Sermão em Tiago 1. 5-8
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Orando a Deus com fé por sabedoria
Rev. Fábio Henrique do Nascimento Costa
Tg. 1. 5-8
Este é o segundo princípio de como enfrentar as provas que Tiago
ensina aos cristãos dispersos aos quais eles escrevem.
Orando a Deus com fé por sabedoria.
Desenvolvimento
Ao declarar no final do verso anterior que o alvo do cristão é não ser
deficiente em nenhuma virtude, Tiago faz uma espécie de digressão para tratar
de uma deficiência grave nos seus leitores, retornando ao tema das provações
no V.12. A deficiência é a falta de sabedoria.
A maneira como Tiago constrói a frase – se algum de vós necessita de
sabedoria – mostra que ele supõe que esse fato seja verdadeiro. Ele não está
aventando apenas uma hipótese. Ele sabe que seus leitores realmente são
deficientes nessa área. Falta-lhes sabedoria para enfrentar as muitas
tribulações, e Tiago se propõe agora a orientá-los quanto ao modo de suprir
essa falta. E é dessa forma que ele adiciona ao que já havia dito no parágrafo
anterior em 1. 2-4. (considerar as provas como motivo de alegria) mais uma
atitude que os cristãos devem ter em tempos de provações, ou seja, orar por
sabedoria.
1º A sabedoria como o uso prático do conhecimento que temos de
Deus. Vs. 5,6
Essa sabedoria ele exige daqueles que desejam ser mestres Tiago
3:13 13 Quem entre vós é sábio e inteligente? Mostre em mansidão de
sabedoria, mediante condigno proceder, as suas obras. Em contraste com
o saber terreno, animal e demoníaco, que se demonstra pela inveja e pelo
espírito faccioso como nos mostra os VS. 3.14-15 Se, pelo contrário, tendes
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em vosso coração inveja amargurada e sentimento faccioso, nem vos
glorieis disso, nem mintais contra a verdade. 15 Esta não é a sabedoria
que desce lá do alto; antes, é terrena, animal e demoníaca. Mas em
contraste com a sabedoria que vem do alto que é: Tiago 3:17 A sabedoria,
porém, lá do alto é, primeiramente, pura; depois, pacífica, indulgente,
tratável, plena de misericórdia e de bons frutos, imparcial, sem
fingimento. É a hocma, a sabedoria prática ensinada no livro de provérbios,
cujo princípio operante é o temor a Deus. Provérbios 2:3-8 3 e, se clamares
por inteligência, e por entendimento alçares a voz, 4 se buscares a
sabedoria como a prata e como a tesouros escondidos a procurares, 5
então, entenderás o temor do SENHOR e acharás o conhecimento de
Deus. 6 Porque o SENHOR dá a sabedoria, e da sua boca vem a
inteligência e o entendimento. 7 Ele reserva a verdadeira sabedoria para
os retos; é escudo para os que caminham na sinceridade, 8 guarda as
veredas do juízo e conserva o caminho dos seus santos. Porque quando
de fato tememos a Deus, procuramos sempre tomar decisões e fazer escolhas,
em meio as provações, que o agradem. Nós o sabemos o que o agrada pelas
Escrituras.
Muito embora Tiago tenha assegurado aos seus que Deus responde
as nossas orações, eles não deveriam imaginar que o Senhor atenderia
qualquer tipo de oração. Devemos pedir sabedoria a Deus, porém devemos
fazê-lo com fé, com confiança na liberalidade de Deus, conforme ele expôs no
verso anterior.
De acordo com Tiago pedir com fé é pedir em nada duvidando. Duvidar
significa literalmente “julgar”, “discriminar”, “discernir”. Na voz passiva no grego
significa hesitar, questionar, duvidar. Indica uma alma dividida. É um quadro
vívido da dúvida interna, em que o espírito se debate entre o acreditar e o não
acreditar.
A cena pintada por Tiago das ondas do mar. Mostra que semelhante as
ondas as almas desses homens estão inquietas e atormentadas com duvidas e
incertezas. Opostas aquelas que Deus deseja produzir em nós por meio das
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tribulações Tiago 1:3 sabendo que a provação da vossa fé, uma vez
confirmada, produz perseverança.
Orando a Deus com fé por sabedoria.
2º Deus condena o homem de coração dúbio. Vs. 7,8
Tiago aqui repreende qualquer expectativa que esse homem de
coração dúbio porventura entenda que sua oração por sabedoria será
respondida. Como a onda violentamente agitada, sem direção propósito e
objetivo, assim também aquele que duvida de Deus perambula na vida
espiritual, tendo perdido o seu caminho. “ele não alcançará do Senhor coisa
alguma”. Ou seja, esse princípio aplica-se não somente aos pedidos por
sabedoria, mas aos pedidos em geral. Isaias 58:3-6 3 dizendo: Por que
jejuamos nós, e tu não atentas para isso? Por que afligimos a nossa alma,
e tu não o levas em conta? Eis que, no dia em que jejuais, cuidais dos
vossos próprios interesses e exigis que se faça todo o vosso trabalho. 4
Eis que jejuais para contendas e rixas e para ferirdes com punho iníquo;
jejuando assim como hoje, não se fará ouvir a vossa voz no alto. 5 Seria
este o jejum que escolhi, que o homem um dia aflija a sua alma, incline a
sua cabeça como o junco e estenda debaixo de si pano de saco e cinza?
Chamarias tu a isto jejum e dia aceitável ao SENHOR? 6 Porventura, não é
este o jejum que escolhi: que soltes as ligaduras da impiedade, desfaças
as ataduras da servidão, deixes livres os oprimidos e despedaces todo
jugo?
E Tiago continua repreendendo o esse tipo de pessoas veja o que ele
diz: Tiago 1:8 homem de ânimo dobre, inconstante em todos os seus
caminhos. O quadro é de uma pessoa que anda no seio da igreja colocando
os seus sentimentos a respeito de outro para os irmãos as escondidas sem que
o outro possa se defender “e no popular isso é covardia”. É como se alguém
tivesse dois rostos, cada um olhando contrário a outro. Esse quadro vivido
daquele que duvida é bem exemplificado no episódio em que Elias repreende o
povo de Israel por “coxear entre dois pensamentos”, entre Deus e baal,
indeciso e dividido.
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Os leitores de Tiago certamente sentiram o poder dessas palavras, que
visavam, apesar de vigorosas, encorajá-los a terem um caráter firme sem
falsidades a buscarem a Deus nas tribulações com firmeza de espírito e
dignidade.
APLICAÇÕES
1º É que Deus deseja de inteireza de coração, firmeza de propósito, um
coração totalmente consagrado e devotado a ele. É a este que Jesus atenderá.
2º Temos que agir com firmeza de caráter em todas as circunstâncias.
3º Peçamos a Deus discernimento para sabermos identificar os que
possuem essas práticas em nosso meio. E oremos por eles para que Deus o
próprio Deus os trate.
CONCLUSÃO
O conhecimento de Deus não pode ser apenas por conhecer, o
conhecimento das doutrinas bíblicas tem que serem levadas à prática.