Século xix no brasil a modernização da arte
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9º Ano SÉCULO XIX NO BRASIL:
A MODERNIZAÇÃO DA ARTE
Professora Elisa Herrera
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Em meados do séc. XIX o Brasil passou por
um período de crescimento econômico,
estabilidade social e incentivo às letras ,
ciência e arte por parte do imperador
dom Pedro II.
A arte, entretanto, ainda refletia a
influência da escola conservadora
europeia.
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•A pintura acadêmica no Brasil
Desse período destacam-se, na pintura, as
obras dos brasileiros Pedro Américo, Vítor
Meireles e Almeida Junior, que estudaram
na Academia Imperial de Belas Artes.
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Pedro Américo de Figueiredo e Melo (1843-1905) nasceu na Paraíba,
foi para o Rio de Janeiro em 1854 e frequentou a Academia. De 1859 a
1864 estudou na Escola de Belas Artes de Paris. Pintou temas bíblicos e
históricos, alegorias e figuras humanas.
Pedro Américo foi a Europa na época em que começavam as primeiras
manifestações impressionistas, mas se manteve fiel à Academia: sua
pintura refletia a tradição da pintura de idealizar a realidade. Como era
um excelente desenhista, fez também caricaturas, criação que depende
bastante da capacidade de observação do artista. Nelas exagera-se com
a intenção de humor alguma característica do retratado. Seu prestigio
nesse campo lhe permitiu participar, em 1870 e 1871, de uma revista de
caricaturas chamada A Comédia social.
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De sua obra destacam-se “Rabequista árabe”, é uma pintura muito conhecida pelos estudantes, esta obra se encontra no Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.Rabeca é um instrumento musical, seu nome foi usado por muito tempo para o que hoje chamamos violino.
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“Independência ou morte”-1888- de Pedro Américo7,60 x 4,14 m. Museu Paulista, São Paulo
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Pedro Américo e a caricatura
Esta imagem representa o escritor José de Alencar (à esquerda) e o diplomata Visconde do Rio Branco (à direita). Os dois estão com uma das mãos em um vespeiro; isso significa que, na época, certamente eles se envolveram em algum assunto delicado para o cenário político do pais.A expressão “por a mão em vespeiro” significa “envolver-se em situação perigosa ou delicada”.
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Retrato de Candido de Almeida
1888
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Pedro II fala ao trono
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Vitor Meireles de Lima (1832-1903), nasceu em
Santa Catarina e ainda muito jovem viajou para
o Rio de Janeiro onde se matriculou na
Academia. Visitou a França e a Itália e conheceu
melhor o trabalho dos pintores desses países.
Em Paris produziu sua obra mais famosa, A
primeira missa no Brasil, exibida com grande
sucesso no Salão de Paris.
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São João Batista no
cárcere, 1852Museu Nacional de
Belas Artes.
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A degolação de São João
Batista, 1855 Tela realizada em seu período como
bolsista da Academia na
Europa- Museu Victor Meirelles.
18Juramento da Princesa Regente, 1871 -Museu Imperial.
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Estudo para Panorama do Rio de Janeiro, c. 1885. Museu Nacional de Belas
Artes.
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O combate naval do Riachuelo, 1882-83Museu Histórico Nacional.
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Batalha de Guararapes, 1879 Museu Nacional de Belas Artes.
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José Ferraz de Almeida Junior (1850-1899).
Considerado o mais brasileiro dos pintores do séc. XIX,
nasceu no interior de São Paulo. Em 1869 começou a
frequentar a Academia, no Rio de Janeiro, onde foi aluno
de Vitor Meireles. Viveu em Paris entre 1876 e 1882. de
volta ao Brasil, fez uma exposição no Rio de Janeiro e
retornou a sua cidade natal, Itú, onde produziu obras que
ficaram famosas como Saudades. Nesse quadro os
elementos que representam a simplicidade das pessoas e
das casas como são: o chapéu pendurado perto da janela;
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A roupa da moça, as paredes e o piso da
casa. Os gestos da moça, com uma mão
segura papeis, talvez seja uma carta, que lê
atentamente, com a outra mão cobre o rosto
com um xale. Sua tristeza justifica o titulo do
quadro. Note-se ainda o jogo de luz utilizado
pelo artista, toda a claridade da cena parece
vir da janela da qual a moça está próxima.
Saudades, 1899- 1.97 x 1.01Pinacoteca do Estado de São Paulo
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Apóstolo São Paulo, 1869Igreja Matriz de
Nossa Senhora da Candelária,Itu
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O Derrubador Brasileiro, 1879
Museu Nacional de Belas
Artes, Rio de Janeiro
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Caipira Picando
Fumo, 1893
Pinacoteca do Estado de São
Paulo, São Paulo
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O Violeiro, 1899Pinacoteca do Estado, São Paulo
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Leitura, 1892Pinacoteca do Estado, São Paulo
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Fuga para o Egito, 1881Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro
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Amolação Interrompida
, 1894Pinacoteca do
Estado, São Paulo
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O academismo é superado
Belmiro Barbosa de Almeida
e Benedito Calixto
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Os artistas que frequentaram a Academia seguiram os
padrões trazidos pela Missão Artística Francesa: a beleza
perfeita é um conceito ideal; portanto não existe na
natureza . Assim, o artista não deve imitar a realidade,
mas tentar criar a beleza ideal por meio da imitação dos
clássicos, notadamente dos gregos, que mais se
aproximaram da perfeição criadora. Como as pinturas
originais gregas não foram encontradas, a referência de
perfeição artística é encontrada nas pinturas do
Renascimento, principalmente Rafael.
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Os artistas da Academia seguiam, então, rígidos princípios
para o desenho, o uso das cores e a escolha dos temas –
mitológicos, religiosos e históricos.
Entretanto, os artistas brasileiros da segunda metade do
século XIX começaram a tomar outras direções. Essa
tendência se acentuou no final do século, com a influência
dos artistas que foram à Europa e conheceram o
Impressionismo e o Pontilhismo.Tal mudança já aparece nas
obras de Belmiro de Almeida e Benedito Calixto, mais pode
ser vista mais claramente na obra de Eliseu Visconti.
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Belmiro Barbosa de Almeida (1858-1935)
Nasceu em Minas Gerais, também foi aluno da
Academia. Mais tarde foi estudar na Europa e foi
influenciado pelos pintores franceses. No
quadro Efeitos de sol podemos ver com clareza
essa influência.
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Observe nessa tela que não é possível ver com nitidez a paisagem e a moça que caminha . Pois toda a cena está tomada de sol. Concluímos então, que o artista conseguiu criar os efeitos de claridade como anuncia o título do quadro. Observe que ele representou a cena ao ar livre com efeitos da luz natural, evidentemente influenciado pela pintura impressionista.
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Benedito Calixto (1853-1927)Nasceu no litoral de São Paulo. Provavelmente começou
seus estudos artísticos como autodidata. Em 1883 viajou
para Paris, onde estudou desenho e pintura. No ano
seguinte, voltou ao Brasil e foi morar no litoral. É assim
que podemos observar que suas obras retratam a
paisagem litorânea das cidades de Santos e São Vicente
e outras pinturas urbanas – no caso da cidade de São
Paulo. Também pintou retratos e temas históricos.
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Inundação da Várzea do Carmo (1892)- 1,24 x 4 m –Museu Paulista de São Paulo – Benedito Calixto
39Cubatão, 1826 – Benedito Calixto
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Benedito Calixto -Proclamação da República, 1893
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•O Impressionismo chega ao Brasil:
Eliseu D´Ángelo Visconti (1866-1944) – são as
obras de Eliseu Viconti que definitivamente abrem
caminho da modernidade à arte brasileira. Foi
pintor, decorador e desenhista, ele não se
preocupa mais em seguir os renascentistas
italianos, busca sim, registrar os efeitos d luz solar
nos objetos e seres humanos que retrata em suas
telas.
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Nascido na Itália, veio para o Brasil com menos de 1 ano
de idade. Em 1884 matriculou-se no Liceu de Artes e
Ofícios e no ano seguinte, na Academia onde estudou
até 1889. em 1892 viajou para Paris onde estudou na
Escola de Belas Artes e o curso de Arte Decorativa na
Escola Guérin. Durante sua permanência na França teve
contato com a obra dos Impressionistas. A influencia que
recebeu deles foi tão forte que é considerado o maior
representante dessa tendência na pintura brasileira,
como vemos em seu quadro Roupa estendida.
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Voltou para o Brasil em 1900 e passou a realizar
diversos trabalhos: ensinou pintura histórica na
Escola Nacional de Belas Artes, criou imagens
para selos postais, pintou o pano de boca* do
Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
*na linguagem teatral de hoje, é a cortina que
separa a plateia do palco.
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Roupa estendida, Eliseu Visconti- 67 x 82 cmColeção Agnaldo de Oliveira
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PANO DE BOCA DO THEATRO MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO – “A INFLUÊNCIA DAS ARTES SOBRE A CIVILIZAÇÃO” – 1908 - ÓLEO SOBRE TELA DE LONA – 12 m x 16 m
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Moça no trigal- Eliseu Visconti ( 1866-1944 ). Óleo sobre tela, 65 x 80 cm
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A arquitetura reflete a riqueza:O Ecletismo
eArt Nouveau (Arte
Nova)
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No final do séc. XIX a arquitetura
brasileira passou por mudanças
surgindo duas tendências
europeias: o Ecletismo e o Art
Nouveau ou Arte Nova.
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O Ecletismo: reunia estilos do passado,
principalmente os de finalidade decorativa.
Assim, alguns arquitetos mesclavam, num
mesmo edifício elementos greco-romanos,
góticos, renascentistas e mouriscos (refere-
se a elementos ligados aos mouros, antigo
povo árabe que habitou o norte da África).
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As casas dos mais ricos passaram a ser
ornamentadas com estuque (mistura de pó de
mármore, cal fina, gesso e areia, técnica usada
para pintar paredes), também foi usado
platibandas (grandes vidraças e ferragens
importadas da França e da Bélgica). As cidades do
norte do país, ricas em borracha, desenvolveram
uma arquitetura requintada e de acordo com as
concepções ecléticas.
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Teatro Amazonas (Manaus) inaugurado em 1896, construído com estruturas metálicas, mármores e decorado com cristais importados.
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O Teatro Amazonas é um teatro brasileiro construído no centro de Manaus, capital do Amazonas, inaugurado em 1896, é a expressão mais significativa da riqueza da região durante o Ciclo da Borracha, advinda do látex da seringueira, produto altamente valorizado pelas indústrias europeias e americanas.
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Mercado de Belém do Pará
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Situado na região portuária de Belém, o mercado foi criado em 1688 com o nome de Ver o Peso.
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O Mercado de Belém do Pará e as construções em volta
dele, sofreram diversas modificações ao longo do tempo.
No final do séc. XIX as mudanças se acentuaram porque
teve inicio o comercio da borracha da Amazônia para
atender as necessidades da industria de pneus que
começaram a ser fabricados nos Estados Unidos e na
Europa. A riqueza promoveu novas mudanças na região: a
construção de um novo mercado com ferro trazido da
Inglaterra, construído conforme o estilo eclético.
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O Art Nouveau ou(Arte Nova), no final do séc. XIX o
Ecletismo foi superado pelo Art Nouveau, desenvolvido
nos Estados Unidos e boa parte da Europa. É um estilo
que valoriza os elementos ornamentais e caracteriza-se
pelo uso de linhas curvas, semelhantes às linhas das
formas vegetais. Em São Paulo existe um exemplo
significativo da arquitetura Art Nouveau: a Vila
Penteado. Em 1948 passou a abrigar a Faculdade de
Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo.
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A construção foi projetada pelo arquiteto sueco
Carlos Ekman para ser a residência do Conde
Álvares Penteado.
Esse estilo persistiu por algum tempo até ser
superado, entre os anos 1920 e 1950, pelo
movimento Modernista e pela industrialização e
modernização da vida urbana.
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A Confeitaria Colombo, localizada no centro, do Rio de Janeiro, fundada em 1894 pelos imigrantes portugueses Joaquim Borges de Meireles e Manuel José Lebrão, é hoje um dos pontos turísticos da cidade.
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Objetos decorativosjoias
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Linhas e formas vegetais na arte
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A fotografia chega ao Brasil