seminario hipersensibilidades
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Hipersensibilidade
A hipersensibilidade é uma resposta imune adaptativa exacerbada ou inapropriada e que não se manifesta no 1º contato com o antígeno.
A hipersensibilidade ocorre ou por uma ativação maciça ou por falta de regulação do sistema imune causando lesões localizadas e/ou sistêmicas. .
Classificadas em 4 tipos: Classificadas em 4 tipos:
Tipo I (Anafilática ou Imediata)
Tipo II (Dependente de Anticorpo/ Citotóxica) Tipo III (Induzida por Imuno-complexos) Tipo IV (Mediada por Células/Tardia)
Hipersensibilidade Hipersensibilidade tipo Itipo I
(imediatada)(imediatada)
Hipersensilibidade do Tipo I
Essa resposta é mediada basicamente por IgE, mastócitos ou basófilos e antígenos (os quais geralmente são inócuos a maioria da população, como por exemplo pólen, pêlos de animais e ácaros).
Ocorre rapidamente (em minutos) após a exposição ao alérgeno e culmina com a liberação de mediadores químicos que causam uma série de respostas locais e sistêmicas, tais como aumento da permeabilidade vascular, vasodilatação, contração do músculo liso bronquial e visceral e inflamação.
Hipersensilibidade do Tipo I
O aspecto mais grave desse tipo de resposta é a anafilaxia, em que os mediadores, derivados dos mastócitos ou basófilos, provocam asfixia por restrição das vias aéreas, podendo levar também a um colapso cardiovascular.
Portier & RichetPortier & Richet19131913
1-2 semanas
Toxina de anêmonas do Mar Mediterrâneo - salivação
-defecação-dispnéia- paralisia- morte
Ana = afastado Ana = afastado de de
filaxia = proteçãofilaxia = proteção
Seqüência de EventosSeqüência de Eventos
- Fase de Sensibilização- Fase de Sensibilização
- Fase de Ativação- Fase de Ativação
- Fase Efetora- Fase Efetora
Hipersensibilidade tipo IHipersensibilidade tipo I
Seqüência de EventosSeqüência de Eventos
- Fase de Sensibilização- Fase de Sensibilização•Contato com o alérgenoContato com o alérgeno
•Apresentação de AgApresentação de Ag
•Indução de Resposta Th2 (IL-4, IL-5, IL-10, IL-13)Indução de Resposta Th2 (IL-4, IL-5, IL-10, IL-13)
•Produção de IgEProdução de IgE
•Sensibilização dos mastócitosSensibilização dos mastócitos
Hipersensibilidade tipo IHipersensibilidade tipo I
- Fase de Sensibilização- Fase de Sensibilização
Apresentação de AgApresentação de Ag
Hipersensibilidade tipo IHipersensibilidade tipo I
Hipersensibilidade tipo IHipersensibilidade tipo I
- Clínica- Clínica
Dermatite atópica
Hipersensibilidade tipo IHipersensibilidade tipo I
- Clínica- Clínica
Alergia Alimentar
Hipersensibilidade tipo IHipersensibilidade tipo I - Clínica: Choque Anafilático- Clínica: Choque Anafilático
Hipersensibilidade tipo IHipersensibilidade tipo I
- Clínica- Clínica
Asma
Hipersensibilidade tipo IHipersensibilidade tipo I
- Clínica- Clínica
Rinite
alérgica
Tipo II – Citotóxica dependente de anticorpos
•A hipersensibilidade do tipo II ocorre quando ha uma celula alvo e os Ag estao na superficie da celula naturalmente ou foram incorporados.
•As drogas associadas as celulas formam um complexo hapteno/carregador( a droga estranha e um Ag ). A resposta se da contra as novas celulas.
Mecanismo de ação
A via classica do complemento pode ser ativada por complexo Ag/Ac ( IgM ou IgG ). Forma-se o complexo de ataque a membrana (CAM) e ocorre a lise da célula.Células efetoras – células exterminadoras naturais, plaquetas, neutrófilos, eosinófilos, células da série fagocítica mononuclear.
Tipo II – Citotóxica dependente de anticorpos
• Envolvem os mecanismos de destruição das células-alvo: refletem os métodos semelhantes de destruição dos patógenos infecciosos.• Ativação do complemento (ligação covalente de C3b e formação do CAM).• Opsonização do complemento e porção Fc de IgG e IgM.• Liberação de mediadores da inflamação com prostaglandinas e leucotrienos à partir da ação da fosfolipase A2 sobre as membranas.
• Quando há impossibilidade de realização da fagocitose, há ainda liberação de enzimas líticas pelos PMN, promovendo a destruição tecidual externa.
Exemplos de hipersensibilidade do tipo II:
• Anemia Hemolítica (destruição de hemácias que apresentam Ags modificados na superfície)
• Trombocitopenia (mecanismo semelhante à anemia hemolítica onde as plaquetas são destruídas)Ex. penicilina e outras drogas podem reagir c/ a superfície das células humanas, com as hemácias e plaquetas sendoreconhecidas com Ags estranhos.
• Doença Hemolítica do recém-nascido (DHRN)
• Reações de transfusão de sangue
• Doenças auto-imunes
Hipersensibilidade Tipo III Mediada por complexos imunes
•A hipersensibilidade do tipo III tem como mediador uma imunoglobulina (geralmente IgG ) . O Antigeno e sempre soluvel (proteinas).
•Quando nao havia antibioticos e ja se conheciam os Anticorpos , tratavam-se as infeccoes com soro.
•Varios individuos que usavam para mais de uma vez o soro apresentavam efeitos colaterais (febre , lesao renal ,urticaria e doenca do soro ).
As doenças causadas por este mecanismo são chamadas de “doenças do soro” e ocorrem pela deposição de complexos imunes na parede dos vasos. Estas doenças ocorrem quando os complexos são formados em grandes quantidades ou quando estes não podem ser removidos pelo sistema reticuloendotelial.
Os complexos imunes depositam-se nos tecidos, o complemento então é ativado e os polimorfonucleares são atraídos para o local de deposição, causando inflamação (liberando inclusive aminas vasoativas e podendo gerar microtrombos).
Hipersensibilidade Tipo III Mediada por complexos imunes
Hipersensibilidade Tipo III Mediada por complexos imunes
•As reações de hipersensibilidade tipo II diferem das tipo III, pois estas envolvem anticorpos contra antígenos solúveis no soro, levando a formação de complexos imunes circulantes.
•Com isso, o dano tecidual ocorre quando estes complexos depositam-se nos tecidos.
•Os locais afetados por estes complexos dependem da localização do antígeno nos tecidos e pela maneira como os complexos são depositados.
Hipersensibilidade Tipo III Mediada por complexos imunes
Persistência do antígeno por uma infecção contínua ou uma autoimunidade, assim também como defeitos nos fagócitos podem levar a uma doença por complexo imune. Alguns fatores predispõem a deposição desses complexos:
•Permeabilidade vascular aumentada. •Pressão sanguínea local elevada. •Tamanho, tipo e afinidade da imunoglobulina pelo tecido. •Capacidade de estímulo à secreção local de mediadores vasoativasos.
Exemplos de doenças causadas por imunocomplexos: 1. Glomerulonefrite pós estreptocócica 2. Lupus eritematoso sistêmico 3. Poliarterite nodosa
Hipersensibilidade Tipo III Mediada por complexos imunes
A classe das imunoglobulinas interfere na taxa de depuração dos imunocomplexos.
A persistência dos complexos na circulação não é em si prejudicial ao organismo: o problema ocorre quando estes se depositam nos tecidos.
•Reações de hipersensibilidade do tipo IV, ou de hipersensibilidade tardia (celular), dependem de diversos eventos que caracterizam a resposta imunológica celular e envolvem um número significativo de células recrutadas.
•Por estes motivos, levam mais de 12 horas para se desenvolver.
•Podem ser demonstradas na patogênese de muitas doenças autoimunes e infecciosas (tuberculose, lepra, toxoplasmose, leishmaniose, etc.).
•Outra forma de hipersensibilidade celular é a dermatite de contato, que apresenta lesões mais papulares.
Hipersensibilidade Tipo IV Mediada por Células/Tardia
•O mecanismo de dano na hipersensibilidade celular inclui linfócitos T, macrófagos e monócitos. Linfócitos T citotóxicos (L-Tc).
•Causam dano tecidual direto enquanto Linfócitos T auxiliadores (L-Th) secretam citocinas que ativam e recrutam L-Tc , monócitos e macrófagos.
•Os macrófagos são os responsáveis pela magnitude da lesão tecidual.
Hipersensibilidade Tipo IV Mediada por Células/Tardia
Hipersensibilidade Tipo IV Mediada por Células/Tardia
•A hipersensibilidade tardia não pode ser transferida de um animal para outro através do soro, mas pode ser transferida pelos linfócitos T.
•As células T necessárias para a resposta tardia são células que se tornaram sensibilizadas a um antígeno em particular através de um encontro prévio.
Hipersensibilidade Tipo IV Mediada por Células/Tardia
Hipersensibilidade Tipo IV Hipersensibilidade de contato
•É caracterizada clinicamente por eczema (dermatite) no local de contato com o alérgeno.
•Antígenos comuns nestas reações são os haptenos (níquel, cromato e substâncias químicas encontradas na borracha), a hera venenosa e o carvalho venenoso.
Hipersensibilidade Tipo IV Hipersensibilidade de contato
•Na hipersensibilidade de contato os haptenos penetram pela epiderme e se conjugam às proteínas normais do organismo (que funcionarão como proteínas carreadoras de haptenos).
•Alguns haptenos, como o dinitroclorobenzeno (DNCB), irão sensibilizar quase todos os indivíduos.
•O reconhecimento de um conjugado pela célula T é específico para um conjugado hapteno/carreador e não é dependente do reconhecimento separado do hapteno e do carreador como ocorre na formação de anticorpos.
Hipersensibilidade Tipo IV Hipersensibilidade de contato
•As células de Langerhans são as principais células apresentadoras de antígenos na hipersensibilidade de contato.
•Aproximadamente quatro horas após a exposição ao DNCB, as células de Langerhans aparecem nas áreas corticais dos linfonodos drenantes.
Hipersensibilidade Tipo IV Hipersensibilidade de contato
Fase de sensibilização Ocorre em torno de 10 a 14 dias no homem. 1) Absorção do hapteno pela pele; 2) Combinação do hapteno com uma proteína (carreador); 3) Internalização do conjugado hapteno-carreador pelas
células apresentadoras de antígenos (APC); 4) Migração das células apresentadoras de antígenos para
as áreas corticais dos linfonodos regionais; 5) Apresentação do conjugado hapteno-proteína processado
(através do MHC II das APC) aos linfócitos TCD4+ auxiliares;
6) Formação de população de TCD4+ ativados e uma de memória;
Hipersensibilidade Tipo IV Hipersensibilidade de contato
Fase efetora
A primeira manifestação da hipersensibilidade de contato ocorre depois de 4 a 8 horas da segunda exposição ao imunógeno.
Os linfócitos TCD4+ de memória são ativados pela apresentação do conjugado hapteno-proteína processado pelas células de Langerhans.
A partir deste ponto, essas células passam a produzir e secretar IL-2, IL-3, IFN-γ, entre outras citocinas importantes para este processo de reação de hipersensibilidade
Hipersensibilidade Tipo IV Hipersensibilidade de contato
http://www.medicina.ufba.br/imuno/roteiros_imuno/hipersensibilidade_humoral.pdf
http:www.howstuffworks.com/allergy.htm
Imunologia celular & molecular; Abul K. Abbas, Andrew H. Litchman, Jordan S, Pober; terceira edicao; editorarevinter;2000
Imunologia; Roitt,Brostoff, Male; quinta edicao; editora manole;1999