Segurança e Saúde Na Indústria Da Construção No Brasil

122

Transcript of Segurança e Saúde Na Indústria Da Construção No Brasil

  • MANUAL DA SRIE VDEOS 100% SEGURO

  • braslia2013

    CONFEDERAO NACIONAL DA INDSTRIA - CNI

    Robson Braga de AndradePresidente

    DIRETORIA DE EDUCAO E TECNOLOGIA DIRET

    Rafael Esmeraldo Lucchesi RamacciottiDiretor de Educao e Tecnologia

    SERVIO SOCIAL DA INDSTRIA - SESI Conselho Nacional

    Jair Meneguelli Presidente

    SESI - Departamento Nacional

    Robson Braga de AndradeDiretor

    Renato CaporaliDiretor Superintendente

    SESI Departamento Regional da Bahia

    Jos de F. MascarenhasDiretor Regional e Presidente do Sistema FIEB

    Jos Wagner Sancho FernandesSuperintendente

    SINDICATO DA INDSTRIA DA CONSTRUO DO ESTADO DA BAHIA SINDUSCON - BA

    Carlos Alberto Matos Vieira LimaPresidente

  • SS

    T

    braslia2013

    SS

    T

    braslia2013

    Segurana e Sade naIndstria da Construo no Brasil

    MANUAL DA SRIE VDEOS 100% SEGURO

  • SEDESetor Bancrio NorteQuadra 1 Bloco C 8 andarEdifcio Roberto Simonsen70040-903 Braslia DFTel.: .(61)3317-9754Fax: (61) 3317-9190 http://www.sesi.org.br

    SESIServio Social da IndstriaDepartamento Nacional

    2013. SESI - Departamento Nacional

    Qualquer parte desta obra poder ser reproduzida, desde que citada a fonte.

    SESI/DN

    Unidade de Qualidade de Vida UQV

    FICHA CATALOGRFICA

    S491s

    Servio Social da Indstria. Departamento Nacional.Segurana e sade na indstria da construo no Brasil:

    Manual da Srie Vdeos 100% Seguro / Servio Social da Indstria. - Braslia: SESI, 2013.

    170p.: il. (Programa Nacional de Segurana e Sade no Tra-balho para a Indstria da Construo)

    1CDU 613.6:67(81)

  • SUmRIO

    PROGRAmAS BOX 1 091. Institucional 092. Equipamentos de proteo individual (epis) sensibilizao 103. Escavaes - sensibilizao 124. Proteo em instalaes eltricas - sensibilizao 135. Movimentao de cargas e pessoas - sensibilizao 146. Proteo coletiva contra quedas - sensibilizao 147. Andaimes e escadas - sensibilizao 168. Andaimes suspensos mecnicos manuais 179. Andaimes suspensos mecnicos motorizados 1810. Andaime apoiado 1911. Andaime em balano 2012. Alvenaria de vedao 2113. Barreiras horizontais pisos e shafts 2314. Barreiras com redes 2315. Cabos de ao e de fibra sinttica parte 1 2416. Cabos de ao e de fibra sinttica parte 2 2517. Cadeira suspensa 2718. Escadas portteis 2819. Escadas fixas 2820. Guarda-corpos e rodap (gcr) 3021. Rampas e passarelas 3122. Plataformas de proteo bandejas 3223. Plataformas areas parte 1 3324. Plataformas areas parte 2 3425. Plataformas areas parte 3 35

    PROGRAmAS BOX 2 3726. Estrutura de concreto cimbramento 3727. Estrutura de concreto carpintaria 3828. Estrutura de concreto formas 3929. Armaes de ao 4030. Concretagem 4131. Desforma 4332. Alvenaria de vedao 4433. Alvenaria estrutural 4434. Pcmat 4635. Ferramentas manuais no eltricas parte 1 46

  • 36. Ferramentas manuais no eltricas parte 2 4737. Ordem e limpeza 4838. Gruas parte 1 4939. Gruas parte 2 5040. Ferramentas manuais eltricas parte 1 5141. Ferramentas manuais eltricas parte 2 5242. Tapumes e galerias 5343. Ferramentas de fixao a plvora 5444. Equipamento de proteo individual parte 1 5545. Equipamento de proteo individual parte 2 5646. Proteo de mos e dedos 5747. lcool e drogas 5748. Revestimentos e acabamentos 5849. Sinalizao de segurana 6050. rea de vivncia parte 1 61

    PROGRAmAS BOX 3 6351. rea de vivncia parte 2 6352. Cipa parte 1 6453. Cipa parte 2 6454. Demolio manual parte 1 6555. Demolio manual parte 2 6656. Demolio mecanizada 6757. Doenas sexualmente transmissveis 6858. Elevador a cabo de materiais 6959. Elevadores cremalheira 7160. Escavaes parte 1 7261. Escavaes parte 2 7362. Espaos confinados parte 1 7463. Espaos confinados parte 2 7464. Estacas moldadas no local 7665. Estacas pr-moldadas 7766. Estruturas metlicas 7867. Gerenciamento de resduos 7968. Inspeo de segurana 8169. Instalaes eltricas provisrias parte 1 8270. Instalaes eltricas provisrias parte 2 8371. Plano de emergncia 8472. Plataforma cremalheira 8573. Telhados e coberturas parte 1 8674. Telhados e coberturas parte 2 8775. Telhados e coberturas parte 3 87

    PROGRAmAS BOX 4 8976. Ferramentas pneumticas 8977. Teste hidrosttico 9078. Nova nr de trabalho em altura 9279. Primeiros socorros 9380. Linha de vida 9481. Corte a quente e solda parte 1 9682. Corte a quente e solda parte 2 9783. Servio a frio 9884. Trabalho em altura 9985. Espao confinado 101

  • 86. Eletricidade 10287. Transporte e levantamento de cargas 10388. Obras de instalaes e manuteno de postos de combustveis parte 1 10589. Obras de instalaes e manuteno de postos de combustveis parte 2 10690. Segurana em obras virias parte 1 10791. Segurana em obras virias parte 2 10892. Segurana na operao de perfuratriz 10993. Segurana na operao de motoniveladora 11094. Segurana na operao de escavadeira 11195. Segurana na operao de p carregadeira 11296. Segurana na operao de retroescavadeira 11397. Segurana na operao de rolo compactador 11498. Construo pesada pr-moldados 11599. Introduo a operao de mquinas 117100. Institucional de encerramento 118

  • 9PROGRAmAS BOX 11

    1. INSTITUCIONALA construo civil movimenta a economia, multiplica empregos em todo o pas, de norte a sul, de leste a oeste. E, cada dia mais, vem diminuindo o perigo de acidentes. Respeito pelo trabalhador e segurana so as ferramentas para atingir qualidade de vida.

    O Servio Social da Indstria (SESI) pretende ajudar a alcanar melhores condies de segurana da Indstria da Construo, e a ferramenta ideal para a preveno contra aci-dentes a informao. Em parceria com a Cmara Brasileira da Indstria da Construo (CBIC) e com os representantes estaduais do Sindicato da Indstria da Construo Civil (SINDUSCON), o SESI desenvolveu o Programa Nacional de Segurana e Sade no Tra-balho para a Indstria da Construo.

    As inovaes sobre solues em Segurana e Sade no Trabalho (SST) sero distribu-das por todo o pas, com material em vdeo, internet e revista. So reportagens, pesquisas e comentrios de especialistas para os profi ssionais, com o objetivo de diminuir os peri-gos nas construes, demolies ou reformas.

  • 10 100% SEGURO UM PROGRAMA 100% SEGURO PARA VOC

    Voc recebe agora o 100% Seguro, uma caixa especial com 100 vdeos que abordam temas de segurana e sade no trabalho. Tambm foi desenvolvido o Diagnstico de Pre-veno de Quedas, que oferece um banco de conhecimento nacional sobre os fatores de risco que mais provocam esse tipo de acidente. Com o relatrio das visitas de verificao produzido pelos profissionais de SST, todas as recomendaes relacionadas e melhorias so fornecidas empresa.

    O Programa de Sensibilizao e Treinamento mostra os cuidados necessrios para evitar acidentes. O Programa Construindo a Segurana desenvolve e transfere conhecimento de inspeo em SST. O Programa de Condies e Meio Ambiente de Trabalho na Inds-tria da Construo (PCMAT) e o Sistema de Proteo Coletiva demonstram as aes de planejamento de segurana a serem executadas em uma obra. O Programa Nacional de Segurana e Sade no Trabalho para a Indstria da Construo leva inovao tecnolgi-ca em SST para o canteiro de obras. O Projeto de Sinalizao de Obras vai fornecer as placas e chamar ateno para as instrues de uso. Conforto e bem-estar tambm fazem parte, com a qualidade de vida gerada pelo Programa de Controle Mdico de Sade Ocupacional.

    Prevenir melhor que remediar. Para isso, importante conhecer as aes preventivas. O dia termina bem e ningum perde o rumo da segurana.

    100% Seguro. Um programa 100% para voc.

    2. EQUIPAMENTOS DE PROTEO INDIVIDUAL (EPIS) SENSIBILIZAOSubidas em telhados, caminhadas executadas em andaimes e em fachadas de prdios so atividades cuja proteo importante. Este o objetivo dos Equipamentos de Pro-teo Individual (EPIs) contra quedas. Existem instrumentos adequados para cada etapa do servio. Muitas coisas que voc precisa conhecer. Por exemplo: sabia que a empresa obrigada a fornecer esses acessrios em perfeito estado para todo funcionrio, sem nenhum tipo de cobrana?

    Os EPIs contra quedas de altura s podem ser usados em determinadas circunstncias, tais como: sempre que as medidas de ordem geral no oferecerem completa proteo contra acidentes ou doenas de trabalho; durante a instalao dos equipamentos de proteo coletiva; e para atender situaes de emergncia.

    H tipos de EPIs especiais nesses casos:

    O cinto de segurana do tipo paraquedista indicado em trabalhos a mais de dois me-tros de altura. Nos servios eltricos e quando for necessrio limitar o movimento, de-ve-se usar o cinto abdominal. Ambos devem ter sempre argolas, mosquetes e fivelas feitas de ao forjado ou outro material bem resistente. So recomendadas as ilhoses de material no-ferroso. Para estar completo, o cinto precisa ser preso a um trava-quedas, com cabo-guia ou cabo de segurana.

  • 11PROGRAMAS BOX 1

    Se voc precisar de movimentao ho-rizontal ou vertical, a escolha certa o trava-quedas. Ele fixado, de um lado, ao cinturo. E do outro, ao cabo de se-gurana. Os tipos mais usados so o guiado e o retrtil.

    Nas situaes em que o trabalhador vai se movimentar sobre grua, andaime ou torre de elevador, se no der para instalar o ca-bo-guia de segurana, a soluo o du-plo talabarte com mosqueto de ao inox, com abertura mnima de 50mm e dupla trava. Observao importante: o talabarte tem que ser conectado em altura superior cabea do operrio.

    E antes de tudo, fundamental verificar as condies de manuteno do cinturo: fitas de nylon perfeitas, sem cortes, furos ou desfiados; costuras sem defeitos; pe-as de metal sem ferrugens ou amassa-dos; nada pode ter contato com produtos qumicos. Se algum desses defeitos for encontrado, troque imediatamente o cinto!

    Importante lembrar que cada equipamento s pode ser usado por um nico trabalhador, responsvel por guardar tudo em local seco, sombra, sem contato com calor, pisos de cimento, produtos qumicos, abrasivos ou cortantes. E ainda: mesmo com todos os cuidados, no d para saber a vida til desses cintos, pois ela depende da frequncia de uso e dos cuidados com a manuteno.

    Quanto utilizao, s existe uma alternativa, fazer tudo corretamente: primeiro, pegue o cinturo pela argola dorsal; depois, passe os ps no porta-coxas, j afivelados; em seguida, coloque os suspensrios pelos braos, um de cada vez; ajuste e trave a fivela da cintura e, depois, a do porta-coxas; por ltimo, a fivela secundria frontal. Voc estar quase pronto! Falta apenas um detalhe: o cabo-guia fica amarrado estrutura do prdio. Nele, fixam-se o trava-quedas e o cinto.

    Um alerta: nunca use cabo-guia de nylon. O certo escolher os de ao ou poliamida. E tome muito cuidado na hora da amarrao ou ancoragem do cabo-guia. Ele precisa ser forte o suficiente para aguentar a carga. Faa a inspeo sempre e fique atento aos desgastes.

    Agora, voc j sabe como fazer. Quem no segue as regras, arrisca a vida. Seguir o pas-so a passo garante todo mundo protegido.

  • 12 100% SEGURO UM PROGRAMA 100% SEGURO PARA VOC

    3. ESCAVAES - SENSIBILIZAOQuando se trata de escavar, o trabalho na construo civil pode apresentar perigos de soterramento e desmoronamento. Seja manual ou mecanizada, a escavao exige que o operrio seja extremamente qualificado e sempre atento. Alm disso, o servio deve ser feito com a superviso de um profissional habilitado, ele quem decide sobre as medidas de segurana.

    A organizao o primeiro passo, antes ainda de colocar a mo na massa. A rea de traba-lho deve estar limpa e os locais de circulao desocupados. Tambm importante checar a previso do tempo, porque o trabalho no poder ser realizado debaixo de chuva forte.

    Durante a obra, o material retirado da escavao tem que ser levado para longe. Os veculos s podem estacionar a uma distncia duas vezes maior que a profundidade da escavao. Se no for possvel desviar o trnsito, os carros devem passar em velocidade reduzida. Para os trabalhos em canteiro de obra ou via pblica, colocar sinalizao essencial: cones, fitas, cavaletes, tapumes... rvores, rochas e equipamentos devem ser escorados ou retirados, sempre com o cuidado de no atrapalhar as sadas de emergn-cia. Na hora de construir o escoramento ou fazer o clculo dos elementos estruturais, deve-se considerar as cargas, sobrecargas e possveis vibraes.

    Se a escavao for maior que 1,25m de profundidade, ser necessria uma escada em locais estratgicos, para o caso de imprevistos. Nas escavaes mais profundas, como de tneis e galerias, no dispense o cinto tipo paraquedista com trava-quedas ligado ao cabo de segurana, para garantir socorro mais rpido se algo der errado.

    Ateno: antes de comear qualquer atividade, todos os perigos devem ser identificados.

  • 13PROGRAMAS BOX 1

    4. PROTEO EM INSTALAES ELTRICAS - SENSIBILIZAOEm um canteiro de obras, qualquer descuido pode ser fatal. J imaginou o que pode acontecer se voc levar um choque eltrico? Para fugir do susto, preste ateno nas orientaes sobre as instalaes eltricas.

    O projeto e a superviso so tarefas para um profissional legalmente habilitado. Os ele-tricistas em servio devem ter formao em curso especfico. Mesmo provisria, a insta-lao eltrica requer ateno:

    Quando achar algum fio desencapado, chame o eletricista para fazer o isolamento ade-quado com fita isolante. Todas as extenses da obra devem ser feitas com condutores de dupla isolao.

    Quadros de distribuio de energia devem ficar trancados e os equipamentos eltricos aterrados, ligados ao solo.

    Mantenha o local de trabalho organizado: arrume os fios e os cabos para no atrapalhar a passagem de carros e pessoas.

    Disjuntores so obrigatrios em todas as mquinas e devem ter cadeado, este aces-svel apenas aos trabalhadores autorizados. Equipamentos s podem ser ligados ou desligados com a chave.

    Gambiarras no podem ser feitas na rede. Use tomadas, uma para cada equipamento, sem ligar mais de um no mesmo dispositivo. Proteja os plugues da gua e da umidade.

    Se houver rede eltrica perto de gruas, andaimes ou torres de elevador, instale barreiras de proteo ao redor da rea de trabalho. Dependendo do caso, chame a concessionria de energia local para to-mar as providncias.

    Os Equipamentos de Proteo Individual contra choque eltrico devem ser conferi-dos detalhadamente para o incio do tra-balho: botinas de couro com solado iso-lante, culos de segurana, capacete especial, luvas isolantes e de cobertura, cinto de segurana com talabarte, trava-quedas e vestimenta adequada.

    Caso haja suspeita de alguma rede, fio ou instalao eltrica que possa atrapalhar o ser-vio, procure o eletricista. Se tiver certeza do perigo, d sinal de alerta imediatamente ao supervisor. Quando o assunto segurana, integridade fsica compromisso.

  • 14 100% SEGURO UM PROGRAMA 100% SEGURO PARA VOC

    5. MOVIMENTAO DE CARGAS E PESSOAS - SENSIBILIZAOA movimentao de materiais no canteiro deve acontecer com segurana. Por isso, du-rante a montagem e a desmontagem, a rea ao redor deve estar isolada e sinalizada.

    Em caso de algum perigo, comunique-o imediatamente ao seu supervisor, equipe de segurana do trabalho ou a algum membro da Comisso Interna de Preveno de Aci-dentes (CIPA).

    Antes de fazer o transporte areo da carga, consulte, no manual do fabricante, o peso m-ximo aceitvel pelo equipamento utilizado. Alm disso, os cabos de ao no podem ter defeitos e devem ser obrigatoriamente inspecionados. Para fixar as extremidades dos cabos, use pelo menos trs clipes. A carga para o transporte deve ser bem acondicionada e armazenada. O gancho de fixao deve ter trava de segurana.

    Recomenda-se ao operador usar o alarme sonoro e no ultrapassar o peso mximo do equipamento. Todo o espao de movi-mentao de carga deve ter isolamento ou sinalizao.

    Para utilizar grua, prepare o Plano de Carga. No caso do elevador, as orientaes au-mentam: respeite o limite de passageiros e de carga; siga as instrues do operador que estiver no comando. No use o elevador para transportar, ao mesmo tempo, cargas e pessoas. Se precisar levar material no elevador de passageiros, o comando deve ser dado pelo lado de fora. No entre sem conferir se a prancha est no nvel do pavimento.

    Em todos os lugares de acesso, instale uma cancela com, no mnimo, 1,80m de altura, alm de um dispositivo de segurana para impedir que ela se abra quando o elevador estiver fora do pavimento.

    6. PROTEO COLETIVA CONTRA QUEDAS SENSIBILIZAONuma construo, os acidentes mais graves acontecem nas alturas das plataformas. Algumas aes deixam o trabalhador seguro. Vejamos.

    O guarda-corpo deve ter duas travessas de proteo, rodap e tela de segurana, com as medidas estabelecidas na NR 18. E a estrutura precisa estar bem presa superfcie.

    Poos de elevador e escada tambm no dispensam proteo coletiva. O centro da es-trutura deve ser firme e forte para aguentar todo o peso, com esforo concentrado de

  • 15PROGRAMAS BOX 1

    150Kgf/m. Essa proteo tambm apare-ce na hora de colocar as formas e na des-forma da laje de cima.

    Para evitar acidentes, feche as aberturas do piso com assoalho ou sistema guarda-corpo e rodap. Se as passagens forem necessrias para transportar material e equipamento, proteja o local com guar-da-corpo fixo e sistema de fechamento do tipo cancela.

    Nas construes com mais de quatro pa-vimentos, a plataforma principal de prote-o indispensvel. Ela deve ser montada ao redor da primeira laje ou, no mnimo, a um p direito acima do nvel do terreno.

    Comece a instalao a partir da concre-tagem. Quando o revestimento do prdio estiver concludo, retire tudo. Se os pavi-mentos mais altos forem mais estreitos que os outros, a plataforma principal fica na primeira laje recuada.

    Coloque telas na extremidade de cada pla-taforma e a cada trs lajes, instale plataformas secundrias, seguindo dimenses de ba-lano, complemento e inclinao, conforme a NR 18.

    Caso o edifcio tenha pavimentos no subsolo, ponha plataformas tercirias em direo ao cho, a partir da superfcie, observando as medidas determinadas na NR 18.

    O que est em volta da obra com tela tambm requer proteo, ela deve ser fixada de pla-taforma a plataforma. As plataformas secundrias e tercirias s podem ser retiradas quan-do a vedao da periferia estiver pronta at a plataforma de cima. E a principal s pode ser removida quando o revestimento externo do prdio, acima dela, estiver concludo.

    O sistema de proteo coletiva deve ser feito de material resistente. Toda a carga desne-cessria deve ser recolhida, para no prejudicar a estabilidade da estrutura. Importante: andar embaixo da plataforma muito perigoso.

    Na hora da montagem e desmontagem, obedea a sinalizao de segurana para no cair. Se for desmontar a proteo, deixe tudo organizado quando acabar. Nenhuma das peas pode ser retirada para outro servio, pois elas so fundamentais para garantir a sustentao da estrutura.

    As ferramentas e equipamentos no podem estar espalhados pela obra. E lembre-se de manter tudo limpo e organizado, para garantir proteo e segurana.

  • 16 100% SEGURO UM PROGRAMA 100% SEGURO PARA VOC

    7. ANDAIMES E ESCADAS SENSIBILIZAOOs andaimes so importantes na hora de pintar, construir ou reformar. Assim como as escadas, ambos pedem cautela com relao segurana. Existem diversos tipos de an-daimes e, para cada um, medidas de proteo especficas.

    O andaime sobre cavaletes utilizado nos servios em at dois metros de altura e dever ter, no mnimo, 0,90m de largura, alm de piso antiderrapante.

    O andaime tubular utilizado nas elevaes maiores. Para aguentar de uma vez o peso de quem sobe nele, do material e da prpria estrutura, preciso regular as sapatas ao nvel do cho.

    O andaime fachadeiro utilizado em trabalhos ainda mais altos, amarrado construo, para ter firmeza e fora. Guarda-corpo com rodap e barras de segurana so itens obri-gatrios.

    O andaime mvel a melhor alternativa para ir de um lado a outro no canteiro. Lembre-se de travar as rodas e fazer instalao em piso nivelado, isso garante o equilbrio.

    O andaime suspenso ideal para fazer revestimento externo, manuteno de fachada ou colocar pastilha. A carga mxima suportada tem que estar visvel, destacada.

    Outras dicas: o andaime deve ficar bem fixado e na posio certa; no interligue os an-daimes da construo; no trabalhe sob chuva ou vento forte; use madeira de qualidade, sem emendas, trincas, manchas ou rachaduras, sem mo de tinta para disfarar as mar-cas do tempo.

    As escadas precisam estar firmes, os montantes exigem cavilhas ou aberturas para en-caixe dos degraus. O comprimento mnimo entre os degraus deve ser de 0,25m e o m-ximo de 0,30m. Para as escadas de uso coletivo, adote o guarda-corpo com travesso. Rodap e sistema antiderrapante so indispensveis. No improvise! Pode ser perigoso.

    Montar, desmontar e utilizar andaimes e escadas, s longe da eletricidade ou com as redes eltricas protegidas.

  • 17PROGRAMAS BOX 1

    8. ANDAIMES SUSPENSOS MECNICOS MANUAISOs canteiros de obras so cada vez maiores e os prdios, cada dia mais altos, fazendo-se necessria a utilizao do andaime suspenso mecnico. A instalao s pode ser feita com a permisso de trabalho, a anlise de riscos e o plano de segurana. Durante a montagem, devem ser seguidas as instrues do fabricante. Vale lembrar que s o pro-fissional habilitado determina a fixao, a sustentao e a estrutura. O andaime tem que ter projeto, memria de clculo, especificao tcnica, croquis e ART.

    Quando o andaime estiver em fase de montagem ou desmontagem, importante sinalizar. Os cabos de ao merecem ateno especial, devem ser grandes o bastante para dar seis voltas em cada tambor, na posio mais bai-xa do estrado. A roldana deve permanecer limpa e conservada. Um alerta: nunca use cabo de fibra natural ou artificial.

    A sustentao dos andaimes feita por vigas, afastadores ou estrutura metli-ca. A resistncia deve ser de no mnimo trs vezes o maior esforo calculado. obrigatrio o uso do cabo de segurana adicional ao utilizar um nico guincho de sustentao por armao. Esse cabo deve ser de ao e estar ligado ao dispositivo de bloqueio mecnico automtico.

    A sustentao se d na platibanda ou no beiral do prdio, e requer um estudo de verificao estrutural, feito por profissional habilitado que deve acompanhar a obra. Se surgir alguma possibilidade de queda de materiais ou ferramentas, instale uma co-bertura ou uma plataforma bem resistente.

    No incio de cada jornada de trabalho, os dispositivos de suspenso devem ser che-cados por profissionais treinados de acor-do com o manual de procedimentos. Use sempre o cinto de segurana do tipo paraquedista, que liga o trava-quedas ao cabo-guia e fixado em estrutura independente.

    Ateno redobrada na hora de usar contrapeso! Ele deve ser feito de concreto, ao ou outro slido no granulado, alm de pesar e ter o formato fiel ao especificado pelo proje-to, com medidas marcadas em cada pea. Sacos de areia e latas de concreto no so o jeito certo de fixar o sistema de sustentao. Portanto, no improvise.

    A largura da plataforma de trabalho deve ter no mnimo 0,65m. Se for usado um guincho para cada armao, a largura mxima de 0,90m. Os estrados tm at oito metros de

  • 18 100% SEGURO UM PROGRAMA 100% SEGURO PARA VOC

    comprimento. Para subir e descer, use o guincho de elevao, acionado por alavancas, manivelas ou automaticamente. Eles precisam de um dispositivo que no deixe o tambor retroceder para a catraca. Esta deve ter segunda trava de segurana e capa de proteo. O sistema de guarda-corpo e rodap, fixado ao suporte do estrado, d mais segurana para quem est nas alturas.

    Andaime no depsito e nem pode dar carona, s entra o material a ser usado e os operrios que trabalharo nele. E nunca demais repetir: no interligue os andaimes da obra!

    Outras recomendaes fundamentais: no acrescente trechos em balano no estrado do andaime suspenso; fique longe das instalaes eltricas provisrias; se cair cimento ou argamassa, limpe tudo, pois a sujeira nos guinchos dificulta o enrolamento dos cabos e desgasta o equipamento. Nada mais simples que limpeza para manter a obra segura.

    9. ANDAIMES SUSPENSOS MECNICOS MOTORIZADOSO andaime suspenso mecnico motorizado a melhor opo para quem busca conforto e agilidade no transporte vertical. Ele usado em todas as fases da obra e pode ser do tipo pesado, se o servio for de pedreiro, ou leve, para os trabalhos de reparo, pintura ou manuteno. Possui plataforma, roda de apoio, dois motores e cabo de sustentao. O

    tamanho e a potncia variam de acordo com a obra.

    Para aproveitar com segurana as vantagens do equipamento, leia sempre o manual do fabricante antes de comear. Na montagem e desmontagem, use capacete, calados de segurana e luvas de raspa de couro. No se esquea da sinalizao de alerta.

    Convm ressaltar que s o profissional qualificado pode fazer a instalao. Ele precisa ter permisso de trabalho, anlise de riscos e plano de segurana. Diariamente, um operrio treinado deve fazer a reviso do andaime. E, ainda, todos os integrantes da equipe tm que ser qualificados e usar crach com as datas do ltimo treinamento e exame mdico

  • 19PROGRAMAS BOX 1

    ocupacional. Use somente ferramentas manuais, bem amarradas, para evitar quedas. Depois de tudo pronto, sinalize com destaque a carga mxima de trabalho.

    Caso haja risco de algo cair dos andares de cima, coloque uma cobertura ou plataforma bem resistente. preciso operar o andaime com muito cuidado. De preferncia, receba treinamento do fabricante.

    Quando a altura ultrapassar dois metros, lembre-se do cinturo com talabarte fixado ao dis-positivo trava-quedas e a um cabo de segurana independente da estrutura do andaime.

    Confira se todos os dispositivos de segurana foram instalados. Em caso de pane eltri-ca, mantenha a calma. Os motores tm dispositivo automtico de emergncia que man-tm a plataforma de trabalho parada e, quando acionado, opera a descida com seguran-a. Aviso importante: sempre que a inclinao atinge 15 graus, o andaime interrompe o movimento automaticamente. Por isso, mantenha a plataforma nivelada.

    Embarque apenas o material a ser usado e os operrios que vo trabalhar. No interligue um andaime ao outro para a circulao de pessoas. Mantenha distncia das instalaes eltricas provisrias e limpe sempre os guinchos e roldanas. Desligue e proteja o equipa-mento quando acabar o servio.

    10. ANDAIME APOIADO

    Construir, demolir, pintar, limpar, fazer manuteno ou reparo so trabalhos para o an-daime simplesmente apoiado. Como sempre, preciso ter cautela para evitar acidentes.

    O projeto deve ser feito por profissional habilitado, levando em conta o peso a ser su-portado. Tem que ter registro com memria de clculo, especificaes tcnicas, ART e croquis. Somente pessoal treinado pode fazer a montagem, com autorizao e anlise de quem solicitou o servio.

    Com os papis devidamente organizados, pode-se iniciar o trabalho. O andaime precisa de proteo e sinalizao da rea ao redor dele e de todo o material utilizado. A distncia

  • 20 100% SEGURO UM PROGRAMA 100% SEGURO PARA VOC

    do isolamento deve ser de 1,20m para cada dois metros de altura. Se no for possvel, procure a superviso ou o tcnico de segurana da obra.

    A sinalizao fundamental para evitar acidentes: placa vermelha durante a fase de mon-tagem e desmontagem, placa verde aps a concluso e inspeo. Antes disso, faa o checklist entre o montador e o solicitante do servio.

    No instale andaimes sobre tubulaes ou equipamentos se isso puder prejudicar o fun-cionamento. Se estiver perto de reas energizadas, respeite as distncias mnimas de acordo com a tenso eltrica da rede.

    Guarda-corpo e rodap so fundamentais tambm nas laterais dos andaimes, exceto no lado onde o servio vai ser executado. O montante precisa estar apoiado em sapatas sobre terra firme e nivelada.

    No use sobras de madeira no piso, que deve ter antiderrapante e forrao completa. Os pranches so apoiados em, no mnimo, duas travessas com 0,10m de sobra nas extre-midades. Novamente, vale observar: coloque madeira de boa qualidade, seca, sem ns ou rachaduras, e no pinte para cobrir imperfeies.

    A proporo mnima recomendada para as torres dos andaimes, que devem estar bem amarradas estrutura da edificao, de quatro vezes a menor dimenso da base de apoio. Retire obstculos que possam atrapalhar a escalada dos trabalhadores.

    Quanto s escadas, so necessrios espaos regulares de 0,25m a 0,30m entre os de-graus. Gaiola protetora ou cabo de ao com trava-quedas so obrigatrios a partir de quatro metros de altura.

    A largura mnima de segurana para andaimes sobre cavaletes da plataforma de trabalho de 0,90m, inclusive se a altura for maior que dois metros. As ferramentas devem ser amarradas e transportadas no porta-chaves.

    Proibido anular qualquer ao protetora ou retirar dispositivos de segurana, pois as con-sequncias podem ser graves.

    11. ANDAIME EM BALANOO andaime em balano boa soluo para ganhar espao e deixar tudo organizado. A melhor opo constru-lo em metal. Quando houver preferncia pelo andaime de ma-deira, siga as orientaes: use madeira seca com fibras retas e sem desvios helicoidais, evite trabalhar com material infestado por fungos ou cupins, ns, rachaduras, trincas ou empenamentos, no pinte a madeira para disfarar defeitos e no utilize aparas. Nova-mente, o projeto feito por profissional qualificado indispensvel. O carpinteiro envolvido no servio deve ser igualmente experiente e qualificado.

    Para calcular a carga mxima, leve em conta os materiais, ferramentas, mquinas e at o peso da prpria estrutura e dos operrios. O equipamento deve ser resistente e ter espa-

  • 21PROGRAMAS BOX 1

    o suficiente para qualquer movimento necessrio. A informao sobre o peso mximo deve estar sempre bem visvel para todos.

    Faa a inspeo periodicamente e no hesite se precisar de mais de uma plataforma, desde que com capacidade de suportar trs vezes a carga exigida pelo servio. O andai-me fica ancorado e a estrutura requer contravento.

    Na montagem, utilize somente pregos de ao, nunca de cobre e ferro fundido. Os mais grossos so ideais para servios com muita trao e esforo. A cabea do prego deve sempre afundar totalmente. Porm, nenhum prego pode ficar muito perto das bordas, nem em grande quantidade numa mesma linha da fibra. Durante a desmontagem, os pregos no podem ser retirados. E no se deve limpar a madeira.

    Quanto aos acessrios de segurana, o capacete, o calado de segurana e a luva de raspa de couro so obrigatrios. A mais de dois metros de altura, vista o cinturo e o trava-quedas, fixados com talabarte, em cabo de segurana independente. Procure saber tambm quais so os Equipamentos de Proteo Individual (EPI) especficos para o seu tipo de servio.

    Instale o andaime a menos de 1,80m do prumo da edificao, com guarda-corpo e roda-p reforados com mo francesa. Quando 1,20m no for tamanho suficiente para garantir segurana, levante o travesso superior na quantidade necessria. Mas a distncia entre o travesso e o rodap no pode ser maior que 0,50m, e esse espao tem que ser fecha-do com tela de arame galvanizado nmero 14 ou outro material resistente.

    As peas transversais do sustentao e transferem o peso da plataforma para o edifcio. O piso do andaime deve ser antiderrapante. Saiba que o contrapeso no serve para sus-tentar a parte interna. Muito cuidado ao iar equipamentos, pois eles podem se chocar contra a prpria estrutura. Vale repetir: nunca una os andaimes por meio de passarelas. E ao final da jornada de trabalho, faa a limpeza e retire ferramentas, materiais e entulhos do andaime. Mantenha organizado seu local de trabalho, o benefcio de todos.

    12. ALVENARIA DE VEDAOQuando o assunto alvenaria de vedao, fundamental conhecer as atitudes que do segurana na hora de transportar os materiais, armazenar e executar a obra.

  • 22 100% SEGURO UM PROGRAMA 100% SEGURO PARA VOC

    Antes de levar materiais de um lugar para o outro, confira o peso da carga e se o equipa-mento utilizado tem capacidade suficiente para fazer o transporte, bem como as caracte-rsticas e limitaes de funcionamento.

    Quando usar transporte manual, tome cuidado na realizao de esforo para no prejudi-car a sade. Gruas, guinchos e elevadores so ideais para transportar material paletizado e evitar esses problemas. Ateno s embalagens! Elas devem estar em boas condies para no rasgar no meio do caminho.

    Blocos, tijolos, pedras ou entulhos tm que ficar organizados e sinalizados. Evite os ex-cessos e mantenha no pavimento somente o material a ser usado. A altura mxima para

    o empilhamento de dez fiadas.

    Faa uma reunio com a equipe para to-dos os esclarecimentos necessrios, d-vidas sobre os perigos, equipamentos e medidas de proteo. Planeje a alvenaria para cada pavimento, logo aps a des-forma da laje. E antes de comear, confi-ra: aberturas nos pavimentos protegidas; guarda-corpos e plataformas colocados nos pontos mais altos; cinto de segurana fixado ao cabo-guia; culos e luvas imper-meveis.

    Inicie a alvenaria pelas escadas, fachadas, elevadores, prismas de ventilao e iluminao. Para proteger a coluna vertebral, mante-nha a caixa de massa no nvel do assentamento. Confira sempre se o andaime simples-mente apoiado aguenta todo o peso.

    Vale reforar que improvisar est fora dos planos. O operrio s pode trabalhar nas es-cadas com a ajuda do cinto do tipo paraquedista. Com ventos fortes e vibraes, as paredes altas correm o risco de cair. Para isso no acontecer, avalie o escoramento da alvenaria. Conforme a situao, tirantes e escoras garantem a estabilidade.

  • 23PROGRAMAS BOX 1

    Mantenha tudo limpo, sem sobras de massa, bloco ou tijolo espalhadas no cho ou nas es-cadas. Lembre-se que o cimento irrita a pele. Antes de ir para casa, no deixe de tomar um banho e trocar de roupa. Um jeito simples de conservar a qualidade de vida e do servio.

    13. BARREIRAS HORIZONTAIS PISOS E SHAFTSBarreiras horizontais fazem parte da proteo coletiva contra quedas. Aberturas no piso ou na laje da construo merecem medidas de segurana. Primeiro, procure saber se o vo est sendo usado para transporte de materiais. Caso no tenha esse objetivo, prefira o guarda-corpo ou o assoalho provisrio sem frestas.

    Todo sistema de proteo coletiva deve ter projeto de execuo de acordo com as eta-pas da obra, as especificaes tcnicas e o cronograma de instalao das medidas preventivas. Vrios tipos de guarda-corpo podem ser utilizados: de madeira, de es-trutura metlica ou misto. O importante que estejam sempre bem sinalizados.

    O ponto de entrada e sada de material deve ser do tipo cancela ou similar. Melhor que todas as aberturas fiquem tampadas. A proteo tem que ser slida, inteiria, fi-xada em pea metlica ou de madeira. No pode apresentar frestas ou falhas, para im-pedir a queda de material.

    Todo sistema de proteo coletiva contra quedas deve ter projeto de execuo e especificao tcnica, de acordo com o Programa de Condies e Meio Ambien-te de Trabalho na Indstria da Construo (PCMAT) e com as etapas da obra. O do-cumento tem que apresentar as especifi-caes tcnicas e o cronograma de insta-lao das medidas preventivas.

    Para defender trabalhadores de possveis quedas, a proteo deve resistir a um esforo vertical de, no mnimo, 150kgf/m, no centro da estrutura. Mas se a inteno proteger re-as de circulao de veculos ou cargas muito pesadas, calcule o esforo necessrio para cada caso. Com todas essas precaues, o trabalho ser realizado sem transtornos.

    14. BARREIRAS COM REDESOs operrios so muito importantes para o canteiro de obras, com a ajuda de ferramen-tas, equipamentos, materiais de construo e muito trabalho. Nas alturas, o sistema de

  • 24 100% SEGURO UM PROGRAMA 100% SEGURO PARA VOC

    barreira com redes tem papel primordial e dicas especiais de segurana, para anular os riscos de queda.

    A principal diferena entre o sistema de barreira com rede e o de guarda-corpo e rodap est nas barras horizontais. Para as barreiras com redes, as extremidades precisam ser fixadas na estrutura definitiva do edifcio. Entre elas, coloque uma rede de proteo com abertura de intervalo en-tre 20mm e 40mm. Nas telas, nos disposi-tivos de fixao e em qualquer ponto do sistema, a resistncia de 150kgf.

    A barra de cima, feita de tubo metlico, funciona como parapeito, e fica a 1,20m do piso. Outra opo o cabo de ao com dispositivos tensores. Se a barra de baixo tambm for feita de um desses dois materiais, deve ficar rente ao piso. O espao entre eles no pode passar de 0,03m, e a fixao deve ser colocada a cada 0,50m, servindo tambm de estrutura para a da tela, que cobre todo o espao entre as barras de cima e as de baixo. A amarrao precisa ser contnua, uniforme e feita na vertical.

    15. CABOS DE AO E DE FIBRA SINTTICA PARTE 1Nos trabalhos pesados, preciso acionar a resistncia dos cabos de ao e dos de fibra sinttica. Eles podem ser usados em equipamentos de perfurao, elevao, mquinas de terraplanagem e iamento. A utilizao segura depende da ateno para alguns detalhes que voc vai conhe-cer agora.

    Antes de comear o servio, consulte as indicaes da Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT): NBR 6327/83 Cabo de Ao / Usos gerais, com infor-maes sobre o uso, tamanho e conservao dos cabos.

    A carga de ruptura deve ser de, no mnimo, cinco vezes o peso mximo de trabalho, e re-sistncia trao de 160kgf/mm2. Se o cabo for usado para sustentar a cadeira suspensa ou no cabo-guia para a fixao do trava-quedas do cinto de segurana do tipo paraque-dista, siga as recomendaes: o traado triplo precisa ser construdo em mquina com 16, 24, 32 ou 36 furos; deve ter traado externo, interno e alma central em multifilamento de poliamida; e traado intermedirio do mesmo material ou de polipropileno, com alerta visual amarelo. A densidade linear de 95 + 5 quilotex (Ktex) e a carga de ruptura de, no

  • 25PROGRAMAS BOX 1

    mnimo, 20 quilonewtons (KN). Se o cabo no tiver traado externo, essa capacidade diminui.

    O nome do fabricante, o CNPJ e o nmero da norma reguladora devem estar no tra-ado interno. Tambm confira sempre as informaes do rtulo e respeite o seguin-te aviso - CUIDADO: CABO PARA USO ESPECFICO EM CADEIRAS SUSPENSAS E CABO-GUIA DE SEGURANA PARA FI-XAO DE TRAVA-QUEDAS.

    Passemos ento s orientaes de utilizao. Os cabos devem ser fixados por um dis-positivo que impea o deslizamento e o desgaste. Se no estiverem em perfeito estado, substitua imediatamente. Quando prontos para o uso, recorra aos clipes para prend-los. A quantidade necessria depende do dimetro, conforme tabela abaixo:

    Dimetro Do cabo (mm) Nmero De clipes

    5 a 12 4

    12,5 a 20 6

    22 a 25 6

    25 a 35 8

    35 a 50 8

    Os clipes no podem ter emendas nem pernas quebradas. Clipes sintticos devem passar por ensaios e a carga de ruptura por avaliao do Sinmetro (Nota Tcnica ISO 2307/1990).

    Ao instalar o soquete, verifique se ele e o pino tm o tamanho certo para o cabo. Para melhor assent-lo, use um martelo de madeira ou de borracha, antes de suspender a primeira carga. Verifique soquete (sem trincas ou rachaduras, no use solda para fazer emendas), cunha e pinho.

    Quanto aos ns, laos pequenos so o primeiro passo. A cada amarrao, a fibra sintti-ca perde a resistncia, mas existem alguns tipos especficos que causam menos danos. Mantenha os cabos de ao e de fibra distantes de leo queimado, pois essa substncia cida e enferruja. E uma ltima recomendao: no deixe de verificar as montagens permanentes. Orientaes seguidas, segurana garantida, mos obra!

    16. CABOS DE AO E DE FIBRA SINTTICA PARTE 2Cuidado nunca demais com cabos de ao e de fibra sinttica. Por isso, vale a pena ler mais sobre eles para trabalhar de forma segura. Tudo o que no estiver em perfeito esta-do deve ser substitudo.

  • 26 100% SEGURO UM PROGRAMA 100% SEGURO PARA VOC

    A inspeo tem que ser diria: verifique se o cabo est corrodo, desgastado, esma-gado, achatado, com gaiolas ou arames quebrados; confira as emendas e cone-xes; cabos com dobras ou tores no tm conserto.

    As polias tambm merecem vistoria peri-dica. No use um cabo novo numa polia danificada, isso diminui o tempo de vida dele e perigoso. Veja ainda as amarras e o enrolamento do cabo no tambor. Evite arestas vivas, sobrecargas, abalos violen-tos e ns.

    Manter o cabo de ao sem corroso sim-ples. Alm de proteger a alma de fibra, a lu-brificao ajuda as peas mveis a deslizar facilmente. O desgaste reduz a resistncia do cabo. Portanto, deixe o equipamento sempre limpo e aplique o lubrificante com uma escova.

    Sobre a instalao dos clipes: o primeiro deve estar longe da extremidade morta do

    cabo; coloque o parafuso U sobre a extremidade viva, apoiado na sela do clipe; depois, aperte as porcas de maneira uniforme, com o torque recomendado; na sequncia, apli-que o segundo, bem perto da laada, com o parafuso U sobre a extremidade morta; gire as porcas at ficarem bem firmes, mas sem apertar.

    Os outros clipes ficam distribudos igualmente entre os dois primeiros. A separao entre eles precisa ser igual a seis vezes o dimetro do cabo. Mas eles no podem ficar sepa-rados a uma distncia superior largura da base do clipe. Depois, gire as porcas, tire a folga do cabo e aperte outra vez. As sapatas dos clipes ficam na extremidade do cabo e devem se ajustar ao dimetro tambm.

    Guarde e acondicione os cabos fora de uso longe de sujeira. Faa inspeo visual. Geral-mente, os cabos de ao so guardados em bobinas resistentes de madeira, que devem ser espaosas e receber identificao individual.

    O cabo de ao em rolo tambm deve ser protegido contra umidade, poeira e lama. As bobinas de cabos ou rolos vm com informaes sobre nome do fabricante, nmero de identificao, categoria, dimetro e comprimento do cabo, tipo de alma, alm das mas-sas bruta e lquida.

    Para o servio ficar completo, confira os EPIs obrigatrios para manusear os cabos de ao: capacete com aba frontal; botina de vaqueta com biqueira de ao; luva de raspa de couro; cinturo de segurana do tipo paraquedista; trava-quedas; e equipamentos espe-cficos para o trabalho ou lugar.

  • 27PROGRAMAS BOX 1

    17. CADEIRA SUSPENSAQuando o andaime no apropriado para o trabalho, usa-se a cadeira suspensa, sempre com ateno s medidas de segurana. A estrutura e a fixao do equipamento ficam sob a responsabilidade de um profissional habilitado. Depois do projeto feito, elabore o plano de montagem e a ART.

    O CNPJ e a razo social do fabricante devem estar visveis na cadeira, em destaque. Caso haja muita gente por perto, sinalize bem a rea. Fique longe das redes eltricas e inspecione os equipamentos todos os dias. O cabo de ao, por exemplo, no pode ter ns, fios quebrados, nem pontas desfiando. Se encontrar qualquer problema, chame logo o tcnico de segurana.

    Na instalao da cadeira, todo cuidado pouco. As amarraes tm que suportar o peso. Os clipes devem ser presos da maneira correta e as quinas ficam protegidas, para no estragar os cabos. Para garantir segurana total, confira se a sapatilha do lao est bem instalada.

    A ancoragem garante a proteo individual nos servios de limpeza, manuteno e res-taurao de fachadas. Os pontos de ancoragem so necessrios s construes com, no mnimo, 12m ou quatro pavimentos. Eles so independentes, feitos de material inoxi-dvel, e ficam distribudos por todo o edifcio. Devem resistir a 1200kgf e ficar no plano estrutural. O dispositivo espaador instalado no ltimo andar e deixa a cadeira a 0,30m do edifcio, garantindo a movimentao do topo ao solo.

    Antes de subir, confira o uniforme: capa-cete com jugular, culos e calados de segurana; luvas em ltex, de raspa ou malha pigmentada; cinto de segurana do tipo paraquedista; se o local for muito barulhento, protetores de ouvido so fun-damentais.

    S comece o trabalho depois que a linha de vida for instalada com trava-quedas, este de uso individual. No pode faltar dis-positivo de descida e subida com dupla trava de segurana na cadeirinha, para dei-

    xar o cabo de ao passar. Enrole o excesso de cabo do jeito certo. O cabo de suspenso precisa de proteo mecnica para no se desgastar.

    Trabalhe com conforto, de acordo com as normas de ergonomia. Evite riscos, no impro-vise: ns, sacos de pedra ou latas de concreto no podem ser usados para a sustenta-o. Finalmente, s quem tem qualificao pode sentar na cadeira suspensa, qual as ferramentas manuais devem estar amarradas.

  • 28 100% SEGURO UM PROGRAMA 100% SEGURO PARA VOC

    18. ESCADAS PORTTEISA escada porttil tem grande utilidade em diversas situaes, principalmente nos tra-balhos pequenos e provisrios. Ela pode ser de mo, de abrir ou extensvel, em metal, madeira ou qualquer outro material resistente e estvel.

    O espao entre degraus deve ser sempre o mesmo, com cavilhas ou aberturas para dar mais firmeza. Cada degrau deve aguentar uma carga de at 160kgf e ter um metro de sobra no topo.

    A escada de mo precisa de um dispositivo para no escorregar, ou ento ter a parte de cima e a de baixo bem presas no cho e na parede.

    A escada de abrir, por sua vez, mede, no mximo, seis metros quando fechada. sempre bom checar se o afastador e o li-mitador de abertura com sistema antibelis-co esto funcionando.

    A escada extensvel a melhor opo nos servios pequenos. Deve ter dispositivo limitador de curso no quarto vo, a partir das catracas. Depois de aberta, deixe pelo menos um metro de sobreposio.

    A manuteno constante das escadas, ca-tracas e roldanas fundamental. No igno-re rachaduras ou defeitos, nem use pintu-ras para escond-los. Nunca ultrapasse os ltimos trs degraus da escada de abrir e da extensvel, e use sempre as duas mos. Ambas devem possuir degraus antiderra-pantes.

    No utilize escadas em reas de risco de queda de material ou perto de redes el-tricas desprotegidas. Sinalize a rea de trabalho, o alerta indispensvel se o can-

    teiro de obras estiver perto de carros ou pe-destres. Se a escada tiver mais de 25kg, pea ajuda para transportar, com cuidado para no machucar ningum ela deve ficar na horizontal com a parte da frente na altura da cabea. Quando terminar o expediente, guarde todos os materiais e equipamentos.

    19. ESCADAS FIXASAs escadas fixas do tipo marinheiro e de uso coletivo so usadas com frequncia na construo civil. A do tipo marinheiro s aparece nos casos em que a inclinao entre

  • 29PROGRAMAS BOX 1

    os pisos tem de 75 a 90 graus, com altura maior que seis metros para cima ou para baixo. O uso da gaiola obrigatrio, a par-tir de dois metros da base e at um metro depois do ltimo piso. Ela deve ter anis com, no mnimo, trs barramentos, todos capazes de suportar 80kgf no ponto mais frgil.

    A distncia entre a gaiola e o degrau de 0,60m, e a abertura da parte de baixo pre-cisa ser 0,10m maior que o resto da estru-tura, para facilitar entradas e sadas.

    A cada trs metros, os montantes devem ser fixados na parede. Nunca se apoie neles. A resistncia tem que ser trs vezes maior que o esforo necessrio.

    Os degraus ficam presos na parede ou nos montantes. O certo colocar as mos neles, por isso importante que o formato facilite a pegada.

    Escadas mais altas demandam pausas para descanso. As com mais de dez metros de-vem ter plataformas com pelo menos 0,36m2. A distncia mxima entre elas de nove metros para cima. E para trabalhos subterrneos, quatro metros para baixo.

    O material da escada pode ser ferro ou madeira, varia de acordo com o tipo de servio. Nunca demais repetir que voc no deve usar tinta para esconder as imperfeies. E tem que fazer a inspeo diria para evitar acidentes.

    Para equipes com mais de 20 trabalhadores, adote a escada de uso coletivo.

    Quanto mais operrios no grupo, mais larga ela deve ser. Ateno para as medidas:

    N De empregaDos largura mNima

    45 0,80m

    > 45 e 90 1,2om

    > 90 e 135 1,50m

    > 135 2,00m

    O mesmo vale para a relao entre o ngulo e o tamanho dos degraus:

    Ngulo DimeNses Dos Degraus

    piso altura

    24 23 cm 20 cm

    30 29 cm 17 cm

    38 33 cm 15 cm

  • 30 100% SEGURO UM PROGRAMA 100% SEGURO PARA VOC

    As escadas com largura superior a 1,50m precisam receber reforo na parte de baixo. As mais largas ganham um corrimo no meio, para ajudar nos deslocamentos.

    Se o desnvel for maior que 2,90m, indica-se a colocao de um patamar com compri-mento e largura no mnimo iguais aos da escada, o que permitir pausas para descanso. Quando subir e descer, segure no corrimo superior para evitar escorreges.

    20. GUARDA-CORPOS E RODAP (GCR)Trabalhar em construo exige cautela redobrada. O Sistema de Guarda-corpos e Roda-p (GcR) d mais segurana.

    A instalao obrigatria, sempre que houver risco de queda de pessoas, materiais, ferramentas ou a partir da primeira laje. Assim como todo sistema de proteo coletiva, deve ter projeto de execuo de acordo com as etapas da obra, especificaes tcnicas e cronograma de instalao das medidas preventivas. Todos esses documentos fazem parte do PCMAT.

    O GcR deve ser construdo com materiais resistentes, madeira bem escolhida, sem apa-ras, ns, rachaduras ou falhas. No lugar da tinta, prefira o verniz claro ou leo de linhaa quente, que favorecem a inspeo das peas. Se precisar de um GcR de metal, ele pode ser combinado com a madeira, desde de que seguidas as devidas instrues. Todo GcR tem regras detalhadas a serem obedecidas.

    O travesso superior, formado pelo barrote e parapeito, serve como anteparo rgido de proteo. Deve ser instalado a 1,20m desde o eixo da pea at o piso de trabalho ou at a altura suficiente para a segurana.

    J o travesso intermedirio fica entre o rodap e o travesso superior, a 0,70m desde o eixo da pea at o piso de trabalho. Ele pode ser substitudo por barrotes verticais, desde que a distncia mxima entre eles no ultrapasse 0,15m.

    O montante serve para fixar o GcR superfcie de trabalho ou de circulao, alm de prender os travesses e o rodap. As distncias entre eles devem ser de, no mximo, 1,50m.

  • 31PROGRAMAS BOX 1

    O conjunto dessas peas demanda resistncia mnima a esforos concentrados de 150 kgf/m no centro da estrutura.

    Feche o espao entre os travesses e o rodap com uma tela para impedir a queda de materiais, fixe-a do lado interno dos montantes.

    21. RAMPAS E PASSARELASRampas e passarelas abrem caminhos e facilitam o deslocamento do trabalhador na hora de atravessar de um lado a outro da obra. Parece simples, mas exige ateno segurana.

    A construo, com piso, guarda-corpo e pontos de fixao, tem que seguir a norma tcnica. Os memoriais descritivos e de cl-culo, presentes em cada projeto, devem indicar os materiais utilizados e a carga mxima.

    Para o deslocamento sobre vos, a passa-rela ideal constitui-se basicamente de um plano horizontal, sem inclinao, com ex-tremidades equivalentes a, no mnimo, da largura do vo. Elas devem estar bem presas.

    Em pisos com ngulo de zero a quinze graus, melhor usar a rampa. Se ela tiver entre seis e vinte graus, coloque piso antiderrapante. Para a passagem de caminhes e outros veculos, a largura mnima recomendada de quatro metros. As extremidades tm que ficar bem estveis, e os pisos da passagem e da superfcie a ser alcanada devem ser nivelados. Proteja e sinalize as reas prximas aos acessos.

    Quanto mais pessoas forem usar, maior a largura:

    at 45 pessoas = 0,80m

    46 a 90 pessoas = 1,20m

    91 a 135 pessoas = 1,50m

    mais de 136 = 2m

    Em canteiros com mais de 90 trabalhadores, coloque reforo intermedirio na base da rampa.

    Em terrenos naturais instveis, anule qualquer possibilidade de balano, chame um tc-nico para garantir a estabilidade. Lembre-se que o improviso inimigo dos canteiros de obras, no coloque tbuas ou escadas para servir de passagem. Alm disso, a inspeo peridica fundamental.

  • 32 100% SEGURO UM PROGRAMA 100% SEGURO PARA VOC

    22. PLATAFORMAS DE PROTEO BANDEJASO trabalho em alturas requer o uso cuidadoso de plataformas de proteo. Sempre que uma obra atingir mais de quatro pavimentos, obrigatrio instalar a plataforma principal de proteo e as plataformas secundrias, que garantem a qualidade e a segurana do trabalho. Elas impedem que trabalhadores sejam feridos se qualquer ferramenta ou ma-terial cair.

    A plataforma principal de proteo deve ser instalada na altura da primeira laje, em ba-lano ou apoiada, logo depois da concretagem. A cada trs lajes, instale uma plataforma secundria.

    Toda plataforma deve ser rgida e bem dimensionada, para suportar os impactos pre-vistos. Esse equipamento tambm consiste num sistema de proteo coletiva, portanto deve ter os documentos do PCMAT: projeto de execuo de acordo com as etapas da obra, especificaes tcnicas e cronograma de instalao das medidas preventivas.

    O permetro da construo precisa ser fechado com tela de resistncia de 150kgf/m, bem fixa nas extremidades dos complementos das plataformas. A fixao da plataforma na laje concretada deve ser planejada com antecedncia.

    Recomenda-se, para a plataforma principal, projeo horizontal mnima de 2,50m e um complemento de 0,80m, com inclinao de 45 graus a partir da extremidade. J a pla-taforma secundria deve ter, no mnimo, 1,40m de projeo horizontal e complemento semelhante ao da plataforma principal.

    Quando os pavimentos mais altos forem recuados, a plataforma segue uma lgica dife-rente. A principal deve ser instalada na primeira laje recuada e as secundrias a partir da quarta laje. Se a construo tiver pavimentos no subsolo, as plataformas tercirias entram a cada duas lajes, a partir da plataforma principal, at o subsolo. Medidas: 2,20m de pro-jeo horizontal e complemento de 0,80m. A inclinao de 45 graus. Lembre-se da tela instalada na extremidade de cada plataforma.

    O uso de suporte metlico exige material em perfeito estado, para no comprometer a segurana. O estrado das plataformas no pode ter nenhuma imperfeio. Os recortes

  • 33PROGRAMAS BOX 1

    para as prumadas devem ser mnimos. Os reforos das plataformas tambm possuem normas e precisam de inspees frequentes.

    Se em algum momento a plataforma de proteo for retirada, depois tem que ser colo-cada de volta aonde estava. Mantenha as plataformas sempre limpas, para evitar carga desnecessria. S retire a plataforma secundria quando a vedao da periferia estiver concluda at a plataforma de cima. E a plataforma principal s pode ser desmontada quando o revestimento externo acima dela estiver pronto. No sem antes da desmonta-gem retirar todo o material, para que nada caia. A retirada das plataformas deve ser feita na ordem, passo a passo, de cima para baixo. Ser necessrio um andaime suspenso mecnico ou do tipo fachadeiro para essa tarefa.

    23. PLATAFORMAS AREAS PARTE 1A plataforma area um equipamento que facilita o servio em altura na construo civil, e trabalhar com ela uma tarefa delicada. Para oper-la, importantssimo ser capacita-do e conhecer profundamente o manual de instrues, que deve estar sempre mo, em portugus, mesmo se o equipamento for alugado.

    Cada plataforma area tem detalhes diferentes, todas precisam dos itens de proteo com especificaes do fabricante. Um deles o dispositivo de segurana, que garante nivelamento perfeito. Outros so o guarda-corpo e a ala de apoio interno. O boto de pa-

    rada de emergncia, que fica no painel de controle, tem que ser checado. Se houver pane eltrica, hidrulica ou mecnica, ele leva todo mundo para o cho sem proble-mas. Ateno: o equipamento precisa de um sistema sonoro automtico, a ser acio-nado toda vez que a plataforma estiver em subida ou descida.

    Para no levar choque, proteja a plataforma contra descargas eltricas: faa primeiro o aterramento eltrico e instale o dispositi-vo diferencial residual. Todo equipamento deve ter plugues, tomadas blindadas e ca-bos de alimentao com isolao dupla.

    O guarda-corpo insubstituvel e precisa estar em excelentes condies. No co-loque pranchas, escadas ou outros dis-positivos para subir mais alto, nem use a plataforma como guindaste. Se o tempo estiver fechado, no se arrisque! Confira no manual a velocidade mxima do ar e a inclinao da plataforma em relao ao

  • 34 100% SEGURO UM PROGRAMA 100% SEGURO PARA VOC

    solo, assim como os princpios bsicos de segurana, inspeo e operao para o resto da equipe.

    Para operar uma plataforma area, so exigidos treinamento e certificado de capacita-o. O traje de segurana inclui cinto do tipo paraquedista ligado ao guarda-corpo ou dispositivo especfico. O usurio deve conduzir a equipe de operao e supervisionar todo o servio, alm de registrar, durante cinco anos, quem foi treinado em cada tipo de plataforma. Vale lembrar que s entra na plataforma quem estiver trabalhando, ela no foi feita para dar carona.

    24. PLATAFORMAS AREAS PARTE 2Para operar a plataforma area, preciso conhecer mais alguns detalhes. S trabalhador qualificado pode fazer instalao, manuteno e inspeo diria. Um profissional legal-mente habilitado supervisiona toda a equipe.

    Antes de comear, confira o estado das peas, faa o teste para garantir o funcionamento de tudo: dispositivo de segurana do equipamento; controle de operao e emergncia; dispositivo de proteo individual e contra quedas; sistema de ar, hidrulico e de com-bustvel; painis, cabos e chicotes eltricos; pneus, rodas, placas, sinais de aviso e de controle; estabilizadores, eixos expansveis e a estrutura em geral. Se o fabricante incluir mais itens, eles tambm passam pelo teste.

    Qualquer caracterstica fora do previsto ou adequado tem que ser corrigida. Todas as observaes devem ser detalhadas no livro de registros: data, problema, soluo, nome de quem fez o conserto e do responsvel pela liberao do equipamento, descrio do servio. Esse documento deve ser guardado durante cinco anos.

    Para garantir a estabilidade, tudo deve funcionar de acordo com o manual. Confira os es-tabilizadores e eixos expansveis e a distribuio da carga em cima da plataforma. Nunca ultrapasse o peso permitido.

  • 35PROGRAMAS BOX 1

    Siga o programa de manuteno preventiva para no ser pego de surpresa. necessrio o apoio de um profissional habilitado para verificar se est tudo certo com as funes, controles de velocidade, descanso e limites de funcionamento. Os controles inferiores e superiores devem funcionar perfeitamente. A rede e o mecanismo dos cabos tambm no podem dar problema. Cheque ainda os dispositivos de segurana e emergncia e as placas, os sinais de aviso e os controles, tudo no lugar certo. Se aparecer pea gasta ou com defeito, troque imediatamente.

    Lubrifique as partes mveis da plataforma e inspecione os elementos do filtro, da refrige-rao, o leo hidrulico e o leo de motor. Fique muito atento aos elementos de fixao e dispositivos de trava. Equipamento parado h mais de trs meses exige manuteno antes de nova operao. Quando alugar, vender ou arrendar, a reviso fundamental.

    25. PLATAFORMAS AREAS PARTE 3Na terceira e ltima parte das dicas sobre plataformas areas, entenda a importncia de fazer a inspeo visual diariamente e como manobrar o equipamento dentro do canteiro de obras.

    Depois dos testes de funcionamento e da inspeo visual, hora de pilotar a mquina. Use sempre o cinto de segurana do tipo paraquedista, ligado ao guarda-corpo.

    A viso do caminho deve ser clara e ampla. Afaste-se de rampas, barreiras, depresses e obstculos areos. Cheque as distncias mnimas no projeto ou na ordem de servio.

    Em superfcies irregulares ou com decli-ves, opere a plataforma devagar, respeite a velocidade indicada pelo fabricante. Aten-o: no passe por rampas com inclinao superior especificada no projeto.

    Se houver veculos ou equipamentos m-veis na rea, confira na ordem de servio os cuidados especiais a serem adotados. Para se proteger dos choques, fique lon-ge das redes eltricas. Mas se isso no for

    possvel, consulte a concessionria de energia local, e saiba como fazer o isolamento. Delimitar e sinalizar o local evita a circulao de operrios no autorizados na rea de trabalho. O equipamento s pode ser operado em cima de caminhes, trailers ou outros veculos projetados com essa finalidade. Caso os projetos, manuais ou especificaes venham de outros pases, necessrio que respeitem as normas tcnicas do Brasil.

    Verifique no projeto e no manual do fabricante as condies ideais para a superfcie de operao. Sempre bom relembrar: se o cu estiver carregado, no se arrisque, pois a plataforma no pode funcionar debaixo dgua. Na hora da descida, no pode haver nenhuma mquina ou pessoa por perto.

  • 36 100% SEGURO UM PROGRAMA 100% SEGURO PARA VOC

    Carregue as baterias em reas ventiladas e longe de locais com risco de exploso. No fim do expediente, deixe o equipamento desligado na base, esta protegida contra acio-namento no autorizado. Quem opera uma plataforma area deve estar atento a todos os detalhes.

  • 37

    PROGRAmAS BOX 22

    26. ESTRUTURA DE CONCRETO CIMBRAMENTOO cimbramento garante a sustentao da estrutura das obras: vigas, lajes, pilastras. Os suportes, tambm conhecidos como escoramentos, fixam as formas at o concreto se-car, e asseguram a circulao dos operrios sem riscos de desabamento.

    Em busca de segurana, o primeiro passo o clculo prvio do cimbramento por um pro-fissional qualificado. Ele determina o material, a forma, a quantidade e o posicionamento das escoras. O cuidado comea na base, com ateno aos recalques. Alm da diferena de altura, eles podem condenar o cimbramento definitivamente.

    Quanto ao material para as escoras, d preferncia s tubulares, pois elas so leves e baratas, suportam muito peso e tm longa durao. De diferentes mate-riais, possuem a vantagem de poderem ser usadas repetidas vezes. Ao reutilizar, certifique-se de que as conexes esto bem fixas e os montantes sem ferrugem ou amassados.

    As escoras de madeira tambm funcionam, mas so pesadas, inflamveis, difceis de alinhar e emendar, alm de no serem exa-tas no que diz respeito capacidade de peso suportado. Se elas forem a nica op-o, confira se a madeira tem certificado ambiental. Caso precise reutilizar, descarte as peas com fendas ou rachaduras. Ao instalar, cuidado com as ferramentas, no improvise. Use sempre material adequado e em bom estado. Perfis de mesma altura, mas de pesos diferentes, devem ser muito leves nos clculos estticos.

  • 38 100% SEGURO UM PROGRAMA 100% SEGURO PARA VOC

    Na hora de despejar o concreto, observe com cautela o escoramento, para corrigir pe-quenas deformaes. Informe o projetista caso haja imprevistos. Para remover um cim-bramento com segurana, as cunhas de madeira devem ser as primeiras a serem reti-radas, devagar, e nunca antes de o concreto estar totalmente seco. Portanto, bom ter algum qualificado acompanhando a fase de concretagem, a fim de garantir a qualidade da obra.

    27. ESTRUTURA DE CONCRETO CARPINTARIAA serra circular usada na construo composta por uma mesa lisa, firme, com abertura para a lmina e um motor eltrico. Conforme a madeira utilizada, os tamanhos dos dentes e discos podem variar. Para oper-la, o trabalhador tem que ser qualificado e usar todos os equipamentos certos de proteo individual (EPIs).

    Fique atento aos cuidados de segurana. Dispense qualquer madeira podre, empenada, ressecada ou com ns soltos, pois esses defeitos prejudicam a resistncia e podem cau-sar acidentes. As mos devem ficar bem afastadas da serra.

    O equipamento s deve ser ligado durante o uso. Caso contrrio, mantenha desligado. Cheque sempre a instalao eltrica da serra. O boto de liga e desliga (chave protetora ou disjuntor) tem que ficar ao alcance das mos, para qualquer emergncia.

    Toda serra circular roda obrigatoriamente com um cutelo divisor - um protetor metlico em forma de arco. Ele impede que o dis-co prenda e evita que a madeira se volte contra o operador. Deve estar no mximo a dez milmetros do disco, e suportar uma carga de at 45kg/mm2.

    A coifa protetora resguarda as mos ou outra parte do corpo do carpinteiro, para que no encostem na lmina. Muita ateno! No mexa nela se a mquina estiver ligada.

    Cinco por cento dos acidentes com serra so causados pelo sistema de transmis-so. Por isso, polias e correias tambm merecem proteo resistente, de prefe-rncia feita com chapas e telas metlicas.

    No empurre a madeira com os polegares abertos. Se possvel, use empurradores e guias de alinhamento, que facilitam a execuo do corte. Cavaletes de metal ou madeira permitem o uso seguro de peas grandes de madeira.

  • 39PROGRAMAS BOX 2

    Nunca deixe a limpeza para depois, a serragem acumulada perigosa. Limpe sempre em cima e em baixo da mesa, proteja-se contra incndios. No deixe a bancada cheia de pregos, restos de madeira e outros objetos estranhos. Por ltimo, um alerta fundamental: jamais tente parar o disco manualmente, no mexa na lmina nem nas guias com o disco em funcionamento, em hiptese alguma! Faa o servio bem feito, longe dos ferimentos por cortes.

    28. ESTRUTURA DE CONCRETO FORMASAs formas de metal ou madeira so fundamentais para uma obra segura, e no podem romper nunca. So importantes porque possuem fcil manuseio, suportam pequenas deformaes, no grudam e no alteram as caractersticas do concreto.

    Um profissional habilitado responsvel por fazer o projeto e acompanhar a instalao. Todos da equipe devem saber como construir e operar as formas. Para garantir proteo, os equipamentos devem ser completos, com capacete, botas, cinturo do tipo paraque-dista, luvas de couro e culos.

    As formas de madeira so as mais comuns na construo de gastalhos, gravatas, mon-tantes, painis e aprumadores. Feitas de chapas de compensado, sarrafos e pontaletes, s so boas e confiveis quando a madeira usada est sem ns, lascas ou rachaduras. Alm disso, ela deve ser dura e elstica, para facilitar o corte, a colocao dos pregos e a movimentao.

    A estocagem tem que ser bem organizada, em local protegido. Separe por tamanho, no faa pilhas muito pesadas e mantenha a madeira afastada do cho. Isso evita es-tragos. As formas devem resistir s cargas mximas de servio, portanto, obedea as normas tcnicas (NR18). Cuidado com as serras e ferramentas, e no deixe nada cair, assim ningum se machuca.

    O local de produo deve ter extintor de incndio do tipo gua, e a equipe preci-sa estar preparada para us-lo em caso de necessidade. Mas chame o Corpo de Bombeiros imediatamente, caso no con-siga combater o fogo.

    Os pregos tambm exigem ateno es-pecial. Retire ou rebata todas as pontas, e no os deixe largados pelo canteiro. As peas de madeira tambm no podem ter pontas, precisam estar bem cortadas. An-tes de mover a forma, confira o percurso e

  • 40 100% SEGURO UM PROGRAMA 100% SEGURO PARA VOC

    o espao necessrio para passar, e certifique-se de que no h ningum andando pelo canteiro.

    Use cabos e equipamentos em perfeito estado. Prenda a forma com muito cuidado e aten-o. Na hora de instalar, ligue seu cinto ao cabo de segurana e use escadas de abrir ou andaimes sobre cavaletes firmes.

    Na concretagem, forma mal feita pode ser rompida pela argamassa e causar srios aci-dentes. Por isso, um carpinteiro deve acompanhar. Um profissional habilitado tem que inspecionar tudo antes e depois do servio.

    As formas metlicas so feitas de ao ou alumnio. Para manipul-las, use luvas de raspa de couro e bota com bico de ao. Ao movimentar os equipamentos de iar, respeite a car-ga mxima. Garanta que os pontos de conexo dos cabos esto seguros. Para proteger do vento, calcule a resistncia das eslingas em funo dos ngulos formados pelos cabos.

    Nas alturas, as formas com utilizao de consoles devem ter guarda-corpo frontal. A ins-talao da linha da vida para prender o cinturo de segurana impede as quedas durante todo o tempo. As escadas, com antiderrapante, devem ser bem fixadas no piso inferior e superior para evitar deslizamento. O montante deve ultrapassar o piso superior em um metro.

    Afaste-se de locais energizados, proteja as linhas e aterre a estrutura e os equipamentos que for usar para se proteger de eventuais choques. Na hora de armazenar as formas, no obstrua a circulao de pessoas e materiais, nem bloqueie sadas de emergncia. O sucesso e a segurana so garantidos quando as regras so seguidas.

    29. ARMAES DE AOAs barras de ao, mais conhecidas como vergalhes da construo, so amarradas umas s outras com arame recozido.

    Juntos, arames e vergalhes formam as armaes, que do estrutura e firmeza s peas de concreto. Nunca se esquea de se precaver: sinalize e isole o local de movimentao, faa tudo pela segurana. Para o transporte, use guindaste ou gruas sempre que pos-svel. Amarre bem, e cuidado ao iar. Proteja voc mesmo e seus colegas de quedas e tropeos. Basta usar o cinto de segurana fixado ao cabo-guia.

    Se for carregar o material, confira o peso para poupar sua coluna. Guarde os ver-galhes perto da Central de Armao, limpos, sem lama, leo e graxa, organi-zados por dimetro e comprimento. De preferncia, amarre-os sobre travessas de madeira, ferro ou concreto, para facilitar o

  • 41PROGRAMAS BOX 2

    trnsito de pessoas e evitar acidentes. Use protetores auditivos.

    O espao para montagem das armaes de acesso exclusivo para profissionais qualificados, deve ficar afastado da rea de circulao de trabalhadores. A bancada tem que ser forte, resistente, apoiada em piso firme, nivelado e antiderrapante.

    No corte, s use mquinas apropriadas para ao. Tome cuidado com os olhos e as mos, esteja sempre com os Equipamentos de Proteo Individual (EPIs). Quando for dobrar o vergalho, lembre-se que o trabalho manual requer cuidado na fora utilizada, para evitar problemas na coluna ou nas mos. Siga as recomendaes da NR 17 contra possveis dores e doenas causadas pelo trabalho excessivo.

    J para o dobramento mecnico, cheque sempre o aterramento para evitar choques el-tricos. Fique atento tambm s polias de dobramento para no machucar as mos e os dedos.

    No corra riscos ao montar as armaes de ao. As amarras de arame devem estar bem justas, sem pontas para fora. Mantenha os vergalhes presos com firmeza e com as pontas cobertas, para no ferir ningum. Use ponteiras de plstico, ou as proteja com madeira ou metal.

    Quando as armaes estiverem prontas, no caminhe sobre elas para no alterar a mon-tagem. Se isso for necessrio, use um prancho de madeira para no cair.

    A compra de vergalhes j cortados e dobrados diminui os riscos de acidentes e aumenta a produtividade, pois eles reduzem as perdas no corte e a mo-de-obra, alm de garantir entregas e prazos. Um gerenciamento perfeito. Mas tudo isso s funciona se os trabalha-dores forem treinados e qualificados, desde o transporte at a colocao da armao na forma. E se estiverem com todos os EPIs especficos para cada atividade.

    30. CONCRETAGEMNo canteiro de obras, o cimento um dos materiais mais importantes. Surge durante a concretagem, a fase principal da construo, que pode ser realizada com caminho-be-toneira, gerica ou bombeamento, conforme o tipo de trabalho.

    Toda concretagem precisa de um especialista encarregado, seja engenheiro, tcnico ou mestre de obras, para garantir o respeito a todas as normas de segurana. Erro nessa etapa significa prejuzo.

    Em primeiro lugar, no deixe nenhuma sujeira. Para comear o trabalho, so necessrias formas limpas, sem pontas ou restos de madeira. Defina o tipo de material a ser usado com ateno, para impedir o deslocamento das formas. Evite desperdcio e respingos,

  • 42 100% SEGURO UM PROGRAMA 100% SEGURO PARA VOC

    lance o concreto o mais perto possvel. Verifique as condies de acesso dos equipamen-tos e mantenha uma equipe por perto para qualquer reparo de ltima hora.

    Protenso uma maneira de pr-tensionar uma estrutura para obter melhor resistncia e desempenho do concreto, com menos fissuras. Durante o trabalho, a rea ao redor deve ser isolada com cartazes de alerta. Mantenha as travas de segurana acionadas, para o caso de falhas da energia ou dos equipamentos. Em pequenas obras, possvel misturar o concreto manualmente, mas ele perde qualidade.

    O maior problema so os riscos sade, principalmente pelo contato direto do cimento com a pele. No trabalhe de bermudas, chinelos ou descalo, nem use roupa suja de massa ou calda de cimento. No deixe nada cair dentro das luvas ou das botas. Materiais e equipamentos de proteo danificados devem ser devolvidos ao setor responsvel. Depois do expediente, lave bem os ps e as mos.

    Alm disso, previna-se contra os problemas de coluna. No carregue sacos de cimento muito pesados, eles devem ser transportados por dois trabalhadores. Fique na posio adequada quando misturar a massa.

    O uso da betoneira simplifica o servio e produz um concreto de qualidade. O manuseio requer ateno s medidas de segurana. Leia o manual. S trabalhe se o lugar estiver limpo, iluminado e bem sinalizado. Nunca coloque a mo dentro da mquina em funcio-namento, nem guarde nada dentro da betoneira, ela no depsito. A mquina deve estar bem aterrada para evitar choques. No a use em reas molhadas ou debaixo de chuva.

    Trave bem os caminhes-betoneira na hora de descarregar. As reas que vo re-ceber o concreto precisam estar protegi-das por guarda-corpos, e os funcionrios com cintos fixados estrutura ou ao cabo-guia.

    Se for usar uma caamba, no se esquea do dispositivo que impede o descarrega-mento acidental. No exagere no peso: proibido ultrapassar a carga mxima su-portada pela grua!

    O bombeamento do concreto exige um profissional experiente na execuo. Os tubos e conexes devem estar firmes, bem apoiados, com dispositivos de segurana para impe-dir que eles se separem sob presso.

    Outras dicas importantes: cheque o desgaste de todos os materiais; concreto que no vibra no se acomoda; vibradores de imerso ou de placas, s com duplo isolamento; os cabos de ligao precisam de proteo contra choques e cortes, e devem ser inspecio-nados antes e durante o uso.

  • 43PROGRAMAS BOX 2

    Preencha todos os cantinhos da forma, mas cuidado pra no mexer com a armao e ter problema de aderncia. No se esquea dos Equipamentos de Proteo Individual (EPIs): botas de borracha, luvas de raspa de couro, culos de segurana, mscara com fi ltro e luvas impermeveis.

    31. DESFORMADesforma consiste na atividade de tirar a forma da estrutura, sem falhas e com seguran-a, de acordo com as normas tcnicas, para evitar acidentes e prejuzos.

    O trabalho s pode comear depois de autorizado pelo responsvel, seja ele o enge-nheiro ou o mestre-de-obras. preciso esperar pelo tempo certo de cura, ou seja, o perodo necessrio ao concreto para que ele fi que pronto. Durante a espera, tome alguns cuidados: proteja o concreto contra mudanas bruscas de temperatura e fenmenos cli-mticos; evite choques e vibraes que provoquem fi ssuras ou prejudiquem a aderncia armao.

    Para executar a desforma, os operrios devem estar com os Equipamentos de Proteo Individual (EPIs). Planejamento e organizao so fundamentais. No tire as formas de vrias estruturas ao mesmo tempo. Primeiro, a forma reescorada com fi rmeza. Se for preciso, use andaimes mveis com roldanas travadas ou andaimes simplesmente apoia-dos sobre cavaletes.

    Os painis so retirados com as ferramentas adequadas e em bom estado de conserva-o. Equipamentos errados provocam acidentes. Depois, os painis so limpos e amar-rados para transporte. Os pregos devem ser retirados ou rebatidos. No deixe peas e pontas soltas pela obra. Ningum permitido no local, a no ser os trabalhadores envol-vidos na desforma.

    Fique atento para no bater as formas ou escoramentos pelas instalaes do canteiro, eles devem ser colocados a pelo menos um metro da beirada das lajes e longe do caminho das pessoas. As peas s podem ser iadas para o pavimento superior depois de bem amarra-das. Embaixo, isole a rea. As plataformas protegem os materiais contra quedas.

  • 44 100% SEGURO UM PROGRAMA 100% SEGURO PARA VOC

    Para reforar a segurana, assoalhe as aberturas na laje e no poo do elevador. E lembre-se de manter os sistemas de proteo coletiva em boas condies de uso. No final do dia, deixe tudo limpo e organizado, garanta o bem de todos.

    32. ALVENARIA DE VEDAONa alvenaria de vedao, a serra de acionamento mecnico garante mais rapidez e perfei-o aos cortes. Mas pode se transformar em arma se alguns cuidados no forem segui-dos. Ela pode se romper enquanto funciona, at pequenas partes da ferramenta podem voar e provocar ferimentos.

    Mantenha o disco da serra bem fixado mquina e protegido com uma coifa. Tro-que a ferramenta sempre que aparecer alguma fissura ou desgaste. Respeite a ve-locidade recomendada pelo fabricante. O duplo isolamento do cabo de alimentao tem que estar em boas condies de uso. Quando for necessrio afastar a poeira, re-alize corte por via mida. Evite dores nas costas, com a plataforma de trabalho em altura adequada ao seu tamanho.

    Uniforme completo: suporte de ferramentas, luvas de ltex, avental de plstico imperme-vel, botas, capacete e protetores auditivos, culos contra impactos, respirador. Nos ser-vios a mais de dois metros de altura e tambm na vedao da periferia da laje, use cinto de segurana. Em caso de chuva, vista a capa. Onde houver risco de queda, lembre-se da proteo coletiva: isole e sinalize a rea; fundamental iluminar o ambiente.

    Cal e cimento podem irritar a pele. Ento, o lugar onde a argamassa vai ser preparada deve ficar longe dos operrios. A borda da caixa, lisa e sem farpas, para evitar infeco por causa de raspes.

    33. ALVENARIA ESTRUTURALA alvenaria estrutural uma tcnica simples mas, ainda assim, todo cuidado pouco nesse tipo de construo. No pode faltar organizao e disciplina. Cada detalhe tem que ser checado, desde a segurana coletiva at a individual.

    Use o guarda-corpo industrializado. Ele um pouco diferente, os montantes so exten-sveis e garantem a proteo em cima dos andaimes sobre cavalete. Quanto aos equi-pamentos, as ferramentas so escantilho, gabaritos, andaimes, carregador, caixote de argamassa e linha traante.

  • 45PROGRAMAS BOX 2

    O pavimento deve estar limpo, sem poeira, pregos, materiais soltos ou pontas de ao espalhadas pelo cho. Para no fazer esforo toa, deixe a argamassa e os blocos perto do local de trabalho, e coloque o caixote numa altura de 0,70m. Isso evita dores no corpo e problemas nas costas.

    Na alvenaria, os blocos no podem ter rachaduras ou impurezas. Cubra-os em perodos de chuva, para no entrar gua dentro dos furos. Na armazenagem, os blocos ficam em-pilhados em at dez fiadas. Descarregue com cuidado para no quebrar e no machucar ningum. Quando transportar o material, use a grua ou o carrinho paleteiro, jamais faa lanamentos de mo em mo. O ideal comprar os blocos j paletizados, mas se no for possvel, amarre tudo bem firme.

    As caixas eltricas indicadas no projeto devem ser fixadas antes de comear a alvenaria. Fique atento aos cortes recomendados e no improvise. No quebre blocos para preen-cher com argamassa.

    Qualquer manuseio na estrutura da alvenaria oferece riscos e demanda a presena do lder da equipe, com o projeto nas mos e bem preparado. O acompanhamento dos de-talhes garante a segurana.

    Ao marcar a direo dos shafts, paredes e vos de portas, ateno ao abaixar. Na hora de colocar os escantilhes, cuidado onde posiciona mos e dedos: isso tem que ser defini-do pelo mestre. Depois, fixe a base e a mo francesa, e coloque o escantilho no prumo. Desse jeito, os riscos de desmoronamento so afastados.

    Ainda na fase de colocao, instale os gabaritos de portas nos vos j marcados no pavi-mento. Use sempre as luvas de proteo, principalmente quando for assentar os blocos da primeira fiada. Alerta: s quem trabalha na periferia pode andar pela rea que ultrapas-sa a proteo coletiva, com os cintos de segurana presos na linha de vida, devidamente ancorados nas esperas j colocadas na laje. A ltima fiada travada na estrutura fixa do piso de cima. Esteja sempre com os EPIs recomendados pela sua empresa.

  • 46 100% SEGURO UM PROGRAMA 100% SEGURO PARA VOC

    34. PCMATO Programa de Condies e Meio Ambiente do Trabalho na Indstria da Construo (PCMAT) foi criado para garantir a segurana de quem trabalha nesse meio em desen-volvimento. Todo detalhe por menos acidentes e mais qualidade de vida foi pensado, os riscos e medidas de proteo tambm foram previstos.

    Em cada canteiro de obras, o PCMAT elaborado e executado por um profissional legal-mente habilitado na rea de segurana do trabalho. implantado junto com o engenheiro da obra, que tem as informaes sobre a construo e os prazos.

    O Programa est previsto no item 18.3 da Norma Reguladora 18, e tambm deve atender NR 09. obrigatrio nas obras com mais de 20 funcionrios. O contedo inclui pre-veno e riscos ambientais provocados por agentes fsicos, qumicos e biolgicos, alm de acidentes e fatores ergonmicos.

    O PCMAT composto por uma srie de documentos: o memorial apresenta as condies, o ambiente de trabalho, a des-crio dos possveis riscos de acidentes e de doenas, com as respectivas medi-das de preveno; o projeto de proteo coletiva e as especificaes tcnicas das protees individuais; a planta da obra com todos os detalhes do canteiro; informaes sobre o local das gruas e elevadores; reas de armao, carpintaria, betoneira, almoxari-fado; e a rea de convivncia dimensionada para a quantidade de trabalhadores.

    O PCMAT deve ter ainda um Programa Educativo de preveno contra acidentes e do-enas de trabalho, com treinamento admissional e treinamento peridico programados. A carga horria mnima do treinamento admissional de seis horas; no caso do peridi-co, deve ser ministrado sempre que necessrio, e ao incio de cada fase da obra. Para lembrar as datas e as aes preventivas, basta seguir o cronograma de implantao.

    35. FERRAMENTAS MANUAIS NO ELTRICAS PARTE 1Mesmo com tecnologia, mquinas e equipamentos de ltima gerao, as ferramentas manuais no perdem espao nos canteiros de obra. Elas requerem muita ateno e cui-dado na hora de serem utilizadas.

    Todos os operrios precisam de treinamento para manusear esses equipamentos com segurana. Organizao palavra de ordem: no deixe as ferramentas espalhadas, e coloque as mais pesadas nas prateleiras prximas ao piso. Martelo, furadeira e chave de fenda devem estar em perfeito estado, sem deformao, defeito ou desgaste.

  • 47PROGRAMAS BOX 2

    fundamental conhecer o manual de instrues. Inspecione os cabos antes e depois de usar, para garantir que estejam sempre firmes e sem pontas. Nunca carregue as ferramentas manuais no bolso, leve-as em caixa apropriada e guar-dadas em gavetas. E lembre-se: entregue--as em mos ao colega, no as lance.

    Outras recomendaes importantes: vos e aberturas precisam de guarda-corpos; use capacete, calados, culos ou pro-tetor facial; nos trabalhos a mais de dois metros do piso, coloque o cinturo com talabarte duplo fixado ao cabo de segurana, e amarre bem os equipamentos para evitar quedas acidentais. Com equipamentos metli-cos, necessrio vestir roupa prpria e luvas de raspa de couro.

    Caso haja material inflamvel ou explosivo por perto, somente ferramentas de plstico, madeira ou nylon so permitidas, mas saiba que elas no eliminam totalmente o risco de fascas. Portanto, antes de comear o servio, confira se h partes metlicas grudadas no equipamento.

    36. FERRAMENTAS MANUAIS NO ELTRICAS PARTE 2Fora, preciso, maleabilidade. As ferramentas manuais, apesar de simples, exigem tanto cuidado que ser preciso dar mais algumas orientaes especficas.

    Em primeiro lugar, posicione o corpo de maneira estvel e segure firme. Nunca use peas improvisadas: no coloque canos para ampliar o tamanho dos cabos; no use formo, lima, alicates nem outros equipamentos como alavanca; no acrescente extenses para aumentar a capacidade das barras e dos ps de cabras.

    Em servios com eletricidade, o alicate precisa de cabos com material isolante. Vale res-saltar que esse equipamento no foi feito para mexer com porcas ou parafusos, isso um trabalho para as chaves. Se estas estiverem gastas, acione os grifos.

    Quando trabalhar com arame, vire a parte a ser cortada para o cho. Mantenha as mos longe das juntas e o rosto acima do nvel de trabalho. O mesmo vale para a tor-qus, que deve ser segurada com a parte cortante virada para baixo.

    Se for usar brocas, puas, trados ou cava-deiras, tome cuidado com a lmina! Ela deve estar a uma distncia segura para no escapar em direo aos ps.

  • 48 100% SEGURO UM PROGRAMA 100% SEGURO PARA VOC

    No machado estreito, a parte fina serve para cortar madeira dura, e a parte larga para madeira macia.

    Quanto ao formo, tudo precisa estar lim-po antes de comear. O jeito certo em-purrar a ferramenta no sentido oposto do trabalho. Se for dar golpes, use um marte-lo de borracha com gume bem afiado.

    Para usar a lima bastarda, uma mo segu-ra o cabo, e a outra protegida com luva. A pea a ser limada presa a uma morsa ou torno de bancada. E para limpar, basta aplicar uma escova apropriada ou mergulhar a ferramenta em solvente. Mas no use a lima como formo ou talhadeira. S as chaves inglesas com dentes em boas condies so teis para esse fim. Na hora de empurr-las, mantenha os ps firmes e apoiados. E no use calo para adaptar a chave porca!

    Ps, enxadas e picaretas no podem ter farpas ou rachaduras. Durante o transporte des-ses equipamentos, deixe a parte metlica para baixo e para trs, longe dos colegas. Ao colocar no cho, certifique-se de que a lmina ficar voltada para o piso.

    Quando for cortar o vergalho, no passe do limite da tesoura. Confira se os pinos esto devidamente ajustados. E cuidado para no prender as mos na alavanca.

    O manuseio da serra de mo requer a lmina alinhada em relao ao cabo. No oriente o incio do corte com o dedo para no se machucar. Os dentes devem estar amolados e voltados para frente. Na hora do transporte, eles ficam protegidos com uma bainha de couro. Para evitar oscilaes, a pea deve ser serrada perto do ponto em que estiver presa.

    As punes e talhadeiras precisam ser afiadas e temperadas, e as ferramentas tempera-das no podem ser batidas com martelo de ao ou ferro fundido. Observao: s guarde ferramentas nas caixas especficas para elas ou nas prateleiras de bancadas.

    37. ORDEM E LIMPEZAPara transformar organizao e limpeza em hbito, importante conscientizar e treinar a equipe. A proteo e as prticas de higiene devem fazer parte da rotina. Assim, a segu-rana dos operrios e a qualidade dos servios ficam garantidas.

    Observe as orientaes:

    Mantenha passagens e corredores sempre livres, sem pedras, entulhos ou equipamentos soltos nos postos de trabalho. No deixe juntar papis, recipientes e garrafas vazias, nem mesmo no refeitrio.

  • 49PROGRAMAS BOX 2

    No queime lixo ou outros materiais. Em rea com diferena de nvel, use a calha fechada ou o elevador de materiais para desfazer do entulho. Para facilitar o tra-balho, espalhe lixeiras adequadas e ca-ambas metlicas pelo canteiro. Restos e escombros no podem ficar expostos na obra e na via pblica.

    A faxina necessria frequentemente. Passe o rodo sempre que surgir uma poa dgua. Use areia para limpar o leo e a graxa no cho, ela absorve lquidos e impede os escorreges.

    Durante a arrumao, empilhe os materiais ordenadamente. Armazene areia ou pedra britada a granel em baias especficas, com identificao, piso impermevel e barreiras laterais. Vergalhes de ao tambm tm lugar prprio, a diferena que so protegidos por um bero de madeira que no pode encostar no cho.

    Os sacos de cimento devem ficar sobre o estrado, um em cima do outro, no mximo dez em cada pilha. Se houver cimento em grande quantidade, coloque em silos metlicos. Para guardar peas de madeira, separe tudo de acordo com as caractersticas, e proteja as placas e tbuas contra chuva, umidade e raios solares.

    Sempre que for jogar fora algum material, retire os pregos sobressalentes. Para esse ser-vio, use luvas de raspa e calado de segurana.

    Cuidado na hora de armazenar tijolos, esquadrias, peas eltricas ou hidrulicas, pisos e revestimentos. O mesmo vale para produtos inflamveis, explosivos, txicos ou corro-sivos, que devem ser guardados num local isolado, ventilado e com placa de proibido fumar, onde s entram funcionrios autorizados.

    Mantenha no canteiro uma reserva de gua potvel suficiente para todo o pessoal. Se ela vier do poo ou da bica, deve ser analisada uma vez por ms no inverno e a cada semana durante o vero. No deixe acumular gua da chuva para no proliferar germes e bact-rias. A reserva tem que ser desinfetada todos os dias com uma soluo com hipoclorito de sdio, para prevenir contra doenas como tifo e disenteria.

    A gua separada para casos de incndio deve apresentar indicao em destaque de que no potvel. Se houver sistema