Escola Secundária de Lousada

2015/2016

Filosofia

Alexandra Pinheiro nº2

Margarida Nunes nº 18

Micaela Ribeiro nº21

Vítor Pacheco nº

11ºG

29-01-2016

Será que somo manipulados ou persuadidos pela publicidade?

Será que somos manipulados ou persuadidos pela publicidade?

Nós vivemos numa sociedade cada vez mais consumista. Onde somos constantemente

influenciados ou até mesmo manipulados pela publicidade através da média, mas será que é

mesmo assim?

Vejamos o seguinte exemplo: The Coca-Cola Company, empresa multinacional,

fabricante e comerciante por todo o mundo do famoso refrigerante Coca-cola, sendo ele o

mais vendido no mundo. Este bombardeia-nos constantemente com publicidade tanto através

de pósteres, cartazes, redes sociais também pela televisão.

É de constatar que este tenta manipular de uma forma comum de argumentação, mas

geralmente é muito eficaz. Além de manipular, a publicidade encarrega-se de nos persuadir

racionalmente, na publicidade anterior a Coca-cola baseia-se no seguinte argumento:

As pessoas que bebem Coca-Cola, sentem-se felizes, livre e sem medos.

Se eu beber coca-cola, irei sentir-me como elas

Ora, eu quero sentir-me assim

Logo, vou beber Coca-cola

Basta formular este argumento para saber que é mau, pois se bebermos coca-cola não

ficamos felizes, livres e sem medos. Contudo a publicidade é eficaz, pois leva-nos

consumidores, que vêm a publicidade a comprar o produto.

Partindo deste princípio já podemos assim fazer uma distinção entre manipulação e

persuasão.

A manipulação e a persuasão são dois modos de utilizar a retórica que é conhecida

pela arte de bem falar, de mostrar eloquência diante um público-alvo para ganhar a sua causa.

A primeira forma de utilizar retórica – persuasão – visa converter o auditório a aceitar

a verdade de uma determinada proposição por meio de razões. Assim a persuasão orienta-se

por um critério de razoabilidade, pois o objetivo da persuasão não é impor uma determinada

ideia, mas sim levar o auditório a avaliar as razões apresentadas quer a favor quer contra de

uma proposição de modo a refletir sobre o mesmo. Isto é a persuasão e o uso correto da

retórica, uma vez que usa: o pathos, o ethos e o logos de forma devida (o discurso tem uma

organização e encadeamento de argumentos, de tal forma lógica que o auditório (pathos) não

apenas possa acompanhar o raciocínio do orador, mas também que possa ser convencido da

justeza da posição que está a ser defendida -logos); o discurso é persuasivo e o orador credível

(ethos).

Após esta breve definição de persuasão constatamos que não se verifica nos inúmeros

anúncios da marca, pois esta impôs a ideia sobre os consumidores que se bebermos Coca-cola

sermos felizes, mas não admite opiniões contra a ideia que nos é imposta, assim vimos que

não se verifica uma persuasão estamos então perante uma forma de manipulação. Em que

este consiste a todo custo, determinadas opiniões ou tese (a da Coca-cola trazer felicidade,

neste caso) sem avaliar criticamente, isto é, sem examinar de modo rigoroso e imparcial, as

razões que se encontram a favor ou contra ela. O que mostra um total desrespeito pela

autonomia intelectual sobre o auditório ou consumidores para este contexto. Procura-se

sempre garantir que as nossas ideias são aceites pelo auditório independentemente dos

meios, isto é a manipulação é então o modo incorreto do uso da retórica (mau uso do ethos,

pathos e do logos). O meio pelo qual se manipula é a linguagem, pois é esta que pode ser terna

ou cruel, verdade ou mentira. No caso do anúncio para além das palavras são utilizadas

imagens e música de uma forma a criar um ambiente envolvente e harmonioso de modo a

reforçar a felicidade que nos e transmitida, isto é estamos a ser manipulados por todo este

encadeamento de efeitos especiais.

Concluímos que embora só termos analisado um anúncio publicitário o mesmo se verifica nos

restantes. Assim embora a publicidade seja sedutora o seu principal foco é a manipulação,

querendo levar as pessoas a agir de uma certa maneira (comprar um produto ou qualquer

outro tipo de coisa).