Segurança em laboratório químicos

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  • 8/6/2019 Segurana em laboratrio qumicos

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    Segurana em laboratrio qumicos

    e noes de primeiros socorros

    Um laboratrio de qumica pode ser uma das reas de trabalho mais perigosas,especialmente quando o laboratrio no tratado com respeito. Neste texto discutiremosos procedimentos de segurana que devem ser usados quando o tempo insuficiente

    para buscar auxilio fora do laboratrio.

    importante saber a localizao das pessoas e equipamentos necessrios quando umacidente de laboratrio exigir assistncia especializada. Os seguintes nmeros detelefone devem ser acessveis ao responsvel pelo laboratrio, de modo que possa seracionado com rapidez, o auxilio preciso:

    Ambulncia: _______________

    Bombeiros: ________________

    Posto mdico mais prximo: _____________

    Hospital mais prximo: _____________

    Mdico mais prximo: _________________

    A maioria dos seguintes equipamentos deve ser facilmente acessvel no laboratrio dequmica. possvel haver variaes da lista em vista de regulamentos locais desegurana:

    Cobertor antifogo

    Extintor de incndio

    Lava-olhos

    Chuveiro

    Caixa de primeiros socorros

    Lavatrio para queimaduras de cidos ou de lcals.

    obrigatrio que todos os acidentes de laboratrio sejam comunicados direo, quertenham recebido tratamento especializado, quer no. Tambm importante que a pessoaacidentada e remetida a tratamento especializado tenha um acompanhamento; no casode a pessoa acidentada ter um desmaio o acidente pode ficar, com facilidade, muitomais grave.

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    Alguns venenos usuais e os sintomas que induzem

    cidos e lcals: Queimam e corroem os tecidos com que entram em contato e, emcasos extremos, podem fazer um orifcio na parede estomacal.

    Alcool: Atua como enrgico depressor do sistema nervoso central.

    Cianeto: A no ser em doses muito pequenas, provoca o colapso da vtima. A morte rpida em consequncia da paralisia respiratria. Pode ser ingerido ou absorvido por umferimento ou atravs da pele. usado em certos formicidas.

    Cianeto e monxido de carbono: Provoca a morte por asfixia em virtude decombinao com o sistema carreador do oxignio no sangue, o que impede atransferncia do oxignio para partes vitais do organismo humano.

    Sulfeto de hidrognio: Gs inflamvel e venenoso, com cheiro de ovos podres;perceptvel na diluio de 0,002 mg/l de ar. Muito perigoso. Pode provocar o colapso, ocoma e a morte em alguns segundos depois de apenas uma ou duas inspiraes.

    insidioso, pois o olfato fica insensvel ao seu cheiro depois de exposio prolongada. Asconcentraes mais baixas provocam irritao das mucosas, dor de cabea, enjoo efadiga.

    Chumbo: O envenenamento agudo pelo chumbo pode provocar anorexia, vmitos,mal-estar, convulses e injria permanente no crebro. Os casos crnicos evidenciam-se

    pela perda de peso, fraqueza e anemia.

    Mercrio: Perigoso por ser razoavelmente voltil (presso de vapor de 0,002 mmHg a25C) e facilmente assimilveis pelas vias respiratrias, pela pele e pelo tubo digestivo.O envenenamento agudo pelo metal, ou seus sais, provoca ferimentos na pele e nasmucosas, nusea aguda, vmitos, dores abdominais, diarreia sanguinolenta, leses nosrins e morte num lapso de dez dias. O envenenamento crnico provoca inflamao damucosa bucal e das gengivas, salivao abundante, queda dos dentes, leses nos rinstremores musculares, espasmos, depresso e brutas alteraes de personalidade,irritabilidade e nervosismo. Antdoto: dimercaprol (BAL: Britsh anti-lewisite).

    lcool metlico: Tem um efeito especifico de degenerao do nervo ptico que podeprovocar leso permanente e cegueira, mesmo quando a quantidade assimilada tiversido pequena.

    Fenilhidrazina: Provoca a hemlise dos eritrcitos.

    Piretrina: Encontrado em certos inseticidas. Provoca hiperexcitabilidade,descoordenao e paralisia dos msculos e das aes respiratrias.

    Nitrato de prata: O contato com a pele ou com as mucosas pode ser custico eirritante. A ingesto pode causar severa gastroenterite e at a morte.

    Na maioria das Universidades existem postos de atendimento de urgncia, comambulncia e primeiros socorros.

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    A maior parte dos reagentes de laboratrio venenosa; importante ter uma certacompreenso sobre os sintomas provocados pelos venenos (lista acima). Quando se

    pode determinar o tipode veneno que a pessoa assimilou, pode-se consultar umalistagem para ver se deve ou no ser provocado o vmito. Na lista abaixo estorelacionados venenos para os quais no se deve provocar o vmito. Nestes casos, ovmito faria com que o veneno corrosivo retornasse mais uma vez atravs dos delicados

    tecidos do aparelho digestivo. Nestas circunstncias devem ser administrados lquidos,para diluir o material venenoso, conforme as instrues da lista abaixo. Na lista seguinteesto os venenos que requerem a induo de ao emtica. Em ambos os casos soapresentadas as providncias a tomar.

    imprescindvel que um mdico seja procurado com urgncia, em qualquer caso.

    Venenos cujo tratamento no deve envolver aes emticas

    NO PROVOQUE VMITO...

    ...Quando a vitima ingeriu qualquer das substncias listadas abaixo. Administre leite ou

    gua; 1 a 2 xcaras no caso de crianas de 1 a 5 anos, e at 1 litro para maiores de 5anos.

    cidos fortes Fluidos de lavagem a seco

    Amnia Gasolina

    Benzeno Hipoclorito de sdio (gua sanitria)

    Cal (xido de clcio) Nafta (ter de petrleo)

    Carbonato de Sdio

    leo de pinho

    Creosoto (creolina, fenis)

    Querosene

    Desinfetantes fenlicos

    Soda (hidrxido de sdio)

    Detergentes

    Soda para lavagem (barrilha)

    Estriquinina

    Thiner e removedores de tintas

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    Venenos cujo tratamento envolve ao emtica.

    Provocar o vmito excitando o fundo da garganta.

    PROVOQUE VMITO...

    lcool (etlico, isoproplico, desnaturado, metlico)

    Brax

    Cnfora

    Formaldedo

    Repelente de insetos.

    PROCEDIMENTOS PADRONIZADOS DE PRIMEIROS SOCORROS:

    Ferimentos

    Objetivo: Proteger o ferimento de infec5es e controlar as hemorragias.

    Primeiros socorros: Usar pensos esterilizados e pressionar o ferimento at o trmino dahemorragia.

    Estado de choque

    Objetivo: Manter o paciente deitado e em posio confortvel.

    Sintomas: Pele hmida e plida, respirao pouca profunda, olhos sem brilho, pulsofraco.

    Primeiros socorros: 1. Manter o paciente deitado com os ps elevados quando nohouver leses na cabea ou no trax. 2. Cobrir o paciente com cobertores (no provocartranspirao) 3. Administrar gua para mitigar a sede.

    Respirao artificial

    Objetivo: Desobstruir e manter livres as vias respiratrias, provocar o aumento e adiminuio alternados do volume torcico.

    Sintomas: Ausncia de respirao em virtude de choque eltrico, ou de afogamento oude envenenamento provocado por gases.

    Primeiros socorros: Empurrar o maxilar inferior para frente e inclinar a cabea dopaciente para trs. Fechar as narinas da vitima. Soprar ar para o interior dos pulmespela boca da vtima. Afastar a boca e deixar a vtima expirar o ar. Repetir a operao de15 a 20 vezes por minuto.

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    Venenos

    Objetivo: Diluir o veneno e induzir o vmito, exceto quando isto for desaconselhvel.

    Sintomas: Queimaduras em torno da boca, frasco esvaziado.

    Primeiros socorros: Diluir com gua ou leite, induzir o vmito com soluoconcentrada de bicarbonato de sdio ou com dedo na garganta da vtima. Antdotouniversal: 1 parte de ch forte, 1 parte de leite de magnsia, 2 partes de po carbonizado(ou carvo ativo) .No provoque o vmito se a vitima engoliu um cido forte, ouquerosene ou estriquinina. Verifique em todos os rtulos dos frascos o antdotorecomendado.

    Fraturas

    Objetivo: Manter imvel os ossosfraturados e as juntas adjacentes.

    Sintomas: Dor, inchao ,deformao.

    Primeiros socorros: Use um material rgido, uma almofada ou um cobertor, e entalecomo estiver.

    Transporte da vitima: :Se for necessrio deslocar a vtima, no curve, nem dobre, nemsacuda o paciente. Arraste a vtima sobre um cobertor, ou um casaco ou um tapete; useuma cadeira, uma maca ou vrias pessoas para transport-la e no provocar outrasleses.

    Queimaduras:

    Objetivo: Mitigar a dor e impedir infeco.

    Sintomas: Do 1 grau - vermelhido; do 2 grau - bolhas; do 3 grau - leso profunda dotecido.

    Primeiros socorros: Cobrir a vtima com umacamada espessa de penso seco e estril.Queimaduras qumicas: lavar com gua.

    Desmaio

    Faa a pessoa deitar supina (de peito para cima) ou ento com a cabea entre os joelhose respirar profundamente. Use, se for acessvel, suavemente, um frasco de amnia comoinalador.

    Ataque cardaco

    No caso de a pessoa ter medicao prpria, administre-a; mantenha a pessoa deitada,respirando com facilidade. Chame o mdico.

    PROCEDIMENTOS DE SEGURANA:

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    1. Trabalhar com ateno.

    2. Conservar a ordem e limpeza de laboratrio.

    3. Fazer o relatrio de cada aula prtica.

    4. No utilizar o laboratrio na ausncia do professor.

    5. No aquecer solventes inflamveis com chama ou prximo de uma. No caso derefluxo ou destilao usar disco ou manta eltrica.

    6. Ao acender o bico de Bunsen, conserv-lo a uma distncia conveniente. Nunca deix-lo aceso se no estiver sendo usado.

    7. No aquecer um sistema fechado.

    8. Ao submeter um lquido a ebulio durante um certo perodo de tempo, em recipienteaberto, utilizar sempre pedras de ebulio, o que evitar derramamento do lquido e

    possveis queimaduras.

    9. Ao misturar ou aquecer substancias, conservar o rosto o mais distante possvel dasmesmas. Se a operao for feita em tubo de ensaio, no dirigir a abertura do mesmo

    para outras pessoas presentes no laboratrio.

    10. Na armao de uma aparelhagem use sempre suportes, garras, aros, trips e blocosde madeira. Evite arrumaes instveis.

    11. Nunca aspirar nem provar substncias desconhecidas. Tambm no mistur-las semordem do professor.

    12. Substncias que desprendam vapores irritantes ou venenosos, devem sermanipuladas na capela.

    BIBLIOGRAFIA:

    Baptista, Maria Joo. Segurana em laboratrios qumicos. Lisboa, ed. UniversidadeNova de Lisboa, 1979.