Seitas e Heresias

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138 SEITAS E HERESIAS AUTORES DIVERSOS

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    SEITAS E HERESIAS

    AUTORES DIVERSOS

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    NDICE

    1 - CONCEITOS BSICOS .....................................................................................................4 2 - INTRODUO ...................................................................................................................5

    2.1 - ASPECTOS COMUNS..................................................................................................5 3 - CONHECENDO MAIS........................................................................................................7

    4 - VOC J FOI ENGANADO?........................................................................................... 11 5 - QUADRO SINTICO DE SEITAS.................................................................................... 13 6 - ESTUDO SISTMICO DE CADA SEITA ......................................................................... 18 6.1 - A IGREJA E O CANDOMBL ...................................................................................... 18 6.2 - CATOLICISMO ROMANO ............................................................................................ 21

    A igreja antes e depois do Sculo IV ............................................................................... 21 Catolicismo romano ......................................................................................................... 22 O apstolo Pedro foi Papa?............................................................................................. 28

    6.3 - CINCIA CRIST.......................................................................................................... 33 A arte da cura pela mente................................................................................................ 33 Mary Baker Eddy, a profetisa da Cincia Crist .............................................................. 40

    6.4 - ESPIRITISMO................................................................................................................ 43 Responde o espiritismo a todas as perguntas? ............................................................... 47 Saul e a feiticeira ............................................................................................................. 48

    6.5 - MAONARIA ................................................................................................................ 52 Carta Aberta a Todos os Maons, Especialmente queles Que se Consideram Cristos......................................................................................................................................... 57 Maonaria ........................................................................................................................ 73 Quem disse que o cristo no pode ser maom?............................................................ 78

    6.7 - MORMONISMO............................................................................................................. 80

    6.8 - NOVA ERA.................................................................................................................... 85 Nova Era: estados alterados de conscincia ................................................................... 85 Nova era promove confuso religiosa.............................................................................. 87

    6.9 - OCULTISMO ................................................................................................................. 90 Seduzido pela meditao................................................................................................. 94

    6.10 - ISLAMISMO .............................................................................................................. 100

    6.11 - ROSA CRUZ ............................................................................................................. 103

    6.12 - TESTEMUNHA DE JEOV....................................................................................... 110 ARMAGEDOM NO ANO 2000, DIZEM AS TESTEMUNHAS DE JEOV............................................ 110

    Tradues Errneas da Bblia das Testemunhas de Jeov........................................... 115 As falsas profecias das testemunhas de Jeov ............................................................. 116

    7 - TEXTOS COMPLEMENTARES..................................................................................... 118

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    Bode emissrio A quem representava: Cristo ou Satans............................................. 121 Razes pelas quais no precisamos guardar o sbado ................................................ 126 Sbado ou domingo: a opo crist............................................................................... 132

    HERESIOLOGIA - HERESIAS E SEITAS DE HOJE, PAGS E PSEUDO-CRISTS................................ 136

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    1 - CONCEITOS BSICOS

    Seita: Grupo religioso que professa doutrinas que divergem dos verdadeiros ensinos bbli-cos, sendo que muitos, apesar de utilizarem a Bblia distorcem ou negligenciam a mensa-gem central das Escrituras. Normalmente, formam uma comunidade fechada de cunho radi-cal cujo sistema diverge da opinio geral, mas seguido por muitos que se dedicam inten-samente ao proselitismo.

    Heresia: Uma doutrina ou um conjunto delas que divergem dos verdadeiros ensinos bbli-cos, e apesar de terem "aparncia" de verdade, contudo no passam de mentiras. Suas ori-gens quase sempre so as distores nos ensinos da Bblia.

    Herege: Pessoa que propala, segue, defende ou pratica heresias

    Heresiarca: Pessoa fundadora de uma seita hertica.

    CARACTERSTICAS DE UMA SEITA:

    Em relao Bblia: Tm outras fontes doutrinrias alm das Escrituras Aceitam apenas algumas partes. Usam uma edio "especial" adaptada s suas convices Distorcem as doutrinas fundamentais, desprezando os princpios auxiliares de Her-

    menutica. Dizem que receberam uma nova revelao de Deus anulando ou mudando manda-

    mentos e/ou preceitos existentes na Palavra de Deus.

    Em relao Jesus Cristo: No aceitam que ele seja o Filho Unignito de Deus. No aceitam Sua natureza divina-humana. No aceitam Seu nascimento virginal. No o centro de suas atenes. Existe outra possibilidade de salvao alm da realizada por Cristo, pois cabe ao ho-

    mem realiza-la. Quase sempre tem um lder, vivo ou morto, que possui autoridade igual ou superior a

    Cristo. Alm destes aspectos, as seitas negam a realidade ou a individualidade do pecado, sendo tambm proselitistas.

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    2 - INTRODUO

    As Seitas esto em todos os lugares. Algumas so populares e amplamente aceitas. Outras so isolacionistas e procuram se esconder, para evitar um exame de suas aes. Elas esto crescendo e florescendo a cada dia. Algumas seitas causam grande sofrimento aos seus seguidores, enquanto outras at parecem muito teis e benficas. Com a proximidade do final do sculo, esto surgindo novas seitas religiosas e filosficas responsveis pelos mais absurdos ensinamentos com relao ao final dos tempos. Essa confuso de idias esto sendo despejadas em cabeas incautas, acabando muitas vezes em tragdias de grandes propores. Em 1978, o ento missionrio norte-americano Jim Jones, foi responsvel pela morte de 900 seguidores, na Guiana Francesa, todos envenenados aps Ter anunciado a eles o fim do mundo. Um fato interessante desse trgico acontecimento foi o depoimento de um dos mili-tares americanos respnsveis pela remoo dos corpos. Ele disse que, aps vasculhar todo o acampamento, no foi encontrado um s exemplar da Bblia. Jim Jones substituiu a Bblia por suas prprias palavras. Em 1993, o lder religioso David Koresh, que se intitulava a reencarnao do Senhor Jesus, promoveu um verdadeiro inferno no rancho de madeira, onde ficava a seita Branch Davidian. Seduzindo os seguidores com a filosofia de que deveria morrer para depois ressuscitar das cinzas, derramou combustvel no rancho e ateou fogo, matando 80 pessoas, incluindo 18 crianas. Em 1997, outra seita denominada Heavens Gate (Porto do Cu), que misturava ocultismo com fanatismo religioso, levou 40 seguidores ao suicdio. Na ocasio, essas pessoas acredi-tavam que seriam conduzidas para outra dimenso em uma nave que surgiria na cauda do cometa Halley Bop. No Brasil tambm existem muitas seitas e denominaes que se reforam em profecias do Apocalipse. Uma das mais conhecidas, devido ao destaque dado pela mdia, so as Borbo-letas Azuis, da Paraba, que em 1980 anunciou um dilvio para aquele ano. Em Braslia, encontra-se o Vale do Amanhecer, que conta com aproximadamente 36.000 adeptos. No Paran, um homem de nome Iuri Thais, se auto-intitula como o prprio Senhor Jesus reencarnado. Fundador da seita Suprema Ordem Universal da Santssima Trindade, ele parece ter decorado a Bblia de capa a capa e, com isso, tem enganado a muitos. Muitas das seitas so conhecidas dos cristos brasileiros, a saber: Mormonismo, Testemu-nhas de Jeov, etc. Mas muitas novas seitas pseudo-crists esto chegando ao Brasil e so pouco conhecidas: Igreja Internacional de Cristo/Boston (Igreja de Cristo, no Brasil), Cincia Crist, Escola Unida do Cristianismo, Meninos de Jesus etc. Quase todas essas seitas refutam a Trindade (com a conseqente diminuio do Senhor Jesus Cristo), a ressurreio, a salvao pela Graa e contrariam outros princpios bblicos.

    2.1 - ASPECTOS COMUNS

    Existem muitos aspectos comuns entre as seitas que tm se disseminado pelo mundo. importante que ns saibamos reconhecer suas caractersticas, a fim de que no sejamos enganados ou at mesmo desviados da verdadeira f crist.

    1. As seitas subestimam o valor do Senhor Jesus ou colocam-no numa posio secun-dria, tirando-lhe a divindade e os atributos divinos como conseqncia.

    2. Crem apenas em determinadas partes da Bblia e admitem como "inspirados" escri-tos de seus fundadores ou de pessoas que repartem com eles boa parte daquilo que crem;

    3. Dizem ser os nicos certos;

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    4. Usam de falsa interpretao das escrituras; 5. Ensinam o homem a desenvolver sua prpria salvao, muitas vezes, sob um concei-

    to totalmente naturalista; 6. Costumam buscar suas presas em outras religies, conseguindo desencaminhar para

    o seu meio, inclusive, muitos bons cristos.

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    3 - CONHECENDO MAIS

    Este esboo bsico lhe dar informaes de como as seitas trabalham e como evit-las. Se voc tem algum conhecido que est perdido numa seita, preciso orar e pe-dir ao Senhor que tire essa pessoa de l e lhe d a perspiccia e as ferramentas para ajud-lo neste trabalho. Pode ser uma tarefa longa e rdua, porque, definitivamente, este no um ministrio fcil. 1. O que uma seita? A. Geralmente um grupo no-ortodoxo, esotrico (do grego esoteriks, que significa co-nhecimento secreto, ao alcance de poucos). Podem ter uma devoo a uma pessoa, objeto, ou a um conjunto de idias novas. As seitas costumam fazer uso das seguintes prticas:

    1. Freqentemente isolacionistas para facilitar o controle dos membros fisi-camente, intelectualmente, financeiramente e emocionalmente.

    2. Freqentemente apocalpticas - do aos membros um enfoque no futuro e um propsito filosfico para evitar o apocalipse.

    3. Fornecem uma nova filosofia e novos ensinos revelados pelo seu lder. 4. Fazem doutrinao - para evangelismo e reforo das convices de culto e

    seus padres. 5. Privao quebrando a rotina do sono normal e privao de comida, combi-

    nados com a doutrinao repetida (condicionamento), para converter o candi-dato a membro.

    B. Muitas seitas contm sistemas de convico "no-verificveis". 1. Por exemplo, algumas ensinam algo que no pode ser verificado:

    1. Uma nave espacial que vem atrs de um cometa, para resgatar os membros.

    2. Ou, Deus, um extraterrestre ou anjo apareceram ao lder e lhe deram uma revelao

    2. Os membros so anjos vindos de outro mundo, etc. 1. Freqentemente, a filosofia da seita s faz sentido se voc adotar o con-

    junto de valores e definies que ela ensina. 2. Com este tipo de convico, a verdade fica inverificvel, interiorizada, e

    facilmente manipulada pelos sistemas filosficos de seu(s) inventor(es). C. O Lder de uma Seita:

    1. freqentemente carismtico e considerado muito especial por razes varia-das:

    1. O lder recebeu revelao especial de Deus. 2. O lder reivindica ser a encarnao de uma deidade, anjo, ou mensagei-

    ro especial. 3. O lder reivindica ser designado por Deus para uma misso 4. O lder reivindica ter habilidades especiais

    2. O lder est quase sempre acima de repreenso e no pode ser negado nem contradito.

    D. Como se comportam as Seitas? 1. Normalmente buscam fazer boas obras, caso contrrio ningum procuraria en-

    trar para elas. 2. Parecem boas moralmente e possuem um padro de ensino tico. 3. Muitas vezes, quando usam a Bblia em seus ensinos, utilizam tambm "escri-

    turas" ou livros complementares. 1. A Bblia, quando usada, sempre distorcida, com interpretaes pr-

    prias, que vo de encontro filosofia da seita. 2. Muitas seitas "recrutam" o Senhor Jesus como sendo um deles, redefi-

    nindo-o adequadamente.

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    E. Algumas seitas podem variar grandemente... 1. Do esttico ao promscuo. 2. Do conhecimento esotrico aos ensinamentos muito simples. 3. Da riqueza e poder pobreza e fraqueza.

    2. Quem vulnervel a entrar para uma seita?

    A. Todas as pessoas so vulnerveis. 1. Rico, pobre, educado, no-educado, velho, jovem, religioso, ateu, etc.

    B. Perfil geral do membro em potencial de uma seita (alguns ou todos os itens se-guintes)

    1. Desiludido com estabelecimentos religiosos convencionais. 2. Intelectualmente confuso em relao a assuntos religiosos e filosficos 3. s vezes desiludido com toda a sociedade 4. Tem uma necessidade por encorajamento e apoio 5. Emocionalmente carente 6. Necessidade de uma sensao de propsito, um objetivo na vida. 7. Financeiramente necessitado

    3. Tcnicas de recrutamento A. As seitas encontram uma necessidade e a preenchem. As tticas mais usadas so:

    1. "Bombardeio de Amor Love Bombing " que a demonstrao constante de afeto, atravs de palavras e aes.

    2. s vezes h muito contato fsico como abraos, tapinhas nas costas, toques e apertos de mo.

    3. Emprestam apoio emocional a algum em necessidade. 4. Ajuda de vrios modos, onde for preciso.

    1. Desta maneira, a pessoa fica em dbito ento com a seita e procura de algum modo retribuir.

    5. Elogios que fazem a pessoa pensar que o centro das atenes. B. Muitas seitas usam a influncia da Bblia ou mencionam Jesus como sendo um deles;

    dando validade assim ao seu sistema. 1. Escrituras distorcidas 2. Usam versculos tirados da Bblia fora do contexto 3. Ento misturam os versculos mal interpretados com a filosofia aberrante

    delas. C. Envolvimento gradual

    1. Alterando lentamente o processo de pensamento e o sistema de convico da pessoa, atravs da repetio dos seus ensinos (condicionamento).

    1. As pessoas normalmente aceitam as doutrinas de uma seita um ponto de cada vez.

    2. Convices novas so reforadas por outros membros da seita. 4. Por que algum seguiria uma Seita?

    A. A seita satisfaz vrias necessidades: 1. Psicolgica - Algum pode ter uma personalidade fraca, facilmente ma-

    nipulvel. 2. Emocional A pessoa pode ter sofrido um trauma emocional recente ou

    no passado 3. Intelectual O membro tem perguntas que este grupo responde.

    B. A seita d a seus membros a aprovao, aceitao, propsito e uma sensao de pertencer a algum grupo.

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    C. A seita pode ser atraente por algumas razes. Podem ser. . . 1. Rigidez moral e demonstrao de pureza 2. Segurana financeira 3. Promessas de exaltao, redeno, "conscincia mais elevada" ou um

    conjunto de outras recompensas.

    5. Como as pessoas so mantidas na Seita? A. Dependncia:

    1. As pessoas querem freqentemente ficar porque a seita vai de encontro s suas necessidades psicolgicas, intelectuais e espirituais.

    B. Isolamento: 1. O contato com pessoas de fora do grupo reduzido e cada vez mais a

    vida do membro construda ao redor da seita. 2. Fica muito mais fcil ento controlar e moldar o membro.

    C. Reconstruo cognitiva (Lavagem cerebral): 1. Uma vez que a pessoa doutrinada, os processos de pensamento de-

    les/delas so reconstrudos para serem consistentes com a seita e ser submisso a seus lderes.

    2. Isto facilita o controle pelo(s) lder(es) da seita. D. Substituio:

    1. A Seita e os lderes ocupam freqentemente o lugar de pai, me, pastor, professor etc.

    2. Freqentemente o membro assume as caractersticas de uma criana dependente, que busca ganhar a aprovao do lder ou do grupo.

    E. Obrigao 1. O membro fica endividado emocionalmente com o grupo, s vezes fi-

    nanceiramente, etc. F. Culpabilidade

    1. dito para a pessoa que sair da seita trair o lder, Deus, o grupo, etc. 2. dito tambm que deixar o grupo rejeitar o amor e a ajuda que o gru-

    po deu. G. Ameaa:

    1. Ameaa de destruio por "Deus" por desviar-se da verdade. 2. s vezes ameaa fsica usada, entretanto no freqentemente. 3. Ameaa de perder o apocalipse, ou ser julgado no dia do julgamento,

    etc. 6. Como podemos tirar algum de uma Seita?

    A. A melhor coisa no tentar um confronto direto no primeiro encontro, o que pode assustar o membro e afast-lo de voc.

    B. Se voc um Cristo, ento interceda em orao pela pessoa primeiro.

    C. Para tirar uma pessoa de uma seita necessrio tempo, energia, e apoio.

    D. Ensine a verdade:

    1. D-lhe a verdadeira substituio para o sistema de convico aberrante que ela aprendeu, ou seja, o Evangelho da Graa de Jesus Cristo.

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    2. Mostre as inconsistncias da filosofia do grupo, luz da Bblia.

    3. Estude a seita e aprenda sua histria, buscando pistas e informaes

    E. Tente afast-lo fisicamente da seita por algum tempo, para quebrar o lao de isola-mento.

    F. D o apoio emocional de que ele precisa.

    G. Alivie a ameaa de que se ele deixar o grupo, estar condenado ou em perigo.

    H. Geralmente, no ataque o lder do grupo, deixe isso para depois. Freqentemente o membro da seita tem lealdade e respeito para com o fundador ou lder.

    I. Confronte outros membros da seita ao mesmo tempo, somente quando for inevitvel.

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    4 - VOC J FOI ENGANADO?

    Talvez isso tenha acontecido porta de sua casa, quando algum vendedor treinado para persuadir e usando de artimanhas o fez comprar algo intil. O engano geral! H engano em todas as reas da vida, e especialmente no setor religioso! Vivemos numa poca em que muitas seitas se propagam em velocidade inacreditvel. Os representantes das seitas sa-bem muito bem como podem vender suas heresias a pessoas de boa-f por meio de pala-vras convincentes. Muitas vezes as seitas apelam para a Palavra de Deus e usam o nome de Jesus Cristo. Em um primeiro momento, freqentemente, suas palavras parecem convincentes e verdadeiras. Mas: Cuidado - engano! A Bblia nos adverte seriamente a respeito: "Amados, no deis crdito a qualquer esprito; antes, provai os espritos se proce-dem de Deus, porque muitos falsos profetas tm sado pelo mundo fora" (1 Jo 4.1). De que consiste a diferena entre uma seita e a verdadeira f bblica em Jesus Cristo? Como se reconhece uma seita? Faa a prova com trs perguntas: 1. Quem Jesus Cristo? As seitas negam a pessoa do Senhor Jesus - elas falam de um "Cristo csmico" ou negam a Sua soberania divina. Nelas no Jesus que est no centro, mas a pessoa do seu "guia", "profeta", "apstolo"ou "guru". Entretanto, a Bblia declara que Jesus Cristo o nico Deus verdadeiro. Ele se tornou homem para morrer na cruz por todos os homens. Ele ressuscitou corporalmente e vive por toda a eternidade (1 Jo 5.20; Cl 2.9; Mc 10.45 e 1 Co 15.3ss). 2. O que a Bblia? Muitas vezes as seitas usam, de fato, partes da Bblia, mas alm dela ainda tm as suas doutrinas especiais, "novas revelaes" e "vises", que colocam no mesmo nvel da Palavra de Deus, a Bblia. Porm, a prpria Bblia legitima-se como a Palavra de Deus inspirada. Tudo o que precisamos saber sobre Deus, sobre Jesus Cristo e Seu grandioso plano com este mundo e com nossa vida revelado exclusivamente pela Sagrada Escritura (2 Tm 3.16). Deus nos adverte para no irmos alm do que est escrito na Bblia (Ap 22.18-19; 1 Co 4.6). 3. Como posso encontrar a Deus? Como alcano a vida eterna? As seitas condicionam a salvao filiao a sua organizao. Seus membros devem trei-nar certas prticas de meditao ou cumprir outras normas de conduta. A Bblia, pelo contr-rio, ensina: voc salvo e recebe a vida eterna de Deus nica e exclusivamente pela f pes-soal em Jesus Cristo e por Sua graa (Jo 3.16; 14.6; 1 Tm 2.5; At 4.12). Cuidado para no cair nas armadilhas de qualquer seita. Por isso, informe-se. Leia a Bblia. Conhea a Jesus Cristo e confie nEle! O Seu amor vale tambm para voc. Ele quer trazer luz s trevas de sua vida. Jesus Cristo diz: "Eu sou a luz do mundo; quem me segue no andar nas trevas, pelo contrrio, ter a luz da vida" (Jo 8.12). Voc pode vir a Ele em orao e pedir-Lhe que assuma a direo de sua vida. Ter a Jesus significa ter vida verdadeira, vida com significado, vida eterna com Deus. Peter Bronclik

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    5 - QUADRO SINTICO DE SEITAS

    RELIGIES E SEITAS

    Tabela de Religies e Seitas comparadas n1

    Nome do grupo Fundador Mensagem Igreja Deus Jesus Salvao Ressurreio de Jesus Escrituras Cristianismo Bblico (Protes-tantismo)

    Jesus Cristo Jesus morreu para salvar pecadores

    Aqueles que so salvos

    Trindade trs pesso-as em um Deus

    Deus em carne. 2 pessoa da Trindade

    Pela Graa, atravs da F so-mente

    Jesus elevou-se no mesmo corpo em que Ele mor-reu

    A Bblia somente (66 livros)

    Catolicismo Romano

    Jesus, sobre a pedra que Pedro (consi-derado como primeiro Papa)

    Sacramentos, cari-dade, culto a Maria e aos "Santos"

    Os membros da Igreja Catlica Apostlica Ro-mana

    Trindade trs pesso-as em um Deus

    Deus em carne. 2 pessoa da Trindade

    Fora da Igreja Cat-lica Apostlica Ro-mana no h Salva-o

    Sim A Bblia (+ 7 livros apcrifos) + a Tradi-o (Dogmas)

    Legio da Boa Vontade - LBV

    Alziro Za-rur(04-03-1949)

    Assim como Jesus, todos podero al-cancar a perfeio aps muitas reen-carnaes.

    Todos so cris-tos independen-te da religio

    Impessoal No Deus nem teve corpo huma-no

    Atravs da caridade e reencarnaes sucessivas

    No Livros da LBV

    Espiritismo Kardecista

    Dr. Hippolyte Lon Denizard Rivail, vulgo Allan Kardec (1857)

    Assim como Jesus, todos podero al-cancar a perfeio aps muitas reen-carnaes.

    O Espiritismo a Igreja restaurada e o Consolador prometido por Jesus

    Impessoal No Deus nem teve corpo huma-no

    Atravs da caridade e reencarnaes sucessivas

    No Livros de Allan Kar-dec e outros

    Testemunhas de Jeov

    Charles Taze Russell (1852-1916) Fundada em 1881

    Jesus abriu a porta para conquistarmos nossa salvao

    144.000 ungidos que iro para o cu

    Jeov, que uma s Pessoa

    No Deus; o Arcanjo Miguel, a primeira e nica criatura de Jeov

    Obedecendo as ordens da Socieda-de Torre de Vigia

    No Bblia deles (Tradu-o do Novo Mundo) + literaturas dos lde-res

    Maonaria Anderson e Desagulliers (Londres, 1717

    Buscar o prprio aperfeioamento

    Impessoal como fora superior

    Um grande mestre seme-lhante a Bu-da, Maom, e etc.

    ""Erguer templos virtude e cavar masmorras aos vcios""

    No Rituais e manuais secretos

    Adventistas Ellen Gould Crer em Jesus e Somente os ad- Trindade Deus em Guardando o sba- Sim Bblia e livros de Ellen

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    do Stimo Dia White (1860)

    observar a Lei ventistas trs pesso-as em um Deus

    carne. 2 pessoa da Trindade

    do e os mandamen-tos

    White

    Mormonismo Joseph Smith (1805-1844) fundado em 1830

    Alcanar a divinda-de pelas ordenan-as do evangelho mrmon

    Membros da Igreja de Jesus Cristo dos San-tos dos ltimos Dias

    Trade 3 deuses

    No Deus. irmo de Lcifer e dos homens

    Salvao pelas bo-as obras da igreja mrmon

    Sim A Bblia, Livro de Mrmon, Doutrina e Convnios, Prola de Grande Valor

    Teosofia

    Madame Hele-na Blavatsky (1831-1891) fundada em 1875

    Deus um princpio

    Um grande Mestre No

    A Doutrina Secreta, Isis sem Vu, A Chave para a Teo-sofia e A Voz do Si-lncio

    Cincia Crist Mary Baker Eddy (1821-1910

    Crenas religiosas extradas dos ensi-nos de Jesus. Re-jeitam a expiao

    Uma coletnea de idias espiri-tuais

    Presena Impessoal Universal

    Um homem afinado com a conscincia divina

    Pensamento correto No

    Cincia e Sade com Chave para as Escri-turas, Miscelnea

    Unitarismo Charles Filmo-re(1854-1948) fundado 1889

    Os princpios gerais do Unitarismo

    Uma coleo de idias espirituais

    Fora Uni-versal Im-pessoal

    Um homem, no o Cristo

    Adotando a correta Unidade atravs de principios

    No Revista Unitarista, Dicionrio Bblico de Metafsica

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    Tabela de Religies e Seitas comparadas n2

    Nome do grupo Fundador Mensagem Igreja Deus Jesus Salvao

    Ressurrei-o de Jesus

    Escrituras

    Moonismo Sun Myung Moon(1920)

    Moon o Rei dos reis, e Senhor dos senhores, e o Cordeiro de Deus.

    Igreja da Unificao

    Deus tanto positivo como negativo. No h Trindade. Deus precisa de Moon para faz-lo feliz

    Jesus foi um homem per-feito, no Deus. Jesus falhou em sua misso. Moon vai completar sua obra

    Obedincia e aceitao dos verdadeiros pais (Moon e sua esposa)

    Jesus no res-suscitou fisica-mente

    Princpio divino por Sun Myung Moon, Esboo do Princpio, Nvel 4 e a Bblia

    Cientologia Ron Hub-bard(1954)

    Todos so ""the-tans"", espritos imortais com poderes ilimita-dos

    Rejeita o Deus revelado na B-blia.

    Raramente mencionado. Jesus no morreu pelos pecados de ningum

    Salvao a libertao da reencarnao

    Diantica: A Cincia Moderna da Sade Mental, e outros de Hubbard, e A Chave para a Felicidade

    Meninos de Deus

    Daniel Brandt Berg (1968)

    Desistir de tudo para seguir a Jesus. J usaram a prostituio para atrair novos adeptos

    Famlia do Amor

    Pai, Filho e Esp-rito Santo, mas no Trindade

    Foi uma criao de Deus.

    Cartas MO - cartas escritas por David "Mo-ses" Berg. Mesmo nvel de inspirao do Antigo e Novo Testamentos

    Nova Era Todos so deu-ses e s preci-sam se conscien-tizar disso

    Deus uma for-a impessoal ou princpio, no uma pessoa. Tudo e todos so Deus.

    No o verdadeiro Deus nem Salvador, mas um mestre elevado

    O mau carma tem que ser compensado com bom carma

    Jesus no res-suscitou fisica-mente, mas subiu a um nvel espiritual mais alto

    Escritos I Ching, hin-dus, budistas, taostas, crenas americanas nativas e magia em geral

    Hindusmo

    O homem deve se conformar com sua condi-o para alcan-ar uma vida melhor na prxi-ma encarnao

    O Absoluto. Um esprito universal (Brahman). V-rios deuses so manifestaes dele

    um mestre ou avatar (uma encarnao de Vish-nu). Sua morte no foi expiatria

    Libertao dos ciclos de reencarano, e absoro em Brahman alcanadas atravs da Yoga e meditao.

    Vedas, Upanishads, Bhagavad Gita

    Budismo Buda (Sid-dartha Gau-tama em 525 a.C.)

    O alvo da vida o Nirvana para escapar do so-frimento

    No existe. Buda considerado por alguns como uma conscincia

    O Nirvana (inexistn-cia) que pode ser al-canado seguindo-se o Caminho das Oito Vias

    A Tripitaka (Trs Ces-tos),que tm mais de100 volumes

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    universal ilumi-nada

    Islamismo Maom (610 d.C.) S Allah Deus e Maom o seu profeta

    Al, um juiz se-vero. No des-crito como amo-roso

    um dentre mais de 124 mil profetas enviados por Deus a vrias culturas. No Deus, no foi cruci-ficado, voltar para viver e morrer

    O equilbrio entre as boas e ms obras de-termina o destino eter-no no paraso ou no inferno

    No ressusci-tou, porque no morreu

    Coro e Hadith. A B-blia aceita, mas con-siderada corrompida

    Judasmo

    Deus (o Eterno), atravs de Abrao, formou o povo esco-lhido

    O Eterno o nico Deus

    O Eterno, cha-mado de Jeov ou Iav

    Simples judeu Obedincia Lei e aos Mandamentos Negam Tanach (o Velho Tes-tamento), dividido em Lei, Profetas e Escritos

    Umbanda Soluo de pro-blemas imediatos com a ajuda dos espritos

    Zambi nico, onipotente, irre-presentvel, adorado sob vrios nomes

    Oxal novo Prtica de caridade material e espiritual como meio de evoluo crmica

    Tradio oral

    Candombl

    Primeiro templo er-guidona Bahia, na primeira metade do sculo XIX

    Dana religiosa de origem africa-na atravs da qual as pessoas homenageiam seus orixs

    Olodumar, cria-dor de todas as coisas, eterno e todo-poderoso

    Ao morrer o candom-blecista vai para o O-rum( nove cus sob o comando de Ians)

    Tradio oral

    Atesmo

    A evoluo um fato cientfico, portanto tica e moral so relati-vas

    No h Deus ou diabo, uma vez que no podem ser provados cientificamente

    Jesus foi um mero homem No h vida aps a morte

    No h ressur-reio, pois no existem mila-gres

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    6 - ESTUDO SISTMICO DE CADA SEITA

    6.1 - A IGREJA E O CANDOMBL

    O namoro do catolicismo com o Candombl, na Bahia, um fato inegvel. H perodos em que essa aproximao est maior, mais prxima de uma festa nupcial. De quando em vez, uma ruptura, uma desenlace, um desentendimento, tudo dependendo do grau de liberalismo do bispo local.

    Tenho as minhas dvidas se a maioria do povo catlico aceita de bom grado esse conchavo. Seria um bom motivo para se fazer uma pesquisa de opinio, neste Brasil to carente de estatsticas.

    A verdade que uma das razes de alguns ou de muitos concordarem com essa tolerncia religiosa o desconhecimento do real significado do Candombl. Primeiramente, devemos saber que o Candombl, Umbanda, Quimbanda (para ficarmos s nestes) so prticas esp-ritas, e como tal condenadas por Deus.

    A autoridade suprema no Candombl - festa religiosa de origem africana, dos iorubas, povo africano do sudoeste da Nigria o Babalorix, pai-de-santo, bab ou babala. Ele o mestre, guia e chefe de um terreiro, encarregado de dirigir o culto aos Orixs, Mas quem so os Orixs? Que so essas entidades a quem os candomblecistas prestam culto e adoram? Vejamos alguns conceitos extrados da Enciclopdia BARSA, 1977.

    a) "A liturgia do candombl reverencia a memria dos orixs, praticada por aqueles que se acreditam seus descendentes, como forma de trazer seus espritos de volta ao convvio dos vivos pela reencarnao durante o culto. O nome orix se aplica s divindades trazidas ao Brasil pelos negros escravizados da frica ocidental. Entre os escravos, orix foi traduzido por santo, em analogia com os santos catlicos, expediente destinado a proteger o culto contra a intolerncia oficial. As cerimnias de invocao aos orixs se realizam nos terrei-ros".

    b) "Cada orix reverenciado com suas cores, insgnias e comidas caractersticas, danas e gritos de saudao. Algumas das principais entidades dos cultos afro-brasileiros so: Ogum, irmo Obalui e de Oxssi, a divindade dos que trabalham ou utilizam o ferro. Manifesta-se como um guerreiro que dana com a espada. Seu dia da semana tera-feira, e suas contas so azul-escuras. Recebe sacrifcios de bodes e galos e gosta de inhame assado com azeite. sincretizado com santo Antnio, na Bahia, e com so Jorge, no Rio de Janei-ro. Seu grito de saudao "Ogum i!".

    c) "Oxssi o deus dos caadores, muito popular na Bahia. Recebe sacrifcios de porcos e bodes. Sua comida axox (milho branco cozido com lascas de coco). Corresponde na Ba-hia a so Jorge e no Rio de Janeiro a so Sebastio. Seu grito de saudao "Ok ar!"

    d) "Omolu, ou Obaluai, a divindade das doenas contagiosas. Recebe sacrifcios de bo-des e porcos. Gosta de pipoca e aberm (massa de milho branco assado em folhas de ba-naneira). Identifica-se com so Lzaro e so Roque. Sua saudao "Atot!".

    e) "Oxumar a cobra e o arco-ris, e simboliza a riqueza e o dinamismo dos movimentos. sincretizado em so Bartolomeu. Recebe homenagens especiais no dia 24 de agosto, o seu

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    dia. Usa colares de bzios enfiados em forma de escamas de cobra, e come guguru (mistura de feijo fradinho com milho, cebola, azeite e camaro) e caruru sem caroos de quiabo. Recebe sacrifcios de galos. Quando dana, leva na mo uma cobra de ferro. Sua saudao "A boboi!".

    f) "Iemanj a divindade associada gua salgada no Brasil, mas na frica apenas ao rio Ogum (que no tem nenhuma relao com o orix Ogum). a me dos outros orixs. Ge-ralmente representada sob a forma de sereia: cabea, tronco e busto femininos e apndice caudal de peixe. Sincretizada com Nossa Senhora da Conceio, das Candeias, do Carmo ou da Piedade, recebe oferendas rituais levadas ao mar por embarcaes. Seus alimentos sagrados so o pombo, a canjica, o galo e o bode castrado, e o seu dia da semana saba-do. Dana vestida de azul, imitando o movimento das ondas do mar. Festejada na Bahia em 2 de fevereiro, e em 31 de dezembro, no Rio de Janeiro. Sua saudao "Od-i!".

    g) "Xang a divindade que domina troves, raios e tempestades, simbolizada por macha-dos de pedra num alguidar de madeira. sincretizado em so Jernimo. Recebe sacrifcios de carneiros, galos e cgados. Come amal (quiabo com camaro ou carne) e begiri (quiabo com azeite, camaro, inhame, sal e cebola). A saudao que se dirige a ele "Kaw kabieci-l!".

    h) "Ians, uma das esposas de Xang, o orix dos ventos e das tempestades. sincreti-zada com santa Brbara. Recebe sacrifcios de cabras, dana com mmica guerreira, e co-me acaraj. Sua saudao "Epa hei!".

    i) "Oxum, tambm mulher de xang, representa na Bahia a gua doce. sincretizada com Nossa Senhora das Candeias. Come mulucu (feijo fradinho com cebola, sal e camaro) e adum (fub de milho com mel e aceite). Sua dana faceira, mas ocasionalmente tambm belicosa saudada com o grito "Ora Ii !".

    j) "Ob, a mais velha das trs mulheres de Xang, a divindade ligada ao rio Ob, na Nig-ria. Raramente aparece no candombl, mas quando o faz quase sempre briga com sua rival Oxum. Come cabra e galinha d'angola".

    k) "Oxal, ou Obatal, a divindade que preside a procriao. Aceita sacrifcios de pombas, cabras e galinhas. saudada com o grito "pa-bab" e sincretizado na Bahia, com o Senhor do Bonfim".

    l) "Er um orix filho de Xang. Manifesta-se por meio de linguagem infantil e se comporta como criana".

    Como se v, Candombl nada tem a ver com Cristianismo. O deus-orix, de mltiplas faces e nomes, no o nosso Deus. A alegao de que Deus est em toda parte, todos so filhos de Deus, que Deus ama a todos, e por isso devemos nos aproximar dos cultos afro-brasileiros, , no mnimo, ingnua. Todavia, no acredito que o namoro do Catolicismo com o Candombl d em casamento. A deciso de abraar, acolher, acomodar o Candombl dentro dos templos catlicos seria um tremendo desacerto.

    O Candombl lida com demnios; a finalidade de seus rituais agradar aos orixs com ofe-rendas e sacrifcios; as saudaes so dirigidas aos demnios; os cnticos expressam ho-menagens aos demnios; nos rituais de iniciao as filhas-de-santo so obrigadas a beber sangue podre; a entregar seus corpos para serem possudos pelos demnios; a obedecer cegamente ao pai-de-santo, etc. E mais: nas festas do Candombl todas as filhas-de-santo recebem (incorporam, ficam possudas) seus respectivos espritos-guias. Este no o lugar

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    apropriado para um filho de Deus, um crente em Jesus, um cristo verdadeiro. Candombl e Cristianismo so irreconciliveis.

    Os espritas devem ser amados e evangelizados. Mas para isso no precisamos tocar seus atabaques, comer suas iguarias contaminadas e cantar seus hinos satnicos. No precisa-mos ir aos quintos dos infernos para evangelizar a Satans. No existe e nunca existir con-ciliao entre as trevas e a luz: "Que sociedade tem a justia com a injustia? E que comu-nho tem a luz com as trevas? E que consenso tem o templo de Deus com os dolos? Pelo que sa do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e no toqueis nada imundo, e eu vos receberei; e eu serei para vs Pai, e vs sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-poderoso" (2 Corntios 6.14-18).

    Uma coisa certa: a Igreja do Senhor Jesus, assim entendido o Corpo de Cristo, no come, nunca comeu e jamais comer das mos dos Orixs, do Exu, do Pomba-gira, do Preto-Velho, de Iemanj ou de qualquer demnio. Jamais nos alegraremos com os cnticos de louvor a Satans; nossos templos estaro sempre fechados a qualquer prtica esprita, seja do Candombl, da Umbanda ou Quimbanda. Mas estaremos sempre de braos abertos para receber homens e mulheres oriundos de qualquer seita, para lhes dizer que s em Jesus Cristo h salvao, "porque em nenhum outro h salvao, porque tambm debaixo do cu nenhum outro nome h, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos" (Atos 4.12).

    A Igreja se manter distante dessas prticas satnicas. No s distante mas sempre pronta para combat-las com a espada do Esprito, que a Palavra de Deus.

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    6.2 - CATOLICISMO ROMANO

    A igreja antes e depois do Sculo IV O Vaticano no igreja, mas sim um organismo poltico-religioso que arrogando certas prer-rogativas se interpe entre Deus e os Catlicos, conservando-os sob sujeio; certos telo-gos vem no Vaticano "O esprito do imprio romano com roupagens do cristianismo."

    Em sucessivos conclios depois do sculo IV, os papas sancionaram muitos dogmas desco-nhecidos pelos Cristos dos primeiros 500 anos e estranhos ao Novo Testamento. A Igreja primitiva desconhecia at ento a Transubstanciao, o Purgatrio, o Celibato, a Infabilidade papal, o Culto Maria, a Venerao de imagens, o uso da gua benta, velas, etc.

    Viveram nos 4 primeiros sculos milhes de Cristos, entre eles homens venerveis conhe-cidos como "pais da igreja". Anote as datas em que viveram alguns deles Lino viveu no ano 65 Cleto no ano 69 Clemente no ano 95 Justino no ano 100 Santo Incio no ano 110 Higino no ano 139 Papas no ano 140 Policarpo no ano 155 Santo Irineo viveu no ano 180 Orgenes no ano 220 Urbano no ano 223 So Cipriano no ano 247 So Vicente viveu por volta do ano 310 So Silvestre no ano 314 So Joo Crisstimo no ano 250 Santo Anto ano 356 So Jernimo, tradutor da Bblia viveu no ano 340 So Genaro e So Sebastio ano 384 Ambrsio no ano 397 Santo Agostinho, bispo de Hipona, viveu no ano 420, etc. Agora anote as datas nas quais alguns dogmas foram introduzidos na igreja Ano 431, a igreja comea a cultuar Maria, me de Jesus. Ano 503, decretam a existncia do purgatrio Ano 1476, comearam a cobrar "Missas de inteno" Ano 783, iniciam a venerao de imagens (idolatria) Ano 933, a igreja institui a "Canonizao" Ano 1074, institudo o Celibato Ano 1190, comeam a conceder perdo e favores espirituais por dinheiro Ano 1208, comearam na missa, a "levantar" a hstia para ser adorada Ano 1414, o vinho na Ceia do Senhor comeou a ser negada aos fiis Ano 1215, o papa Inocncio III, por decreto instituiu a Transubstanciao Ano 1870 declaram o papa infalvel Ano 1854, impenm o dogma da imaculada conceio de Maria Ano 1950, impem o dogma sobre a Assuno de Maria

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    Essas inovaes foram introduzidas, como se observa, depois do sculo IV quando aquelas pessoas, pais da igreja, que souberam guardar a f, j no existiam.

    Verifica-se que a Igreja Catlica no legtima quando relacionada com o Novo Testamento e com a f dos primeiros Cristos.

    O Vaticano e a igreja para serem honestos deveriam informar, inclusive nos calendrios, que os cristos primitivos que festejam, no foram Catlicos romanos, pois nada souberam do festival de dogmas que foram criados se aqueles homens vivessem hoje, fariam outra op-o religiosa, jamais o Catolicismo Romano.

    Sola Scriptura, Sola Gratia, Sola Fide, Soli Deo Gloria, Solus Christus Desconhecido

    Catolicismo romano A Bblia Sagrada e auto-explicativa; alias a regra fundamental da Hermenutica (interpreta-o) e que ela seja seu prprio interprete, entretanto, para compreendermos certas coisas ou fortalecer nossa f em Jesus Cristo atravs dos seus ensinos, necessitamos recorrer a Historia extra-biblica, por exemplo: Nos primeiros sculos da nossa era, havia uma nica comunidade crista. Ora, Jesus havia dito: "Onde estiverem dois ou trs reunidos em meu nome, estarei no meio deles..." "Eis que estarei convosco, todos os dias ate a consumao dos sculos". Mt 18,20 ; 28,20 Origem do papado e do Vaticano O cristianismo teve continuidade com bispos, pastores, presbteros e evangelistas como Li-no, viveu no ano 65; Cleto em 69; Clemente em 95; Justino em 100; Policarpo, ano 155; Ig-ncio, ano 110; Irineu, por volta do ano 180; Papias, ano 140; Cipriano, bispo de Cartago, ano 247; Joo Crisostomo, famoso cristo, ano 350 e outros. Entre eles no havia maior ou menor, embora Tertuliano, advogado cristo, tenha acusado o bispo Calixto de "querer ser o bispo dos bispos" (ano 208). O Catolicismo romano comeou a tomar forma no ano 325 quando o imperador romano Constantino, "convertido" ao cristianismo, convocou o primeiro concilio das igrejas que foi dirigido por Hosia Cordova com 318 bispos presentes; esses bispos eram cristos; ainda no havia Catolicismo romano. Constantino construiu a IGREJA DO SALVADOR num bairro nobre de Roma, chamado Vaticanus. Os bispos (papas) de ento construram vrios pal-cios ao redor da "igreja" formando o Vaticano que hoje existe. A Igreja recebeu o nome de "Catlica" somente no ano 381 no concilio de Constantinopla com o decreto "CUNCTUS POPULOS" dirigido pelo imperador romano Teodosio. Devido as alteraes que fez deixou de ser apostlica e no sabemos como pode ser Romana e Uni-versal ao mesmo tempo. (Hist. Ecles.; Rivaux; Tom. 1; pg. 47). Ate o sculo V no houve "papa" como conhecemos hoje. Esse tratamento terno comeou a ser aplicado a TODOS os bispos a partir do ano 304. (Cincia e Religio; Cnego Salin; Tom. 2; pg. 56). Naqueles tempos ningum supunha que "S. Pedro foi papa"; fora casado e teve ambies temporais. Depois dos apstolos, os lideres do Cristianismo foram os bispos, os pastores e os evangelistas. A idia de que uma relao de "papas" surgiu a partir de S. Pedro e falsa; foi forjada para hiper-valorizar os de ento. Depois do ano 400 as Igrejas viram-se dominadas por cinco "patriarcas" que foram os bispos de Antioquia, de Alexandria, de Jerusalm, de Constantinopla e de Roma, "tero" que gerou o papado. As Igrejas que eram livres comearam a perder autonomia com o papa Inocncio I, ano 401, que dizendo-se "governante das igrejas de Deus exigia que todas as controvr-sias fossem levadas a ele! "

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    O papa Leo I, ano 440, e mencionado pelos historiadores como o primeiro Papa. Procurou impor respeito prescrevendo que "RESISTIR SUA AUTORIDADE SERIA IR DIRETO PARA O INFERNO". Nessa situao confusa, houve porfia entre o bispo de Constantinopla com e de Roma sobre a liderana do Cristianismo, quando interveio o Concilio de Calcednia, ano 451, que concedeu "direitos iguais a ambos". O papado como o conhecemos, hoje, desen-volveu-se gradativamente sustentado, a principio, pelo Imprio Romano; e intruso no Cristia-nismo e no se enquadra na bblia, mas e identificado nas Sagradas Escrituras como "Ponte Pequena" (Daniel 7,8). O Estado territorial do Vaticano teve origem com o papa Estevo II, anos 741-752 que insti-gou Pepino, o Breve e seu Exercito a conquistar territrios da Itlia e doa-los a Igreja. Carlos Magno, pai de Pepino confirmou a doao no ano 774 elevando o Catolicismo a posio de poder mundial, surgindo o "SANTO imprio ROMANO sob a autoridade do Papa-Rei; esse imprio durou 1100 anos. Carlos Magno j velho e arrependido por doar territrios aos pa-pas, agonizando sofria horrveis pesadelos e lastimava-se assim: "Como me justificar diante de Deus pelas guerras que iro devastar a itlia, pois os papas so ambiciosos, eis porque se me apresentam imagens horrveis e monstruosas que me apavoram; devo merecer de Deus um severo castigo". (Pillati, Ed. Thompessom, Tom. III, pg. 64. Londres 1876). O Papa Nicolau I, anos 858-867, foi o primeiro a usar coroa! Serviu-se com muito efeito de documentos esprios conhecidos como "PSEUDAS DECRETAIS DE ISIDORO", que surgi-ram no ano 857. Essas falsas "decretais" eram pretenses dos bispos dos sculos I e II que "exaltavam o poder dos papas!" foram invenes corruptas e premeditadas cuja falsidade foi descoberta depois da morte desse papa; havia mentido que "tais documentos estiveram por sculos sob guarda da Igreja". As "Pseudas decretais de Isidoro" selaram a pretenso do clero medieval com o sinete da "antiguidade" e o papado que era recente tornou-se coisa "antiga". Foi o MAIOR EMBUSTE DA HISTORIA; esses falsos documentos fortaleceram os papas e AN-TECIPOU EM 5 sculos o poder temporal deles e serviu de base para as leis cannicas da igreja catlica. Esse embuste ajudou o papa Gregrio VII, 1073-1085 a decretar o "DIREITO EXCLUSIVO DE GOVERNAR A IGREJA". (Pochet bblia Handbook pg. 685). Em 1304-1305 o rei Filipe IV, da Franca enfrentou o papa! Devido as perseguies religiosas da igreja e por cobrarem altos tributos dos franceses, o Rei mandou um emissrio a Roma prender o pontfice e humilhou o papado ate o cho. Conduzidos para Avinhao, na Franca, foram tratados como meros instrumentos da Corte francesa de 1305 a 1377. Nesse perodo o Catolicismo teve dois papas, ambos "infalveis"; um em Avinhao, na Franca e outro em Roma, proferindo maldies um contra o outro! Com o papa gregrio IX, ano 1377, a sede da Igreja voltou a ser unificada no Vaticano e no sculo XV demoliram a IGREJA DO SALVADOR construindo em seu lugar a Baslica de S. Pedro. Posteriormente, os papas envolveram-se em guerras que resultou na priso do papa Pio VII, no ano 1798 por Napoleo Bonaparte. No ano 1870 o papa Pio IX governava Roma com 10 mil soldados franceses quando a Fran-ca retirou suas tropas. Victor Emanuelli invadiu a cidade, arrebatando Roma das mos dos papas. Humilhados, perderam Roma e tornaram-se sditos do governo italiano. Ate 1929 o papado esteve confinado no Vaticano; nesse ano, Pio XI e Mussolini assinaram o Tratado de Latro legalizando esse pequeno Estado politico-religioso que e controlado pela "Cria ro-mana e governado por 18 velhos cardeais italianos que por sua vez controlam a carreira dos bispos e monsenhores". O papa fica fora dessa pirmide. ( Estado, 20.03.82). O Papado e uma instituio italiana que surgiu das runas do extinto imprio Romano; so-breviveu fazendo astutas alianas polticas como no caso dos francos e de Carlos Magno; sobreviveu pela fraude como no caso das "Falsas Decretais de Isidoro"; sobreviveu servin-do-se dos exrcitos dos reis subservientes e tambm derramando sangue na inquisio. Muitos papas foram bons homens. A igreja dos primeiros sculos abrigou muitos santos que

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    no entanto, viveram fora da influencia do Vaticano; entendiam que os tais "vigrios de Cristo" eram bem menos santos que aparentavam... Atualmente a "igreja" esta envolvida na "opo pelos pobres" procurando distribuir a riqueza dos outros sem tocar nas suas... Com essa opo procuram atrair as massas que perderam. O mesmo desespero sofrem na itlia "onde apenas 25% dos catlicos so praticantes, com-parando-se com 41% em 1968". (Estado, 07.04.88). Se os papas no conseguem manter a f catlica na itlia, Sede da igreja e bero do papado, como esperam realizar isso viajando por outros paises? Distanciam-se de Cristo, eriando as classes sociais umas contra as ou-tras e deixam ver que substituram a mensagem eterna pelas temporais. Rendas da Igreja e do Vaticano Sem sustento nenhum, por estarem desacreditados, os papas e a igreja sancionaram o ble-fe, canalizando para seus cofres quantias fabulosas, negociando cargos eclesisticos e po-sies que valiam fortunas. Cobravam para "canonizar um santo" naqueles tempos, 23 mil ducados; hoje, milhes! Vendiam relquias e "pedacinhos da Cruz de Cristo" ; negociam o perdo de pecados mediante indulgncias e amedrontavam os "fieis" com o fogo do Purga-trio que criaram prometendo com "missas" pagas, aliviar essa situao! Desconhecendo a bblia e o amor de Deus, milhes acabavam aceitando esses expedientes matreiros do Cato-licismo Romano. O dominicano joo Tetzel tornou-se famosos vendendo documentos de indulgncias da "I-greja"; negociava uma que "dava o direito antecipado de pecar"! Vendia uma outra por alto preo que garantia: "AINDA QUE TENHAS VIOLADO MARIA, ME DE DEUS, DESCERAS PARA CASA PERDOADO E CERTO DO PARASO"! O Papa leo X, ano 1518, continuou com o blefe; necessitando restaurar a igreja de S. Pe-dro que se rachava, utilizou cofres com dizeres absurdos tais como: AO SOM DE CADA MOEDA QUE CAI NESTE COFRE, UMA ALMA DESPREGA DO purgatrio E VOA PARA O paraso" (Hist. Literatura Inglesa por Tayne; vol II; pg. 35) O purgatrio o nervo exposto da Igreja; no quer que toque! O escritor Cesare Cantu regis-trou que o purgatrio e a "galinha dos ovos de ouro da igreja" e o ex-padre Dr. Humberto Rodhen disse que com este e outros expedientes a igreja catlica recolhe por dia em todo o mundo 500 milhes de dlares. Esse lugar de tormento tornou-se comercio espiritual a partir do ano 1476 com o papa Sixto IV; o Catolicismo e a nica instituio que "negocia com as almas dos homens" (Ap 18.13). Com esse dogma peca duas vezes e cria problemas de conscincia para os padres: primeiro por oficializar uma inverdade; segundo por receber di-nheiro em nome dela. Nunca informam quando as almas deixam esse lugar de tormento; celebram missas indefinidamente por uma pessoa falecida sempre que um simplrio pagar. O confessionrio cujo interrogatrio "devassa os lares" serve para vrios fins; em Portugal e na Espanha usavam-no para descobrirem e informarem as autoridades o pensamento polti-co dos generais, confessando suas esposas! Nessas "confisses" conseguem legados e doaes de beatos e vivas chorosas que buscando "absolvio" podem ser aliciados entre-gando terras e propriedades. "A igreja, no Brasil, tem um vultoso patrimnio imobilirio". (Estado 25.02.80). S. Bernardo, doutor da igreja e canonizado, dizia: O clero se diz pastores, mas o que so e roubadores; no satisfeitos com a l das ovelhas, bebem seu sangue! (Roma, a igreja e o Anti-Cristo, pg. 178). Influncia do Estado do Vaticano A influencia do Estado do Vaticano e dos papas vem diminuindo dentro e fora. O Geral dos Minoristas, joo del Parma, canonizado, registrou que "A cria Romana esta entregue a charlatanearia, ao embuste e ao engano sem dar ateno as almas que se perdem!" (Salim-bene, Vita del Parma, pg. 169). Vazios espiritualmente, o clero recorre ao artificialismo para conservar o povo ao seu redor. Tudo no Catolicismo e muito colorido. Se o papa celebrasse as cerimnias civicamente tra-jado como os pastores das igrejas cristas, reduziriam em 70% os curiosos; por essa razo a

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    indumentria deles e de espantar! Conforme o cerimonial, o papa apresenta-se com a Casu-la, a Mitra, o Bculo, a Estola, a Meseta, a Batina, o Manto, o Palio, a Roqueta, a Faixa, o Solide-o, a Coroa, a Tiara, o Escapulrio, as Luvas de seda e os Sapatos de Pelica vermelha, tudo muito colorido e atraente! O Papa joo Paulo II acrescentou mais uma peca na sua indumen-tria: "colete a prova de bala". Comprou dois deles na empresa americana Armoured Body (Jornal de Milo II Giorno). "A maioria catlica" mencionada pelo clero para humilhar as Igrejas Cristas, encontra-se, na verdade, nos paises subdesenvolvidos e mal alfabetizados. Essas naes devem cobrar do Catolicismo Romano que abraaram a ma situao em que se encontram. Por sculos a igreja no alfabetizou j de ma f, objetivando explorar massas humanas com crendices; impediram povos de examinarem a bblia, fonte de progresso e liberdade. Quando o clero menciona "religies minoritrias" esquece milhes de cristos exterminados pelos papas, retardando sua multiplicao. Vaticano em seus conclios altera a doutrina crist Dogmas criados pela igreja catlica so to indiscutveis entre eles que ate impedem padres a raciocinar e decidir entre o certo e o errado. Muitos baseados em lendas e suposies; outros, impregnados de crendices que rebaixam o nvel do Cristianismo; quase todos com fins lucrativos, outros conferem ao clero certa autoridade e influencia ate que a sociedade fique esclarecida.

    Algumas alteraes estranhas as Sagradas Escrituras:

    Ano 304 d.C.: Os Bispos comearam a ser chamados de papa. Ano 310 d.C.: Introduzidas oraes pelos mortos. Ano 320 d.C.: comearam a acender velas. Ano 325 d.C.: Constantino celebra o primeiro concilio das igrejas. Ano 375 d.C.: Adorao de "santos" (dolos). Ano 381 d.C.: A Igreja crista recebe o nome de catlica. Ano 394 d.C.: Culto cristo e substitudo pela missa. Ano 416 d.C.: comearam a batizar crianas recm-nascida. Ano 431-432 d.C.: Institudo culto a virgem Maria, me de Jesus. Ano 503 d.C.: Comea a existir o purgatrio. Em 593 d.C.: Foi introduzida sua doutrina. Ano 606 d.C.: Supremacia papal. Ano 709 d.C.: Costume de beijar o pe do papa. Ano 787-788 d.C.: adorao/culto as imagens de escultura. Ano 830-840 d.C.: A Igreja comea a utilizar ramos e a tal "gua benta". Ano 933-993 d.C.: Instituda a canonizao de "santos". Ano 1074 d.C.: instituio do Celibato. Ano 1090 d.C.: Introduzido o tero. Ano 1140 d.C.: Sete sacramentos. Ano 1184 d.C.: inquisio. Efetivada posteriormente. Ano 1190 d.C.: instituda a venda de indulgncias. Ano 1200 d.C.: A Ceia do Senhor e substituda pela hstia. Ano 1215 d.C.: instituda a Transubstanciao. Ano 1216 d.C.: instituda a Confisso. Ano 1316 d.C.: Introduzida a Ave Maria. Ano 1415 d.C.: O clice que era da Santa Ceia ficou s para o clero. Ano 1439 d.C.: Decretado o purgatrio. Ano 1546 d.C.: Introduzidos livros apcrifos na bblia. (Tobias, judith, Sabedoria, Macabeus I/II, Eclesistico e Baruque).

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    Ano 1854 d.C.: Anunciada conceio imaculada da virgem Maria. Ano 1950 d.C.: Ascenso da virgem Maria.

    A palavra "protestante" apareceu quando Clemente VII, 1529, tentou impedir que o Evange-lho fosse pregado em alguns estados da Alemanha. Os cristos no catlicos fizeram um protesto contra essa pretenso do papa e receberam o nome de protestantes, aplicado, hoje a todos os evanglicos. A Igreja depois do sculo IV No ano 933, quando instituda a "canonizao", essa distino da igreja tem concedida in-clusive por ato de bravura, como matar protestantes e maons. Anchieta, por exemplo, em 9 de fevereiro de 1558 na Baia de Guanabara ajudou os ndios a enforcarem o holands pro-testante Jacques Le Balleur e afogarem seus companheiros na mar. A transubstanciao (hipottica transformao do po e vinho no corpo e sangue de Cristo) foi proclamada pelo papa inocncio III, ano 1215. Os cristos resistiram, mas foram derrota-dos em 1551 por um decreto papal. Confronto Bblia - Catolicismo Romano Nos primeiros sculos a Igreja lutou contra os conclios dos papas, mantendo as doutrinas Cristas originais. so Cipriano, bispo de Cartago (249-258), alertava: "no recebe opinio diferente das sagradas Escrituras, seja de quem for!" so Jernimo (340-420) dizia o mes-mo: "Se estiver escrito recebemo-lo, se no estiver escrito no receberemos, o que eles a-presentam como tradio a Palavra de Deus o vergasta!" (Veja Adv. Creseon, pg. 40 e In. Agg. Proph. Cap. 1, n.2) 1-adorao: bblia: "s a Deus adoraras e s a Ele serviras" ... "em esprito e em verdade"... Catolicismo Romano:as imagens tem prioridade por serem os "esteios" da igreja. No ros-rio ha 166 contas, sendo 150 para as "Ave Maria" e apenas 16 para os "Padre Nosso". 2-MEDIAO: bblia: "s ha um Deus e um mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo" e Pedro con-firmou: "debaixo do cu no ha outro nome pelo qual devamos ser salvos"... (ITm 2.5 e At 4.12) Catolicismo Romano:Maria, me de Jesus e tido como "Medianeira" e ate bispos e padres se fazem de mediadores e perdoadores de pecados como se fosse possvel substituir Cristo. Agem como impostores. 3-ETERNIDADE E SALVAO bblia: "Quem crer e for batizado salvo". "Cr no Senhor Jesus Cristo e ser salvo tu e tua casa"...outros... (Mc 16, 15-16 e Atos 16, 31) Catolicismo Romano:Apesar daquelas palavras de Jesus, Dom Helder Cmara entrevista-do pela revista Veja n. 867, disse que "no tinha certeza de sua prpria salvao". Se um bispo esta nessa situao espiritual, que dizer de um catlico comum? Bispos e Padres, quando faleceu Tancredo Neves proclamaram que "Os anjos levaram a alma de Tancredo Neves para os braos de Deus". Uma semana depois a igreja deu marcha-a-r ordenando missas a favor da alma de Tancredo nas "chamas do purgatrio"!

    4-PURGATRIO E LIMBO: so lugares intermedirios para onde vo as almas. Esses lugares no existem, mas rendem lucros para a igreja catlica; ela no abre mo! Nesse aspecto a igreja foi "hbil" dizendo que no purgatrio "os mortos se comunicam com os vivos atravs das missas". O Limbo, dizem, abriga as almas das crianas que morrem sem batismo, todavia podem receber almas especiais que no vo aquele tormento! Nos Evangelhos no constam nada dessas crendices. Os que se aprofundam no estudo das Escrituras descobrem que o catolicismo Romano e descrito na bblia, de maneira figurada como "Uma mulher embriagada com o sangue dos

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    santos e das testemunhas de Jesus", devido as perseguies e a inquisio cometidas con-tra os cristos no catlicos. Ap 18 A estrapada A Estrapada foi um instrumento de suplicio que a igreja catlica usou nos tempos da inquisi-o (500 anos) e tirou a vida de milhares de pessoas inocentes. Cardeais e bispos presenci-avam o espetculo; a ocasio era importante, iam queimar 6 cristos Luteranos; os mais corajosos tiveram suas lnguas cortadas para no sensibilizarem os carrascos com suas o-raes ou citaes bblicas. Joo Huss, Reitor da universidade de Praga, Boemia, pregou contra o culto as imagens e mostrou que na bblia no havia purgatrio; por isso foi queimado vivo em praa publica. Por denunciar suas imoralidades (pai de muitos filhos ilegtimos), o papa Alexandre VI (1492-1503), considerado o mais devasso de todos (amante da prpria filha, Lucrecia Borgia) mandou enforcar o grande orador cristo, jernimo Savonarola. John Wicliff, queimado e muitos outros. A Reforma veio em 1517 ao "tocar" da trombeta do Monge Martinho Luthero. vrios paises se ergueram como gigantes! Luthero relacionou a bblia com Catolicismo e ficou perplexo; disse ao Papa: "Raciocinemos sobre isto!" e o Papa respondeu: "Submete-te ou morreras queimado!" BIBLIOGRAFIA

    1)O ESTADO DO VATICANO (Documentrio) 11o edio ilustrada- Pr. Lauro de Barros Campos 2) ABECARENSE No 38, julho/98, Moji das Cruzes, S.P. Ano XI

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    O apstolo Pedro foi Papa? Dentro do sistema catlico-romano, Pedro considerado mais do que apstolo e servo de Jesus Cristo; ele designado como "representante de Cristo na terra, fundamento da sua Igreja... o pastor universal de todos em nome de Cristo" (John Francis Noll e Lester J. Fallon, Father Smith Ins-tructs Jackson, St. Louis, 1949, pgs. 48, 49), o primeiro na linha-gem dos papas da Igreja Catlica Romana. Este dogma oficialmente definido como segue: "A ctedra apostlica e o pontfice romano mantm supremacia sobre o mundo todo; o pontfice romano o sucessor de Pedro, o prncipe dos apstolos, verdadeiro vig-rio de Cristo, e cabea da igreja; ele o pai e mestre de todos os cristos; e, em Pe-dro, lhe outorgado poder integral, por nosso Senhor Jesus Cristo, para nutrir, dirigir e governar a igreja universal, em conformi-dade com o que se acha contido nos atos dos conclios gerais e nos santos cnones" (Conclio de Florena, Sess. X). definio da autoridade papal sobre a igreja, o Conclio Vaticano de 1870 adicionou a se-guinte condenao: "Se algum disser que Pedro no foi ordenado prncipe de toda a Igreja Militante, ou afirmar que ele recebeu diretamente de nosso Senhor Jesus Cristo somente uma supremacia de honra e no de jurisdio real e verdadeira, seja ante-ma". Vejamos agora os principais argumentos e textos bblicos apresentados por catlicos em sua tentativa de provar que Pedro foi o primeiro papa, o cabea e fundamento da igreja. 1. Pedro a pedra sobre a qual a igreja edificada "Tambm te digo que tu s Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno no prevalecero contra ela" (Mateus 16:18). A importncia dessa passagem como prova de ser Pedro o fundador da igreja, manifesta-se para os catlicos no fato de estar ela (tambm 21:15) inscrita em enormes letras no interior da cpula da catedral de So Pedro em Roma, de maneira que possa ser lida do pavimento inferior. Este texto considerado pelos catlicos como a carta-magna do papado. O que Cristo quis dizer com as palavras: sobre esta pedra edificarei a minha igreja"? A interpretao catlica romana que "esta pedra" se refere a Pedro, por ser "papa" a tradu-o literal, do seu nome. Mas, se Cristo desejasse afirmar que Pedro seria a pedra funda-mental da igreja, Ele teria empregado linguagem simples, comum, literal, assim como: "Tu s Pedro e sobre ti edificarei a minha igreja." O fato do ponto de vista catlico sobre esta passagem estar errado, evidencia-se pela au-sncia das palavras "tu s Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja" em Mar-cos 8:29 e Lucas 9:20, passagens paralelas de Mateus 16:18. Nesses versculos, Jesus pergunta: "Mas vs quem dizeis que eu sou?", e Pedro respon-de: "Tu s o Cristo" (Marcos) ou "O Cristo de Deus" (Lucas). Com a resposta de Pedro o assunto em discusso fica encerrado. Se o dogma da superioridade de Pedro verdadeiro e de tamanha importncia, como a Igre-ja Catlica ensina, no parece praticamente inconcebvel que os registros de Marcos e de Lucas nada tenham a dizer sobre isso? Os catlicos alegam que a narrao de Marcos no faz referncia a Pedro, como sendo "a pedra", porque foi baseada em informao prestada por Pedro, e que por modstia Pedro omitiu qualquer referncia a si mesmo como funda-mento da igreja. Se tal concluso fosse verdadeira, seramos forados a crer que a modstia de Pedro ao guardar silncio sobre assunto de tanta importncia indicaria que ele mesmo no tinha em to grande conceito o cargo que lhe fora supostamente conferido. E, por que silenciaria Lucas a respeito do assunto? "No incrvel que Lucas ignorasse uma declarao to importante: o estabelecimento de um monarca na igreja de Deus e soberano do colgio apostlico"? (Issac Barrow, Works, 6.51.) Um exame da linguagem de Mateus 16:18 destri a interpretao de que Pedro "a pedra". O nome "Pedro no grego est no gnero masculino, Petros, e significa Pedra Pequena. A palavra "pedra" do gnero feminino - Petra. Jesus no disse que edificaria sua igreja sobre Pedro, Petros, pequena pedra, mas sim sobre Petra, uma rocha. Os catlicos refutam es-

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    sa distino do uso de petros e petra, sustentando que ao falar Jesus empregou o idioma aramaico, no qual Pedro e pedra grande ou rocha so a mesma coisa (Kepha), no haven-do diferena de gnero nessa lngua. Contudo, no h prova alguma de que Mateus tenha escrito seu evangelho exclusivamente em aramaico, se que o fez. E, desde que no temos nenhum manuscrito original escrito diretamente por Mateus, mas sim diversos textos antigos em grego, podemos muito bem supor que ele tenha escrito em gre-go. E, em todos esses textos gregos, Mateus 16:18 emprega os termos, petro e petra, os quais temos a certeza de que do o verdadeiro sentido das palavras originais pronunciadas por Jesus. O que , portanto a rocha, "a pedra" ou fundamento sobre o qual a igreja construda de acordo com Mateus 16:18? No se trata da pequena pedra, "petros" ou Pedro, mas da rocha slida, da "petra", a grande verdade expressa na confisso de Pedro: "Tu s o Cristo, o filho do Deus vivo" (Mateus 16:16). As escrituras fornecem evidncias abundantes para esta concluso: "Porque ningum pode lanar outro fundamento, alm do que foi posto, o qual Jesus Cristo (1 Corintios 3:11). "...bebiam de uma pedra espiritual que os seguia. E a pedra era Cristo" (1 Corntios 10:4). Em seu comentrio sobre Mateus 16:18, Elliott a-presenta a seguinte e significativa explanao: "A palavra grega petros ou Pedro, no indica uma grande pe-dra ou rocha, apesar de estar ligada de certa maneira a PETRA, uma rocha, pois quer dizer, pedra ou pequeno pedao de rocha. Compreende-se ento que o VERDADEIRO FUNDAMENTO expresso na figura de petra ou rocha, superior em dignidade pala-vra precedente PETROS ou PEQUENA PEDRA, da mesma forma que PETRA, verdadei-ra rocha, superior simples pedra ou fragmento de rocha; porque rocha a expres-so figurada regularmente usada nas Escrituras para designar o supremo Senhor: O senhor a minha rocha (Samuel 22:2; Salmos 18:2). Muitos outros exemplos poderiam ser apresentados para demonstrar que a expresso usada pelo Senhor na ocasio no significava nada menos que a sua dignidade divina como declarada por Pedro no con-texto anterior: Tu s o Cristo, o Filho do Deus vivo" (Charles Elliott, Deli-neation of Ro-man Catholicism, New York, 1841, II, pg. 186). Jesus na verdade citado nas Escrituras como sendo uma pedra, mas no sentido de rocha slida, angular, ou fundao sobre a qual ns cristos somos edificados como pedras vivas, que compem a igreja: "Tambm vs mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdcio santo, a fim de oferecerdes sacrifcios espiritu-ais, agradveis a Deus por intermdio de Jesus Cristo. Pois isso est na Escritura: Eis que ponho em Sio uma pedra angular, eleita e preciosa; e quem nela crer no ser de modo algum envergonhado" (1 Pedro 2:5- 6). Em Efsios 2:19-22, os apstolos e profetas so designados como fundao secundria da igreja; e ainda em conformidade com outras escrituras sobre o mesmo assunto, Jesus re-tratado como fundamento principal, bsico, a pedra angular sobre a qual se sustm toda a igreja: "... famlia de Deus; edificados sobre o fundamento dos apstolos e profetas, sendo ele mesmo Cristo Jesus, a pedra angular; no qual todo o edifcio, bem ajustado, cresce para santurio dedicado ao Senhor, no qual tambm vs juntamente estais sendo edificados para habitao de Deus no Esprito." Observa-se que Pedro no recebeu uma posio especial nessa descrio. Todos os aps-tolos esto relacionados da mesma forma que ele igreja; todos fazem igualmente parte da fundao secundria. Conway tenta escapar do significado desta concluso, ao declarar: 'A igreja de fato edificada sobre os Apstolos e os Profetas, mas no da mesma manei-ra, pois, com certeza, os profetas no eram doutrinadores no mesmo sentido dos A-pstolos" (B.L. Conway, Question Box, New York, 1903, pg. 201). Supondo-se que seja verdade, na passagem que est sendo considerada, haver Paulo feito distino entre aps-tolos e profetas, no sentido da superioridade entre uns e outros, que prova nos apresenta Conway da existncia de uma distino entre Pedro e os demais apstolos? Para concordar

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    com Conway, Paulo deveria ter escrito: "..... famlia de Deus; edificados sobre o funda-mento do papa Pedro, dos apstolos e profetas..." E os chamados "Pais" religiosos da antigidade, teriam concordado quanto ao significado de Mateus 16:18? O Dr. Kendrick, arcebispo catlico de St. Louis, reuniu assim as vrias inter-pretaes daqueles "Pais": 1. Dezessete Pais designaram Pedro como a pedra sobre a qual a igreja edificada. 2. Oito Pais, incluindo Orgenes, Cipriano, e Jernimo, ensinaram que todo o colgio apostlico a rocha, ou pedra. 3.Quarenta e quatro Pais, incluindo Gregrio de Nissa, Crisstomo, Hilrio e Ambr-sio, designaram a confisso de Pedro quanto filiao divina de Cristo, como a pedra. 4. Dezesseis Pais ensinaram que o prprio Cristo a pedra" (David Schaff, Our Father's Fath and Ours, New York, 1928, pg. 249). Dessa informao, conclumos que nem mesmo os lderes religiosos sobre cujos ensina-mentos a Igreja Catlica Romana se apoia extensivamente, concordavam quanto suposta carta-magna do papado, Mateus 16:18. Prova-se assim que falsa a declarao de Belar-mino ao dizer que a interpretao desta passagem que indica Pedro como a pedra sobre a qual se edifica a igreja, tinha "o apoio de toda a igreja, tantos dos Pais gregos quanto dos latinos" (Ibid., pg. 343). 2. As chaves do reino dos cus foram dados a Pedro "Dar-te-ei as chaves do reino dos cus: o que ligares na terra, ter sido ligado nos cus; e o que desligares na terra, ter sido desligado nos cus" (Mateus 16:19) A Igreja Catlica Romana ensina que "Pedro no recebeu as chaves (do reino dos cus) particularmente, mas como supremo pastor, e em benefcio da Igreja" (Peter Dens, de Eccles., n.0 91, tom. III, pg. 433). Conway declara: Cristo, o portador da Chave (Ap. 3.7) prometeu fazer de Pedro o portador da Chave no seu reino; isto , ter completo poder e jurisdio na Igreja" (Conway, obra citada, pg. 197). O fato de Jesus ter prometido dar a Pedro as chaves do reino dos cus, simbolizando o po-der de ligar e desligar, sem dvida ensinado em Mateus 16:19, mas isto no significa que esta promessa prove que Pedro foi nomeado supremo pastor da igreja nem que as prerroga-tivas inclusas nessa promessa tenham dado autoridade superior a Pedro em relao a seus companheiros apstolos. O propsito declarado para o qual Jesus deu "as chaves" a Pedro, abrange a autoridade que Ele concedeu a todos os apstolos, incluindo o poder de conceder aos homens os meios para entrar no reino dos cus, ou igreja. O nico ponto que pode ser anotado a favor de Pe-dro neste sentido, sobre seus colegas apstolos, que ele foi o primeiro a fazer uso das "chaves" em benefcio de judeus e gentios; quando es-tendeu a lei de Cristo, o meio de ingresso na igreja, aos primeiros no primeiro dia de Pentecostes aps a ascenso do Senhor (Atos 2) e aos ltimos na casa de Cornlio (Atos 10). Todavia, todas as vezes em que os demais apstolos pregaram o evangelho a judeus ou a gentios, estavam exercendo a mesma autoridade que Pedro no uso das "chaves". Alm dis-so, tambm em nossos dias, a mesma autoridade apostlica no que concerne s "chaves do reino", entra-da na igreja de Cristo, est sendo utilizada. O argumento de ter Jesus expressamen-te prometido em Mateus 16:19 dar "as chaves" a Pedro, no prova coisa alguma a favor da supremacia do apstolo sobre seus companhei-ros. simplesmente natu-ral que o Senhor especificasse Pedro como recipiente das "cha-ves" naquelas circuns-tncias, quando foi Pedro quem fez a boa confisso em resposta pergunta de Jesus: "Mas vs, quem dizeis que eu sou?" (Mateus 16:15). Elliott faz aqui um comentrio adequado: "Cristo no prometeu as chaves exclusivamente a Pedro, como tambm no prometeu abeno-lo de maneira exclusiva, ao dizer: "Bem-aventurado s Simo Barjonas porque no foi carne nem sangue quem to revelou, mas meu pai que est nos cus". Cristo tinha perguntado a todos os apstolos: "Quem dizeis que eu sou?" Pedro respondeu ento em nome de todos: "Tu s o Cris-to, o Filho do Deus vivo". Diante disso, poderamos tanto dizer que Cristo abenoou

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    unicamente a Pedro, com excluso dos demais, como prometeu as chaves apenas a ele" (Elliott, obra citada, pg. 189). Que a autoridade expressa nas palavras "o que ligares na terra ter sido ligado nos cus, e o que desligares na terra ter sido desligado nos cus", simbolizada pelo poder das chaves entregues aos apstolos, no foi uma prerrogativa exclusiva concedida a Pedro, fica confirmado em Joo 20:21-23, onde Jesus declarou a todos os seus apstolos: "Paz seja convosco: Assim como o Pai me enviou, eu tambm vos envio. E, havendo dito isto, soprou sobre eles, e disse-lhes: Recebei o Esprito Santo. Se de alguns perdoar-des, os pecados, so-lhes perdoados; se lhes retiver-des, so retidos". Isto explicou o conceito de ligar e desligar. Quando as pessoas rejeitam a autoridade de Cristo expressa no ensinamento de todos os apstolos (no apenas de Pedro), recusando-se assim a obedecer ao evangelho, seus pecados permanecem, ou elas ficam escravizadas aos mesmos; mas, ao aceitar e obedecer verdade, os pecados so perdoados, libertando a pessoa. Cf. Apocalipse 1:5. No processo de libertao dos pecados pela obedincia ao evangelho, a autoridade de Cris-to expressa na doutrina apostlica, a porta do reino dos cus, aberta aos homens; mas ao rejeitar o evangelho, esta porta fechada, e a pessoa continua presa aos seus pecados. Esta a explanao lgica e escriturstica do poder simblico das "chaves" investido na au-toridade dos apstolos. Cf. 1 Joo 4:6. O Senhor, continuando a discutir o assunto, representa o poder apostlico de ligar e desligar como pertencente a toda a igreja e no somente a Pedro: "Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra, ter sido ligado no cu, e tudo o que desligardes na terra, ter sido desligado no cu" (Mateus 18:18). Estude cuidadosamente a passagem dentro do seu contexto. 3. O poder de firmar ou fortalecer a igreja, foi dado a Pedro "Simo, Simo, eis que Satans vos reclamou para vos peneirar como trigo. Eu, po-rm, roguei por ti, para que a tua f no desfalea; tu, pois, quando te converteres, fortalece os teus irmos" (Lucas 22:31-32). Noll e Fallon, ao tentarem provar aqui a superioridade de Pedro, fazem o seguinte coment-rio: "Dirigindo-se a Pedro, Cristo lembrou-o de que Satans estava conspirando contra todos os apstolos ("vs" no verso 31 plural no grego): "Eu, porm, roguei por ti, para que a tua f no desfalea; tu, porm quando te converteres, fortalece os teus irmos". As palavras "tu" e vos , em Mateus 16:19 e Lucas 22:32, tambm em Joo 21:15-17, tm aberto os olhos de milhares de pessoas quanto ao lugar ocupado por Pedro na Igreja" (NolI and Fallon, obra citada, pg. 49). No podemos ver como Lucas 22:32, ou os outros versculos mencionados, podero abrir os olhos de alguma pessoa que bus-que a verdade de Deus em referncia ao dogma "o lugar de Pedro na Igreja" o de papa. verdade que a palavra "vs" est no plural (Lucas 22:31) em grego, referindo-se assim a todos os apstolos e, que, no verso 32 Jesus volta-se parti-cularmente para Pedro. Mas, ser que o fato do Senhor mencionar expressamente que orou a favor de Pedro, significa que no fez o mesmo em benefcio de todos os outros? Certa-mente que NO. D Ele ordem a Pedro para firmar ou fortalecer seus irmos, como prerrogativa exclusiva? Novamente dizemos: NAO. Em grego "fortalecer" termo encontrado tambm em Atos 14:22; 15:32, 41; 18:23, quando Paulo e Barnab con-firmavam (firmavam ou fortaleciam) as igrejas de Cristo na Sria e Cilcia; e Judas e Silas confirmavam os irmos de Antioquia; e, ainda, quando Timteo confirmava a igreja de Tes-salnica. Bem longe de ser prerrogativa exclusiva de Pedro, o fato de fortalecer ou confirmar os ir-mos foi uma autoridade concedida a todos os apstolos, e at mesmo aos evangelistas que no eram sequer apstolos, tais como Judas, Silas e Timteo. A luz dos fatos mencionados, torna-se completamente absurdo o comentrio de Conway: "Pedro foi ordenado de manei-ra exclusiva... para confirmar os irmos" (Conway, obra citada, pg. 197).

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    Em seus comentrios sobre Lucas 22: 31-32, Salmon declara: "Posso, de passagem, mencionar outra escritura (2 Corintios 11:28), onde Paulo se mostra estranhamente ignorante das prerrogativas de Pedro. Pois, tendo enumerado alguns de seus traba-lhos e sofrimentos pela causa do Evangelho, ele acrescenta: "Alm das coisas anteri-ores, h o que pesa sobre mim diariamente, a preocupao com todas as igrejas". Se, de acordo com a teoria romana, o cuidado de todas as igrejas era jurisdio de Pedro, So Paulo se mostrou pouco razovel ao reclamar das dificuldades enfrentadas ao se intrometer no que competia a outro homem. Nesse caso, So Paulo se tornaria o que So Pedro chama de ALLOTRIOEPISKOPOS (1 Pedro 4:15)" (George Salmon, The Infali-bility of the Church, pg. 343). Mas, por que Jesus enfatizou de forma expressa o ter rogado por Pedro naquela ocasio? Por causa do perigo especial que o confrontava, devido ao seu temperamento impetuoso. Verdadeiramente, todos os apstolos tinham sido clamorosos em seus protestos de lealdade ao Senhor na noite da traio, quando Ele profetizou que todos se escandalizariam por sua causa (Mateus 26:31-35), mas ningum se mostrou to presumido quanto Pedro. Jesus sa-bia que tal confiana em si mesmo seria a causa da queda de Pedro. Assim, o Senhor profetizou: "Afirmo-te, Pedro, que hoje trs vezes negars que me conheces, antes que o galo cante" (Lucas 22:34). E, dito e feito. Depois da fuga dos outros discpulos, o impetuoso e convencido Pedro, sem perceber a perigo que corria a sua f, colocou-se nu-ma posio em que o seu relaciona-mento com Jesus foi exposto ao ridculo, e fraquejou dolorosamente ao negar o Senhor trs vezes, como havia sido profetizado. No de admirar portanto, que Jesus enfatizou ter orado por Pedro, no como argumento a favor da supre-macia deste, mas como declarao de sua fraqueza moral. E, nada mais natural, a fato do Senhor t-lo exortado a fortalecer os irmos quando se recu-perasse da sua queda to trgica. Mas, a mesmo conselho se aplicaria a todos as seguido-res do Senhor, que tenham sofrido quedas, e depois voltado a Deus em arrependimento. Esses filhos de Deus, arrependidos precisam ser ainda mais zelosos no incentivo e exorta-o dos irmos do que jamais o foram, para que eles mesmos fiquem mais firmes contra o pecado. Veja Romanos 12:21. 4. Cristo deu a Pedro, o Seu prprio e completo poder como Pastor do Rebanho, a I-greja "Depois de terem comido, perguntou Jesus a Simo Pedro: Simo, filho de Joo, a-mas-me mais do que estes outros? Ele respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Ele lhe disse: Apascenta os meus cordeiros. Tornou a perguntar-lhe pela segundo vez: Simo, filho de Joo, tu me amas? Ele lhe respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Pastoreie as minhas ovelhas. Pela terceira vez Jesus lhe per-guntou: Simo, filho de Joo, tu me amas? Pedro entristeceu-se por Ele lhe ter dito, pelo terceira vez: Tu me amas? E respondeu-lhe: Senhor, tu sabes todas as coisas, tu sabes que eu te amo. Jesus lhe disse: Apascenta as minhas ovelhas" (Joo 21:15-17). A Igreja Catlica Romana ensina que "a Pedro somente, Cristo dirigiu... palavras que no deixam dvidas quanto sua escolha como pastor UNIVERSAL e mestre de todos em nome de Cristo. Em conformidade com Joo 21:15-17, depois de ter recebido de Pedro uma tripla confisso de amor, como um pedido de perdo pelas trs vezes em que O havia negado, Cristo lhe confiou a cuidado de todo o seu rebanho, nestas pala-vras: Apascenta as meus cordeiros; apascenta as minhas ovelhas. Cristo gostava de chamar a Si Mesmo de 'O Bom Pastor', e referir-se aos seus seguidores como a seu rebanho. Seu rebanho composto de cordeiros e ovelhas, necessitava de um pastor, depois de sua volta ao Cu. Tal encargo foi dado a Pedro" (Nal e Fallon, obra citada, pg. 49). No h base alguma em Joo 21:15-17 para a alegao dos catlicos segundo a qual Jesus confiou a Pedro o cargo de pastor universal de seu rebanho. Se o triplo mandamento de Je-sus a Pedro para que apascentasse as seus cordeiros e ovelhas, significa que Pedro deveria

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    ser a nico pastor do rebanho ou igreja, ento a trplice resposta de Pedro pergunta: "Tu me amas?", significaria que Pedro o nico que ama ao Senhor. Mas, assim como no foi o nico pastor, tambm no foi o nico que mostrou amor. As escrituras atestam de maneira clara e simples o fato de que a atividade de apascentar a rebanho de Crista no per-tence exclusivamente a Pedra. O crescimento espiritual das ove-lhas da Senhor se concretiza par meia de alimenta suprida na "doutrina das apstolos" (Atos 2:47); portanto, todos os apstolos receberam autoridade de Cristo para serem o pas-tor universal da igreja e no Pedro somente. No tm, porventura, as cartas de Paulo o mesmo valor para alimentao da rebanho do Bom Pastor, quanto as de Pedro? A obrigao de apascentar o rebanho do Senhor tem sido atribuda a todos os pastores da Senhor (bispos ou presbteros), aqueles que cuidam das congregaes locais. Paulo exortou os presbteros da igreja em feso: "o Esprito Santo vos constituiu bispos para pastore-ardes a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu prprio sangue" (Atos 20:28); Pedro exortou todas as presbteros: "Pastoreai o rebanho de Deus que h entre vs" (1 Pedro 5:2). A doutrina catlica de que Pedro, O pastor universal da igreja, tinha a seu cargo a supervi-so dos outras apstolos, negada em Joo 21:20-22: "Ento Pedro, voltando-se viu que tambm ia seguindo o discpulo a quem Jesus amava... perguntou a Jesus: E quanto a este? Respondeu-lhe Jesus: Se eu quero que ele permanea at que eu venha, que te importa? Quanto a ti, segue-me." Caso Pedra devesse considerar a si mesma como pastor universal do rebanho da Senhor, ele teria tido a oportunidade perfeita para apresentar-se dessa forma em sua exortao aos presbteros em 1 Pedro 5:1, mas simplesmente referiu-se sua pessoa como sendo "um presbtero com eles". Somente a Jesus ele honrou com a designao de "Supremo Pas-tor" (verso 4). Em parte alguma do Novo Testamento algum recebe tal titulo, a no ser a prprio Senhor Jesus. Ento, qual o motivo da especial ateno de Jesus em Joo 21:15-17? Cirilo de Alexandria respondeu assim: "Se algum quiser saber parque Jesus fez a pergunta apenas a Si-mo apesar de estarem presente os outros discpulas, e o que Ele quer dizer com "A-pascenta os meus cordeiros", etc., respondemos que Pedro juntamente com os outros discpulas, j havia sido escolhida para o apostolado, mas como tinha cado, ... Ele agora curava a doente e exigia uma confisso tripla no lugar da negao tripla, con-trastando a primeira com a ltima e compensando a falta com a correo. Com a tr-plice confisso Pedro anula a pecado contrada pela tripla negao. Quando o Senhor diz: "Apascenta os meus cordeiros", considera-se como tendo sido feita uma renova-o da escolha para o apostolado, absolvendo a desgraa da pecado e cancelando a perplexidade de sua fraqueza humana" (Salman, obra cita-da, pg. 346).

    6.3 - CINCIA CRIST

    A arte da cura pela mente Em artigo publicado na revista Defesa da F - edio n. 13 de julho/agosto de 1999 - abor-damos a Seicho No Ie como o movimento otimista do Japo. A Cincia Crist pode ser de-nominada o movimento otimista dos Estados Unidos da Amrica. H uma identidade de en-sino entre as duas entidades religiosas naquilo que fundamental para ambas - a negao da realidade da matria. A Seicho No Ie tem a sua fora de atrao num sistema de cura sem remdios, alegando que toda doena s existe na mente da pessoa e que mudada a maneira de pensar, ignorando-se os sintomas da doena, esta desaparece e isto sem rem-dios. Do mesmo modo procede a Cincia Crist. A Seicho No Ie ensina que: "O homem no matria, no corpo carnal, no crebro, no clula nervosa, no glbulo sangneo,

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    nem o conjunto de tudo isso. Ao lerdes a SEICHO NO IE e conhecerdes a Verdade, se sois curados de doenas, porque houve a destruio daquele sonho inicial" (As Sutras, da Seicho No Ie).

    A Cincia Crist tem ensino idntico: a matria no existe. Em seguida vm outros ensinos que se seguem negao da matria: pecado, doena, dor: "Sujeita a doena, o pecado e a morte regra da sade e da santidade na Cincia Crist, e certificar-te-s de que esta Cin-cia demonstravelmente verdadeira, pois cura o doente e o pecador como nenhum outro sistema pode faz-lo. A Cincia Crist, bem compreendida, conduz harmonia eterna" (CS, 337-38). Essa a sua fonte de atrao. Histria O livro base da Cincia Crist Cincia e Sade Com a Chave das Escrituras, cuja primeira edio foi publicada em 1875. Este livro, considerado a 'bblia' da seita, foi escrito pela fun-dadora Mary Baker Glover Patterson Eddy. Afirma a origem divina do seu livro, dizendo: "Deus, por Sua merc, vinha me preparando durante muitos anos para a recepo desta revelao final do Princpio Divino absoluto da cura mental cientfica" (p. 107). uma carac-terstica comum nos fundadores de religio alegar uma revelao especial de Deus para seus sonhos, vises ou revelaes. Homens e mulheres especiais que foram agraciados por Deus para uma misso salvadora entre os homens. Essa a histria de Mary Baker. Ela nasceu em 16 de julho de 1821, numa fazenda de Bow, Estado de New Hampshire, nos Es-tados Unidos. Seus pais chamavam-se Mark e Abigail Baker. Foi a ltima de seis filhos.

    Durante sua infncia, teve diversos perodos de enfermidade e depresso. Com 17 anos, tornou-se membro da Igreja Congregacional (Cincia e Sade, p. 351). Casou-se trs vezes: a primeira vez quando tinha 22 anos, com George W. Glower, que morreu sete meses de-pois; o segundo casamento com Daniel M. Petterson, de quem se divorciou; e o ltimo ca-samento com Asa G. Eddy. medida que se casava, ao seu nome de origem foram sendo acrescentados os nomes de seus esposos, da passou a chamar-se Mary Baker Glower Pat-terson Eddy. Em 1862, Mary Baker Eddy consultou o famoso Dr. Phineas Parkhurst Quimby uma vez que sofria de constantes ataques nervosos e de um mal da espinha que a afetava fsica e mentalmente. Quimby seguia orientao de um mdico francs Charles Poyen, um mes-merista, adepto de Franz Anton Mesmer, mdico alemo ocultista.

    Esse mdico pretendia ter descoberto no m o remdio para todas as doenas. "Todo ser vivo possuiria um fludo magntico misterioso -capaz de passar de um indivduo para outro, estabelecendo influncias recprocas e curas" (Citado em Pergunte e Responderemos, 401/1955, pp. 37-38). De modo que os ensinos da Cincia Crist esto aliados ao ocultismo. A prpria Mary Baker declarou: "Foi depois da morte de Quimby que descobri em 1866, os fatos importantes relacionados com o esprito e com a superioridade deste sobre a matria, e denominei 'Cincia Crist' a minha descoberta" (idem, p. 38). A palavra ocultismo de ori-gem latina ocultus e significa escondido, misterioso, duvidoso. A Bblia explcita em proibir prticas ocultistas em Dt 18.10-12: "No se achar entre ti quem faa passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador, nem necromante, nem mgico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa abominao ao Senhor; e por estas abominaes o Senhor, teu Deus, os lana de diante de ti". Essa proibio repetida em Ap 21.8; 22.15. Origem de Seus Ensinos Em 1 de fevereiro de 1866, Mary Baker Eddy, sofreu uma queda no gelo ficando sem senti-dos por algumas horas. O mdico diagnosticou como choque traumtico e possvel deslo-camento da espinha. Mary no tomou os remdios receitados. Nesse perodo passou a ler os Evangelhos em sua casa. Lendo a cura do paraltico por Jesus, e, ainda influenciada pe-las idias de Quimby, sentiu-se curada. Este o milagre bsico da Cincia Crist e adquiriu

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    o ttulo de "A Queda Milagrosa em Lynn". Sabemos por meio da Bblia que os milagres no so provas definitivas da aprovao de Deus para ensinos que divirjam da sua Palavra (Mt 7.21-24). Depois de dez anos, em 1875, publicou o livro base Cincia e Sade (CS). Em 1879, foi fundada a Igreja do Cristo Cientista, tendo na presidncia a sua fundadora. Em 1881, ela foi eleita pastora. A 2 de dezembro de 1910, Mary Baker Glower Patterson Eddy morreu com a idade de 89 anos, apesar de seu ensino haver negado a doena e a morte. Em vida escreveu sobre ela mesma: "Ningum pode tomar o lugar da Virgem Maria, o lugar de Jesus Cristo, o lugar da autora de Cin-cia e Sade, adescobridora da Cincia Crist" (Retrospection and Introspection, p. 70). Ensinos Confrontados com a Bblia A Cincia Crist no nem crist nem cincia. Se seus ensinos fossem cristos, deveriam se ajustar quilo que os cristos crem com apoio bblico. Entretanto, vamos notar que a maioria dos seus ensinos diverge frontalmente dos ensinos cristos. 1. Bblia Alega a Cincia Crist que seus ensinos esto alicerados na Bblia e, por conseguinte, ela pode ser aceita como crist. Declara: "Poder-se- negar que tenha autoridade bblica um sistema que age em conformidade com as Escrituras?" (CS, p. 342).

    Entretanto, pesquisando o livro base - -Cincia e Sade - encontramos que a escritora de-clara ter encontrado contradies na Bblia. Ela afirma com relao ao relato da criao em Gn 1 e 2. "A Cincia do primeiro relato prova a falsidade do segundo. Se um verdico, o outro falso, pois so antagnicos" (CS p. 522). Ora, nenhuma contradio existe entre o relato de Gnesis 1 e 2. No primeiro, resumidamente, se fala da criao do primeiro casal (Gn 1.26-28) e, em Gnesis 2, se fala descritivamente dessa mesma criao.

    Falando sobre o livro de Apocalipse declara: "Esse anjo (falando de Ap 1.3) ou mensagem que vem de Deus, envolto em nuvem, prefigura a Cincia Crist (idem, p. 558). Sobre o Sl 23.6, diz: "Bondade e misericrdia certamente me seguiro todos os dias da minha vida; e habitarei na casa [a conscincia] do [Amor] para todo o sempre". Como vemos, a expresso 'casa do Senhor' substituda pela palavra entre colchetes, a 'conscincia'. Acrescentando palavras Bblia Mary Baker procura com isso dar apoio integral ao seu livro dizendo: "Um Cientista Cristo necessita da minha obra Cincia e Sade como seu livro-