Semiótica
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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA CAMPUS FLORIANÓPOLIS DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE METAL MECÂNICA CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM DESIGN DE PRODUTO UNIDADE CURRICULAR: SEMIÓTICA PROFESSORA: JUCELIA S. GIACOMINI SILVA
ALUNAS: OSÍRIS PRADO e STHÉFANY CECHINEL
LER AS COISAS
Os autores Alves e Sant’Anna nos textos “A complicada arte de ver”
e “Ler o mundo” abordam sobre leitura, sabendo que, tudo ao nosso
entorno pode ser lido, cada objeto, imagem, símbolo, etc. Ressaltam a
importância do aprender a ver e interpretar, ou sejam não basta conhecer
os signos, tem-se que utiliza-los de alguma forma, com a interpretação feita
por nós.
A partir dessa ciência de que tudo é leitura e decifração, é de
extrema importância que saibamos que as coisas transmitem significados,
assim sendo, estas coisas estão transmitindo mensagens, e para recebê-
las temos que estar preparados.
Estamos expostos a diversos estímulos visuais o tempo inteiro e,
justamente por nossa visão se acomodar facilmente, vemos com olhos de
ferramentas, ou seja , um olhar superficial, e não tentamos entender essa
informação por partes, apenas como um todo. Não buscamos o contexto,
vemos por ver, sem analisar ou enxergar. Nossa percepção acaba
tornando-se “indiferente”, talvéz porque somos colocados diantes de uma
gama de informações.
O processo do ver é algo para se aprender, para ser construído, e
para que isso aconteça temos que desconstruir.
Descreve como em várias profissões ou situações existentes em
cada qual um conjunto de signos que possibilita a leitura e diagnósticos do
mundo cada qual com a sua óptica. Como a mesma comenta “só escreve
bem quem ao escrever sobre si mesmo também lê o mundo”. Vários fatores
estão envolvidos, cada um lê o mundo de acordo com sua bagagem e
experiência de vida, mas muitas vezes é necessário desvincular-se e
colocar-se no lugar do outro, aprendendo assim novas perspectivas.
A arte de ver e transpor ideias é importante para o designer e para o
processo de design porque essa área não foge do panorama, ele também
comunica. O designer tem que ter a capacidade de sintetizar forma e
função em um objeto de maneira a proporcionar bem estar, conforto,
qualidade e funcionalidade através do seu projeto.
São vários os fatores e variáveis que envolvem essa definição, saber
desvendar o que o usuário quer melhorar as condições de uso do objeto,
adequar estas a necessidade da indústria e seus processos de produção ,
normas de segurança e fabricação , colocar o produto no mercado de
maneira competitiva são tarefas que só um designer bem treinado na leitura
do macro processo e dos mínimos detalhes vai poder captar a alma ou
essência dessa necessidade .
Todas essas necessidades ainda tem que ser transpostas para
linguagem do desenho da criatividade ,da forma.
Um designer, quando aprende a ver o mundo , passa a analisar
todas as questões do mundo sob a sua óptica de designer não só as que
tem que resolver no seu trabalho mas também no seu dia a dia, no transito,
na sua casa, quando cozinha está pensando sobre a funcionalidade dos
utensílios,enfim vê o mundo como um desafio a resolver. Tarefa árdua mas
deliciosamente bela!