Seminário de Historia da arte

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História da Arte Apresentação dos capítulos 7, 8 e 9, do livro História da Arte. Alunas: Cláudia Rosas e Gabriela Waleska

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História da Arte

Apresentação dos capítulos 7, 8 e 9, do livro História da Arte.

Alunas: Cláudia Rosas e Gabriela Waleska

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Capítulo 7 - Olhando para o Oriente: Islã, China - séculos II à

XIII.Oriente Médio: A religião Cristã era mais rigorosa quando ao uso de imagens quanto jamais fora. A realização de imagens era completamente proibida, e principalmente a representação humana, portanto os artesãos deixavam sua imaginação jogar com padrões e formas. Os famosos Arabescos surgiram assim.

Arabesco

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O impacto da religião sobre a arte foi ainda mais forte na China. Sabemos pouco acerca dos primórdios da arte chinesa, exceto o fato de os chineses terem sido muito eficientes na arte de fundir o bronze desde data remota, e de alguns dos vasos de bronze usados nos templos antigos remontarem ao primeiro milênio antes de Cristo.

Receptáculo de bronze para Vinho da Dinastia Shang (1766 a.c – 1122 a.c).

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Alguns dos grandes mestres da China concebiam a arte como um meio de recordar ao povo os grandes exemplos de virtude nas eras douradas do passado.

Estátua de Shi Huangdi

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Um jogo da lâmpada porca-bronze da dinastia Han ocidental.

Esculturas das empregadas domésticas e dos empregados, século II d.C .

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Um punho de bronze dourado dado forma como um dragão, dinastia Han oriental.

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Cavalheiros na conversação, dinastia Han oriental.

Guardiães do espírito do dia e da noite disfarçados como os animais, pinturas na telha, dinastia Han.

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O mais importante impulso à arte chinesa deu-se provavelmente através do Budismo .Os monges e ascetas do círculo do Buda eram freqüentemente representados em estátuas de um surpreendente realismo.

Buda Chinês

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O Budismo influenciou a arte chinesa não só fornecendo aos artistas novas tarefas, mas introduzindo uma abordagem inteiramente nova da pintura, os chineses foram o primeiro povo que não considerou a criação artística uma tarefa subalterna, mas, pelo contrário, colocou o pintor no mesmo nível do poeta inspirado.As religiões orientais ensinaram que nada era mais importante do que o tipo certo de meditação.Assim, o artista meditava apenas o ser, palavra ou imagem que gostaria de representar, e quando em sua mente este estivesse concreto e puro, poderia ser representado verdadeiramente.

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A arte religiosa na China passou a ser empregada para narrar as lendas do Buda e dos mestres chineses, para na prática da meditação.Os artistas devotos começaram a pintar água e montanhas num espírito de reverência, com o intuito de fornecer material para meditação profunda.a finalidade subjacente nas maiores pinturas chinesas de paisagens dos séculos XII e XI I I é a contemplação e meditação. Três pedras e pinheiro,

Dinastia Qing.

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Os artistas chineses não iam para o campo sentar-se diante de algum motivo e esboçá-lo. Aprenderam inclusive a sua arte por um estranho método de meditação e concentração em que adquiriam primeiro a habilidade estudando as obras de mestres famosos e não a própria natureza. A ambição desses mestres chineses era adquirirem tal facilidade no manuseio do pincel e da tinta que pudessem materializar sua visão enquanto a inspiração ainda estava fresca.Os chineses, portanto, consideram uma infantilidade procurar detalhes em pinturas e depois compará-los com o mundo real.

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Com o decorrer do tempo, quase todos os tipos de pinceladas com que uma haste de bambu ou um rochedo de superfície rugosa podia ser pintado foram estabelecidos e rotulados pela tradição, e tão grande era a admiração pelas obras do passado que os artistas cada vez menos se atreviam a confiar em sua própria inspiração. Somente após um novo contato com as realizações da arte ocidental, no século XVIII, é que os artistas japoneses se atreveram a aplicar métodos orientais a novos temas.

Monte Fuji

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Capítulo 8 – A Arte Ocidental em fase de Assimilação. Europa séculos VI a XI.

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A história da arte ocidental até o período de Constantino e aos séculos em que ela se adaptou ao preceito do Papa Gregório, o Grande, baseia-se na idéia de que as imagens são úteis para ensinar aos leigos a palavra sagrada.

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O período que se seguiu a essa era cristã primitiva, o período que sobreveio à derrocada do Império Romano, é geralmente conhecido pelo nada lisonjeiro epíteto de Idade das Trevas.

Representação do purgatório.

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Todos esses anos não viram o surgimento de qualquer estilo claro e uniforme, e sim o conflito de um grande número de estilos diferentes que só começaram a se fundir já em fins desse período.Não foi apenas um período tenebroso; foi também desigual e variegado, com tremendas diferenças entre vários povos e classes.

Camponeses na Idade Média

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Os monges e missionários da Irlanda céltica e da Inglaterra saxônia tentaram aplicar as tradições desses artífices nórdicos às tarefas da arte cristã. Construíram igrejas e campanários em pedra imitando as estruturas de madeira usadas por artífices locais

Pagina do evangelho de Lidisfarne, Londres, pintado antes de 700 d.C.

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Mas os monumentos mais surpreendentes ao êxito deles são alguns dos manuscritos feitos na Inglaterra e Irlanda durante os séculos VII e VIII.

Manuscritos Medievais

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O treinamento de mão e olho que o artista recebera, e que o capacitara a realizar um belo padrão em suas obras, ajudara-o a trazer um novo elemento para a arte ocidental. Sem essa influência, a arte ocidental ter-se-ia possivelmente desenvolvido numa direção semelhante à da arte de Bizâncio.Graças ao choque de duas tradições, a clássica e a dos artistas nativos, algo inteiramente novo começou a crescer na Europa Ocidental.

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Arte Bizantina – Ave Maria e Menino Jesus.

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O surgimento de um novo estilo medieval possibilitou à arte fazer algo que nem a antiga arte oriental nem a clássica tinham feito: os egípcios tinham desenhado preponderantemente o que sabiam existir, os gregos o que viam; na Idade Média, o artista aprendeu a expressar também na sua obra o que sentia.A pintura medieval também foi marcada por uma forte presença da religião.

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A adoração dos Reis Magos. (1504)

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Esses artistas não pretendiam criar uma semelhança convincente com a natureza ou realizar belas coisas: queriam comunicar a seus irmãos de fé o conteúdo e a mensagem da História Sagrada.

Pintura a fresco da abobada da abside da igreja de Santa María de Tahul.

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Mateus redigindo "seu" Evangelho.Iluminura de um manuscrito francês dos Evangelhos de Ebbo. séc. IX.

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Segundo o ensinamento do Papa Gregório, o Grande, “a pintura pode fazer pelo analfabeto o que a escrita faz pelos que sabem ler”.Essa busca de clareza destaca-se não só nas iluminuras, mas também nas obras de escultura.

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Não devemos imaginar, porém, que toda a arte nesse período existiu exclusivamente para servir idéias religiosas. Não apenas igrejas foram construídas na Idade Média, mas castelos também, e os barões e senhores feudais a quem os castelos pertenciam empregavam ocasionalmente artistas.

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A batalha de Hastings, parte da tapeçaria de Bayeux. C. 1070-80.

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A arte religiosa era, de um modo geral, tratada com maior respeito, e cuidada com mais zelo do que meras decorações de aposentos privados.

A batalha de Hastings, parte da tapeçaria de Bayeux. C. 1070-80.

Cena 32 da Tapeçaria de Bayeux em que Odo, em seu cavalo negro, brande a arma contra um inimigo.

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Capítulo 9

A Igreja Militante

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O termo Igreja Militante é derivado do latim Ecclesia Militans, e em seu sentido original envolvia a noção de fé ativa e combativa, à semelhança dos soldados na batalha. Refere-se também à idéia de que a Salvação só pode ser atingida através do esforço pessoal e coletivo para a superação do vício e do pecado.

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Portal Sul, Abadia de Saint-Pierre de Moissac. Início do séc. XII. Pedra.

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Portal sul, Abadia de Saint-Pierre de Moissac. Jeremias. Início do séc. XII. Pedra.

Portal sul, Abadia de Saint-Pierre de Moissac. Jeremias.Início do séc. XII. Pedra. (detalhe)

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A Idade das Trevas não apagara, em absoluto, a memória das primeiras igrejas, as basílicas, e as formas que os romanos haviam usado em sua construção. O plano fundamental era usualmente o mesmo — uma nave central levando a uma abside ou coro. e duas ou quatro naves colaterais.

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Igreja Medieval: Catedral de Tournai( Bélgica).

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Foi na França que as igrejas românicas começaram a ser decoradas com esculturas, embora a palavra "decorar" também nesse caso seja um tanto enganadora. Tudo o que pertencia à igreja tinha sua função definida e expressava uma idéia precisa, relacionada com os ensinamentos da Igreja.

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Remanescentes da igreja beneditina de Murbach, Alsácia(França), construída por volta de 1160.

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Interior da catedral de Durham(1093-1128).

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O pórtico do final do século XII da catedral de Saint- Trophime, em Arles (Sul da França), é um dos mais completos exemplos do estilo românico.

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Os ensinamentos da Igreja acerca do objetivo final de nossa vida terrena foram consubstanciados nessas esculturas do pórtico de uma igreja. Essas imagens perduraram no espírito das pessoas ainda mais poderosamente do que as palavras do sermão do pregador. Um poeta francês do final da Idade Média, François Villon, descreveu esse efeito nos comoventes versos escritos para sua mãe:

Sou uma pobre e velha mulher.Muito ignorante, que nem ler sabe.

Mostraram-me na igreja de minha aldeiaUm Paraíso pintado com harpas

E o Inferno onde ferviam as almas danadas;Um enche-me de júbilo, o outro assusta-me...

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Julgamento final, detalhe, catedral de Autun, c. 1130-35. Pedra.

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O juízo final. Tímpano do portal da Catedral de Saint Lazare. Autun, França. c. 1130-35. Pedra.

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Escultura - São Paulo. Abadia de Saint-Pierre de Moissac.

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Tímpano do portal ocidental da Abadis de St. Foy, França.

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Todos os pormenores no interior da igreja são pensados com igual esmero, de forma que se ajustem ao seu propósito e à sua mensagem.Castiçal feito para a Catedral de Gloucester por volta de 1110. Uma inscrição latina em torno de sua coroa diz o seguinte: "Este porta-luz é obra de virtude: com seu brilho prega a doutrina, para que muitos não se percam nas trevas do vício". Significando que “a luz que brilhou na escuridão" pode fazê-los triunfar sobre o poder do mal.

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Reneir d’Huy. Pia batismal. 1107-18.Bronze, 0,63m. Igreja de São Bartolomeu, Liège - Bélgica.

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A figura representa a Anunciação. Parece quase tão hirta e imóvel quanto um relevo egípcio.

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O artista não estava empenhado numa imitação de formas naturais e se preocupava exclusivamente com a disposição de tradicionais símbolos sagrados, que era tudo o que ele necessitava para ilustrar.

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Santos Gereão, Wllimarus e Gall, martírio de santa Úrsula e suas 11.000 virgens.De um calendário manuscrito feito entre 1137 e 1147, Stuttgart( Alemanha).

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o artista pôde prescindir de qualquer ilusão de espaço ou de qualquer ação dramática, pôde arranjar suas figuras e formas de acordo com linhas puramente ornamentais. A pintura estava, de fato, a caminho de se converter numa forma de escrita por imagens: mas esse retorno a métodos mais simplificados de representação deu ao artista da Idade Média uma nova liberdade para experimentar com mais complexas formas de composição (composição = pôr junto).

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«A Virgem com o Menino». Vitral do século XII, numa das 176 janelas ornamentadas da Catedral de Nossa Senhora de Chartres, em França.

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Foi a emancipação da necessidade de imitar o mundo natural que capacitou os artistas a transmitir a idéia do sobrenatural em suas obras.

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Obrigada!