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Memórias Alberto Felipe Friderichs Barros

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MemóriasAlberto Felipe Friderichs Barros

Todo computador é dotado de uma quantidade de memória, que pode variar

de máquina para máquina, a qual se constitui de um conjunto de circuitos

capazes de armazenar os dados e os programas a serem executados.

Memória

Armazenar Recuperar

Os circuitos de memória são normalmente subdivididos em pequenas

unidades de armazenamento, geralmente um byte. Cada uma desta unidade

é identificada no circuito por um endereço único, o qual vai ser referenciado

pelo processador. O processador 8088 tem um espaço de endereçamento de

1 MBytes, que vai de 0 a FFFFF.

Memória

Endereço hexadecimal Conteúdo

00000 23

00001 00

... ...

FFFFE F4

FFFFF EE

Em um sistema de computação não é possível construir e utilizar apenas um

tipo de memória. Para certas atividades, por exemplo, é fundamental que a

transferência de informações seja a mais rápida possível. Outras atividades

é preferido que os dados sejam armazenados por períodos mais longos.

Memória

Existem diferentes categorias de memória:

• Memória principal, onde normalmente devem estar armazenados os

programas e dados a serem manipulados pelo processador;

• Memória Secundária, permitem armazenar uma maior quantidade de

dados e instruções por um período de tempo mais longo;

• Memória Cache, se constitui de uma pequena porção de memória,

normalmente integrada aos processadores e que permite melhorar o

desempenho durante a execução de um programa.

• Tempo de Acesso;

• Capacidade;

• Volatilidade;

• Tecnologia de Fabricação;

• Temporariedade;

• Custo.

Características

• Indica quanto tempo a memória gasta para colocar uma informação no

barramento de dados após uma determinada posição ter sido endereçada.

• Também chamado de latência, se mede em números de clock

necessários.

Tempo de Acesso

Dependente do modo como o sistema de memória é construído e da

velocidade dos seus circuitos:

• Memórias eletrônicas-igual, independentemente da distância física entre o

local de um acesso e o local do próximo acesso - acesso aleatório

(direto).

Tempo de Acesso

• Dispositivos eletromecânicos (discos, fitas, ..) tempo de acesso varia

conforme a distância física entre dois acessos consecutivos - acesso

sequencial.

Tempo de Acesso

• Quantidade de informação que pode ser armazenada em uma memória;

• Unidade de medida mais comum é o byte, dependendo do tamanho da

memória, isto é, de sua capacidade, indica-se o valor numérico total de

elementos de forma simplificada, através da inclusão de K (kilo), M

(mega), G (giga) ou T (tera).

Capacidade

As memórias podem ser do tipo volátil ou não volátil.

• Memória Volátil: perde a informação armazenada quando a energia é

desligada. Ex: Registradores, cache, memória principal.

• Memória Não Volátil: retêm a informação armazenada quando a

energia é desligada. Ex: disco rígido, Fitas, pendrive, Cd-rom.

Volatilidade

• Semicondutores

• Magnético

• Óptico

Tecnologias de Fabricação

Semicondutores

• Dispositivos fabricados com circuitos eletrônicos e baseados em

semicondutores. Rápidas e relativamente caras, se comparadas com

outros tipos.

• Há várias tecnologias específicas, cada uma com suas vantagens,

desvantagens, velocidade, custo, etc. Exemplos: Registradores,

Memória Principal, Memória Cache e SSD.

ROM

ROM

PROM

EPROM

EEPROM

RAM

DRAM

FPM EDO

EDO

SDRAM

RDRAM

SRAM

RAM

Memória de acesso aleatório, podem ser: estática (SRAM) e dinâmica (DRAM)

• SRAM: uso em circuitos transistorizados (flip-flop) mantem a informação

enquanto estiver energizada, muito rápidas (~ns), usadas tipicamente como

memória cache.

• DRAM: uso de capacitores (1 transistor e um capacitor por bit), necessita

de refresh, alta capacidade de armazenamento, mais lentas que as

primeiras, usadas tipicamente como memória principal, tipos: EDO,

SDRAM.

DRAM

• DDR: (Double Data Rate) É uma memória SDRAM muito mais avançada e

que consegue trabalhar com o dobro do desempenho.

• RDRAM: (Rambus DRAM). Padrão proprietário, permite a leitura e escrita

de até 16 dados simultaneamente por circuito. Utilizadas, principalmente,

em algumas máquinas de jogos e em aplicações gráficas muito intensivas.

ROM

Memória apenas de leitura. Uma vez gravada não pode mais ser alterada. De

acesso aleatório, não é volátil. Mais lenta que a RAM e mais barata. Utilizada

geralmente para gravar programas que não se deseja permitir que o usuário possa

alterar ou apagar: Ex: BIOS.

PROM

• Programmable Read Only Memory.

• ROM programável com máquinas adequadas (chamadas queimadores de PROM).

• Geralmente é comprada "virgem" (sem nada gravado), sendo muito utilizada no

processo de testar programas no lugar da ROM, ou sempre que se queira produzir

ROM em quantidades pequenas.

EPROM

Memória apenas de leitura, programável (com queimadores de PROM) e

apagável (com máquinas adequadas, à base de raios ultravioleta). Tem utilização

semelhante à da PROM, para testar programas no lugar da ROM, ou sempre que se

queira produzir ROM em quantidades pequenas, com a vantagem de poder ser

apagada e reutilizada.

EEPROM

Memória apenas de leitura, programável e eletronicamente alterável.

FLASH

• Funcionamento similar ao da EEPROM, conteúdo total ou parcial da

memória pode ser apagado normalmente por um processo de escrita.

• Alta capacidade de armazenamento.

• O termo flash foi imaginado devido à elevada velocidade de apagamento

dessas memórias em comparação com as antigas EPROM e EEPROM.

• Ideal para várias aplicações portáteis (câmeras digitais, palmtop, assistentes

digitais portáteis, aparelhos de música digital ou telefones celulares).

CMOS

Complementary Metal Oxide Semiconductor. Tipo especial de memória para

armazenamento das opções essenciais de configuração de inicialização,

quantidade de memória instalada, data, hora. É alimentada por bateria.

Meio Magnético

Fabricadas de modo a armazenar informações sob a forma de campos

magnéticos. Devido à natureza eletromecânica de seus componentes e à

tecnologia de construção em comparação com memórias de semicondutores,

esse tipo é mais barato, permitindo armazenamento de grande quantidade de

informação. Método de acesso às informações sequencial. Exemplos:

disquetes, discos rígidos e fitas magnéticas.

Meio Óptico

Dispositivos que utilizam um feixe de luz para “marcar” o valor (0 ou 1) de cada

dado em sua superfície. Exemplos: CD-ROM (leitura), CD-RW (leitura e escrita).

Temporariedade

Indica o conceito de tempo de permanência da informação em tipo de memória.

• Armazenamento “permanente”. Ex.: Discos, disquetes, ROM.

• Armazenamento transitório. Ex.: registradores, memória cache, RAM.

Custo

Bastante variado em função de diversos fatores:

• Tecnologia de fabricação

• Ciclo de memória

• Quantidade de bits em um certo espaço físico, etc.

Uma boa unidade de medida de custo é o preço por byte armazenado, em vez

do custo total da memória em si.

Hierarquia de memória

A relação custo/desempenho caracteriza a hierarquia da memória, onde a

memória mais rápida é a mais cara e consequentemente possuirá menor

capacidade se comparada com as demais.

Hierarquia de memória

• Registradores;

• Memoria Cache;

• Memória Principal e

• Memória Secundária

Registradores

A memória mais veloz e mais cara do sistema, são internos a CPU e possuem

capacidade de armazenamento de 64 x 64 bits em CPU de 64bits e assim

respectivamente.

• Tempo de acesso: 1 a 5 ns.

• Capacidade: 8 a 64 bits.

• Volatilidade: Volátil.

• Tecnologia: Semicondutores.

• Temporariedade: Temporária.

• Custo: Muito elevado.

CACHE

São medidas conforme a sua latência e dividem-se em alguns casos em L1, L2

e L3; Atualmente existem no mercado memórias cache por volta de 16 MB.

• Cache L1: (primária): interna ao processador.

• Cache L2: (secundária): instalada na placa-mãe ou no processador.

• Cache L3: Existente em alguns processadores.

CACHE

• Tempo de acesso: 5 a 7 ns.

• Capacidade: 16K a 16 MB.

• Volatilidade: Volátil.

• Tecnologia: SRAM.

• Temporariedade: Temporário

• Custo: Elevado.

Memória Principal

É o dispositivo no qual armazena os dados que estão sendo executados, para

que o processador busque as instruções a serem processadas.

Memória Principal

• Tempo de acesso: 50 a 80 ns.

• Capacidade: 8 Gbytes.

• Volatilidade: Volátil.

• Tecnologia: DRAM.

• Temporariedade: Temporário.

• Custo: baixo.

Memória Secundária

É a memória mais barata, com mais espaço e comum nos computadores. São

as mais lentas unidades de armazenamento de um sistema computacional.

Exemplos: CD, DVD, Disco Rígido, Pendrive...

Memória Secundária

• Tempo de acesso: 120 a 300 ms.

• Capacidade: 2 TB.

• Volatilidade: Não Volátil.

• Tecnologia: Ótico, Magnético, etc...

• Temporariedade: Permanente.

• Custo: baixo.

Evolução

• O aperfeiçoamento das memórias centrou-se no aumento da sua

capacidade de armazenamento;

• O aperfeiçoamento das CPU's centrou-se no seu desempenho;

• A memória principal tem grande capacidade de armazenamento porém

seu acesso é lento e pode se tornar um "gargalo" para a CPU, que deve

esperar muito para receber os dados da memória;

Soluções

1 - É possível projetar uma memória com velocidade compatível com a

CPU?

R: Sim, mas é muito caro !

2 - Seria possível embutir a memória no chip da CPU e reduzir o uso do

barramento?

R: Sim, mas existem restrições ao tamanho do chip !

A melhor solução

• Memória Cache;

• Memória rápida porem cara e de menor capacidade;

• Contudo, associada à memória principal (barata e de grande capacidade),

resulta num sistema:

- razoavelmente barato;

- razoavelmente rápido;

- de grande capacidade e armazenamento.

Memória Magnética

• Constituído de um prato circular de metal

coberto com um material magnético.

• Os dados são gravados e lidos por meio

de uma bobina chamada cabeçote.

• Durante a leitura o cabeçote permanece

estático, enquanto o disco gira.

• Durante a escrita ele emite pulsos

magnéticos que gravam os 0 e 1.

Memória Óptica

• Desenvolvida a partir de 1983;

• Surgiu com o CD;

• Era destinado apenas para o armazenamento de áudio digital;

• Com o tempo o CD-ROM passou a armazenar dados;

• Evoluiu para DVD e Blu-ray.

• O disco é constituído de uma resina de policarbonato;

• É depois revestida com uma superfície com alto índice de reflexão.

• A gravação é feita com um laser de alta intensidade muito bem focado.

• Estas “queimaduras” criam sulcos no disco.

Memória Óptica

• A leitura é feita com um laser de baixa potencia;

• O feixe passa através da cobertura protetora enquanto o motor gira o disco;

• Ao encontrar um sulco a intensidade da luz muda;

• Essa mudança é detectada por um foto sensor e convertida num sinal digital;

Memória Óptica

RAM ou Memória de acesso aleatório, identifica a capacidade de acesso a

qualquer posição e em qualquer momento, por oposição ao acesso sequencial,

imposto por alguns dispositivos de armazenamento. Existem vários tipos de

módulos de memória RAM.

Memória Principal

Fast-Page Mode: uma das primeiras tecnologias de memória RAM. Memórias

FPM utilizavam módulos SIMM, tanto de 30 quanto de 72 vias; Módulos com

essa tecnologia podiam armazenar incríveis 256 kbytes.

FPM

A tecnologia EDO (Extended Data Out) apareceu em 1995, trazendo um

aumento de desempenho de 5% se comparadas às que utilizavam a

tecnologia FPM, era quase idêntica à FPM. Esse tipo foi aplicado

principalmente em módulos SIMM, mas também chegou a ser encontrado em

módulos DIMM de 168 vias.

EDO

SDRAM (Synchronous Dynamic Random Access Memory): as memórias FPM e

EDO são assíncronas, o que significa que não trabalham de forma sincronizada

com o processador. O problema é que, com processadores cada vez mais

rápidos, isso começou a se tornar um problema, pois muitas vezes o

processador tinha que esperar demais para ter acesso aos dados da memória.

SDRAM

As memórias SDRAM, por sua vez, trabalham de forma sincronizada com o

processador, evitando os problemas de atraso. A partir dessa tecnologia,

passou-se a considerar a frequência com a qual a memória trabalha para

medida de velocidade. Surgiam então as memórias SDR SDRAM (Single Data

Rate SDRAM), que podiam trabalhar com 66 MHz, 100 MHz e 133 MHz.

SDRAM

DDR SDRAM

Double Data Rate SDRAM: as memórias DDR apresentam evolução

significativa em relação ao padrão SDR, isso porque elas são capazes de lidar

com o dobro de dados em cada ciclo de clock (memórias SDR trabalham

apenas com uma operação por ciclo). Assim, uma memória DDR que trabalha à

frequência de 100 MHz, por exemplo, acaba dobrando seu desempenho, como

se trabalhasse à taxa de 200 MHz

DDR SDRAM

Modelo Clock Base (MHz) Multiplicador Clock Efetivo (MHz)

PC-1600 100 2 200

PC-2100 133 2 266

PC-2400 150 2 300

PC-2700 166 2 333

PC-3000 185 2 370

PC-3200 200 2 400

PC-3700 233 2 466

PC-4000 250 2 500

DDR2 SDRAM

como o nome indica, as memórias DDR2 são uma evolução das memórias

DDR. Sua principal característica é a capacidade de trabalhar com quatro

operações por ciclo de clock, portanto, o dobro do padrão anterior.

DDR2 SDRAM

Modelo Clock Base (MHz) Multiplicador Clock Efetivo (MHz)

DDR2-533 133 4 533

DDR2-667 166 4 667

DDR2-800 200 4 800

DDR2-933 233 4 933

DDR2-1066 266 4 1066

DDR2-1200 300 4 1200

DDR2-1333 333 4 1333

DDR3 SDRAM

As memórias DDR3 são, obviamente, uma evolução das memórias DDR2.

Novamente, aqui dobra-se a quantidade de operações por ciclo de clock,

desta vez, de oito.

DDR3 SDRAM

Modelo Clock Base (MHz) Multiplicador Clock Efetivo (MHz)

DDR3-800 100 8 800

DDR3-1066 133 8 1066

DDR3-1333 166 8 1333

DDR3-1600 200 8 1600

DDR3-1866 233 8 1866

DDR3-2000 250 8 2000

DDR3-2133 266 8 2133

DDR3-2400 300 8 2400

Resumo