Segundo domingo de novembro: Dia do diácono Batista · O ministério Diaconal é o imediato...

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Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Notícias do Brasil Batista Notícias do Brasil Batista Notícias do Brasil Batista Coluna Observatório Batista Semana de Avivamento marca aniversário de 70 anos da PIB Petrolina - PE Página 10 Seminário Batista em Alagoas comemora os 500 anos da Reforma Protestante Página 13 Igreja Batista em Mario Lombard - RJ promove primeiro torneio de Wrestling Página 13 O texto desta semana é: “Educação Teológica: nosso futuro depende dela” Página 15 ISSN 1679-0189 Ano CXVI Edição 46 Domingo, 12.11.2017 R$ 3,20 Segundo domingo de novembro: Dia do diácono Batista

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o jornal batista – domingo, 12/11/17

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

Notícias do Brasil Batista

Notícias do Brasil Batista

Notícias do Brasil Batista

Coluna Observatório Batista

Semana de Avivamento marca aniversário

de 70 anos da PIB Petrolina - PE

Página 10

Seminário Batista em Alagoas comemora os 500 anos da Reforma

ProtestantePágina 13

Igreja Batista em Mario Lombard - RJ

promove primeiro torneio de Wrestling

Página 13

O texto desta semana é: “Educação Teológica:

nosso futuro depende dela”

Página 15

ISSN 1679-0189

Ano CXVIEdição 46Domingo, 12.11.2017R$ 3,20

Segundo domingo de novembro:

Dia do diácono Batista

2 o jornal batista – domingo, 12/11/17 refl exão

E D I T O R I A L

Diáconos para este tempoOs apóstolos da

Igreja Primitiva es tavam expe-rimentando um

grandioso tempo em suas lides ministeriais. A Igreja crescia e prosperava em todas as dire-ções. O número de convertidos aumentava diária e continua-mente. Chegou um determina-do momento em que questões ligadas à doutrina e administra-ção se colidiram. O processo se avolumou de tal forma que foi necessária uma enérgica ação por parte dos pastores daquela Igreja. O texto de Atos 6.1-7 narra, de forma clara, a ação apostólica.

O ministério diaconal teve início diante de um conflito de competências. Os próprios apóstolos declaram publica-mente: “Não é razoável que nós abandonemos a Palavra para servir às mesas”. Eles es-tavam afirmando com clareza: “Não estamos tendo tempo de nos concentrarmos na prepara-ção da pregação”. Eles sabiam que a pregação era vital para o crescimento qualitativo da Igreja que o Senhor Jesus lhes havia confiado a liderança. Caso fracassassem na explana-ção da Palavra, o progresso e adensamento da Igreja estaria seriamente comprometido.

Naquele momento, o Es-pírito Santo de Deus lhes au-torizou a convocar ministros auxiliares, que receberam o

nome de diáconos. Esse mi-nistério expandiu-se, cresceu e desenvolveu-se, confirmando aquela sábia decisão dos pas-tores. A história tem registrado a trajetória de homens e mu-lheres - diáconos e diaconisas - que, com amor, dedicação e submissão, auxiliam, apoiam e vivem a gloriosa mensagem do Evangelho do Senhor Jesus. São homens e mulheres de oração, fé e íntima vivência com Deus. Embora muitos sejam humil-des, são grandiosos naquilo que realizam.

O ministério Diaconal é o imediato auxiliar idôneo do ministério Pastoral. Esses servos e servas são pessoas dotadas de amor fé, piedade, misericórdia e compromisso naquilo que realizam. São vidas preciosas que se doam por completo ao Serviço do Reino de Deus, ami-gos constantes e fiéis na intensa labuta ministerial.

Pastores e diáconos são no-mes bíblicos, neotestamentá-rios, intimamente ligados ao desenvolvimento da Igreja ao longo dos séculos. Eles tradu-zem dignidade, companhei-rismo e fidelidade no trato de tudo aquilo que envolve o Reino de Deus e a Sua justiça. São trabalhadores do Reino, defensores da causa do Mestre, batalhadores diligentes pela fé que, de uma vez por todas, foi entregue aos santos (Judas 3).

O historiador e médico Lu-

cas, assim como o apóstolo Paulo e o próprio Senhor Jesus, apresentam-nos fundamentos imutáveis para o exercício dia-conal. Esses ensinos levam-nos a entender que o diaconato pode ser considerado também um fundamento doutrinário para a Igreja. A tese de que a Igreja só tem dois tipos de oficiais, pastores e diáconos é totalmente verdadeira. Assim como um ministro de Estado tem a sua função relativa ao Presidente da República, o diaconato existe em função das necessidades da Igreja, relativas a determinado ministério pas-toral. Pode-se entender, com esse pressuposto, que quando um pastor supre todas as neces-sidades da Igreja, o diaconato perde a razão de ser. É um mi-nistério intimamente ligado ao pastorado.

A designação dos sete para tomarem a direção de ramos especiais da Igreja tornou-se uma grande e divina estratégia para abençoar a todos aqueles irmãos da efervescente e mis-sionária Igreja de Jerusalém. Estes oficiais levaram em consi-deração as necessidades indivi-duais, bem como os interesses financeiros gerais da Igreja; e, pela sua gestão cautelosa e es-piritual, regida por um espírito de misericórdia e piedade cristã, foram importantes auxiliares em conjugar os vários interesses da Igreja em todos os aspectos.

A Igreja foi introduzindo mudanças em sua liderança ao longo dos séculos, mas a Bíblia não mudou. O relato de Atos 6 continua vivo e muito ativo em nossas práti-cas eclesiásticas. O diaconato, portanto, continua sendo esse grupo seleto, com fundamen-to bíblico, designado para ser o auxiliar idôneo dos pastores da Igreja local.

O diaconato é um ministério digno e belo. As muitas dificul-dades que pastores enfrentam, na liderança de suas Igrejas, possivelmente seriam ameni-zadas se houvesse melhor com-partilhamento com diáconos. Os tempos são difíceis. Os pas-tores precisam de mais tempo para se dedicarem “A oração e estudo da Palavra”. Essa soma de ministérios autênticos pode ser a solução para que na atua-lidade tenhamos Igrejas firmes, fortes e “Edificadas sobre o fun-damento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina” (Ef 2.20). Precisamos, sim, de mais diáconos e diaconisas para um tempo como este.

Noélio Duarte, pastor da Primeira Igreja Batista

em Caramujo - Niterói - RJ, conselheiro Espiritual da

ADBB (2015-2017), escritor, conferencista, membro titular

da Academia Evangélica de Letras do Brasil (AELB)

O JORNAL BATISTAÓrgão ofi cial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

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ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Infoglobo

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bilhete de sorocabaJULIO OLIVEIRA SANCHES

Continua repercutin-do na mídia o gesto altruístico, envolto em amor, da pro-

fessora que se sacrificou ten-tando salvar seus alunos do incêndio criminoso, ocorrido na cidade de Janaúba - MG, localizada em uma das re-giões mais pobres de Minas Gerais. O amor e a respon-sabilidade à profissão que exercemos impulsiona-nos a atos como esse. Claro está que a mídia sempre aproveita de tais fatos e desgraças para construir seus heróis, embora os esqueça com rapidez, mas, nem todo profissional está disposto ao sacrifício pessoal pela profissão que exerce. Alguns atuam movidos pela recompensa financeira. Ou-tros, pela posição de desta-

que social, desde que não se esqueça do vil metal.

De todas as profissões, a do professor é diferente. Aliás, não existe nenhuma profissão que não dependa da ação do professor. Das mais simples às mais complexas, a presen-ça do professor faz-se neces-sária. Ele abre o caminho e alarga o horizonte dos seus alunos para que aprendam sempre.

Infelizmente, a história e a trajetória do professor no Brasil são de penúria total. O Estado não reconhece o tra-balho e o valor da profissão. Essa verdade é revelada com os salários que paga. Ver pro-fessor recebendo cestas bási-cas para sobreviver é normal. Salários atrasados pagos em míseras prestações integram

a educação no Brasil. Há di-nheiro para fundo bilionário que elegerá corruptos, para continuar a corrupção, me-nos para equipar as escolas e fornecer material didático. No Brasil, o professor é um escravo do Estado. Sempre há verbas polpudas para o carna-val, partidos políticos, compra de votos de deputados sem caráter, que fecham os olhos à verdade dos fatos; mas, não há para a educação do povo.

Todos os dias um professor é agredido em sala de aula. Agressão promovida por alu-nos, seus pais e o sistema que rege a educação. Professores readequados por não con-seguirem mais enfrentar os traumas oriundos das salas de aulas. Alguns desistem e procuram outros meios de

sobrevivência, mas há os bravos, movidos por vocação irresistível, que não desistem nunca. São aqueles que se-guem o exemplo de Jesus, o Mestre dos mestres. Entre as muitas profissões de seu tempo, Jesus escolheu a de professor para exercer o seu ministério redentivo. “Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, por que o sou” (Jo 13.13). Jesus poderia ter escolhido outra profissão para salvar o pecador, mas preferiu a de professor. O apóstolo João O denomina advogado, em I João 2.1, mas no sentido de propiciação, alguém que oferece a vida para remir quem não tem condições de fazê-lo.

Como professor, Jesus en-sinou homens rudes a serem

dóceis. Pessoas que não con-seguiam absorver suas lições, a interpretar o significado do Evangelho. Jesus ensinou a perdoar mediante ação práti-ca. Não ensinou teorias, mas a realidade prática da vida. Seu manual de ensino era e continua sendo a Bíblia, sua fonte de inspiração e comu-nhão perfeita com o Pai.

Com gratidão, reverencio a todos os professores que marcaram minha vida ao longo dos anos. Continuo aprendendo. Aos professo-res atuais, que continuem crendo no poder da Palavra. Certo estou de que a Graça de Cristo sempre será abun-dante na experiência de cada professor. Parabéns pela sua fibra em perseverar sendo professor.

Professora queimada

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GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ pastor, professor de Psicologia

Quando o Senhor fala e não ouvimos

“Então, veio o Senhor, e pôs--se ali, e chamou como das outras vezes: Samuel, Samuel. E disse Samuel: Fala, porque o teu servo ouve.” (I Sm 3.10)

Em nossa vida cristã acontece, às vezes, de confundirmos men-sagens bíblicas com

ruídos de nossas limitações humanas. Isto ocorreu com o jovem Samuel, quando sua mãe o deixou com o sacerdote Eli, para trabalhar no templo. O ministério de Eli estava sendo prejudicado por causa da má conduta dos seus filhos. Por isso, o Senhor decidiu alertar o ido-so sacerdote, mandando-lhe Sua mensagem através de Samuel. Diz o texto: “Então, veio o Senhor e ali esteve. E chamou, como das outras

vezes - Samuel, Samuel. Aí, disse Samuel: Fala, porque o Teu servo ouve.” (I Sm 3.10).

Por que temos dificuldade em ouvir algumas mensagens do Senhor? Dentre várias possíveis causas, a inexperi-ência com a Bíblia é uma das mais frequentes. Afinal de contas, a Bíblia é a Palavra de Deus. Quanto mais a lemos e meditamos, dando espaço ao Espírito para que nos escla-reça, mais evidente fica para nós a Sua Revelação.

Não é obrigatório que leia-mos, de uma só vez, capítu-los inteiros ou longos. Basta, após os momentos de leitu-ra, selecionar um pequeno trecho, guardá-lo na mente e lembrar dele várias vezes durante o dia. É uma forma de dizer ao Senhor: “Fala, porque o Teu servo ouve”.

Levir Perea Merlo, pastor, colaborador de OJB

“A Palavra de Cristo ha-bite em vós ricamente, em toda a sabedoria; ensinai-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, louvando a Deus com gra-tidão em vossos corações.” (Cl 3.16)

No mês de novem-bro celebramos a música, a teolo-gia e relembramos

nossos entes queridos que não estão mais entre nós. Nossa ênfase neste mês é a música no contexto da liturgia cristã, ou seja, programação de culto e a sua relação com a expansão do Reino de Deus.

A música é considerada uma forma de arte, usada, muitas vezes, para divulgar ideologias positivas ou ne-gativas, podendo tornar-se um instrumento perigoso. É necessário que toda música e estilo seja cuidadosamente verificada, principalmente em seu conteúdo. Em nosso

caso, a teologia deve ser bi-blicamente contextualizada e exegeticamente correta.

No contexto da Igreja em Colossos, Paulo usa a arte da música para admoestar e ensinar, mas também desen-volver esperança e maturida-de na comunidade dos salvos do Senhor.

Em Colossenses, no capítu-lo 3, vemos o desejo do após-tolo para que a Igreja sempre estivesse com o pensamento nas coisas do alto, onde Cris-to está. Isso significa intensa comunhão com o Senhor (Colossenses 3.1-2). Ele tam-bém exorta sobre as questões da velha “natureza”, presente em cada um de nós e pronto para aflorar se nos descui-darmos espiritualmente, com graves consequências, assim descrita: “Pelas quais coi-sas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência” (Colossenses 3.6). Também lembra daqueles pecados que procedem do coração, e que foi alertado pelo nosso Mestre maior, Jesus Cristo, em Mateus 15.18-19.

E lembra por que também devemos ser éticos e moral-mente corretos? Porque agora somos novas criaturas, que se renova para o conhecimento, segundo a imagem daquele que nos criou (Colossenses 3.10). No verso 13, lembra da-quele ponto muito importante na fé cristã: o perdão. Fecha o contexto do capítulo 3 com o mais importante: o amor, que ele chama de vínculo da perfeição. E aqui ele termina usando o recurso da música como forma de ensino e ad-moestação: “Ensinando-vos e admoestando uns aos outros com salmos, hinos e cânti-cos espirituais” (Colossenses 3.16). A música cristã deve ser usada como instrumento de divulgação e desenvolvimento do Reino de Deus nos cora-ções. Esse tripé “Salmos, hinos e cânticos espirituais” pode muito bem ser sinônimo, que desenvolvido de forma teoló-gica correta e espiritualmente saudável, concorrerá para o engrandecimento do Senhor. A Ele toda honra, todo louvor e toda glória!

Celson de Paula Vargas, pastor, colaborador de OJB

“José se apressou, e pro-curou onde chorar, porque se movera em seu íntimo, para com seu irmão; entrou na câmara e chorou ali. De-pois lavou o rosto, e saiu: conteve-se, e disse: Servi a refeição.” (Gn 43.30-31)

Lágrimas sempre dei-xam marcas, porque exp re s s am sen t i -mentos ou emoções

ocorridos em nosso ser.

José chorou ao rever seus irmãos que o haviam ven-dido como escravo para os egípcios, e, agora, vinham a ele em busca de alimentos, face a fome que ocorria em vossa terra. Ao lavar suas lágrimas, José estava tam-bém apagando suas marcas. As lições que podemos tirar desse fato é que, lavando as marcas das nossas lágrimas, estaremos:

Sinalizando o nosso perdão a quem nos tenha maltratado. Muitas são e serão as razões que teremos nessa vida de

lavar marcas de lágrimas por isso. Perdoar faz bem ao nos-so ser, porque é uma reco-mendação de Deus para nós. Perdoar alivia o jugo daque-les que nos tenha ofendido. “Antes, sede uns para com os outros benignos, compas-sivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus em Cristo vos perdoou” (Ef 4.32). Deus, em Jesus, é o mais vivo exemplo disso, as marcas das lágrimas derra-madas por Ele naquela cruz por nossas ofensas foram de-finitivamente apagadas, pois

Ele certamente não se lembra dos nossos pecados por Ele perdoados.

Ainda temos que, ao lavar as marcas das nossas lágri-mas, promover a reconsti-tuição de laços de amizade e fraternidade, abalados por desavenças com o nosso pró-ximo. Os maus-tratos a José, por parte de seus irmãos, foram motivados pela inve-ja. Isso lhes causou sérias consequências: mentiram a vosso pai, foram envolvidos por sentimento de culpa, romperam relacionamentos

com seu irmão. Pelo agir de Deus, puderam reaproximar--se de José e, ao sentirem que não havia nele nenhuma marca de rancor e sentimen-to de vingança, foi restabe-lecido aquela fraternidade quebrada por eles. Assim é também conosco em todas as esferas de nosso viver, família, sociedade e Igreja. Lágrimas serão derramadas, marcas se produzirão. À proporção que as lavarmos, veremos esses benefícios sendo concretizados a nós e aos nossos ofensores.

A nunciando o Reino com o Poder de Deus através da música

Lavando as marcas de nossas lágrimas

5o jornal batista – domingo, 12/11/17refl exão

Cleverson Pereira do Valle, pastor, colaborador de OJB

Vivemos na pós mo-dernidade, época marcada pelo rela-tivismo e inversão

de valores. Hoje, as pessoas têm interpretado a Bíblia de acordo com as suas pró-prias convicções. Dizem: “A minha verdade é a minha verdade, a sua verdade é a

Genevaldo Bertune, pastor, colaborador de OJB

“O ladrão não vem, senão para roubar, matar e destruir. Eu vim para que as ovelhas tenham vida, e vida em ple-nitude.” (Jo 10.10)

É natural do ser huma-no desejar alcançar a tal felicidade. Ainda que inconsciente-

mente, tudo o que ele faz, todos os valores que esta-belece como fundamentais para a sua vida, tem como objetivo levá-lo a experi-mentar esta vida plena.

No caso do Brasil, que é chamado o país do futebol e do Carnaval, não há como negar que estas multidões que alimentam esses valo-

sua verdade, você respeita a minha e eu respeito a sua”.

Vivemos em um contexto sem referenciais, falta refe-rências sadias para seguir, ho-mens e mulheres que fazem a diferença em uma sociedade de iguais.

A Bíblia apresenta um jo-vem que viveu de forma diferente, em um contex-to difícil e hostil a Deus. Trata-se de Daniel, que era

res, procuram, através deles, alcançar o que a vida no seu dia a dia lhes nega: um prazer maior, essa experi-ência de gozo e plenitude! No entanto, não podemos ficar presos somente a esses dois valores, a ponto de ser-mos, até mesmo, injustos. O que dizer dos que se en-tregam à busca desenfreada do dinheiro, ainda que de maneira desonesta e cor-rupta, tal como assistimos há anos em nossa história através de personagens que construíram os chamados escândalos do Mensalão, dos Fundos de Pensão, das Sanguessugas, dos Correios, Bancoop, das Teles, do Pe-trolão, dentre inúmeros e in-contáveis outros? O futebol, assim como o Carnaval, em nome da alegria tem trazido

bem preparado e tinha um relacionamento profundo com Deus. Ele e seus com-panheiros foram levados ca-tivos para a Babilônia e seus nomes foram trocados. Eles foram orientados a comer a comida real, o que seria uma afronta a Deus.

Daniel sabia que partici-par das iguarias do Rei era ser participante da idolatria, pois toda alimentação era

muitas mortes; assim como as drogas e essa idolatria do dinheiro que se desemboca na corrupção.

Mas há, também, uma cul-tura hedonista, de idolatria do ego, voltada para a busca da fama e o próprio dinhei-ro, representada pelo “vale tudo” do mundo da televisão, cinema, teatro e das artes, onde o corpo acaba sendo meramente uma mercadoria. Em nome de uma profissão ou da busca da tal “realiza-ção”, do tal “sucesso” - que chamam de “superação” -, não importando o preço que pagarão; as pessoas entram em um jogo onde a regra áu-rea é o “vale tudo”, como nos tais “BBB” da Globo e outros semelhantes.

Contudo, que ninguém se engane, assim como há leis

sacrificada a ídolos. Ele de-cidiu manter sua fidelidade a Deus, mantendo distância da comida sacrificada a ídolos. Daniel se destacou no Impé-rio Babilônico, dos Medos e Persas, foi usado para mostrar a soberania de Deus aos reis terrenos.

Vale a pena ser fiel a Deus, mesmo vivendo em um tem-po de distanciamento do que é sagrado, de indiferença,

físicas que regem o universo, há, também, leis morais e es-pirituais irrevogáveis, irrever-síveis; onde, para cada ação humana, há uma consequên-cia, independentemente da sua vontade. A alma huma-na só pode satisfazer-se em Deus. O homem foi criado para ter um relacionamento íntimo e perfeito com seu Criador; e quando se recusa a se alimentar dele, do seu amor, sua alma sente fome, tal qual seu corpo quando deixa de se alimentar do ali-mento físico. É por isso que o salmista diz: “A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando poderei entrar para apresentar-me a Deus?” (Sl 42.2); e o apóstolo Paulo: “Alegrai-vos sempre no Se-nhor; e novamente vos afir-mo: Alegrai-vos!” (Fp 4.3); e

zombaria; devemos manter nosso compromisso com Ele.

Quando somos f ié is a Deus, todos ao nosso redor percebem a diferença. Quan-do não compactuamos com os erros, com os jeitinhos, com as falcatruas, nos tor-namos pessoas confiáveis e respeitadas. Que a exemplo de Daniel possamos manter a nossa integridade e fideli-dade para com Deus.

o Filho de Deus, aquele que morreu e ressuscitou para nos garantir tal vida abun-dante, afirmou: “No último dia, o mais solene dia da festa, Jesus colocou-se em pé e clamou em pranto: ‘Se al-guém tem sede, deixai-o vir a mim para que beba. Aquele que crê em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva’” (Jo 7.37-38).

Será que os apaixonados pelo futebol, pelo carna-val, pelo dinheiro, os pela sua própria fama, sucesso, depois de alcançarem seus valores, podem afirmar: “En-contrei a vida abundante, a vida em sua plenitude; esses ‘rios de água viva’? Se não podem, deixo aqui um con-vite: Venham para Cristo, a fonte de tudo isso!

Onde está a felicidade?

Um jovem fiel a Deus

6 o jornal batista – domingo, 12/11/17 refl exão

Jeferson Cristianini, pastor, colaborador de OJB

Na nossa Declara-ção Doutrinária elencamos a mor-domia cristã como

uma doutrina que nos ensina que Deus é o nosso Criador, Senhor e dono de todas as coisas. Tudo o que temos foi dado por Deus e a Ele perten-ce a honra e a glória. Tudo o que temos e somos é fruto da graça, portanto, precisa-mos investir o tempo (24h), o tesouro (as finanças), e o

templo (nosso corpo) para o louvor da glória de Deus. Somos mordomos, ou seja, administramos aquilo que é de Deus. Cabe ao mordomo zelar e cuidar bem dos recur-sos a ele conferido.

Precisamos resgatar o prin-cípio da mordomia cristã em relação ao nosso corpo. A Bíblia diz que fomos cria-dos por Deus para as boas obras e que nosso corpo é o “Templo do Espírito Santo”. Somos habitação de Deus, e assim a doutrina da mordo-mia nos ensina a cuidarmos

e zelarmos pela saúde do nosso corpo. Em nossos dias há uma preocupação com a estética do corpo. Porém, não nos preocupamos muito com a alimentação, que é ruim e, cada vez mais, con-sumimos produtos industria-lizados e, por outro lado, não gostamos de fazer exercícios físicos. Há uma deficiência da nossa parte nessa questão. Não cuidamos bem do nosso corpo. Dormimos pouco e mal, comemos muito, nos exercitamos pouco. Extrapo-lamos naquilo que gostamos,

mas não fazemos exames de rotina, e quando os médicos detectam algo de errado em nossos exames, não fazemos o que eles orientam. Não tomamos os medicamentos de forma indicada pelos mé-dicos e nos horários certos. Precisamos cuidar melhor do nosso corpo como expressão de gratidão a Deus pela vida, pelo ar que respiramos e pela saúde renovada a cada amanhecer.

Cuidar do corpo é funda-mental na nossa relação com Deus. Somos pó, e ao pó

voltaremos, mas, em nós foi plantado a eternidade (Eclesiastes 3.11), e a cons-ciência da eternidade nos leva a cuidar do nosso corpo aqui. Nossa remissão em Cristo nos leva a consciência de que nosso corpo deve ser usado para expressar a Glória de Deus e deve ser “Apresen-tado como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racio-nal” (Rm 12.1). Cuide de seu corpo e use-o para cultuar o Senhor. Isso é bom, foi para isso que Deus te criou!

Silvio Alexandre de Paula, pastor, colaborador de OJB

“Então, disse Deus: Faça-mos o homem à nossa ima-gem, conforme a nossa se-melhança. Domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os gran-des animais de toda a terra e sobre todos os pequenos animais que se movem rente ao chão.” (Gn 1.26)

Às vezes, você pen-sa em desistir de tudo? Acha que Deus esqueceu de

você? Então, lembre-se que o ser humano foi criado à imagem e semelhança de Deus. O homem não foi resultado de uma linha de montagem. Ele foi muito bem planejado, de maneira especial capacitado, posto com muito amor neste mun-do pelo próprio Criador. O salmista, no Salmo 139.13, disse: “Pois tu formaste o meu interior, tu me teceste no seio de minha mãe”. Quando sentir-se mal pen-sando em desistir de tudo, lembre-se de que o Espírito de Deus está pronto para

trabalhar em seu interior.Seremos espiritualmente

formados por Deus quan-do nos aproximarmos do Senhor. Quanto mais próxi-mos dEle estivermos, mais nos tornamos Sua imagem e semelhança. Quando mais Ele nos forma, mais madu-ros ficamos, e assim apren-demos a conviver conosco e com o nosso próximo.

O apóstolo Paulo, em Efé-sios 2.10, disse: “Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus prepa-rou para que andássemos

nelas”. A expressão “somos feitura sua” nos diz que somos uma obra-prima de Deus. Perante os olhos do Senhor nós somos perfeitos, até mesmo os nossos pe-cados são encobertos pelo precioso Sangue de Jesus, que foi um alto valor pago a Deus em sacrifício pelos nossos pecados. Foi através dele que a nossa vida foi comprada.

Então, nunca devemos pensar em desistir, pelo contrário, precisamos bus-car entender o propósito de Deus para a nossa vida, e

para isso, é necessário ter um relacionamento pro-fundo com Ele. Se fizermos isso, então recebemos essa encorajadora promessa: “Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós. Limpai as mãos, pecadores; e, vós de duplo ânimo, purificai o co-ração” (Tg 4.8). Precisamos nos apoiar em seu poder e sua direção. Embora não mereçamos, o Senhor, em Sua infinita misericórdia, nos dá livramento, prote-ção, amor e a seu tempo nos levanta, tudo para honra e glória de Jesus Cristo!

Mordomia cristã: um desafio atual

Uma criação especial

7o jornal batista – domingo, 12/11/17missões nacionais

Entre os d ias 23 e 27 de outubro, Mis-sões Nacionais es-t eve p re sen te no

Congresso Brasileiro de Missões da Associação de Missões Transculturais Bra-sileiras (AMTB), que acon-teceu em Águas de Lindóia, em São Paulo. O evento, que é multidenominacio-nal, reuniu missionários de diversas agências do país.

O missionário pastor Luís Car los Maga lhães , que atua na Capelania Prisional no Sul do país, deu uma oficina sobre esse tema nos dias 23 e 24, compar-tilhando sua experiência no campo e es t ra tég ias para a evangelização e a

plantação de Igrejas em presídios.

A missionária Soraia Ma-chado, pioneira do Projeto Cristolândia, participou da segunda noite do evento, no momento de testemu-nho (TED), onde emocio-nou os presentes com sua história de vida e de tra-balho no ministério com pessoas em situação de rua e drogadição.

Durante o Congresso, os pastores Valdir Soares, coordenador da Área In-dígena e Jeremias Nunes, gerente-executivo de Co-municação, representaram Missões Nacionais em uma reunião com a Associação Wycliffe, a Sociedade In-

ternacional de Linguística e a Associação Linguística Evangélica Missionária, que tratou do início dos estudos e preparativos para revi-são da tradução do Novo Testamento para o idioma do povo Ticuna, que vive na fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia. Os Ti-cuna configuram o mais numeroso povo indígena na Amazônia e possui o Novo Testamento traduzido desde 1986.

A missionária e psicóloga Cynthia Refosco se reuniu com missionários do Cuida-do Integral do Missionário da AMTB e participou da capacitação sobre cuidado com Filhos de Missioná-

rios (FMs). A imersão é um momento de aprendizado e compartilhamento de es-

tratégias e ferramentas para o trabalho no campo com FMs.

Missões Nacionais participa do Congresso Brasileiro de Missões da AMTB

Instituições se reúnem em prol da tradução da Bíblia

Missionária Soraia Machado testemunhou sobre início da Cristolândia

Missionário Luis Carlos lecionou ofi cina sobre Capelania Prisional

8 o jornal batista – domingo, 12/11/17 notícias do brasil batista

Em 16 de setembro de 2017, foi realiza-do a 41ª edição do Congresso de Men-sageira Rei do cam-

po Carioca. Aproximadamente 900 meninas participaram do evento, realizado na Igreja Ba-tista Monte Tabor, em Campo

Grande. Juntas, elas agrade-ceram a Deus as vidas trans-formadas e transformadoras geradas por esta organização, que há quase 70 anos tem feito a diferença por meio do Evangelho de Jesus Cristo, não apenas no Rio de Janeiro, mas em todo o país.

Anunciando o Reino com o poder de Deus410 Congresso de Mensageiras do Rei - Carioca

“Conheci a organização de Mensageiras do Rei com 9 anos de idade. Nela, vivi grandes emoções na compa-nhia de minha inesquecível líder Marilene e de minhas ir-mãs mensageiras da Primeira Igreja Batista de Vila Aliança, Rio de Janeiro, RJ. Os anos se passaram, e hoje fui desa-fiada a auxiliar a orientadora Valquíria Candida, na Igreja Batista Betel de Mesquita, RJ. Que honra! Que privilégio retornar a um trabalho tão desafiador! Já começamos com fortes desafios: meninas com dificuldades familiares,

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o jogo da “Baleia azul”, ques-tões de homossexualidade, etc. Creio que o Senhor está conosco e fará infinitamente mais do que pedimos ou pensamos. Estou fazendo o curso à distância porque sei que é só início de uma longa jornada de amor pelas vidas de meninas e por missões! Confiada naquele que me chamou, prossigo rumo ao alvo!”

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Veja o depoimento de Cecília Vieira, uma jovem que reconhece a importância de buscar a capacitação para melhor servir ao Rei.

9o jornal batista – domingo, 12/11/17notícias do brasil batista

esde cedo, estive envolvida com o trabalho eclesiástico. Meus pais foram chamados por Deus e foram se prepa-rar num seminário. Assim, dos 4 aos 8 anos, vivi no campus do seminário.

Foi lá que, ouvindo relatos missionários no culto infantil, comecei a sentir o ardor missionário. Aos 19 anos, foi minha vez de seguir para o meu pre-paro. Fui para o SEC em 1984. Estive muito focada no aprendizado durante os quatro anos que passei na Casa Formosa. Foram anos de aprendizado e de aperfeiçoamento nas diversas áreas da vida. Lá também encontrei o homem que Deus tinha reser-vado para dividir a vida e o ministério, Pr. Beiriz. Nessa união, Deus nos presenteou com dois filhos: Fillipe e Lis Ruama.

O SEC nos prepara para trabalhar com todas as faixas etárias e para lidar com todos os tipos de pessoas que podemos nos deparar. O preparo maior, contudo, é na prática, porque cada igreja e ministério tem particularidades para as quais preci-samos da sabedoria divina para lidar. As estratégias que dão certo em uma, muitas vezes não dão em outras. Mas a base teórica adquirida no Seminário contribui para direcionar nossa prática.

Uma das coisas mais marcantes no SEC foi a convi-vência no internato. Conviver com pessoas nunca é uma tarefa fácil, por isso as experiências interpes-soais foram de grande valia, pois nos prepararam para a convivência nas igrejas. Sinto saudades das brincadeiras, festas, conversas e, ainda hoje, man-tenho contato com algumas. Foi um tempo de fazer amizades para a vida toda.

Agradeço a Deus por ter me proporcionado essa experiência tão preciosa em minha vida pessoal e intelectual através do SEC. Por isso, incentivo você, leitor, a buscar o preparo adequado para cumpr ir o Ide em uma de nossas casas batistas de formação ministerial. o Ide em uma de nossas casas batistas de formação ministerial.

Aurinice de Macêdo Uchôa BeirizEducadora Cristã pelo SECFormada em Letras/UFALPós-graduanda em língua portuguesa/UNOPAR

ufmbb@ufmbb

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10 o jornal batista – domingo, 12/11/17 notícias do brasil batista

Vânia Castro, jornalista, membro da Primeira Igreja Batista de Petrolina - PE

Com o tema, “Anun-ciando o Reino com o Poder de Deus”, a Primeira Igreja Ba-

tista de Petrolina - PE (PIB) comemorou seu aniversário de 70 anos de reorganização, com a Semana de Avivamen-to, de 15 a 22 de outubro. Durante os oito dias de con-ferências, Deus usou tremen-damente os pastores Samir Muhamed e Miqueas Barreto.

Durante a extensa progra-mação de cultos, muitas vi-das se renderam aos pés do Salvador e vários cristãos renovaram seu compromisso com o Senhor. Houve, de fato, festa no céu. Momentos de intercessão, orações de gratidão, louvores, bênçãos pastorais e diversas mensa-gens bíblicas foram medita-das e refletidas.

As primeiras pregações fo-ram dirigidas pelo conferen-cista Samir Muhamed, descen-

dente de árabes e um muçul-mano convertido ao cristianis-mo, que emocionou os irmãos com testemunhos sobre as mudanças que o Evangelho trouxe em sua vida.

Temas como “Para de cor-rer atrás do vento”, “O mis-tério de Deus”, “Deus está no controle”, com comentá-rios sobre o plano oculto do Senhor, desde a criação do mundo até os dias atuais, fo-ram ministrados de 15 até dia 18, pelo pastor Muhamed.

“Deus escolheu a cada um de nós antes da formação do mundo e através do perdão dos nossos pecados, alcança-mos a misericórdia divina e o mercado de escravidão foi encerrado. Deus não desistiu da criação quando se depa-rou com a traição de 1/3 dos anjos. Ele podia ter extermi-nado Satanás e Sua geração, mas o Senhor usou Seu amor verdadeiro - que nos dá au-tonomia de viver e escolher o caminho a ser seguido. Só existe amor, se tiver liberda-de”, frisou o pastor.

Sobre o domínio e a auto-ridade do Senhor, o pastor Samir disse que Ele nunca perdeu o controle. “Na hora certa, Deus vai restaurar tudo no céu e na terra. Ele está no nosso meio e se importa conosco. Podemos tudo em Jesus, pois só Ele nos fortale-ce”, explicou.

O ministro do Senhor, Samir Muhamed, contou seu teste-munho pessoal de conversão e disse como Deus quebrou a ‘canga’ que o aprisionava ao pecado e a transformação na sua vida conjugal.

A Semana de Avivamento prosseguiu com o pastor da Igreja Batista da Concórdia (IBC), em Recife, Miqueas Barreto, que discorreu sobre inúmeros assuntos, dentre eles, família, o poder trans-formador de Deus, a impor-tância da crença na Palavra, que é inspirada pelo Espírito de Deus e não escrita pelo homem, etc. Também, citou exemplos do poder impac-tante de Deus na vida de muitos irmãos.

Com relação ao poder do Evangelho, o pastor mencio-nou que nossa salvação é dom de Deus e não conquis-tada através do esforço pes-soal. “Nem por nossa justiça, pela bondade e virtude; e sim a partir da confiança em Jesus. Deus não está fora da Palavra que é eterna. É na Palavra do Senhor que encontramos feli-cidade. Os valores do mundo é que dão dor de cabeça. Cheios da Palavra. Cheios de Deus e paz”, destacou.

O conferencista Miqueas ainda citou uma passagem bíblica de Jesus. “Quem guar-da a minha Palavra, guarda a mim, a Deus e ao Espírito Santo”, e finalizou com a afirmação sobre a força do poder para mudar vidas. “Te-mos que crer no Senhor Jesus para que sejamos salvos. Nada pode impedir o Poder de Cristo. Diante de Jesus até os demônios ajoelham-se. Só Ele é onipotente”, informou.

Na oportunidade, o pastor da Igreja Batista da Concór-dia convidou os crentes a

receberem, um a um, oração à frente; e entregando seus assuntos pessoais e profis-sionais, muitos do auditório confiaram plenamente no Poder do Senhor.

Participações especiais fo-ram assistidas pelo público; como o Coro El Elion, com mensagens musicais de ado-ração ao Senhor, como tam-bém o Coro de Libras, Trio Feminino e Grupo Ruah; e no comando da diaconisa Ivoni-se Vasti, houve apresentação do primeiro coral da Igreja, formado em 1956.

Além da presença do pas-tor titular da PIB, Gileade Júnior, e sua equipe pasto-ral e missionária, o evento contou com a presença dos pastores Ronaldo e Carlos Rolemberg, da Igreja Batista Emanuel (IBE); Moreira, da Igreja Batista Central Missio-nária; José da Lira, da Igreja Batista Cohab Massangano; Montefusco, da Igreja Batista Dom Avelar e, representando o Seminário Betânia, o casal pastor Gary e Sherry Hauter.

Semana de aniversário da PIB de Petrolina - PE foi marcada por fé e oração

Público compareceu em bom número

Equipe pastoral da Primeira Igreja Batista em Petrolina - PE

Participação do Coro El Elion

Igreja completou 70 anos em outubro

11o jornal batista – domingo, 12/11/17missões mundiais

Marcia Pinheiro - Redação de Missões Mundiais

Entre os dias 23 e 27 de outubro, Missões Mundia i s marcou presença no Con-

gresso Brasileiro de Missões (CBM), que este ano acon-teceu em Águas de Lindoia - SP. Principal evento mul-tidenominacional, com en-foque missionário realizado no Brasil, o CBM acontece a cada três anos por iniciativa da Associação de Missões Transculturais Brasileiras (AMTB). Estivemos repre-sentados pelos missionários Caleb Mubarak e Maria-na Duarte, com a causa da Igreja sofredora, e o pastor e psicólogo Abner Morilha levou ao público o tema “Cuidado Integral do Mis-sionário”, dentro da temática do Congresso: “Realidades que não podemos ignorar”. Também tivemos a presença da mobilização missionária, coordenada pelo pastor Alí-pio Coutinho; da missionária Renata Santos, na captação de imagens; e da missionária Analzira Nascimento, inte-grante da coordenação do programa.

Mas a nossa participação começou mesmo três dias antes do congresso, durante uma consulta sobre treina-mento de brasileiros para o mundo muçulmano. Caleb Mubarak (missionário no Oriente Médio) esteve pre-sente no encontro.

“Dezenas de agências mis-sionárias, enviadoras e aque-las que fornecem o treina-mento específico estiveram reunidas para discussão e elaboração de um currículo padrão”, disse Caleb.

Ao final do encontro, sur-giu um currículo que será divulgado em breve pela AMTB como sugestão às agências brasileiras.

“Foi um imenso prazer tra-balhar durante aqueles dias com pessoas tão comprome-tidas com o Reino e que, de fato, têm como prioridade em suas vidas o alcance dos muçulmanos para Cristo”, reconheceu Caleb.

Durante o Congresso, vá-rios desafios foram lançados

pelos preletores em um au-ditório com mais de 2.000 pessoas todas as manhãs e noites.

Nosso gerente de Missões ministrou por dois dias um seminário sobre voluntaria-

do para 70 participantes. Ele também participou de um fórum, junto a mais três representantes de outras de-nominações e agências, para cerca de 2.300 pessoas. Mui-tas perguntas foram feitas e o

recado foi dado a todos: “O valor e a força do voluntaria-do faz diferença em missões modernas”.

A equipe do Cuidado In-tegral do Missionário, li-derada pelo pastor Abner,

prestou atendimento em um hangout, espaço para atendimento psicoterápico e aconselhamento.

Antes das plenárias, era realizado um TED, com um missionário apresentando um testemunho sobre o que tem acontecido ao redor do mundo. Na noite de quinta--feira (26), o TED esteve sob a responsabilidade de Mis-sões Mundiais.

Nossa missionária Mariana Duarte falou aos congres-sistas sobre o NUN, movi-mento em favor da Igreja sofredora, seus desafios, lu-tas e vitórias em seu campo missionário, o norte da Áfri-ca. Pastor Alípio encerrou o momento com um grande clamor pela Igreja sofredora.

“Montamos um espaço reflexivo na entrada para a plenária com distribuição de materiais informativos e momentos de conversas com os congressistas”, conta o pastor Abner.

Este espaço foi chamado de Trilha Missionária. Por lá passavam todos os con-gressistas. A trilha foi orna-mentada com o símbolo da Igreja sofredora: a letra “N” do idioma árabe (chamada NUN), letra que representa a primeira da palavra Na-zareno, espalhada por toda a trilha.

“Foi muito bom participar do CBM. Recebi muitas pa-lavras de carinho e apoio à Igreja sofredora. Agradeço a Deus, pois todos que lá esti-veram foram impactados, as-sim como eu fui. Somos um, somos nazarenos”, disse a missionária Mariana Duarte.

Daqui a três anos acon-tecerá uma nova edição do CBM. O que se espera da-queles que participaram é que haja reflexão e ação por parte de todos os ouvintes.

“A expectativa é que aque-les já estão no campo regres-sem animados e ganhem forças na sua atuação, e aqueles que foram chama-dos e despertados durante o CBM, possam ser os que continuarão a proclamar de maneira eficiente, contextu-alizada e dinâmica o amor de Deus a todos os povos”, comenta Caleb.

Missões Mundiais leva causa da Igreja sofredora ao CBM

Missionária Mariana Duarte, vestida de burca, falou sobre o NUN

Foto ofi cial

Pastor João Marcos, falou aos cerca de 20 pastores que visitaram a sede da JMM

12 o jornal batista – domingo, 12/11/17 notícias do brasil batista

Marcos José Rodrigues, seminarista da Primeira Igreja Batista em Anápolis - GO

A Terceira Igreja Batista em Anápolis - GO conferiu ao pastor Kosme Alves da Mot-

ta da Silva o título de Pastor Emérito. A homenagem acon-teceu no dia 07 de outubro de 2017, no templo da referida Igreja. Pastor Ariano Diniz, atual líder, dirigiu o culto de louvor e gratidão a Deus pe-los 16 anos e 09 meses de profícuo ministério do pastor Kosme à frente da Igreja.

Vários pastores e irmãos em Cristo de diversas Igrejas de Anápolis e cidades vizinhas

José Carlos, pastor, missionário mobilizador voluntário da Junta de Missões Nacionais

No dia 28 de ou-tubro de 2017, missionários vo-luntários de Ma-

estiveram presentes para para-benizar o querido obreiro pela honraria recebida. Pastor Kosme exerceu o ministério pastoral por 34 anos. Desses, a metade foi à frente da Terceira Igreja Ba-tista em Anápolis. Pastor Kosme fez diferença na vida de vários membros da Igreja, que deram testemunhos pessoais que fun-damentaram esta verdade.

A Terceira Igreja Batista em Anápolis deu um grande e lindo exemplo de atitude ele-vada, de reconhecer o trabalho de um pastor que dedicou qua-se 17 anos de sua vida como pastor da Igreja. A homena-gem não se restringe apenas a Igreja local que promoveu a honraria, mas por toda parte

caé - RJ partiram para mais um trabalho evangelístico, o qual envolve pessoas que vivem em situação de rua e em dependência química. É a Igreja de Cristo demostran-do a compaixão, graça e o amor com a sociedade.

Foram realizados trabalhos

onde o pastor Kosme passou. Pastor Carlos Enrique Santa-

na, vice-presidente da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil seção Goiás (OPBB - GO), pa-rabenizou o trabalho valoroso do pastor Kosme entre as Igre-jas Batistas onde pastoreou, e elogiou a atitude louvável e nobre da Terceira Igreja Batista em prestar tal homenagem a um servo de Deus.

O preletor oficial na ocasião foi o pastor Geraldo Ventura da Silva. O sermão pregado foi baseado em vários textos da Bíblia e, principalmente, nas epístolas paulinas do Novo Testamento. Entre os textos lidos, destacam-se: I Timóteo 4.17-18; Provérbios 29.23

sociais e, o mais importante, a Palavra de Deus foi dissemi-nada, e pessoas aceitaram o tratamento e foram internadas ao CFC Madureira. Na oca-sião, foi realizado evangelismo na comunidade do Cajueiro.

Parabéns aos voluntários de Macaé que se disponibi-

e Tessalonicenses 5.12-13. O pregador parabenizou o homenageado e também a Terceira Igreja Batista pela louvável atitude tomada em relação ao pastor Kosme, e argumentou que a homena-gem era justa pelas obras que ele realizou entre as Igrejas Batistas no campo goiano. E, portanto, esta homenagem era feita também por todos os irmãos e membros das Igrejas Batista em Goiás. Pastor Kos-me é altamente estimado pelas Igrejas e entre os pastores.

Pastor Geraldo continuou a sua mensagem e disse: “Os líderes fiéis que lideram bem as Igrejas, que se afadigam na Palavra e no ensino devem ser

lizaram: Denilda Sardinha M. Rocha (IBJ Franco), Pas-tora Elioenai Mônica Duarte (IBNH), Emilly Cruz de Jesus (IBNH), Ester Narciso Neves (BJ Franco), Gustavo Ferreira Santos Paim (IBNH), Jarlen Neves (IBJ Franco), Juliana Ribeiro de Andrade dos An-

estimados e dignos de dupla honra. Jesus e o apóstolo Paulo enfatizam a importância de dar apoio e honra àqueles que lideram e aconselham, e isso deveria ser feito até mesmo através da prebenda pastoral”.

A Terceira Igreja Batista fez justamente isso, cumpriu um mandamento bíblico que Paulo ensina. Pastor Geraldo Ventura asseverou: “Não são todos os pastores que merecem honra-ria. Para que haja esse tipo de atitude por parte de uma Igreja é necessário que o pastor esteja alinhado com o padrão bíblico de vida ministerial; esses funda-mentos bíblicos estão baseados principalmente nas epístolas de Paulo a Timóteo e a Tito.

jos (4ª IB Macabu), Ling Ri-beiro Durães Nogueira (IBJ Franco), Patrícia Fernandes Moura (IBMM), Paula Marins Damasceno (IBMM), Priscila da Silva Mesquita Caetano (IBMM), Roberta Pinto Carva-lho Silva (IBJ Franco) e pastor Wesley Duarte (IBNH).

Missionários voluntários de Macaé - RJ realizam trabalho evangelístico em Madureira - RJ

Pastor Kosme Alves da Motta é homenageado com o título de Pastor Emérito

Palavra também foi exposta através de louvores

Equipe de missionários voluntários “Jesus Transforma” foi a mensagem transmitida à comunidade do Cajueiro

Pastor Kosme recebe das mão do pastor Ariano uma lembrança da homenagem

Pastor Carlos Enrique Santana, vice-presente da OPBB-GO parabenizou o pastor Kosme e a Igreja pela linda homenagem.

Líderes de várias Igrejas estiveram presentes na homenagem ao pastor Kosme Motta

13o jornal batista – domingo, 12/11/17notícias do brasil batista

Paulo Santana, cooperador voluntário do projeto missionário de artes marciais

No dia 07 de outu-bro, de 08h às 12h, ocorreu o 1º Tor-neio de Wrestling

na Escolinha de Luta em Mário Lombard, em Campo Grande - RJ. A Escola funciona dentro

Luiz Antonio Leite Beiriz, reitor do SETBAL, pastor da Igreja Batista em Pindorama - AL

O Seminár io Te-ológico Batista de Alagoas (SET-BAL), fundado há

26 anos, com sede na cidade de Maceió - AL, promoveu no dia 28/10, no templo da Igreja Batista do Farol - AL, uma Conferência Teológica. A comemoração foi em ho-menagem aos 500 anos da

das dependências da Igreja Batista em Mário Lombard (IBML), cujo pastor Emmanuel Rodrigues de Oliveira Neto também é professor de artes marciais e ministra aulas de luta olímpica para aproxima-damente 40 crianças, de 04 a 17 anos, às quartas-feiras, no período noturno.

A abertura do torneio con-tou com uma palavra basea-

Reforma Protestante, feita por Matinho Lutero através da 95 teses publicadas nas portas da Catedral de Wittenberg, na Alemanha, em 31 de ou-tubro de 1517.

Durante todo o dia do evento estiveram presentes cerca de 200 pessoas, en-tre professores do SETBAL, alunos, pastores, membros e congregados das diversas Igrejas da capital e do interior de Alagoas. O objetivo prin-cipal foi refletir histórica e te-ologicamente os 500 anos da

da em I Coríntios 9.24 (atleta cristão), em seguida, o Hino Nacional Brasileiro e, logo depois, todos puderam pra-ticar as técnicas aprendidas, ganhar medalhas, brindes e lanches.

Pastor Emmanuel e Igreja entendem a escola de luta como uma estratégia para levar Jesus a crianças e dar oportunidade, aqueles que

Reforma Protestante e fazer conhecidos e/ou relembrados estes importantes princípios que regem o cristianismo, concatenados nas solas, pro-postas por Lutero.

A programação teve início às 8h30min. e término às 21h, e foram discorridos os temas baseados nas 5 solas da Reforma. Os preletores foram: pastor Vanedson Xi-menes (Somente a Graça), presidente da Associação Brasileira de Instituições Ba-tista de Ensino Teológico

assim desenvolverem o ta-lento, como bolsa atleta ou, até mesmo, a disputa de uma olimpíada (sonho de todo atleta).

A escola funciona com a ajuda de parceiros e volun-tários locais, e o torneio foi um grande incentivo para os alunos levarem amigos e familiares que, talvez, nun-ca entrariam em uma Igreja

(ABIBET); doutor Reinaldo Arruda (Somente Cristo), co-ordenador pedagógico da Fa-culdade Batista de Minas Ge-rais; pastor Marlesson Rego (Somente a Deus Glória), professor do STBNB; pastor Josué Salgado (Somente a Fé), pastor da Igreja Batista da Graça, em Brasilia; pastor Ágabo Borges (Somente as Escrituras), coordenador do Departamento de Ciências Humanas da Universidade Estadual em Feira de Santa-na - BA.

evangélica. Foi uma grande festa!

Portanto, sabemos que essa batalha não é nossa e, por isso, fazemos a nossa parte no Reino para salvar essas crianças e suas famílias para a Glória de Deus. Aos que quiserem ajudar a Escola de Luta em Mario Lombard, po-dem procurar-nos nas redes sociais.

Registramos aqui a nossa gratidão aos nossos parcei-ros: Igreja Batista do Farol, da qual Roberto Amorim de Menezes é pastor; ABI-BET; Visão Mundial e Liga Teológica. Gratidão tam-bém a todos os voluntá-rios que nos ajudaram nas inscrições, músicas, aco-modações, trabalho com crianças, alimentação, or-namentação, divulgação e a presença de cada irmão em Cristo que prestigiou esta festa espiritual.

Igreja Batista em Mário Lombard - RJ realiza 1o Torneio de Wrestling

Seminário Teológico Batista de Alagoas comemora os 500 anos da Reforma Protestante

Participantes ganharam medalhas e brindes Trabalho é oportunidade para evangelizar a regiãoAlunos praticaram técnicas aprendidas nas aulas

Fotos: Albenia Praxedes

Reitor do SETBAL, pastor Luiz Beiriz, e pastor Roberto Amorim, IBFarol

Auditório atento as orientações iniciaisInspiração musical pelo Grupo Essência

14 o jornal batista – domingo, 12/11/17 ponto de vista

A prática do a sós com Deus é muito negli-genciada em nossos dias tão tumultua-

dos, mas é um estilo de vida do cristão autêntico, nascido de novo. Uma experiência de profunda comunhão com o nosso Pai, um relacionamen-to muito enriquecedor. O a sós com Deus deve ser inten-so e constante. Ele produz quebrantamento, fortalece a mente e o coração; razão e emoção. Coloca-nos em uma posição de vulnerabili-dade. Amplia a visão. É uma experiência terapêutica, que aumenta a nossa sensibilida-de com o Senhor e com o próximo. Desenvolve mais fome e sede das Escrituras. Aprofunda a vida de oração, tornando-a um deleite em nossa experiência cotidiana.

Emanuel Batista Uchôa, pastor, colaborador de OJB

Certa vez, minha mãe me deu umas mudas para o jar-dim da minha casa

recém-adquir ida. Cheio de empolgação, comprei materiais de jardinagem e plantei-as. Para a nossa decepção, as plantas morre-ram com o tempo. Ao com-partilhar minha tristeza com ela, fui questionado: “Quan-to você cavou?”. Diante da resposta que dei, ouvi a explicação do meu fracasso:

O a sós com Deus significa ministrar diante dEle em pro-funda devoção e consciência de missão. Revela dependên-cia e reverência. Aprofunda nossa percepção e o nosso foco. Em um tempo de tanta dispersão, precisamos prio-rizar a nossa intimidade com o Pai. É uma hora bendita e abençoadora.

O a sós com Deus significa a essencialidade do Ser de Deus em nossas vidas; que Ele é a prioridade da vida. Jesus mesmo afirmou que sem Ele nada podemos fazer (João 15.5). A experiência do a sós com Deus revela a nossa dependência dEle. Como filhos, somos depen-dentes de um Pai amoroso, fiel, justo, perfeito e benig-no em todas as Suas obras (Salmo 145.17). O Senhor

“Este tipo de vegetal só so-brevive se você cavar mais profundo”.

Vivemos uma época de extrema rasura nos relacio-namentos. Com o advento das redes sociais, a palavra “superficial” seria gentil para descrever a maneira como temos interagido com pes-soas. Vivemos no tempo dos relacionamentos flutuantes, postamos fotos no Facebook iludidos de que cada pessoa que clica no “curtir” está genuinamente interessado na nossa vida. Por outro lado, curtimos as fotos dos

está bem perto de todos os que O invocam e o fazem em verdade (Salmo 145.18). Deus, nosso Pai, não despre-za um coração quebrantado e contrito (Salmo 51.17). Em nossa intimidade com Ele, nós testemunhamos o nosso amor a Ele (Deuteronômio 6.4-9).

Deus mesmo é a nossa mo-tivação para uma comunhão íntima com Ele por meio das Escrituras e da oração. A fome e sede de um rela-cionamento com o Autor da nossa salvação é outra mo-tivação legítima. Homens e mulheres cristãos que deixa-ram o seu legado na História foram disciplinados na vida com Deus. Não abriam mão da comunhão profunda no Santo dos santos. As letras dos hinos do Cantor Cristão

outros (na maioria das vezes sem ler o texto que as acom-panha), fingindo estarmos preocupados com o que os outros estão fazendo.

No Whatsapp, a coisa não é diferente. Uma das primei-ras preocupações que muitos têm é de tirar o aviso de leitura (os risquinhos azuis), para que possamos ler o que o outro escreveu sem que ele fique sabendo e espere de nós uma resposta. Afinal, estou muito ocupado para me envolver em problemas dos outros que não desper-tem meu interesse.

revelam homens e mulheres que, mesmo no sofrimento e nas circunstâncias adversas, não negligenciaram a devo-ção ao Senhor. Ele era central em suas vidas. Não é possível ministrar aos homens se fa-lhamos em ministrar diante de Deus, na intimidade com Ele. A nossa capacidade ou suficiência vem dEle (II Co-ríntios 3.5).

Priorizemos a nossa comu-nhão íntima com Aquele que nos criou à Sua imagem e conforme a Sua semelhança e nos salvou em Cristo. Ele deve ser sempre central em nossa experiência como cris-tãos genuínos, regenerados pela obra do Espírito Santo. Que as primícias do nosso tempo sejam oferecidas a Ele em autêntica devoção e para a Sua própria glória. Que

É uma pena constatar que esta tendência tem sido transportada para dentro da Igreja. Nos acostumamos com a cultura de auditório. Convivemos com muitas pessoas e não temos intera-ção real com a maioria de-las. Dividimos os bancos, cantamos as mesmas músi-cas, compartilhamos o frio-zinho do ar-condicionado, mas não fazemos parte da vida uns dos outros.

Meus queridos, não foi esta a convivência que Deus planejou para o seu povo. Ele espera que tenhamos

sejamos praticantes da Pala-vra e não somente ouvintes (Tiago 1.22). Apliquemo-nos à vida de oração (Lucas 18.1; I Tessalonicenses 5.17). Não nos enganemos: o inimigo das nossas almas faz de tudo para que não tenhamos in-timidade com Deus pela Palavra e pela oração. Ele cria embaraços para que não dediquemos tempo para o Senhor. Sabemos que a nossa luta é espiritual e demanda vidas consagradas, dedica-das, proativas e cheias do Espírito Santo e consequente compaixão pelos perdidos. Deus quer nos usar para a Sua Glória, mas não o fará se nós não priorizarmos a intimidade com Ele. Para Ele e para a Sua Glória, sempre o nosso melhor (Romanos 12.1.2).

uns com os outros a mesma unidade que Ele tem com o seu filho Jesus (João 17.22). Tome a iniciativa, interaja mais com os irmãos da sua Igreja. Achegue-se a uma família que você ainda não tem intimidade, convide-os para comer em sua casa, assistam a um filme juntos, visitem um parque. Partici-pe mais profundamente de suas vidas. Não se contente com a superfície, pois, re-lacionamentos verdadeiros são o tipo de vegetal que só sobrevive se você cavar mais profundo.

A sós com Deus

Cave mais profundo

15o jornal batista – domingo, 12/11/17ponto de vista

OBSERVATÓRIO BATISTALOURENÇO STELIO REGA

Como ter Igrejas for-tes, saudáveis, efe-tivas, participantes e influentes em seu

ambiente? Como ter Igrejas que testemunhem um Evan-gelho significativo e viva-mente perceptível na vida de seus membros? Como ter uma Igreja cujos mem-bros sejam emocionalmente equilibrados, espiritualmente maduros, estudiosos da Pala-vra de Deus, da sã doutrina; membros que conhecem o mundo presente e suas ide-ologias, que reagem a esse mundo sem Deus por meio de uma vida consagrada a Deus e à Sua Palavra; mem-bros que influenciam o meio ambiente em que vivem, estudam e trabalham como luzeiros, como sal, temperan-do a vida de modo a serem líderes onde vivem? Como ter uma Igreja onde todos conhecem os seus dons de serviços, todos discipulam, são seguidos em palavra e vida concreta por seus discí-pulos como modelos de vida em íntimo relacionamento com Deus; que possuem uma vida piedosa a toda prova?

Quem não gostaria de ser membro de uma Igreja com esse perfil? Qual pastor, em sã consciência de seu ministério, não gostaria de conquistar

tudo isso para sua Igreja? Qual líder de Igreja não gostaria de liderar um ministério, grupo pequeno ou departamento de uma Igreja com essas ca-racterísticas?

Você pode ter eventos, pro-gramas, elaborar estratégias, criar publicidade, valendo-se das mais atualizadas desco-bertas de marketing, aplican-do modernas técnicas de lide-rança, ter os mais modernos equipamentos multimídia com equipe especializada, mas será que isso bastaria?

Praticamente, nada conse-guiremos sem líderes e mi-nistros que tenham uma vida exemplar diante de Deus e dos outros com elevada qualidade; que conheçam, de fato, a Bíblia, a Teologia; que saibam analisar a cultura presente e os cenários que estão se formando e que mui-to influenciarão a Igreja e a vida dos seus membros; que ao conhecer esses cenários saibam, com competência bíblica e teológica, encon-trar respostas seguras para o Povo de Deus; que tenham uma família exemplar; que tenham experiência prática e concreta no ministério; que conheçam e priorizem sua agenda, considerando seus dons de serviço; que saibam valorizar o potencial

das pessoas; que saibam ge-renciar com criatividade e amor conflitos humanos; que tenham equilíbrio emocional e saúde mental; que sejam envolvidos no meio ambien-te em que vivem de modo a influenciá-lo por meio de uma vida cimentada em prin-cípios cristãos.

Quem não gostaria de ser pastoreado por um ministro com essas qualidades? Qual Igreja não gostaria de ter um pastor assim? Qual ovelha não se sentiria acolhida por esse modelo de pastoreio?

Só conseguiremos líderes e ministros com essa qualifi-cação quando conseguirmos priorizar a área da educação teológica de nossa deno-minação; quando tivermos seminários que tenham do-centes qualificados com as mesmas características; quan-do estes mesmos seminários adotarem uma pedagogia integral, que objetive não apenas informar, mas formar e transformar seus alunos; quando os seminários pro-videnciarem espaço para a formação ministerial-prática para seus alunos; quando os currículos dos seminários forem construídos conside-rando também o “Chão da Igreja”, a cultura contempo-rânea que afetará o modo de

se viver o Evangelho; quando os seminários forem ambien-te de piedade, devoção e ora-ção; quando os seminários deixarem de ser trincheiras contra as Igrejas, ministério e denominação e passarem a ser formadores de líderes que saibam dialogar com esses ambientes de forma construtiva.

Tudo isso é possível com ou sem o MEC. Nesse ponto, vejo muita discussão passional, sem conhecimento das leis e das experiências que têm sido alcançadas na prática.

Mas, tudo isso não será possível se continuarmos a criar seminários que pecam na qualidade do ensino; que apenas focalizam a forma-ção, seja acadêmica, seja ministerial-prática, mas que desconsideram a qualidade de vida ou mesmo a capacita-ção de seus professores; que não investem em biblioteca, em qualificação continuada da docência e equipe de funcionários; que lesam seus alunos, oferecendo cursos ilegais, sem mesmo a devida legalização fiscal, trabalhista e, até mesmo, com a utiliza-ção de softwares piratas (falta aqui o exemplo de moral e ética); que oferecem forma-ção descontextualizada; que não proporcionem aos seus

alunos condições para a sua formação pessoal, mudança de vida, capacitação para serem não apenas obreiros, mas líderes exemplares; que não possuem matriz curri-cular (em vez disso, “grade” curricular) equilibrada en-tre a formação acadêmica, ministerial-prática e pessoal. Sem qualidade, o custo é re-duzido e, infelizmente, mui-tos pastores e Igrejas acabam decidindo sobre a indicação de alunos para seminários, considerando apenas o fator financeiro, esquecendo-se de que a formação básica destes mesmos alunos defi-nirá a qualidade ministerial, portanto, das Igrejas e da denominação.

Nos últimos anos temos visto a criação de seminários, sem critério algum. Parece--nos que, qualquer pessoa que deseje, pode criar um seminário teológico, sem qualquer necessidade de dar contas à denominação, ao seu futuro e ao futuro das Igrejas. Não podemos mais ficar parados como deno-minação diante do cenário preocupante pelo qual passa a educação teológica Batista no país. Onde chegaremos? Que futuro estamos dese-jando para nossas Igrejas e denominação?

Educação Teológica: nosso futuro depende dela