Seguran_a Do Trabalho - Eletricidade

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    Cincia e Tecnologia dos Materiais

    UNIVERSIDADEFEDERAL DEUBERLNDIA

    SEGURANA DOTRABALHO

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    Contedo

    Introduo ....................................................................................................................... 2

    Eletricidade ..................................................................................................................... 3

    Risco dos choques eltricos ........................................................................................ 4

    Riscos de acidentes ..................................................................................................... 4

    Segurana Eltrica predial .............................................................................................. 6

    Dicas Sobre Instalaes Eltricas Prediais ................................................................. 7

    Aterramento ............................................................................................................. 8

    Dispositivos DR ..................................................................................................... 10

    Circuitos ................................................................................................................. 11Riscos ........................................................................................................................... 12

    NR-10 ........................................................................................................................... 13

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    INTRODUO

    Segurana do trabalho (S.T) pode ser entendida como os conjuntos de medidas que so

    adotadas visando minimizar os acidentes de trabalho, doenas ocupacionais, bem como prote-ger a integridade e a capacidade de trabalho do trabalhador.

    A Segurana do Trabalho estuda diversas disciplinas desde Introduo Segurana,passando por higiene, medicina, preveno, controle, comunicao, doenas, etc. O objetivodesta pesquisa no abordar todos os ramos de atuao da Segurana do trabalho, mas mos-trar uma breve aplicao desta disciplina em assuntos que envolvem eletricidade, seus riscos edanos.

    O quadro de S.T de uma empresa compe-se de uma equipe multidisciplinar composta

    por tcnicos, engenheiros, mdicos e enfermeiros. Esses profissionais formam o SEESMT Servio Especializado em Engenharia e Medicina do Trabalho. Os empregados da empresaconstituem o CIPA Comisso Interna de Preveno de Acidentes, que tem como objetivo apreveno de acidentes e doenas decorrentes do trabalho.

    A S.T definida por normas e leis. No Brasil a Legislao de Segurana do Trabalhocompem-se de Normas Regulamentadoras, Normas Regulamentadoras Rurais, outras leiscomplementares, como portarias e decretos e tambm as convenes Internacionais da Orga-nizao Internacional do Trabalho, ratificadas pelo Brasil.

    A norma regulamentadora que rege as reas que envolvem eletricidade a NR-10 queestabelece os requisitos e condies mnimas objetivando a implementao de medidas decontrole e sistemas preventivos, de forma a garantir a segurana e a sade dos trabalhadoresque, direta ou indiretamente, interajam em instalaes eltricas e servios com eletricidade.

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    ELETRICIDADE

    O profissional que convive com eletricidade deve estar ciente que um erro no trabalho

    pode levar morte, seja de forma direta ou indireta. O resultado final da ao da corrente el-trica no corpo humano letal.

    O estilo de vida atual envolve a utilizao da eletricidade a todo o momento, alias, ele-tricidade o que movimenta todas as sociedades desenvolvidas em todo o globo. Desde umsimples banho com gua quente, passando por hospitais, bem-estar, a sociedade tem ficadocada vez mais dependente do uso intensivo da eletricidade para sobreviver.

    Exatamente por estar to presente em nossas vidas que nem sempre damos o tratamen-to necessrio a eletricidade, mesmo muitas pessoas que trabalham diretamente com a eletrici-

    dade, no do o devido respeito a esse bem mortal.

    O risco reside justamente nesses fatos. O desconhecimento de onde est a eletricidadee excesso de autoconfiana podem levar a morte. O contato com partes energizadas fazemcom que a corrente percorra o corpo humano, causando queimaduras tanto externas quantointernas, alm de leses fsicas e traumas psicolgicos.

    Instalaes sem manuteno, o uso de equipamentos e materiais inadequados, falhas edesgastes podem originar incndios. O simples ato de ligar um aparelho na tomada de fora jincorre no risco de acidente com eletricidade. Tomar um banho com chuveiro eltrico pode

    ser um exerccio de bravura indmita principalmente se no houver dispositivos de proteoadequadamente projetados, instalados e mantidos.

    Conclumos que nossa vida diria sempre arriscada mas, se observarmos as NormasTcnicas e de Segurana no projeto , execuo e operao de equipamentos e instalaes eprincipalmente, tivermos o devido respeito pela eletricidade, seu uso e aplicao ser seguro etranquilo.

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    Risco dos choques eltricosA energia eltrica, apesar de til, muito perigosa e pode provocar graves acidentes, tais

    como: queimaduras (at de terceiro grau), coagulao do sangue, leso nos nervos, contrao

    muscular e uma reao nervosa de estremecimento (a sensao de choque) que pode ser perigosa,

    se ela provocar a queda do indivduo (de uma escada, rvore, muro, etc.) ou o seu contato com

    equipamentos perigosos.

    Os efeitos estimados da corrente eltrica alternada de 60 Hertz, no organismo humano,

    podem ser resumidos na tabela que se segue:

    EFEITOS ESTIMADOS DA ELETRICIDADECORRENTE CONSEQUNCIA

    1 mA Apenas perceptvel10 mA "Agarra" a mo16 mA Mxima tolervel20 mA Parada respiratria100 mA Ataque cardaco

    2 A Parada cardaca3 A Valor mortal

    Riscos de acidentesAs leses provocadas pelo choque eltrico podem ser de quatro (4) naturezas:

    1.eletrocuo(fatal).2.choque eltrico.3.Queimaduras.4.quedas provocadas pelo choque.

    Eletrocuo a morte provocada pela exposio do corpo uma dose letal de energiaeltrica. Os raios e os fios de alta tenso (voltagem superior a 600 volts), costumam provocaresse tipo de acidente. Tambm pode ocorrer a eletrocuo com baixa voltragem (V

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    Queimaduras. A pele humana um bom isolante e apresenta, quando seca, uma resis-

    tncia passagem da corrente eltrica de 100.000 Ohms. Quando molhada, porm, essa resistn-

    cia cai para apenas 1.000 Ohms. A energia eltrica de alta voltagem, rapidamente rompe a pele,

    reduzindo a resistncia do corpo para apenas 500 Ohms. Veja estes exemplos numricos: os 2

    primeiros casos, referem-se baixa voltagem (corrente de 120 volts) e o terceiro, alta voltagem:

    a) Corpo seco: 120 volts/100000 ohms = 0,0012 A = 1,2 mA (o indivduo leva apenas um

    leve choque).

    b) Corpo molhado: 120 volts/1000 ohms = 0,12 A = 120 mA (suficiente para provocar um

    ataque cardaco).

    c) Pele rompida: 1000 volts/500 ohms = 2 A (parada cardaca e srios danos aos rgos

    internos).

    Alm da intensidade da corrente eltrica, o caminho percorrido pela eletricidade ao longo

    do corpo (do ponto onde entra at o ponto onde ela sai) e a durao do choque, so os respons-

    veis pela extenso e gravidade das leses.

    Durante o Terceiro Encontro Nacional de Segurana e Sade no Setor Eltrico - ENASSE,

    realizado recentemente no Rio de Janeiro, foi divulgado que cerca de 2% das 3.091 mortes por

    causas laborais no Brasil em 2.000, tiveram origem nas companhias energticas. Quedas e ener-

    gizao acidental das redes foram citados como os maiores riscos nas concessionrias de energia:

    um erro pode custar choque de 3.000 a 6.000 volts, ou uma eletrocusso em um transformador.

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    SEGURANA ELTRICA PREDIAL

    As estatsticas do Corpo de Bombeiros apontam: as instalaes eltricas inadequadasaparecem como uma das principais causas de incndio no pas, independentemente da regio.

    Por isso nunca ser demais afirmar que a estrutura dos sistemas eltricos merece ser cuidado-samente observada e compreendida, a fim de minimizar riscos e economizar energia.

    Quadro de luz: a pea chave inicial das instalaes eltricas. Deve ser metlico oude material no-combustvel, tanto na sua parte interna ou externa. Se o quadro de luz for an-tigo ou de madeira, por exemplo, aconselhvel troc-lo o quanto antes. O quadro de luz nopode ser colocado em reas "molhadas", como banheiro ou prximo de tanques e pias. Eletambm precisa ter livre acesso, no devendo estar escondido no interior de armrios. Reco-menda-se ainda a distncia de lugares onde haja instalaes a gs. Uma fasca qualquer poderesultar num desastre fatal. Os quadros de energia devem ser protegidos por uma barreira que

    evite o acesso aos barramentos ou fios da instalao eltrica, evitando assim o choque eltri-co.

    Disjuntores: apesar de haver a permisso de uso de alguns tipos de fusveis, reco-mendvel que se use disjuntores como dispositivo de segurana contra sobre-cargas. Ele fun-ciona como um guarda costas da instalao eltrica e desliga toda vez que sua capacidade ultrapassada. Neste caso, necessrio verificar o problema. Depois de sanado, basta relig-lo,diferente de um fusvel, que necessita ser substitudo. Na residncia, loja ou escritrio, os cir-cuitos so divididos e devem ser protegidos por disjuntores de acordo com a capacidade decada circuito. Vale lembrar que o disjuntor ou fusvel serve para proteger os fios contra sobre-

    cargas, no os equipamentos. Portanto no devemos substituir os disjuntores sem antes avaliaros fios dos circuitos.

    Fiao: a escolha da bitola (tamanho) do fio ideal para cada circuito deve levar emconta as cargas associadas a cada circuito. As bitolas mnimas recomendadas so de 1,5mmpara iluminao e 2,5mm para tomadas de fora. Circuitos especiais, como do chuveiro ou datorneira eltrica devem ter a potencia do equipamento como parmetro para a determinao dabitola do fio. Ateno com os fios que no ficam embutidos nas paredes. Eles precisam estarsempre com uma segunda capa plstica protetora, alm da isolao. recomendvel instal-los dentro de canaletas aparentes. No caso dos aparelhos de ar condicionado, a bitola reco-mendada para o fio de no mnimo 6 mm (tambm para o fio terra). O chuveiro eltricotambm requer tratamento especial, tanto na fiao quanto nos disjuntores no quadro de fora. necessrio um disjuntor bipolar (ou dois unipolares). Do quadro de fora sairo dois fios(bitola 6 mm), direto para o chuveiro, alm do fio terra (tambm de 6 mm).

    Interruptores e tomadas:a distribuio dos fios at esses pontos requer estudo minu-cioso das necessidades da casa para evitar que no futuro fiquem sobrecarregados e incentivemo uso de "extenses" e "benjamins". Uma dica sempre disponibilizar mais tomadas que o

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    mnimo obrigatrio. No se deve usar tomadas em equipamentos de grande potncia, como o caso de chuveiros e torneiras eltricas. Estes equipamentos devem ser interligados por co-nectores especiais.

    Cordes paralelos ou torcidos: embora proibidos pela norma, so muito comuns no

    Brasil e empregados nos rodaps com braadeiras plsticas. Este segundo acessrio, que levadois preguinhos, capaz de fazer um grande estrago caso um desses pregos atinja o fio.

    Vida til: um sistema bem feito dura em mdia 20 anos, mas 10 anos j um bom pe-rodo para se fazer uma reviso: verificar a fiao, os soquetes, os interruptores... Um soquetecom problemas rouba energia da lmpada e um interruptor com algum fio solto ou com malcontato pode causar um curto circuito.

    Dicas Sobre Instalaes Eltricas Prediais Nunca aumente o valor do disjuntor ou do fusvel sem trocar a fiao. Deve

    haver uma correspondncia entre eles. A menor bitola permitida por norma para circuitos de lmpadas de 1,5mm e

    para tomadas de 2,5mm. Devem ser previstos circuitos separados para iluminao e tomadas. Nunca inutilize o fio terra dos aparelhos. Ao contrrio, instale um bom sistema

    de aterramento na sua residncia. Nunca utilize o fio neutro (cor azul) como fio terra. Mantenha o quadro de luz sempre limpo, ventilado e desimpedido, longe de

    botijes de gs. Evite a utilizao dos chamados benjamins ou Ts, pois o uso indevido

    dos mesmos pode causar sobrecargas nas instalaes. Para resolver o proble-ma, instale mais tomadas, respeitando o limite dos fios.

    Recorra sempre aos servios de um profissional qualificado e habilitado.

    Assim como o dimetro de um cano determinado em funo da quantidade de guaque passa em seu interior, a bitola de um condutor eltrico depende da quantidade de eltrons

    que por ele circula (corrente eltrica). Toda vez a corrente circula pelo condutor, ele se aquecedevido ao atrito dos eltrons em seu interior.

    No entanto, h um limite mximo de aquecimento suportado pelo fio ou cabo, acimado qual ele comea a se deteriorar. Nessas condies, os materiais isolantes se derretem, ex-pondo o condutor de cobre, podendo provocar choques e causar incndios. Para evitar que oscondutores se aqueam acima do permitido, devem ser instalados disjuntores ou fusveis nosquadros de luz. Esses dispositivos funcionam como uma espcie de guarda-costas dos ca-

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    bos, desligando automaticamente a instalao sempre que a temperatura nos condutores co-mear a atingir valores perigosos.

    O valor do disjuntor ou fusvel (que expresso sempre em ampres) deve ser compat-vel com a bitola do fio, sendo que ambos dependem da corrente eltrica que circula na insta-

    lao.

    AterramentoDentro de todos os aparelhos eltricos existem eltrons que querem fugir do interior

    dos condutores. Como o corpo humano capaz de conduzir eletricidade, se uma pessoa en-costar-se a esses equipamentos, ela estar sujeita a levar um choque, que nada mais do que asensao desagradvel provocada pela passagem dos eltrons pelo corpo. preciso lembrar que correntes eltricas de apenas 0,05 ampre j podem provocar gravesdanos ao organismo! Sendo assim, como podemos fazer para evitar os choques eltricos?O conceito bsico da proteo contra choques o de que os eltrons devem ser desviados dapessoa. Como um fio de cobre um milho de vezes melhor condutor do que o corpo huma-no, se oferecermos aos eltrons dois caminhos para eles circularem (sendo um o corpo e ooutro um fio), a maioria deles circular pelo fio, minimizando os efeitos do choque na pessoa.Esse fio pelo qual iro circular os eltrons que escapam dos aparelhos chamado de fio terra.

    A funo do fio terra recolher eltrons "fugitivos", mas muitas vezes as pessoas es-quecem sua importncia para a segurana. como em um automvel: possvel faz-lo fun-cionar e nos transportar at o local desejado, sem o uso do cinto de segurana. No entanto, osriscos relativos segurana em caso de acidente aumentam em muito sem ele.

    Podemos resumir as funes de um sistema de aterramento nos seguintes tpicos:

    Segurana pessoal: a conexo dos equipamentos eltricos ao sistema de aterramentodeve permitir que, caso ocorra uma fa-lha na isolao dos equipamentos, acorrente de falta passe atravs do con-dutor de aterramento ao invs de per-correr o corpo de uma pessoa que even-tualmente esteja tocando o equipamen-

    to.

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    Desligamento automtico: o sistema de aterramento deve oferecer um percurso debaixa impedncia de retorno para a terra da corrente de falta, permitindo, assim, que haja aoperao automtica, rpida e segura do sistema de proteo.

    Controle de tenses: o aterramento permite um controle das tenses desenvolvidas nosolo (passo, toque e transferida) quando um curto-circuito fase-terra retorna pela terra para afonte prxima ou quando da ocorrncia de uma descarga atmosfrica no local.

    Transitrios: o sistema de aterramento estabiliza a tenso durante transitrios no sis-tema eltrico provocados por faltas para a terra, chaveamentos, etc, de tal forma que no apa-ream sobretenses perigosas durante esses perodos que possam provocar a ruptura da isola-o dos equipamentos eltricos.

    Cargas estticas: o aterramento deve escoar cargas estticas acumuladas em estrutu-ras, suportes e carcaas dos equipamentos em geral.

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    Equipamentos eletrnicos: especificamente para os sistemas eletrnicos, o aterra-mento deve fornecer um plano de referncia quieto, sem perturbaes, de tal modo que elespossam operar satisfatoriamente tanto em altas quanto em baixas freqncias.

    Dispositivos DRDesde dezembro de 1997 obrigatrio no Brasil o uso do chamado dispositivo DR

    (diferencial residual) nos circuitos eltricos que atendem aos seguintes locais: banheiros, co-zinhas, copas-cozinhas, lavanderias, reas de servio e reas externas.

    O dispositivo DR um in-terruptor automtico que desliga

    correntes eltricas de pequenaintensidade (da ordem de centsi-mos de ampre), que um disjuntorcomum no consegue detectar,mas que podem ser fatais se per-correrem o corpo humano. Dessaforma, um completo e eficaz sis-tema de aterramento deve conter ofio terra e o dispositivo DR.

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    CircuitosA NBR 5410/97, norma da ABNT sobre instalaes eltricas de baixa tenso, prescre-

    ve a separao dos circuitos de iluminao e tomadas em todos os tipos de edificaes e apli-caes, independentemente do local (quarto, sala, etc).

    H dois motivos bsicos para essa exigncia. O primeiro que um circuito no deveser afetado pela falha de outro, no permitindo que, por ocasio de um defeito em circuito,toda uma rea fique desprovida de alimentao eltrica. O segundo que a separao dos cir-cuitos de iluminao e tomadas auxilia, de modo decisivo, na implementao das medidas deproteo adequadas contra choques eltricos.

    Nesses casos, quase sempre obrigatria a presena de um dispositivo DR nos circui-tos de tomada, o que no acontece com os circuitos de iluminao. Ao contrrio do que podeparecer, o aumento de custo de uma instalao quase insignificante quando se separam oscircuitos de iluminao e tomadas.

    Alm disso, a crescente presena de aparelhos eletrnicos (computadores, videocasse-te, DVDs, reatores eletrnicos, etc.) nas instalaes provoca um aumento na presena de har-mnicas nos circuitos, perturbando assim o funcionamento geral da instalao. Uma das re-comendaes bsicas quando se trata de reduzir a interferncia provocada pelas harmnicas separar as cargas perturbadoras em circuitos independentes dos demais.A NBR 5410/97 exige ainda que a seo mnima dos circuitos de iluminao seja de 1,5 mme a dos circuitos de fora, que incluem as tomadas, de 2,5 mm. Portanto, a exigncia da nor-ma de separar os circuitos de iluminao e fora tem forte justificativa tcnica, seja no que diz

    respeito ao funcionamento adequado da instalao, segurana das pessoas ou qualidade deenergia no local.

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    RISCOS

    Sempre haver riscos em manusear a eletricidade, mas os locais com maior ocorrnciade acidentes, tanto em ambientes industriais quanto residenciais so:

    Superfcies energizadas

    a. Carcaa de motores.b. Aparelhos eletrodomsticosc. Cho, paredes e tetos.d. Torneiras de chuveirose. Cercas, grades e murosf. Caixas de controle de medio de energiag. Postes energizadosh. Cho energizado em volta de poste

    i. Luminrias energizadasj. Painis e conduites.

    Fios e cabos com isolamento deficiente:

    a. Isolamento com defeito de fbrica.b. Isolamento velho e partido.c. Isolamento danificado por objetos pesados.d. Isolamento rompido por roedores.e. Isolamento super aquecido.f. Fios e cabos energizados cados no cho

    Redes areas energizadas:

    a. Construo em baixo das linhas.b. Sacadas prximas das redes.c. Podas de rvores.d. Antenas, guindastes, basculantes, pulverizadores.e. Empinar papagaios (linha met. e dias chuvosos).f. Bambus e outros objetos longos.

    Redes areas desenergizadas:

    a. Residual capacitivo.b. Gerador particular.c. Alimentao atravs da BT via transformador.d. Efeitos da induo de outras linhas que passam bem prximas.e. Energizamento atravs de manobras incorretas.

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    NR-10

    Explicar detalhadamente a NR-10 foge do escopo deste trabalho. Reunimos aqui asprincipais partes da Norma Regulamentadora afim de elucidarmos como essa garante a segu-

    rana do trabalho em instalaes eltricas.Esta NR se aplica s fases de gerao, transmisso, distribuio e consumo, incluindo

    as etapas de projeto, construo, montagem, manuteno das instalaes eltricas e quaisquertrabalhos realizados nas suas proximidades.

    Ela define que em todas as intervenes em instalaes devem ser adotadas medidaspreventivas de controle. Tambm determina que toda empresa deve manter esquemas unifila-res das instalaes eltricas dos seus estabelecimentos.

    A NR-10 tambm delibera medidas de proteo coletivas e individuais, como deserne-

    gizao eltrica, na impossibilidade, isolao das partes vivas, obstculos, bloqueio de reli-gamento automtico; o aterramento das instalaes; uso de vestimentas que supram as deter-minaes de condutividade, inflamabilidade e influncias eletromagnticas; tambm probe ouso de adornos pessoais no trabalho com instalaes eltricas.

    Obriga que os projetos de instalaes eltricas especifiquem dispositivos de desliga-mento de circuitos que possuam recursos para impedimento de reenergizao. Assegura queas instalaes eltricas proporcionem aos trabalhadores iluminao adequada e uma posiode trabalho segura.

    Tambm sujeita que somente profissionais habilitados que comprovem concluso decursos na rea eltrica reconhecidos devem executar servios nestas instalaes, determinaalm disso, que a execuo destes servios devem ser feitos mediante o aterramento do circui-to.

    Todo o empregado deve comunicar imediatamente a sua chefia qualquer acidente ouincidente com instalaes eltricas.

    Alm de todos os item supracitados, a NR-10 estabelece normas nas reas de medidasde controle, medidas de proteo coletivas e individuais, segurana do projeto, segurana na

    construo, montagem, operao e manuteno. Tambm abrange as reas de segurana eminstalaes eltricas energizadas, trabalhos envolvendo alta tenso. Define normas que preva habilitao, qualificao, capacitao e autorizao de trabalhadores, normas contra incn-dios e exploso, como tambm determina o uso de sinalizaes de segurana. Descreve osprocedimentos de trabalho, situaes de emergncia e tambm define as responsabilidades deuma instalao ou de um acidente.

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    Tambm define o direito de recusa, onde os trabalhadores devem interromper suas ta-refas sempre que constatarem evidncias de riscos graves e iminentes para a sua segurana esade ou a de outras pessoas.

    Estabelece que a empresa deve informar a seus trabalhadores sobre os riscos a que es-

    to expostos, instruindo-os quanto aos procedimentos e medidas de controle contra os riscoseltricos a serem adotados. Dita tambm que o cumprimento desta NR so de responsabilida-de tanto do contratante, quanto do contratado.