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Informativo da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro Número 10 1º sem/2011 Sede da SMCRJ vai receber curso que é fruto de uma parceria inédita com a FGV Nesta Edição: Notícias da Sociedade: - SMCRJ escolhe Médico do Ano - IX Curso de Condutas em Quadros Emergenciais – Inscrições para segundo bloco - Agosto é mês de eleição na SMCRJ Suplemento Especial: Rastreamento do Sedentarismo em Adultos e Intervenções na Promoção da Atividade Física na Atenção Primária à Saúde

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Informativo da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro Número 10 1º sem/2011

Sede da SMCRJ vai receber curso que é fruto de uma parceria inédita com a FGV

Nesta Edição:Notícias da Sociedade:- SMCRJ escolhe Médico do Ano

- IX Curso de Condutas em Quadros Emergenciais – Inscrições para segundo bloco

- Agosto é mês de eleição na SMCRJ

Suplemento Especial: Rastreamento do Sedentarismo em Adultos e Intervenções na Promoção da Atividade Física na Atenção Primária à Saúde

Publicação oficial da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de JaneiroAv. Mem de Sá, 197 - CEP: 20.230-150 - Tel./Fax: (21) 2507-3353www.smcrj.org.br / e.mail [email protected]ção Editorial: Celso Ferreira Ramos Filho / Jornalista Responsável: Cláudia Mendonça de Souza - MTB: 15154 / Kátia Thomas / Editoração: Interligar - Branding e Design / FotografiaMarlene Fonseca, arquivo e divulgação / Revisora: Clarissa FerreiraTiragem: 7.000 exemplares / Publicação Trimestral Distribuição Gratuita

NotasNo primeiro semestre de 2011, a SMCRJ perdeu dois importantes representantes de suas causas. Faleceram em fevereiro e em março, respectivamente, os médicos Moacyr Scliar e Fausto de Oliveira Campos.

Moacyr ScliarAos 73 anos, Moacyr Scliar, médico, escritor e Sócio Honorário da SMCRJ, faleceu no dia 27 de fevereiro, em Porto Alegre. Scliar publicou mais de setenta livros, entre crônicas, contos, ensaios, romances e literatura infanto-juvenil, muitos deles com temas associados à arte médica e seus personagens. Foi o sétimo ocupante da cadeira 31 da Academia Brasileira de Letras.

Scliar especializou-se no campo da saúde pública como médico sanitarista. Tornou-se doutor em Ciências pela Escola Nacional de Saúde Pública. Foi professor da disciplina de medicina e comunidade do curso de medicina da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre. Apesar de ser sucesso literário, nunca abandonou a Medicina, mantendo ativa participação na Associação Médica do Rio Grande do Sul - AMRIGS.

Fausto de Oliveira CamposCirurgião plástico, Segundo Tesoureiro da SMCRJ nos períodos 2005/2008 e 2008/2011, rotariano e um dos sócios fundadores da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (Regional RJ), o Dr. Fausto era um médico e companheiro incansável. Participava ativamente das reuniões organizadas na SMCRJ e dos eventos de confraternização. Mesmo abatido pela doença, não deixou de comparecer ao Bacalhau da Maria, realizado em dezembro de 2010. Faleceu no dia 23 de março, no Rio de Janeiro.

DiretoriaMembros da Diretoria Executiva:Presidente: Celso Ferreira Ramos Filho / 1º Vice-Presidente: Ernesto Maier Rymer / 2º Vice Presidente: Rui Haddad / 3º Vice-Presidente: Cleber Vargas / Secretária Geral: Marilia de Abreu Silva / 1º Secretário: Max Kopti Fakoury / 2º Secretário: Carlos Eduardo Bellizzi / Tesoureiro Geral: José Cortines Linares / 1º Tesoureiro: Jorge Farha / 2º Tesoureiro: Fausto de Oliveira Campos / Dir.Cursos e Eventos Científicos: Octavio Fernandes da Silva Filho / Diretor de Sede: Alexandre Rouge Felipe / Diretor de Patrimônio: Antonio Cláudio Goulart Duarte / Diretor de Eventos Sociais: Nilmo Sabino de Oliveira / Diretora de Divulgação: Marisa da Silva Santos / Dir. Previdência e Assistência: Edino Jurado da Silva / Diretora Cultural: Dirce Bonfim de Lima / Diretor de Defesa Profissional: José Ramon Varela Blanco

Membros do Conselho Superior:Abdu Kexfe / Adolpho Milech / Almir de Almeida Damaso / Aloísio Tibiriçá Miranda / Ana Célia Rymer / Ana Cristina Cabral de Lima / Ângelo Jorge Santos Silveira / Antonio de Oliveira Albuquerque / Armando Carvalho Amaral / Arthur Octavio de Ávila Kós / Bartholomeu Penteado Coelho / Célio Abdala / Carlos Alberto Basílio de Oliveira / Celso Corrêa de Barros / Eduardo Eiras Moreira da Rocha / Esaú Custódio João Filho / Francisco Manes Albanesi Filho / Francisco Alberto Campana / Francisco e Silva Salgado / Francisco José de Medina Pereira Caldas / Gerson Cotta-Pereira / Hans Fernando da Rocha Dohmann / Hélio Magarinos Torres

Filho / Isaac Majer Roitman / Jacob Seldin / José Chaves Meyrelles / José Francisco Ribeiro de Ornellas / José Hermógenes Rocco Suassuna / José Galvão Alves / José Luís Camarinha Nascimento Silva / Juçara Árabe / Kássie Regina Neves Cargnin / Lílian de Mello Lauria / Loreta Burlamaqui da Cunha / Luis Eduardo Vaz Miranda / Luiz César Povoa / Luiz Leite Luna / Luiz Pinheiro Quinellato / Luiz Roberto Tenório / Marcelo Lemgruber / Marcos Botelho da Fonseca Lima / Marcos Esner Musafir / Maria Ignez Castello Branco Moraes / Maria Lucia Mascarenhas da Costa / Maria Lucia Vellutini Pimentel / Mário Bronstein / Miguel Chalub / Moisés Gamarski / Paulo César Chagas Lessa / Paulo César Geraldes / Rafael Leite Luna / Ricardo Lopes Pontes / Roberto Horcades Figueira / Rômulo Cortes Domingues / Salo Buksman / Umberto Perrotta / Victor Augusto Louro Berbara / Virmar Ribeiro Soares / Walter Roriz de Carvalho / Yvon Toledo Rodrigues

Delegados Junto à SOMERJ:Ernesto Maier Rymer - Fausto de Oliveira Campos / Rui Haddad - Ângelo Jorge da Silveira / Marilia de Abreu Silva - Bartholomeu Penteado Coelho / Max Kopti Fakoury - Celso Corrêa de Barros / Edino Jurado da Silva - Octavio Fernandes da Silva Filho / José Ramon Varela Blanco - Flamarion Gomes Dutra / Jorge Farha - Moisés Gamarski / Alexandre Rouge Felipe - José Cortines Linares / Azor José de Lima - Cleber Vargas / Antonio Cláudio Goulart Duarte - Marisa da Silva Santos

EditorialA Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro completou

125 anos de história em fevereiro. Fundada pelos médicos Lucas Antônio de Oliveira Catta Preta, Hilário Soares de Gouvêa, Henrique Alexandre Monat e Marcos Cavalcante, dois anos após sua criação promovia o primeiro congresso médico a ser realizado no país.

Em sua Sede aconteciam discussões dos problemas sanitários da cidade e da república, se divulgavam as mais novas conquistas da arte médica, se expunham teorias. No ambiente conturbado da jovem República (a SMCRJ apoiou a sua proclamação já no dia 16 de novembro de 1889), ela foi um espaço primordial para discussões e debates sobre as condições sanitárias da cidade. Em sessão de junho de 1932, foi aqui que Manoel de Abreu apresentou a Nota Prévia que comunicava a invenção da abreugrafia, até recentemente utilizada no combate à tuberculose pulmonar. Uma história rica e que teve altos e baixos.

Mas não é só a história de ontem que garante a presença de uma SMCRJ forte, novamente, no cenário atual. A parceria com a Fundação Getúlio Vargas – FGV para a realização do curso Gestão de Consultório Médicos e Pequenas Empresas de Saúde é resultado de um esforço – durante dois mandatos consecutivos

– de estabelecer um padrão de qualidade político, acadêmico e profissional que se desejava e que vem atraindo importantes parceiros para a nossa Sociedade, e de se sanear jurídica e financeiramente a instituição.

Nas páginas 04 e 05 você vai conhecer mais detalhes sobre a parceria com a Fundação. Na seção Notícias da Sociedade, você irá conferir a confirmação do sucesso dos cursos realizados pela SMCRJ em 2011, Eleições na SMCRJ e a escolha do Médico do Ano. Em sintonia com o profissional de saúde de hoje, a SMCRJ comemora este importante aniversário, firme nos seus propósitos e em sua missão de congregar os médicos cariocas, defendendo a classe em todos os níveis e lutando pela melhoria da qualidade da Medicina e da Saúde.

Celso Ferreira Ramos FilhoPresidente da SMCRJ

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Notícias da Sociedade

SMCRJ escolhe Médico do Ano

IX Curso de Condutas em Quadros Emergenciais – Inscrições para segundo bloco

Curso de Nefrologia repete sucesso do Curso de Condutas

Agosto é mês de eleição na SMCRJ

No dia 25 de agosto, os associados da Sociedade de Medicina e

Cirurgia do Rio de Janeiro elegem o Conselho Diretor, Conselho Superior e Corpo de Delegados junto à SOMERJ – Sociedade Médica do Estado do Rio de Janeiro, bem como as Diretorias e Conselhos da SOMERJ e da AMB – Associação Médica Brasileira. O horário de votação é das 9h às 18h, na sede da SMCRJ.

Restam poucas vagas para o segundo bloco – Emergências Clínicas – do

IX Curso de Condutas em Quadros Emergenciais. O curso acontecerá sempre aos sábados, nos dias 3, 10, 17 e 24 de setembro e 1 de outubro. Entre

Entre os dias 2 e 30 de abril, estudantes de medicina de diversas universidades,

inclusive de fora do município, se encontraram no I Curso de Atualização de Condutas em Quadros Emergenciais em Nefrologia, promovido pela SMCRJ, com patrocínio da Unimed-Rio e apoio do SINDHERJ.

O presidente da SMCRJ, Dr. Celso Ramos Filho, abriu o curso pontuando para os futuros médicos a importância política da SMCRJ e seus 125 anos de existência e manifestou sua satisfação com a presença de tantos interessados em se aperfeiçoar na profissão.

O curso, com coordenação geral do Dr. José Francisco de Ribeiro Ornellas e do Dr. Octavio Fernandes da Silva Filho, foi uma solicitação dos alunos que participaram do VIII Curso de Condutas em Quadros Emergenciais, realizado em 2010.

No dia 25 de agosto, o Conselho de Administração da Sociedade de

Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro vai escolher o Médico do Ano, que será homenageado durante as comemorações do Dia do Médico de 2011, no 18 de outubro, na sede da SMCRJ.

Em 2010, uma noite de homenagens e muita emoção marcou a Solenidade em comemoração ao Dia do Médico organizada pela Sociedade de Medicina. Quase 200 pessoas prestigiaram a cerimônia, que teve como grande homenageado da noite – Médico do Ano – o Dr. Luis Antonio Santini, diretor-geral do INCA. Durante a cerimônia, treze médicos foram homenageados postumamente pela dedicação e comprometimento na missão de lutar pela saúde e pela vida. Foram eles os médicos Alkindar Soares Pereira Filho, Augusto Paulino Soares de Souza Netto, Felício Falci, Flávio San Juan, Gerson Cotta-Pereira, Hans Jurgen Fernando Dohmann, Jamil Haddad, José Raimundo de Lima Pimentel, Leônidas de Macedo Siqueira Côrtes, Mário Monjardim Castello Branco, Nildo Eimar de Almeida

os assuntos abordados estão Abordagem do Paciente Politraumatizado, Traumas Oculares, Dissecção Aguda da Aorta, Emergências Cirúrgicas do Recém-Nato, Apendicite Aguda, Condutas Cirúrgicas em Hemorragias Digestivas, Emergências Cirúrgicas Oncológicas, Antibioticoterapia nas Emergências Cirúrgicas, entre outros.

O primeiro bloco lotou o auditório da Sociedade e, como acontece todo ano, teve fila de espera.

Aguiar, Rubem da Costa Leite Amarante e Waldir Maymone.

O evento contou com o patrocínio da Unimed-Rio (Diamante); Bronstein Medicina Diagnóstica, Lâmina Medicina Diagnóstica e Dasa (Ouro); Fundação do Câncer e Hospital Samaritano (Prata) e Janssen Cilag, PREVISUL Seguradora, SINDHERJ, Sistema Firjan e Unicred (Bronze).

Dr. Celso Ferreira Ramos Filho e Dr. Luis Antonio Santini na Solenidade do Dia do Médico 2010

Confira a programação no site da SMCRJ – http://www.smcrj.org.br ou ligue (21) 2507-3353 para mais informações.

Reportagem

SMCRJ e FGV se unem para tratar de saúde e gestãoCurso inédito customizado para profissionais do setor aborda questões teóricas e práticas em administração de consultórios e pequenas empresas

Ao completar 125 anos, a Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro

está em sintonia com o novo perfil do profissional de saúde hoje. Muito mais que um profissional capacitado para cuidar da saúde de seus pacientes, à frente de seu consultório ou clínica, o médico tem que ser também um gestor, diante da complexidade do ambiente profissional, das exigências regulatórias e da interferência dos planos de saúde na prática profissional. Diante desse quadro, a SMCRJ uniu sua experiência à excelência do ensino da Fundação Getulio Vargas para a realização do curso Gestão de Consultórios Médicos e Pequenas Empresas de Saúde in company, a partir de outubro, para médicos e outros profissionais do setor filiados à Medicina e Cirurgia.

Inteiramente customizado para a Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro pelo GVSaúde, Centro de Estudos em Planejamento e Gestão de Saúde da EAESP, o curso, que conta com o apoio da Unimed-Rio, será ministrado por corpo docente altamente qualificado. A coordenação fica a cargo de Ana Maria Malik, doutora e graduada pela FMUSP, e ex-superintendente de Ensino e Pesquisa do Hospital Israelita Albert Einstein.

De acordo com o presidente da SMCRJ, Dr. Celso Ferreira Ramos Filho, a promoção do curso vem ao encontro da necessidade de diversos profissionais de saúde e associados à entidade. O curso foi elaborado unindo questões teóricas e práticas fundamentais para assegurar o bom desempenho na profissão hoje.

“O programa oferece uma visão global da área de atuação do profissional, entendendo que o setor de saúde é parte de uma indústria mais ampla e de enorme complexidade”, acrescenta Celso Ramos Filho.

Teoria e prática lado a ladoGestão de Consultórios Médicos e Pequenas Empresas de Saúde será realizado a partir de outubro, na sede da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro (Av. Mem de Sá, 197, Centro). O curso tem carga horária de 152 horas/aula, com aulas de 50 minutos de duração, ministradas uma vez por mês, sempre aos sábados, nas dependências da SMCRJ.

Mais informações podem ser obtidas no site www.smcrj.org.br, ou pelo telefone (21) 2507-3353.

Direcionado aos associados da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, o comprovante desse vínculo com a entidade será documento obrigatório para a matrícula do participante.

Entre os temas apresentados nas palestras e aulas do curso, há desde disciplinas sobre sistemas e políticas de Saúde no Brasil até os desafios da Saúde no Mundo Digital. São abordados também auditoria médica e aspectos jurídicos da prática médica.

Rotina administrativa em focoDoutor em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas, Mestre em Ginecologia pela UNIFESP e membro do GVSaúde, o Dr. Luciano Patah, um dos coordenadores do Gestão de Consultórios Médicos e Pequenas Empresas de Saúde, explica ao Edição Médica os pilares do curso.

“Assim, o objetivo das aulas é preparar os alunos para enfrentar, de maneira mais eficiente e organizada, o cotidiano administrativo. Durante o curso, serão abordados os principais aspectos da medicina suplementar, o relacionamento com convênios, o gerenciamento de consultório, as finanças e o marketing pessoal, entre outros temas”, destaca Patah.

Leia, a seguir, entrevista com Luciano Patah:

Edição Médica: Qual a aplicação prática do curso?Luciano Patah: Como os cursos de graduação na área médica não preparam os alunos de medicina para o cotidiano administrativo, que envolvem os aspectos da medicina suplementar, o relacionamento com convênios, o gerenciamento do consultório, finanças, marketing pessoal, entre outros, este curso servirá para preencher essa lacuna, subsidiando o profissional de ferramentas para lidar com essas questões.

Edição Médica: Qual a função da FGV e a sua participação no desenho do curso?Luciano Patah: Sou professor convidado da FGV e desenhei o curso, com o auxílio de outros professores do GV Saúde.

Edição Médica: Qual o público-alvo do curso?Luciano Patah: Elaboramos o programa pensando em médicos que desejam ter

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maior conhecimento no campo da gestão da prática assistencial.

Edição Médica: Qual a principal dificuldade encontrada pelos médicos na administração de um consultório?Luciano Patah: Acredito que o relacionamento administrativo com as operadoras de planos de saúde seja a principal dificuldade, no momento. Além disso, incluo ainda a falta de conhecimento em contabilidade e finanças, pois os médicos, em geral, estão muito preocupados em atender bem seus pacientes e, às vezes, não percebem que existem formas de agregar maior valor financeiro a esse atendimento.

Edição Médica: Após o curso, o que o profissional de saúde ganha de conhecimento para aprimorar o consultório médico?Luciano Patah: Há uma ampliação dos horizontes de conhecimento. Questões de marketing pessoal poderão trazer benefícios e aumentar a demanda de pacientes. Noções de contabilidade favorecerão a otimização dos recursos financeiros gastos na clínica. Ele poderá ainda aperfeiçoar o relacionamento com as operadoras de planos de saúde, com as dicas de negociação que serão ensinadas. Noções de execução de projetos também são úteis para a criação de novos serviços médicos.

Edição Médica: O que pode ser aperfeiçoado hoje nos consultórios médicos?Luciano Patah: Hoje, os médicos atendem seus pacientes, numa rotina desenfreada, em que não lhes sobra tempo para avaliar como essa atividade poderia ser mais rentável, ou ainda, como agregar mais valor a esse atendimento prestado aos clientes.

Edição Médica: Quais seriam os atributos necessários a um profissional de saúde – o segredo – para administrar bem um consultório médico?Luciano Patah: O conhecimento deve ser adquirido e esse curso tem como objetivo oferecer condições de aperfeiçoar esse conhecimento.

Edição Médica: Qual o grau de interesse dos médicos pelo curso?Luciano Patah: Há poucos cursos nesse formato no Brasil. Em geral, há outros formatos, mais extensos, em que o

médico se transformará em gestor e passará a trabalhar na administração. Nosso curso não tem essa finalidade, pois seu objetivo é fornecer ao médico, que deseja continuar atendendo em sua clínica ou consultório, ferramentas administrativas de interesse para a gestão dessa pequena empresa.

Edição Médica: Qual a vantagem da associação entre as marcas FGV e SMCRJ?Luciano Patah: São duas marcas amplamente consagradas, com elevado

valor, cuja associação trará maior confiabilidade e segurança ao médico que desejar fazer o curso.

Edição Médica: Qual o principal diferencial desse curso em relação aos similares no mercado?Luciano Patah: Além de palestrantes gabaritados, as grifes FGV e SMCRJ são os diferenciais do curso Gestão de consultórios médicos e pequenas empresas de saúde.

No ano em que completa 125 anos de existência, a Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro - SMCRJ se associa à Fundação Getulio Vargas, centro de ensino de excelência, para a realização de um curso in company, para médicos e outros profissionais associados à SMCRJ.

O curso Gestão de Consultórios Médicos e Pequenas Empresas de Saúde foi inteiramente customizado para a Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro pela FGV in company e reúne um corpo docente altamente qualificado.O objetivo do curso é preparar os alunos para o cotidiano administrativo, abordando os principais aspectos da medicina suplementar, o relacionamento com convênios, o gerenciamento de consultório, finanças, marketing pessoal, entre outros.

Gestão de consultórios médicos e pequenas empresas de saúde

INFORMAÇÕES BÁSICAS: O curso será composto de 152 horas/aula. As aulas serão ministradas uma vez por mês, sempre aos sábados, nas dependências da SMCRJ. Inscrições: até 31 de agosto

COORDENAÇÃO:

DISCIPLINAS: 1. Sistemas e Políticas de Saúde no Brasil 2. Estrutura, Características e Tendências do Setor de Saúde 3.  Auditoria Médica e de Enfermagem 4. Planejamento Estratégico Aplicado ao Setor de Saúde 5. Gestão de Pessoas 6. Marketing Pessoal e em Serviços de Saúde 7. Adequação Físico-Funcional para Funcionamento de Serviços de Saúde 8.  Gestão de Informação em Saúde 9. Gestão do Conhecimento em Saúde 10. Desafios da Saúde no Mundo Digital 11. Liderança, Comunicação e Gestão de Talentos 12. Gestão de Assistência em Clínicas e Hospitais e Aspectos Éticos da Assistência 13. Finanças Pessoais e Investimentos 14. Finanças Empresariais Aplicadas a Clínicas e Consultórios 15. Quali-dade e Acreditação em Serviços de Saúde 16. Aspectos Jurídicos na Prática Médica.

LOCAL: Sede da SMCRJ – Av. Mem de Sá, 197 – Centro. Estacionamento próximo ao local.

INFORMAÇÕES: www.smcrj.org.br ou (21) 2507-3353

realização: apoio:

Luciano Patah – Doutor em Administração de Empresas pela FGV, Mestre em Ginecologia pela UNIFESP, graduado pela Faculdade de Medicina do ABC e membro do GVSaúde - Centro de Estudos em Planejamento e Gestão de Saúde da EAESP.

Ana Maria Malik – Doutora e graduada pela FMUSP é atualmente coordenadora do GVSaúde, publicou diversos artigos e foi Superintendente de Ensino e Pesquisa do Hospital Israelita Albert Einstein de São Paulo.

Projeto DiretrizesAssociação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina

Rastreamento do Sedentarismo em Adultos e Intervenções na Promoção da Atividade Física na Atenção Primária à SaúdeAutoria: Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, Sociedade Brasileira de Clínica Médica,Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte, Associação Brasileira de Medicina Física e ReabilitaçãoElaboração Final: 7 de agosto de 2009Participantes: Pinto MEB, Daudt C, Stein AT, Castro Filho ED, Lopes AC, Nahas RM, Pereira CF

DESCRIÇÃO DO MÉTODO DE COLETA DE EVIDÊNCIA

Foram realizadas duas estratégias de busca que abordaram o rastreamento do seden-tarismo e as intervenções para diminuir o sedentarismo que poderiam ser utilizadas na atenção primária à saúde. A primeira estratégia de busca realizada no PubMed, SUMSEARCH em 13 de julho de 2006, para intervenções para a promoção da prática da atividade física regular em adultos saudáveis e sedentários foi (sedentary [All Fields] OR se-dentarism [All Fields]) AND (intervention[All Fields] OR advice [All Fields] OR counseling [MeSH]) AND (“motor activity” [MeSH] OR “physical activity” [MeSH] OR (“physical fi-tness” [MeSH] OR exercise [MeSH]) AND (“health promotion” [MeSH] OR “primary he-alth care” [MeSH] OR “primary prevention” [MeSH] OR “health education” [MeSH]). Essa busca resultou em 128 artigos; foram então acrescentados os limits: All Adult: 19+ years, Humans e Field: Title/Abstract e as línguas inglesa, italiana, espanhola e portuguesa, resultando em 40 artigos. A seguir, pelos abstracts, foram selecionados 29 trabalhos relevantes quanto à questão clínica. A es-tratégia de busca feita na Cochrane resul-tou em 6 revisões sistemáticas relacionadas às intervenções para a promoção da prática de atividade física. As palavras utilizadas fo-ram: exercise, primary care, health promotion e couseling. A segunda estratégia de busca realizada no PubMed, SUMSEARCH em 20 de novembro de 2006, foi para o rastrea-mento de sedentarismo em adultos saudá-veis na atenção primária à saúde, utilizan-do as seguintes palavras: “Exercise” [MeSH] AND (questionnaire OR assessment tool OR questions) AND (sedentary OR sedentarism) NOT (osteoporosis OR cancer OR diabetes OR hypertension OR low back pain OR obesity OR

depression), resultando em 191 artigos. Fo-ram então acrescentados os limits: All Adult: 19+ years, Humans e Field: Title/Abstract e as línguas inglesa, italiana, espanhola e por-tuguesa, resultando em 94 artigos, destes foram selecionados 26 que eram relevantes ao assunto em questão pelo título e pelo abstract. Na Cochrane, essa mesma busca não resultou em nenhum artigo (sedenta-rism, exercise, assessment tool). Critérios de inclusão e exclusão: foram incluídos os arti-gos metodologicamente adequados, estudos com seguimento de pelo menos seis semanas de acompanhamento, com delineamento de ensaios clínicos randomizados, nas línguas: inglesa, portuguesa, espanhola ou italiana. Alguns artigos citados como referência dos artigos originais foram incluídos pela re-levância do tema para essa diretriz. Foram excluídos todos os estudos que abordassem populações com doenças específicas, como portadores de diabetes, hipertensão, insufici-ência cardíaca, obesidade, osteoporose, etc.

GRAU DE RECOMENDAÇÃO E FORÇA DE EVIDÊNCIA

A: Estudos experimentais ou observacio-nais de melhor consistência.

B: Estudos experimentais ou observacio-nais de menor consistência.

C: Relatos de casos (estudos não controla-dos).

D: Opinião desprovida de avaliação crítica, baseada em consensos, estudos fisioló-gicos ou modelos animais.

OBJETIVOS

O objetivo desta diretriz clínica é orientar os médicos de família e comunidade a rastre-ar o sedentarismo em adultos, identificar as barreiras para a prática de atividade física

e identificar as melhores intervenções para a modificação do hábito dos pacientes em exercitar-se. As perguntas a serem respon-didas são: Como rastrear o sedentarismo em adultos na atenção primária? Quais as bar-reiras para a prática de atividade física re-gular? Qual a melhor intervenção em relação ao sedentarismo para orientar os pacientes adultos saudáveis?

CONFLITO DE INTERESSE

Nenhum conflito de interesse declarado.

DESCRIÇÃO DO MÉTODO DE COLETA DE EVIDÊNCIA

No Brasil, aproximadamente 70% dos adul-tos são sedentários1(D); na cidade de Por-to Alegre, 56% das mulheres e37% dos homens2(C) têm esse perfil. Indivíduos fisi-camente ativos tem morbidade e mortali-dade menor por diversas doenças crônico--degenerativas (câncer, diabetes tipo 2, hipertensão, doenças cardiovasculares) do que indivíduos sedentários. Isto também ocorre quando comparados indivíduos com sobrepeso ou obesidade ativos com indiví-duos sedentários com peso normal, sendo a atividade física tão importante quanto a obesidade e o sobrepeso como predito-res de mortalidade, pelo menos entre os homens3(B). Os benefícios da atividade fí-sica, principalmente aqueles de intensidade moderada (Quadro 1), são observados em diversos estudos populacionais.

A prática de atividade física tem sido consi-derada um dos componentes mais importan-tes na modificação do risco em indivíduos acometidos por comorbidades decorrentes ou associadas à inatividade. Essa é uma estratégia importante, tanto na prevenção como no tratamento das doenças cardio-

Este encarte é parte do Edição Médica nº 10

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vasculares, hipertensão arterial, diabetes mellitus, acidente vascular cerebral, alguns tipos de câncer, osteoporose, depressão e desequilíbrio no perfil lipídico4(D).

Nos Estados Unidos, sedentarismo e dietas com baixo valor nutricional são responsá-veis por 16% das causas de morte5(B) e, são causa global de, aproximadamente, 22% das doenças isquêmicas6(D). Custam quase 24,4 bilhões de dólares por ano ao sistema de saúde norte-americano7(B).

No Brasil, o risco adicional de doenças crô-nicas, desabilidades e aumento da utiliza-ção dos serviços de saúde para população brasileira, que envelhece progressivamente, se consolidam ainda mais pela falta de pro-gramas específicos de promoção da saúde e prevenção de doenças. Concomitantemen-te, o risco para essa população envelhecida pode ser observado também na dificuldade de implementar intervenções efetivas no estilo de vida desses indivíduos, tais como a prática de atividade física regular e ali-mentação saudável8(D). Apesar de todos os benefícios observados a partir desses hábi-tos, esse segmento populacional é relatado na literatura como o mais sedentário9(D).

A recomendação do Colégio Americano de Medicina do Esporte (ACSM) para este tema, com objetivo de diminuir os porcentuais de incidência de morbidade e de mortalidade, é de que indivíduos adultos devam praticar pelo menos 30 minutos de atividade física de moderada intensidade, cinco vezes ou mais por semana10(D), sendo a mesma recomen-dação feita pelo departamento de saúde do Reino Unido11(D). Estudos mostram que ape-nas 21% a 34% dos adultos norte-america-nos alcançam os níveis de caminhada reco-mendados em saúde pública12,13(B). Apenas 50% dos adultos sem doença cardíaca que iniciam um programa de atividade física se mantêm ativos depois de três meses14(D).

Os indivíduos relatam que a impossibilidade de praticar exercícios intensos é, principal-mente, devido ao medo de lesões, reduzida autoconfiança, falta de energia, falta de tempo e custo elevado15(B). Outras barrei-ras perceptíveis que servem de impedimento para fazer parte de programas de caminha-da ou simplesmente para incluí-la como parte de suas atividades diárias são: aparên-cia (desconforto pelo aumento da sudorese, falta de roupas apropriadas ou o desgaste das roupas do dia a dia), calçado descon-fortável e falta de um local adequado per-to de sua residência (ausência de calçadas, tempo gasto no deslocamento até o local da atividade, volumes que carregam, falta de local seguro para a prática de exercícios e esportes). Embora esses relatos sejam rele-vantes, a caminhada, como principal ativi-dade física a ser prescrita, é uma alternativa segura sustentada por vários fatores: socio-

econômicos (pelo seu baixo custo, podendo ser realizada em locais públicos, ao ar livre ou dentro de casa), culturais e psicológicos (pela formação de grupos, estimulando o convívio social, elevação da autoconfiança e diminuição do medo de lesões). Dessa forma, a caminhada pode ser praticada de forma regular e inserida no dia a dia, como parte das tarefas essenciais do indivíduo16(B).

O Modelo Transteórico de Mudança é des-crito com um modelo integrado e compre-ensivo das mudanças de comportamento baseado nas teorias da psicoterapia17(B). Existem cinco “estágios de mudança” de adoção e manutenção da atividade física: pré-contemplação (sedentário, sem inten-ção de mudar); contemplação (sedentário, seis meses de intenção); pré-participação (atividade irregular e intenção); ação (ati-vidade regular por pelo menos seis meses); manutenção (ativo regularmente por mais de seis meses)18(D).

RASTREAMENTO DO SEDENTARISMO EM ADULTOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA

Não existe evidência conclusiva quanto à forma de mensurar atividade física na aten-ção primária à saúde, como existe para outras situações como alcoolismo e tabagismo19(D). Existem alguns instrumentos utilizados para investigar a frequência de atividade física20-

-23(B). O Questionário Internacional de Ati-vidade Física (International Physical Activi-ty Questionnaire – IPAQ) foi desenvolvido por um grupo de vários países, incluindo o Brasil, para ser um questionário padrão para avaliar o nível de atividade física das populações e produzir informações compa-ráveis no mundo inteiro. Foram propostas duas versões para o IPAQ, uma curta, com nove questões, e outra longa, com 3124(B), que apresentam resultados semelhantes em

algumas avaliações24,25(B) e distintos em outras26(B). Ele foi validado para diferen-tes línguas, inclusive para o português por Hallal et al.26(B)27(D), sendo utilizado como instrumento de avaliação da atividade em vários estudos epidemiológicos22,28(B).

Uma avaliação sobre o nível de atividade física foi testada através de duas pergun-tas na prática de médicos de família e de-monstrou ser factível para utilização em atenção primária, com validade e confiabi-lidade moderada29(B). Ao comparar as duas perguntas com três perguntas (Quadro 2) o resultado foi semelhante30(B). Esses estudos validaram as respostas às perguntas sobre atividade física, por meio de resultados me-didos por um acelerômetro (instrumento que mede os movimentos do indivíduo cal-culando a atividade física desempenhada). O tempo de consulta dispendido nessa avalia-ção foi de 1 a 2 minutos.

A utilização de apenas uma pergunta sobre atividade física (“No último mês, além do seu trabalho regular, você realizou qualquer atividade física ou exercício, como correr, exercícios de resistência, jardinagem ou caminhar como exercício?”) não distingue indivíduos sedentários daqueles que são ativos realizando atividades de trabalho, deslocamento ou em casa31(B). Utilizar uma pergunta que quantifique as atividades de lazer que provocam suor para determiná--las como parâmetro de atividade física re-alizada não demonstra boa correlação com a utilização de uma pergunta direta sobre as atividades físicas desempenhadas pelo individuo20(B).

PROMOÇÃO DE ATIVIDADE FÍSICA EM ADULTOS

O aconselhamento associado à prescrição individualizada de caminhadas utilizando

Frequência Consumo

Intensidade METs* cardíaca máxima máximo de VO2 Escala de Exemplos

(% da FCmáx)** (% de VO2máx)*** Borg****

Muito baixa < 3 < 35 < 30 < 10

Baixa 3-6 35 - 59 30 - 49 11 - 12 Caminhar lentamente

(1,6 a 3,2 km/h)

Moderada > 6 60 - 79 50 - 74 13 - 14 Caminhar rapidamente

(4,8 a 6,4 km/h)

Alta 80 - 89 75 - 84 14 - 16 Caminhar rapidamente

com carga em plano

Muito alta > 90 > 85 > 16 inclinado; correr

Quadro 1

Classificação da intensidade do exercício tendo como base 20 a 60 minutos de exercícios aeróbios(caminhada, corrida, natação)

* METs – taxa de equivalente metabólico: 1MET equivale a 3,5 mL de O2/kg.min.-1; ** FCmáx ou FC alvo pode ser obtida pela fórmula:220 – idade x % intensidade; *** Importante considerar para uma FC máx. um porcentual de intensidade máximo;–**** Escala depercepção subjetiva de esforço.

a frequência cardíaca (intensidades mode-rada e alta) está diretamente relacionado à melhora da capacidade cardiopulmonar dos adultos saudáveis a médio e longo prazo (24 meses)32(A).

Auxiliar os pacientes a mudar seu estilo de vida, incluindo nos seus hábitos diários a prática da atividade física, é uma tarefa difí-cil para os profissionais da área da saúde. Os médicos, tanto pelo seu papel na promoção de saúde e prevenção de doenças, quanto pela característica de atendimento longitu-dinal e continuado, tem a oportunidade de mudar o contexto funcional e fisiopatológico de indivíduos sedentários, assumindo a im-portante tarefa de otimizar o manejo deste fator de risco para a maioria das doenças crônico-degenerativas33(A).

Os médicos devem estar comprometidos com a ideia de promover a saúde por meio da atividade física. A literatura mostra que os médicos que realizaram treinamento es-pecífico de aconselhamento sobre atividade física (Activity Counseling Trial) (Quadro 3) executaram esta atividade em 99% dos seus pacientes, adultos e idosos, utilizando 3 a 6 minutos do tempo destinado às consultas que não eram de problemas agudos34,35(B), mostrando que esse tipo de abordagem é acessível e aceitável. A possibilidade de en-caminhamento dos indivíduos a um centro de recreação e lazer ou a um órgão específi-co para maiores esclarecimentos sobre o as-sunto auxilia a manter atividade num curto prazo de tempo (menos de seis meses)36(A). Embora as informações sejam satisfatórias para o esclarecimento de dúvidas dos pa-cientes, isso não influencia a adesão à práti-ca de atividade física em 12 meses36(A).

Uma revisão sistemática de estudos realiza-dos em países como Estados Unidos e Aus-trália, onde a atenção primária é realizada por pediatras, clínicos gerais e também por médicos de família, aponta que apenas o aconselhamento do médico quanto à práti-ca da atividade física não é um meio efeti-vo para produzir um aumento relevante na quantidade de atividade física realizada pe-los seus pacientes37(B). Entretanto, existem algumas evidências sobre a eficácia a curto e médio prazo (até seis meses) na mudança para prática de atividade física38,39(A)40(B) do aconselhamento de 2 a 3 minutos nas consultas abordando os benefícios de exer-citar-se, incentivando a prática de exercício moderado e orientando os pacientes sobre lesões possíveis ou existentes.

A utilização de uma intervenção simples por escrito via correio, baseada em uma men-sagem de vida ativa, é um método efetivo para auxiliar jovens sedentários a modificar

o “estágio de mudança” de hábito em rela-ção atividade física, quando acompanhados por sete meses41(B). A busca de dispositivos que possam auxiliar o indivíduo a monitorar a sua capacidade de melhora pode ser vir de estímulo para manutenção de hábitos mais saudáveis, como a própria caminhada. Den-tre estes, o pedômetro (equipamento que conta o número de passos dado pelo indi-víduo) é um dispositivo portátil de fácil uti-lização e baixo custo33(A). Para aqueles que podem adquiri-lo, pode servir de estímulo para aumentar a adesão à caminhada (em todos os momentos do dia), pois quantifi-ca a distância que este indivíduo foi capaz de percorrer, ser vindo como adjuvante às orientações do médico. Além disso, podem ser acrescentadas outras estratégias que es-timulem ainda mais o indivíduo, como a dis-tribuição de folhetos (exemplo no Anexo 1) sobre os cuidados e os benefícios da prática de atividade física33(A).

Em alguns países, o reforço telefônico (IM-PACT), esclarecendo dúvidas, sugerindo ma-neiras de vencer as barreiras que impedem

a manutenção do nível de atividade física, é uma estratégia adjuvante a palestras e folhetos informativos para mulheres de bai-xa renda42(A). O aconselhamento baseado no Modelo Transteórico de Mudança17(B) realizado por conversa, via telefone, com uma central de computador programada, aumenta o número de passos realizados diariamente em adultos acompanhados por três meses43(A), sendo um sistema de baixo custo. Não existem estudos sobre reforço telefônico no contexto brasileiro.

A utilização de prescrição de progra-mas de exercícios específicos para cada paciente como STEP44(A), “Green Prescription”39(A)45(B), IMPACT42(A)34(B), a serem realizados em horários de lazer, apre-senta benefícios para a saúde, no seguimen-to de seis meses a um ano, assim como, pode aumentar a adesão à prática continuada de exercício físico44(A). O aconselhamento ver-bal mais escrito (Green prescripton) apre-senta melhor desempenho no aumento da prática de atividade física em comparação com aconselhamento somente verbal39(A).

Recomendações e evidências no rastreamento de atividade física em adultos

Rastreamento

A avaliação sobre atividade física realizada não deve abordar apenas as horas delazer, devendo ser indagado também sobre as atividades executadas durante otrabalho profissional e em casa. Não deve ser perguntado apenas sobre a atividadefísica realizada nas horas de lazer

Utilizar a versão de curta do IPAQ (9 questões): para avaliar atividade física realizadano lazer, em trabalho em casa, no trabalho e durante deslocamentos

Realizar duas perguntas e utilizar o escore para classificar o nível de atividadefísica:

A) Quantas vezes na semana você, normalmente, realiza 20 minutos de atividadefísica vigorosa que faça você suar ou ofegar (por exemplo, correr, carregar volumespesados, cavar, aeróbica, andar de bicicleta rapidamente): a) 3 vezes/semana (4);b) 1-2 vezes/semanas (2); c) nenhuma (0);

B) Quantas vezes por semana você normalmente realiza atividade física moderadapor 30 minutos ou caminhada que aumente a frequência cardíaca ou a respiração(cortar a grama, carregar volumes leves, ciclismo em ritmo regular, tênis de duplas):a) 5 ou mais vezes/semana (4); b) 3-4 vezes/semana (2); c) 1-2 vezes/semana(1);d) nenhuma(0) ESCORE: > 4 atividade suficiente < 4 atividade insuficiente

Utilizar três perguntas para avaliar a atividade física de adultos:

1) Quantas vezes por semana você normalmente faz 20 minutos de atividade físicavigorosa que faça você suar ou ofegar (por exemplo, correr, carregar volumespesados, cavar, aeróbica, andar de bicicleta rapidamente): a) 3 vezes/semana; b)1-2 vezes/semanas; c) nenhuma

2) Quantas vezes por semana você normalmente caminha 30 minutos ou mais?(caminhar de um lugar para outro por exercício, lazer ou recreação): a) 5 ou maisvezes/semana; b) 3-4 vezes/semana; c) 1-2 vezes/semana; d) nenhuma

3) Quantas vezes por semana você normalmente realiza atividade física moderadaque aumente a sua frequência cardíaca ou respiratória? (por exemplo, carregarvolumes leves, andar de bicicleta): a) 5 ou mais vezes/semana; b) 3-4 vezes/semana;c) 1-2 vezes/semana; d) nenhuma

Quadro 2

Grau derecomendação

29,30(B)

30(B)

31(B)

22,28(B)

09

PROMOÇÃO DE ATIVIDADE FÍSICA EM IDOSOS

Indivíduos idosos são menos ativos e se beneficiam mais com as intervenções rela-cionadas à maior mobilidade por meio da prática de atividades físicas regulares. Isso é verdadeiro, considerando o seu maior risco cardiovascular, perdas funcionais e proble-mas de saúde mental (queda na autoestima, perda de memória), consequências diretas da falta de estímulo e inatividade. A in-serção de “Green Prescription” (orientação e prescrição de exercício de acordo com a faixa etária, condições de saúde, capacidade e atividades diárias), além de reforço por te-lefone e material escrito a cada mês, provou ser bastante eficaz em promover uma mu-dança nos hábitos de exercício de indivíduos com mais de 65 anos, aumentando a adesão à prática a atividade física e o gasto ener-gético, melhorando a qualidade de vida e di-minuindo o número de hospitalizações45(B).

A utilização de mecanismos que melhorem as capacidades do indivíduo e estimulem sua autossuficiência, somada à percepção de que o exercício físico contribui para tornar isso possível, traz um sentimento de bem--estar e autoconfiança, que gera, por parte deste indivíduo, adesão e comprometimento com as estratégias traçadas46(B)9(D).

A indicação de um programa de esporte recreativo (com variação da atividade rea-lizada em cada sessão) para indivíduos en-tre 55 e 65 anos, sugerindo atividades mais aeróbicas, estimula a prática de atividade física também como lazer, melhorando a capacidade aeróbica e a saúde geral do indivíduo47(B).

Os programas de atividade física realizados em casa parecem ter aderência superiores aos que são realizados em centros específi-cos, especialmente a longo prazo48(A). Essa pode ser uma estratégia importante para vencer a barreira, citada pelos indivíduos, da inexistência de locais públicos adequados para atividade física próximos à sua resi-dência.

PROMOÇÃO DA ATIVIDADE FÍSICA NA COMUNIDADE

As ações fortemente recomendadas no âm-bito de atuação da atenção primária nas comunidades, no que tange à promoção da atividade física, são49(D):

• Amplas campanhas de educação e aconselhamento direcionadas para a comunidade local, com utilização da mídia;

• Intervenções de apoio social localizadas nas comunidades, levando em conta as-pectos culturais;

• Prática de esportes nas escolas, durante e fora das aulas de educação física;

• Programas adaptados a cada indivíduo para a mudança de hábitos de saúde;

• Criação ou melhoria das instalações para a prática de atividade física com-binada com o desenvolvimento de ativi-dades de lazer informal;

• Segurança nos bairros e nos ambientes externos, tornando-os mais adequados e seguros9(D).

Entretanto, não existe evidência suficiente do aumento da prática de atividade física por meio de uma abordagem familiar de apoio à mudança de hábitos49(D). Também não há evidência suficiente para serem re-comendadas grandes campanhas publici-tárias de massa49(D). Quanto às atividades educativas durante as aulas nas escolas não existe evidência suficiente em relação à diminuição do tempo de lazer gasto com televisão e jogos de videogame, tanto em adolescentes quanto em crianças49(D).

AVALIAÇÃO DA MUDANÇA DE SEDENTÁRIO PARA FISICAMENTE ATIVO

Pode ser utilizado como critério para consi-derar o sucesso na mudança de hábitos de indivíduos adultos previamente sedentários, o fato deles se manterem ativos fisicamente por um período mínimo de seis meses10(D). O pedômetro pode ser utilizado para monitorar a evolução da caminhada, seja como prática esportiva, seja como meta para aumentar a atividade física diária (pela contagem do número de passos realizados). Esse tipo de instrumento serve como estímulo psicológi-co ao usuário, para que mantenha o progra-ma de atividade física proposto32,33(A).

RECOMENDAÇÕES PRINCIPAIS

Há uma variação muito grande entre os es-tudos quanto ao impacto das intervenções de mudanças de hábitos da atividade física no cenário da atenção primária à saúde, as-sim como evidência da importância e efici-ência de intervenções como orientações sis-temáticas nas consultas para manutenção em longo prazo desta mudança de hábito e, consequentemente, estilo de vida. Entre elas, indicar formas de superar as barreiras para a prática de exercícios, informar sobre os benefícios da prática continuada, forne-cer prescrição específica de exercício com metas, contar com outros profissionais no incentivo da mudança do hábito (por te-lefone, por folhetos e/ou pessoalmente) e utilizar instrumentos de monitoramento da evolução (pedômetro).

ANEXO 1

Orientação para usuários Atividade Física: como começar?

Por que eu devo praticar exercícios?

A prática de exercício físico previne as do-enças cardiovasculares, diabetes tipo 2, os-teoporose, obesidade e outros problemas de saúde. Aumentar a quantidade de atividade física praticada auxilia você a viver mais e com mais qualidade. Também é uma forma de queimar calorias e controlar o seu ape-tite.

Todos devem praticar exercícios?

A atividade física beneficia praticamen-te todas as pessoas. A maioria das pessoas pode iniciar gradualmente a praticar exer-cícios moderados. Se você pensa que pode

Quadro 3

Recomendações e evidências na intervenção de adultos sedentários paraaumentar o nível de atividade física

Grau de recomendação

32,33(A)

37,40(B)

34,35(B)

Intervenção

Utilização de instrumento de monitoramento da evolução dacaminhada (pedômetro ou podômetro) como incentivo

Aconselhamento do médico de família e comunidade com duraçãode 2-3 min (identificando a importância e a relevância do exercícioregular para cada sujeito; orientando sobre exercício moderado;abordando preocupações com lesões) associado à entrega de folhetode reforço (padronizado ou individualizado)

Treinamento específico dos médicos para aconselhar sobre atividadefísica (2-6 minutos na consulta, abordando a suplantação dasbarreiras, mudança de estágio de ação)

Intervenções que envolvem estratégias para a modificação dehábitos (definição de metas, automonitoramento, “transposição debarreiras”, orientação sobre assuntos relacionados à prática deexercícios, como aquecimento, formas de evitar lesões, etc) eenfatizam as atividades físicas moderadas

32(A)14(D)

ter alguma razão pela qual você não possa praticar exercícios de forma segura, procure o seu médico antes de iniciar um novo pro-grama de exercícios. O seu médico precisa saber se você tem pressão alta, problemas cardíacos, artrite, diabetes, sente-se tonto frequentemente ou tem dor no peito.

Que tipo de exercícios eu devo fazer?Exercícios que aumentam os batimentos cardíacos e usam grandes grupos muscu-lares (pernas e braços) são os preferenciais. Escolha uma atividade que lhe traga prazer e que você possa iniciar de forma gradual e aumentar de intensidade quando se sen-tir confortável realizando-a. A caminhada é uma boa escolha, assim como a dança, an-dar de bicicleta, jogar futebol e nadar. Você pode escolher diferentes atividades para realizar durante uma mesma semana. Uti-lizar as escadas no lugar do elevador, des-cer algumas paradas antes do seu destino e completá-lo caminhando, cuidar do jardim e brincar com os filhos ao ar livre são boas formas de começar a ser mais ativo.

Quanto eu devo me exercitar?Inicie exercitando-se três ou mais vezes por semana, por 20 minutos ou mais. Você deve aumentar gradativamente até a meta de realizar atividade física 5 ou mais vezes por semana, por pelo menos 30 minutos de intensidade moderada. Exercitar-se com um familiar ou um amigo pode ser estimulante para permanecer num programa de exercí-cios e torná-lo mais divertido e prazeroso.

Qual a intensidade que eu devo me exercitar?Você deve iniciar sempre com uma atividade num ritmo confortável e só deve aumentá-la quando estiver acostumado a executá-la. O seu médico ou um profissional de educação física pode auxiliá-lo a estabelecer metas de intensidade de acordo com os batimentos cardíacos.

Se tiver qualquer dúvida, procure informa-ções com o seu médico.

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AconteceAgenda

Espaço Para Viver Melhor já é uma realidade na Unimed-Rio

Márcia Rosa assume CREMERJ pela terceira vez

Ainda no segundo semestre de 2011, a Unimed-Rio abre as portas

do Espaço Para Viver Melhor, em Botafogo. O objetivo da cooperativa com esse projeto é promover o autocuidado e melhorar a qualidade de vida de seus clientes.

Desenvolvido em um modelo inédito no mercado de saúde complementar, o Espaço Para Viver Melhor (EPVM), receberá idosos e pacientes com doenças crônicas. O EPVM foi concebido a partir dos conceitos de prevenção de doenças e promoção da saúde e do autocuidado, bem como da melhoria da qualidade de vida dos clientes, e contará com seis diferentes espaços: Espaço de Convivência do Idoso; Espaço Cardiometabólico; Espaço de Reabilitação Postural;

No dia 1 de abril, assumiu a presidência do CREMERJ pela

terceira vez, a Conselheira Márcia Rosa de Araujo. Ela é Especialista em Cirurgia Plástica, responsável pela Câmara Técnica de Cirurgia Plástica do CREMERJ, Coordenadora da COMSSU - Comissão de Saúde Suplementar do CREMERJ, Membro Titular da Academia de Medicina do Rio de Janeiro, Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e Membro Titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões.

Em seu discurso de posse, a nova Presidente do Conselho fez questão de ressaltar a participação das mulheres na direção de seus caminhos, alçando à sua diretoria de 11 membros, cinco conselheiras.

AGOSTOIX Congresso da SOMERJData: 17 a 20Local: UNIG - Nova IguaçuInformações: (21) 2554-7000/ [email protected]

XVII Congresso Brasileiro de InfectologiaData: 24 e 28Local: Local: Brasília - DFInformações e Inscrições: http://www.infecto2011.com.br

SETEMBROCurso Preparatório para Obtenção de Título de Especialista EndovascularData: às sextas-feirasLocal: Auditório da sede da SBACV-RJ Praça Floriano, 55, 1201 – Cinelândia, Rio de JaneiroInformações: www.sbacvrj.com.brInscrições: [email protected]

21º Congresso Anual em Ultrassonografia MuscoesqueléticaData: 04 a 09 Local: Centro de Convenções do CBCInformações: http://www.jz.com.br/congressos/musoc/musoc.htm

66º Congresso Brasileiro de DermatologiaData: 03 a 06 Local: Florianópolis – SC Informações e Inscrições: Time Eventos Tel: (11) 2147-8157 ou por e-mail: [email protected]

OUTUBROII Congresso Brasileiro de Prevenção da Transmissâo Vertical do HIV Data: 01 a 03 Local: Av. Olimpio Rafagnin, 2357 – Parque Imperatriz – Foz do IguaçuInformações: Sociedade Brasileira de Microbiologia - http://www.sbmicrobiologia.org.br/26cbm/Index.htmlTel/fax: (11) 3813-9647 / (11) 3037-7095

26º Congresso Brasileiro de MicrobiologiaData: 02 a 06 Local: Tropical Tambaú Hotel - João Pessoa - PBInformações: Kerygma Eventos - [email protected] - (61) 3321-8313 / 3323-5724

Márcia aproveitou a oportunidade para convocar todos os médicos a se integrarem ao movimento Causa Médica, visando a uma medicina de alta qualidade para uma sociedade justa e solidária.

Espaço de Infusão de Medicamentos; Espaço Educação e Saúde e Espaço Gourmet. Todos os atendimentos feitos pela unidade serão indicados por médicos.

Fachada EPVM

Márcia Rosa de Araujo