"Semeando Informações" - Informativo Mensal do Centro Santa Fé e Espaço Anhanguera

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Edição 2 - Maio/2015

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2ª Edição - Maio 2015

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Edição 2 - Maio/2015

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DAS PRÁTICAS QUE ACREDITAMOS

No período de abril a maio, foram celebradas nacional e mundial-mente datas bastante significativas

para o trabalho que realizamos dia a dia no Centro Santa Fé e Espaço Anhangue-ra. Em 28 de abril, foi comemorado o Dia Mundial da Educação; em 15 de maio, o Dia do(a) Assistente Social e, em 20 de maio, o Dia do(a) Pedagogo(a). Todas essas datas fazem referência ao que nos motiva cotidianamente: a construção de práticas que possibilitem a emancipação dos sujeitos, assim como a transformação e a mobilização social. Nesta 2ª edição do informativo “Seme-ando Informações”, é a respeito de tudo isto que discorreremos nas páginas a se-guir: do que somos, do que nos impulsio-na, das práticas que acreditamos. E, neste contexto de compartilhar com cada um/uma de vocês aquilo que nos movimen-ta, estreamos neste mês a coluna “Radar Social”, um espaço aberto para difusão de opiniões e temas relevantes para nos-sa prática diária. Iniciamos com Márcia Del Barco, assessora pedagógica do Cen-tro Santa Fé. No texto de estreia, Márcia divide conosco o legado de Paulo Freire, educador que tanto serve de inspiração para a construção do trabalho realizado no projeto social.

Boa leitura!

Edição de nº 2 Maio/2015

Diretor:Pe. José Maria de Andrade Couto Coordenação Administrativa:Adriana Torreão

Coordenação de Eventos:Vania Pessoa

Coordenação do Projeto Social:Maria Madalena Alves Jornalista responsável:Thaís Santana

Diagramação:Jéferson Antunes

Fotografia:Thaís Santana e Jéferson Antunes

Colaboração:Alcilene Nery, Amanda Ribeiro e Márcia Del Barco

Informativo interno produzido pelo departamento de Comunicação do Centro Santa Fé

Contato:[email protected]

Expediente

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“REDE MAGIS”, POR ADOLESCENTES COMPROMETIDOS, COMPASSIVOS,CONSCIENTES E COMPETENTES

Nos dias 22 e 23 de maio, aconteceu em São Paulo o 1º encontro da “Rede Adolescentes Magis”. O evento reuniu na Vila Gonzaga

(espaço pertencente ao colégio São Luís, localizado em área vizinha ao Centro Santa Fé) educandos e educandas de obras sociais da Compa-nhia de Jesus (Centro Santa Fé, Projeto OCA – Oficinas Culturais An-chieta – e Fé e Alegria Grajaú) e dos colégios São Luís e São Francisco Xavier para momentos de convivência e reflexões.

Até o ano passado, os encontros entre alunos de obras e colégios da Rede Jesuíta eram denominados de “Enaquinho” – uma versão similar ao ENAC (Encontro de Alunos Colaboradores) que reúne estudantes do Ensino Médio de diferentes escolas. O “Rede Adolescentes Magis” sur-giu neste ano com a proposta de possibilitar experiências mais significa-tivas (não apenas a aproximação entre jovens das diferentes instituições da Companhia), um encontro em que adolescentes possam, além de trocar saberes, construir ações de forma coletiva e colaborativa.

“Esse primeiro encontro foi ainda uma transição entre aquilo que vinha sendo elaborado até então para o que desejamos construir daqui para frente. A ideia é que nosso trabalho tenha como inspiração a Jornada Mundial da Juventude (realizada no Brasil em 2013). É daí que vem o nome Rede Magis, não só pelo significado literal do ‘ser mais’ (que a palavra Magis representa), mas também por toda a importante mensa-gem e legado que a jornada nos deixou”, explica Adriano Evangelista, assessor pedagógico do Centro Santa Fé. Adriano, junto com coordena-dores e demais representantes das equipes pedagógicas dos colégios e obras, participou do processo de estruturação do encontro.

As ações do encontro foram elaboradas a partir de textos publicados pela Federação Latino-americana de Colégios da Companhia de Jesus (FLACSI), ressaltando a importância de se formar jovens Compro-metidos, Compassivos, Conscientes e Competentes (os quatro C’s).

A ideia foi realizar, ao longo dos dois dias de atividades, oficinas e discussões que problematizassem a importância dessas quatro pala-vras no cotidiano dos adolescentes.

Nesse contexto, uma das atividades mais marcantes aconteceu no sábado (23) pela manhã, o “Momento de Partilha”. Buscando inspi-rar nossos jovens e ascender em cada um a chama da transformação, Dingos Delbarco, educador de graffiti do Centro Santa Fé, comparti-lhou sua trajetória de vida com todos os presentes. O arte educador contou como foi inserido no universo do graffiti e o quanto a arte foi fundamental em sua história, possibilitando a abertura de diversos caminhos. Além disso, ainda compartilhou como passou toda sua experiência adiante, tornando-se um agente transformador em seu próprio bairro, no município de Osasco.

“O momento da partilha foi bastante significativo. Como o ‘Rede Adolescentes Magis’ destaca a importância de sermos transforma-dores e mobilizadores, pensamos que seria legal aproximar nossos jovens de histórias reais, não da trajetória de heróis, mas sim de pes-soas que estão ali no cotidiano deles e que, de alguma forma, podem inspirá-los a ser mais”, esclarece o assessor pedagógico.

O encontro contou ainda com sarau e oficinas de dança popular brasileira (representada pelo Jongo) e artesanato, facilitadas por edu-cadoras do projeto OCA; música, ministrada por educadores de Fé e Alegria, e graffiti, conduzida pelo Centro Santa Fé.

Agora, ainda há muito a ser feito! A ideia é se concentrar nas futuras atividades. “Percebemos a necessidade de criar, e tornar viva e ativa, uma rede de boas práticas para colégios e obras sociais da Compa-nhia de Jesus. Nossa ideia, com isso, é expandir as ações. Buscamos ultrapassar os muros de cada instituição”, conclui Adriano.

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Jesuítas participam do 1º Fórum

Entre os dias 20 e 23 de abril, ocorreu no Rio de Janeiro, o I Fórum MA-GIS. O Programa MAGIS é a pro-

posta do Secretariado de Articulação e Capacitação para a Missão – Juventude e Vocações da Província do Brasil (BRA) ao apelo do Plano Apostólico que apon-ta a juventude como uma das opções preferenciais da Companhia de Jesus no Brasil. Participaram do encontro 30 jesuítas que desenvolvem trabalho com juventude no Brasil.

O fórum teve como principal objetivo apresentar e discutir o Programa MA-GIS, elaborado por um Grupo de Tra-balho (GT) ao longo de 2014 e aprova-do pelo Padre Provincial. “Até então, a maioria dos jesuítas presentes no fórum não tinha tido acesso ao Programa. Isso tornou a experiência muito enriquece-dora para a equipe central do MAGIS Brasil, que pode ouvir os comentários e as contribuições desses jesuítas com vasta experiência no trabalho com jo-vens.”, avaliou o padre Jonas Caprini, Secretário de Juventude e Vocações, e também coordenador do Programa

MAGIS.

Ao longo do fórum, os participantes pu-deram se debruçar sobre vários aspec-tos do Programa MAGIS, como os eixos temáticos, a metodologia de trabalho, as estruturas físicas e administrativas, os recursos humanos e financeiros neces-sários e os principais desafios que se-rão enfrentados. Paralelamente às dis-cussões do Programa, foi redigida uma carta expondo a opinião desses jesuí-tas, contrária à redução da maioridade penal. A carta foi divulgada nas redes sociais e encaminhada aos deputados componentes da comissão que está de-batendo o assunto.

Durante 2015, serão constituídas equi-pes de jesuítas e jovens para elaborar e estruturar cada eixo do Programa. Já, em 2016, está previsto o II Fórum MAGIS com a participação de jesuítas e lideranças jovens, para dar mais um passo na implementação do Programa MAGIS Brasil. Os eixos estruturais do Programa Metodologia, Exercícios Espi-rituais, Voluntariado Jovem e Socioam-biental darão sustentabilidade à missão

que busca “formar jovens Conscientes, Competentes, Compassivos e Compro-metidos, sendo homens e mulheres para os demais, transformando a socie-dade mais justa e fraterna”.

Para ler a carta contra a redução da maiori-dade penal, acesse o link:http://bit.ly/1JypoVP

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Aos poucos o MAGIS Brasil vai se confi-gurando e ganhando o rosto da missão!

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APOSTOLADO SOCIAL É DESTAQUE NA 14ª EDIÇÃO DO INFORMATIVO “EM COMPANHIA”

Mensalmente, o informativo “Em Companhia” – publicação do Núcleo de Comunicação Inte-

grada dos Jesuítas Brasil – traz notícias e novidades a respeito da atuação da Companhia de Jesus em todo o territó-rio nacional e ao redor do mundo.Na edição de maio, a reportagem espe-cial abordou um tema que muito bem conhecemos por aqui: o trabalho reali-zado pelas diversas obras e projetos so-ciais ligados à Ordem religiosa.

Segundo um amplo levantamento e diagnóstico das ações sociais dos jesuítas no Brasil, há 49 unidades ou obras que realizam esse tipo de atuação. Sem levar em conta a grande riqueza dos tra-balhos de Fé e Alegria (que já têm os seus mapeamentos próprios), em 2014

mais de 63 mil pessoas foram be-neficiadas pelas iniciativas socioeducati-vas e sociais da Companhia de Jesus no Brasil.

Essas iniciativas estão localizadas em 13 estados e 22 cidades do território na-cional. Os números demonstram a for-te atuação da Companhia de Jesus no Brasil e o cuidado com as comunidades e famílias que participam das ativida-des. “A característica central da atuação da Companhia de Jesus é a incidên-cia transformadora, ou seja, o DNA do apostolado jesuíta é focado na busca da emancipação do sujeito no sentido de ajudá-lo a assumir o seu protagonismo como agente transformador”, explica padre José Ivo Follmann, Secretário para a Justiça Social e Ecologia da Província

BRA. A matéria ainda ressaltou a importância do projeto Sinergia – desde 2014, a Companhia de Jesus tem feito o ma-peamento das ações sociais realizadas em todo o Brasil. A iniciativa é integra-da ao Projeto Sinergia Ação Social Brasil, que está sendo implementado no país. “O objetivo do projeto é pro-mover a padronização dos processos e da tecnologia, nas mantenedoras e mantidas com atividades de ação social (programas de inclusão socioeducativa e programas, projetos e serviços de inci-dência socioambiental direta) da Com-panhia de Jesus”, explica padre José Ivo

Outro ponto bastante importante, também citado na reportagem, foi a prioridade do Plano Apostólico da Província dos Je-suítas do Brasil-BRA: “A Superação do abismo da desigualdade socioeconômica e suas graves implicações sociais, culturais e ambientais”.

O texto acima foi escrito a partir da reportagem “A Oportunida-de de Ampliar Horizontes”, divulgada no informativo “Em Com-panhia”. É possível conferir a publicação completa no seguinte link: http://issuu.com/noticiassj/docs/14___edi____o

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IGREJA CELEBRA 2 ANOS DO PONTIFICADO DE FRANCISCO

No dia 13 de março, a Igreja Católica ce-lebrou os dois anos de pontificado do Papa Francisco. Nesse período de seu

papado, ele já conquistou a todos com sua simplicidade, ternura e espontaneidade. Jorge Mario Bergoglio, 78 anos, é o 266º bispo de Roma e entrou para a história ao se tornar o primeiro papa latino-americano e jesuíta.

Em dois anos, Francisco beatificou 974 bem--aventurados e canonizou 51 beatos. Portanto, desde sua posse, 1025 pessoas já foram pro-clamadas beatas e santas. A produção pastoral do pontífice também é expressiva. Francisco já divulgou a encíclica Lumen Fidei, a exorta-ção apostólica Evangelli Gaudium, redigiu sete constituições apostólicas, 59 cartas, 12 cartas apostólicas e cinco Motu Proprio. Além disso, participou de 73 audiências gerais.

O Papa também está preparando uma encícli-ca sobre a questão ambiental, com previsão de publicação até o final do ano.

Entre 2013 e 2014, estima-se que cerca de 30 milhões de pessoas já estiveram presentes diante do papa, entre participantes de audiên-cias e peregrinos. Reconhecido pela abertura ao diálogo inter-religioso, o Papa já se encon-trou com representantes de diversas religiões, dentre eles o patriarca ecumênico Bartolomeu I, bispo da Igreja Ortodoxa. Em 24 meses de pontificado, o Papa Francisco visitou o Brasil, a Terra Santa, a Coreia do Sul, a Albânia, a Tur-quia, o Sri Lanka, as Filipinas e a cidade france-sa de Estrasburgo, onde passou pelo Parlamen-to Europeu e o Conselho da Europa; realizou também sete viagens pela Itália. No âmbito político, Francisco ganhou destaque por reu-nir em uma celebração pela paz, no Vaticano, o então presidente de Israel, Shimon Peres, e o líder da autoridade Palestina, Mahmoud Abbas. Além disso, foi um dos principais in-termediários do diálogo entre Estados Unidos e Cuba, que culminou com a reaproximação dos dois países, após 54 anos.

O Papa Francisco também convocou um Sínodo extraordinário sobre a família, que reuniu 250 pessoas, entre bispos de diversas partes do mun-do, sacerdotes, especialistas, estudiosos e casais. Essa foi uma reunião preparatória para o Síno-do ordinário, que será realizado em outubro de 2015.

O diálogo e o respeito pelo próximo são caracte-rísticas do papado de Francisco, que se mantém antenado com as tecnologias, não é à toa que o pontífice atinge mais de 15 milhões de pessoas pelo Twitter.

HABEMUS PAPAM

No dia 15 de março de 2013, uma multidão orava e esperava o anúncio do nome do novo pontífice na Praça São Pedro, no Vaticano. Todos esperavam a fumaça branca sair pela chaminé, pois esse era o sinal de que os cardeais tinham escolhido o novo líder da Igreja Católica. En-tão, às 20h14 (16h14 horá- rio de Brasília), a fumaça branca finalmente surgiu. Os primeiros segundos foram confusos porque novamente

parecia fumaça negra, mas pouco depois não ha-via mais dúvidas. Uma abundante fumaça bran-ca anunciava ao mundo que os cardeais tinham escolhido o sucessor de Bento XVI. Os sinos da basílica soavam e os fiéis mostravam sua alegria e seu entusiasmo

A fumaça branca significava que a votação tinha alcançado a maioria absoluta e que o recém-elei-to Papa respondera afirmativamente ao cardeal Giovanni Battista Re, que, em nome de todo o colégio dos eleitores, pediu o seu consentimento: “Você aceita a sua eleição canônica para sumo pontífice?”. Uma vez recebido o consentimento, perguntou para ele: “Por qual nome você quer ser chamado?”.

O mundo vivia momentos de expectativa até que a Praça São Pedro ficou em silêncio e escutou-se “Anuntio vobis gaudium, habemus Papam”, fei-to pelo cardeal francês Jean-Louis Tauran. E, em latim, ele indicou Jorge Mario Bergoglio, que, a partir daquele momento, passaria a ser chamado de Francisco, o Papa Francisco. As primeiras pala-vras do pontífice foram suficientes para despertar o carinho e o entusiasmo dos católicos e de pes-soas do mundo inteiro.

Fonte | O Estado de S. Paulo/ pt.radiovaticana.va/ www.zenit.org

foto da internet | com alterações

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CINCO LIÇÕES DE LIDERANÇA DO PAPA FRANCISCO

HUMILDADE, FIRMEZA E CAPACIDADE DE OLHAR PARA OS OUTROS DE IGUAL PARA IGUAL. ESSAS SÃO ALGUMAS DAS IDEIAS PRATICADAS PELO LÍDER ESPIRITUAL – E QUE PODEM SER APLICADAS AO DIA A DIA POR QUALQUER GESTOR

A postura do papa Francisco está alinhada com as teorias mais recentes de liderança. Um che-fe que escuta a equipe e leva suas opiniões em consideração antes de decidir, que não se comporta como se fosse melhor que os outros por causa de seu título e que, ao mesmo tem-po, demonstra firmeza e chama a responsabi-lidade para si.

Suas lições são ensinadas da forma que, segun-dos especialistas em gestão de pessoas, é a me-lhor possível: pelo exemplo. Da observação de seu comportamento foram extraídas 12 lições de liderança, apresentadas em um livro que acaba de ser lançado: Lidere com Humildade, de Jeffrey A. Krames, da editora Planeta.

A seguir, cinco das 12 lições presentes no livro para começar a exercitar atitudes de um líder contemporâneo.

Lidere com humildade

O papa Francisco acredita que, acima de todas as demais qualidades, a humildade autêntica é a que mais capacita os líderes. “Se conse-guirmos desenvolver uma atitude verdadeira-mente humilde, poderemos mudar o mundo”, escreveu o papa, antes de ganhar esse título na Igreja.

“Mesmo quando estava para ser apresentado pela primeira vez [como papa], ele se recusou a usar uma plataforma que o elevaria acima dos outros cardeais, preferindo permanecer na mesma altura que eles. ‘Vou ficar aqui embai-xo’, foi o que ele disse, segundo relatos’. De-pois pediu que rezassem por ele antes de dar a bênção papal à multidão, quebrando, mais uma vez, a tradição.” O trecho, publicado no livro, foi reproduzido de uma reportagem.

O recado do papa é claro. Tome cuidado para não tomar atitudes que transmitam a seus su-bordinados a mensagem de que você está aci-ma deles. Para evitar esse comportamento no mundo corporativo, algumas ações valem mais do que longos discursos. Trocar seu imponente escritório por uma sala interna ou até mesmo um cubículo é uma das ideias sugeridas no li-vro.

Quem sou eu para julgar?

Para o papa Francisco, as palavras são tão im-portantes quanto as atitudes. Por isso, ele pa-rece escolher com cuidado cada frase dita em seus livros e discursos religiosos.

“Não julgue, avalie”. Para o papa, os verbos “julgar” e “avaliar” têm claramente sentidos distintos. Em teoria, é um senso comum dizer que não se deve julgar os outros. Na prática, no entanto, opinar sobre o comportamento alheio, especialmente pelas costas da pessoa em questão, é algo corriqueiro nos corredores das empresas.

Avaliar, por sua vez, é função do líder em tem-po integral. A diferença entre as duas atitudes pode parecer sutil. Mas não é. Enquanto julgar se aproxima da fofoca e demonstra imaturida-de profissional, avaliar exige discernimento, cuidado e senioridade.

Como exemplo apresentado no livro, é citado o episódio em que Francisco fez uma avalia-ção severa do então “bispo da ostentação”, Franz-Peter Tebartz-van Elst, por causa de seus gastos excessivos na construção de um centro religioso. Decidiu, portanto, que ele não era o tipo de líder que se ajusta à sua visão de uma igreja voltada a ajudar os pobres e menos fa-vorecidos.

Mesmo assim, o papa nunca criticou pessoal-mente o ex-bispo. Sua avaliação foi de que as escolhas do bispo simplesmente não se ade-quavam à visão de Francisco para a Igreja Ca-tólica. Com isso, em 23 de outubro de 2013, Tebartz-van Elst foi suspenso do exercício de seu ministério.

Evite o isolamento

Viva na fronteira

Uma instituição aberta a pessoas de todas as esferas da vida e que busca ajudar todo tipo de gente, onde quer que estejam, não pode se isolar. O mesmo vale para o líder de uma empresa ou setor.

O papa Francisco escreveu de maneira abran-gente sobre o conceito do isolamento ao longo de sua vida, embora não tenha usado essa pa-lavra específica. A essência das ideias difundi-das por ele é a de que um líder deve falar com pessoas dentro e fora da sua organização, de preferência de religiões diferentes do país e ao redor do mundo.

Ele afirma que o verdadeiro diálogo só pode ocorrer quando todos respeitam os outros e ouvem com a atitude de que todos têm algo importante e pertinente a dizer. “Essa postu-ra reforça as raízes de Francisco, baseadas em respeito, dignidade e humildade para consigo mesmo, os outros e Deus”, escreveu o autor.Logo depois de ser eleito papa, na Praça São

Pedro (no Vaticano), Francisco fez um pedido incomum que exemplifica a importância dada a todos que estão ao seu redor: “Antes que o bis-po abençoe seu rebanho, peço que vocês rezem para que o senhor me abençoe. A oração do reba-nho pedindo a benção de seu bispo.”

Prefira o pragmatismo à ideologia

No jornal argentino “El Jesuíta”, Francisco foi cita-do dizendo: “Eu não tenho todas as respostas. Se-quer tenho todas as perguntas e novas perguntas estão sempre surgindo. Mas as respostas têm que ser pensadas de acordo com as diferentes situa-ções, e também é preciso saber esperar por elas.”

O líder religioso incentiva os líderes religiosos a fazerem o que for necessário (dentro dos limites da ética) para ajudar uma pessoa por vez. E, se ao fazê-lo, o líder tiver que entrar na lama meta-fórica – ou até literal -, tanto melhor. “A questão não é usar ou não a batina, mas se você arregaça as mangas quando tem de trabalhar pelo bem dos outros.”

Em seu discurso religioso mais citado, Francisco se dirigiu a igreja como um todo, dizendo: “(...) Prefiro uma igreja machucada, ferida e enlamea-da por ter saído pelas ruas, a uma Igreja enferma devido ao confinamento e apego à própria segu-rança. Não quero uma igreja preocupada em ficar no centro e que acaba presa num emaranhado de obsessões e procedimentos”.

“Francisco demonstra seu pragmatismo de muitas maneiras. Ele sabe e reconhece que o mundo é um lugar diversificado, e que o ponto de inflexão estratégico da Igreja é composto de definições em rápida evolução do ‘novo normal’ por parte das várias culturas”, diz o autor do livro.

Como exemplo da evolução do “novo normal”, ele cita casamentos e uniões não tradicionais, o crescente papel da tecnologia na vida cotidiana e a maior ênfase dada hoje às questões ecológicas. E completa: “Ele sabe que para atingir seu objeti-vo de criar uma igreja mais aberta e acolhedora, deve romper com as partes mais severas e rigoro-sas da doutrina da Igreja e levar em consideração mudanças que seriam impensáveis antes dele.”

Fonte| Época Negócios/ http://epocanegocios.globo.com/Inspiracao/Carreira/noticia

Francisco, ao mesmo tempo em que exerce o po-der, também vive de acordo com um código radi-cal de humildade que ele mesmo se impõe. Isso é viver na fronteira.Krames define Francisco como um líder tridimen-sional, “muito mais que uma figura gentil e afá-vel que passa o dia inteiro envolvido em atos de humildade.” É a sua humildade que o coloca na fronteira. Ele age com autoridade, coragem e sa-bedoria da experiência, mas dá espaço pra outras ideias, porque sabe que é impossível saber todas as respostas.

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O QUE É FEITO DO LIXO QUE PRODUZIMOS?

Mas, afinal, pra onde vai o lixo depois que sai da porta da nossa casa? Foi a partir desses questionamentos que o educador Florisvaldo Pinho, responsável pela oficina de Educação Ambiental do Centro Santa Fé, chamou a atenção dos educandos e educandas para um assunto pra lá de importante: a necessidade de realizarmos uma coleta seletiva eficaz.

Em 22 de maio, alguns dos adolescentes atendidos pelo projeto (acompanhados dos educadores Magda Marques, Florisvaldo Pinho, João Paulo Alves e Wilian Santana) visitaram pela primeira vez uma Central Mecanizada de Triagem. Nossa turma foi até a Estação de Transbordo Ponte Pequena - da Logística Ambiental de São Paulo (LOGA), concessionária responsável pela coleta de resíduos na região noroeste da cidade, para entender como é feito o processo de separação dos resíduos antes de serem encaminhados ao seu des-tino final, os aterros sanitários.

“O objetivo desse ‘passeio’ foi justamente impactar nossos jovens. O esperado era que, ao visitar uma Central de Triagem e acompanhar de perto o ciclo de separação dos resíduos, eles (educandos e educandas) conseguissem compreender melhor como é essa relação (preocupante) da sociedade com todo o lixo que é produzido”, esclare-ce Florisvaldo.

Durante o “tour” pelos setores da Estação de Transbordo, os adolescentes não só dis-cutiram a importância da separação dos resíduos, e do profissional que realizada todo esse trabalho, como acompanharam de perto o método de triagem. Desde quando caminhão da coleta chega à Central e descarrega todo o lixo (resíduo), até a separação dos materiais recicláveis que é feita por colaboradores da LOGA.

Segundo informações divulgadas pela concessionária, são recebidas na Estação de Transbordo uma média de 6 mil toneladas de lixo por dia e, dessa quantia, boa parte não consegue ser reaproveitada, sendo assim destinada aos aterros sanitários. A meta para 2016 é diminuir cada vez mais a quantidade de resíduos entregues aos aterros. Para isso, é preciso maior investimento em coletas seletivas realizadas na cidade de São Paulo. Hoje, somente 2% do município é contemplado com a coleta seletiva, a ideia é que até o próximo ano esse número suba para 10% e alcance bairros distantes do centro.

Já, para os meninos e meninas do Centro Santa Fé, a proposta daqui para frente é co-nhecer qual é o destino final dos resíduos que não podem ser reciclados. “No segundo semestre vamos realizar mais duas visitas, só que dessa vez acompanharemos de perto como é a dinâmica de um aterro. Quero mostrar para eles de que maneira os resíduos, por meio do gás metano proveniente da decomposição, são revertidos em energia ecologicamente correta”, adianta o educador ambiental.

Próximo ao Centro Santa Fé está localizado o Aterro Bandeirantes, situado no Km 26 da Rodovia dos Bandeirantes. O aterro, que por longos anos esteve em funcionamento, está desativado desde 2007, mas encontra-se aberto para visitação pública.

CENTRO SANTA FÉ PARTICIPA DE ENCONTRO PARA DISCUTIR PROMOÇÃO SOCIAL E EMPODERAMENTO JUVENIL

Entre os dias 04 e 08 de maio, aconteceu em Vitória/ES o I Encontro Internacional de Formação para a Participação. O Cen-

tro Santa Fé marcou presença, representado pelas colaboradoras Magda Marques, educa-dora social, e Juliana Marques, assistente social da equipe. Também participando do evento estavam representantes de Fé e Alegria Argen-tina, Venezuela, Colômbia, Nicarágua e Brasil (Vitória e Cariacica/ES, Olinda/PE, Vazantes/CE, Palhoça/SC e Montes Claros/MG).

O I Encontro Internacional de Formação para a Participação teve como principal objetivo im-pulsionar o trabalho do Programa 5 (Programa de Educação Não Formal e Promoção social) da Federação Internacional de Fé e Alegria, movimento de educação popular parceiro do Centro Santa Fé, e refletir sobre cultura de paz, gênero, cidadania, protagonismo juvenil, parti-cipação, dentre outros aspectos que contribui-rão para o empoderamento dos/as jovens.

A discussão acerca dos temas ligados à juventude foi uma grande oportunidade de aprendizado a respeito da metodologia do P5, uma vez que os instrutores são da própria Federação Internacional de Fé e Alegria. O momento também serviu de intercâmbio entre os países da Argentina, Venezue-la, Colômbia e Nicarágua.

Fonte | http://radiofealegria.org.br/index.php/noticia.php?id=311

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O LEGADO DE PAULO FREIRE E A EDUCAÇÃO QUE QUEREMOS PARA O CENTRO SANTA FÉ

Quando se pensa em trabalhos educacionais, principalmente em ins-tituições de caráter social, não há como não lembrar de Paulo freire, educador de renome, reconhecido em âmbito nacional e também

(e principalmente) internacional. O reconhecimento de sua trajetória pela prática educativa e política vem, em especial, das contribuições centrais que o pensador proporcionou à “Educação Popular”.

A Educação Popular faz referência a práticas efetivas e comprometidas com as classes populares, nas quais se consegue estabelecer relações de res-peito e amorosidade conjuntamente com os (as) educandos (as).

Freire pensou a educação em uma perspectiva libertadora, onde exi-ge-se a dialogicidade, ou seja, relações pautadas no diálogo, nas quais a lei-tura de mundo e a construção de conhecimento se dão à partir das experiên-cias, nas relações com outros e com o mundo.

A “Educação Popular” e a “Educação Libertadora” são práticas edu-cativas que caminham juntas. Segundo Freire, essa relação se dá na concre-tização da práxis pedagógica, ou seja, no modo como se desenvolve a ação, sempre referenciadas nos princípios teóricos-metodológicos freireanos, ad-quirindo uma dimensão éti ca, movida pelo desejo de mudança.

Com essas e outras contribuições que o educador proporcionou para a pedagogia, tornou-se um dos maiores intelectuais do século XX, com a ela-boração de uma teoria ou, como ele mesmo preferia dizer, “uma certa com-preensão ético-crítico-política da educação”, que tem como uma das suas bases o diálogo que possibilita a conscientização com o objetivo de formar cidadãos da práxis progressista, trans formadores da ordem social, econômica e política injusta.

Para o trabalho pedagógico desenvolvido no Centro Santa Fé, Paulo Freire é uma grande referência por contribuir com a educação que acredi-tamos, uma educação que tem como base: o respeito, o diálogo, o afeto, a liberdade, a criticidade e a justiça.

Assim como Freire teve grandes referências - podendo destacar: Amilcar Ca-bral, Marx, Guevara, Gramsci, Habernas, entre outras influências que direta ou indiretamente contribuíram com o seu processo formativo - nós do Centro Santa Fé temos como base a Pedagogia Inaciana e buscamos em Freire, e ou-tros grandes pensadores e estudiosos da educação, referências que possam pautar nossa prática educativa, para que de fato possa ser transformadora.

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O texto acima teve como referência o caderno de formação do curso “Formação Política e Atualidade de Paulo Freire”, ministrado pelo Instituto Paulo Freire em junho de 2013

Márcia Del Barco

“Radar Social”

Assessora Pedagógica

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INTEGRANTES DO “MOVIMENTO DE EDUCAÇÃO DE BASE” REALIZAM FORMAÇÃO NO ESPAÇO ANHANGUERA

Na semana de 17 a 23 de maio, educadores, supervisores e coordenadores do Movimento de Educação de Base

(MEB) – instituição filantrópica ligada à CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) – estiveram no Espaço Anhan-guera participando de uma capacitação para aprimorar o desenvolvimento de suas práticas em salas de aula.

“O projeto que estamos realizando atualmente é uma par-ceria entre o MEB e o PRONERA (Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária). Nossa proposta é alfabeti-zar e escolarizar pessoas beneficiárias da reforma agrária. Ao todo, estamos atuando em seis estados (Alagoas, Piauí, Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte e São Paulo)”, escla-rece Alana Manenti, coordenadora pedagógica do projeto “Educação de Base para a Construção da Cidadania Plena e Participativa: ‘Territórios da Reforma Agrária livres do Anal-fabetismo’”.

Ao todo, durante esse processo de formação, serão 24 me-ses atuando em territórios da reforma agrária. Até agora, a equipe já atingiu parte do resultado esperado – ao alfabetizar todos os educandos. A ideia é que daqui para frente esses educandos comecem a se apro-priar de conteúdos que vão do 2º ao 5º ano do ensino fundamental. E, para desenhar os planos de ação desta nova etapa de aprendizado, é que parte da equipe de colaboradores do movimento esteve reunida no Espaço Anhanguera há algumas semanas.

PARA BEM ACOLHERPara os integrantes do Movimento de Educação de Base, um dos elementos chaves para a realização de uma boa formação de equipe é a construção coletiva, estimulada por meio de uma estrutura de co-participa-ção, que envolva em seus processos todos aqueles que colaboram para o resultado final aparecer. E, para isso, é preciso estar em um ambiente que preze pelo bom acolhimento de seus hóspedes.

“O MEB acredita na transformação, é por isso que es-tamos inseridos em uma causa social. E, também por isso, é que faz toda a diferença nos hospedarmos em um espaço para eventos que trata seus clientes de for-ma mais humana e menos corporativa. Para nós isso é fundamental”, compartilha Alana.

A História de bem acolher pessoas inseridas em mo-vimentos sociais ligados à causa agrária vem de muito antes. Lá na década de 1990, alguns integrantes do Mo-vimento Sem Terra (MST) ficaram por um tempo acam-pados na área onde hoje funciona o Espaço Anhangue-ra. Foi daí que surgiu a boa relação do Centro Santa Fé com os movimentos sociais da região e foi daí também que foram abertas portas para receber os grupos atuan-tes no presente.

“A formação que realizamos nesses dias é voltada so-mente para a equipe atuante no estado de São Paulo. Como a maioria de nossos educandos e educadores dessa região é integrante do MST, ficamos muito con-tentes quando recebemos a notícia de que o Espaço Anhanguera havia ganhado a licitação para nos receber durante esta semana, já que são boas as recordações que temos daqui”, diz Alana.

Disponibilizar espaços de boa acolhida e convivência a grupos de trabalho e estudo, faz parte daquilo que sustenta a identidade do Espaço Anhanguera, compõe aquilo que somos e acreditamos.

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COMO VAI SUA POSTURA CORPORAL?

Normalmente, em meio ao “cor-re corre” do dia a dia, não pa-ramos para avaliar como está a

nossa postura corporal. Acostumados a utilizar o corpo sem reparar direito nos sinais que ele anda emitindo, não ava-liamos se sentamos corretamente ou abaixamos da maneira certa para pegar objetos no chão, por exemplo.O resul-tado disso? Dores e desconfortos.

E é justamente para evitar que a situa-ção chegue a esse ponto que devem ser tomados certos cuidados. Separamos al-gumas dicas para você ficar de olho na sua postura e dizer adeus às dores.

Confira!

O QUE FAZER PARA MELHORAR A POSTURA CORPORAL?

Antes de tudo, é importante verificar em qual posição passamos a maior parte das horas diárias. Caso seja sentado, é recomendável que tenha uma cadeira adaptável à sua anatomia. Assim ela de-verá ter o encosto, o apoio de braço e a altura para os pés reguláveis, para que seja possível sentar corretamente, ou seja, com a coluna lombar bem apoia-da e pés tocando o chão. Pode-se, ain-da, utilizar um apoio para os pés para realizar trocas constantes de posição e, assim, garantir uma atividade dos mem-bros inferiores.

É importante destacar que, nesses casos, o hábito de cruzar as pernas prejudica a postura, já que há um desnível do qua-dril fazendo com que o coluna lombar fique mais inclinada para um dos lados. O ideial é sentar deixando as pernas en-treabertas, os pés apoiados no chão e os ombros ligeiramente inclinados para trás.

Para quem trabalha a maior parte do tempo em frente ao computador, vale ressaltar que os punhos deverão es-tar na mesma altura do teclado; a dis-tância dos olhos em relação ao monitor deve ser a mesma em relação ao tecla-do. Além disso, os olhos deverão estar na altura do topo do monitor.

Já quem trabalha a maior parte do tem

COMO PEGAR OBJETOS PESADOS CORRETAMENTE?

Normalmente, para pegar objetos que estão no chão, inclinamos as costas para a frente, porém, essa postura enfraquece os músculos das costas, contribuindo para o entortamento da coluna vertebral.

Ao pegar um objeto que foi colocado ao chão, é recomendável fazer um agacha-mento, dobrando os joelhos lentamente e mantendo os pés afastados. Deve-se evitar a inclinação da coluna. Depois de pegar o objeto, o ideal é carregá-lo pró-ximo ao corpo.

COMO EVITAR A MÁ POSTURA DURANTE OS AFAZERES DOMÉSTICOS?

Normalmente, na execução de tarefas domésticas, é comum dobrar as costas para frente enquanto arruma a casa, passa o pano ou varre o chão, por exemplo. Essa postura sobrecarrega as articulações, podendo causar dor nas costas e no pescoço.

Em casos como esses, é essencial fazer as tarefas deixando as costas sempre retas. Optar por cabos de vassoura mais altos pode ajudar a manter a boa postura duran-te a realizaçao dos afazeres domésticos.

GINÁSTICA LABORAL, COMO A PRÁTICA NOS AUXILIA NO DIA A DIA?

Para evitar dores e desconfortos, é importante praticar exercícios regularmente, in-clusive no ambiente de trabalho. Segundo especialistas, a prática da

ginástica laboral auxilia no combate ao desgaste emocional e melhora o relacio-namento interpessoal dos trabalhadores. Mas afinal, o que é ginástica laboral? A prática consiste em uma série de exercí-cios, desenvolvidos geralmente no meio da jornada de trabalho, com o objetivo de quebrar a rotina de movimentos re-petitivos e auxiliar na prevenção de le-sões.Além de ajudar em uma reeducação corporal, a ginástica laboral diminui o surgimento da LER (Lesão por Esforço Repetitivo). São consideradas LER doen-ças como bursite, tendinite tenossinovi-te, síndrome do túnel do carpo, entre outras. Os exercícios para evitar o surgimento de Lesões por Esforço Repetitivo são simples - como alongamento de pesco-ço, braços, ombros, mãos, pernas e pés – e podem ser realizados em diversos ambientes.

-po em pé deve manter uma boa postura abdominal e de toda a coluna, evitando também ficar parado por muito tempo. Nesses casos, é importante caminhar, pois isso garantirá uma melhor circulação sanguínea. Também é recomendável que a cada 50 minutos, aproximadamente, a pessoa procure um assento e descanse por alguns minutos.

Anotou as dicas? Agora é só praticar!

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Maria Madalena Alves é coordenadora do pro-jeto Centro Santa Fé, no dia a dia está quase sempre pelos bastidores, sendo responsável

pelo cuidado com a equipe de colaboradores, pela elaboração de formações e por fazer com que tudo caminhe bem no projeto. Além disso, também partici-pa, junto da psicóloga Suseth Andrade, das atividades do “Cuidando de Quem Cuida” – momento voltado para o atendimento a mães, pais e responsáveis dos adolescentes matriculados no Centro Santa Fé e à co-munidade do Distrito Anhanguera.

Madalena realiza a função de coordenação do projeto desde 2013, mas sua história com o Centro Santa Fé começou muito antes disso, lá na década de 90, mais precisamente em 1997, quando ainda era voluntária do “Pré-Universitário Cidadania” e lecionava aulas de biologia e história a jovens que desejavam ingressar na universidade – sendo, junto de outras mães e pais, uma das pessoas que deu início à atuação do Centro Santa Fé na região. Na Companhia de outros mora-dores do bairro, no qual reside há aproximadamente 30 anos, lutou por um ensino de qualidade aos jovens que desejavam prosseguir com os estudos.

Assistente Social por formação, Madalena sempre es-teve inserida em causas e movimentos sociais. Seu gos-to pela profissão surgiu a partir da atuação nas lutas da região. “Brigou” por abastecimento de água e me-lhorias na qualidade do transporte público e educa-ção. Garantir que suas três filhas, assim como demais moradores do Distrito Anhanguera, tivessem acesso a uma educação de qualidade era prioridade para ela. E também, por acreditar na força dos movimentos so-ciais e nas transformações, sempre esteve muito pró-xima da juventude. Nos anos 90 também coordenou, juntamente com o padre Carlos Fritzen, o setor Perus da Pastoral da Juventude.

Formou-se em Serviço Social em 1996 e de lá até aqui atuou na área de assistência social e também na saúde (foi por alguns anos gerente da Unidade do Programa de Saúde da Família – PSF – Recanto dos Humildes, em Perus). Aqui no Centro Santa Fé, durante 10 anos (de 98, quando deixou de ser voluntária e passou a ser funcionária da instituição, até 2008), Madalena era quem dividia os afazeres da coordenação do trabalho voltado à juventude com os padres jesuítas que passaram por este espaço de formação. José dos Passos foi quem a acompanhou por muitos anos em sua trajetória profissional por aqui.

Madalena acompanhou a história do Centro Santa Fé desde o início, esteve presente em momentos significativos para a consolidação deste projeto, como quando – a partir do trabalho desenvolvido junto ao Fórum dos Cursinhos Populares de São Paulo – represen-tou, na companhia de outros colaboradores, a nossa instituição durante a conquista da isenção das taxas de inscrições para os vestibulares de universidades públicas.

Além do gosto por atuar em defesa da juventude ou por uma saúde pública de quali-dade, também se interessa pelo estudo das religiões. No período em que esteve mais distante do Centro Santa Fé, de 2009 a 2013, tornou-se mestre em Ciências da Religião pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC –SP). A assistente social pesqui-sou o papel da igreja e a participação das mulheres nos sete anos de greve do movimento Queixadas, formado por operários da antiga Fábrica de Cimento Portland Perus.

Desde que retornou ao Centro Santa Fé, Madalena tem acompanhado o projeto em uma nova fase. Hoje alçamos novos voos, temos diferentes demandas (já que agora nosso trabalho está focado no atendimento a adolescentes de 12 a 17 anos, moradores do Distrito Anhanguera, e seus familiares). Assim como os demais integrantes da equipe, Madalena atua dia a dia para que o Centro Santa Fé continue a escrever sua história com a juventude.

Se consegui chegar até onde hoje estou é porque muitos me auxiliaram no caminho, começando pela minha mãe, que (muito forte) veio sozinha para São Paulo criar seus filhos. Foi dentro dessa trajetória de lutas que encontrei muitas pessoas impor-tantes e iniciei meu caminho no Centro Santa Fé. Este projeto é como um filho para mim, mas o que me prende aqui até hoje é algo maior do que esse ‘afeto de mãe’, é o amor por toda uma causa. Mobilizar a comuni-dade é gratificante. Trabalhar na área social, principalmente nesta região, é uma forma de devolver tudo de bom que já recebi, de passar adiante aquilo de positivo que me fizeram. E não há dinheiro que pague isso.

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Adilza Messiasé Mãe do Wislon, daLetícia e do Weslley

Ana Cristinaé Mãe do Jéferson

Antonia da Silvaé Mãe do Everson e

da Ingrid

Carla Cândidoé Mãe da Lorena

Cátia Paulinoé Mãe da Amanda e

da Dandara

Edna Oliveiraé Mãe do Gustavo

Emmanuele dos Santos Futura mamãe

Josefa Silvaé Mãe do Gabriel, do Thiago e do Júnior

QUEM SÃO AS MÃES DO CENTRO SANTA FÉ E ESPAÇO ANHANGUERA? O mês de maio foi dedicado a elas, as mães. E para prestar mais uma homenagem compartilhamos com vocês este álbum especial!Confira quem são as mães que fazem parte da nossa equipe de colaboradores!

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Magda Marquesé Mãe da Carolina,da Paula, da Juliana

e da Renata

Maria Consueloé Mãe da Caroline

e da Vitória

Maria das Doresé Mãe do Paulo, doCleber, do Kelvin,

da Maria da Guia eda Maria Eduarda

Maria de Fátimaé Mãe do Jairo, da

Patrícia, da Fabiana,da Jakeline, do Jaime

e da Viviane

Maria do Amparoé Mãe do José Lucas,

do Thalles eda Giovanna

Maria Joséé Mãe da Ingrid e

da Iolanda

Maria Lucivâniaé Mãe da Larissae do Paulo Vitor

Maria Luziaé Mãe da Desiree,

do Darlem edo Dyone

QUEM SÃO AS MÃES DO CENTRO SANTA FÉ E ESPAÇO ANHANGUERA?

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Maria Madalena é Mãe da Vivian,

da Suellen eda Gisele

Maria Perpétuaé Mãe do Luccas,

da Ingride da Tais

Maria Quitériaé Mãe da Thaís

e do Wesley

Maria Vianaé Mãe do Diego doAndré e do Renato

Marília dos Santosé Mãe da Camila,

do Ricardo edo Matheus

Regina de Oliveira é Mãe da Thatiane

Selma Mirandaé Mãe do Ismael

e da Caroline

Valdelice Santosé Mãe da Tatiana, da

Fabiana, daJuliana e do Ikaro

QUEM SÃO AS MÃES DO CENTRO SANTA FÉ E ESPAÇO ANHANGUERA?

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Vania Pessoaé Mãe do Guilherme

e da Mariana

Virlene de Sousaé Mãe do Jean,

do James, do Luize do João

Vitória da Silva é Mãe do Jeferson

e do David

Vivian Gonçalvesé Mãe do Samuel

Maria Ivanir é Mãe do Marcos,

do Francisco e do José

Mauriceia Ferreira é Mãe do Italo

e do Lucas

Juliana Marquesé Mãe do Rafael

QUEM SÃO AS MÃES DO CENTRO SANTA FÉ E ESPAÇO ANHANGUERA?

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Em 25 de abril, o Centro Santa Fé realizou a 4ª edição da “Ação pela Paz” no Distrito Anhanguera. Durante a manhã de sábado, estivemos na praça do Mini Ramp promovendo atividades de capoeira, slackline, pintura artística, Breakdance, esporte, entre outras ações de lazer e recreação.

Nesta edição, contamos ainda com a presença de professores da Escola Municipal Edgard Carone e de educadores voluntários do projeto “Cui-dando do Broto”. Aproveitamos para agradecer a presença de cada um que colaborou para a realização de mais uma ação em nosso bairro!

Você também acredita que os espaços públicos devem ser tomados por lazer, cultura e esporte? Então se junte com a gente nas próximas ações!

Confira alguns momentos desta 4ª edição:

COMO FOI? 4ª AÇÃO PELA PAZ

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COMO FOI? 4ª AÇÃO PELA PAZ

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COMO FOI? MOSTRA CULTURAL DE ENCERRAMENTO - 1º SEMESTRE DE 2015

Em 30 de maio, a equipe do projeto celebrou a conclusão de mais um ciclo de oficinas realizadas. Como tradição em todo final de semestre, estivemos juntos (equipe de educadores do Centro Santa Fé, voluntários, amigos e familiares de cada educando e educanda) em nossa “Mos-tra Cultural de Encerramento”, conferindo apresentações de música, breakdance, graffiti, capoeira, maracatu e demais atividades que foram

desenvolvidas ao longo dos primeiros meses de 2015.

Desta vez, recebemos também visitas muito especiais! Mestre Geraldinho, da Associação de Capoeira Santa Maria (Grupo Cordão de Ouro), e integrantes do projeto “Maracatu para Todos”, realizado pelo Bloco do Beco, animaram a nossa manhã com muitos elementos da cultura popular brasileira.

Nosso agradecimento e parabéns a todos que colaboraram para esta festa linda acontecer!

Agora, confira algumas fotos e saiba como foi:

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COMO FOI? MOSTRA CULTURAL DE ENCERRAMENTO - 1º SEMESTRE DE 2015