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DISTRIBUIÇÃO GRATUITA BENTO GONÇALVES | 3 DE JULHO DE 2015 | EDIÇÃO 169 DIA DO COLONO “Sou e sempre serei agricultor”. Geraldo Bellé Viticultor (1934-2015)

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DIA DO COLONO

“Sou e sempre serei agricultor”.Geraldo BelléViticultor(1934-2015)

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Por Kátia Bortolini e Janete Nodari

Integração da Serra - Quando e onde nasceu Geraldo Bellé?

Família Bellé - Em 19 de janeiro de 1934, na Linha Buratti, interior de Bento Gonçalves.

Integração da Serra - Como foi o início da vida dele e a infância?

Família Bellé - Filho de Desiderio Bellé e de Tereza Zanetti Bellé, o mais jovem da família, de sete homens e duas mulheres (Josephat, Antônio, Henrique, Angelo, Arlindo, Giacomo, Catarina, Ermilda e Geraldo). Perdeu a mãe aos 11 anos, quando passou a ser cuidado pelas irmãs Catarina e Ermilda. A propriedade em que viveu na Linha Burati foi adquirida, no início da colonização Italiana na região, pe-los imigrantes Giosafat e Marcolina Menegazzo Bellé. Nessa proprieda-de, nos anos 1900, a família dos Bel-lés estabeleceu uma vinícola, sendo então, uma das mais antigas de Ben-to Gonçalves. Vendiam vinhos para moradores do município e também para outras cantinas com estruturas comerciais mais sólidas como a Cia. Monaco. Anos depois, com a funda-ção da Vinícola Aurora, Desidério e os filhos ingressaram como cooperados. Gradualmente, esses filhos foram to-mando novos rumos, deixando a casa paterna. Geraldo, em 1958, casa-se com Aurora Zandoná. Em 1962, o ca-sal, já com um filho nos braços, dei-xa a colônia para fixar residência em Bento Gonçalves.

Integração da Serra - Por que morar na cidade?

Família Bellé - Como era a tra-dição nas numerosas famílias da época, a maioria dos filhos homens casava, permanecia alguns anos na

mitante com o trabalho no bar da fa-mília, localizado no centro de Bento Gonçalves. Preferia a lida na terra e com os animais domésticos aos livros e bancos escolares.

Integração da Serra - Como era a rotina dele? Do que mais gostava?

Família Bellé - Desde jovem, gostava de brincar com as pessoas. Foi um eterno brincalhão. Sacana-gens, de bom nível; pegadinhas; piadas; inventava histórias; se tra-vestia de personagens, de moças e de senhoras; inventou um show de magia de achar a agulha, mantido por uns 30 anos; assumia persona-gens, era um artista; teatralizava. Gostava de conversar com qualquer pessoa, e se possível, com brincadei-ras. Adorava interagir com todos, o que fazia em casa, no salão da capela, nas comunidades e no centro de Ben-to. Na juventude, também se aventu-rava pelas ruas e estradas da cidade e interior, no lombo de sua mula Mar-garida, na época seu principal meio de locomoção.

Integração da Serra - Além de ser uma pessoa alegre, era um traba-lhador, um exemplo?

Família Bellé - Sim. Sempre.

O Sindicato Rural da Serra Gaúcha quer festejar e parabenizar por esta significativa data. Mas quem será mesmo este colono, nos dias de hoje?

Neste dia, queremos fazer uma reflexão. Hoje, o colono não é mais um cultivador, que faz parte de uma colônia. Ele se transformou em empre-endedor rural, protetor ambiental, economista e muitas outras profissões.

Desta forma, acreditamos que empresário rural é o termo mais correto para denominarmos, atualmente, o colono, que tem participação funda-mental na sobrevivência do ser humano: produzir alimentos.

Até 2050, deve dobrar a produção de alimentos. Um grande desafio, pois se nós continuarmos como simples “colonos”, não iremos atingir essa meta, mas como “empresários”, a união do agricultor e do empreendedor, chegaremos lá. Neste dia 25 de julho, pense nisso. Vamos nos orgulhar des-ta profissão. Seguir o exemplo de “Seu” Geraldo Bellé, que trabalhou pela subsistência da família e gerou renda para dar estudos aos filhos e alimento para muitas famílias.

Ser empresário rural não é trabalhar sozinho, mas sim, em associativis-mo e cooperativismo. No individualismo, o custo de produção é muito alto.

Produtor Rural, você é o nosso EMPRESÁRIO RURAL. Parabéns pelo seu dia. Orgulhe-se e seja muito feliz com esta profissão.

sobrecapa deste mês enaltece o colono, que comemora sua data em 25 de julho, dia também dedicado ao motorista, por meio de uma homenagem póstuma a Geraldo Bellé, falecido em Bento Gonçalves no último dia 9 de junho, aos 81

anos. Através de relatos dos filhos Volmir, Valdir, Valdemir, Josceli e Valdecir, a entre-vista reporta a história de vida do marido, pai e amigo, que deixou muitos frutos. Seu trabalho e gosto pela viticultura não foram em vão. Os filhos Valdir e Valdecir também são apaixonados pela lida com os parreirais. Eles mantêm os vinhedos que Geraldo deliciosamente cultivava, com o mesmo espírito de associativismo.

Homenagem póstuma ao viticultor Geraldo Bellé

Biografia de um colono

casa paterna para após ter a própria casa. Isso já acontecera com os tios e tias do Geraldo décadas antes. Desse modo Geraldo tomou seu novo ca-minho naquele ano de 1962. Na oca-sião, nosso pai tornou-se empregado da antiga Dreher S/A, onde trabalhou por dez anos, até 1972.

Integração da Serra - Como fo-ram esses anos?

Família Bellé - Relativamente bons, porque ele trabalhava com

a uva e o vinho. Trabalhou algum tempo na destilaria do conhaque e, muitos anos, na elaboração do cham-pagne. Bento Gonçalves nadava em vinhos. Os anos 1970, foram desta-cados no município pelo produto vinho, mas Geraldo Bellé na ver-dade, foi uma pessoa inconforma-da com a vida urbana. Mantinha a vontade e o hábito de prestar ser-viços na sua colônia de origem. Ro-tineiramente, nos finais-de-semana ou nas férias, se deslocava para o

Buratti, para auxiliar o irmão na poda da parreira, por exemplo. Às vezes, na própria Dreher, prestava serviços na granja da empresa em Pinto Bandei-ra. Mesmo na sua residência na rua São Paulo, bairro Borgo, mantinha sua horta, criava galinhas e perma-nentemente engordava um porco.

Integração da Serra - E os anos posteriores?

Família Bellé - A inconformida-de com a vida urbana, a saudade da colônia o motivaram a negociar suas propriedades urbanas com a proprie-dade do Buratti, com o irmão Antô-nio, em abril de 1972. Tentara, anos antes, uma terra na Linha São Miguel, sem êxito. No mesmo ano, retornou ao seu recanto preferido, sonhado e reverenciado. Voltou a ser agri-cultor ou colono, como gostava de ser chamado. A família aumentara. Eram cinco filhos: Volmir, Valdir, Val-demir, Josceli e Valdecir.

Integração da Serra - E os estu-dos?

Família Bellé - Como era cos-tume na época, cursou até o quinto ano primário, na escola da localida-de. Ainda jovem, frequentou alguns meses o Colégio Aparecida, conco-

Orgulhava-se por trabalhar muito. Por nunca ter faltado ao serviço na época em que foi funcionário da Dreher. Durante 10 anos, nossa mãe Aurora, vinha de mula para a cidade vender produtos coloniais nas residências. Em 1979, Geral-do comprou uma Brasília amarela, inseparável até seus últimos dias de vida. Com essa Brasília, ele e sua fiel e trabalhadora esposa Aurora durante outros 20 anos, mantiveram a rotina semanal de trazer e vender seus produtos nas casas de Bento: uvas, vinhos, vinagre, ovos, galinhas, bergamotas, limas, laranjas, pêsse-gos, aipim, batata-doce, milho verde, queijo, marmeladas (uva, marmelo, figo), verduras, faziam parte desse elenco de produtos. Nosso pai sem-pre julgou absurdo um agricultor não produzir tudo o que fosse possível. Dos bichos, desde criança, era apai-xonado pelas galinhas. Cuidou delas, permanentemente, dia e noite, até 2014. Uma particularidade interes-sante: o pai Geraldo foi também mo-torista desde os 18 anos de idade, até os dias que antecederam sua partida, ou seja, por mais de 60 anos.

Integração da Serra - Vocês são agradecidos e orgulhosos por esse

modelo de pai?Família Bellé - Somos muito or-

gulhosos de tê-lo como marido, pai e avô. Creio que também foi um gran-de filho e irmão. O pai Geraldo sem-pre foi uma pessoa amistosa, corre-ta, simples e humilde (embora tinha certeza de que ninguém, na face da terra, entendesse mais sobre a poda das videiras, do que ele). Nunca se preocupou com qualquer forma de luxo. Para ele, a vida, as relações pessoais e negociais não precisa-vam de contratos, termos, acordos. A palavra era mais que suficiente. Foi um marido e pai amoroso. Em-bora educado e convicto que cozinha

era exclusivamente para a esposa ou as mulheres.

Integração da Serra - Mais con-

siderações.Família Bellé - Ele diria: sou e

serei sempre agricultor. Lamen-tava-se, nos últimos tempos, pela limitação física para o trabalho agro-pecuário. Mas foi um verdadeiro ser humano. Amava as pessoas. Amava as galinhas, as vacas, os porcos e os gatos; amava as videiras, o vinho, a terra, o sol, a chuva e o frio (não gos-tava apenas do calor). Amava a vida e viver. Andava constantemente de bem com o mundo.

Imagens: Arquivo Pessoal Família Bellé

Colheita da uva na propriedade dos Bellé em 1975

Brindando com os filhos os 50 anos

de casamento

Geraldo Bellé em um de seus momentos teatrais

No lombo de sua mula Margarida

Brasília amarela utilizada pelo casal para a venda de produtos coloniais na cidade

Linha de produção da extinta Dreher

Elson SchneiderPresidente

ColonoIndivíduo que faz parte de uma colônia, cultivador...

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DistribuiçãoGRATUITA ANO 14 | Nº 169 | JUNHO/JULHO 2015 | www.integracaodaserra.com.br

Editorial

Surpresas da vida

Caderno Mosaico

Página 3

Pets: o dito “melhor amigodo homem” está em 44,3%

dos lares brasileiros

Artistas itinerantes visitaram Bento a bordo

da Kombi Aurora

Página 12

Vale dos Vinhedos: investimentos públicos não acompanham

ascensão do turismo

Você sabia que um dos locais mais visitados de Bento Gonçalves é a praça da “igreja redonda”? Assim é conhecida a praça Achyles Mincarone, que abriga a única igreja em forma de pipa do mundo, de acordo com o site tripadvi-sor. Numa tarde de junho, estivemos na praça com a desprentensão de lançar um olhar diferenciado e... surpresa!... nos encantamos. Quem mais se encan-tou foram turistas do Nordeste brasilei-ro. Acompanhe nas páginas 8 e 9.

A estação inverno, na Serra Gaú-cha, com seus vinhos, cafés e lugares charmosos atrai milhares de visitantes. O dilema está nas ruas e rodovias, en-tre outros problemas de infraestrutura pública. Acompanhe a reportagem

na página 12. Mais surpresas ganha-ram as páginas desta edição: artistas mambembes, arte em fotos, viajantes, cinema e vida, muita vida, ao sermos procurados para parabenizar D. Eloah por seus 101 anos. Vida - esse é nosso combustível.

Confira também, na sobrecapa, a homenagem ao colono e motorista, lembrados no dia 25 de julho. Com a palavra, uma família inteira...

Ainda no dia 26, deste mês, come-moramos o Dia das Vovós. Felicidades às vovós, mamães com açúcar, por aqui, na redação, o abraço do Be para a vó Janete.

Bem-vindo, segundo semestre!

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Lugares que aceitam bichos de estimação“Por um mundo com mais passeios e diversões”. Essa frase esta na capa da

página www.facebook.com/PetFriendlyRS, criada pelo publicitário Fernando Audibert com o objetivo de levar ao público pet informações sobre estabeleci-mentos comerciais que aceitam bichos de estimação, como restaurantes, cafés e hotéis. “Para isso, criamos um credenciamento dividido em quatro setores: Food, Cafe, Hotel e Service, onde cada estabelecimento é identificado com um adesivo,” explica. Cada estabelecimento tem regras e normas específicas, por isso sempre é importante obter mais informações diretamente com o estabe-lecimento, acrescenta.

Ainda segundo Audibert, a maioria dos estabelecimentos que oferece esse serviço tem buscado melhorias e adaptações. “Mas, ainda estamos lon-

ge de um serviço de qualidade e que satisfaça por completo os clientes. É preciso criar mais serviços e opções para fomentar este mercado que cres-ce consideravelmente no país, ainda mais em nossa região, que é propensa ao turismo, salienta ele. “Sem dúvida, o segmento pet ainda tem um grande mercado a ser explorado e os estabe-lecimentos que oferecerem esse tipo de serviço se diferenciam dos demais.”

As empresas interessadas em fazer parte do Pet Friendly Serra Gaúcha de-vem manter contato através do e-mail [email protected] ou via inbox pela fanpage.

3 de julho de 2015 | Jornal Integração da Serra Pets 3

omida, água, cuidado, carinho e respeito bastam para ganhar a confiança de um bicho especial: o ca-chorro, que há muito tempo recebe o título de melhor amigo do homem. Em geral, o cão está sempre disposto a acompanhar seus donos. São características como essas que fazem dele um companheirão. A convivência entre as duas raças sob o mesmo teto aumenta dia a dia no Brasil. Atualmente, a popu-lação de cachorros no país é estimada em 52,2 milhões, indicando a média de 1,8 por domicílio.

Site de namoro... só que para cãesJá existem inúmeros sites que marcam encontros entre cachorros que

moram na mesma região. É quase como um site de namoro, só que para ani-mais. É possível criar um perfil para o pet com nome, foto, porte, raça e “es-tilo’’ (responder se é bravo, animado ou preguiçoso). O dono pode também escrever um pequeno texto sobre o cachorro. Logo depois, é só interagir. Nas redes sociais, também são indicados parques e locais para passear. Cadastra--se o local favorito do cão para passear e ali, tem como ver se outros cães também curtem esse lugar. Daí em diante é só cuidar se eles ficam amigos.

Momentos especiaisO quiropraxista Eduardo Tiep-

po Pompermayer, 30 anos, convive com Théo, um labrador de sete anos anos e July, uma vira-latas de um ano, adotada por ele e a namorada Andreia Waiss há poucos meses. Pompermayer diz que o dia a dia dele é entre idas e vindas a quatro cidades da região. Acrescenta que por isso, quando está com os pets, procura dar toda atenção a eles. “Ge-ralmente viajo cedo e volto tarde da noite. Mesmo assim, faço questão de dar colo aos dois praticamente todos os dias,“ afirma. Ele acrescen-ta que três vezes por semana leva os amigões a lugares abertos para correr, tomar banho de rio, brincar e gastar energia. “No carro, priorizo o espaço deles. Na organização da casa também. Minha vida já tem um espaço destinado a eles,” enfatiza. “Quando estamos juntos faço com que esses momento sejam especiais para mim e para eles, assim estarei de consciência tranquila quando chegar a hora de me despedir deles. Estarei pronto para ter outro...e outro...e outro”, prevê. Ele ressalta ainda que Théo e July são companheiros incondicionais para o chimarrão

Pompermayer conta ainda que Théo, como todo labrador, é hiperativo, não tem noção do tamanho e quer o máximo de colo e atenção. Certa vez, ao pular para brincar com outro cão pertencente a uma mulher, ele aca-bou derrubando-a dando um grande susto em todos. “A mulher foi levada para o hospital de ambulância, porém não passou de um susto. Cachorros são seres especiais que nos mostram o verdadeiro significado da palavra lealdade e amor incondicional. Aos amigos que adotam achando que irão ajudar um animal, sempre deixo claro que o maior beneficiado é sempre o adotante, e não só o adotado. E lembro não compre, adote!”

AmigãoÉ assim que a auxiliar adminis-

trativa, Gabriela Belotti e o eletro-mecânico, Valter Locatelli Júnior consideram o “Slash”, um cão da raça Cocker, adotado por Gabriela com um ano de idade. Hoje, com dois anos e meio, o amigo não des-gruda do casal. “Slash é amigável, brincalhão, ativo e gosta de passe-ar. Também é temperamental. Ele fica emburrado quando é xingado por nós. Demonstra não gostar fi-cando deitado no sofá de costas”, comenta Gabriela. A rotina de Slash começa de manhã com um passeio, onde ele se esbalda. De-pois fica junto aos donos no apar-tamento ou na sala de Gabriela, na empresa onde ela trabalha.

Integrante da famíliaHoje, o cachorro é tido como integrante da família pela maioria das pessoas. É o caso

da família do prefeito de Monte Belo do Sul, Lírio Turri. Há sete anos, a filha dele Caroline presenteou a mãe, Cecília com um pet da raça shih-tzu. “Quando o cãozinho chegou em nossa casa, ainda pequeno, eu resisti um pouco, mas foi o Flufi quem se aproximou de mim,“ diz Turri. Ele afirma que, agora o Flufi é seu parceirão. “Trouxe ele algumas vezes ao gabinete para não deixar sozinho em casa, mas não deu muito certo. Ele queria ficar nas cadeiras ou subir na mesa”, relata. O Prefeito acrescenta que outro grande amigo de “quatro patas” da família é o pastor alemão Bubi, de dez anos, que mora com a mãe dele em Santa Bárbara, interior de Monte Belo do Sul. “Ele cuida da casa, é dócil e amigo.”

O dito “melhor amigo do homem”está em 44,3% dos lares brasileiros

Arquivo Pessoal

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Página Dois2 Jornal Integração da Serra | 3 de julho de 2015

Os artigos publicados com assinatura são

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRAPeriodicidade: MensalTiragem: 12.000 exemplaresCirculação: Na primeira semana de cada mês, em Bento Gonçalves,Santa Tereza, Monte Belo do Sul, Pinto Bandeira, São Pedro, Vale dos Vinhedos, São Valentim, Tuiuty e Faria Lemos.Propriedade: Empresa Jornalística Integração da Serra Ltda.Diretora e Jornalista responsável: Kátia Bortolini - MTB 8374Redação/Revisão: Janete Nodari e Rodrigo De MarcoÁrea Comercial: Moacyr Rigatti e Sinval Gatto Jr.Administrativo: Aline Festa

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Não somos uma ilha no oceano

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KátiaBortolini

[email protected]

Espaço do LeitorObrigado pela matéria (Eu me chamo Antonio - Ed. 168). Meus familiares se

emocionaram. Muito obrigado. Grazie!Antonio Luís Picolli - via Facebook

Através desta rede social, agradecemos os colegas do Jornal Integração da Serra pelo espaço onde contou um pouquinho da nossa história de amor em uma edição especial. Muito obrigado Jornal Integração da Serra e também aos amigos Janete Nodari e Rodrigo De Marco.

Jassana Mella Alba e Vinni Maciel

Agradecemos...O Jornal Integração da Serra completou 14 anos no último dia 20 de

junho. Agradecemos a todos leitores, anunciantes e amigos que parabeni-zaram o Integração. Que venham mais aniversários!

ive o prazer de participar do 43º Congresso da Associação dos Jornais do Interior de San-

ta Catarina e do 5° Encontro de Jor-nais do Interior do Brasil, ocorrido de 19 a 21 do último mês de junho, no Costão do Santinho Resort, em Flo-rianópolis, que reuniu cerca de 600 veículos associados a Adjoris de nove Estados.

O evento, organizado pela Adjo-ri/SC e Adjori Brasil, superou as ex-pectativas, tanto em organização e participação de congressistas e auto-ridades, entre elas Ministro de Estado, como em conteúdo e programação. Adorei participar das palestras, reci-clei, fiz inúmeros contatos e acom-

panhei com alegria a solenidade de entrega de premiação de concurso promovido pela Adjori/SC, abran-gendo várias facetas do jornalismo, incluindo desde diagramação, fotos e textos até sites. Nessa entrega de pre-miação, ocorrida no jantar de encer-ramento, constatei mudanças no per-fil dos jornais do interior, entre elas a de muitos veículos premiados serem pertencentes a pessoas diplomadas em Jornalismo.

“Todo jornalista quer ter seu jor-nal”. Ouvi isso há muito anos, época em que trabalhava para terceiros, na colônia de férias da Adjori/RS em Ca-pão Novo. Para mim, o tempo mos-trou que ele tinha razão. A maioria

dos jornalistas que tem seu jornal alia vários bons requisitos para a ati-vidade, com ganhos para a comuni-dade onde estão inseridos, entre eles, sempre ouvir os dois lados.

Além disso, apesar de vivermos na era digital, a informação impressa continua imbatível se for do interesse da tribo correspondente, isto é, todo mundo quer saber o que acontece no seu quintal. Também foi muito bom saber que não somos uma ilha no oceano, impressão que às vezes nos entristece no cenário local da mídia, onde não há parcerias, apenas con-corrências um tanto desleais, avaliza-das por pré-conceitos de assessorias de imprensa e agências.

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Piscicultura 53 de julho de 2015 | Jornal Integração da Serra

Os estudos sobre peixes orna-mentais, cada vez mais cultuados em todo o mundo, têm motivado a eco-nomista e mestra Maria Inês Munari Balsan, de Bento Gonçalves, a fazer várias viagens nacionais e internacio-nais. Em junho deste ano, ela esteve participando de uma feira em Singa-pura, no sudeste asiático, considera-da a capital mundial do peixe orna-mental. “Nesse evento, participei de seminários sobre formas de melhorar o mercado de peixes ornamentais”, resume. Maria Inês está com outras viagens de estudos agendadas neste ano para Oregon, Califórnia e Miami, nos Estados Unidos, onde fará treina-mento de boas práticas de manejo e visita a lojistas e importadores de peixes.

As viagens de estudo são feitas para o Projeto Piaba, uma ONG com sede em Boston, fundada por Ning Labish Chao e Scott Dowd, que há mais de 30 anos estuda o peixe orna-mental no Rio Negro, Amazônia. Ma-ria Inês participa da ONG desde 2007, atuando como voluntária. “O meu trabalho é executado nas cidades de

Bento-gonçalvense em viagens deestudos sobre peixes ornamentais

Barcelos e Santa Isabel do Rio Negro e suas comunidades, na Amazônia”, acrescenta.

Os peixes ornamentais são estu-dados em todo o mundo, com des-taque em países asiáticos, Europa e América do Norte. “Nos Estados Uni-dos e Canadá é comum as crianças

terem um aquário no quarto, o que mostra a valorização dada ao peixe”, acentua.

Em território brasileiro, é na Ama-zônia que a produção desses peixes ganha espaço. Outra região de des-taque é a Zona da Mata mineira, que concentra cerca de 500 produtores

de peixes ornamentais. Ainda con-forme Maria Inês, o Brasil aposta cada vez neste mercado. Ela observa que a atividade tem o perfil de agricultura familiar, mas a piscicultura ornamen-tal também é uma opção de investi-mento rentável para os interessados em iniciar uma atividade no agrone-gócio.

Fotos: Arquivo Pessoal

Maria Inês (centro) em viagem de estudos na Amazônia Peixes ornamentais em alta no mercado

Entidades4 Jornal Integração da Serra | 3 de julho de 2015

O Sindmóveis promove, no dia 13 de ju-lho, palestra sobre Inteligência Logística com o mestre em Administração Giovani Grassi. Em evento direcionado a profissionais do setor mo-veleiro, o especialista em logística internacional abordará meios de agregar valor às exporta-ções de móveis por meio do gerenciamento da distribuição internacional. Além de tendências globais em logística internacional e seus efeitos na realidade brasileira, o palestrante irá deta-lhar os aspectos essenciais à gestão logística.

A palestra chega em um momento estraté-

Os instrutores Valdir José Sennen e Eduardo Valenti ministrarão o curso ‘Redimensionando custos e gerenciando o transporte de cargas’ no dia 14 de julho, das 18h30 às 22h30 no CIC/BG. O investimento para associados é de R$ 150,00 e para não associados é de R$300,00.

No programa constam dois módulos. O pri-meiro ensinará a interpretar tabela de fretes, entendendo as tarifas e seus impactos no custo do frete, alternativas para administrar as dife-rentes tabelas de fretes. Já o segundo módulo mostrará como otimizar as atividades na rela-ção embarcador versus transportadora e quais ferramentas de TI podem auxiliar a diminuir custos nesta relação.

Valdir José Sennen e Eduardo Valenti são sócios-proprietários da empresa Trawvcr Servi-cos Ltda, empresa e profissional analista de sis-temas com soluções exclusivas para segmento de transporte e logística.

Confirmações pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone 54 2105-1999 até o dia 10 de julho de 2015, com Denise. Cance-lamento de inscrição só será feito com antece-dência mínima de dois dias úteis antes do even-to.

CIC/BG promove cursosobre gerenciamento do

transporte de cargas

Sindmóveis promove palestra sobre gerenciamento de distribuição internacional

gico para o polo moveleiro no mercado exter-no. A atual situação das exportações de móveis em Bento Gonçalves é crítica. Depois de atingir um valor exportado de US$ 57,7 milhões em 2012, o polo sofreu duas quedas consecutivas em 2013 e 2014, quando exportou pouco mais de US$ 48 milhões. Nesse ano, os dados de ja-neiro a maio já mostram queda de 21,6% em relação ao mesmo período do ano passado.

A redução é bastante severa e afeta dire-tamente a renda e os empregos gerados pelas indústrias. As perdas mais significativas ocorre-ram na Colômbia, Chile, Angola, Namíbia. So-

mados, esses países deixaram de importar US$ 5 milhões nos cinco primeiros meses do ano em rela-ção ao período do ano passado.

Com 20 anos de experiência no segmento, Giovani Grassi é o responsável pelo desenvolvimen-to do produto marítimo na Amé-rica Latina em uma multinacional do setor de logística e atua como professor visitante do curso de MBA em Negócios Internacionais da Unisinos. A palestra será dia 13 de julho, às 18 horas, no Salão de Eventos do CIC Bento Gonçalves. Informações pelo telefone 54 2102 6800.

Divulgação Sindmóveis

Giovani Grassi

ExpoBento 2015 homenageou expositoresJeferson Soldi

... e recebendo a homenagem pelos 25 anos de participação da empresa na feira em 2015

Luana Cecon Santi , da Eduana Móveis na ExpoBento, em 1998...

Arquivo Pessoal “Eu cresci participando da Ex-poBento”. Essa afirmação é de Luana Cecon Santi, de 23 anos, da Eduana Móveis. A empresa, especializada em mesas elásticas e cadeiras dobráveis, foi uma das quatro homenageadas pelos 25 anos de participação na fei-ra. Segundo ela, a homenagem, re-cebida na noite de 14 de junho deste ano, foi um ótimo reconhecimento à empresa. Luana salienta que a Edua-na, no encerramento de uma edição da ExpoBento, já começa a planejar a participação na do próximo ano. “Encontramos o nosso público alvo na feira”, ressalta ela. As outras três empresas homenageadas pela parti-cipação nas 25 edições da feira foram a AVS Purificadores Europa, a Coope-rativa Vinícola Aurora e a Loja Carllize.

O sócio-proprietário da AVS Puri-ficadores Europa, Antônio Vilso Sch-mitz, salienta que a empresa sempre participa da ExpoBento, porque a fei-ra é bem organizada e recebe grande público.

A proprietária das Lojas Carlli-ze, Helenir Bedin, ressalta que, sua empresa cresceu junto com a Expo-Bento. “Foram 25 edições, nas quais aprendemos muito. No início, par-ticipamos para fixar a nossa marca. Depois, focamos nas vendas”, diz Helenir. Ela acrescenta que a feira oportuniza a conquista de clientes de vário municípios da região serrana. “Isso é muito bom, porque durante o

ano continuamos a vender para esses clientes,” enfatiza.

No setor vinícola, a Cooperativa Vinícola Aurora recebeu o prêmio como uma gratificação. De acordo com Daiane Zat, do setor de marke-ting da empresa, ao participar da feira durante 25 anos, a Aurora contribuiu com a evolução do comércio e do serviço da cidade e também mostrou para a comunidade o melhor da pro-dução de 1.100 famílias associadas. “Vemos de forma positiva a iniciativa, por parte das diretorias da feira, na busca de inovações a cada edição. Entre as ações da última diretoria, salientamos a homenagem prestada aos 140 anos da imigração italiana

na região, o Mesa ao Vivo e o Wine Fashion,” ressalta Daiane. Ela acres-centa que a Aurora, nessa última edi-ção, percebeu o dobro de vinícolas participantes. “Esperamos que essa representação aumente a cada ano, para mostrar a qualidade do setor vi-nícola e contribuir com o crescimento da ExpoBento,” complementa ela.

Expositores que se destacaramem diversos segmentosA ExpoBento 2015, promovida

pelo Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves (CIC/

BG), no Parque de Eventos, de 4 a 14 de junho, em sua 25ª edição, também homenageou expositores que se des-tacaram nos mais diversos segmen-tos. Os vencedores foram escolhidos pelos visitantes. Foram premiadas as empresas Construbel, Termo Aque-cimento, Famiglia Valduga, Mistike, Recanto Nativo, Iesa Concessionária BMW e Mini Cooper, Canta Maria e Ótica Debianchi. Além de um troféu, os premiados ganharam um descon-to especial no valor do metro quadra-do para participar da próxima edição da feira em junho de 2016.

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Social / Moda6 Jornal Integração da Serra | 3 de julho de 2015

JaneteNodari

[email protected]

3 de julho de 2015 | Jornal Integração da Serra 7

Social

ModaRecortes da

RodrigoDe [email protected]

Social

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A gola rolê, item criado nos anos 60 pelo estilista francês Jean Cacharel, e que também foi tendência nos anos 90, está voltando e é uma das apostas na moda para o inverno 2015. A novidade é uma ótima opção para quem busca algo versátil e elegante. A gola rolê é clássica e possui modelos mais tradicio-nais com a gola mais justa ao pescoço, e até modelos com a gola mais larga, dando um ar mais moderno ao look.

Como tudo na moda, cada estilo é desenhado para um determinado perfil. As mulheres baixinhas e as que possuem pescoço curto podem usar essa tendência, desde que usem o ca-belo preso com um rabo de cavalo ou coque e com volume no alto da cabe- Os noivos Gabriela Valenti e Samuel Pacheco,

muito romance em suas fotos em Gramado

Família Boscardin Valent em ensaio fotográfico no Vale dos Vinhedos

Marcelo Borsato, Lídio Ziero e Luciano Borsato, da Union Distillery Malt Whisky do Brasil na apresentação da Unidade Vale dos Vinhedos, no último dia 18 de junho

Fernando Fagundes Milagre, Presidente da Conaje - Confederação Nacional de Jovens Empresários, Daniel Amadio, Presidente do Sindilojas Regional

Bento, Luiz Carlos Bohn, Presidente do Sistema Fecomércio/RS/SESC/SENAC, Veridiane Postal, Presidente do Sindilojas Jovem Regional Bento, Deise

Boecher, Vice-Presidente Regional da FAJERS e Guilherme Pasin, Prefeito de Bento Gonçalves, em evento de comemoração dos 40 anos do Sindicato do

Comércio Varejista de Bento Gonçalves e os 15 anos de criação do Sindilojas Jovem, no último dia 30 de junho

Gilberto Mejolaro durante a apresentação do projeto do livro sobre a carreira de Aristides Bertuol. Ele é responsável por ter pesquisado e organizado a trajetória

de Bertuol em 54 corridas de automóvel entre os anos de 1948 e 1969. Sentados: Guilherme Arruda, jornalista responsável, Carlos Bertuol e Fabiano Mazzotti

A querida bisavó Eloah Pinto dos Santos comemorou seu aniversário de 101 anos, no último dia 26 de junho, recebendo o carinho da filha Ana

Idelbi, da nora Veranice e familiares

O presidente da Vinícola Aurora, Itacir Pozza, recebeu convidados no último dia 23 de junho, para a inauguração do Aurora Café e visita técnica

à Cooperativa para mostra de novidades, entre elas uma cave para armazenamento de garrafas dos melhores vinhos de cada safra

Kátia Bortolini Arquivo Pessoal

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A volta da gola rolêça para dar a impressão de um rosto mais alongado por ficar em evidência. Já as mulheres altas podem usar o ca-belo solto sem medo, lembrando que se o cabelo é muito volumoso, é bom colocá-lo todo para um único lado que fica bem mais charmoso.

Nesse jogo indiscreto que é a moda, é sempre bom fazer algumas ressalvas. É importante ressaltar que mulheres baixinhas, com pescoço curto e ombros largos devem apostar em golas altas mais caídas, evitando as mais justas. Dessa forma o pescoço fica aparente e a peça não aumenta o volume do corpo. Apostar em cores escuras ou neutras também é uma boa opção nesses casos.

Jeferson Soldi

Jeferson Soldi

André Pellizzari Fotografia

André Pellizzari Fotografia

André Pellizzari Fotografia

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Festa de São Bento8 Jornal Integração da Serra | 3 de julho de 2015

Por Janete Nodari

A Igreja São Bento, única do mun-do em forma de pipa, vai ganhar um lustre central que lembra a videira e as uvas. A peça de arte foi paga com ações promovidas na comunidade. “O lustre será montado até o dia 6 de julho, com peças importadas da Itália, que lembram uma parreira, com pe-quenos cachos de uvas, acabamento em ouro envelhecido e cristais Asfour egípcios”, adiantam as responsáveis técnicas, Simone Ferreira Jardim e Daniela Ody Nedel e a consultora de vendas, Sabrina Matias da Art Singu-lare Iluminação e Acabamentos, que desenvolveu a peça em conjunto com a arquiteta Rochele Tondo de Bento Gonçalves.

Igreja São Bento ganha lustre em forma de videira“Encantada com tanta beleza” Desde o ano passado, a Igreja São

Bento tem permanecido aberta, de segunda a sexta-feira, das 13h30 às 17h30, para receber turistas e mora-dores. As visitas são monitoradas pela secretária da Paróquia Cristo Rei, Etel-vina Miolo. Segundo ela, muitos visi-tantes ficam deslumbrados com os diferenciais da igreja. “Seguidamente, percebo a admiração nos rostos das pessoas” diz Etelvina. Ela acrescenta que além dos vitrais coloridos, o que chama mais atenção é o altar. “Os visi-tantes emocionam-se ao ver o Cristo

Ressuscitado com os braços abertos na cruz,” afirma. A turista Isabele Al-ves, de Natal, Rio Grande do Norte, declarou “estar encantada com tanta beleza”. “Vim para um congresso e resolvi ficar mais uns dias para foto-grafar. Comecei por esta bela praça. Vocês têm noção de quanto linda é essa igreja?” indagou a visitante.

As obras da igreja, projetada pela arquiteta Francesca Fenochio, foram concluídas em 27 de julho de 1984. O altar e as portas são de madeira. São quatro portas representando um barril. Gravuras nos bancos também remetem a atividade vitivinícola. Os

Janete Nodari

Divulgação

Projeto do novo lustre

Festa de São Bento 93 de julho de 2015 | Jornal Integração da Serra

Apoio:

A Associação Servos de Maria vai completar 22 anos de fundação no próximo dia 27 de julho. Nesta caminhada, promoveu retiros, seminários e vigílias de adoração. Também auxilia os seminaristas de Bento Gonçalves em sua formação religiosa, entre outras ações.

Ao completar 22 anos, a Associação quer agradecer a todos os sócios mantenedores, aos presidentes e coordenadores que doaram seu tempo à associação, em especial, a Sra. Alvina Maria Ferronato pela doação do terreno, na Rua Gen. Osório, em Bento Gonçalves.

Que Maria interceda por esta obra de evangelização e estenda seu manto a toda a regional RCC de Bento Gon-çalves!

Moacyr RigattiPresidente

Fone/Fax: 54 3454.2426

Associação Servosde Maria completa

vitrais, que podem ser visualizados tanto da parte interna quanto da par-te externa, são de fibra de vidro. A ideia de fazer uma igreja em forma de pipa, de lideranças do bairro, contou

Festeiros edição 2015 Iliane Maria Panizzi Giordani e Odacir Luís Giordani, Neide Romagna Rossetti e Bruno Rossetti, Janete Maria Baldo e Edson Rogerio Biasi, Edeni Rodrigues Santi e Celio Roque Sartor, Neusa Foschiera Campana e Leonir Luís Giordani

com o apoio da Paróquia Cristo Rei. A forma de pipa foi escolhida para ho-menagear a cultura vitivinícola, a fé e o trabalho dos imigrantes italianos que colonizaram a região.

Dia FestivoA festa em honra a São Bento vai

ocorrer no próximo dia 12 de julho. Na programação, carreata pelas prin-cipais ruas da cidade, com início às 9h30min. Em seguida, missa na Igreja São Bento e almoço de confraterni-zação no CTG Laço Velho. O lema da festa deste ano é “ São Bento cami-nhando com a família.”

Divulgação

A turista Isabele Alves ficou encantada com a beleza arquitetônica da igreja

Janete Nodari Janete Nodari

Secretária paroquial Etelvina Miolo mostra o Cristo ressuscitado

Leandro Ávila e Grupo Entre Céus e BastosNo dia 27 de julho, às 20h, no Santuário Santo Antônio, o cantor e radia-

lista Leandro Ávila ministrará pregação e apresentará músicas gauchescas com o tema “Maria, ensina-nos a fazer a vontade do Pai”, durante a come-moração dos 22 anos da Associação Servos de Maria.

Leandro Ávila apresentará seu CD Herança, que é a continuidade de um trabalho de música regional, que visa unir de forma artística, a cultura Gaúcha e a forma do povo riograndense vivenciar sua fé, sendo uma ação do Projeto Entre Céus e Bastos e do grupo Entre Céus Bastos. Este projeto de evangelização vem unir a Fé e a cultura Gaúcha. “Não temos neste pro-jeto a pretensão de criar uma forma gaúcha de rezar, a missão é levar nosso povo de volta ao coração de Deus, e revelar o Deus que já habita em nossos corações”, afirma o cantor.

Divulgação

22 anos

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Agricultura3 de julho de 2015 | Jornal Integração da Serra 11

Alimentaçãode abelhas

PauloCapoani

Técnico ASCAR/RS - EMATERMonte Belo do Sul

omo todos os animais, as abelhas necessitam de água, carboidratos (açúcares), proteínas, vitaminas, sais minerais e lipídeos (gorduras), para atender as exigên-cias de seu organismo.

Esses nutrientes são obtidos no néctar e pólen das flores e na água coletada pelas abelhas, mas também podem ser encontrados em outras substâncias, como caldo da cana-de-açúcar, xarope de açúcar e farelo de soja, entre outros.

Além do que consomem as abelhas adultas, a colmeia necessita de reservas de alimento suficientes para atender a alimentação das crias em desenvolvimento. Em épocas de escassez de néctar e pólen ou, em períodos prolongados de condições cli-máticas adversas, os apicultores podem perder seus enxames que, enfraquecidos em razão da fome, migram à procura de condições melhores, ou acabam morrendo dentro das colmeias.

O enfraquecimento se inicia pela redução na postura da rainha e consequente redução na quantidade de crias e abelhas na colmeia. Em períodos de deficiência na alimentação, a cria existente na colmeia pode morrer por fome, pelo surgimento de doenças, ou ser eliminada pelas operárias, que podem consumir parte da cria, nestas condições.

Colmeias estressadas e fracas por falta de alimentação também ficam mais suscetí-veis a formigas, traças e sensíveis ao ataque de varroas (parasita das abelhas).

A desnutrição de abelhas jovens também prejudica o desenvolvimento do tecido muscular das asas e das glândulas, inclusive da hipofaringeana, responsável pela secre-ção da geleia real.

Essa substância serve de alimento para a rainha e as crias que estão por nascer. A redução na sua oferta, portanto, diminui a capacidade de postura da rainha e sobrevi-vência das crias.

Na tentativa desesperada de procurar alimento, as operárias começam a voar cada vez mais longe, podendo passar até quatro horas seguidas no campo, desgastando-se muito e reduzindo assim seu tempo de vida.

Nessa situação, não resta alternativa para o apicultor senão suplementar as col-meias com alimentação artificial.

Podem ocorrer três situações distintas que devem ser identificadas, antes da inter-venção do apicultor:

1. Presença de pólen nas colmeias e ausência de mel;2. Ausência de pólen nas colmeias e presença de mel;3. Ausência de pólen e mel nas colmeias.Na primeira situação, recomenda-se fornecer alimentação do tipo energética. Nos

demais casos, o simples fornecimento de alimento energético não resolverá os proble-mas, sendo necessário o fornecimento de alimentação proteica.

Xarope de água e açúcar:Ingredientes: Água e açúcar, na proporção 1:2, em peso.Modo de Fazer: Ferver a água e adicionar o açúcar, quando levantar a fervura. Mexer

até que o açúcar se dissolva por completo. Desligar o fogo e deixar esfriar antes do forne-cimento as abelhas. Para evitar que o xarope azede, e melhorar sua digestibilidade pelas abelhas, após desligar o fogo, acrescenta-se uma grama (1g) de ácido tartárico ou 20 a 30 ml de suco de limão, para cada quilo de açúcar.

O xarope adicionado de uma dessas duas substâncias é chamado de Xarope de Açúcar Invertido, pois a sacarose do açúcar será hidrolisada, liberando uma molécula de frutose e uma de glicose.

Fornecer no máximo meio litro por colmeia de cada vez, para que consumam em no máximo 48 horas, o que evita a fermentação do xarope, principalmente quando não se adiciona o ácido tartárico ou cítrico (do limão).

A alimentação deve ser repetida com intervalos de dois a três dias, ajustando-se a quantidade de acordo com o consumo das abelhas.

Utilizar açúcar cristal ou mascavo, finamente moídos. Por isso, recomenda-se bater o açúcar no liquidificador e peneirar para obter um pó muito fino. No inverno, fornecer até 2 kg por colmeia, recolhendo-se as sobras no início da primavera. Em outras épocas do ano, fornecer quantidades menores e, repor conforme o consumo das abelhas.

É possível que, nos dois ou três primeiros dias. não haja consumo e até mesmo a retirada do açúcar de dentro das colmeias por parte das abelhas.

Sindicato dos Trabalhadores

RuraisR. Gen. Góes Monteiro,

232 - São FranciscoBento Gonçalves - RSFone: (54) 3452-1744

Somos solidários a você, agricultor, que escolheu como princípio de vida fazer brotar na terra o sustento de toda geração. Você que enfrenta o sol, chuva, cansaço, a indecisão e a insegurança ao plantar, colher e vender seus produtos. Você agricultor que passa, muitas vezes, desper-cebido e ate discriminado por sua humildade e sua falta de oportunidade, mas na lavoura somos conscientes que vo-cês são doutores.

Os agricultores esperam a cada colheita que seu traba-lho seja reconhecido, que tenham bons preços, pelo menos o justo para começar tudo de novo com dignidade e quali-dade de vida. Todos os empregos gerados e a mesa farta de cada cidadão é fruto do trabalho e sacrifício do agricultor.

Uma das preocupações do setor vitivinícola brasileiro é a questão tributária. Por este motivo, o Conselho Deliberativo do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) criou o Comitê de Tribu-tação e Competitividade, cujos integrantes, representantes de entidades membros do Conselho, reúnem-se periodicamente para discutir questões relacionadas ao tema. O grupo tem como finalidade fornecer apoio técnico, mediante pesquisas e análi-ses da legislação tributária federal e dos estados de relevância para o setor, visando propor soluções, sejam administrativas ou judiciais, para reduzir a carga tributária.

Uma das ações foi trabalhar conjuntamente com a Associa-ção Brasileira de Bebidas (Abrabe) para a contratação de uma pesquisa econômica feita pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) que consistiu no levantamento dos preços de bebidas quentes, incluindo o vinho, na cadeia de comercia-lização do Estado de São Paulo, cujo relatório apresentado trata do “Cálculo da Margem de Valor Agregado das Bebidas Quentes e das Cavas, Champagnes, Espumantes, Filtrados Doces, Prosec-cos, Sangrias e Sidras”.

Com base nos estudos ajustados feitos pela FIPE, a Diretoria Executiva da Administração Tributária da Secretaria da Fazenda do Governo do Estado de São Paulo (SEFAZ/SP) definiu os índi-ces de MVA’s que adotarão a partir do dia 1º de julho de 2015, sendo eles:

l Bebidas Quentes: 57,44%l Champagnes, espumantes e proseccos IMPORTADOS:

62,98%l Vinhos IMPORTADOS: 69,91%l Champagnes, espumantes e proseccos NACIONAIS:

56,12% (ajuste feito a partir do valor 83,18%)l Vinhos Nacionais: 79,15%

Ibravin atua na resoluçãode questões tributárias

25 de JulhoDia do Colono

Saúde10 Jornal Integração da Serra | 3 de julho de 2015

Dormir bem ésinal de saúde

AlexandrePressi

Médico Pneumologistae Especialista em Sono

Rua 13 de Maio, 581 - Salas 114/115 - CentroBento Gonçalves - Fone (54) 3454.1652

Depois de um dia atribulado envolvido com trabalho, estudo e diver-sas outras tarefas da rotina, você, finalmente, chega em casa e vai des-cansar, esperando recuperar as energias após uma noite de sono. Mas, na manhã seguinte, desperta fatigado, com pouca disposição e sem energia. A razão desse desconforto pode estar diretamente relacionada com a qualidade do sono e à incidência de doenças a ele relacionadas. Estudos recentes indicam a necessidade de dormir entre 6 e 8 horas para obtermos este sono reparador e reduzirmos os riscos de doenças rela-cionadas ao sono no futuro. Outro aspecto importante é o Transtorno de Insônia, condição na qual o paciente tem dificuldade crônica em pegar no sono, na sua manutenção ou apresenta despertar precoce. Este tópi-co é muito abrangente e será abordado na próxima reportagem.

Fique atento a alguns sinais de alerta: o ronco é o principal indica-dor de uma noite mal dormida, e sua ocorrência pode estar associada a condições que exigem tratamento médico. Juntamente com ele apare-ce a hipersonolência diurna, que se manifesta principalmente quando a pessoa está envolvida em atividades de pouca concentração (como ver televisão, por exemplo), e a incidência frequente de cochilos.

O ronco pode ser consequência da apneia obstrutiva – situações em que a pessoa fica mais de dez segundos sem respirar durante o sono. Esses episódios podem ocorrer com uma frequência tão grande que causam inúmeros ‘microdespertares’ no paciente. Muitas vezes essa situ-ação não é conscientemente percebida, mas faz com que o cérebro saia daquele estágio profundo e relaxante do sono, para outro mais superfi-cial. A consequência é uma noite de sono insuficientemente reparadora para a pessoa, prejudicando seu desempenho no dia seguinte. Outra im-plicação séria é que a apneia do sono está ligada ao aumento de ocor-rência de doenças cardiovasculares, como o infarto agudo do miocárdio e cerebrovasculares (AVC).

Ocorrências e diagnóstico Além do ronco e da sonolência diurna, outros fatores aparecem

frequentemente associados à apneia obstrutiva do sono: obesidade (quando a pessoa tem índice de massa corporal acima de 30), biotipo com circunferência aumentada do pescoço (até 38cm para as mulheres e 42 no caso dos homens) e hipertensão recente, sem causa definida. Seu diagnóstico é feito a partir de um exame chamado ‘polissonogra-fia’. É possível realizá-lo em casa (quando o paciente leva consigo um pequeno aparelho e dorme conectado a ele, registrando o número de apneias, de roncos, as alterações na frequência cardíaca e nas saturações de oxigênio) ou em clínicas especializadas. Nesses casos, também há a abrangência da parte neurológica, dos movimentos oculares, do queixo e das pernas, além do eletrocardiograma e eletroencefalograma.

Após cuidadosa análise desses relatórios, o médio especialista iden-tifica a gravidade da síndrome no paciente e prescreve a forma mais ade-quada de tratamento. São quatro as principais alternativas: fonoterapia, utilização de dispositivo intraoral, tratamento cirúrgico e uso do dispo-sitivo chamado CPAP. Esse aparelho é utilizado pelo paciente enquanto dorme – como uma máscara, colocada na face, facilitando o fluxo de ar pelas vias aéreas – sem o uso de qualquer medicamento ou oxigênio. Confortável e silenciosa, é de fácil adaptação para o usuário, reestabele-cendo a qualidade do sono.

O prédio da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 h, de 1.900 metros quadrados de área construí-da, poderá sediar um hospital, com bloco cirúrgico, de oito salas e 280 leitos, entre eles 30 de UTI. O proje-to original da UPA foi adaptado pela atual gestão da prefeitura de Bento Gonçalves nas partes hidrossanitária e elétrica, antevendo essa ampliação. A afirmação é do coordenador médi-co da Secretaria Municipal de Saúde, Marco Antônio Ebert. Ele acrescenta que essa transformação da UPA em hospital regional, para atendimento pelo SUS, orçada em R$ 80 milhões, é um projeto a longo prazo. “Agora, es-tamos focados na reforma do prédio que sediava o Pronto Atendimento Médico (PAM), construído com verba do governo federal na década de 60, que sediou o Hospital Walter Galassi”, lembra.

O antigo hospital, de 5 mil metros quadrados de área construída, atu-almente comporta a unidade Zona Sul, laboratório de análises clínicas,

UPAEstrutura física projetada

para sediar hospital regionalKátia Bortolini

farmácia, raio X, vigilâncias epide-miológicas e ambiental, SAMU, DML e garagens, entre outros espaços. A previsão do término da reforma do prédio é para o final deste ano. O es-paço físico, que agora engloba a UPA, fica situado numa área de terra de 12 mil metros quadrados, no bairro Botafogo. A UPA, inaugurada no dia 4 de julho deste ano, recebeu inves-timentos públicos na ordem de R$4,5 milhões.

O secretário municipal de Saúde, Roberto Miele, afirma que a ativação da UPA e a transferência do Pronto Atendimento Médico (PAM) 24 ho-ras para o bairro São Roque, prevista para ocorrer em breve, vai melhorar ainda mais a prestação de serviços de saúde pelo SUS em Bento Gonçalves.

A construção do prédio da UPA iniciada no último ano do mandato do prefeito Roberto Lunelli (PT), com recursos federais e municipais, foi concluída no último mês de junho na atual gestão do prefeito Guilherme Pasin (PP).

Espaço físico do complexo também utilizado para leitura

Kátia Bortolini

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Infraestrutura12 Jornal Integração da Serra | 3 de julho de 2015

Bento Gonçalves, cidade industrial que até alguns anos não integrava a rota turística da re-gião, hoje é considerada um dos principais des-tinos do Brasil. A rápida ascensão do turismo no município impulsionada pelos destinos Cami-nhos de Pedra, no distrito de São Pedro e Vale dos Vinhedos, não está sendo acompanhada por investimentos públicos em infraestrutura. A RS 444, Estrada do Vinho, por onde circula a maio-ria dos turistas que visitam o Vale dos Vinhedos, não tem acostamento. Segundo o DAER, o inves-timento para a pavimentação da rodovia é con-siderado muito grande para estradas com baixo volume de movimento de veículos “que é o caso do Vale dos Vinhedos”. Além disso, o calçamento da rua Basílio Zorzi, que dá acesso ao Vale pelo bairro Glória, apresenta vários buracos e parale-lepípedos em desnível.

“É lamentável saber que o Vale dos Vinhe-

Investimentos públicos não acompanham ascensão do turismoVale dos Vinhedos

dos não consegue atrair investimentos públicos capazes de potencializar sua capacidade de atrair turistas”, lamenta o presidente da Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos (Aprovale), Márcio Brandelli.

Ele afirma que a quantidade de buracos na ro-dovia e a falta de acostamento são os principais problemas. “Não adianta recapeamento. É neces-sário, em grande parte dos trechos, refazer toda malha asfáltica”, afirma. O Vale dos Vinhedos, se-gundo Brandelli, recebe milhares de turistas du-rante o ano, com predomínio de brasileiros.

Segundo o secretário de turismo, Gilberto Durante, em 2014, foram instaladas 170 placas de sinalização nas rodovias de acesso a Bento Gon-çalves, dentro da cidade e nos roteiros turísticos. De acordo com ele, também foi desenvolvido um aplicativo de smartphone com informações sobre pontos turísticos da cidade. “Hoje, as informações turísticas de Bento Gonçalves estão em três idio-mas, Espanhol, Inglês e Português. Além disso, o aplicativo tem o serviço de geolocalização, que traça a rota de determinado caminho”, salienta.

Durante afirma que apesar dos problemas estruturais, houve uma ascensão no turismo de Bento Gonçalves nos últimos dez anos. “Na última década Bento começou a apostar no turismo, e a cada ano novos atrativos são apresentados ao pú-blico”, afirma.

A previsão do Secretário é de que nesse inver-no o município receba mais de 200 mil visitantes, entre os que ficam hospedados e os que passam em roteiro de um dia na cidade.Desnível e buracos na

rua Basílio Zorzi

Aline Festa

Kátia Bortolini

Local para turistas caminharem numa das principais vias do Vale dos Vinhedos

Caderno de Cultura e Arte Nº 24 | Junho/Julho 2015

Fique Informado!Entretenimento, promoções,

músicas e muita notícia.

Festa junina do Sagrado encanta comunidade escolar

Programe-secom a agendado mês de julho

Discurso x PráticaReflexão do articulista Rogério Gava sobre a relação entre o homem e o meio ambiente. Páginas 6 e 7

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2 | Mosaico | 3 de julho de 2015

Primeiras Palavras

RogérioGava

[email protected]

Os Nomes de Deus

IHVH. Quatro consoantes no conjunto impro-nunciáveis. Era assim que os Hebreus designavam o seu Deus, e não se sabe, até hoje, ao certo como ex-pressavam esse tetragrama. Alguns estudiosos acredi-tam que a leitura dessa sigla se daria por Adonai, vindo de Adon e significando “Senhor”.

Uma palavra sem pronúncia para designar o impro-nunciável. Um ato de sumo respeito, zelando por Aque-le tido como causa e fim último de tudo o que existe. Etimologicamente, parece que as quatro letras miste-riosas remetem ao verbo hava, que em sua forma ar-caica significaria “ser”. Também se ventila que possam estar ligadas à raiz árabe hawa, traduzida como “o ar que sopra”. Apenas hipóteses, para sempre envoltas no mistério.

A Bíblia apresenta o termo Elohims, também de sig-nificado impreciso. Os livros admitem que talvez a pa-lavra venha do semítico El, uma divindade da época, o “deus da montanha”. Elon, ligado a esse termo, tem o sentido de “primeiro e anterior a qualquer outro”. É daí

que veio o termo muçulmano Allah, o Deus revelado ao profeta Maomé.

Voltando às quatro letras, se supõe que a tradição acabou por gerar a pronúncia YAHWEH, depois Javé, de tradução mais aceita, “aquele que é quem é”. Am-bos, Javé e Eloim, são os nomes de Deus na Torá dos judeus, o Pentateuco dos cristãos.

Na Septuaginta, antiga tradução grega da Bíblia he-braica, o Deus de Israel é Théos, longínqua derivação do Zeus grego. E, finalmente, nosso bom São Jerôni-mo, padroeiro dos bibliófilos, usa em sua vulgata o Dei latino, “ser supremo de todas as coisas”.

IHVH, Elohim, Adonai, Javé, Allah, Senhor. Deus. No-mes diferentes para um só mistério. O que são palavras, nomes, diante do que não se pode exprimir? Certa vez, o grande teólogo Paul Tillich comentou que, para enten-der Deus, é preciso antes de tudo esquecer tudo o que se aprendeu sobre ele, talvez até seu próprio nome. Faz sentido. Diante do mistério, quase sempre é o silêncio quem representa a maior sabedoria.

Ainda lembro das minhas férias de julho. Brincáva-mos na rua e utilizávamos o asfalto como quadra, cujas marcações eram feitas com tijolos roubados em cons-truções. Futebol, vôlei e taco eram os jogos preferidos. Esconde-esconde, pega-pega e polícia e ladrão tam-bém faziam parte, fosse em garagens alheias ou terre-nos baldios, num tempo em que os muros eram baixos e os portões não raro, eram apenas fechados. Este era o meu mundo analógico.

Hoje, apesar de viver em um condomínio fechado, com todas as possibilidades de brincar daquilo que fazia há quarenta anos atrás, vejo crianças preferirem a comodidade do ar condicionado, as redes sociais, o bate papo via WhatsApp, a curtição de fotos no Insta-gram, as séries americanas enlatadas e os vídeo ga-mes, os quais parecem levá-los a outra dimensão, ta-manha concentração e imersão. Este é o mundo digital.

Utilizo e aprecio as comodidades trazidas pela tec-nologia, as quais ajudam a ganhar tempo e produtivida-de, seja para pagar uma conta, pegar um táxi, embarcar em um voo, agendar uma consulta ou comprar um livro. Inegável também o poder de barganha que ganhamos como consumidores, podendo encontrar produtos, comparar preços, reclamar, elogiar e compartilhar boas e más experiências.

Porém creio que as empresas têm exagerado na dose com que se utilizam destas plataformas, distan-ciando-se e criando barreiras a seus consumidores, seja através da utilização de portais de comercio eletrô-nico, serviços de auto atendimento ou centrais pasteuri-zadas do tipo: tecle 1, tecle 2, tecle 5000.

Com informações cada vez mais fáceis e disponí-veis, já que passamos cada vez mais tempo online, as empresas têm investido em sistemas e softwares para processamento e análise de exa, peta e zettabytes de

MarcosMorita

Professor, palestrante e consultorwww.marcosmorita.com.br

Relacionamento ainda éo segredo para o sucesso

informações, buscando algoritmos que indiquem corre-lações e tendências de compras acertando, na maioria das vezes, um outro produto ou site de interesse.

Li outro dia “Satisfação Garantida de Tony Hsieh”, empreendedor e fundador da Zappos, empresa de co-mércio eletrônico que faturou mais de 1 bilhão de dóla-res comercializando tênis e sapatos, cujo sucesso ba-seia-se num modelo híbrido interessante. Tony acredita que todo e qualquer contato telefônico é uma possibili-dade de encantar o cliente, mesmo em um modelo no qual menos de 5% das vendas é realizada através deste canal. Ao contrário das métricas baseadas em núme-ro de ligações e tempo de atendimento, não há scripts ou tempos pré-determinados na Zappos, incentivando os atendentes a utilizar seu bom senso e criar ligações emocionalmente pessoais, denominadas internamente de LEP. Consultorias de estilo e redirecionamento a si-tes da concorrência são fatos corriqueiros, mesmo que uma venda seja perdida. Pura construção e gerencia-mento da marca.

Em um mercado competitivo como da Zappos, Tony utilizou de maneira inteligente o melhor dos mundos analógicos e digitais, cruzando as estratégias de intimi-dade com o cliente e excelência operacional, apregoa-das pelos autores Michael Treacy e Fred Wiersma em seu livro “The Discipline of Market Leaders”.

Considerando o cenário econômico atual, aproxi-mar-se de seus clientes nunca foi tão importante. En-tender o que precisam e satisfazer suas necessidades fará a diferença entre sobreviver ou morrer. Então saia da frente do computador, desconecte-se das redes sociais, desligue o celular e invista em relacionamen-tos analógicos, os quais felizmente continuarão vivos, mesmo que as férias digitais da molecada mostrem o contrário.

Programe-se Mosaico | 3 de julho de 2015 | 3

A redação leu

FADAS NO DIVÃ:Psicanálise nas Histórias Infantis

Autores: Diana Lichtenstein Corso e Mário Corso Páginas: 328Editora: ARTMEDAno: 2005

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FADAS NO DIVÃ: Psicanálise nas Histórias Infantis

Escrito por dois psicanalistas, Fadas no Divã traz ao leitor a magia das velhas histórias que todos ouvimos desde a infância. A narrativa da obra é ao mesmo tempo densa e simples, descor-tinando o véu dos antigos contos de fada com rara competência. Um verdadeiro tratado de psicologia e psicanálise por meio das histórias infantis.

Perguntam os autores por que as histórias e contos de fadas migraram do folclore para a infância e qual o seu papel no psiquis-mo infantil. A resposta, é que a razão da sobrevivência destas anti-gas historietas provém do fato de que elas ainda tem algo a dizer; elas ancoram a elaboração de fantasias relativas à vida familiar, ao desenvolvimento das identidades sexuais e ao amor.

As interpretações dos principais contos de fada clássicos são o fio condutor do livro. Chapeuzinho Vermelho, Cinderela, Peter Pan, Pinóquio, Ursinho Pooh, Harry Potter, Turma da Mônica, Ma-falda, Calvin. Esses e tantos outros heróis das histórias infantis são dissecados e interpretados, trazendo ao leitor um entendimento di-ferente e altamente inspirador sobre as inocentes histórias infantis.

Leitura agradável e texto elegante. Recomendada para as crianças adultas de todas as idades.

Festa religiosaO quê - 62ª Festa de Santa Maria GorettiQuando - 5 de julho10h30 - missa12h - almoçoOnde - Comunidade Maria Goretti

CinemaO quê - Mostra de Cinema FrancêsQuando - 07 de julho a 04 de agosto, às terçasHorário - 19h30Local - Sesc Bento GonçalvesObs: “O Quadro”, “A França”, “A Cidade Louvre”, “O Desafio de Jean de La Fontai-ne” e “Montmartre Diversão e Crime” serão os filmes exibidos. Após a exibição, debate.Informações - (54) 3452-6103Entrada franca

BriqueO quê - Brique da PraçaQuando - 11 de julho, 8h às 16hOnde - Praça CentenárioInformações - (54) 3453-7193 -Instituição Pequeno Grande Campeão

EncontroO quê -1º Quadri Adventure - Encontro de quadriciclosQuando - 12 de julho, 8hOnde - Parque de Aventuras Gasper -Rota Rural Encantos de EuláliaInformações - (54) 9109 4824

BingoO quê - BingoQuando - 17 de julho, 19h30Onde - CTG Laço VelhoValor - 10 reais para nove rodadas Informações - Edson 54 9972 6692Poldo 54 9975 5883

JantarO quê - Jantar Baile de Coroação da Rainha e Princesas do Vale dos VinhedosQuando - 18 de julho, 20hOnde - Capela das Almas

Brazil CupO quê - Brazil Cup Serra GaúchaQuando - 25 a 31 de julhoOnde - Bento Gonçalves, Garibaldi e Carlos BarbosaRealização - Fundação Athletic CenterApoio - Prefeitura de Bento Gonçalves Informações: Rogério (54) 9173 0982 / Adão (54) 9102 5779 / Kennedy (35) 9121 4362

O estudante de Publicidade e Propaganda, William Tasca, 24 anos, utilizou a técnica de so-breposição e coloração em fotografias de cená-rios de Bento Gonçalves para um trabalho de faculdade. Ele optou por utilizar sobreposições de lugares, porque causam um impacto maior. Segundo Tasca, as pessoas ficam surpresas em ver como era o local e como ele está hoje.

Para o trabalho de pesquisa, o estudante contou com a ajuda da namorada Elise Mariani

Efeitos especiais em fotos antigas causam impacto

Perin. “Enquanto fotografava, tentava mental-mente me situar na época em que as fotos fo-ram tiradas, por exemplo, início do calçamento das principais ruas do município e perceber as mudanças ao redor. Se realmente foram benéfi-cas ou não. A sobreposição de fotografias traz justamente um choque entre o antes e o depois, provoca um julgamento sobre as ações realiza-das nos centros urbanos,” enfatiza Tasca. O re-sultado é surpreendente.

Sobreposição de fotos da rua Barão do Rio Branco, em Bento Gonçalves, surpreende

William Tasca

Page 11: serei agricultor”. · 2016-10-25 · serei agricultor”. Geraldo Bell ... sobrecapa deste mês enaltece o colono, que comemora sua data em 25 de julho, dia também dedicado ao

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Por Rodrigo De Marco

Viajando pelo Brasil desde abril deste ano a bordo da Kombi “Aurora”, modelo 1996, per-sonalizada ao melhor estilo “Flower Power”, a escritora catarinense, Léia Batista e o músico paulista, Wilson Neto, coloriram o trânsito de Bento Gonçalves, no último mês de junho, em translados para apresentações artísticas em escolas e entidades do município. A estada do casal na Serra Gaúcha, que também abrangeu os municípios de Garibaldi, Gramado, Canela, Nova Petrópolis e Caxias do Sul, faz parte da proposta deles de viajar por cerca de um ano

Apesar dos inúmeros programas de computa-dor que facilitam a produção de filmes de desenho ainda há os que preferem fazer a mão. É o caso do cineasta porto-alegrense, Anttônio Pereira, 22 anos, diretor da animação do filme “O Caçador de árvores gigantes”, produzido pela Studio Pakoto e financiado pelo Fumproarte e prefeitura de Porto Alegre. O curta, com duração de 15 minutos, tem estreia prevista na capital gaúcha entre outubro e novembro. De acordo com Pereira, já são sete meses produzindo a anima-ção desse curta. A ideia de fazer o filme surgiu em 2013, quando foram feitos os primeiros rascunhos de personagens. “Gosto do modo tradicional, de fazer desenho a desenho para dar movimento ao perso-nagem, pela riqueza de texturas, vantagem que só a animação tradicional tem”, acentua.

Em fase final de produção, o filme continua rece-bendo retoques que, segundo Pereira, devem seguir até próximo a estreia. Ele ressalta que o Rio Grande do Sul tem se mostrado um mercado muito prolifico de criação de filmes, em especial de animação. Perei-ra também trabalha como ilustrador de livros infanto--juvenis com o mercado interligado ao de animação de filmes. Ele ressalta que o mercado brasileiro para a literatura infanto-juvenil está em expansão.” Tenho cinco livros publicados. No final deste ano, irei publi-car mais um”, adianta.

Artistas itinerantes visitaram Bentoe região a bordo da Kombi Aurora

levando teatro itinerante a crianças e jovens de várias regiões do Brasil. Segundo eles, a via-gem terminará em Brasília, com chegada na Capital Federal prevista para dezembro deste ano. “Levamos às pessoas muita mágica, tex-to rimado, música, sempre com cunho educa-tivo. Grande parte de nossas apresentações são feitas em escolas, porque sabemos que a arte é essencial para a formação da criança e do adolescente”, afirmam.

Após o término da viagem, o casal pre-tende lançar um livro e um documentário, que nas palavras deles será uma “espécie de Road Trip Reality Show”. Léia, com experiência em literatura, é a encarregada pelo relato escrito

de cada dia do projeto. “Estamos do-cumentando toda essa loucura (risos), e o resultado com certeza será lindo. Temos muita estrada pela frente e um Brasil inteiro para ser conhecido”, em-polga-se o casal. Trabalhando com te-atro de humor, há cerca de dois anos, os artistas mambembes possuem um site com informações sobre o projeto, além de vídeos de algumas peças cria-das por eles. De acordo com o casal, a página possui de 1200 a 2500 visu-alizações por dia. Eles trabalham com peças de teatro para crianças, jovens e adultos, além de Stand-up comedy (espetáculo de humor apresentado por apenas um comediante que se apre-

senta de pé e sem acessórios ou maquiagem).

Rodrigo De Marco

Mercado de desenho a mão para filmes e livros em alta

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O Colégio Sagrado comemorou o dia de São João, com sua tradi-cional Festa Junina no último dia 6 de junho. As famílias foram acolhi-das pela diretora, Irmã Maria Diva, e pelo presidente da APM, Valter Moro, com uma oração. Durante todo o dia, a comunidade escolar participou de diversas brincadeiras,

O viaduto situado na rua Go-mes Carneiro, centro de Bento Gonçalves, também conhecido como “Ponte Seca” faz parte da história de Obras de Engenharia do 1° Batalhão Ferroviário especializa-do em construção de ferrovias, que permaneceu no município de 1943 a 1971. Segundo o Comandante do 6º Batalhão de Comunicações, Tenente-Coronel Alexander Eduar-do Vicente Ferreira, esse viaduto foi construído entre 1963 e 1964. O Comandante acrescenta que vários viadutos foram feitos entre os anos 1960 e 1971, pela Engenharia do Exército “O número 1 identifica que esse foi o primeiro dos viadutos e pontes do ramal ferroviário Bento Gonçalves - Tronco Prin-cipal Sul (Jaboticaba), construídos na época pelo 1º Batalhão Fer-roviário”, explica. Dife-rentemente dos demais viadutos do trecho, a construção histórica da Gomes Carneiro agrega--se à paisagem urbana. O ramal de Bento Gon-çalves até Jaboticaba, no Vale do

É no coração do Vale dos Vinhedos, na Serra Gaúcha, que turistas podem encontrar uma série de atrações para o inverno 2015. O Hotel Villa Michelon oferece opções que agradam desde hóspedes aventurei-ros, pais com filhos e casais que buscam romantismo. Durante a esta-ção mais fria do ano, a paisagem fica ainda mais bela com os parreirais em repouso e as árvores nativas sem folhas ou em cores amareladas. O hotel oferece uma série de atrativos para adultos e crianças como as trilhas ecológicas de 600 metros e 1200 metros, a fazendinha com animais domésticos, o pomar com frutas da estação, as quadras espor-tivas e piscina aquecida.

Para as férias de julho, de 1º a 31, o pacote com três diárias custa a partir de R$ 685,00 por pessoa em apartamento Luxo Double e in-clui também welcome drink com quentão, café da manhã, meia pensão jantar, uma caneca por pessoa no apartamento de brinde e programa-ção infantil em todo o período. Para cinco diárias, os turistas podem encontrar preços a partir de R$ 1.091,00 por pessoa em apartamento Luxo Double.

O Hotel dispõe de es-trutura completa e serviços qualificados. São aparta-mentos executivos, luxo, superluxo e duas suítes es-peciais. Aberto ao público desde 2001, o empreendi-mento acaba de conquistar o Certificado de Excelência 2015 do Trip Advisor, resul-tado da excelência dos ser-viços prestados aos hóspe-des.

Festa Junina do Sagrado encanta comunidade escolarcomo frango na panela, boca do palhaço, pescaria, dadinho, caixa surpresa, entre outros, saboreando pinhão, pipoca, cachorro-quente, entrevero, pastel, doces e quentão.

Com coreografias diversifica-das, roupas de caipiras e muita dança, os educandos da Educação Infantil ao 4º ano encantaram a to-

dos com belíssimas apresentações. Em seguida, os educadores tam-bém participaram deste momento realizando uma dança que divertiu e surpreendeu as famílias que esta-vam na plateia.

Durante a realização da Festa Junina, os educandos do Ensino Fundamental II e Ensino Médio tam-

bém participaram do concurso de danças, que teve como tema “120 anos do cinema”.

A direção parabeniza a todos os educadores e educandos pela criatividade nas apresentações e agradece também a todas as famí-lias pela participação em mais este evento.

Divulgação Colégio Sagrado

“Ponte Seca” agrega-seà paisagem urbana

Viaduto é a obra de nº 1 do trecho ferroviário Bento/Jaboticaba

Rio das Antas, está desativado des-de a década de 1980.

Atualmente, a altura do viaduto é 5,50 metros. Mas, nem sempre foi assim. No início dos anos 1990, vários caminhões e ônibus ficavam trancados no local, com altura ori-ginal em 4,65 metros. Segundo o diretor de Trânsito da administração do então prefeito de Bento Gonçal-ves, Aido José Bertuol, Oscar Biasin algo precisava ser feito. “Muitos ôni-bus de turismo ficavam entalados”, relata. “Foi realizado o rebaixamen-to do terreno. O vão ficou em 5,50 metros, que é a altura máxima de qualquer veículo,” explica Biasin.

Janete Nodari

Lazer e conforto para aproveitaro inverno no Villa Michelon

Recreação na fazendinha

Divulgação Villa Michelon

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ReflexãoPor Rogério GavaPrêmio Jabuti 2012

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Meio Ambiente e a

ergunte a uma pessoa se ela concorda com a destruição do meio ambiente: espantada e certamente um tanto in-

crédula com tal indagação é certo que en-faticamente ela irá responder que NÃO! Ninguém, em sã consciência, é contrário à preservação da vida. Mas, com absoluta cer-teza, encontraremos esse mesmo indivíduo participando - e em consequência sendo co-nivente - com alguma forma de agressão ao ambiente natural.

Todos querem preservar o mundo dos ataques predatórios dos meios de produção, mas diariamente contribuímos com a devas-tação do planeta. Esta “inocente” matéria, por exemplo: sua apresentação impressa consumiu papel, tinta e energia elétrica; in-diretamente, também, envolveu a queima de combustíveis, produção de detritos sin-téticos e o desperdício de matéria-prima, só

Condição HumanaAs coisas do interesse de todos quase

sempre não interessam a ninguém. Millôr Fernandes

Millôr definitivo: a bíblia do caos (1994)

para citar algumas consequências. Certamente seu autor também ficaria indignado se lhe per-guntassem ser conivente com a destruição am-biental...

Esse exemplo serve para ilustrar uma face-ta da índole humana que, ao longo da história, tem se mostrado inequívoca: a natureza contra-ditória que habita o ser de todos os indivíduos. Sabe-se o que é nocivo - e não importa se no âm-bito social, psicológico, econômico ou ecológico - mas o que mais se faz é correr em sua direção. A humanidade sempre tenta desviar daquilo que lhe parece ser “o mal”, mas cedo ou tarde sempre acaba enfrentando os “monstros” de sua própria criação. A questão do meio-ambien-te - tão na pauta que já não mais se sabe onde termina a preocupação legítima e começa a ex-ploração mercantilista do tema - vê-se às voltas, então, com os conflitos gerados por esta carac-terística tão peculiar do chamado homo sapiens.

A visão por uma civilização industrial que respeite a natureza, que saiba construir saídas ao impasse lucro/ética com a mesma eficiência com que desenvolve supercomputadores, é uma tentativa de união entre interesses conflitantes, defrontando-se obrigatoriamente com a manei-ra dualista de ver o mundo em todas suas re-presentações. O homem contempla - e realiza - a agressão diária ao seu próprio habitat e chega à conclusão milenar do apóstolo Paulo, quando este dizia não compreender as próprias ações. Essa incompreensão, nascida da divergência entre pensamentos e atos, é inerente à condição hu-mana, um sentimento conflitante que talvez só seja elucidado fora dos parâmetros tradicionais de pensamento.

A preocupação ecológica nada mais é do que um tipo de manifestação daquilo que se conven-cionou chamar de ética, algo de difícil definição, mas que permeia toda a existência. Caso con-

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1 ALVES, Rubem. O que é religião. São Paulo: Editora Círculo do Livro (1981, p. 41).2 SAGAN, Carl. Bilhões e Bilhões: reflexões sobre vida e morte na virada do milênio. São Paulo: Companhia das Letras (1998, pp. 77 e 78)

trário, por que se preocupar com o futuro das gerações vindouras, deixando de viver o aqui e agora dos prazeres materiais capitalistas? Por que não usufruir das benesses da tecnologia sem sentimentos de culpa ou indagações mo-rais? Rubem Alves assim expôs a urgência de tais questões: “(...) como é possível a sociedade? Que força misteriosa é esta que faz com que indi-víduos isolados, cada um deles correndo atrás dos seus interesses, em conflitos uns com os outros, não se destruam uns aos outros? Por que não se devo-ram? Qual a origem da razoável harmonia da vida social?”1

A metáfora de Stevenson para a condição humana, perpetuada no clássico Dr. Jekyll e Mr. Hyde, já expunha há mais de um século os em-bates internos entre os desejos do inconsciente e as consequências de suas realizações. Neste aspecto é vital perceber que Jekyll - muito além de ser uma criatura atormentada por uma du-pla personalidade - sofria por ter ousado sepa-rar a parte boa e a parte má que sabia existir dentro de si. Assim, o posicionamento “corre-to” seria o equilíbrio entre as pulsões egoístas e o bem comum. Negar o lado sombrio pode tra-zer consequências mais nefastas do que se este não existisse; a noção psicanalítica da neurose

coloca este fato de maneira bas-tante clara.

Consideran-do esta dicotomia de sentimentos que permeia o ser

de todos os homens, vemos que a busca por um crescimento industrial sustentável e não agres-sor ao meio ambiente trilha o caminho da mo-ralidade objetiva. E nesse sentido é vital deixar claro que esta escolha é um ato puramente de “fé”, não em um sentido religioso, mas sim, sig-nificando a escolha por uma existência apoiada em valores que transcendam o pragmatismo do mundo material.

Não há certezas que contrariem a noção do absurdo existencialista; pode-se concordar que em suma o homem é livre para fazer o que bem entenda, vivendo uma liberdade total e fecha-da em si mesma. Nesse sentido é que podemos contrapor a noção de moralidade objetiva ou

universal. Partindo do princípio que o hu-mano de todo indi-víduo constrói-se somente em relação ao seu semelhante - a evolução do ho-mem sobre a Terra é apenas um dos fenômenos que comprovam esse fato - então talvez fique mais fácil enxergar além dos próprios interes-ses.

A noção emer-gente de que a cooperação e a competição po-dem andar jun-tas, é vital para uma relação mais harmoniosa entre o homem e o meio ambiente. Neste sen-tido, a natureza parece dar mostras que a ati-tude “coopetitiva” requer algo mais do que inteligência para sua consecução. O astrôno-mo americano Carl Sagan, em sua obra póstu-ma “Bilhões e Bilhões”, coloca este aspecto da vida de forma muito clara: “(...) A tendência a cooperar tem sido dolorosamente extraída por meio do processo evolucionário. Aqueles organismos que não cooperaram, que não trabalharam uns com os outros, morreram. A cooperação está codificada nos genes dos sobreviventes. Faz parte da sua nature-za cooperar. É a chave para a sua sobrevivência. (...) Gostando ou não, nós, os humanos, estamos ligados com nossos colegas humanos e com as outras plan-tas e animais em todo o mundo. As nossas vidas estão entrelaçadas. Se não fomos agraciados com um conhecimento instintivo que nos mostre o que fazer para que nosso mundo regido pela tecnologia seja um ecossistema seguro e equilibrado, devemos

descobrir com fazê-lo. (...) Não deve ser tão difícil assim. Os pássaros - cuja inteligência tendemos a denegrir - sabem o que fazer para não sujar o ninho. Os camarões, com cérebros do tamanho de partícu-las de fiapos, sabem o que fazer. As algas sabem. Os microorganismos unicelulares sabem. Já é hora de sabermos também”.2

O homo não sapiens está cego face ao espetá-culo da vida, ignorando os milagres da nature-za que o acompanham a cada segundo. O res-peito pelo meio ambiente passa também pelo assombro em relação à beleza e fragilidade do nosso pequeno mundo azul imerso na escuri-dão do cosmos. Uma escuridão gelada e som-bria. A visão contemplativa coloca os fatos sob outra ótica, ampliando os horizontes do pensa-mento e despertando uma consciência que vá além das questões estritamente prag-máticas e pessoais.

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