Segundo domingo de novembro: Dia do Diácono Batista · à chamada divina para o de-sempenho da...

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1 ISSN 1679-0189 Ano CXIV Edição 45 Domingo, 08.11.2015 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Segundo domingo de novembro: Missões Mundiais A importância da oferta do Dia Especial Pág. 11 Ponto de Vista “Pastor e diácono” é o tema da Coluna Fé para Hoje Pág. 14 Coluna Observatório Batista Confira o texto “Fator ‘ômega’ e a liderança” Pág. 15 Dia do Diácono Batista Foto do Congresso da ADIBERJ: Selio Morais

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1o jornal batista – domingo, 08/11/15?????ISSN 1679-0189

Ano CXIVEdição 45 Domingo, 08.11.2015R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

Segundo domingo de novembro:

Missões MundiaisA importância da oferta

do Dia EspecialPág. 11

Ponto de Vista“Pastor e diácono” é o tema da

Coluna Fé para HojePág. 14

Coluna Observatório BatistaConfira o texto

“Fator ‘ômega’ e a liderança” Pág. 15

Dia do Diácono BatistaFoto do Congresso da ADIBERJ: Selio Morais

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2 o jornal batista – domingo, 08/11/15 reflexão

E D I T O R I A L

Diaconia, um ministério

“Escolhei, pois, irmãos, den-tre vós, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais encarreguemos deste serviço” (At 6.3).

Neste domingo , quando celebra-mos ao Senhor pelo ministério

diaconal, é sempre bom tra-zermos a memória aquilo que cremos com relação a este ministério, que tem tanto peso quanto o ministério pas-toral. Deus também separa certas pessoas, como vemos descrito em Atos 6, para o exercício da diaconia.

Quando a Igreja decide consagrar uma pessoa ao ministério diaconal é porque reconheceu suas qualidades espirituais, morais, intelectu-ais e teológicas, bem como sua disposição em responder à chamada divina para o de-sempenho da tarefa de servir. Cabe à Igreja identificar o vo-

cacionado, separá-lo através de indicações e observações - formal e publicamente -, proporcionar as condições para a seu devido preparo, treinamento e consagração.

Estas celebrações fazem par-te do calendário de atividades denominacionais, como o dia de celebração pela vida e mi-nistério exercido pelos diáco-nos, que é o Dia do Diácono Batista. Muitos ainda não co-nhecem ou não estão atentos pelo pouco tempo em que a mesma foi incluída em nosso calendário, diferentemente do ministério diaconal, que vem desde a Igreja Primitiva. É importante ressaltar que este ministério não é algo novo, nem uma invenção teológica, mas assim como o ministério pastoral, também no ministé-rio diaconal algumas pessoas são chamadas e vocacionadas para exercerem esta tarefa nas Igrejas.

E elas precisam ser reco-nhecidas pela Igreja, sepa-

radas e consagradas para exercerem esta ação ministe-rial. Algumas características que estas pessoas devem ter estão bem definidas acima. Características daqueles pri-meiros homens que foram escolhidos para exercerem este ministério e apontam aspectos que marcam inde-levelmente suas personali-dades e, consequentemen-te, seus relacionamentos. Homens de boa reputação – Relacionamento com a sociedade, homens cheios do Espírito Santo – Relacio-namento com Deus, homens de sabedoria – Relaciona-mento com sua vida pessoal, homens encarregados de um serviço – Relacionamento com o próximo.

Assim, hoje também os que desejam entrar neste serviço devem, antes de tudo, obser-var estas características, de-vem ser assim reconhecidos, devem cultivar estes aspec-tos marcantes para este tão

importante serviço na causa do Senhor. Portanto, neste segundo domingo de novem-bro vamos apresentar a Deus ações de graças por homens e mulheres que a cada dia têm se despertado para este serviço, têm estudado e en-sinado a Palavra do Senhor, têm sido fiéis em guardar os princípios e doutrinas bíbli-cas defendidas pelos Batistas, têm se colocando diante de Deus, da Igreja e da socieda-de como homens e mulheres cheios de fé e de sabedoria, que têm sido conselheiros constantes, companheiros fiéis, amigos cheios de com-paixão e dedicados na Obra do Senhor. Redemos graças a Deus por estes diáconos e rogamos que o Senhor conti-nue inspirando-os e desper-tando outros para o serviço da diaconia.

Sócrates Oliveira de Souza, diretor executivo da

Convenção Batista Brasileira

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

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ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

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3o jornal batista – domingo, 08/11/15reflexão

bilhete de sorocabaJULIO OLIVEIRA SANCHES

Ao instituir a Igreja, Jesus deixou claro que a mesma era propriedade dEle.

Composta por salvos, mas pertencente ao Senhor. “Edi-ficarei a minha Igreja” (Mt 16.18). Igreja que resistiria a corrosão do tempo, as inves-tidas de satanás para destruí--la, o testemunho dúbio de falsos mestres ao tentar minar sua eficácia, as diferentes es-truturas que seriam impostas pelos homens. Igreja que permaneceria indestrutível a aguardar a volta do Senhor. Igreja que teria como cabeça, não homens aventureiros a procurar glórias humanas, mas, sim, Cristo, segundo Efésios 4.15.

Os primeiros salvos com-preenderam e viveram a ver-dade ensinada por Jesus. Ne-nhum apóstolo ou membro da Igreja a considerava proprie-dade sua. Razão que levava a Igreja a ser acolhedora. Todos eram aceitos com alegria no

Natanel Cruz, pastor da Primeira Igreja Batista Jaboatão dos Guararapes – Recife - PE

Onde está a Igreja, dentro ou fora da porta? Se analisar-mos do ponto de

vista dos feitos de Jesus no decurso de sua vida e seu mi-nistério, veremos que Ele viveu 80% do seu ministério fora dos portões, ou seja, fora da porta, curando, operando milagres e libertando os oprimidos. Ve-jamos algumas realidades de Igreja dentro das portas:

Ela enfrenta as enormes dificuldades que Jesus en-

rebanho do Senhor, conforme diz Colossenses 3.11. A única exigência requerida para inte-grar e ingressar na Igreja era a genuína experiência com Je-sus, como Salvador e Senhor. O ingresso de Paulo, interme-diado por Barnabé, na Igreja de Jerusalém, é comovente. O único questionamento impos-to foi a comprovação de ter aceito Jesus como Salvador. Barnabé testemunhou a mu-dança radical ocorrida na vida de Saulo, seu testemunho em Damasco. A Igreja o acolheu com alegria, de acordo com Atos 9.26-28. Hoje não de-veria ser diferente. Mas os tempos mudaram. Os cos-tumes, a cultura, o conceito do que seja Igreja, tudo isso mudou, resultando na entrada de pessoas não convertidas no seio da Igreja. Pessoas que adentram à Igreja, imbuídas por outros interesses e não o de servir a Cristo. Chegam interessadas em casamentos, bens materiais, e depois con-

frentou em Jerusalém. Je-sus foi questionado pelos fariseus sobre sua autoridade. Do lado de dentro, Jesus foi vítima de calúnias, inveja, julgamento e condenação à morte. A Igreja que vive da porta para dentro enfrenta semelhantes dificuldades: In-trigas, facções, ambições, in-vejas, mágoas, preconceitos, preguiça espiritual, dentre outros. A Igreja, somente da porta para dentro é formada geralmente de cristãos de arquibancadas, os quais ou-vem, aprendem, ensinam, mas não praticam. É evidente que existem exceções.

Vejamos agora algumas

sumado o objetivo, abando-nam a Igreja gerando nefastos resultados para todos.

Paulo tornou-se um apai-xonado pela Igreja de Jesus. Seu ministério de plantador de Igrejas jamais foi suplan-tado. Em cada lugar por onde passava deixava uma Igreja funcionando. Não eram Igre-jas de Paulo. Ele as denomi-nava “Igrejas de Deus” (I Co 1.2). Eram diferentes, como a problemática Igreja em Co-rinto, a pequenina Igreja que se reunia na casa de Filemon (v.2), ou até mesmo as Igrejas que geravam sofrimentos ao coração pastoral do apóstolo, como relata Colossenses 1.24. Com alegria, ele cumpria “O resto das aflições de Cristo pela Igreja”. Suas cartas são dirigidas às Igrejas. Repletas de ensinos, exortações, pa-lavras de consolo, sempre tendo como alvo o grupo que compunha a Igreja.

O apóstolo João segue a mesma direção do Espírito

realidades de uma Igreja fora das portas: Em 1996 estive em Jerusalém e constatei que os maiores e relevantes feitos de Jesus foram realizados fora dos portões, ou das muralhas de Jerusalém. Jesus morreu do lado de fora (no Calvário), para nos salvar. Do lado de fora, no Jardim do Horto, está o túmulo vazio, com os seguintes dizeres bíblicos. “Jesus ressuscitou, não está aqui, eis aqui o lugar onde o puseram”. Como disse L. Bo-ros, teólogo húngaro, “Pela ressurreição tudo se torna imediato para o homem, o amor se desabrocha na pes-soa, a ciência se torna visão,

Santo. Ao escrever às sete cartas, registradas nos capítu-los 2 e 3 de Apocalipse, o faz nominando cada Igreja desti-natária. Cartas diferentes, que analisam a singularidade de cada grupo e a peculiaridade do local onde a Igreja estava inserida; tendo como foco principal o rebanho.

A história nos revela que o tempo se encarregou de mu-dar o foco estabelecido por Je-sus. A Igreja recebeu adjetivos que as qualificam segundo interesses de seus líderes. A Igreja passou a ser dirigida por grupos de interesses me-ramente humanos. Recebeu uma estrutura pesada. Com-plicada máquina administra-tiva, onde os salvos não são estimulados a servir segundo os dons recebidos do Espírito Santo, mas para atender a eficácia e glória de um líder. Propósitos e programas não pensados por Jesus. Haja con-gressos para ensinar a Igreja a funcionar, para gáudio dos

o conhecimento transforma--se em sensação, dissiparam as barreiras terrenas”. Ele pe-netrou na infinidade da vida, do no tempo e do espaço, da força e da luz. A ação crística é assim, não se prende a pa-redes, transpõe as muralhas.

Do lado de fora estão os desafios. Desviar, aqueles que estão a caminho do in-ferno, socorrer os mais fra-cos, estendendo a mão aos que vivem nas favelas, aos que vivem no mundo das drogas, do crime, da imorali-dade, da descriminação, do abandono, da superstição, do misticismo, da falsa reli-gião. Do lado de fora está o

eminentes e eternos líderes que sabem como funciona, mas que jamais estiveram à frente de uma Igreja de Jesus.

Cita-se o nome de uma Igre-ja localizada em uma cidade ou bairro; sobressai o nome do líder do grupo. Jamais o nome de Jesus. Este é ofus-cado pelo “brilho” do líder humano. Deveria ser diferen-te. A glória da Igreja está em exaltar o nome do seu fun-dador, Jesus Cristo. Algumas Igrejas existem como frutos de divisões carnais, alimentando ódios em seus membros. Inca-pazes de realçar o verdadeiro Evangelho de Cristo.

Como salvos, integrantes do Corpo de Cristo, que é a Igreja, somos desafiados a resgatar a simplicidade da Igreja instituída por Jesus. Cumprir a missão que Ele deixou para a Igreja: “Pregar o Evangelho até os confins da Terra” (At 1.8). Viver o amor e a comunhão que Ele nos ensinou.

mundo, onde as pessoas nos esperam com o remédio para suas feridas espirituais, e com a mensagem salvadora de vida eterna. Urge, portanto, desprender mais tempo com a Igreja fora da porta. Pois esta foi a experiência de Jesus e dos seus apóstolos. Esta deve ser a nossa experiência. Saiamos, pois, das portas da comodidade, da satisfação, pois a nossa missão, como servos e servas de Jesus Cris-to é pregar o Evangelho ao pecador, que precisa de sal-vação. Portanto, abracemos o projeto comunitário, levando a Igreja à comunidade e tra-zendo a comunidade à igreja.

Igreja de Deus

Igreja fora da

porta

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4 o jornal batista – domingo, 08/11/15

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

Fazer como o Senhor manda

reflexão

“E fez Noé conforme a tudo o que o Senhor lhe ordenara” (Gn 7.5).

O Senhor mandou o patriarca Noé construir um na-vio enorme. Ape-

sar de não morar na beira da praia, Noé anotou todos os detalhes técnicos da en-comenda recebida: “E Noé fez tudo como o Senhor lhe tinha ordenado” (Gn 7.5).

Seres humanos olham com desconfiança tudo aquilo que lhes pareça não ter lógica suficiente. A desconfiança se expressa de vários modos: Com medo, com ódio, com desafio, com incredulidade. O mais estranho de tudo isto, porém, é que poucas pessoas consideram a ciência como coisa fora da lógica normal: Cientista falou, todo mundo diz “amém”. Só que, realida-de, a história da ciência é a história dos erros humanos. Houve tempo quando todos tinham que acreditar que a Terra era o centro do uni-

verso. Houve tempo quan-do as pessoas eruditas não ousavam crer em um absur-do, chamado “circulação do sangue”. O que distingue os chamados “loucos”, dos cha-mados “lógicos”, é uma coisa muito mal compreendida, co-nhecida pelo nome de “fé”.

A melhor definição bíblica de fé diz: “Ora, a fé é a cer-teza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos” (Hb 11.1). Por isso, pessoas que nunca ousaram experimentar na própria exis-tência uma entidade invisível, que a Bíblia chama de Deus, juram de pés juntos que este conceito é absurdo. Noé ti-nha juízo espiritual: No meio de todos os absurdos da sua época resolveu testar na sua vida um absurdo chamado “Senhor”. Pois bem, se Noé não tivesse levado Jeová a sério e não tivesse construído aquele navio absurdo e ilógi-co, eu não estaria aqui, hoje, escrevendo sobre a minha fé. “Manda quem pode; obedece quem tem juízo”...Ou fé.

Wanderson Miranda de Almeida, membro da Igreja Batista Betel de Italva - RJ

“Toda a alma esteja sujeita às potestades (autoridades) superiores; porque não há potestade que não venha de Deus; e as potestades que há foram ordenadas por Deus” (Rm 13.1).

Gosto muito desse texto e, além de gostar, sinto a ne-cessidade de falar

sobre ele, visto que a deso-bediência tem sido natural no mundo em que vivemos, mesmo dentro das Igrejas.

A ordem bíblica é clara: “Toda a alma esteja sujeita às potestades (autoridades) superiores...” (Rm 13.1). Quem é cristão genuíno, verdadeiro, não vai ter di-ficuldade com essa ordem. Obedecer é algo natural ao cristão. O texto diz que temos que obedecer a toda autoridade. Não diz para obedecer a algumas autori-dades, certo?

Antes de pensar em outras autoridades, quero pensar nas autoridades que estão dentro da Igreja. Nela, como em toda instituição existente no nosso planeta, há uma hierarquia que deve ser res-peitada, obedecida. O pastor é o principal líder de uma igreja local e minha pergun-ta é: Você tem obedecido ao seu pastor? Vejo crentes fa-

lando com pastores como se eles fossem pessoas comuns, mas não são. Os pastores são autoridades instituídas por Deus, foram chamados por Deus, são pessoas especiais sim, e devem ser obedeci-dos. Já ouvi falar de uma Igreja que queria escolher sobre quais temas o pastor poderia pregar e quais ele não poderia pregar. Também já ouvi sobre alguém que foi com uma roupa que não era comum na Igreja, mas a pessoa foi vestida para afrontar o pastor. O nome disso é falta de maturidade espiritual.

Ainda falando de Igreja local, todos os líderes devem ser obedecidos, é o que diz o texto. Fico pensando nas pessoas que são completa-mente obedientes quando estão no trabalho secular, mas, na igreja, a situação é outra. Eu sou professor, trabalho em duas escolas diferentes e só faço o que me é permitido. Não mexo em coisas que não fazem parte do meu trabalho, não me intrometo em coisas que não fazem parte da minha função e, se eu fizer isso, tenho que receber a repreensão sem reclamar e sem fazer biqui-nho, como muitos crentes fazem quando sofrem uma repreensão por fazerem coi-sas que não deveriam fazer, por mexerem no que não deveriam mexer, por des-respeitarem autoridades que

foram instituídas por Deus. Fazer biquinho quando sofro uma repreensão por algo de errado que estou fazendo é pura falta de maturidade.

Se você é um leitor atento e se já ficou com curiosida-de de pegar a Bíblia e ler o capítulo 13 de Romanos, perceberá que o texto está falando de toda autoridade existente. O texto não é es-pecífico sobre Igreja, falando até mais especificamente sobre autoridades terrenas. “Toda” autoridade, lembre-se disso. Na Igreja, obedeça aos seus líderes. Fora da Igreja, obedeça a todos que Deus colocou acima de você: Pais, professores, chefes, policiais, juízes... A lista é extensa. Creio que não preciso ficar citando mais ninguém aqui. Só não obedeça se tiver que desobedecer a Deus. Sei que não precisava falar isso, mas vale a pena.

Aos desobedientes e que ainda não concordaram com o que foi exposto, deixo o texto: “Por isso quem resiste à potestade (autoridade), re-siste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação” (Rm 13.2). Quando você de-sobedece a uma autoridade instituída por Deus, está fe-rindo uma lei dEle. Cuidado ao desobedecer, pois você pode ser castigado, sofrer algum tipo de pena.

E para encerrar, mais um conselho bíblico: “Portanto,

Eusvaldo Gonçalves dos Santos, colaborador de OJB

Quando começa-mos a exercer uma l iderança que nos foi con-

fiada ficamos fascinados com os símbolos do poder e distanciamo-nos do exemplo prático da liderança do nos-so Senhor, líder servo, Jesus Cristo.

Um líder servidor não tem uma liderança de forma pas-siva, onde seus liderados vivem da forma que acham por bem. O líder servo se envolve com seus liderados, ajudando-os a crescer.

Jesus impactou os seus dis-cípulos para que eles pu-dessem impactar outras ge-rações, na forma prática de servir, gerando resultados

marcantes e duradouros. Isso implica fazer algo que mova seus liderados a ter uma vi-são clara da sua própria vida cristã e da forma como deseja servir.

Jesus, como servo líder, possibilitou essa visão, envol-vendo sua equipe no proces-so. O líder servo deve saber a linha divisória entre ser líder e tornar-se servo, tendo que ajustar o seu caráter, submetendo-se a sua missão focalizando a realização, e multiplicando os resultados.

Esse processo depende do conceito que a pessoa tem como líder, fazendo com que sua liderança seja de um líder servo, cuja perspectiva seja mostrada pelo Espirito Santo, para que ele supere o preconceito de superioridade com líder.

Moisés, que viveu anos antes de jesus, depois de li-bertar o povo do Egito, era o líder de uma nação sem-terra, que vagava pelo deserto, com as mesmas dificuldades que temos hoje, como falta de água, falta de comida, brigas familiares, transporte e disputa de bens, etc.

Moisés tinha duas opções, abandonar na sua própria sorte àquele povo ou tornar-se um líder servo, foi quando ele decidiu passar a linha divisó-ria e tornar-se um líder servo.

Ao fazer os ajustes do seu caráter, deixe a liderança tradi-cional que alimenta o ego, que por sua vez atrai os interesses benéficos de uma liderança em detrimento aos seus liderados. Quanto mais o ego é alimen-tado pelo símbolo do poder, mais se distancia da possibili-

dade de servir. Todos desejam servir a Jesus sendo um líder como Ele foi, mas terão que aprender as lições relacionadas a servidão da vontade e do propósito de Deus.

Abrir mão de tudo em troca do nada, deixar as paixões que o mundo tem para ofe-recer, ser interessado por uma missão maior do que o seu próprio ser. Jesus viveu com aqueles homens, não os isolou da sociedade, nem dos seus familiares, apenas os instruiu que abrissem mão dos seus interesses egoístas.

Jesus foi um líder servo, veio com uma missão defini-da. Quando foi questionado por dois que queriam um lugar de destaque no seu Reino, fez com que enten-dessem que o líder servo tem que beber o amargo cálice

que o Pai lhe deu, acredi-tando sempre no êxito da sua missão, procurando com habilidade a origem do pro-blema da sua liderança.

Líderes inteligentes acre-ditam apenas na metade do que ouvem, líderes servos sabem no que acreditar, esse discernimento é uma intui-ção do raciocínio lógico, é uma qualidade espiritual in-dispensável para uma efici-ência na execução de uma liderança servidora.

Essa eficiência é uma orga-nização que reside no con-ceito racional de um líder ser-vo, que sempre está no lugar certo e na hora certa. Quan-do se depara com situações complexas, para identificar o âmago da questão, recorre sempre à Palavra de Deus e a iluminação do Espírito Santo.

Obediência à autoridade

Visão de um líder

dai a cada um o que deveis: A quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a

quem temor, temor; a quem honra, honra” (Rm 13.7). E que Deus nos abençoe!

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distorce o padrão que os líderes devem ter. Os líderes em nosso país assumem na prática o ditado “Faça o que eu digo, e não faça o que eu faço”. Essa falácia popular ensina que as pessoas devem fazer o que a teoria diz e não devem imitar os líderes. É triste, mas é uma realida-de, inclusive nas Igrejas. A começar da liderança das “igrejas evangélicas” que dizem e pregam a teoria para o povo, que não é mais visto como rebanho e sim como plateia, mas tais líderes não são exemplos.

Jesus era exemplo e, por isso, os religiosos se admi-ravam da sua doutrina, a multidão o procuravam para ouvir suas pérolas através dos ensinos e parábolas. Jesus foi um líder por exce-lência, e por isso ele é nosso maior modelo de liderança. Jesus ensina e praticava ao mesmo tempo. Não há e nem havia incoerência en-

nosso papel. Os cristãos de-vem temer a Deus, amar os irmãos e honrar o rei. Com esta atitude contribuiremos para que muitos creiam no Evangelho de Cristo.

Nos versículos finais do capítulo 2, Pedro fala do respeito aos senhores, ou seja, como o cristão mantém uma vida exemplar diante do patrão (chefe).

tre o discurso e a prática no ministério de Jesus. Nas palavras de Jesus a teoria popular que diz “Na prática a teoria é outra” não faz sen-tido, pois Ele, mesmo sendo Mestre e Senhor lavou os pés de seus discípulos, e após essa lição prática de humildade, serviço e amor, Ele disse: “Eu vos deixo exemplo”. Jesus é o maior líder. Líder modelo. Líder exemplo. Ele deu o exem-plo e ainda deixou a missão “Assim como eu fiz, façais vós também” (Jo 13.15).

Jesus é o líder servo que nos estimula a sermos líder como ele, e estimularmos ou-tras pessoas a serem líderes--servos-humildes que só se realizam em servir. Que haja coerência na nossa liderança, que na prática nossa teoria possa ser aplicada e viven-ciada a fim de que as pessoas sejam abençoadas com nossa liderança.

É necessário obedecer não so-mente os bons chefes, mas tam-bém aqueles que nos oprimem.

Ele cita o exemplo de Jesus que sofreu por amor aos pe-cadores, e a exemplo dEle, devemos muitas vezes sofrer mesmo quando estamos cor-retos. Uma vida exemplar é o que Deus quer de todos os seus filhos, não podemos es-quecer desta grande verdade.

Jeferson Cristianini, colaborador de OJB

Jesus foi um líder por ex-celência. Ele é o mode-lo ideal de liderança e de ensino. Ele ensinou

seus discípulos e a multidão que O seguia, e ao mesmo tempo praticava tudo o que ensinava. Ele exemplifica-va as parábolas e conceitos profundos com atitudes que comprovavam Seu compro-metimento com Deus, Seu Pai. Jesus mostrou coerência entre a teoria e a prática, e esse equilíbrio e lealdade de seus ensinamentos fizeram com que Ele se tornasse um líder atraente. As pessoas de sua época, e até hoje, iam até Ele para ouvir seus ensinos e para ver como Ele se rela-cionava com o ser humano e com o Seu Pai. A expressão “Na prática, a teoria é outra” é um aforismo, que é uma pequena sentença de um conceito. Assim sendo, essa

Cleverson Pereira do Valle, colaborador de OJB

O cristão tem que fazer a diferença neste mundo de iguais. A Bíblia

diz que temos uma identi-dade, o apóstolo Pedro fala em I Pedro 2 que somos o povo de Deus. Somos pro-priedade exclusiva de Deus

frase é, de fato, uma verdade para muitas pessoas. Elas vi-vem assim mesmo falando de uma teoria ideal e tendo ati-tudes diferentes do discurso.

Jesus foi a expressão exata do amor de Deus. Em Jesus é possível ver o amor exem-plificado. Ele viveu e se en-tregou em amor para sofrer e morrer para pagar o pecado da humanidade. Ele fez isso por amor ao seu Pai, e a mis-são recebida. Ele mesmo dis-se que seus seguidores não são meros escravos/servos e, sim, amigos, e Ele se deu, se entregou até a morte e morte de cruz, para redimir seus amigos, como relata João 15.15. Jesus ensinou e viven-ciou com seus seguidores a instituição de relacionamen-tos saudáveis pautados por amizade e comunhão. Jesus nos ensinou que o Reino de Deus é um reino de amigos que se doam mutuamente. Na ocasião do lava pés Jesus declarou seu amor por seus

e temos uma grande respon-sabilidade, a nossa tarefa é anunciar as grandezas de Deus. Como povo de Deus precisamos ter uma vida exemplar, uma vida de bom comportamento.

Nos versos 11 a 25 de I Pe-dro 2 há uma recomendação para que vivamos de forma diferenciada diante daqueles que não creem em Deus.

discípulos/seguidores e ex-clama que “Amou-os até o fim” (Jo 13.1).

Jesus insti tuiu a Igreja como comunidade do amor e essa comunidade pautada pelo amor é a Sua repre-sentação aqui na terra. Ele disse que os seus discípulos/seguidores seriam reconhe-cidos pelo amor. O amor é a marca do cristão, e a comunidade cristã, a Igreja, a comunidade dos amigos de Jesus, devem ser conhecidos e reconhecidos pelo amor. Esse deve ser o ímã que atrai as pessoas que estão seden-tas de amor. Enquanto os discípulos/seguidores de Jesus se amam, o mundo vê o próprio Cristo na vida dos seus amigos/discípulo/seguidores.

É triste constatar que há um abismo enorme entre a teoria e a prática na vida da maioria das pessoas e dos líderes. Nossa cultura brasileira com o tópico “jeitinho brasileiro”

Trata-se do comportamento do cristão. Ele deve ser um homem/mulher de caráter, honesto, íntegro. Não pode-mos deixar de respeitar o pró-ximo, e na lista do apóstolo Pedro, ele começa dizendo a respeito das autoridades, ou seja, as instituições humanas.

Precisamos ser submissos, pois temos uma vida exem-plar quando cumprimos o

Vida exemplar

Teoria e prática na liderança

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6 o jornal batista – domingo, 08/11/15 reflexão

Manoel de Jesus The, colaborador de OJB

A maioria das pessoas que troca ou aban-dona a Igreja, o faz por decepção com

o tratamento que recebem na comunidade cristã onde frequentam.

Relacionamentos são difí-ceis em todos os grupos hu-manos. Nem a família esca-pa. A Igreja é definida como um organismo, cujo símbolo maior é a ideia de corpo, ou seja, Corpo de Cristo. Agora perguntamos: Como pode tal corpo ser tão doentio em questão de relacionamentos?

Uma observação: Somos um corpo que primeiro toma

o remédio, e só depois pro-cura o médico para o mal ser diagnosticado.

A oração do Pai Nosso é uma receita que Cristo, nos-so médico, nos receitou. Ela começa com a afirmação que Deus é nosso Pai, e nós sempre pensamos em Deus como meu Pai. Qual preço pagamos para vê-Lo como Pai do meu irmão de comu-nidade cristã? Imaginemos o preço que Cristo pagou para distribuir o Pai para conosco. Ele pagou o pesado preço na cruz. O apóstolo João afirma que todos quantos receberam Cristo como seu Salvador, Deus lhes deu o poder de serem feitos filhos de Deus, logo, temos Deus como Pai,

Paulo Francis Jr., colaborador de OJB

Assisti há pouco tem-po o filme evangéli-co “A jornada”, cujo teor nos faz meditar

sobre como será o futuro. Na trama, um professor sai do passado, por volta de 1890, e é transportado em uma má-quina do tempo para o sécu-lo XX, até 1990. Depois de observar os humanos com os quais passou a viver, o mestre faz um discurso que mexe com nossas emoções. Diz as-sim: “Pelo que vejo, o estado desta sociedade atual lembra os dias de Noé, pouco antes da entrada na arca. E também, muito de Sodoma e Gomorra. O pecado parece tão evidente agora ou maior do que era naquela época”. E o que po-demos pensar? A constatação: Olhe para as nossas famílias. Estão se enfraquecendo. Os casamentos estão sendo viti-mados pelo divórcio crescen-te. E os jovens, o que falar?!

É fácil perceber como as coisas começaram a se dete-riorar. Exemplo, se nós olhar-mos com sinceridade para quem administra, seja aqui

no Brasil ou em vários lugares do mundo, com raras exce-ções, quem se aproximou do poder denota ser cidadão de índole perversa ou, no mí-nimo, imaturo; desconhece completamente as leis do Criador; não tem a menor noção de que está mexendo com regras irrevogáveis. Nes-te contexto, o futuro será de completa inversão de valores. Processo, aliás, que já é no-tório entre nós. O brasileiro, de um modo bem peculiar, parece encabeçar as péssimas mudanças já que o país se tor-nou o covil de objetos caros e cidadãos baratos. Vender a alma virou um modo vida. Não estranhem se, em breve, o mandamento do Criador, que diz “Não roubarás”, possa ser retirado da Bíblia e retira-do das instruções das escolas e das famílias que aqui vivem por ideia “genial” de algum deputado ou senador. E os desdobramentos? Fiquei hor-rorizado quando vi a gravação de policiais do Rio Grande do Norte sendo subornados por um ladrão com duas galinhas. Isso nos leva a crer que não há limites para a deprava-ção. Que vergonha, é muita

porque Cristo, com sua mor-te, partilhou sua filiação co-nosco. Se tivéssemos isso em mente, a Igreja seria um cor-po bem mais saudável. Tão saudável que seria motivo de admiração pelo mundo que nos rodeia.

Outra lição preciosa no to-cante a uma Igreja saudável, está no fato de nos esquecer-mos do quão triste é, para um pai de família ver seus filhos brigando. Jacó, o patriarca, que o diga.

Para ilustrar, relembro uma experiência pessoal, vivida nos anos 80. Em virtude do filho autista, dividi meu mi-nistério, lecionando em um Colégio Batista. Cinco anos depois, surgiu um colega de

baixeza para compreensão humana. E diante de Deus?

As previsões para as próxi-mas décadas não são anima-doras, mas é bom esclarecer: Sempre existirá no nosso meio gente boa e pessoas de péssima índole. Sempre have-rá pessoas honestas e sempre haverá canalhas. O que será tremendamente chocante é o número daqueles que se per-verterão, e isso é deprimente. Exemplo: Muitos casais hoje estão optando por não ter nenhum filho com medo de trazer ao mundo alguém que passará por um tremendo so-frimento. Ninguém costuma refletir com maturidade sobre isso. Esse processo apenas evidenciará que a velhice de tais casais será vivida com ainda mais dores, haja vista a possível falta de auxílio para enfrentar o crepúsculo de suas existências. Quem poderá efetivamente ajudá--los senão os próprios filhos? Com a globalização, muitos filhos estão indo embora. Há três anos perguntei a um amigo aqui em Presidente Venceslau: “Onde está sua filha mais nova?”. Ele disse: “Ela se casou e está morando

ministério, muito recomen-dado para o diretor. Foi con-tratado como coordenador de minha área, e a primeira coisa que fez foi pedir minha dispensa. O amado diretor ficou em dificuldades, mas a dispensa chegou na hora certa. Já havia um pedido da Igreja nesse sentido. Três anos depois, o coordenador cometeu sério deslize, e pre-cisou ser demitido. O diretor procurou-me pedindo per-dão, dizendo que lhe doía a consciência ter me demitido. Fitei-o nos olhos e afirmei: Para perdoá-lo eu teria que ter ficado magoado, então, seu pedido será negado, pois nada abalou minha admira-ção pelo irmão. Foi um dos

na Suécia”. Nota-se que esse processo de distanciamento já começou.

Creio que um dos princi-pais entraves no futuro será conviver com o oposto ou com as contrariedades, sem que isso cause ira ou gere violência ainda mais deso-ladora. No nosso subcons-ciente está se arquitetando a política do: “Não gostou, elimina!”. Também desa-prendemos a lidar com as derrotas e colocamos em prática a cultura do “bonito”. Tudo é a beleza exterior em primeiro lugar. No futuro, haverá o agravante de que a tecnologia traçará não ape-nas o aspecto físico do bebê que vai nascer, diagnósticos psicológicos do “novo ser” serão pré-desenhados. E se os pais não gostarem, dirão ao médico sem qualquer temor: “Esse você pode deletar”. O que me faz deduzir isso? A incoerência. Atenção! Basta ver que hoje é proibido bater nos filhos para educar, mas é permitido fazer o aborto, matar qualquer criança que seja considerada indesejada, inoportuna. Afinal, o que é a pílula do dia seguinte? Não é

momentos mais lindo das nossas vidas. Fui sincero. E o amado diretor afirmou: “Que peso me caiu dos ombros!”. A partir de então, mesmo que tenha havido razão para magoar-me, jamais o permi-to. O romper dos relacio-namentos na família do Pai entristece o coração do Pai. Nenhum preço nesta terra é maior que o preço que Cristo pagou, para dividir conosco, a paternidade do Pai. Sejam nossos relacio-namentos a alegria do nosso Pai. Que ele se alegre como Jacó se alegrou, ao ver os filhos reunidos novamente. José pagou o preço, dando--lhes o perdão. Que assim seja no Corpo de Cristo.

horripilante? Que sociedade sem Deus é essa? Que tipo de políticos estão fazendo essas leis? São pessoas realmente tementes ao Criador?

Encerro estas linhas recon-tando que a depravação ilimi-tada é um atentado contra o Criador. Já falei aqui que ouvi um sermão em que o pastor do Rio de Janeiro explicava sobre o novo modelo da família brasileira. Em um ímpeto de franqueza avassaladora, o pre-gador dizia: “Não vai demorar o dia em que será permitido que uma pessoa se case, de papel passado, com algum animal. E ai daquele que se le-vantar contra essa insanidade”. Já pensou você de padrinho deste tipo de matrimônio? Com o perdão da palavra, dá até trocadilho, padrinho, no mínimo, de dois burros.

É bem possível que tal fato não espere mais cem anos para ocorrer. É sabido que o futuro pertence a Deus. Não quero com essa exposição interferir que viva plenamen-te o presente, porém, não podemos viver indiferentes a tantos erros e pecados. Ainda mais que estes são contra Deus.

Relacionamento Saudável

Como será daqui a 100 anos?

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7o jornal batista – domingo, 08/11/15missões nacionais

Redação de Missões Nacionais

Desenvolver rela-cionamentos dis-cipuladores por meio do ministé-

rio esportivo tem sido uma estratégia evangelística ado-tada por vários missionários. Também, em São Lourenço do Sul - RS, os missionários Marcos e Adriana Costa ini-ciaram um projeto esportivo e já contam com 20 pessoas

Redação de Missões Nacionais

Com o apoio dos Batistas brasileiros, vidas têm sido al-cançadas em diver-

sos lugares do Brasil. Por meio do trabalho realizado pela missionária Marinelia Amaral, o Evangelho tem sido compartilhado nos sítios do sertão do Ceará.

Marinelia está em Várzea Alegre - CE, onde metade da população mora em sítios. “Eles preferem viver nos sí-tios porque são agricultores e criadores de animais”, explica a missionária. Ela conta que

que se reúnem semanal-mente.

“Estamos juntos, não so-mente na prática esportiva preventiva contra os male-fícios das drogas, mas, prin-cipalmente, para que elas possam ter o contato com a mensagem salvadora de Jesus. Dos 20 inscritos, 13 deles estiveram em nossa Igreja”, conta pastor Marcos.

Agora, os missionários pla-nejam um culto específico para a faixa etária dos partici-

teve a oportunidade de chegar aos sítios por meio de paren-tes e amigos dos membros da Igreja em Várzea Alegre.

“As portas estão abertas para anunciarmos o Evange-lho. Hoje, temos a confiança dos moradores e liberdade para entrar em suas casas. Realizamos estudos bíblicos com todos os membros da família”, conta Marinélia.

Ainda nos sítios, além de alcançar adultos, por meio da realização de Pequenos Gru-pos Multiplicadores (PGMs) e Relacionamentos Discipulado-res, a missionária tem investido na evangelização infantil. “As crianças participam com muito

pantes e também no horário que facilite a ida deles à Igre-ja. “Nossa oração e para que o nosso Senhor nos conceda recursos necessários, com-prometimento dos membros e, principalmente, sabedoria para entendermos a benção deste momento”, declara pastor Marcos.

Interceda para que estes co-rações sejam solo fértil para a semente do Evangelho, a fim de que aumente o número de vidas salvas no Sul do Brasil.

deste lugar com a mensagem de Jesus para que elas tenham uma vida transformada por Cristo”, declara Marinélia.

No centro de Várzea Alegre também já foram desenvolvi-dos vários pequenos grupos multiplicadores que contam com a participação de muitos novos convertidos e líderes em formação.

“O irmão Francimario é um exemplo. Ele está realizando o pequeno grupo multiplicador de sua casa e juntamente com

sua esposa, Graça, tem evange-lizado os vizinhos. Já estamos vendo os primeiros resultados do trabalho deste casal. Eles falaram do amor de Cristo para uma senhora e ela está frequen-tando os cultos na igreja, bem como os estudos bíblicos, e tem certeza que Jesus é o único caminho para chegar a Deus”, relata a missionária.

Interceda por este projeto missionário, a fim de que vidas continuem sendo alcan-çadas no Ceará.

Missionários investem no ministério esportivo

Crianças e adolescentes são evangelizados

entusiasmo”, conta a missioná-ria. Por meio de estudos bíbli-cos, musicalização e recreação, os pequeninos têm aprendido sobre o Plano de Salvação.

Durante as visitas de Mariné-lia ao vilarejo onde as crianças moram, as mães das crianças podem observar seus filhos cantando e recitando versículos da Bíblia. Segundo a missioná-ria, aos poucos elas também estão se aproximando.

“Desejamos alcançar todas as crianças e adolescentes

Vidas são alcançadas em PGM no interior do Ceará

PGM tem contribuído para a formação de líderes

Evangelização de crianças no sítio

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8 o jornal batista – domingo, 08/11/15 notícias do brasil batista

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9o jornal batista – domingo, 08/11/15notícias do brasil batista

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10 o jornal batista – domingo, 08/11/15

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11o jornal batista – domingo, 08/11/15missões mundiais

Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

Neste tempo de forte alta cambial, Missões Mundiais t e m i n v e s t i d o

50% a mais em reais neces-sários para manter nossos missionários no campo em comparação com o mesmo período de 2014. A atual conjuntura de crise na eco-nomia brasileira influi e mui-to no envio e manutenção de nossos missionários no exterior.

Encorajamos você que já conhece o trabalho da JMM, a atravessar conosco esta fase de forte desvalorização da moeda brasileira, ajudando nossa agência missionária de várias formas, inclusive atra-vés da oferta do Dia Especial, que este ano teve seu prazo de envio estendido até 31 de dezembro.

“Se Deus nos abençoar, vamos conseguir melhorar bastante a nossa condição de continuar sustentando e am-pliando o trabalho da obra do Senhor. É na crise que temos a chance de crescer. Aliás, foi nos momentos de crise

Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

Levar esperança ao Oriente Médio: Esta é a nova missão do “Voluntá r ios Sem

Fronteiras”, que este mês segue em caravana formada por 12 pessoas para essa que é uma das regiões do pla-neta de onde parte o maior número de refugiados. Em um lugar onde milhares de pessoas vivem sem direito à cidadania (porque não estão em seus países de origem) e, portanto, sem acesso à saúde e educação, por exemplo, os voluntários de Missões Mun-diais, todos da área de saúde, pretendem realizar cerca de 1.300 atendimentos. Para

que eu vi as maiores ofertas surgirem”, afirma o diretor executivo da JMM, pastor João Marcos Barreto Soares. “Nosso Deus continua sendo o mesmo e tem cuidado de nós”, destaca.

O presidente da Conven-ção Batista Brasileira, pastor Vanderlei Batista Marins, também conclama as Igrejas a fazerem uma oferta de amor para ultrapassar os alvos.

“Não vamos deixar que o contexto atual do nosso que-rido Brasil prejudique a obra missionária. Esta oferta, pela

isso, precisam levantar uma oferta equivalente a US$ 7 mil para compra de medica-mentos.

Os Voluntários Sem Fron-teiras apoiarão ações já de-senvolvidas por Missões Mundiais na ajuda a refugia-dos. Quando chegarem ao Oriente Médio, eles somarão suas forças a missionários e membros de Igrejas que atuarão conjuntamente. Uma grande equipe está se mobili-zando para trabalhar ininter-ruptamente durante 12 dias.

Famílias já têm sido aten-didas com ações de distribui-ção de alimentos, ensino, en-tre outras áreas. Tanto muçul-manos quanto cristãos vindos de um país em guerra civil no próprio Oriente Médio serão

Graça de Jesus, precisa ser a maior de todas. Façamos um alvo de fé, contribuindo com amor, entendendo que o dono da prata e do ouro nos abençoará para investir-mos na conquista de almas para o Seu Reino”, declara o presidente da CBB.

Segundo o pastor Vander-lei Marins, os Batistas brasi-leiros não devem se conta-minar com nenhuma onda de pessimismo e desânimo, mas sim “crer na providência divina, na Palavra, no sacri-fício de Jesus e no agir do Espírito Santo, que viabiliza

atendidos e ouvirão acerca da Mensagem da esperança em Cristo.

Para todas estas ações se-rem efetivamente realizadas, é necessário ofertar. Você e sua Igreja podem ajudar doando para o projeto Vo-luntários Sem Fronteiras – Refugiados. Há várias for-mas de fazer sua oferta. Uma delas é ligando para nossa Central de Atendimento nos telefones 2122-1901 / 2730-6800 (cidades com DDD 21) ou 0800-709-1900 (demais localidades). O horário de funcionamento é nos dias úteis, das 7h às 19h (horário de Brasília). Quem preferir, pode usar o WhatsApp: (21) 98216-7960. Também é pos-sível contribuir pela internet,

meios para cumprirmos a Grande Comissão”.

“Sabemos dos sérios aper-tos que o povo brasileiro tem vivido, mas como em outros momentos da história econô-mica de nosso país, não va-mos nos intimidar diante da crise. Além do mais, a Obra de Deus a princípio não é feita com dinheiro, mas com fé, pois existindo fé, o dinhei-ro aparece. Deus faz chegar, através do Seu povo, tudo o que é necessário para suprir as demandas e os desafios da Sua causa”, completa.

No site www.missoesmun-diais.com.br você confere diariamente o que Deus tem feito no mundo por meio da sua oferta e oração. São Igrejas plantadas, pessoas batizadas e discípulas, bíblias distribuídas. Tudo isso sem esquecer o apoio humanitá-rio por meio de projetos em áreas como educação, saúde e nutrição.

Saiba como você e sua Igreja podem ajudar

Se a sua Igreja ainda não enviou a oferta do Dia Es-pecial, ela tem até o dia 31 de dezembro deste ano para

no site www.jmm.org.br/relacionamento, onde é ne-cessário realizar um cadastro.

O mundo tem pressa. Os refugiados anseiam por es-perança. Como não estão em sua terra, muitos direitos básicos a qualquer cidadão lhes são negados por lei. Eles dependem de ajuda de

fazê-lo a tempo de ser con-tabilizada no ano de 2015 e ser incluída no relatório anual com as contribuições de todas as Igrejas na revista digital “Gratidão”. Assim, sua Igreja participará deste grande empenho para levar a Palavra de Deus aos povos não alcançados.

Caso sua Igreja não tenha recebido os boletos para o envio da oferta do Dia Espe-cial, escreva para [email protected] ou ligue para nossa Central de Atendimento nos telefones 2122-1901/2730-6800 (cidades com DDD 21) ou 0800-709-1900 (de-mais localidades). Missões Mundiais agora também está no WhatsApp nos números 98216-7960 / 98884-5414 / 98055-1818 / 98368-9999, todos com DDD 21.

Estamos tomando todas as medidas possíveis para contenção de despesas, mas também desenvolvendo ações que visem otimizar os recursos que recebemos. Se todos participarmos deste desafio, poderemos vencer a alta cambial e continuar avançando na evangelização dos povos não alcançados.

igrejas e organizações hu-manitárias, entre outras en-tidades, que não podem dar o que Missões Mundiais tem a oferecer: A esperança em Cristo. Reflita e considere uma oferta de amor para esta missão de nossos voluntários, para quem não há fronteiras para anunciar o Evangelho.

A importância da oferta do Dia Especial

Refugiados: JMM levanta oferta para compra de medicamentos

Oferta do Dia Especial de Missões Mundiais pode ser enviada até 31 de dezembro

Refugiados no Oriente Médio receberão ajuda dos Voluntários Sem Fronteiras em novembro

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12 o jornal batista – domingo, 08/11/15 notícias do brasil batista

José Antônio de Paula, pastor da Primeira Igreja Batista no Jardim das Orquídeas - SP

Nos dias 26 e 27 de setembro des-te ano pudemos louvar e agrade-

cer a Deus por mais um ano de existência da Primeira Igreja Batista no Jardim das Orquídeas - SP. São 14 anos servindo de instrumento nas

mãos do Senhor para levar as Boas Novas de salvação ao bairro, à cidade e também na Jordânia. O tema proposto para tal ocasião foi “Uma Igreja vitoriosa em tempos de crise”, e o texto base: “Nin-guém te poderá resistir todos os dias da tua vida. Como fui com Moisés, assim serei contigo; não te deixarei, nem te desampararei” (Js 1.5).

Foram noites inspiradoras, com o Senhor podendo falar

Fábio Carvalho, ministro de Música da Primeira Igreja Batista em Araçoiaba - PE

O Projeto Escola de Música Cora-ção Adorador foi fundado em 23

de abril de 2013 na Igreja Ba-tista Sinai em Araçoiaba - PE, atualmente conhecida como Primeira Igreja Batista em Araçoiaba - PE, presidida pelo pastor José Nilton. O Projeto, que tem como idealizador o seminarista Fábio Carvalho, busca, através da música,

à Igreja e levando-a a ser de-safiada a permanecer firme sob a direção e orientação do nosso grande Deus. Tivemos a presença do pastor Alexan-dre S. Sanches, diretor Exe-cutivo da nossa Associação, a ABC, sendo usado podero-samente por Deus para falar ao nosso coração e desafiar aos amados irmãos.

A Igreja, nestes 14 anos, assim como a maioria das nossas Igrejas, também pas-

alcançar crianças, jovens e adultos. Pessoas que vivem com tempo ocioso, promo-vendo a arte e cidadania, bem como a propagação do Evangelho de Cristo de forma atraente à comunidade local.

Disponibilizamos ao nosso público um espaço total-mente equipado no meio musical, onde eles possam aprender e desenvolver as habilidades musicais adqui-ridas. Contamos com cerca de 40 alunos, distribuídos em faixas etárias diferentes, focados a aprender a arte mu-

sou por algumas dificulda-des, mas não desistiu, não desanimou e permaneceu firme no Senhor e pode en-tão comemorar e agradecer a Deus por mais um ano de vitória.

Uma igreja vitoriosa em tempos de crise sabe que Deus está no controle e, em primeiro lugar, marcha triunfante; em segundo, é obediente; em terceiro, não se deixa abater pelo desâni-

sical. Ofertamos aos mesmos as seguintes oficinas: Violão, teclado, bateria, flauta doce e técnica vocal.

Nosso objetivo é promover para todos os interessados um espaço musical, na qual a comunidade possa usufruir do direito de aprender mú-sica, não importando a cor, raça, condição socioeconô-mica e religião, em prol de desenvolver a sensibilidade e criatividade humana por meio do contato com a lin-guagem artístico-musical e ensinar o amor de Deus.

mo ou medo; e, por último, confia na presença do se-nhor. Uma igreja vitoriosa em tempos de crise precisa estar sensível, atenta a voz do senhor; estar firme na Palavra de Deus e precisa buscar somente ao senhor.

Contamos com as orações de todos os irmãos para que continuemos como agência propagadora da Palavra de Deus a mantermos fitos os nossos olhos em Cristo Jesus.

Conheça o Projeto Escola de Música da Primeira Igreja Batista em Araçoiaba - PE

Primeira Igreja Batista no Jardim das Orquídeas - SP celebra seus 14 anos

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13o jornal batista – domingo, 08/11/15notícias do brasil batista

Mauricio de Santana Dias, presidente da UMHBF

Durante os dias 09 e 10 de outubro de 2015 ocor -reu o Congresso

da União Missionária dos Homens Batistas Feirense (UMHBF), que foi realizado na Igreja Batista Parque Ipê, em Feira de Santana - BA.

Na sexta-feira, tivemos o cul-to de abertura, no qual o pas-tor Erivaldo Barros, secretário Geral da Convenção Batista Baiana (CBBA) foi o orador. Na tarde de sábado foram realiza-das oficinas direcionadas para os ERs, GAMs, SMHBs, bem como palestra sobre Missões (Ministério de Missões com povo cigano) e outra palestra

Assessoria de Comunicação CBM – Bethania Brelaz

A União de Homens Batistas do Mara-nhão realizou nos dias 18, 19 e 20 de

setembro de 2015, na cidade de Viana - MA, o 12° Con-gresso de Homens Batistas do Maranhão, com o tema “Homens Batistas integral-mente submissos a Cristo”. O evento teve como preletor oficial o missionário Adilson Camilo, da Primeira Igreja

com o foco no papel do ho-mem Batista na família.

No sábado à noite houve o culto de encerramento, no qual o pastor Jamir Sbrana, presidente da Associação Batista Feirense (ASBAF), foi o orador oficial. A irmã Mau-ra Reis trouxe a mensagem musical nos dois dias, opor-tunidade em que lançou seu segundo CD, “Jesus mudou a minha vida”.

O número de inscritos foi de 105 irmãos, porém, a mé-dia de irmãos presentes nos dois dias foi de 130, onde tivemos representadas 19 Igrejas Batistas da ASBAF, além da caravana da UMHA Grapiunense (Itabuna - BA) e dos irmãos da Primeira Igreja Batista de Santo Estevão - BA.

Batista Nova Serrana – MG, e o missionário André Israel, da Igreja Batista do Olho D’agua, em São Luís, como palestrante.

De acordo com o secretário Executivo, Tiago Tadeu, tudo correu dentro do esperado e a participação foi bem ex-pressiva. “Estiveram conosco mais de 200 homens de vá-rias regiões do Maranhão. Fo-ram dias abençoados, valeu a pena o esforço da diretoria, agradecemos a Deus pelos abençoados que tivemos ali,

já aguardamos pelo próxi-mo”, ressaltou.

No segundo dia do Encon-tro, os homens realizaram pelas ruas da cidade uma caminhada evangelística. Segundo Frank Ribeiro, pre-sidente da União Masculina, “O objetivo foi de levar a Palavra de Deus através de panfletos evangelísticos e do testemunho enquanto Igreja do Senhor”. Já o congressista, Raimundo Gomes, disse que “O evento foi bastante pro-veitoso e edificante”.

Confira os detalhes do Congresso da UMHBF em Feira de Santana - BA

Congresso de Homens Batistas do Maranhão é realizado em Viana - MA

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14 o jornal batista – domingo, 08/11/15 ponto de vista

Eu sou da época em que havia na Igreja muitos problemas en-tre pastor e diácono.

Nós, jovens, sabíamos que o diácono era a pedra no sapato do pastor. Presenciá-vamos uma disputa de poder, de quem tinha mais força dentro da comunidade ecle-sial. Era um cabo de guerra. Uma época difícil, de mau testemunho, intransigência de ambas as partes. A des-confiança era o tom entre eles. Um falava mal do outro. Nesta disputa, eles não eram referenciais para nós. Este fato nos causava muita tris-teza e a Igreja sofria. Havia um ambiente de insegurança e desconforto.

Sabemos que o pastor e o diácono ou a diaconisa são oficiais da Igreja, conforme diz Atos 6.1-7 e I Timóteo 3.1-13). Eles não devem ser divergentes, mas conver-gentes. Cada um tem o seu ministério no Corpo Vivo de Cristo. Há uma complemen-taridade entre os ministérios. Os dois não são senhores, mas servos à semelhança de Cristo Jesus, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida em res-gate de muitos, como está es-crito em Mateus 20.28 e João 13.1-20. O pastor (o remador de baixa categoria) é aquele que prega, ensina, pastoreia, administra e aconselha. O diácono (o escravo que serve na casa) é aquele que ajuda o pastor, pois serve a mesa dos órfãos e das viúvas, co-operando substancialmente nas visitas e no cuidado dos enfermos. A instituição e o caráter do diaconato estão bem delineados em Atos 6.1-7 e I Timóteo 3.8-13. O pas-tor tem caracteristicamente o ministério da oração–ensino e o diácono o ministério do serviço–cuidado.

O pastor deve liderar o diácono com amor, respeito e dignidade. Este, por sua vez, deve reconhecer a lide-

rança do seu pastor e honrá--lo como seu líder-servo. A relação pastor–diácono é originalmente uma relação de unidade e serviço amo-roso. Dentro da Igreja, eles fazem parte de um organis-mo, cujos membros servem em profundo amor. Entre pastor e diácono deve sem-pre haver amor, sinceridade, respeito mútuo, integridade, honra, reconhecimento dos limites e a consciência de missão. Os membros da Igre-ja devem vê-los como coo-peradores que têm sintonia e sinergia. São habilitados biblicamente e engajados visceralmente no serviço do Reino de Deus.

Os oficiais da Comunidade do Rei servem com alegria e singeleza de coração. Os dois têm a missão de pregar todo o Evangelho ao homem todo em todo mundo. Há um ministério missionário em seu coração. Eles possuem um compromisso inalienável e inadiável com os valores e a expansão do Reino de Deus. O caráter do pastor e o caráter do diácono estão descritos em Atos e I Timóteo e Tito. Eles devem se sentir felizes por juntos e em amor servirem ao Senhor. As suas obras devem ser feitas em nome do Senhor Jesus.

Eles trabalham juntos vi-sando a saúde espiritual da Igreja. São defensores zelosos da doutrina dos apóstolos e dos profetas, comprometidos com o Senhor Jesus Cristo às raias da morte. Para eles, o viver é Cristo e o morrer é lucro, conforme Filipenses 1.21. A relação profeta-servo é uma relação vertical-ho-rizontal em todos os níveis do Reino de Deus. Para es-ses oficiais da Igreja, a Bí-blia é o seu vade-mecum ou manual de vida e exercício ministerial. Esses oficiais da comunidade cristã estão no altar do Senhor para serem consumidos por Sua vontade. O seu prazer é o Senhor. Eles

estão satisfeitos nEle. Eles O louvam por Seus poderosos feitos na história.

A Igreja deve ver os seus oficiais como homens e mulheres de Deus servindo com amor e despidos de projeção, bajulação e pó-dio. Também como pessoas comprometidas com o Rei, absolutamente submissas Àquele que tem todo o po-der nos céus e na terra, de acordo com Mateus 28.18. Particularmente vibro, me entusiasmo, quando observo pastor e diácono trabalhan-do com amor para a expan-são da Igreja do Senhor Jesus Cristo. Sou tomado de gozo, as minhas entranhas são recreadas, quando vejo os oficiais da assembleia dos santos viverem como servos, apenas servos, sem nenhu-ma pompa. Não são eles que

aparecem, mas o Senhor que os chamou como homens comuns para realizarem tra-balhos extraordinários.

Os servos do Reino de-vem buscar a excelência em tudo o que fazem. Também, ter brilho nos olhos na obra que realizam para o Senhor. Não devem se esquecer do sentido de urgência que os acompanha em sua missão como ministros de Deus. São soldados em uma batalha cujo general é o Senhor Jesus Cristo, segundo Efésios 6.10-20. Como atletas, devem se exercitar espiritualmente to-dos os dias. Na condição de agricultores do Rei, devem trabalhar muito, espalhando a semente do Evangelho para a conversão dos perdidos e o fruto do Espírito para a santi-ficação dos crentes, pois sem ela ninguém verá o Senhor,

como está escrito Hebreus 12.14.

Não nos esqueçamos de que o pastor e o diácono devem viver para a Glória de Deus. É muito relevante que eles ajam sempre com sabedoria, sendo simples como as pombas e prudentes como as serpentes. Sejam proativos, ouvindo mais e falando menos. Examinando tudo e retendo o que é bom. Fazendo sempre o bem por toda a parte à semelhança de Jesus, de acordo com Atos 10.38. Vivendo o fruto do Es-pírito e fugindo das obras da carne e da aparência do mal. Sendo homens e mulheres de oração, exemplos no lar, re-ferenciais para os filhos. Que pastor e diácono revelem sempre o caráter do Senhor Jesus Cristo, servindo neste mundo até que Cristo volte.

Pastor e diácono

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15o jornal batista – domingo, 08/11/15ponto de vista

A busca por líderes de elevada performan-ce é notória, não apenas no meio

empresarial, mas também no meio eclesiástico. A ten-dência vai além, pois a per-formance deve abranger mais que resultados, alcançando o estilo de vida pessoal do líder. Buscam-se líderes com-pletos em resultados, em atitudes, mas também em equilíbrio pessoal (Em termos físicos, emocionais, mentais e espirituais). A isto eu cha-mo de liderança “ômega”.

O “fator ômega” na lide-rança é uma estratégia de vida que procura surpreen-der, indo além do esperado, mobilizando o líder a agir de forma nobre e elevada diante das decisões, desafios e ten-sões do cotidiano, a ponto de buscar o mais elevado grau de ação construtiva e exemplar.

Em primeiro lugar, por que “ômega”? Porque in-dica elevado nível. Jesus

Cristo, o líder modelo, foi, não apenas o alfa (início), mas também ômega – o fim, a completude, a supe-ração de tudo. A lideran-ça ômega é um estilo de vida que busca a supera-ção dos conflitos, que olha para frente em busca de melhores indicadores não apenas dos resultados da produção, mas também da autorrealização da equipe, da dignidade de vida e re-lacionamentos. Isso inclui a busca no equilíbrio entre o trabalho e a sua vida pesso-al, matrimonial e familiar.

O líder ômega não é um workaholic (viciado em tra-balho), pois sabe separar a sua identidade pessoal da identidade funcional e até mesmo da identidade de sua organização. O líder ômega” aprende a separar estas “personas” (para utili-zar a linguagem junguiana). Busca cumprir com as prio-ridades de sua função de-senvolvendo um trabalho,

em vez de intensivo, exten-sivo, para poder ter tempo em supervisionar, em cuidar também do andamento dos processos e ações em busca da missão da organização. O líder “ômega” segue a orientação de Jetro, sogro de Moisés (Ex 18.13ss), sa-bendo formar líderes de equipe e descentralizar. Ao separar a sua “persona” de líder de seu papel como indivíduo, como cônjuge, como membro de uma famí-lia, conseguirá maior estabi-lidade mental e emocional. Terá tempo para “pastorear” sua família.

A liderança ômega é uma liderança “top”, que age orientada por ideais, por prin-cípios elevados e nobres, em vez de agir motivada pelo ca-lor das situações, do contexto e de interesses pessoais, por isso mesmo é superadora, vê além do que está acontecen-do, tendo visão estratégica de sua organização e busca cumprir sua missão.

Um líder ômega trata a in-delicadeza com um silêncio meditativo ou com uma pa-lavra agradável, temperada, adocicada. Isto é semelhante ao “dar a outra face”. O líder ômega tem consciência de que a palavra dita a seu tem-po e da forma adequada tem elevado poder de criação e construção.

O líder ômega não emite juízos de valor contra as pes-soas, sabe que todos somos defeituosos por natureza. Não fala das pessoas pelas costas, é sincero na frente delas, mas sem ofendê-las. Quando ofendido, não re-vida, mas ouve, perdoa e observa se pode aprender com a situação. Sabe pedir perdão quando falha. O líder “ômega” é um exemplo de vida a ser copiado pelos seus liderados.

Diante de situações de conflito, em vez de “contar até 10”, busca ajudar seus liderados a tirarem nota 10 em comunhão, produção,

realização e satisfação em viver. O líder ômega sabe que uma crise tem o lado do risco, mas também o da oportunidade, do desafio, sa-bendo aproveitar as situações negativas para transformá-las em construtivas.

Mas não pense que o lí-der ômega é um fugitivo de situações de conflito. Ele saberá ser contundente e assertivo quando necessá-rio, mas sem usar palavras ofensivas; firme em suas posições, mas não impla-cável, ácido e destruidor. No momento certo e da maneira certa saberá dis-ciplinar quem precisar ser disciplinado. Agirá com retidão, como um modelo vida íntegra a ser seguida.

A liderança ômega é uma arte que precisa ser cultivada e aprendida, e pode levar uma vida toda. Ser líder co-mum ou líder ômega é uma questão de escolha. Jesus foi líder ômega e transformou o mundo.

OBSErvATórIO BATISTALOURENÇO STELIO REGA

Fator “ômega” e a liderança

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