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06 fevereiro 2020 Diretor: ANTÓNIO NOVAIS PEREIRA Preço 0,50 c/ IVA PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS BRAGA TAXA PAGA Autorizado pelos C.T.T. a circular em invólucro de plástico fechado. Autorização N.º D.E. DE00192009SNC/GSCCS Ano XCI – N.º 4503 SEMANÁRIO REGIONALISTA DE INSPIRAÇÃO CRISTÃ Portugal e Panamá juntos em festa pelo primeiro aniversário da JMJ 2019 A Cidade do Panamá acolheu uma celebração de três dias para assinalar o primeiro aniversário da realização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) no país da América Central, com a presença de uma delegação portuguesa. “O mais importante da JMJ não é a semana da Jornada: o mais importante são as semanas de preparação e o que se segue”, disse à Agência ECCLESIA D. Américo Aguiar, coordenador- geral da JMJ 2022 para o setor logístico-operativo. O anúncio da escolha de Lisboa como sede da próxima edição internacional da JMJ foi feito pelo Vaticano, a 27 de janeiro de 2019, no final da jornada que decorreu no Panamá. “As Igrejas de Panamá e de Portugal estão irmanadas neste desafio, nesta provocação que é a organização da Jornada Mun- dial da Juventude”, assinala o bispo auxiliar de Lisboa. D. Américo Aguiar considera que a realização de uma JMJ no Pana- má, uma comunidade de “pe- quena dimensão”, no contexto mundial, representou “um mila- gre, fez a diferença”. “Nunca será demais agradece- rmos ao Panamá ter aceitado este desafio”, acrescenta. O coordenador-geral da JMJ 2022 fala num trabalho de passagem de testemunho, com pessoas que “têm sido inexcedíveis” na par- tilha do que foi a edição do Panamá. “Estamos a fazer um trabalho em conjunto, para aprendermos com os erros e sucesso da organi- zação. Agradecemos muito a humildade da Igreja do Panamá”, relata. Cada um faz o que é chamado a fazer, mas há um limite humano para a organização: a partir desse momento, é Deus que providencia”. Entre sexta-feira e domingo, centenas de jovens reuniram-se na cidade do Panamá para assina- lar o 1.º aniversário da JMJ 2019. “Só Cristo sabe quantos frutos ainda se manifestam depois da Jornada neste país, na América Central, na América Latina e em diferentes partes do mundo”, disse aos presentes D. José Ulloa Mendieta, arcebispo metropolita do Panamá, na Missa conclusiva do evento, este domingo. As JMJ nasceram por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Inter- nacional da Juventude. Cada JMJ realiza-se, anualmente, a nível local (diocesano) no Domingo de Ramos, alternando com um encontro internacional a cada dois ou três anos, numa grande cidade. As edições internais destas jornadas promovidas pela Igreja Católica são um acontecimento religioso e cultural que reúne centenas de milhares de jovens de todo o mundo, durante cerca de uma semana. Coronavírus: Vaticano ofereceu 700 mil máscaras à China O Vaticano ofereceu cerca de 700 mil máscaras à China, como gesto de solidariedade face à crise provocada pelo novo corona- vírus, informou hoje a sala de imprensa da Santa Sé. “Centenas de milhares de más- caras foram enviadas para a China, desde o Vaticano, para ajudar a limitar a propagação da infecção por coronavírus”, refere o comunicado sobre a iniciativa conjunta da Esmolaria Apostólica e do Centro Missionário da Igreja Chinesa na Itália, com a colabo- ração da Farmácia do Vaticano. As máscaras foram recolhidas pela Farmácia do Vaticano em várias localidades italianas, para agilizar o processo, e enviadas por avião para a província de Hubei, epicentro da epidemia, e bem como para as províncias de Zhejiang e Fujian, no leste da China. “Espero que cheguem onde são necessárias o mais rapidamente possível, para que as pessoas que sofrem da doença possam sentir a preocupação da Santa Sé. O mundo inteiro está unido para combater o vírus”, disse monsenhor Vincenzo Han Duo, vice-reitor do Pontifício Colégio Urbaniano, em declarações ao jornal chinês ‘Global Times’. Após a confirmação de casos de coronavírus na Itália, o porta-voz do Vaticano disse que “não há alerta”, sublinhando que “apenas uma nota informativa sobre o coronavírus (2019-nCoV) foi emitida pelo Departamento de Saúde e Higiene”, dirigida às autoridades responsáveis pela regulamentação do acesso ao Estado. “Nenhuma medida restritiva foi introduzida”, adiantou Matteo Bruni. A 26 de janeiro, o Papa Francisco recordou no Vaticano as vítimas do novo coronavírus, detetado na China, que se espalhou por vários países. “Desejo rezar pelas pessoas doentes por causa do vírus que se espalhou na China. Que o Senhor acolha os defuntos na sua paz, conforte as famílias e apoie o grande empenho que já foi colocado no combate à epi- demia”, disse. O número de mortes provocadas pelo novo coronavírus subiu para 362, depois de 56 pessoas terem morrido na China e uma nas Filipinas, anunciaram hoje as autoridades da província de Hubei. A doença levou a Organização Mundial de Saúde a declarar uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional. Vários peregrinos e visitantes usaram máscaras protetoras, este domingo, durante a recitação do ângelus na Praça de São Pedro.

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06 de fevereiro de 2020

06fevereiro

2020

Diretor: ANTÓNIO NOVAIS PEREIRAPreço 0,50 • c/ IVA

PUBLICAÇÕESPERIÓDICAS

BRAGATAXA PAGA

Autorizado pelos C.T.T.a circular em invólucrode plástico fechado.

AutorizaçãoN.º D.E.

DE00192009SNC/GSCCSAno XCI – N.º 4503

SEMANÁRIO REGIONALISTA DE INSPIRAÇÃO CRISTÃ

Portugal e Panamá juntosem festa pelo primeiro

aniversário da JMJ 2019

A Cidade do Panamá acolheu umacelebração de três dias paraassinalar o primeiro aniversárioda realização da Jornada Mundialda Juventude (JMJ) no país daAmérica Central, com a presençade uma delegação portuguesa.“O mais importante da JMJ não éa semana da Jornada: o maisimportante são as semanas depreparação e o que se segue”,disse à Agência ECCLESIA D.Américo Aguiar, coordenador-geral da JMJ 2022 para o setorlogístico-operativo.O anúncio da escolha de Lisboacomo sede da próxima ediçãointernacional da JMJ foi feito peloVaticano, a 27 de janeiro de 2019,no final da jornada que decorreuno Panamá.“As Igrejas de Panamá e dePortugal estão irmanadas nestedesafio, nesta provocação que éa organização da Jornada Mun-dial da Juventude”, assinala obispo auxiliar de Lisboa.D. Américo Aguiar considera quea realização de uma JMJ no Pana-má, uma comunidade de “pe-quena dimensão”, no contextomundial, representou “um mila-gre, fez a diferença”.“Nunca será demais agradece-rmos ao Panamá ter aceitado estedesafio”, acrescenta.O coordenador-geral da JMJ 2022fala num trabalho de passagemde testemunho, com pessoas que“têm sido inexcedíveis” na par-tilha do que foi a edição doPanamá.

“Estamos a fazer um trabalho emconjunto, para aprendermos comos erros e sucesso da organi-zação. Agradecemos muito ahumildade da Igreja do Panamá”,relata.Cada um faz o que é chamado afazer, mas há um limite humanopara a organização: a partirdesse momento, é Deus queprovidencia”.Entre sexta-feira e domingo,centenas de jovens reuniram-sena cidade do Panamá para assina-lar o 1.º aniversário da JMJ 2019.“Só Cristo sabe quantos frutosainda se manifestam depois daJornada neste país, na AméricaCentral, na América Latina e emdiferentes partes do mundo”,disse aos presentes D. José UlloaMendieta, arcebispo metropolitado Panamá, na Missa conclusivado evento, este domingo.As JMJ nasceram por iniciativado Papa João Paulo II, após osucesso do encontro promovidoem 1985, em Roma, no Ano Inter-nacional da Juventude.Cada JMJ realiza-se, anualmente,a nível local (diocesano) noDomingo de Ramos, alternandocom um encontro internacional acada dois ou três anos, numagrande cidade.As edições internais destasjornadas promovidas pela IgrejaCatólica são um acontecimentoreligioso e cultural que reúnecentenas de milhares de jovensde todo o mundo, durante cercade uma semana.

Coronavírus: Vaticano ofereceu700 mil máscaras à China

O Vaticano ofereceu cerca de 700mil máscaras à China, como gestode solidariedade face à criseprovocada pelo novo corona-vírus, informou hoje a sala deimprensa da Santa Sé.“Centenas de milhares de más-caras foram enviadas para aChina, desde o Vaticano, paraajudar a limitar a propagação dainfecção por coronavírus”, refereo comunicado sobre a iniciativaconjunta da Esmolaria Apostólicae do Centro Missionário da IgrejaChinesa na Itália, com a colabo-ração da Farmácia do Vaticano.As máscaras foram recolhidaspela Farmácia do Vaticano emvárias localidades italianas, paraagilizar o processo, e enviadaspor avião para a província deHubei, epicentro da epidemia, ebem como para as províncias deZhejiang e Fujian, no leste daChina.“Espero que cheguem onde sãonecessárias o mais rapidamentepossível, para que as pessoasque sofrem da doença possamsentir a preocupação da SantaSé. O mundo inteiro está unidopara combater o vírus”, dissemonsenhor Vincenzo Han Duo,vice-reitor do Pontifício ColégioUrbaniano, em declarações aojornal chinês ‘Global Times’.Após a confirmação de casos decoronavírus na Itália, o porta-vozdo Vaticano disse que “não háalerta”, sublinhando que “apenas

uma nota informativa sobre ocoronavírus (2019-nCoV) foiemitida pelo Departamento deSaúde e Higiene”, dirigida àsautoridades responsáveis pelaregulamentação do acesso aoEstado.“Nenhuma medida restritiva foiintroduzida”, adiantou MatteoBruni.A 26 de janeiro, o Papa Franciscorecordou no Vaticano as vítimasdo novo coronavírus, detetadona China, que se espalhou porvários países.“Desejo rezar pelas pessoasdoentes por causa do vírus quese espalhou na China. Que oSenhor acolha os defuntos na

sua paz, conforte as famílias eapoie o grande empenho que jáfoi colocado no combate à epi-demia”, disse.O número de mortes provocadaspelo novo coronavírus subiu para362, depois de 56 pessoas teremmorrido na China e uma nasFilipinas, anunciaram hoje asautoridades da província deHubei.A doença levou a OrganizaçãoMundial de Saúde a declarar umasituação de emergência de saúdepública de âmbito internacional.Vários peregrinos e visitantesusaram máscaras protetoras, estedomingo, durante a recitação doângelus na Praça de São Pedro.

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06 de fevereiro de 2020SOCIEDADE2 – Notícias de Beja

Mais valeprevenir

Um vírus, desconhecido pelaciência até há pouco, vemcausando uma doença pul-monar grave em milhares depessoas na China, e já foidetetado em vários países,estando-se a tornar um pro-blema mundial. Os paísesonde ainda não foi registadonenhum caso estão atentose procuram tomar as medi-das consideradas neces-sárias, como modo de pre-venir a sua entrada ou mini-mizar os seus efeitos. Muitassão já as vítimas mortais e onúmero dos infetados au-menta assustadoramente,sendo ainda impossível re-ferir com exatidão até ondechega a cadeia de trans-missão, bem como o impactonão apenas ao nível da saúdenos seres humanos, mas tam-bém no âmbito económico epolitico.A Organização Mundial daSaúde (OMS) está preo-cupada e empenhada nestaemergência de saúde públicade caráter internacional emtorno do vírus, assim comojá havia acontecido em ante-riores situações, entre elas,com a gripe suína, o ébola ea gripe A.Nestas situações, normal-mente, não se conseguemevitar os alarmismos, asespeculações quanto às

Editorial

António Novais Pereira, Diretor

causas ou origens, bemcomo os debates onde muitose fala e pouco se entende,para além de apelarmos às“melhores práticas” e nosqueixarmos de que nãoestamos preparados para aeventualidade de um pro-blema destes ter origem nosnossos meios.É de esperar que, ao menos,vamos aprendendo as liçõescom estes acontecimentos,conscientes de que nenhumpaís está imune de um diapoder ser o berço de umapandemia mundial. Porque“mais vale prevenir do queremediar”, oxalá se váapostando mais na edu-cação e formação para asaúde, que é um bem pre-cioso a defender por todos.Estou convicto que a saúde,pessoal e pública, é tãoimportante que não a pode-mos deixar apenas nasmãos dos profissionais.Antes de queremos falar daresponsabilidade dos outros,cada um deve perguntarpela responsabilidade quetodos temos na prevençãoe defesa da saúde própriae de todos aqueles comquem convivemos quoti-dianamente. Em situaçõesemergentes, tudo quantose faz parece semprepouco e demorado, face àameaça de incontáveisvidas humanas.É de louvar a organização ecapacidade de um país que,em dez dias, aposta e leva aefeito a construção de doishospitais, com capacidadepara cerca de duas milcamas. Não esperamos queentre nós tal aconteça.Contudo, é legítimo esperaruma maior aceleração naaposta do futuro, a partir deprojetos concretizáveis e namedida das nossas forças.

Fundamentalismos, Consagrados e fundamentosO mês de fevereiro convida arefletir na vida cristã exigente, fiele fundamentada. A Igreja católicacelebra a consagração das pes-soas que optaram por um modode vida evangélica de portaestreita. Os laxismos secularistasnão ajudam; e a máscara dosfanatismos cai quando tiramvidas consagradas a Jesus Cristo. A corrupção crua e cruel deinjustiças e sofrimentos infligidasa tantos, e sempre mais media-tizadas, alastra como mancha deácido corrosivo. Torna-se difícilavaliar de que lado estão osmaiores sofrimentos, se do ladodos fundamentalismos religio-sos; se do lado dos relativismose laxismos morais. Mesmo paraos dotados de literacia é difícil opensar claro e reto. Pôr ordemlógica e racional no falar é umdesafio. O relativismo ilógicotorna-se epidemia. Os dicionáriosdão sentidos aos fundamen-talismos religiosos, políticos etecnológicos e tantos outros, apar de sinónimos e opostos. Deum lado, rigorismos, fanatismos,pensares meticulosos, picuinhas(e alguns animalescos); do outro,o pensar desleixado, laxista, eseus frutos de comportamentos“apodrecidos” (corruptos) edesumanos. Pouco se repara quea ciência dura das ciênciasnaturais e das tecnologias apli-cadas têm de ser rigorosas,rigoristas com fundamento. Vejamo exemplo do controlo atual daepidemia do coronavírus. Al-gumas técnicas têm de funcionarcom toda a segurança, com rigor,mesmo rigorista, para salvarvidas. Rigor apoiado em con-ceitos de pensar lógico, cau-salidade eficaz e ordem funda-mentada de causas e efeitos.Afinal, fundadas na verdade e na

ordem real das coisas e na ordemde Deus criador. Será que alguémficaria sossegado entregue aosserviços de médicos laxistas,relativistas, negligentes? Não dámais confiança o bombeiro,mecânico, piloto, cirurgião e ocozinheiro que seguem regrasfundamentais de defesa da saúdee da vida?No funcionamento da sociedadevigora um paradoxo contra-ditório: muito rigor nas ciênciase tecnologias; muito laxismo,permissividade do tanto faz, naqualidade moral das ações rela-cionadas com a vida humana detodos e em todas as dimensões.Denigrem-se as virtudes e hábi-tos de justiça, bondade, verdadee retidão; descura-se a lealdadee fidelidade nos compromissosassumidos em família e na socie-dade. As virtudes são considera-das antiprogressistas e fana-tismo moral. Os ídolos sociais,corruptos nos negócios e nasinfidelidades familiares repetidas,são admirados até à adoração; asvidas honestas, à prova de serie-dade e de fidelidade aos seuscompromissos familiares, sociaise cristãos são esquecidas. Ca-minha-se para uma cultura dehorror e desprezo aos com-promissos a cumprir. Só interessao bem privado individualista emdetrimento do bem comum. O bemmundano interesseiro, egoísta,torna-se norma; o bem evan-gélico, para bem de todos, e a suavalidade para a vida eterna édenegrido como fundamenta-lismo beato e supersticioso.Será que Cristo também foi funda-mentalista e o Evangelho antipro-gressista? Jesus propõe amar osinimigos, pede que os seusconsagrados (no batismo, crisma,sacerdócio, matrimónio, pro-

messas de compromissos) osigam dispostos a perder a vidapor Ele para a salvar; decididos adeixar tudo por Ele até ao martírio.Alguns mais dados aos laxismosdeste mundo, “diabólico”, não ocriado por Deus, irão considerarestes consagrados, que ante-põem Jesus Cristo ao pai, mãe,irmãs… família, como extremistasou fanáticos?Milhares de consagrados, sacer-dotes, casais celebram estes diasjubileus de fidelidade e ação degraças a Deus Pai, Filho e EspiritoSanto, nas dioceses de todo omundo, unidos à Mulher do Simao Senhor, Nossa Senhora. Nes-tas celebrações será tambémoferecida a consagração dos quejá deram as suas vidas em ofertasde trabalho pelo bem comum eem ofertas de martírio. Será que serão equiparados aextremistas, sob o poder dodemónio, como chamaram a JoãoBatista, por jejuarem de pão econsumismo, não beberem vinhoe viverem nos desertos do silên-cio e oração? Ou iguais a mun-danos, laxistas, glutões, bebedorde vinho e amigos de pecadores,como a Cristo, por se aventurarempelas periferias dos miseráveis edos pecadores (Mt.11, 16-19)?Ler e viver o Evangelho, jejuar,entrar pela porta estreita (Mt7,13-14), amar e perdoar os inimigos,servir a Deus e não ao dinheiro,partilhar com os pobres, não sevingar, será rigorismo e fana-tismo? Cristãos comprometidoscom Cristo procuram em primeirolugar o reino de Deus (Mt 6, 33) eaceitam que mais vale perder avida por Ele que ganhar todo omundo (Mc 8,34-38) e ficaremcom a mão cheia de nada; e quemais vale construir casa sobrerocha que sobre areia (Mt,24-27).

Aires Gameiro

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06 de fevereiro de 2020 RELIGIÃO Notícias de Beja – 3

V Domingodo Tempo Comum

O nosso Domingo

Ano A9 de fevereiro de 2020

Leitura do Livro do profeta IsaíasEis o que diz o Senhor: «Reparte o teu pão com o faminto, dápousada aos pobres sem abrigo, leva roupa ao que não temque vestir e não voltes as costas ao teu semelhante. Então atua luz despontará como a aurora, e as tuas feridas não tardarãoa sarar. Preceder-te-á a tua justiça e seguir-te-á a glória doSenhor.Então, se chamares, o Senhor responderá, se O invocares,dir-te-á: ‘Aqui estou’. Se tirares do meio de ti a opressão, osgestos de ameaça e as palavras ofensivas, se deres do teu pãoao faminto e matares a fome ao indigente, a tua luz brilhará naescuridão e a tua noite será como o meio-dia».

I Leitura

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São MateusNaquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Vós sois osal da terra.Mas se ele perder a força, com que há-de salgar-se? Nãoserve para nada, senão para ser lançado fora e pisado peloshomens.Vós sois a luz do mundo.Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte;nem se acende uma lâmpada para a colocar debaixo doalqueire, mas sobre o candelabro, onde brilha para todos osque estão em casa. Assim deve brilhar a vossa luz diante doshomens, para que, vendo as vossas boas obras, glorifiquem ovosso Pai que está nos Céus».

Voz sois o sal da terra e a luz do mundoAntónio Aparício

«A tua luz despontará como a aurora»

Is 58, 7-10

Evangelho

Eu sou a luz do mundo, diz o Senhor: quem Me segue terá aluz da vida.

Jo 8, 12

Mt 5, 13-16

«Vós sois a luz do mundo»

Aleluia

A nossa vocação e missão é ser,aqui e agora, Sal da terra e luz domundo, à imagem e ao jeito deJesus. Como modelo, começo porum caso limite, humanamenteimpossível, sem a força e o poderde Deus. No dia 14 de agosto de1941, o P. Maximiliano Kolbemorria em Auschwitz, com umainjeção de ácido carbólico. Ofe-recera-se para morrer em vez deum prisioneiro que tinha mulhere filhos, um dos dez escolhidos àsorte pelo comandante do campo,para castigar a evasão de um dosprisioneiros. Os condenados amorrer à fome, praguejavam,davam urros como feras e gritosde desespero. O P. Kolbe fala-lhes. Diz-lhes que são vítimas damais terrível injustiça, ódio eviolência. Mas que tinham odireito de morrer como sereshumanos e como cristãos e nãocomo simples animais. O desafioé aceite. E no bunker da fome 18,naquele campo de morte e trevas,raiou um mundo novo, ao somdas palavras, “Pai Nosso”, “AvéMaria”, cânticos de penitência elouvor, uma onda de fraternidade,companheirismo e entre ajuda.Este sal e esta luz não são da terra,são já na terra, um pouco do céu.

1 – Reparte o teu pão com ofaminto. A primeira leitura foiescrita depois do exílio de Ba-bilónia para descrever o ambientede descrença e desânimo queenvolvia os exilados regressadosa Jerusalém. Os oráculos dosprofetas não se realizaram. Nãotinham casa para morar, campospara cultivar, lugar seguro paraviver. Reinava a violência, ainveja, a discórdia, a exploração,a lei do mais forte. Tinham decomprar a água e a lenha erecebiam um ordenado de misériapelo trabalho de sol a sol, aoserviço dos agrários desonestose prepotentes. Faziam jejuns.

Mas Deus não respondia. Oprofeta diz que este jejum de nadaserve, de nada aproveita, éapenas uma exterioridade, umgesto de auto-punição, não mudaa vida e o coração e não cria laçosfraternos, relações de respeito eamizade. O profeta insistia: Vivamas obras de misericórdia, prati-quem gestos de proximidade,assumam o amor preferencialpelos pobres, e, então, verão aluz, serão curados das feridas eserão testemunhas da glória epresença do Senhor. Aquele quediz que está na luz e odeia o seuirmão, ainda está nas trevas (1Jo3,9).

2 – Vós sois o sal da terra. Jesusconhecia a liturgia do templo:muitas luzes, belos paramentos,vistosas procissões, grandesnegociatas com a compra doscordeiros e a venda das peles,lucros excessivos na banca pelatroca da moeda romana pelareligiosa, tudo fachada e exter-ioridades. Sal que não salga, luzque não ilumina, fermento quenão fermenta, liturgia sem festa,alimento espiritual, e vinho novoda alegria pela presença do noivo.E como é entre nós? Um cris-tianismo rotineiro e conformado.Pôe o acento em ensinar dou-trina, em vez de vida e espi-ritualidade, em cuidar da igrejahierárquica, esquecendo a caris-mática, atrofiada por clericalismoa mais e laicado militante amenos, liturgias bem preparadas,mas muito barulhentas, semtempos de silêncio, contem-plação, ação de graças e louvor.Falta espaços de formação, expe-riências de meditação e espi-ritualidade, de iniciação à oração.Cumprir o preceito, pôr em ordemas contas com Deus, leva-te aviver uma vida triste, sem sabor,festa e alegria. Perdeste o contatocom a fonte que é Jesus, o centrodo teu centro, o grande tesouroda tua vida. Não vivas um cris-

«Anunciei-vos o mistério de Cristo crucificado»

Início da primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos CoríntiosQuando fui ter convosco, irmãos,não me apresentei com sublimidade de linguagem ou desabedoria a anunciar-vos o mistério de Deus. Pensei que,entre vós, não devia saber nada senão Jesus Cristo, e JesusCristo crucificado.Apresentei-me diante de vós cheio de fraqueza e de temor ea tremer deveras.A minha palavra e a minha pregaçãonão se basearam na linguagem convincente da sabedoriahumana, mas na poderosa manifestação do Espírito Santo,para que a vossa fé não se fundasse na sabedoria humana,mas no poder de Deus.

1 Cor 2, 1-5II Leitura

Salmo Responsarial Salmo 111 (112)

Para o homem recto nascerá uma luz no meio das trevas.

ENTRADAVinde, prostremo-nos em terra - A. Cartageno, CNL,1007Toda a terra Vos adore, Senhor - C. Silva, CNL, 975

SALMO RESPONSORIALPara o homem recto nascerá uma luz - M. Luis, SR,114

Sugestões de Cânticos

COMUNHÃOVós sois o sal da terra – C. Silva, CNL, 1027Brilhe a vossa luz – J. P. Martins, CNL, 261O Bom Pastor, CNL, 325 ou Cânticos Alentejanos,22

tianismo cómodo, medíocre, pre-visível. Cuidado! Vive segundo oEvangelho, e não ponhas o Evan-gelho ao serviço da tua rotina. Osal do Evangelho é para dar saborao que não tem sabor, vida ao quenão tem vida, esperança ao quenão tem sentido. É uma boanotícia de salvação. Joga naprevenção, no fortalecimento, nabusca permanente. Há que re-gressar à fonte. A fonte é Jesus, ovinho novo que faz novas todasas vidas.

3 – Eu sou a luz do mundo. QuemMe segue não anda nas trevas,mas terá a luz da vida (Jo 8, 12).No Credo rezamos que Jesus é aLuz da Luz, a presença visível deDeus invisível. Também nóssomos luz da Luz. Jesus é a Luzfonte. Seguir Jesus, é imitá-Lo, éfazer as obras que ele faz, viver onovo culto que Ele inaugurou,doando a vida por amor, como Elefez. Irmão, tu és cidade situadasobre o monte do teu mundo. Éscandeia em cima do velador paraalumiar a tua casa. Não te aco-bardes, não te escondas, nãodesertes, não sejas cão mudo.Que as tuas obras digam queJesus está contigo, que o amorfraterno é a tua bandeira, que aglória do Pai é a tua própria glória.3 – Na segunda leitura S. Paulofala-nos na pregação alicerçadana linguagem da cruz. O sal parasalgar tem de desaparecer. Sealguém encontra um grão de salna comida, cospe-o. Não morreu.Não cumpriu a sua missão. A vela,para iluminar, vai-se gastando.Ouçamos Paulo: a minha palavrae a minha pregação não sebasearam na linguagem con-vincente da sabedoria humana,mas na poderosa manifestaçãodo Espírito Santo, para que avossa fé não se fundasse nasabedoria humana, mas no poderde Deus (1Cor 2,4).

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06 de fevereiro de 2020DIOCESE4 – Notícias de Beja

Eutanásia/Paliativos: Papacritica sociedades que«descartam» doentes

incuráveisFrancisco convida a reconhecer «valor intocável da vidahumana»

No dia 30 de janeiro último, o Papa criticou no Vaticano associedades que descartam os doentes incuráveis, apelando auma maior aposta nos cuidados paliativos.“Nunca abandonemos ninguém na presença de doençasincuráveis. A vida humana, por causa do seu destino eterno,mantém todo o seu valor e dignidade em todas as condições,incluindo a precariedade e a fragilidade, e, como tal, ésempre digna da máxima consideração”, declarou, naaudiência que concedeu aos participantes na assembleia plenáriada Congregação para a Doutrina da Fé (Santa Sé).Francisco alertou para a “cultura do descarte” que questionao “valor intocável da vida humana”, pedindo maior apostanos cuidados paliativos.“Que as pessoas em estado terminal sejam acompanhadascom apoio médico, psicológico e espiritual qualificado, paraque possam viver com dignidade, confortadas pelaproximidade dos entes queridos, a fase final das suas vidasterrenas”, indicou.Espero que esses centros continuem a ser lugares onde a‘terapia da dignidade’ é praticada com compromisso,alimentando assim o amor e o respeito pela vida”.

Defender a Vida HumanaNo passado domingo, 2 de Fevereiro, o Papa Franciscoassociou-se à celebração do Dia da Vida, em Itália, edenunciou as violações à dignidade da vida humana,por motivos económicos ou tecnológicos.

“Espero que este Dia seja uma oportunidade pararenovar o compromisso de defender e proteger avida humana desde o início até ao seu fim natural.Também é necessário combater qualquer formade violação da sua dignidade, mesmo quando estáem jogo a tecnologia ou a economia, abrindo asportas para novas formas de fraternidadesolidária”. Palavras do Papa, bem oportunas para o debate quevai marcar as próximas semanas, em Portugal, em tornoda legalização da eutanásia.

Missão País vai levar 3377 estudantesem missão para 60 locais

A ‘Missão País 2020’ vai mobilizar3377 universitários, de 55 facul-dades, numa semana de oração edivertimento, entrega e serviço,em 60 locais de Portugal, numainiciativa de estudantes quenasceu ligada ao MovimentoApostólico de Schoenstatt.“Uma grande novidade e muitoboa, é que para além dos polosdo Porto, Coimbra, Lisboa eÉvora, este ano Aveiro, Leiria,Santarém e Algarve começaramas suas primeiras missões, depoisde um processo de acompa-nhamento”, disse Joana Se-queira, chefe nacional da ‘MissãoPais’.Em declarações à Agência EC-CLESIA, a estudante da Facul-dade de Psicologia adianta que3377 estudantes missionários, de55 faculdades, estão envolvidosem 60 missões em territórionacional, que já começaram nodia 20 de janeiro.Os ciclos da ‘Missão País’ numalocalidade têm a duração de trêsanos e Joana Sequeira refere quesão “muitas marcas e muitoboas”, depois de um triénio emNisa; 2020 é seu segundo ano emAlmeida.“Posso referir os amigos que sefazem nas missões e é um espíritomuito bom que se cria. Para alémdisso o facto de nesta semanatermos uma relação tão boa e tãopróxima com Jesus também acaba-mos por trazer isso para o nossodia-a-dia”, acrescentou.Teresa Prazeres, responsávelpela área da Comunicação na‘Missão País’, afirma por sua vezque esta “é uma semana impre-scindível no ano académico”,depois de um primeiro semestreem que os participantes estão“muito focados” em si, “no

estudo, nos livros, nos cader-nos”, naquilo que têm de res-ponder e nas provas que têm dedar.“Poder parar uma semana pararefletir sobre aquilo que é a nossavida, o nosso ano, como é queestá a nossa fé, a nossa espi-ritualidade. Podermos sair dedentro desta bola para nos abri-rmos aos outros, a quem maisprecisa, para ter novas relaçõescom outras pessoas que noscruzamos todos os dias na facul-dade e também com as pessoasdo local para onde vamos mis-sionar”, desenvolveu a jovemda Faculdade de Ciências Mé-dicas, que já esteve três anosem Alcanena.O também chefe nacional MiguelCordovil, estudante do InstitutoSuperior Técnico, assinala que“todas as experiências são dife-rentes” e da ‘Missão País’ “saemsempre grandes amizades, im-portantes”, porque são feitasdurante “uma semana muito in-tensa, com muito serviço, commuito apostolado, em que se fazemcoisas muito bonitas”.‘Acolher, transformar, enviar’ sãoas etapas da ‘Missão País’ emcada localidade, ao longo dotriénio, e Miguel Cordovil con-textualiza que são as “trêsgraças”.(No primeiro ano) não só somosacolhidos inteiramente pela co-munidade como, pouco a pouco,começamos a acolher a comu-nidade nas nossas atividades, nanossa fé; no segundo ano ten-tamos entrar um pouco maisfundo na vida das pessoas, darum bocadinho mais de nós, rece-ber mais dos outros; e, no, finaltermina tudo no envio”.Joana Sequeira assinala que o

dinamismo missionário dos estu-dantes também fica nas terras demissão e dá como exemplo acriação de “grupos de jovens quecomeçam a ter reuniões todas assemanas”, ou grupos de amigosque começam a visitar o lar.‘Desce depressa! Eu fico con-tigo’, inspirado na passagembíblica de Zaqueu, é o tema destaedição que segundo a orga-nização se situa entre a exortaçãopós-sinodal ‘Cristo vive’, doPapa Francisco, e a JornadaMundial da Juventude que Lis-boa vai receber em 2022.O logótipo, a partir do tema, tem“movimento” e Miguel Cordovilexplica que o “pequeno Zaqueuque é muito pequenino” emrelação à cruz grande “está adescer na direção de fazer qual-quer” e, nesse sentido, a cor, o“terracota, é a cor de obra, deconstrução, o tijolo que constróiuma igreja, que constrói umamissão”.A iniciativa universitária come-çou com estudantes ligados aoMovimento Apostólico de Scho-enstatt, com 20 jovens em 2003.

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06 de fevereiro de 2020 Notícias de Beja – 5DIOCESE

Voluntariado de abertura das igrejasem Aljustrel

Foi no ano 2007, que, por ini-ciativa do então Pároco de Al-justrel, Pe. Paulo do Carmo,surgiu a iniciativa de criar umgrupo de voluntariado de aber-tura das três igrejas de Aljustrel,Matriz, Misericórdia e NossaSenhora do Castelo.Quando o grupo foi criado, abriaos três espaços de culto, inter-calando, uns de manhã, outrosde tarde, três vezes por semana,e, com o passar dos anos, e coma saída da ermitã de NossaSenhora do Castelo, foi neces-sário fazer um ajuste nos horáriose nos espaços de culto a abrir.Reunido o grupo foi então deci-dido que se abriria diariamente

com exceção do domingo a Ermi-da de Nossa Senhora do Castelo,sendo que desde o ano 2018,através dum protocolo celebradoentre a Paróquia e a CâmaraMunicipal de Aljustrel este tem-plo e grande ex-libris da vila, épossível também estar aberto aodomingo, encerrando somente nodia de Ano Novo e no dia deNatal, com horários de verão einverno, diariamente recita-se oterço de manhã e de tarde, men-salmente há a prática da devoçãodos primeiros sábados, respon-dendo ao apelo de Nossa Se-nhora à irmã Lúcia, e ainda ascelebrações da Anunciação doSenhor, Assunção de Nossa

Senhora, Natividade de NossaSenhora e Imaculada Conceiçãosão também lá celebradas.Anexa à Ermida existem duassalas, uma que funciona comosala de exposição dos ex-votosoferecidos a Nossa Senhora,onde se encontra exposta tambéma Imagem Peregrina de NossaSenhora do Castelo, e a outra salafunciona como “loja” de recor-dações, onde se podem adquirirImagens, terços, velas, porta-chaves, magnéticos, pagelas,todos personalizados com aImagem de Nossa Senhora docastelo, e ainda livros e outrosartigos religiosos.Este grupo é composto pordezassete voluntários, e, no anopassado 2019 fez o acolhimentoaos 11719 visitantes que passa-ram pela Ermida de Nossa Se-nhora do Castelo, muitos Aljus-trelenses, muitos alentejanos,muitos portugueses, e muitosestrangeiros, vindos de váriaspartes do mundo, Canadá, Bél-gica, Espanha, França, Brasil,como se pode comprovar no livrode visitas existente no templo.

Tiago PereiraCoordenador do grupo de

voluntariado

UM PRESENTEDE MEMÓRIA

1 de Fevereiro de 2020 – Comemoração do

Dia do Consagrado

No Centro Pastoral - Seminário de Nª Sra. de Fátima, em Beja, com apresença de Sua Excia. Revma. D. João Marcos, viveram-se momentosmuito significativos.O dia iniciou com uma Missa de Ação de Graças presidida pelo Sr.Bispo D. João Marcos.Seguiu-se a Conferência “UM PRESENTE DE MEMÓRIA”, inseridanos 250 anos que assinalam a Restauração da Diocese. Teve comoconferencista Dr. Jacinto Guerreiro, que através da sua exposição levouem viagem pela história da Diocese todos os presentes: os queconheceram tempos difíceis mas apaixonantes, e aqueles que hoje,entre poucos meios e muita generosidade, procuram responder comdeterminação aos desafios que lhes são apresentados.Ao mesmo tempo ia sendo projetada uma sequência de imagens,apresentando as figuras, os conventos e mosteiros que fizeram oufazem parte desta apaixonante história da Igreja.Sabemos que toda a vida cristã que ao longo dos séculos atravessoua história desta Diocese está imbuída da presença dos Consagradosque aqui deixaram o seu coração e deram a sua vida.A CIRP de Beja não poderia deixar passar este momento sem quefizesse memória das famílias religiosas que marcaram presença naDiocese de Beja ao longo destes 250 anos até à atualidade.Fazer uma pequena memória sobre a vida e obra de figuras determinantespara o crescimento da fé de um povo, não só é justo como, sobretudo,um dever de gratidão. Este simples tributo não tem apenas intenção derecordar a sua passagem por terras Alentejanas, mas sobretudo chamara atenção para a necessidade de seguirmos os seus passos. Diz SantoAgostinho que “a memória é o presente do passado”. Quer isto dizerque ao fazermos memória não somos nós que recuamos no tempo e noespaço para outros lugares e tempos, mas é o passado que é trazido aténós para se atualizar no nosso presente. É precisamente esta dimensãode memória que a CIRP quis dar a esta breve evocação da vida e obradas Congregações Religiosas que por aqui passaram e das muitas queainda permanecem.Neste dia de festa, algumas pessoas quiseram manifestar-se, saudandoos Consagrados da Diocese de Beja, entre elas o Presidente daRepública, Professor Marcelo Rebelo de Sousa que enviou um vídeoem que enalteceu e agradeceu o “contributo social, de serviço e devalores fundamentais” dos Consagrados nestes 250 anos de história:“Há muito passado mas também há muito presente e há muito futuro.”Em seguida, todos foram convidados a visitar a Galeria “D. José doPatrocínio Dias”, cuja arquitetura é da autoria de Helena Botelho. EstaGaleria, inaugurada em Julho de 2019, surge de uma vontade expressada Congregação das Oblatas do Divino Coração de homenagear o seufundador e Bispo de Beja (1922 - 1965).

CIRP de Beja

Vaticano procura pacto globalpara melhor distribuição da riqueza

O Vaticano vai acolher estaquarta-feira uma conferência comeconomistas, ministros e ban-queiros para debater um pactoglobal contra as desigualdades epor uma melhor distribuição dariqueza.Os trabalhos, com a presença deKristalina Georgieva, diretora-geral do Fundo Monetário Inter-nacional, são promovidos pelaAcademia Pontifícia de CiênciasSociais (APCS).“A novidade dos últimos 30 anosé que as regras, a própria estru-tura das relações económicas,estão a gerar as desigualdades”,indicou Stefano Zamagni, presi-dente da APCS.O organismo da Santa Sé alertapara uma “crise social, política eeconómica”, com impactos nomeio ambiente, que leva aoaumento da desigualdade e à“rejeição dos que são prejudi-cados por esse processo”“A chamada quarta revoluçãoindustrial desafia a própria conce-ção de trabalho, gerando novos

medos sociais que põem em riscoa integração social”, adverte aAPCS.Em cima da mesa, durante o diade trabalhos, estão, entre outrostemas, o “desafio das novasplataformas digitais, a rápidamudança da natureza da con-corrência, a estrutura de mercadoe as novas questões de impar-cialidade, transparência e respon-sabilidade quando se lida com ouso de dados e algoritmos”.O encontro promovido peloVaticano tem como tema “Novasformas de fraternidade solidária,inclusão, integração e inovação”.

Stefano Zamagni, economista,apela a “um pacto global paramudar as regras do jogo eco-nómico, especialmente a nívelinternacional”.“Até fecharmos os paraísos fiscaisespalhados pelo mundo é óbvioque não podemos intervir muito.Aqueles que enriquecem indevi-damente – porque o enriqueci-mento financeiro não se deve auma capacidade superior de umpovo ou ao facto de terem inven-tado algo extraordinariamenteinovador – fazem-no porquetiveram sorte ou não tiveramescrúpulos morais”, denuncia.

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06 de fevereiro de 2020OPINIÃO6 – Notícias de Beja

A Basílica Romano cristã do Monte da Cegonha, Selmes (IX)

A basílica paleocristã do Monteda Cegonha, freguesia de Selmes,concelho da Vi digueira, é um dosprimeiros documentos mais an-tigos provados arqueologica-mente da primeira evangelizaçãodo território, ocupado hoje pelaDiocese de Beja. Sendo cons-truída em finais do século IV,princípios do século IV, diz-nosque a Igreja já ali estava devi-damente estruturada 150 anosantes de Santo Apríngio (531).Também é um eloquente sinal daruralização da fé cristã. Sendoesta, ao princípio um fenómenotipicamente urbano, a pouco epouco, passou para os “pagani”,para os trabalhadores rurais.Ouçamos os peritos:A cronologia que atribuímos àconstrução da basílica, coloca-nos perante um dos primeirostemplos cristãos da PenínsulaIbérica e, à semelhança do que jáera sabido para basílicas maisrecentes, como as da Torre daPalma ou Casa Herrera, também

neste período mais antigo deintrodução do Cristianismo naHispânia, os modelos foramimportados do Norte de África,onde chegaram rapidamentedepois de uma migração daslongínquas terras da Síria doNorte. Considerando os exem-plos da Cegonha ou de Gerena,podemos mesmo afirmar queaquele que tradicionalmente sechamou o grupo baleárico elevantino de basílicas tem umâmbito geográfico mais alargadoque se estende à Andaluzia e aoSul de Portugal.O sítio arqueológico do Monteda Cegonha, Selmes, pertence auma Villa romana que ali seinstalou no primeiro quartel doséculo I d. C. e que perdurou, comsucessivas alterações , até aoséculo XII. O conjunto estásituado no sopé de uma encostasuave, junto com uma pequenalinha de água de regime irregular,levemente ondolado, fértil, per-tencendo aos barros de Beja, comaptidão agrícola. Pela sua aptidãodeve aqui ter-se fixado gente na

pré-história, conforme é atestadopela presença dum dólmen nasimediações. Estas condiçõesfavoráveis levaram a que fossehabitado para além da époçaromana, mantendo-se até aoséculo XII, sucumbindo ao fimde um milénio de existência, comas perturbações da reconquistaem torno da Pax Júlia. Esta Villaestabelece-se durante a vigênciade Augusto»1

Da primeira fase da “vida nova”do sítio chegaram até nós acha-dos de materiais arqueológicos,como cerâmicas, em camadas queficaram sob a terraplanagem feitano século I d. C., depois dumincêndio documentado no sectorLeste da Villa.Da segunda fase chegaram aténós um edifício termal. […] Noinício do século II, o hipocaustofoi completamente entulhado.Manteve-se o funcionamento dogrande tanque a Oeste. Nosfinais do séc. III ou inícios doséc. IV fizeram-se obras dereformulação total do espaçoconstruído. A basílica data desta

altura, tendo sofrido algumasremodelações que lhe dão a formacom que chegou até nós. Mesmona ocupação muçulmana con-serva o conjunto, com ligeirasocupações.2

A pequena basílica do Monte daCegonha tem três naves, comcabeceira tripartida reta, orien-tada Este-Oeste e com as medidasexteriores de 10,50 x 8,40; anave central tem três metros delargura, e metade desta, as naveslaterais. A Leste tem ligação coma capela-mor de 2,50 x 2,35 m. Asnaves laterais ligam-se a duassacristias ou pastophorios, domesmo lado. A sacristia Nortemede 2,30 x 1,45 e a Sul, 2,40 x1,50. As três naves repartidas portrês tramos, estão divididas entresi por duas colunas alinhadascom duas pilastras, uma em cadauma dos extremos. Das colunas,encontramos as bases na naveNorte in situ e as marcas do seuassentamento na nave Sul. Apassagem da nave central àabside era marcada por duascolunas adossadas às pilastras

António Aparício laterais dos muros de separaçãodas três partes da cabeceira epode ter estado fechada por umacancela de pedra lavrada da qualpossamos ter encontrado parteno decurso das limpezas doterreno anteriores à escavações.A base da coluna adossada aNorte foi também encontrada insitu, enquanto a Sul apenas seencontrou a marca do assen-tamento sobre o opus signinum

do pavimento. A separação entreos três compartimentos da cabe-ceira era feito por dois fortesmuros rectos que terminam poruma espécie de pilares cru-ciformes, e irregulares que for-mam duas pilastras, no alinha-mento que marca o acesso dasnaves laterais às sacristias. Comose depreende do que acabamosde dizer, não havia passagemdirecta, pelo menos ao nível dosolo, entre as três partes dacabeceira». […]3.

Sílvio Couto

Seguindo o calendário do horós-copo/calendário chinês, no pas-sado dia 25, teve início o ‘ano dorato de metal’. Atendendo àsimbologia desta nova etapa dociclo chinês perspetiva-se queeste novo ano possa ‘ser abun-dante em oportunidades e novosprojetos, particularmente nosnegócios’, embora com algumaincerteza.Dizem os entendidos que o rato– em subdivisões: metal, água,madeira, fogo e terra – é o pri-meiro signo do horóscopo chi-nês, dando-se, assim, início a umnovo ciclo de doze anos (*)… Paraaqueles que se guiam pela su-posição (ou será superstição) dohoróscopo, o rato chinês tem a

pessoa estará previamente escri-ta nas entrelinhas de outrasconfigurações não-pessoais?Como poderemos ligar as estrelasna linha de uma suposta in-fluência na conduta humana,geral e pessoal (que é muito maisdo que individual)? Quem se guiaou quem pretensamente cultivaessa forma de estar na vida, tem(ou pode ter) uma visão crente(cristã) da vida ou antes se deixaconduzir por crendices pseu-docientíficas? Serão compatíveisou aceitáveis para um cristãopráticas como a adivinhação,astrologia, cartomancia, quiro-mancia, tarot, necromancia, deocultismo, feitiçaria e bruxaria? Orecurso a adivinhos, astrólogos,videntes, bruxos e feiticeiroscomporta risco para a fé cristã oufazem perigar a comunhão comDeus e a Igreja? Haverá serie-dade mínima nas (pretensas)previsões do horóscopo, apre-sentadas em certos órgãos decomunicação social? Aquilo serácrença, engano (cultivado eaceite) ou mera charlatanice?= Consideremos alguns aspetossubjacentes às questões colo-cadas. Com efeito, viver numaespécie de conduta daquilo que

os horóscopos dizem, seria comoque viver nalguma predestinaçãomecânica, onde cada pessoa nãoera ela mesma, mas condicionadapor elementos não-livres paraconsigo. Se reparamos os itens(saúde, dinheiro e amor) queregulam a escrita/emissão doshoróscopos como que roçam avulgaridade e lançam algumasuspeita sobre a inteligência dequem lê e, pior, se por tais pers-petivas se guia, pois tudo é tãolargo que um alguém qualquer sepoderá rever nas previsõesalienatórias. Hoje, quando sedeseja um mundo onde tudopossa ser light e sem aflições,como que cresce a rapidez derecurso às soluções fáceis, quemuitos dos mecanismos usadospelos cultivadores da ignorânciapelos horóscopos facilitam edifundem.O que diz o Catecismo da IgrejaCatólica sobre esta matéria?«Todas as formas de adivi-nhação hão de ser rejeitadas:recurso a Satanás ou aos de-mónios, evocação dos mortos ououtras práticas que errone-amente se supõe “descobrir” ofuturo. A consulta aos horós-copos, a astrologia, a quiro-

correspondência ao ‘sagitário’ nozodíaco mais divulgado na socie-dade ocidental.Ora, se tivermos em mira a áreada economia, esta nova etapaseria bem-vinda para a grandepotência do continente chinês, namedida em que a economia chi-nesa tem vindo a abrandar,mesmo com algum crescimento(6,1%), no ano de 2019, à misturacom um já longo conflito co-mercial com os EUA…Há, no entanto, uma penumbrano horizonte: o aparecimento edifusão do ‘coronavirus’ comtentáculos já visíveis na saúde e,possivelmente, na dimensãofinanceira, na medida em quepode atingir o consumo e amobilidade das pessoas dentro epara fora do país… A curto prazoveremos as consequências.= Embora a distribuição dos anossegundo um certo calendário àsemelhança do zodíaco possa seraceitável nalgumas culturas,como a chinesa, há algo maisprofundo que deveríamos ques-tionar particularmente naquiloque se possa referir-se ao ritmodas parcelas do zodíaco e ainfluência que alguns lhe atri-buem. Será que a vida de cada

mancia, a interpretação depresságios e da sorte, os fenó-menos de visão, o recurso amédiuns escondem uma vontadede poder sobre o tempo, sobre ahistória e, finalmente, sobre oshomens, ao mesmo tempo queum desejo de ganhar para si ospoderes ocultos. Essas práticascontradizem a honra e o res-peito que, unidos ao amorosotemor, devemos exclusivamentea Deus. Todas as práticas demagia ou de feitiçaria com asquais a pessoa pretende do-mesticar os poderes ocultos,para colocá-los a seu serviço eobter um poder sobrenaturalsobre o próximo - mesmo queseja para proporcionar a este asaúde - são gravemente con-trárias à virtude da religião.Essas práticas são ainda maiscondenáveis quando acom-panhadas de uma intenção deprejudicar a outrem, ou quandorecorrem ou não à intervençãodos demónios (n.os 2116-2117).

(*) A distribuição dos anos dohoróscopo chinês: rato, boi,tigre, coelho, dragão, serpente,cavalo, cabra, macaco, galo, cãoe porco.

Ano do rato-metal

Memória da Primeira Evangelização na celebração dos 250 anos da Restauração da Diocese de Beja

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06 de fevereiro de 2020

Diretor: António Novais PereiraRedação e Administração:Rua Abel Viana, 2 - 7800-440 BejaTelef. 284 322 268E-mail: [email protected]

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Impressão:Gráfica do Diário do MinhoRua de Santa Margarida, n.º 4-A - 4710-306 Braga

6fevereiro

2020

Depósito Legal

N.º 1961/83

Editado emPortugal

Propriedade da Diocese de BejaContribuinte Nº 501 182 446

RegistoN.º 102 028

Tiragem1.500

REGIONAL Notícias de Beja – 7

Atividade operacional semanalO Comando Territorial de

Beja, para além da sua atividadediária, levou a efeito um conjuntode operações, no distrito de Beja,na semana de 27 de janeiroa 02 de fevereiro, que visaram aprevenção e o combate à cri-minalidade violenta, fiscalizaçãorodoviária, entre outras, regis-tando-se os seguintes dadosoperacionais: 1. Detenções: 16 detidos emflagrante delito: Oito por furto;três por violência doméstica;dois por condução sem habi-litação legal; dois por conduçãosob o efeito do álcool; um porcoação.

2. Apreensões: Duas armas bran-cas e um veículo 3. Trânsito:Fiscalização: 289 infrações dete-tadas, destacando-se: 39 porexcesso de velocidade; 34 rela-cionadas com tacógrafos; 18 porfalta de seguro de responsa-bilidade civil obrigatório; 13 porfalta ou incorreta utilização docinto de segurança e/ou sistemade retenção para crianças; dezpor falta de inspeção periódica;oito por uso indevido do tele-móvel no exercício da condução;seis por condução com taxa deálcool no sangue superior aopermitido por lei.

Sinistralidade: 26 acidentes regis-tados, resultando: Um feridograve e quatro feridos leves. 4. Fiscalização Geral: No-ve autos de contraordenação,destacando-se: Oito no âmbitoda legislação da proteção danatureza e do ambiente e um noâmbito da legislação policial. 5. Ações de sensibilização: Duassobre no âmbito do programa“Residência Segura”, tendo sidosensibilizados 28 idosos; uma deâmbito rodoviário, tendo si-do sensibilizadas 83 pessoas;uma de âmbito escolar, tendosido sensibilizados 73 alunos.

Mercado Automóvel em Portugal

NÚMERO DE VEÍCULOS MATRICULADOS SOFRE QUEDA DE 8,5% EM JANEIRO DE 2020

Em Janeiro de 2020 foram matriculados pelos representantes legais de marca a operar em Portugal 17.504 veículos automóveis, ou seja, menos 8,5 por cento do que em igual mês do ano anterior.

Veículos automóveis matriculados em Portugal

Janeiro 2020

Unid. % var.

Ligeiros de Passageiros 14.423 -8,0%

Ligeiros de Mercadorias 2.595 -11,0%

Total de Ligeiros 17.018 -8,5%

Veículos Pesados 486 -7,6%

Total Mercado Automóvel 17.504 -8,5%

Fonte: ACAP

Por categorias e tipos de veículos observou-se a seguinte evolução do número de unidades matriculadas no nosso país:

1. Automóveis Ligeiros de Passageiros

No mês de Janeiro de 2020 foram matriculados em Portugal 14.423 automóveis ligeiros de passageiros novos, ou seja, menos 8,0 por cento do que no mês homólogo do ano anterior. 2. Veículos Ligeiros de Mercadorias

O mercado de ligeiros de mercadorias registou, no primeiro mês do ano, uma queda de 11 por cento face ao mês homólogo do ano anterior, situando-se nas 2.595 unidades matriculadas. 3. Veículos Pesados

Quanto ao mercado de veículos pesados, o qual engloba os tipos de passageiros e de mercadorias, em Janeiro de 2020 verificou-se uma queda de 7,6 por cento em relação ao mês homólogo do ano anterior, tendo sido comercializados 486 veículos desta categoria. Para mais informações à comunicação social ACAP e-mail: [email protected]

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Bom humorBom humorBom humorBom humorBom humorCalças sujas

O marido:- Afinal, ainda não limpaste as minhas calças como te pedi!A mulher:- Ora essa! Porque é que dizes isso?!O marido:- Porque, num dos bolsos, ainda lá está uma nota de dez euros…

O agricultor e os porcos

Um agricultor tinha muitos porcos. Certo dia, alguém apareceu eperguntou ao homem:- O que é que dá de comer aos seus porcos?Responde o agricultor:- Ora, dou-lhes restos. Porquê?Respondeu o outro indivíduo:- Porque eu sou da Associação para a Proteção dos Animais. Osenhor não alimenta os seus animais como deve ser, de modo quevou ter que o autuar.Passados uns dias, outra pessoa aparece e pergunta ao homem:- O que é que dá de comer aos seus porcos?O agricultor, com medo de ser novamente autuado, decidiu poroutra resposta:- Eu?! Eu trato-os muito bem! Dou-lhes salmão, caviar… Porquê?- Porque eu sou das Nações Unidas. Sabe, não é justo os seusporcos comerem tão bem quando há tanta gente a morrer de fomepor esse mundo fora. Vou ter que o autuar.- Respondeu o homem.O agricultor fica mesmo aborrecido. Passados mais uns dias, apareceoutra pessoa que faz novamente a mesma pergunta:- O que é que você dá de comer aos seus porcos?O agricultor hesita um bocado e finalmente diz:- Olhe… Não lhes dou nada… Entrego cinco euros a cada e cada umvai comer o que quiser!

Câmaras de Aljustrel e Beja com gabinetes técnicos florestaisAs câmaras de Aljustrel e de Bejajá viram aprovadas as suas candi-daturas ao Instituto da Conser-vação da Natureza e das Florestas(ICNF), visando o funcionamentodo respectivo Gabinete TécnicoFlorestal (GTF).No caso de Aljustrel, a CâmaraMunicipal recebeu um total dequase 14 mil euros para o funcio-namento do GTF, verba que vaipermitir "o apoio, de forma inte-grada, à estratégia de planeamentoe gestão florestal, à viabilização demodelos sustentáveis de silvi-cultura e de reestruturação fun-diária, mas também a acções de

prevenção de fogos florestais"."Será ainda valorizada a promo-ção das funções ecológicas,sociais e culturais dos espaçosflorestais e serão apoiadas ac-ções específicas de investigaçãoaplicada, de demonstração e deexperimentação", acrescenta aautarquia mineira.O ICNF aprovou igualmente acandidatura do GTF da Câmarade Beja, que funciona "em articu-lação permanente" com o ServiçoMunicipal de Protecção Civil etem como objectivos "a concre-tização das tarefas de planea-mento, operacional, gestão, con-

trolo e administrativa com vistaà defesa da floresta contraincêndios".De acordo com a autarquia, entreas metas do GTF estão ainda oacompanhamento das políticasde fomento florestal, a promoçãode políticas e de acções no âmbitodo controlo e erradicação deagentes bióticos e defesa contraagentes abióticos, a elaboraçãoe revisão do Plano Municipal deDefesa da Floresta contra In-cêndios, ou a realização de ac-ções de sensibilização relativasaos cuidados a ter com a floresta.

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MARIA NO TEMPLO«Quando se completaram os oito dias, para a circuncisão domenino, deram-lhe o nome de Jesus indicado pelo Anjo antes deter sido concebido no seio materno» (Lc 2, 21).Este, o primeiro passo obediencial da Sagrada família: confirmar onome que já fora dado pelo Anjo da Anunciação; e, ao fazê-lo,José insere o menino na descendência de David. Tudo indica queMaria pertencia também à casa de David, mas a descendência porvia feminina não tinha qualquer relevância para o povo judaico.Um segundo passo diz respeito à circuncisão do Menino:«Quando se cumpriu o tempo da sua purificação, segundo a leide Moisés, levaram-no a Jerusalém para o apresentarem ao Senhor,conforme está escrito na Lei do Senhor: Todo o primogénito varãoserá consagrado ao Senhor, e para oferecerem em sacrifício,como se diz na Lei do Senhor, duas rolas ou duas pombas (Lc 2,23-24).A circuncisão da carne é, para o povo judeu, a validação da Aliança,segundo Gn 17, 13s: «Será marcado na vossa carne o sinal daminha Aliança perpétua. O indivíduo do sexo masculinoincircunciso, aquele que não tiver sido circuncidado na suacarne, será afastado do meio do seu povo, por ter quebrado aminha Aliança.»Um terceiro passo diz respeito à purificação de Maria.A purificação realiza-se pela oferta de um holocausto e de umavítima expiatória. À cerimónia da purificação está ligada a do resgatedo primogénito masculino: ele pertence a Deus, e deve seroferecido de novo a Deus (Ex 13, 2; Nm 18, 15). Aquele que pertencea Deus pode Deus exigi-lo, porque toda a fecundidade é umadádiva de Deus.Quando o Evangelista reúne estes três passos, apresenta trêsacções simbólicas com um único sentido: o sacrifício de devolvera Deus o que a Deus pertence. E nisto consiste a obediência à lei.O primogénito entra no povo de Deus, mas o seu primeiro sanguederramado surge como arras, como penhor, como sinal seguro deoutro sangue – o da Paixão, pelo qual se realizarão a purificação eo resgate verdadeiro e único da humanidade, o que vai para alémda obediência à lei de Moisés. É a entrega total à misericórdiadivina pela humanidade pecadora – é a obediência ao amoruniversal do Pai, que pede o resgate dos pecadores e oacolhimento do Espírito Santo que o seu Filho Único Jesus Cristoenviará, depois de a salvação estar consumada na sua Paixão.É a aurora da Nova Aliança, do novo povo de Deus e, deste,Maria é a primeira a acolhê-la como luz central da obediência àvontade de Deus. A voz de Simeão, impelida pelo Espírito, faz-seouvir: «Agora, Senhor, deixarás ir em paz o vosso servo, porquemeus olhos virão a salvação que ofereceste a todos os povos,Luz para se revelar às nações e glória de Israel, teu povo.» (Lc2, 29ss). E, dirigindo-se a Maria, diz: «Este menino está aqui paraqueda e ressurgimento de muitos em Israel e para ser sinal decontradição; uma espada trespassará a tua alma. Assim hão-derevelar-se os pensamentos de muitos corações.»Maria acolhe estas palavras no silêncio, que é seu apanágio, queé o estado normal no qual a conhecemos. Até este momento dasua vida, só lhe ouvimos duas palavras: o «sim» da Anunciação,e o Magnifica da visitação.Só doze anos mais tarde lhe ouviremos a terceira palavra, quando,depois de dolorosa procura de seu Filho, o encontra no Templo,sentado entre os doutores, a ouvi-los e a fazer-lhes perguntas; etodos estavam admirados com a sua inteligência e as suasrespostas.Maria diz-lhe: «Filho, porque nos fizeste isto? Olha que teu paie eu andávamos aflitos à tua procura!» Ao que Ele responde:«Por que me procuráveis? Não sabíeis que devia estar em casade meu Pai?».«Mas eles não compreenderam as palavras que lhes disse. […]Sua mãe guardava estas coisas no seu coração».O coração de Maria, imaculado por graça divina desde a suaconceição, é o cofre acolhedor, e, como tal, silencioso, do quererdivino, a «capela de Deus», como lhe chamou o frade alentejano,nascido em Beja, Dom Frei Amador Arrais: «Mas onde se achouDeus tão presente como nesta capela, que foi a primeira emesteve Sua corporal presença?».

Maria Manuela de Carvalho

Eutanásia: Cardeal-patriarca rejeitaabordagens de «ânimo leve» e pede

aposta em sociedade «paliativa»

O cardeal-patriarca de Lisboadisse à Agência ECCLESIA queo tema da legalização da euta-násia “não se pode tratar deânimo leve”, apontando ao deba-te parlamentar agendado para 20de fevereiro.“A atitude correta que devemoster é estar ao lado de quem sofre,para que essa última fase da suavida – com tudo aquilo que oscuidados paliativos tambémpodem e devem fazer, quandogeneralizados e aplicados -, sejauma fase positiva”, sustentou D.Manuel Clemente, presidente daConferência Episcopal Portu-guesa (CEP).A Assembleia da República agen-dou para 20 de fevereiro o debatedos projetos do BE, PS, PAN ePEV sobre a despenalização daeutanásia em Portugal.O presidente da CEP assumiu aintenção de promover umaintervenção “antes, durante edepois” do debate, numa mobi-lização “até fora do âmbitoeclesial”, por considerar queestá em causa “a vida, o seusignificado, sobretudo quandoestá mais fragilizada”.“[A despenalização da eutanásia]Pode ser episodicamente apro-vada, mas nós cá estamos, comoseres humanos, nesta frentecomum por uma humanidademelhor”, aponta.Esta é uma questão humana, nãose deve confinar esta frente pelavida ao âmbito eclesial, porque

ela é humanitária e a humanidadediz respeito a todos”.Para D. Manuel Clemente, aprioridade é que a sociedade seja“toda ela paliativa”, ou seja, umasociedade “que abriga, queacolhe, que envolve”.“Isto é muito importante, quer noprincípio da vida, quer na suaúltima fase”, indicou.O cardeal-patriarca entende quequem é acompanhado “não quermorrer”.“A vida tem de ser vivida em todaa sua latitude e longitude, aindaantes do nascer, na sua faseembrionária, e na sua fase final.Está é uma questão que, ou setrata na totalidade, ou fica muitomaltratada”, defende.A Federação Portuguesa Pela

Vida vai promover uma con-centração a 20 de fevereiro, pelas12h30, no Largo de São Bento.Em 2018, a Assembleia da Repú-blica debateu projetos de des-penalização da morte medica-mente assistida do PS, BE, PANe Verdes, que foram chum-bados numa votação nominaldos deputados.Em 2016, a CEP publicou a NotaPastoral ‘Eutanásia: o que estáem jogo? Contributos para umdiálogo sereno e humanizador’,na qual os bispos católicosafirmam que “nunca é abso-lutamente seguro que se respeitaa vontade autêntica de umapessoa que pede a eutanásia”.

Fonte: Ecclesia