OUVINDO A PREGAO DE FORMA PODEROSA

Rev. Fbio Henrique do Nascimento CostaTg. 1. 22-25 INTRODUO Nosso Senhor nos adverte que o corao de muitos ouvintes da Palavra como o terreno espinhoso. A semente da Palavra semeada nele fica sufocada pela multido dos outros cuidados que ocupam suas afeies. Esses ouvintes no se opem s doutrinas e exigncias do evangelho; at desejam crer nelas e obedec-las. Todavia, permitem que as coisas terrenas tomem posse da mente, no deixando nenhum espao Palavra de Deus, para que ela faa seu trabalho. Disso resulta que, no importa quantos sermes ouam, os tais no parecem melhorar em nada. No seu ntimo, o processo de asfixiar a verdade avana semana aps outra. No produzem frutos de aperfeioamento. Os cuidados desta vida esto entre os maiores perigos que estorvam o caminho do crente. O dinheiro, os prazeres, os empreendimentos terrenos do dia a dia, so incontveis ciladas armadas para capturarem almas. Milhares de coisas inocentes em si mesmas, se dominadas pelos excessos, so pouco menos do que veneno para a alma e cooperam com o inferno. O pecado descarado no a nica transgresso que arruna as almas. No seio de nossas famlias e nas solicitudes de nossas vocaes lcitas temos de estar em guarda. Se no vigiarmos e orarmos, esses interesses mundanos podem nos roubar o cu e sufocar cada sermo que ouvimos. Poderemos viver e morrer como ouvintes cujo corao terreno espinhoso1.

ELUCIDAO1

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Sendo o primeiro a respeito do conhecimento de Deus nos versos 16-18. A segunda Tiago trata o corao do homem, quando ele passa as dificuldades e pratica a ira pecaminosa. Nos versos 19-21 Esta poro da Palavra a terceira exortao que Tiago faz aos seus leitores no tocante a ortopraxia, isto , o colocar em prtica o ensinamento que eles recebem ao ouvir as pregaes. TEMA: OUVINDO A PREGAO DE FORMA PODEROSA DESENVOLVIMENTO 1. OUVIR NO O BASTANTE (V. 22) Meus amados irmos para interpretarmos e explicarmos esse pargrafo se faz necessrio fazer uso da gramtica da lngua grega. TORNAI-VOS: Esse verbo no grego ,

Gi,nesqe, este verbo est no modo imperativo do

tempo presente, e na voz mdia. Isso indica primeiramente que uma ordem no uma condio, o tempo presente diz que tem que ser agora nesse exato momento, tambm que a voz mdia quando o agente pratica e sofre a ao. O tempo presente na voz mdia do modo imperativo remete a idia de uma ao continua, ou seja, tem que se tornar um hbito de vida.ENGANANDO-VOS: Esse verbo no grego :

paralogizo,menoi:

este verbo um

particpio presente na voz mdia. O particpio na lngua grega considerado um adjetivo verbal. E trocando em midos, o particpio adjetival traz as qualidades do sujeito da ao. Indicando assim uma ao em andamento, um processo ainda no acabado. 2. O PROBLEMA DO AUTO-ENGANO (V. 23,24). Tiago aqui introduz uma comparao para explicar a inutilidade de ouvir a Palavra sem pratic-la. H uma semelhana entre os meros ouvintes de sermes e aqueles que se olham no espelho e logo esquecem a sua face ali refletida.O ponto de comparao que ambos, tanto o mero ouvinte quanto o contemplador esquecido,

no fazem coisa alguma a respeito do que ouviram e viram. Portanto, o ouvir e o ver no2

resultam em coisa alguma. So exerccios inteis e infrutferos, mesmo que feitos com muita ateno, dedicao e intensidade.O verbo que Tiago usa aqui

katanoou/nti. E que significa: olhar com intensidade,

examinar minuciosamente, fazer um escrutnio atento, e no dar uma mera olhada. Verbo particpio presente na voz ativa. O particpio na lngua grega considerado um adjetivo verbal. E trocando em midos, o particpio adjetival traz as qualidades do sujeito da ao. Indicando assim uma ao em andamento, um processo ainda no acabado.Qual a finalidade comum de algum olhar-se num espelho seno para em seguida, ajeitar a

sua aparncia, retocando aqui e ali os defeitos que o espelho revelou e que a pessoa que por si s no poderia ver? Qual a finalidade de ouvir a Palavra de Deus seno para corrigir os nossos erros e ser instrudos e encorajados a fazer o que correto? Se no praticarmos o que ouvimos nos cultos e em outras ocasies em que a Palavra for pregada, poder esse ouvir nos salvar? Na Antiga Aliana por meio do profeta Ezequiel, Deus denunciou o seu povo exatamente pelo mesmo erro Ez. 33. 21... 34. 1-3J no Novo Testamento o prprio Jesus e meio irmo de Tiago comparo aquele que ouve suas

palavras e no as pratica a uma casa sem fundamento slido (Mt. 7.26). aqui est a causa da superficialidade dos leitores de Tiago. Da mesma forma, somente ouvir sermes, ainda que de forma regular e atenta, um exerccio infrutfero que no traz benefcio nenhum, muito pelo contrrio apenas o autoengano. 3. A BEM-AVENTURANA PARA OS QUE PEM EM PRTICA O QUE OUVEM. (V.25)Tiago agora apresenta, em contraste com os dois versculos anteriores e seguindo o modelo

do Senhor Jesus nas bem-aventuranas a felicidade daquele que tem a atitude correta diante de Deus, bem como os benefcios trazidos a tal pessoa pela prtica dessa Palavra.Tiago identifica algum que considera, atentamente , na lei perfeita, lei da liberdade, as duas

ltimas expresses so uma referncia ao Evangelho de Jesus Cristo, a palavra da verdade que menciona em 1.18;

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essa lei que o ouvinte operoso, em primeiro lugar, considera atentamente, parando para

contemplao da Palavra de Deus. Podemos traduzir o operoso por: fazedor de obras,Em segundo lugar esse ouvinte persevera, isto , perseverar significa permanecer, no original

grego continuar o curso de uma ao, uma atividade. o equivalente a se praticar aquilo que se ouviu. Comentar o salmo 1.Como resultado ele ser feliz no que ele realizar. Nesse caso Tiago diz que os praticantes da

Palavra de Deus sero recompensados com a prosperidades de seus empreendimentos e aes, no somente porque os princpios bblicos assim o conduzem, mas tambm por causa da beno de Deus sobre os obedientes. APLICAO Aqueles que deixam de praticar a palavra, que so apenas ouvintes, so culpados de uma autoiluso perigosa e potencialmente fatal. CONCLUSO A certeza [de salvao] que no resulta num caminhar mais santo certeza falsa -- Joel Beek Se o evangelho, por natureza, contm o poder que salva e a convocao obedincia, aquele que olha para apenas em destes elementos no o abraou verdadeiramente. Quanto mais graa tivermos menos pensaremos de ns mesmo, pois a graa, como a luz, revela as nossas impurezas -- Charles Spurgeon

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