantes da área da saúde. Os assuntos abordados são selecionados em função da freqüência de solicitação pelos usuários e da carência de outras publica-ções neste formato, exclusivas sobre os temas. O formato

eletrônico é uma forma de baixo custo, segura e rápida de disponibilizar dados sobre medicamentos amplamente solicitados ao CIM-RS. Além disso, permite que um maior número de profissionais e estudantes que não podem usufruir de referências atualizadas, devido, entre outros motivos, ao alto custo, utilizem as informações. A elabo-ração do Boletim tem como objetivos básicos: 1) Forne-cer informação técnico-científica imparcial, atualizada e objetiva. 2) Auxiliar na resolução efetiva de situações que ocorrem freqüentemente na prática profissional. O Bole-tim é desenvolvido por meio de uma pesquisa no acer-vo do CIM-RS, que conta com 124 publicações, livros e fontes eletrônicas, abordando informações atualizadas sobre fármacos. Para que qualquer integrante do Centro possa produzir e atualizar a página do Boletim do CIM-RS foi proposto um fluxograma e um procedimento opera-cional padrão-POP. O site do Boletim Informativo (www.ufrgs.br/boletimcimrs) apresenta atualmente nove publi-cações. Encontra-se em andamento a elaboração de duas novas publicações que irão abordar o uso de insulinas e

Page 15: Sessões Coordenadas

Sessões coordenadas

15

de antineoplásicos. O número de publicações, bem como o número de acessos, mostra a viabilidade e utilidade do projeto, assim como sua aceitação pelo público alvo. Espera-se, desta forma, estar contribuindo com a comuni-dade, principalmente para o aprimoramento do trabalho dos profissionais da área da saúde.

EXAME PREVENTIVO DO COLO UTERINO: UMA IMPORTANTE FERRAMENTA DIAGNÓSTICAIntrodução O câncer do colo do útero é o segundo tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo. Se-gundo as estimativas do INCA divulgadas pelo Ministério da Saúde (MS), em 2008 foram previstos cerca de 18.680 novos casos de câncer de colo de útero, com um risco es-timado de 19 casos a cada 100 mil mulheres, sendo que na região sul do país, o risco estimado é de 24 casos para

cada 100 mil mulheres. Diante desse quadro, a realização do exame de Papanicolaou é de suma importância para o diagnóstico de lesões citológicas provocadas por alguns agentes, como Papilomavírus humano (HPV), Gardnerella vaginalis, Chlamydia trachomatis, Trichomonas vaginalis, Candida spp, já que podem estar relacionados com o de-senvolvimento no futuro de uma possível neoplasia intra-epitelial cervical. Este exame apresenta boa sensibilidade, possibilitando o diagnóstico precoce do câncer, sendo assim chamado de exame preventivo do câncer de colo uterino. Portanto, a avaliação do Exame Citopatológico além de facilitar a monitoração também contribui para a aplicação de medidas preventivas. Objetivos Detectar a presença de agentes etiológicos e avaliar a presença de células neoplásicas nas secreções vaginais; - Caracte-rizar o perfil epidemiológico das pacientes; - Esclarecer eventuais dúvidas quanto ao exame e às patologias re-lacionadas; - Vivenciar a realidade do serviço público de saúde oferecido às mulheres para a prevenção do câncer de colo uterino. Metodologia A análise das amostras de

Page 16: Sessões Coordenadas

Sessões coordenadas

16

secreções vaginais de pacientes atendidas em uma uni-dade básica de saúde (UBS) em Viamão-RS e de pacientes atendidas no centro de pesquisa ginecológica (CPEG) de Porto Alegre-RS são realizadas no laboratório de Análises citológicas da Faculdade de Farmácia da UFRGS. Após co-leta, fixação e identificação por técnicas de enfermagem durante a realização do exame citopatológico, as lâminas são coradas através da técnica de Papanicolaou e armaze-nadas em caixa adequada para posterior análise micros-cópica. Através da aplicação de um questionário às pa-cientes antes da realização do exame, as bolsistas reúnem todas as informações em um banco de dados procuran-do avaliar o perfil dessas pacientes por meio de questões relacionadas aos seus hábitos e comportamento sexual. Posteriormente, os resultados do exame também são ar-mazenados neste mesmo banco de dados e analisados estatisticamente. Os critérios de avaliação das amostras baseiam-se nos seguintes parâmetros: adequabilidade da amostra, diagnóstico microbiológico, avaliação das lesões e conclusão diagnóstica. Resultados Até o momento 37

lâminas foram avaliadas, sendo 11 da UBS de Viamão e 26 do CEPEG de Porto Alegre. Constatou-se que 54,05% das amostras são adequadas para análise quanto à presença das células ecto e endocervicais e 73% não apresentam alterações celulares. Foram detectadas 17 amostras (46%) contendo flora lactobacilar, 4 com flora cocobacilar, 3 flo-ra mista, 2 bacilar e em 5 pacientes a flora não foi obser-vada. Quanto aos agentes inflamatórios, foram detecta-das a presença de “Clue Cells” sugestivos de Gardenerella vaginalis (8,1%) e alterações celulares sugestivas de vírus do grupo Herpes (2,7 %). Considerações Finais O câncer de colo uterino apresenta-se com um dos mais altos po-tenciais de prevenção e cura, quando diagnosticado pre-cocemente pelo exame de Papanicolaou, sendo também um exame de baixo custo. Com a atividade de extensão e a possibilidade de contato com as pacientes, procura-se transmitir às mulheres a consciência do cuidado com o corpo reforçando a importância do exame periódico para a garantia de uma vida sexual saudável.

Page 17: Sessões Coordenadas

Sessões coordenadas

17

ATENÇÃO FARMACÊUTICA COMO ESTRATÉGIA PARA O USO CORRETO DE MEDICAMENTOS EM IDOSOS O crescimento da população de idosos no Brasil (cerca de 9% da população atualmente) constitui um grande desa-fio aos profissionais de saúde, uma vez que traz consigo maior prevalência de doenças crônicas, normalmente de-pendentes de farmacoterapia contínua e, por conseqü-ência, utilização de múltiplos medicamentos. Esse fato, associado a outros fatores como alterações fisiológicas, automedicação e dificuldades de adesão à terapia me-dicamentosa, tornam os idosos sujeitos potenciais para ocorrência efeitos adversos e interações medicamento-sas. Neste sentido, é imprescindível a prática de ações de Atenção Farmacêutica (AF) que, fundamentadas no tripé farmacêutico-consumidor-medicamento, possam contri-buir para a promoção ao uso racional de medicamentos e a diminuição de custos diretos e indiretos gerados pela fal-

ta de adesão e/ou mau uso da terapia medicamentosa. To-davia, a implementação destas ações constitui um desafio tanto à profissão farmacêutica, pois requer a superação de barreiras teoria-práticas, quanto às instituições de saúde, que necessitam qualificar seus serviços e recursos huma-nos. Atento a este panorama social, o projeto de extensão Atenção Farmacêutica na área de abrangência da Feeva-le vem desenvolvendo ações de AF junto à comunidade, com participação direta de acadêmicos e professores do Curso de Ciências Farmacêuticas da Feevale. Seu principal objetivo é promover ações de AF que auxiliem no processo de formação técnica dos acadêmicos de farmácia, desper-tando também seu papel como agentes de transformação da sociedade. Paralelamente, também atende a demandas da comunidade, contribuindo para sua educação e auto-suficiência. As ações relacionadas a este projeto iniciaram-se em 2004 e, desde então, são beneficiados diferentes grupos de indivíduos na comunidade, dentre os quais destaca-se um grupo idosos residentes em um Lar Geriátri-co localizado no município de Novo Hamburgo. Este local

Page 18: Sessões Coordenadas

Sessões coordenadas

18

conta com uma equipe de profissionais da saúde (técnicos de enfermagem, enfermeiro e médico) responsável pela assistência e cuidados primários aos cerca de 50 idosos. No que tange às ações de AF desenvolvidas por este Projeto no Lar, estas se subdividem em duas categorias: a) ações de gestão de medicamentos e qualificação da equipe téc-nica e; b) ações de acompanhamento farmacoterapêutico (AFTP), voltadas diretamente aos idosos. A gestão é feita mediante conferência e organização semanal do estoque de medicamentos disponíveis no local, conjuntamente com a equipe profissional atuante no Lar, o que permite informar-lhes constantemente acerca da forma correta de armazenamento dos medicamentos e da importância de mantê-los organizados, evitando, por exemplo, a troca de medicamentos no momento da sua administração. Como parte da qualificação desta equipe também são desenvol-vidos treinamentos específicos que, em forma de palestras, versam sobre “Cuidados gerais com medicamentos” e “Uso correto de medicamentos”. Todos os beneficiados pelas pa-lestras respondem a questionários estruturados desenvol-

vidos por integrantes do projeto, com objetivo não só de identificar novas demandas na área de conhecimento do medicamento, mas também a própria aquisição de conhe-cimento por parte dos beneficiados após as palestras. As ações AFTP são voltadas a todos os idosos usuários de me-dicações crônicas, priorizando-se aqueles que fazem uso de vários medicamentos e/ou apresentem quadro clínico mais crítico. O AFTP contempla uma série de atividades que se iniciam com a obtenção dos dados clínicos e medi-camentosos de cada individuo, obtidos diretamente com a equipe técnica do Lar (cuidadores) ou através de conversas individuais (entrevistas) com cada idoso, a fim de identifi-car suas dificuldades e percepções acerca do tratamento medicamentoso e estreitar os laços de interação com os participantes do projeto. Os dados obtidos são analisados, visando detectar e prevenir possíveis Problemas Relacio-nados aos Medicamentos (PRMs), conforme metodologia validada e descrita no Método Dáder. Com intuito de me-lhor avaliar a efetividade e necessidade de medicamentos para o tratamento de outras patologias que possam estar

Page 19: Sessões Coordenadas

Sessões coordenadas

19

presentes, também são realizados exames laboratoriais. Para cada PRM detectado, são realizadas intervenções far-macêuticas com os técnicos de enfermagem responsáveis pela administração dos medicamentos aos idosos e tam-bém com o médico assistente destes. Todas as ações, sejam elas de gestão ou de AFTP, envolvem a participação direta de voluntários e bolsistas de extensão (acadêmicos do Cur-so de Ciências Farmacêuticas) que, sob constantemente supervisão dos professores-orientadores do Projeto, parti-cipam na concepção de materiais (questionários, folders, palestras, etc) e na execução das atividades in situ. As ações do Projeto também oportunizam a inserção indireta de acadêmicos matriculados em disciplinas especificas (tais como Farmacoterapia e Atenção Farmacêutica I e II, Tra-balho de Conclusão de Curso), com intuito de promover a indissociabilidade extensão-ensino-pesquisa. Ao longo de 2 anos (2007 a 2009), o projeto acompanhou cerca de 50 idosos, a maioria do sexo feminino (65%) e com idade en-tre 69 e 96 anos. Quase todos apresentam patologias crô-nicas e, por conseqüência, fazem uso de polimedicação (2

a 12 medicamentos por indivíduo). Os medicamentos mais utilizados por este grupo foram os cardiovasculares (princi-palmente anti-hipertensivos), antidiabéticos, antianêmicos, anti-secretores, antidepressivos e neurolépticos. O AFTP destes indivíduos permitiu, até o momento, identificar 16 PRMs, frente aos quais foram realizadas intervenções farma-cêuticas com intuito de alterar o horário de administração dos medicamentos (para sanar interações medicamentosas e efeitos adversos resultantes da administração de medica-mento em horário equivocado) e a dose dos medicamentos prescritos. Tais intervenções têm sido aceitas, demonstrando o compromentimento da equipe técnica do Lar com a saú-de dos idosos e a aceitabilidade do trabalho de AF que vem sendo desenvolvido no local. Mais recentemente, a análise de novos exames laboratoriais permitiu a detecção de va-lores aumentados de colesterol e triglicerídeos em cerca de 50% e 15% dos idosos, respectivamente. Estes casos estão sendo acompanhados para averiguar a real necessidade de tratamento medicamentoso. As atividades de treinamento voltadas aos técnicos de enfermagem atuantes no local (n

Page 20: Sessões Coordenadas

Sessões coordenadas

20

= 10) têm contribuído para a apropriação de conhecimento na área do medicamento, o que pode ser observado pela implementação de novas rotinas de gestão de medicamen-tos propostas. Até o momento, cerca de 20 acadêmicos par-ticiparam diretamente das atividades desenvolvidas no Lar Geriátrico. A maioria deles nunca havia participado de ativi-dades de extensão, mas, na medida em que precisavam ana-lisar casos clínicos, responder a dúvidas de pacientes, pre-parar e aplicar treinamentos, entre outros, foram instigados, sob acompanhamento e supervisão constante, a relacionar as atividades vivenciadas na extensão com os temas estuda-dos nas disciplinas do Curso. Para mais de 70% desses aca-dêmicos, o projeto propiciou interação com a comunidade local e atualização profissional e contribuiu para formação de habilidades requeridas para a formação do farmacêutico de acordo com as Diretrizes Nacionais Curriculares dos Cur-sos de Farmácia. A inserção de atividades de AF no Lar de idosos tem contribuído para o uso racional de medicamen-tos e melhoria da qualidade de vida desses indivíduos.

PERFIL DE SUSCETIBILIDADE A METICILINA EM ISOLADOS DE STAPHYLOCOCCUS SPP. DE SE-CREÇÃO CONjUNTIVAL.Introdução: As infecções bacterianas oculares, como ce-ratites, conjuntivites e endoftalmites, podem evoluir com conseqüências negativas importantes para os pacientes e assim prejudicar a manutenção da visão quando o uso apropriado de antimicrobianos for tardio. A conduta of-talmológica geralmente adotada é o tratamento empírico com antimicrobianos antes mesmo da identificação do provável patógeno e da realização do teste de suscetibili-dade aos antimicrobianos estarem disponíveis. A escolha do antimicrobiano é realizada entre os fármacos que de-monstram efetividade neste sítio de infecção e muitas ve-zes são de amplo espectro frente aos possíveis microrga-nismos patogênicos. Tendo em vista o crescente aumento

Page 21: Sessões Coordenadas

Sessões coordenadas

21

da resistência bacteriana a meticilina, faz-se necessário avaliar o panorama desta situação em nosso laboratório, de maneira a orientarmos para a realização do tratamen-to correto e assim evitar a seleção de microrganismos resistentes. Esta resistência na maioria das vezes, é devi-da a modificação de uma proteína adicional de ligação à penicilina codificada pelo gene mecA. A resistência dos Staphylococcus spp. à meticilina implica em resistência a todos os antimicrobianos beta-lactâmicos e também, em muitos casos apresentam uma maior resistência a outros antimicrobianos de uso freqüente na oftalmologia. Obje-tivo: o objetivo do presente estudo foi avaliar o percen-tual de resistência a meticilina, em isolados de Staphylo-coccus spp. coagulase-negativo (SCoN) e Staphylococcus aureus de raspados de secreção conjuntival e através destes dados mostrar ao nosso aluno de graduação e co-munidade externa a importância da realização do exame para obtermos um maior sucesso terapêutico, bem como o desenvolvimento da assistência farmacêutica junto ao paciente, alertando-o da necessidade de aderir ao trata-

mento preconizado pelo oftalmologista e ao uso racional de medicamentos. Material e métodos: foram avaliadas 238 amostras de Staphylococcus coletados de pacientes com suspeita de conjuntivite quanto a suscetibilidade à meticilinas pelo método de difusão de disco em agar, no período de março de 2007 a julho de 2009, no Laboratório de Análises Clínicas da Faculdade de Farmácia – UFRGS. Resultados: avaliação indicou aumento (4,85%) de resis-tência ao uso de meticilinas frente aos SCoN no ano de 2007 (n=71) para 2008 (n=109) e mantendo praticamente o mesmo perfil de resistência quando S. aureus no mes-mo período. Quando comparando os anos de 2008 e 2009 (n=58) houve diminuição de resistência para SCoN e ma-nutenção do perfil para S. aureus, entretanto, dados de 2009 apresentam-se restritos aos primeiros 7 meses do ano. Conclusão: O estudo demonstrou um aumento da resistência à meticilinas no período de 2007 a 2009, sen-do esta situação compatível com os dados da literatura e indica a necessidade da realização deste exame para um maior sucesso terapêutico, bem como da conscientização

Page 22: Sessões Coordenadas

Sessões coordenadas

22

do nosso paciente quanto a importância da adesão ao tratamento prescrito pelo oftalmologista e ao uso correto dos medicamentos.

FEIRA DA SAÚDE ESPAÇO PARA SO-CIALIZAR INFORMAÇÕES A PARTIR DA INTERAÇÃO DO FARMACÊUTI-CO COM A COMUNIDADE.A formação atual de profissionais da área da saúde está em consonância com o que preconiza as diretrizes cur-riculares do seu curso.Com a implementação destas di-retrizes o farmacêutico está sendo formado para ser um profissional com formação generalista, humanista, críti-ca e reflexiva, para atuar em todos os níveis de atenção à saúde, com base no rigor científico e intelectual.Este profissional está capacitado ao exercício de atividades

referentes aos fármacos e aos medicamentos, às aná-lises clínicas e toxicológicas e ao controle, produção e análise de alimentos, pautado em princípios éticos e na compreensão da realidade social, cultural e econômica do seu meio, dirigindo sua atuação para a transforma-ção da realidade em benefício da sociedade.Para viven-ciar esta formação um grupo de acadêmicos do curso de Farmácia, participantes do Programa de Educação pelo Trabalho(PET) desenvolvido no município de Xangri-lá-RS, participou da Feira de Saúde desenvolvida por pro-fessores, estudantes dos cursos de Farmácia, Medicina, Enfermagem,Odontologia , além dos profissionais das respectivas áreas que atuam nas Unidades Básicas de Saúde do município.A feira foi um cenário que permitiu a vivência da prática profissional farmacêutica e o con-tato com a comunidade visando orientar a população sobre o uso correto de medicamentos, formas farma-cêuticas, cuidados com os medicamentos, conhecimen-to das tarjas, informações contidas nas embalagens dos medicamentos, intoxicação e armazenamento de medi-

Page 23: Sessões Coordenadas

Sessões coordenadas

23

camentos, orientação farmacoterapêutica.A equipe da Farmácia mostrou à população que se deve ter atenção especial a cada forma farmacêutica, que os medicamen-tos são classificados de acordo com o grau de risco que podem oferecer, assim como se deve ater ao local de armazenamento, e também que os medicamentos são o principal agente causador de intoxicação, sendo as crianças as principais vítimas.As atividades referentes aos medicamentos apresentadas pelo grupo da Farmá-cia teve grande procura pela população propiciando es-paço para questionamentos e socialização de informa-ções sobre saúde.

MONITORIZAÇÃO DOS NÍVEIS DE HOMOCISTEÍNA POR ESPEC-TROMETRIA DE MASSAS EM TANDEM NO HCPAIntrodução: A dosagem de homocisteína (Hcy) plasmática vem ganhando destaque nos laboratórios, principalmen-te após a descoberta da associação entre os níveis de Hcy e os riscos de desenvolvimento de doença aterosclerótica e cardiovascular. Além disso, níveis elevados de Hcy per-mitem diagnosticar e monitorar pacientes com homocis-tinúria, um erro inato do metabolismo. A Espectrometria de Massas em Tandem (MS/MS) vem sendo recentemente utilizada na quantificação da Hcy, sendo um método bas-tante sensível e específico. Objetivos: Descrever os resul-tados obtidos na dosagem de Hcy por MS/MS, método recentemente implantado no HCPA. Materiais e Métodos: Foram analisadas, no período de junho de 2008 a junho

Page 24: Sessões Coordenadas

Sessões coordenadas

24

de 2009, 77 amostras de plasma para dosagem de Hcy no Serviço de Genética Médica do HCPA. A Hcy total foi dosada através do método de cromatografia líquida as-sociada à espectrometria de massas em Tandem (LC-MS/MS), utilizando-se homocistina-d8 como padrão interno (valor de referência: 5-15µM). Resultados e conclusões: Das amostras testadas, 33 eram de 8 pacientes homocis-tinúricos diferentes (Hcy: 169,1 ± 96,2 µM), sendo que no período foi realizado 1 diagnóstico da doença. Nos de-mais pacientes testados (44), foram detectados 6 casos (13,6%) de aumento nos níveis de Hcy plasmática, sendo 2 deles devido à deficiência de vitamina B12. Estando já bem estabelecidos os potenciais danos causados por um aumento na Hcy plasmática, a dosagem deste analito no HCPA foi um avanço recente que irá beneficiar um núme-ro grande de pacientes, sejam eles portadores de homo-cistinúria ou não.

DETECÇÃO DE ERROS INATOS DO METABOLISMO EM PACIEN-TES DE RISCO POR ESPECTRO-METRIA DE MASSA EM TANDEM NO HCPA: RIntrodução: A dosagem de acilcarnitinas (AC) e aminoáci-dos (AA) por Espectrometria de Massas em Tandem (MS/MS) permite a detecção precoce de erros inatos do meta-bolismo (EIM), sendo considerada hoje uma ferramenta diagnóstica muito importante na medicina pediátrica. A quantificação das AC permite diagnosticar distúrbios de b-oxidação de ácidos graxos (DOAG) e diversas acidemias orgânicas, enquanto a quantificação de AA permite o diagnóstico das aminoacidopatias. Objetivos: Descrever os resultados preliminares na investigação de EIM por MS/MS para determinação de AC e AA, método recentemente implantado no Serviço de Genética Médica do HCPA. Ma-

Page 25: Sessões Coordenadas

Sessões coordenadas

25

teriais e métodos: Foram analisadas, de fevereiro a junho de 2009, 25 amostras de sangue em cartão de indivíduos com alto risco para EIM, com idade média de 3,6 anos, de diferentes estados do Brasil. Os principais sintomas apre-sentados pelos pacientes foram: hipoglicemia, vômitos e convulsões. Resultados e conclusões: Das amostras testa-das, 4 (16%) apresentaram resultados alterados de AC e seguem acompanhamento com a realização de exames confirmatórios. Destes 4 pacientes, 3 apresentaram perfil característico de DOAG e 1 apresentou perfil caracterís-tico de acidemia propiônica ou metilmalônica. Ainda, 1 paciente (4%) apresentou perfil de AA alterado, provavel-mente por deficiência de argininase. Por se tratar de um método rápido, sensível e que utiliza amostras de fácil obtenção, podemos concluir que a implantação da téc-nica de MS/MS para AC e AA de forma pioneira no HCPA será bastante útil na triagem para EIM, beneficiando, as-sim, um número grande de pacientes, especialmente os afetados por DOAG, cujo diagnóstico laboratorial é inter-nacionalmente realizado por esta metodologia.

A EQUIVALÊNCIA FARMACÊUTI-CA “CONCEITUANDO” O MEDI-CAMENTO GENÉRICOO ANALI 42 juntamente com o EQFAR 20 constituem o LCQFar da Faculdade de Farmácia. Os laboratórios seguem os requisitos da ISO 17025 integrando a Rede Brasileira de Laboratórios de Saúde Pública (Reblas) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O ANA-LI 42 é habilitado para a realização de ensaios analíticos e de estabilidade em matérias-primas, medicamentos e cosméticos para uso humano e veterinário, em for-mas farmacêuticas sólidas, semi-sólidas e líquidas não-estéreis, em conformidade com as resoluções vigentes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. O EQFAR 20 tem por finalidade a realização de análises de equiva-lência farmacêutica para registro de produtos genéricos e similares de indústrias farmacêuticas. Os laboratórios

Page 26: Sessões Coordenadas

Sessões coordenadas

26

proporcionam a inserção de alunos, por meio da ex-tensão, nas atividades referentes a análises de insumos farmacêuticos e medicamentos, no auxílio dos ensaios fisico-químicos e preparação de amostras e reagentes, propiciando um treinamento global nas técnicas analí-ticas de controle de qualidade de medicamentos e nos cálculos pertinentes. Desde que chegou às farmácias do Brasil, em 2000, o medicamento genérico teve seu con-sumo expandido em 218%. Atualmente, o mercado de genéricos ocupa cerca de 28% do total de medicamen-tos comercializados no Brasil. Há cerca de 541 indústrias farmacêuticas cadastradas no país, sendo que deste to-tal 42 estão produzindo medicamentos genéricos. Cerca de 86% dos medicamentos que existem atualmente no mercado brasileiro podem ser transformadas em gené-ricos já, que não estão protegidos pelas leis de patentes. Para ser considerado genérico o medicamento deve pas-sar pelos testes de equivalência farmacêutica (in vitro) e, quando necessário, testes de bioequivalência (in vivo). A avaliação da equivalência farmacêutica implica na exe-

cução de testes físicos e físico-químicos comparativos entre o candidato a genérico e seu respectivo medica-mento de referência. Estes ensaios devem ser realizados simultaneamente em ambos medicamentos. Exemplos de testes de equivalência realizados são: doseamento (teor) do ativo do medicamento, uniformidade de do-ses unitárias, testes de performance como dissolução e perfil de dissolução entre outros testes físico-quimicos como dureza, friabilidade, desintegração e peso mé-dio para formas farmacêuticas sólidas (comprimidos e cápsulas). Estudos realizados no primeiro trimestre de vigência da bolsa, compreenderam os relativos ao regis-tro de comprimidos de fenobarbital e de glibenclamida, produzidos por laboratório público oficial. Os ensaios de dissolução comparativos entre os produtos referência e teste constituem uma das primeiras etapas no desenvol-vimento de um medicamento genérico. A absorção de um fármaco contido em uma forma farmacêutica sóli-da, por exemplo, cápsulas e comprimidos, administrada por via oral depende; a) da liberação do princípio ativo

Page 27: Sessões Coordenadas

Sessões coordenadas

27

do produto; b) da dissolução ou solubilização do com-posto sob condições fisiológicas. c) de sua permeabili-dade através do trato gastrointestinal. As duas primeiras etapas mencionadas são de natureza crítica e, por esta razão testes de dissolução in vitro são de fundamental importância tanto para considerações de desempenho do medicamento in vivo quanto para o controle de qualidade dos produtos e/ou verificação da viabilidade de um genérico ser submetido a estudo de bioequiva-lência. A comparação de perfis de dissolução é útil não apenas no estagio de desenvolvimento da formulação, como também na isenção estudos in vivo de menores dosagens e auxiliando nas decisões de alterações pós-registro (local, escala, fornecedores de insumo). O teste de bioequivalência consiste na demonstração de que o medicamento genérico e seu respectivo medicamento de referência (aquele para o qual foi efetuada pesquisa clínica para comprovar sua eficácia e segurança antes do registro) apresentam a mesma biodisponibilidade no organismo, isto é, assegura que o medicamento gené-

rico seja equivalente terapêutico do medicamento de referência. No que se refere a ser equivalente farmacêu-tico, deve conter o mesmo fármaco, isto é, mesmo sal ou éster da mesma molécula terapeuticamente ativa, na mesma quantidade e forma farmacêutica, poden-do ou não conter excipientes idênticos ou, segundo a OMS ser “produto farmacêutico intercambiável”. Deve cumprir com as mesmas especificações atualizadas da Farmacopéia Brasileira e, na ausência dessas, com as de outros códigos autorizados pela legislação vigente e, na ausência desses, com outros padrões aplicáveis de qualidade, relacionados à identidade, dosagem, pureza, potência, uniformidade de conteúdo, tempo de desin-tegração e velocidade de dissolução, quando for o caso. Assim, o medicamento genérico é o único que pode ser intercambiável com o medicamento referência (ou seja, substituído), por apresentar os mesmos efeitos e a mes-ma segurança, demonstrados nos testes de equivalên-cia farmacêutica e de bioequivalência realizados e, ain-da na grande maioria dos casos, apresenta menor custo

Page 28: Sessões Coordenadas

Sessões coordenadas

28

em relação ao medicamento referência. A identificação um genérico, é possível pela observação da embalagem do produto. Deve existir uma tarja amarela com o “G” de genérico e a frase “Medicamento Genérico” em azul. Também deve constar o nome do genérico (que sem-pre será sua substância ativa) e logo abaixo a inscrição “Medicamento Genérico - Lei 9.787/99”. A grande aceita-ção dos medicamentos genéricos no mercado brasileiro deve-se em boa parte a política de saúde da Anvisa que vem demonstrando grande preocupação com a quali-dade desses medicamentos, qualificando centros públi-cos e privados para a realização dos testes, bem como atuando intensivamente na fiscalização às indústrias farmacêuticas.

FREQUÊNCIA DE TOSSE ASSO-CIADA AO USO DE MEDICAMEN-TO ANTI-HIPERTENSIVO ENTRE USUÁRIOS DA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDEA hipertensão arterial, conhecida popularmente como pressão alta, é uma das doenças com maior prevalên-cia no mundo moderno. Esta é caracterizada pela eleva-ção da pressão arterial para números acima dos valores considerados normais (140/90mmHg). As causas que provocam a hipertensão arterial são diversas, incluindo hereditariedade, obesidade, alcoolismo, sedentarismo, entre outras. A sua incidência aumenta com a idade. No Brasil, estima-se que um em cada cinco brasileiros seja portador desta patologia. É uma doença assintomática, ou seja, na maioria dos casos não são observados quais-quer sintomas no paciente. Embora não exista cura para

Page 29: Sessões Coordenadas

Sessões coordenadas

29

a hipertensão arterial, é possível um controle eficaz, ba-seado na reformulação de hábitos de vida e com o au-xílio de medicamentos antihipertensivos. Existem várias classes de fármacos para o tratamento do problema em questão, entre os quais destacam-se os Inibidores da Enzima Conversora da Angiotensina II (ECA). Na rede municipal de saúde de Porto Alegre, o inibidor da ECA padronizado é o captopril. Esse medicamento é larga-mente utilizado, e é reconhecidamente eficaz no con-trole da hipertensão arterial. As reações adversas mais frequentes são dor de cabeça e tosse seca persistente. De acordo com a literatura, a tosse seca pode acome-ter 0,5-2% dos usuários de captopril. No entanto, esse sintoma parece ser mais frequente do que o estimado, conforme observação dos profissionais e estudantes de farmácia, mediante queixas dos próprios usuários do medicamento, atendidos na Unidade Básica de Saúde HCPA/Santa Cecília. Portanto, o objetivo deste projeto é revisar a ocorrência deste efeito adverso relacionado ao uso de captopril entre os pacientes cadastrados na

Unidade Básica de Saúde (UBS) Santa Cecília/HCPA. A partir dos resultados obtidos, a tentativa é de aperfei-çoar a atenção dada aos pacientes da UBS que utilizam captopril. Foi realizado um levantamento em 50 pron-tuários de usuários de captopril, escolhidos aleatoria-mente. Para que se pudesse notificar o uso de captopril como único causador de tosse improdutiva, foram ana-lisados outros fatores, tais como asma e tabagismo, que também podem causar tosse seca. Na presença desses fatores, a tosse não era atribuída ao captopril, dado a di-ficuldade de estabelecer a real associação causal. Após consulta ao prontuário, identificamos que 12 pacientes analisados apresentam ou apresentaram tosse seca, possivelmente causada pelo tratamento com captopril, perfazendo 24% da amostra. Esse percentual é maior do que o relatado na literatura (0,5-2%) e no texto da bula de alguns medicamentos. Esse resultado deve ser avaliado com cautela, tendo em vista o tamanho limita-do da amostra e a natureza exploratória do estudo. Não podemos descartar a possibilidade do resultado estar

Page 30: Sessões Coordenadas

Sessões coordenadas

30

subestimado pela ausência de registro no prontuário, ou ainda superestimado, pela inespecificidade do sin-toma, que pode estar associado a outros problemas de saúde além daqueles investigados no prontuário. Tendo em vista o papel da Assistência Farmacêutica no suporte ao paciente, sanando suas dúvidas sobre o uso e efeitos dos medicamentos, cabe ao farmacêutico e estudantes de farmácia informar ao paciente sobre a possibilidade de ocorrência do efeito adverso em questão. Ao dispen-sar o medicamento, o profissional deve reforçar a ideia de que tratar a hipertensão é fundamental para a sua saúde, e orientá-lo sobre a freqüência do efeito adverso e necessidade de buscar auxilio médico, caso apresente tosse seca persistente associada ao captopril.

BANCO DE DADOS PARA CADAS-TRO DE USUÁRIOS DA FARMÁ-CIA POPULAR DO BRASIL – FAR-MÁCIA ESCOLA DA UFRGSA Farmácia Popular do Brasil/Farmácia Escola da UFRGS (FPB/UFRGS) tem como missão capacitar os futuros pro-fissionais farmacêuticos e prestar atenção farmacêutica aos usuários. A população atendida pela FPB/UFRGS é bastante heterogênea, sendo a maioria composta por pa-cientes em uso crônico de medicamento. A atenção far-macêutica tem como objetivo a melhora da qualidade de vida dos pacientes, buscando resultados definidos e de-pende, entre outros fatores, do conhecimento de caracte-rísticas individuais e outras informações relacionadas aos usuários. Através de ferramentas da informática podem-se compilar dados fundamentais para o desenvolvimento de estudos e para prestar um serviço de qualidade, visan-

Page 31: Sessões Coordenadas

Sessões coordenadas

31

do à melhoria do estado de saúde de seus usuários. Desta forma, um banco de dados foi desenvolvido no aplicativo Access do pacote MS Office para cadastrar os usuários e facilitar a atenção farmacêutica. O programa foi selecio-nado em função da facilidade e dinamicidade. As tabelas de dados e formulários basearam-se nas fichas em papel anteriormente utilizadas no cadastro dos usuários. A pro-gramação e consultas empregadas no banco de dados permitem o levantamento de dados sócio-demográficos e outros relacionados a hábitos de vida, problemas de saúde e medicamentos utilizados pela população aten-dida. A figura em anexo apresenta algumas das telas ca-dastro de pacientes. O programa desenvolvido permite a organização e o acesso às informações de saúde dos usu-ários, facilitando a atenção farmacêutica, e poderá subsi-diar projetos futuros de pesquisa e extensão.

Page 32: Sessões Coordenadas

32