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SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE

PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE

2018 – 2021

OURO VERDE DO OESTE – PR

2017

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Prefeito de Ouro Verde do Oeste

Aldacir Domingos Pavan

Secretário Municipal de Saúde

Alexandre Janning

Diretor de Saúde e Vigilância

Amarildo Valentim Ribeiro

Chefe da Divisão de Farmácia e Medicamentos

Mônica de Oliveira Moura

Chefe da Divisão de Programas de Atendimento à Saúde

Aparecida da Costa Oliveira de Góes

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EQUIPE DE ELABORAÇÃO – SMS

Admilton Fristche Consalter – CMS

Alexandre Janning

Amarildo Valentim Ribeiro

Aparecida da Costa Oliveira de Góes

Graciele Karina Thomas

Ivete De Martini Valentim Ribeiro

Luiz Castro Alves Neto

Mônica de Oliveira Moura

Paula Hitomi Sakiyama

Raquel Wammes

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CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE DE OURO VERDE DO OESTE – PR

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ...................................................................................................... 8

INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 9

ORGANOGRAMA DA SECRETARIA DE SAÚDE ................................................... 10

1. ANÁLISE SITUACIONAL................................................................................... 11

1.1 ASPECTOS HISTÓRICOS .......................................................................... 11

1.2 ASPECTOS DEMOGRÁFICOS ................................................................... 13

1.3 ASPECTOS SÓCIO-ECONÔMICOS ........................................................... 17

1.4 ASPECTOS EDUCACIONAIS E DE INFRAESTRUTURA ........................... 24

1.5 ASPECTOS SÓCIO-ECONÔMICOS ........................................................... 32

1.5.1 Perfil Epidemiológico ................................................................................. 32

1.5.1.1 Descrição e análise do perfil da mortalidade geral, proporção por faixa

etária, sexo e grupos de causas mais frequentes .................................................. 32

1.5.1.2 Descrição e análise do perfil da mortalidade infantil e por causas

específicas ............................................................................................................. 34

1.5.1.3 Descrição e análise da mortalidade materna ......................................... 40

1.5.1.4 Taxa da população idosa internada por fratura no fêmur ...................... 40

1.5.1.5 Taxa da população idosa internada por fratura no fêmur ...................... 40

1.5.1.6 Agravos de notificação compulsória de maior incidência ...................... 43

1.5.2 Vigilância Sanitária .................................................................................... 49

1.5.2.1 Vigilância Sanitária de Alimentos ........................................................... 49

1.5.2.2 Programa Leite das Crianças - PLC ...................................................... 50

1.5.2.3 Vigilância Sanitária de Produtos ............................................................ 51

1.5.2.4 Vigilância Sanitária de Serviços ............................................................. 51

1.5.3 Organização da Vigilância Sanitária no município.................................. 51

1.5.3.1 Plano Municipal de Vigilância Sanitária – PMVS ................................... 56

1.5.3.2 Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Saúde – PGRSS ..... 56

1.5.4 Vigilância em Saúde Ambiental ................................................................ 57

1.5.4.1 Programa Estadual de Vigilância de Acidentes por Animais Peçonhentos

- SINAP 58

1.5.4.2 Posto de Informação de Triatomíneos – PIT ......................................... 60

1.5.5 Vigilância em Saúde do Trabalhador ........................................................ 61

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1.6 ATENÇÃO BÁSICA ...................................................................................... 64

1.6.1 Ações das equipes de ESF por programas de atenção .......................... 64

1.6.2 Programa Rede de Atenção Materno - Infantil ......................................... 65

1.6.3 Grupo Hiperdia ........................................................................................... 66

1.6.4 Programa Bolsa Família ............................................................................ 66

1.6.5 Programa Leite das Crianças .................................................................... 66

1.6.6 Programa Saúde na Escola (PSE)............................................................. 67

1.6.7 Saúde Mental .............................................................................................. 67

1.6.7.1 Tabelas: DAB - Atenção Básica - PSF – Saúde da Família – Atenção

Primária 69

1.6.8 Saúde Bucal ................................................................................................ 71

1.7 ATENÇÃO ESPECIALIZADA ....................................................................... 74

1.7.1 Referências da Rede Especializada.......................................................... 74

1.8 URGÊNCIA/EMERGÊNCIA E HOSPITALAR .............................................. 78

1.9 ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA ................................................................ 78

1.9.1 Funcionamento da central de medicamentos ......................................... 78

1.9.2 Recursos humanos da farmácia (infraestrutura)..................................... 79

1.9.3 Dados do último ano de consumo de medicamentos ............................. 80

1.10 ANALISE SITUACIONAL - DETERMINANTES E CONDICIONANTES ....... 82

1.10.1 Alimentação ......................................................................................... 82

1.10.2 Moradia ................................................................................................. 83

1.10.3 Trabalho e Renda ................................................................................. 84

1.10.4 Educação .............................................................................................. 84

1.10.5 Transporte ............................................................................................ 85

1.10.6 Lazer ..................................................................................................... 86

1.11 ANALISE SITUACIONAL – GESTÃO EM SAÚDE ....................................... 87

1.11.1 Descentralização/Regionalização ...................................................... 87

1.11.2 Financiamento e Investimento em saúde .......................................... 87

1.11.3 Participação do CMS e Ouvidoria no Controle Social ...................... 88

1.11.4 Gestão do trabalho em Saúde ............................................................ 89

1.11.5 Educação em Saúde ............................................................................ 90

1.11.6 Informação em Saúde – Sistemas ...................................................... 90

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1.12 INFRAESTRUTURA – REDE FÍSICA DE ATENDIMENTO EM SAÚDE ...... 92

1.12.1 Número de equipamentos existentes, em uso e disponíveis ao SUS

93

1.12.2 Tabela do SISPACTO com os indicadores e metas de 2017 ............ 93

2. DIRETRIZES, AÇÕES E METAS ....................................................................... 95

2.1 DIRETRIZ 01: QUALIFICAÇÃO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE ........ 95

2.2 DIRETRIZ 02: INTERNAMENTO POR CAUSAS SENSÍVEIS A ATENÇÃO

BÁSICA ................................................................................................................ 103

2.3 DIRETRIZ 03: FORTALECIMENTO DAS AÇÕES DE PROMOÇÃO DA

SAÚDE ................................................................................................................. 104

2.4 DIRETRIZ 04: FORTALECIMENTO DA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA

FARMACÊUTICA ................................................................................................. 106

2.5 DIRETRIZ 05: FORTALECIMENTO DA POLÍTICA DE VIGILÂNCIA EM

SAÚDE ................................................................................................................. 108

2.6 DIRETRIZ 06: OUVIDORIA COMO INSTRUMENTO DE GESTÃO E

CIDADANIA ......................................................................................................... 114

2.7 DIRETRIZ 07: FORTALECIMENTO DO CONTROLE SOCIAL DO SUS ... 115

2.8 DIRETRIZ 08: QUALIFICAÇÃO DA GESTÃO DO FINANCIAMENTO EM

SAÚDE ................................................................................................................. 116

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................... 118

LISTA DE SIGLAS .................................................................................................. 121

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APRESENTAÇÃO

O Plano Municipal de Saúde é o instrumento central de planejamento para

definição e implementação das prioridades no âmbito da saúde de cada esfera de

gestão do SUS, para o período de quatro anos. O Poder Público Municipal tem a

maior responsabilidade na saúde da população ouroverdense, e o Poder Público

Estadual e Federal são corresponsáveis em seus níveis de competência ou na

ausência da gestão municipal, porém não excluem o papel da família e comunidade

na promoção, prevenção e recuperação da saúde.

Sendo assim, o município passa a ser o primeiro responsável pelo

atendimento das necessidades e demandas da saúde, bem como das exigências de

intervenções saneadoras em seu território. A realidade objetiva do poder público nos

municípios brasileiros é muito diferenciada, caracterizando diferentes modelos de

organização, diversificação de atividades, disponibilidade de recursos e de

capacitação gerencial, o que necessariamente, configura modelos distintos de

gestão (SUS- Legislação 2001).

Gestão são as atividades e as responsabilidades de dirigir um sistema de

saúde, mediante o exercício de funções de coordenação, articulação, negociação,

planejamento, acompanhamento, controle, avaliação e auditoria. O plano municipal

de saúde deve apontar as necessidades da população e as medidas a serem

adotadas para alcançar e atender a estas necessidades, sempre amparadas aos

princípios e diretrizes do SUS, como universalidade, equidade, integralidade, inter e

intrasetoralidade, sempre voltadas à qualidade da atenção prestada e

esclarecimento aos usuários de seus direitos e deveres como cidadãos, sendo

necessário uma gestão participativa para alcançar os objetivos e metas traçadas.

A Secretaria Municipal de Saúde de Ouro Verde do Oeste apresenta o Plano

Municipal de Saúde 2018 – 2021, em conformidade com a Lei 8080/90, que

estabelece sua elaboração e atualização como prerrogativa às três esferas de

governo, na gestão do SUS – Sistema Único de Saúde. Mais do que um instrumento

básico e essencial para a gestão do sistema de saúde, ou mesmo, uma

condicionalidade imposta por Lei aos gestores, em todas as esferas, ele tem a

função de nortear o rumo das ações de saúde efetuadas pelos governos, agregando

os conceitos de saúde debatidos junto às instâncias regulamentares de saúde.

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9

O presente Plano de Saúde consolida e traduz as diretrizes políticas que, no

âmbito da Secretaria Municipal de Saúde de Ouro Verde do Oeste, visam colocar

em prática o Plano de Governo Municipal e a implantação de medidas que

fortaleçam o Sistema Único de Saúde – SUS no município, com vistas à

necessidade de articulação com os municípios vizinhos, com a Diretoria Regional de

Saúde e com a União para os próximos quatro anos. Este plano foi elaborado pela

equipe técnica da Secretaria de Saúde, Conselho Municipal de Saúde e

principalmente a comunidade com suas sugestões consolidadas na 10ª Conferência

Municipal de Saúde e o plano de governo, que contribuíram efetivamente para a

construção e elaboração deste, que deve ser, conforme prevê Portaria GM/MS nº

548/2001, o instrumento de referência à gestão municipal do SUS, criando com isso

possibilidades reais para novos e grandes avanços na qualidade de vida dos

munícipes.

INTRODUÇÃO

No Plano de Saúde estão contidas as diretrizes, objetivos, estimativa de

gastos e metas a serem atingidas, estratégias de ação e compromissos de governo

para o setor, com a participação dos segmentos sociais representados no Conselho

Municipal de Saúde de acordo com a perspectiva do Sistema Único de Saúde.

Para uma efetiva assistência à saúde da população, enfatizou-se um conjunto

de ações que levam à promoção a saúde e prevenção de doenças. Segundo a

Organização Mundial da Saúde (OMS) “saúde não é apenas a ausência de doença,

mas uma situação de perfeito bem - estar físico, mental e social”.

A promoção à saúde visa oferecer uma melhoria nas condições de vida da

população, objetivando o direito dos mesmos, levando em consideração os

princípios da concepção holística da equidade, da inter e intrasetoralidade, formando

assim uma estratégia de produção de saúde.

A assistência à saúde do cidadão é baseada na integralidade, que segundo o

Ministério da Saúde “é um conjunto articulado e contínuo de ações e serviços

preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigido para cada caso atenção em

todos os níveis de complexidade do sistema”.

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O município de Ouro Verde do Oeste, em busca da integralidade da

assistência na saúde, traça metas e diretrizes para sistematizar as ações da Rede

de Atenção Básica de Saúde. Através dessas metas e diretrizes o Plano de Saúde

visa padronizar e melhorar a saúde individual e coletiva, pois investir na prevenção,

promoção e recuperação da saúde, são fatores importantes para melhorar a

qualidade de vida da população.

ORGANOGRAMA DA SECRETARIA DE SAÚDE

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1. ANÁLISE SITUACIONAL

1.1 ASPECTOS HISTÓRICOS

Ouro Verde do Oeste é um município do estado do Paraná, Região Sul do

país. Pertence à Microrregião de Toledo e localiza-se a oeste da capital do estado,

distando desta, cerca de 582 km. A área do Município de 290,492 Km², sendo

28.931,20 ha área rural, área urbana 29.049,00 há.

Com um clima subtropical úmido, com temperatura média anual de 21,4ºC,

Ouro Verde do Oeste conta com uma população estimada para 2014 de 5.952

habitantes, com uma taxa de urbanização de 70,96%, apresentando um IDH em

2010 de 0,709.

Sua formação administrativa de origem se deu com a denominação de Ouro

Verde do Oeste, pela Lei Estadual n.º 5078, de 12 de março de 1965, subordinado

ao município de Toledo. Em divisão territorial datada de 31 de julho de 1968, o

distrito de Ouro Verde do Oeste, figura no município de Toledo, assim

permanecendo em divisão territorial datada de 1988.

Ouro Verde do Oeste surge como município do Estado do Paraná em 12 de

junho de 1989, desmembrado do município de Toledo, onde o governador Álvaro

Dias sanciona o Projeto de Lei n° 206/86, convertido na Lei nº 9.009.

Porém muito tempo antes desta data, Ouro Verde do Oeste já estava

formado, nasceu em 1960, quando bravos homens converteram o sonho de uma

vida melhor em ideal e buscaram novos horizontes, sem temer as dificuldades que

se impunham a eles das formas mais variadas: intempéries, animais selvagens,

cobras, insetos, etc.

Sua coragem atraiu outros que atraíram outros. A vila cresceu, foi elevada a

distrito, e por fim tornou-se município, tudo isso graças à persistência e união de seu

povo.

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Figura 1 – Mapa do Município, limites e localização.

Fonte: Prefeitura de Ouro Verde do Oeste. 2017.

Outro fator que foi levado em consideração na análise é a divisão territorial de

Ouro Verde do Oeste. Com base nos setores censitários do IBGE, na atual divisão

administrativa de Ouro Verde do Oeste, foram determinadas Regiões Geográficas

para que o levantamento de dados segue uma divisão coerente com o município e

com a disponibilização de dados secundários, onde serão apresentados os dados,

no mapa 2, está apresentado as divisões com as respectivas comunidades, e na

figura 2 a abrangência de forma geográfica destas áreas:

Quadro 1 – Limites, localização, divisões territoriais – linhas e distritos do município.

Fonte: Diagnóstico Social, 2014.

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Figura 2 – Mapa do município com as devidas divisões territoriais.

Fonte: Diagnóstico Social, 2014.

O município tem como principal via de acesso a PR 317 que interliga os

municípios de Toledo à Santa Helena, pertence à 20ª Regional de Saúde de Toledo,

composta por 18 municípios, sendo ligados aos municípios vizinhos por rodovias

estaduais asfaltadas e federais que interligam a capital do estado, as principais são

apresentadas no quadro 2.

Quadro 2 – Principais rodovias de acesso ao município de Ouro Verde do Oeste –

Pr.

RODOVIA MUNICIPIO DISTANCIA

PR -317 TOLEDO 18,00 KM

PR -317 SÃO JOSÉ DAS PALMEIRAS 22,00 KM

PR -585 SÃO PEDRO DO IGUAÇU 25,00 KM

BR – 277 e 373 CURITIBA - CAPITAL 555,00 KM Fonte: Prefeitura municipal de Ouro Verde do Oeste/ IBGE 2012.

1.2 ASPECTOS DEMOGRÁFICOS

O município de Ouro Verde do Oeste teve um crescimento populacional na

ordem de 4,57% em relação a 2012, sendo das etnias a raça branca o maior grupo

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com 60,71% dos habitantes, seguido da raça parda com 35,52% e afrodescendentes

com 3,12%. Quanto ao sexo há praticamente um equilíbrio entre homens e

mulheres, sendo em torno de 0,98% de homens a mais que o sexo feminino, a maior

parte da população está na faixa etária de 10 a 69 anos, dita economicamente ativa

e produtiva. Vale ressaltar que em torno de 75% desta população reside em área

urbana, o município possui um distrito (São Sebastião, uma Vila Rural e diversas

linhas que interliga a sede do município).

Tabela 1 – População total do município segundo tipo de domicilio e sexo – 2010.

Tabela 2 – População do município segundo Faixa etária e sexo.

Fonte: IPARDES.

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Tabela 3 – População do município segundo a cor.

Fonte: IBGE – Censo Demográfico.

Percebe-se que com a formação de grandes propriedades, antes distribuídas

para mais de um proprietário, e estes não conseguindo sustentar suas famílias

foram buscando novas oportunidades, o êxodo rural tornou-se uma forma destas

famílias buscarem novas maneiras de procurar trabalho e renda, deslocar para o

perímetro urbano foi uma delas, o Quadro 3, mostra o aglomerado da sede do

município ao longo dos anos.

Quadro 3 – Distribuição da população Urbana e Rural de Ouro Verde do Oeste –

(2010 – 2016).

Ano Urbana Rural Total

2010 68,90% 31,10% 5.692

2011 69,10% 30,90% 5.709

2012 69,30% 30,70% 5.726

2013 71.07% 28,93% 5.927

2014 71,30% 28,70% 5.952

2015 71,50% 28,50% 5.976

2016 Estimativa Estimativa 6.000 IBGE, Censos Demográficos, Prefeitura Municipal, 2017.

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Tabela 4 – Crescimento populacional do Município Ouro Verde do Oeste 2007 -

2016.

Anos População Taxa

Crescimento Populacional

2007 5.465 + 12,96%

2008 5.636 + 3,13 %

2009 5.648 + 0,21 %

2010 5.692 + 0,78 %

2011 5.709 + 0,30 %

2012 5.726 + 0,29 %

2014 5.952 + 3,95 %

2015 5.976 + 0,40 %

2016 6.000 + 0,40% Fonte: IBGE, Censos Demográficos.

Em recente pesquisa realizada constatou-se que fora a sede do município o

lugar de maior concentração de habitantes, é o distrito de São Sebastião que fica a

12 Km de distância do centro de Ouro Verde. Este distrito contém 12,9% dos

habitantes do município. Mesmo com a busca por melhores condições de vida a

esperança de vida ao nascer que era de 69,8 em 2000, subiu para 75,1 em 2014.

Gráfico 1 – População distribuída no município de acordo com seu local de

residência (Urbana e Rural).

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Quadro 4 – Esperança de vida ao nascer (2000 a 2014).

Variável – Esperança de vida ao nascer (Anos)

Unidade Territorial – Brasil

Ano 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

69,8 70,3 70,7 71,2 71,6 72,0 72,4 72,8 73,1 73,5 73,9 74,2 74,5 74,8 75,1

Fonte: IBGE, Projeção da População do Brasil, por Sexo e Idade, para o período 2000/2060.

Quadro 5 – Densidade demográfica – 2016.

Densidade Demográfica 20,46 Hab/km²

Fonte: IPARDES.

Nota: É calculada em função das populações do IBGE e das áreas territoriais calculadas pelo ITCG.

A densidade demográfica do município fica em torno de 20,46 habitantes por

quilometro quadrado, esta taxa altera pelo menos uma vez ao ano quando temos no

município uma das maiores festas da região, a festa do peão de boiadeiro,

geralmente ocorre entre os meses de abril e maio, com duração de quatro dias,

recebendo em torno de 15.000 (quinze mil) pessoas.

1.3 ASPECTOS SÓCIO-ECONÔMICOS

O município de Ouro Verde do Oeste é predominantemente agrícola. Dentre

as principais culturas destacam-se o soja, milho, mandioca, feijão, fumo, trigo, uva,

amendoim e pecuária com criação de bovinos, Suinocultura e Avicultura.

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Tabela 5 – Estabelecimentos agropecuários e área segundo as atividades

econômicas – 2006.

Tabela 6 – Estabelecimentos agropecuários e área segundo a condição do produtor

– 2006.

19

Tabela 7 – Área colhida, produção, rendimento médio e valor da produção agrícola –

2011.

Tabela 8 – Efetivo de Pecuária e Aves – 2015.

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Tabela 9 – Produção de origem animal – 2015.

Fonte: IBGE. Produção da pecuária municipal.

Tabela 10 – Taxa de atividade e de ocupação segundo a faixa etária – 2010.

Com base na Tabela 10, a taxa de atividade de trabalho na faixa etária de 10

a 14 anos fica em torno de 64,78%, configurando-se como trabalho infantil, como o

dado é de 2010, e naquela época havia muitas plantações de lavoura de fumo no

município e estas crianças podiam estar ajudando os pais na produção, só que foi

constatado conforme diagnostico social (2014) uma alteração dessa realidade, onde

em entrevistas com famílias constatou que 16,7% alegaram ter ajuda das crianças,

no entanto vale ressaltar que o trabalho referenciado seja as atividades domésticas.

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Tabela 11 – Número de estabelecimentos e empregos (RAIS) segundo as

Atividades Econômicas – 2015.

Quadro 6 – Renda Domiciliar Per Capita.

Ouro Verde do Oeste (2016) R$ 505,03

Paraná (2010) R$ 747,00

Região Sul (2009) R$ 778,00

Brasil (2010) R$ 668,00 Fonte: SIOPS – 2017.

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Tabela 12 – População ocupada segundo as atividades econômicas – 2010.

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Quadro 7 – Grupos Sociais Organizados do Município.

ENTIDADES DE CLASSE Sindicato dos produtores rurais; MOVIMENTOS POPULARES Pastoral da Criança. CLUBES DE SERVIÇO Alcoólicos Anônimos - AA; ASSOCIAÇÕES Associações de Clubes de Mães Equipes de Bocha da cidade e interior; Associação de moradores de São Sebastião CLUBES SOCIAIS Clube de Idosos; LAZER Cachoeira Nossa Senhora Aparecida SERVIÇOS PÚBLICOS Agência dos Correios e telégrafos; Biblioteca Pública Municipal; Junta de Serviço Militar; Postos de saúde (02); Delegacia de polícia e destacamento de polícia militar; Entreposto Banco do Brasil; SICREDI; Imprensa falada; Secretaria da Agricultura; Secretaria de Transportes; Secretaria da Educação; Secretaria da Saúde; Secretaria da Promoção Social; Secretaria de Desenvolvimento Regional; Associação comercial; CRAS CEMAF LAR das Meninas Centro de Educação Infantil RELIGIÕES Católica; Evangélica; Luterana; Assembleia de Deus; Igreja Batista; Adventista do 7 dia; Só Deus é Senhor; Igreja Quadrangular; Testemunhas de Jeová.

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1.4 ASPECTOS EDUCACIONAIS E DE INFRAESTRUTURA

A rede de ensino do município conta com um Centro de Educação Infantil –

Dedinho Verde, 02 escolas municipais uma na sede – Escola Municipal Padre

Arnaldo Janssen e uma no distrito de São Sebastião – Escola Municipal Romualdo

Peiter. Na rede Estadual de ensino o município conta com um Colégio Estadual na

sede – Ouro Verde, um colégio Estadual no Distrito de São Sebastião.

Quadro 8 – Relação de Turmas da Educação Infantil, Ensino Fundamental, EJA,

ETC.

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Continuação Quadro 8

Atualmente estão matriculados na rede de ensino municipal quinhentos e

quarenta e sete alunos, distribuídos conforme Quadro 8 acima, a Creche do

município – Dedinho verde atende em torno de 141 crianças distribuídas em período

integral conforme quadro 2 abaixo, sendo que a taxa de analfabetismo acima de 15

anos em 2010, estava em 10,03, bem além dos 6,28 do Estado no mesmo período.

26

Quadro 9 – Distribuição de matriculas na Creche e Rede de Ensino do Município de

Ouro Verde do Oeste.

Fonte: SEED/SUDE – 2017.

No ano de 2017 a rede estadual de ensino do município teve redução no

número de alunos matriculados, dos 976 alunos em 2016, para 568 em 2017, não

ficou claro esta diminuição tão exacerbada, contudo o índice de desenvolvimento da

educação básica na rede estadual está em processo lento de crescimento mais com

indicadores positivos de 3,9 em 2005, para 4,5 em 2013, conforme mostra o Quadro

11, em 2015 este indicador subiu para 6,1 conforme Quadro 12.

Quadro 10 – Totais de Turmas e Matrículas da Rede Estadual de Ensino do

Município de Ouro Verde do Oeste.

Atividade Quantidade de

turmas Quantidade de

matriculas

Ensino Fundamental 16 352

Ensino Médio 07 196

Atendimento Educacional Especializado 04 20

Total 27 568

Atividades complementares 03 56 Fonte: SEED/SUDE – 2017.

Quadro 11 – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – Rede Estadual de

Ouro Verde do Oeste – Pr.

Fonte: IDEB/2017.

27

Quadro 12 – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) – 2015.

O rendimento escolar na rede estadual obteve em 2015, aprovação maior que

o do Estado do Paraná, onde o ensino fundamental e médio obteve uma média de

aprovação na ordem de 86,15%, acima dos 82,15% do estado do Paraná. No item

reprovação ficamos abaixo dos indicadores estaduais com uma média de 7,15% e o

estado 11,80%. Contudo no item abandono das salas de aula o ensino fundamental

ficou abaixo do estado com 0,5% contra os 3,20% do estado, mas o ensino médio

tivemos indicadores bem acima dos níveis do estado 12,9% contra 8,9%, este fato

se deve pela maior idade dos alunos e sua inserção no mercado de trabalho

deixando o estudo para um segundo plano conforme quadro 6 abaixo.

Quadro 13 – Rendimento Escolar – Rede Estadual, indicadores (Aprovação,

Reprovação e Abandono) – 2015.

Fonte: SERE/ABC.

A taxa de analfabetismo é mais acentuada de 50 anos e mais, em torno de

24,90%, também em pessoas na faixa de 15 anos ou mais o indicador também é

alto, na ordem de 10,03%.

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Tabela 13 – Taxa de Analfabetismo segundo faixa etária – 2010.

O rendimento escolar da rede estadual de ensino de 2015, apresentou uma

maior taxa de reprovação na ordem de 8,36% contra 5,22% de 2014 para o ensino

fundamental 9 anos, e o ensino médio regular teve um aumento de 6,36% dos

3,26% de 2014, a taxa de distorção dos alunos do ensino fundamental foi na ordem

de 18,66% e no ensino médio 22,27%. Alunos em salas de aula fora da faixa de

idade colabora para a diferença de idade e consequentemente o abandono do

colégio.

Quadro 14 – Rendimento Escolar – Rede Estadual – 2014.

29

Quadro 15 – Rendimento Escolar – Rede Estadual – 2015.

Quadro 16 – Taxa de Distorção Idade / Série – 2015.

Fonte: SERE / ABC

30

Tabela 14 – Índice de Desenvolvimento Humano e Renda– IDHM – 2010.

Fonte: IPARDES.

O município conta com 02 poços artesianos na sede do município constituído

de um sistema elevatório e duas caixas de água no centro da sede, constituindo

1807 residências atendidas pelo sistema SANEPAR, o município não possui sistema

de tratamento de esgoto, é utilizado fossa séptica e sumidouros para destino dos

esgotos domésticos.

Tabela 15 – Abastecimento de Água Segundo as Categorias – 2016.

31

A distribuição de energia elétrica é realizada pela COPEL, no município há

uma usina hidrelétrica de pequena capacidade que serve como reserva em casos de

falta de energia da central de abastecimento, em 2015 o município contava com

2.262 consumidores.

Quadro 17 – Consumo de energia elétrica e número de consumidores do município

– 2015.

Fonte: IPARDES.

A coleta de lixo foi aprimorada com a compra de um caminhão especial para

coleta, sendo que a mesma é realizada três vezes por semana, e dois dias ficam

reservados a coleta de resíduos recicláveis. Resíduos de poda e capina é realizado

a parte. O distrito de São Sebastião também é atendido pela coleta, ficando de fora

somente as linhas (área rural do município).

Tabela 16 – Regiões municipais atendidas e não atendidas pela coleta de lixo.

Fonte: Diagnóstico Social – 2014.

32

Tabela 17 – Região municipal com resíduos coletados, enterrados e queimados.

Fonte: Diagnóstico Social – 2014.

1.5 ASPECTOS SÓCIO-ECONÔMICOS

1.5.1 Perfil Epidemiológico

1.5.1.1 Descrição e análise do perfil da mortalidade geral, proporção por faixa

etária, sexo e grupos de causas mais frequentes

Nos últimos cinco anos foram registrados 205 óbitos no município de Ouro

Verde do Oeste.

Gráfico 2 – Quanto às faixas etárias.

6 2

32

159

3,01 1 16

79,89

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

< 1 ano 05 -14 anos 15-49 anos 50 anos e +

Faixas etárias

Total

%

33

Gráfico 3 – Quanto ao sexo.

Foram 128 óbitos do sexo masculino, correspondente a 64,4% das mortes, e

77 óbitos do sexo feminino, correlativo a 37,5% dos óbitos.

Gráfico 4 – As causas mais frequentes de mortalidade.

65

29 31,7

14,1

0

10

20

30

40

50

60

70

Doenças do aparelho circulatório

Doenças do aparelho respiratório

Sexo

Total

%

65

29 28 31,7

14,1 13,6

0

10

20

30

40

50

60

70

Doenças do aparelho circulatório

Doenças do aparelho respiratório

Neoplasias (tumores)

Fonte: DATA SUS

Causas mais frequentes de mortalidade

Total

%

34

Gráfico 5 – Grupos de causas mais frequentes.

1.5.1.2 Descrição e análise do perfil da mortalidade infantil e por causas

específicas

Foram registrados nos últimos cinco anos um total de 6 óbitos infantis, sendo

a taxa de prevalência destes últimos cinco anos de 15,9%.

Gráfico 6 – Óbitos infantis.

24

14 11 11,7

6,82 5,36

0

5

10

15

20

25

30

Infarto Agudo do Miocárdio

Pneumonia por microorganismos não

especificada

Insuficiência cardíaca

Grupos de causas mais frequentes

Total

%

6

15,9

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

Óbitos infantis

Óbitos infantis

Total

%

35

A faixa etária prevalente das mães foi de 30 à 39 anos, correspondendo a

50%.

Gráfico 7 – Faixa etária das mães.

A maioria das mães, 66,6%, possui Ensino Médio completo.

Gráfico 8 – Escolaridade das mães.

1 1 3

1

16,6 16,6

50

16,6

0

10

20

30

40

50

60

15-19 20-29 30-39 40-49

Faixa etária das mães

Total

%

1 4

1

16,6

66,6

16,6

0

10

20

30

40

50

60

70

Fundamental II (5ª a 8ª)

Médio (antigo 2ª grau)

Superior completo

Escolaridade das mães

Total

%

36

A raça/cor das mães prevalente foi a raça Branca com 83,3%.

Gráfico 9 – Raça prevalente das mães.

A ocupação da maioria das mães era "operador de linha de produção",

correspondendo a 66,6%.

Gráfico 10 – Ocupação da mãe.

Referente as semanas de gestação, foi observado que 66,6% das gestantes

tinham menos que 22 semanas de gestação no momento do parto.

5 1

83,33

16,6

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

Branca Parda

Raça prevalente das mães

Total

%

1 4

1

16,6

66,6

16,6

0

10

20

30

40

50

60

70

Assistente Admnistrativo

Alimentador de linha de produção

Dona de casa

Ocupação da mãe

Total

%

37

Gráfico 11 – Semanas de gestação.

O de maior prevalência foi de 101g a 500g correspondendo 50% do total das

crianças que foram a óbito.

Gráfico 12 – Sobre o peso ao nascer.

A "doença da membrana hialina" foi a causa determinante mais frequente

destes óbitos, correspondendo a 33,3%.

4 1 1

66,6

16,6 16,6

0

10

20

30

40

50

60

70

Menos de 22 32 a 36 Não informado

Semanas de gestação

Total

%

3 2 1

50

33,3

16,6

0

10

20

30

40

50

60

101g a 500g 501 a < 1Kg 2,5 Kg a 2,9 Kg

Peso ao nascer

Total

%

38

Gráfico 13 – Causas determinantes do óbito.

A faixa etária dos óbitos prevaleceu em "menor que 1 hora de vida" com

66,6% dos casos.

Gráfico 14 – Faixa etária dos óbitos.

A principal causa de óbito por este grupo foi "desconforto respiratório do

recém-nascido" correspondendo a 33,3%.

1 1 2 1 1

16,6 16,6

33,3

16,6 16,6

0

5

10

15

20

25

30

35

Prematuridade Hipóxia intra-uterina

Doença da membrana

hialina

Infecções espec. período

perinatal

Demais causas perinatais

Causas determinantes do óbito

Total

%

4 1 1

66,6

16,6 16,6

0

10

20

30

40

50

60

70

< 1 Hora 01 - 06 Dias 25 Dias - <1ano

Faixa etária dos óbitos

Total

%

39

Gráfico 15 – Principal causa de óbito.

100% dos óbitos ocorreram dentro de unidades hospitalares.

Gráfico 16 – Local do óbito.

1 1 1 2 1

16,6 16,6 16,6

33,3

16,6

0

5

10

15

20

25

30

35

Feto e recém-nascido afetados por afecções maternas,

não obrigatoriamente

relacionadas com a gravidez atual

Transtornos relacionados com a gestação de curta

duração e peso baixo ao nascer

NCOP

Hipóxia intra-uterina Desconforto respiratório do recém - nascido

Septicemia bacteriana do recém-nascido

Principal causa de óbito

Total

%

40

1.5.1.3 Descrição e análise da mortalidade materna

Nos últimos cinco anos o município não teve registros de mortalidade

materna. Considera-se que o município teve um avanço, já que no ano de 2011 foi

registrado 1 óbito desta categoria.

1.5.1.4 Taxa da população idosa internada por fratura no fêmur

Nos últimos cinco anos em nosso município tivemos um total de 3 idosos

internados por fratura no fêmur.

Gráfico 17 – Internações por fratura no fêmur em idosos.

1.5.1.5 Taxa da população idosa internada por fratura no fêmur

O setor de Vigilância Epidemiológica é alocado na Unidade de Saúde do

município e conta com uma Enfermeira responsável e duas técnicas de

enfermagem.

O serviço de vigilância epidemiológica tem, como intenção, prover orientação

técnica constante para os responsáveis pela decisão e execução de ações de

controle de doenças e agravos.

0

1 1

0

1

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

1,2

2012 2013 2014 2015 2016

Internações por fratura no fêmur em idosos

Internações por fratura no fêmur em idosos

Fonte: DATA SUS

41

Conceito de vigilância epidemiológica, segundo a Lei 8.080: “conjunto de

ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer

mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou

coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e

controle das doenças ou agravos”.

O município de Ouro Verde do Oeste dispõe de uma sala de vacinação anexa

ao Centro de Saúde. São ofertadas todas as vacinas disponibilizadas no calendário

nacional de vacinação que o Ministério da Saúde oferece.

Todo cidadão atendido tem o registro de suas vacinas no SI-PNI Desktop e

registro diário. Para as crianças de zero a quatro anos o registro é mais criterioso,

além do sistema SI-PNI Desktop o controle é também feito no cartão espelho, pela

facilidade da busca ativa das crianças faltosas.

Em 2016 foi adquirido o refrigerador de 280 litros específico para vacinas,

com capacidade para armazenar 12.500 doses, mantendo a temperatura de +2 à

+8ºC, possui alarme que dispara caso a temperatura não esteja entre as citada.

Quadro 18 – Coberturas vacinais dos últimos 4 anos.

Cobertura Vacinal no ano de 2013

Coberturas Vacinais em menores de 1 ano de idade por tipo de vacinas

Município

População

BCG

Meningocócica Conjugada C

Penta(DTP/Hib/HB)

Pneumocócica

Poliomielite Rotavírus Humano

Febre Amarela

Dose

Cobertura

Dose

Cobertura

Dose

Cobertura

Dose

Cobertura

Dose

Cobertura

Dose

Cobertura

Dose

Cobertura

411745 - OURO VERDE DO OESTE

73 72 98,63 80 109,59 77 105,48 78 106,85 77 105,48 77 105,48 70 95,89

TOTAL

73 72 98,63 80 109,59 77 105,48 78 106,85 77 105,48 77 105,48 70 95,89

42

Cobertura Vacinal no ano de 2014

Coberturas Vacinais em menores de 1 ano de idade por tipo de vacinas

Município

População

BCG

Meningocócica Conjugada C

Penta(DTP/Hib/HB)

Pneumocócica

Poliomielite

Rotavírus Humano

Febre Amarela

Dose

Cobertura

Dose

Cobertura

Dose

Cobertura

Dose

Cobertura

Dose

Cobertura

Dose

Cobertura

Dose

Cobertura

411745 - OURO VERDE DO OESTE

82 64 78,05 79 96,34 73 89,02 72 87,80 72 87,80 74 90,24 76 92,68

TOTAL

82 64 78,05 79 96,34 73 89,02 72 87,80 72 87,80 74 90,24 76 92,68

Cobertura Vacinal no ano de 2015

Cobertura Vacinal no ano de 2016

43

1.5.1.6 Agravos de notificação compulsória de maior incidência

Os agravos de notificação compulsória, são doenças que tem que ser

obrigatoriamente comunicadas e notificadas aos órgãos responsáveis para

notificação e investigação.

Agravos de maior incidência em Ouro Verde do Oeste dos anos de 2012 à

2016.

O atendimento Anti-Rábico encontra-se no agravo de maior incidência em

nosso município, perfazendo nestes últimos cinco anos um total de 270 casos

notificados. A grande quantidade de casos deve-se ao fato de existirem muitos cães

de rua no município.

Gráfico 18 – Atendimentos Anti – Rábico.

Em seguida aparecem os casos de Violência doméstica e/ou outras violências

com 73 casos neste período.

66 52 57 55

40

270

0

50

100

150

200

250

300

2012 2013 2014 2015 2016 Total

Atendimento Anti- Rábico

Nº Absoluto de casos

Fonte: Sinan Net

44

Gráfico 19 – Violências.

Para o terceiro lugar aparecem os casos de dengue, nos últimos cinco anos

foram registrados 52 casos Autóctones e 18 Importados.

Os casos de dengue ganharam destaque, principalmente no ano de 2016 em

que o município teve surto da doença.

Gráfico 20 – Casos de Dengue (2012 a 2016).

66 52 57 55

40

270

0

50

100

150

200

250

300

2012 2013 2014 2015 2016 Total

Violência doméstica e/ou outras violências

Nº Absoluto de casos

Fonte: Sinan Net

0

5 1

6

58

0

10

20

30

40

50

60

70

2012 2013 2014 2015 2016

Dengue

Nº absoluto

Fonte: Sinan Online

45

Os acidentes por animais peçonhentos têm a quarta maior incidência dentre

os agravos.

Gráfico 21 – Acidentes por animal peçonhentos.

Gráfico 22 – Intoxicação exógena.

2 7 8

10 8

35

0

5

10

15

20

25

30

35

40

2012 2013 2014 2015 2016 Total

Acidente por animal peçonhento

Nº absoluto

3 4 5

7 5

24

0

5

10

15

20

25

30

2012 2013 2014 2015 2016 Total

Intoxicação exógena

Nº Absoluto

46

Gráfico 23 – Número de casos de Hepatites Virais com confirmação

laboratorial.

Os casos de Meningite, em sua maioria são notificados em outros municípios,

pelo fato de Ouro Verde do Oeste não possuir Hospital, não sendo possível desta

forma a realização de exames para este agravo, porém o município recebe as

notificações, tendo o conhecimento do caso.

Gráfico 24 – Casos de Meningite.

3

6 5

4

1

19

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

2012 2013 2014 2015 2016 Total

Hepatites Virais

Nº absoluto

1 2 1

5

1

10

0

2

4

6

8

10

12

2012 2013 2014 2015 2016 Total

Meningite

Nº absoluto

47

Para os casos de Sífilis Adquirida foram notificados 9 casos em cinco anos.

Sabe-se que existem as subnotificações, motivo relevante para o pouco número dos

casos registrados.

Gráfico 25 – Sífilis Adquirida.

A tuberculose (TB) é uma doença infecciosa e transmissível que afeta

prioritariamente os pulmões. Anualmente, são notificados cerca de 10 milhões de

novos casos em todo o mundo, levando mais de um milhão de pessoas a óbito.

(FONTE MS). Em nosso município foram registrados neste período um total de 7

casos deste agravo.

1

3

5

9

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

2012 2013 2014 2015 2016 Total

Sífilis Adquirida

Nº absoluto

48

Gráfico 26 – Casos de Tuberculose.

Foram registrados 6 casos de HIV-AIDS. É preciso levar em conta que o

Sinan Net ainda não possui a ficha apenas de HIV, desta forma, se o mesmo

paciente têm AIDS diagnosticada é obrigatória a notificação de outra ficha. Sendo

assim é comum termos fichas dos dois agravos para o mesmo paciente.

Gráfico 27 - Casos de HIV – AIDS.

2 2

1 1 1

7

0

1

2

3

4

5

6

7

8

2012 2013 2014 2015 2016 Total

Tuberculose

Nº absoluto

0 0

2

1

3

6

0

1

2

3

4

5

6

7

2012 2013 2014 2015 2016 Total

HIV-AIDS

Nº absoluto

49

Gráfico 28 – Sífilis em gestante.

Todos os casos identificados foram adequadamente tratados, evitando desta

forma a Sífilis Congênita.

1.5.2 Vigilância Sanitária

As ações de Vigilância Sanitária (VISA) devem promover e proteger a saúde

da população, com ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e

intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e da

circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde. No Brasil, a

ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) é responsável por criar normas e

regulamentos e dar suporte para todas as atividades da área no País tendo uma

interlocução com as VISAs municipais na execução de procedimentos de controle e

fiscalização.

1.5.2.1 Vigilância Sanitária de Alimentos

O objetivo é garantir a qualidade dos serviços de alimentos. As ações da

divisão são válidas para todos os tipos de alimentos, matérias-primas, coadjuvantes

0

2 2

0 1

5

0

1

2

3

4

5

6

2012 2013 2014 2015 2016 Total

Sífilis em gestante

Nº absoluto

50

de tecnologia, processos tecnológicos, aditivos, embalagens, equipamentos,

utensílios e também aos aspectos nutricionais. A fiscalização e inspeção dos

serviços fica a cargo das Secretarias Municipais de Saúde e pode ser

complementado pela VISA Estadual.

1.5.2.2 Programa Leite das Crianças - PLC

O Programa Leite das Crianças - PLC, tem por objetivo auxiliar o combate à

desnutrição infantil, por meio da distribuição gratuita e diária de um litro de leite às

crianças de 06 a 36 meses, no total de 120 crianças, pertencentes a famílias cuja

renda per capta não ultrapassa meio salário mínimo regional, além do fomento à

agricultura familiar a inovação dos meios de produção e a fixação do homem no

campo, a Vigilância Sanitária realiza a coleta de dois (02) litros de leite

semanalmente, este leite é encaminhado ao laboratório de referência onde verifica

se o leite fornecido atende o teor mínimo de gordura de 3% e enriquecido com Ferro

e Zinco Quelatos e Vitaminas A e D, se o leite apresenta estes suprimentos o

laticínio está cumprindo o pactuado com o Programa, Em 2014 a coleta foi

distribuída a outros municípios já que o laticínio é o mesmo, voltando agora em 2017

com seis coletas realizadas entre junho e julho, conforme Gráfico 29.

Gráfico 29 – Leite coletado e entregue no laboratório.

Fonte: VISA/2017.

56 54

32 28

12

56 54

32 28

12

0 0 0 0 0 0

10

20

30

40

50

60

2012 2013 2014 2015 2016

Leite coletado e entregue no laboratório mediante - TAA

Coletas Entregas no laboratório leite com problemas

51

1.5.2.3 Vigilância Sanitária de Produtos

Controlar, monitorar, fiscalizar e regulamentar a produção, distribuição,

transporte e comercialização de medicamentos, correlatos, saneantes

domissanitários, cosméticos, produtos de higiene, perfumes e agrotóxicos,

coordenando as ações de Vigilância Sanitária e Farmacovigilância.

1.5.2.4 Vigilância Sanitária de Serviços

Uma das principais atividades da vigilância é a fiscalização de hospitais,

laboratórios, bancos de sangue e clínicas médicas, estéticas e odontológicos,

visando a qualidade dos serviços prestados. Estes lugares devem estar sempre

higienizados, pois tem um risco maior de transmissão de doenças e infecções.

1.5.3 Organização da Vigilância Sanitária no município

Com a crescente demanda de alimentos fornecidos a população e

necessitando uma proximidade maior entre os comerciantes e sociedade civil onde

as ações de vigilância sanitária era executada pelo Estado, e como essas ações são

um princípio do SUS (Sistema Único de Saúde), viu-se a necessidade de

municipalizar a mesma, com a municipalização houve a contratação de profissionais

de nível superior e nível médio constituindo equipes de VISA. Foram necessários

aquisição de equipamentos (quadro 20), essenciais para o desenvolvimento dos

trabalhos no município, que pertence ao elenco I.

A VISA foi criada pela Lei Municipal nº. 0024 de 16 de Novembro de 1990.

Onde foram contratados profissionais de nível médio e nível superior (conforme

tabela).

O setor de vigilância deste município exerce as atividades de Vigilância

Sanitária, Vigilância Ambiental, Saúde do Trabalhador, Zoonoses, Abatedouro e

Aterro Sanitário.

52

A Vigilância Sanitária possui uma sala de 55 metros quadrados, localizada

dentro do Centro Municipal de Saúde, localizado a Rua Colômbia nº 221- centro,

município de Ouro Verde do Oeste – Pr, CEP: 85 933 000, Fone: 045 3251 8030.

Quadro 19 – Recursos humanos da VISA em 2017.

Função Carga horária da VISA Tempo de atividade na VISA

Diretor do Depto. de Saúde e VISA

8 horas 27 anos

Veterinária 4 horas 27 anos

Chefe da VISA 8 horas 06 anos Obs. O chefe da VISA fica sediado exclusivamente ao abatedouro municipal.

Gráfico 30 – Procedimentos da VISA executados (2014 a 2017), quanto a

Inspeções nos estabelecimentos e cadastros dos mesmos na VISA.

Fonte: SIA/SUS/PAB/2017.

Os dados que chegam a VISA oscilam bastante dependendo da época do ano

ou do acesso da população a informações, somando todas as ações do setor em

2014 efetuou-se 851 inspeções, 2015 foi 764, em 2016 foi 671 e até maio de 2017

realizou-se 270 inspeções, quanto ao cadastramento dos estabelecimentos, 2014 foi

74 cadastros, 2015 foi 90, 2016 foram108, e até maio de 2017 foram 112 cadastros,

0

100

200

300

400

500

600

700

800

900

2014 2015 2016 2017

Inspeções

Cadastros

Reclamaçao

53

quanto as reclamações no setor em 2014 foram 23, em 2015 foram 28 e 2016 foram

40 e até maio de 2017 foram 14 reclamações.

As denúncias e reclamações as quais devido ao número de funcionários do

setor serem poucos, há um atendimento conforme prioridade e disponibilização de

tempo, tendo uma média de resolutividade na ordem de 90%, nota-se um aumento

do número de solicitações, este fato se deve pela forma como a população está

sendo melhor orientada e a aproximação desta com o poder público.

Quanto as palestras e procedimentos de informação a população a VISA

desenvolve os mais variados temas entre as vigilâncias sanitária, ambiental, saúde

do trabalhador e zoonoses, sendo que conforme Gráfico 31 foram realizadas em

2014 em torno de 32 palestras para a população e 01 para o setor regulado, em

2015 foram 32 para a população e 12 para o setor regulado, em 2016 foram

realizadas 33 palestras para a população e 05 para o setor regulado, em 2017 até

maio foram realizadas 08 palestras para a população e 02 para o setor da saúde

(regulado).

Gráfico 31 – Palestras realizadas a população e aos profissionais de saúde

(regulado).

Fonte: SIA/SUS/PAB/2017.

0

5

10

15

20

25

30

35

2014 2015 2016 2017

População

Setor regulado

54

Quadro 20 – Equipamentos das Vigilâncias (Sanitária, Ambiental, Saúde do

Trabalhador).

ANEXO 2 - Estrutura da Vigilância Sanitária

[01] REGIONAL DE SAÚDE: [02] MUNICÍPIO: Ouro Verde do Oeste

Equipamento/Estrutura Possui Quantidade

Exclusividade

Veículo (x) Sim ( ) Não (x) próprio da VISA ( ) compartilhado SMS

Telefone (x) Sim ( ) Não ( ) próprio da VISA (x) compartilhado SMS

Fax (x) Sim ( ) Não ( ) próprio da VISA (x) compartilhado SMS

Computador (x) Sim ( ) Não (x) próprio da VISA ( ) compartilhado SMS

Impressora (x) Sim ( ) Não (x) próprio da VISA ( ) compartilhado SMS

Termômetro de ambiente (x) Sim ( ) Não (x) próprio da VISA ( ) compartilhado SMS

Termômetro de inserção (x) Sim ( ) Não (x) próprio da VISA ( ) compartilhado SMS

Dosador de Cloro DPD (x) Sim ( ) Não (x) próprio da VISA ( ) compartilhado SMS

Dosador de Fluor ( ) Sim (x) Não ( ) próprio da VISA ( ) compartilhado SMS

Máquina fotográfica (x) Sim ( ) Não (x) próprio da VISA ( ) compartilhado SMS

Filmadora ( ) Sim (x) Não ( ) próprio da VISA ( ) compartilhado SMS

Retroprojetor (x) Sim ( ) Não (x) próprio da VISA ( ) compartilhado SMS

Datashow (x) Sim ( ) Não ( ) próprio da VISA (x) compartilhado SMS

Projetor de Slides (x) Sim ( ) Não ( ) próprio da VISA (x) compartilhado SMS

Geladeira (x) Sim ( ) Não (x) próprio da VISA ( ) compartilhado SMS

Congelador (x) Sim ( ) Não (x) próprio da VISA ( ) compartilhado SMS

Medidor de Radiação ionizante ( ) Sim (x) Não ( ) próprio da VISA ( ) compartilhado SMS

Dosímetro Radiação Ionizante ( ) Sim (x) Não ( ) próprio da VISA ( ) compartilhado SMS

Sistema de arquivos para registro e guarda dos processos dos estabelecimentos

(x) Sim ( ) Não

(x) próprio da VISA ( ) compartilhado SMS

Sistema informatizado para liberação de licença Sanitária e cadastro de estabelecimentos

(x) Sim ( ) Não

( ) próprio da VISA (x) compartilhado SMS

Arquivos (x) Sim ( ) Não ( ) próprio da VISA (x) compartilhado SMS

Armários (x) Sim ( ) Não (x) próprio da VISA ( ) compartilhado SMS

Computadores (x) Sim ( ) Não (x) próprio da VISA ( ) compartilhado SMS

Mesas de trabalho (x) Sim ( ) Não (x) próprio da VISA ( ) compartilhado SMS

Sala própria (x) Sim ( ) Não (x) próprio da VISA ( ) compartilhado SMS

Laboratório de apoio para Análises fiscais / orientação

(x) Sim ( ) Não ( ) próprio da VISA ( ) compartilhado SMS

(x) utiliza somente o do Estado

Ponto de internet (x) Sim ( ) Não ( ) próprio da VISA (x) compartilhado SMS

55

Quadro 21 – Estabelecimentos pertencentes ao elenco de ações, elenco I.

Ambulância para transporte de pacientes sem tratamento 02

Academia de ginástica 01

Bar 10

Canteiro de obra 10

Captação, tratamento e distribuição de água canalizada 01

Cemitério 01

Centro de saúde 01

Com. Varejista de produtos de padaria e confeitaria 02

Comércio de papel e papelão reciclado 01

Comércio varejista de bebidas 02

Comercio varejista de alimentos – incluindo feiras livres 13

Comércio de artefatos de cimento 01

Consultórios odontológicos 03

Creches 01

Desdobramento da madeira (serraria) 01

Estabelecimento de ensino 04

Fabricação de artefatos de concreto de cimento 01

Fabricação de rações 01

Farmácias 04

Instituto de beleza, pedicuro, manicure, barbearia e congêneres. 08

Mercearia 02

Oficina mecânica 05

Pastelaria 01

Restaurante 03

Supermercados 04

Transporte rodoviário 01

Terreno baldio 20

Venda de móveis 02

Lanchonetes 03

Padaria 02

Rodoviária 01

56

1.5.3.1 Plano Municipal de Vigilância Sanitária – PMVS

O plano Municipal de Vigilância Sanitária, enquanto ação de saúde de

natureza preventiva, atua sobre uma diversidade de objetos que estão direta ou

indiretamente relacionados coma saúde individual e coletiva, com o intuito de

diminuir, eliminar ou controlar o risco sanitário. Deste modo, as ações de VISA

perpassam todas as práticas sanitárias, exercendo uma função mediadora entre os

interesses da saúde e da economia, fazendo valer o princípio da supremacia do

interesse público sobre o particular, contribuindo, assim, para a proteção e

promoção da saúde da coletividade.

1.5.3.2 Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Saúde – PGRSS

PGRSS um conjunto de procedimentos de gestão que visam o correto

gerenciamento dos resíduos produzidos no estabelecimento. Esses procedimentos

devem ser, planejados e implementados a partir de bases científicas e técnicas,

normativas e legais, com o objetivo de minimizar a produção de resíduos e

proporcionar aos resíduos gerados, um encaminhamento seguro, de forma eficiente,

visando à proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde pública, dos recursos

naturais e do meio ambiente, seguindo, rigorosamente as legislações, deve abranger

todas as etapas de planejamento dos recursos físicos, dos recursos materiais e da

capacitação dos recursos humanos envolvidos no manejo dos RSS.

Na Unidade Básica de Saúde os resíduos deverão seguir procedimentos ao

serem transportados dentro do estabelecimento, de acordo com as resoluções RDC

– ANVISA n.º 306/2004, CONAMA n.º 358/2004 e normas pertinentes a Associação

Brasileira de Normas Técnicas – ABNT e Normas Regulamentadoras – NRs.

Após a coleta interna os resíduos são armazenados em um local externo ao

Centro de Saúde, construído em alvenaria, revestido de piso liso, lavável e

identificado com o timbre de infectante, construído de acordo com o volume de

resíduos gerados, com capacidade de armazenamento compatível com a

periodicidade da coleta, fechado e com acesso das funcionárias da coleta. Possui

identificação de substância infectante na porta. Até a coleta externa os resíduos

57

ficam acondicionados em recipientes estanque de plástico de fácil manuseio e

higienização, sendo de fácil acesso para o veículo coletor, onde o mesmo é coletado

a cada 15 dias.

1.5.4 Vigilância em Saúde Ambiental

A implantação da Vigilância Ambiental em Saúde tem se apresentado como

um novo modelo de atenção, capaz de implementar avanços nas ações de

promoção e de proteção à saúde da

População, através do monitoramento e do controle de problemas

decorrentes do desequilíbrio do Meio Ambiente, relacionando-os de forma que se

busque o planejamento e o desenvolvimento de ações para eliminar ou reduzir a

exposição humana a esses fatores prejudiciais à saúde.

A principal missão é avaliar as questões relacionadas ao Meio Ambiente

visando associar as alterações negativas que podem repercutir direta ou

indiretamente sobre a Saúde Humana. Desta forma é importante a busca pelo

correto gerenciamento dos fatores de risco relacionados à saúde como parte

integrante das ações de Vigilância em Saúde.

A Vigilância Ambiental é realizada pelos mesmos técnicos da Sanitária, sendo

o serviço dividido entre ambos, destaca-se neste quadro o Programa Municipal de

Controle da Dengue PMCD, que conta com 4 funcionários, para atender

exclusivamente o programa, realizando as ações necessárias para o controle da

dengue no município, sendo o ano de 2016 o município encerrou o ano com índice

para Aedes aegypti em torno de 1.10%, o que fica pouco acima do preconizado pelo

MS, que é abaixo de 1% e a meta cumprida de 6 ciclos de tratamento com 04 acima

de 80% de imóveis visitados, assim com 7 ciclos de Levantamento de índice – LIA.

Como suporte deste trabalho o programa tem o Plano de Contingência da Dengue

que consolida e traduz as diretrizes políticas da Secretaria Municipal de Saúde de

Ouro Verde do Oeste, visando colocá-la em prática em um eventual momento

epidêmico como ocorreu em 2016 e a implantação de medidas que fortaleçam o

Sistema Único de Saúde – SUS no município, com vistas à necessidade de

articulação com todos os setores públicos a população e o município como um todo.

58

O Gráfico 32 mostra os dados dos últimos 5 (cinco) anos, em 2013, foram

vinte e sete notificações sendo que cinco se confirmaram para dengue, em 2014

com várias ações e períodos longos de estiagem foram treze casos notificados

sendo que apenas um positivou para dengue, em 2015 estes dados subiram com a

crescente demanda nos municípios vizinhos os médicos da secretaria em qualquer

suspeita notificavam ficando em torno de quarenta notificações e apenas cinco

casos notificados, em 2016 foi um ano com bastante chuvas e calor excessivo o que

culminou em 139 notificações com cinquenta e noves casos positivos, estando o

município em estado de epidemia várias ações foram executadas para sensibilizar a

população agora em maio de 2017 foram notificados quinze casos sendo que não

houve nenhum caso positivo para dengue.

Gráfico 32 – Números de casos notificados, confirmados e descartados de dengue

(2013 a 2017).

Fonte: PMCD/2017.

1.5.4.1 Programa Estadual de Vigilância de Acidentes por Animais

Peçonhentos - SINAP

A Divisão de Zoonoses e Intoxicações do Departamento de Vigilância

Ambiental da Superintendência de Vigilância em Saúde realiza a vigilância dos

acidentes causados por animais peçonhentos e vem implementando ações com o

objetivo de melhorar o conjunto de práticas da vigilância.

27 13

40

139

15 5 1 6

58

0

22 12

36

82

0 0

20

40

60

80

100

120

140

160

2013 2014 2015 2016 2017

Notificados Confirmados Descartados

59

O SINAP é uma ferramenta utilizada em Ouro Verde do Oeste, pela Vigilância

Ambiental e tem como dever facilitar o fluxo e o registro de exemplares a serem

encaminhados para identificação taxonômica. Desta forma, também será prático

para os fornecedores (Secretarias Municipais de Saúde, Centros de Controle de

Zoonoses e demais parceiros do programa) terem acesso aos laudos de

identificação taxonômica dos animais enviados e principalmente o acesso ao banco

dos registros de dados pertinentes aos seus municípios, ou área de abrangência

(RS).

No Gráfico 33 é apresentado os casos de acidentes entre 2013 e 2017, onde

foram atendidos na Unidade Básica de Saúde, um total de (23) vinte e três

acidentados, sendo 06 por escorpião, 03 por abelhas/vespas, 03 por percevejo da

soja, 03 por cobras e 08 casos em que os animais não foram trazidos para

identificação.

Gráfico 33 – Número de casos que adentraram a UBS (2013 a 2017).

Fonte: SINAP/2017.

No Gráfico 34 e mostrado entre 2013 e 2017 os casos de pessoas que

adentraram a Unidade Básica de Saúde – UBS, acidentados por animal peçonhento

ou apenas levando os animais para saber sua classificação taxonômica, sendo que

Lagarta 17%

Aranha 43%

Escorpião 11%

Abelha/Vespa 5%

percevejo 5%

Cobra 5%

Sem identificação 14%

Lagarta

Aranha

Escorpião

Abelha/Vespa

percevejo

Cobra

Sem identificação

60

das 10 Lagartas que adentraram a unidade somente 1 foi para classificação direta,

as outras foram trazidas devido a acidentes, das 25 aranhas dezenove eram

acidentes e seis só para identificação, dos 06 escorpiões 02 foram acidentes e os

outros 4 para identificação, das 4 abelhas 03 foram acidentes e 1 veio para

classificação somente, dos 03 percevejo da soja 02 veio por acidente e 1 somente

para classificação e das 3 cobras que vieram eram somente para classificação.

Gráfico 34 – Programa de Vigilância de Acidentes por Animais Peçonhentos –

SINAP (2013 a 2017).

Fonte: SINAP/2017.

1.5.4.2 Posto de Informação de Triatomíneos – PIT

O PIT contém informações destinadas às equipes de vigilância ambiental em

saúde, com o objetivo de orientar a implantação e execução das atividades de

vigilância entomológica da Doença de Chagas. Atualmente somos auxiliados por

uma rede de laboratórios de Entomologia com 23 Laboratórios Municipais, 22

Regionais, além do laboratório de referência estadual localizado no IPB-

LACEN/FEPPS denominado Seção de Reservatórios e Vetores que realizam

10

25

6

4 3 3

9

19

2 3

2

0 1

6

4

1 1

3

0

5

10

15

20

25

30

Lagarta Aranha Escorpião Abelha/Vespa Percevejo Cobra

Entrada UBS Acidente Sem Acidente

61

capacitações com o objetivo de orientar a organização laboratorial e a identificação

taxonômica de vetores, entre eles, os triatomíneos. Ouro Verde do Oeste conta com

uma unidade do PIT, que recebe os insetos encaminha-os para classificação, uma

vez positivando as medidas necessárias são tomadas em conjunto com a Fundação

Nacional de Saúde – FUNASA, neste período foram encaminhados para o setor de

Entomologia da 20º Regional de Saúde, dezessete demandas de insetos tendo as

classificações no Gráfico 35.

Gráfico 35 – Relação de insetos notificados no setor. (2013 a 2017).

Fonte: PIT/2017.

1.5.5 Vigilância em Saúde do Trabalhador

O avanço gradual, quantitativo e qualitativo da institucionalização das práticas

de Saúde do Trabalhador, no setor de saúde em todo o Brasil, reflete a consolidação

da área como objeto indiscutível da saúde pública. E, por assim dizer objeto,

também, das políticas públicas direcionadas, em todos os níveis do Sistema Único

de Saúde (SUS), para a prevenção de agravos a saúde da população trabalhadora,

tendo como conjunto de elementos deflagradores do avanço institucional, em

relação a questão da Saúde do trabalhador no SUS, compõe-se do aspecto

legislativo, calçado na Lei n.º 8080, de 19 de setembro de 1990, e em diversas

Constituições Estaduais e Municipais, na luta pela saúde desenvolvida pelos

Triatoma Infestans

17%

Triatoma Megistus

9%

Outros 74%

Triatoma Infestans

Triatoma Megistus

Outros

62

trabalhadores e suas organizações sindicais, passando pelo crescente

comprometimento dos técnicos, ao nível dos serviços e universidades.

Os trabalhos necessários para conter estes avanços vão desde as mudanças

dos ambientes de trabalho, mas também da contratação de um técnico em

segurança do trabalho especifico para o setor de Vigilância em Saúde, o que

agilizaria o processo de investigação e fiscalização de locais insalubres

O Quadro 22 apresenta os agravos relacionados ao trabalho por ordem de

ocupação de 2013 a 2017, sendo em primeiro lugar, auxiliar de produção com

21,87% dos acidentes, em segundo lugar, serviços gerais com 18,75% e em terceiro

lugar no ramo da construção civil com pedreiros na ordem de 12,50%.

Quadro 22 – Agravos relacionados ao trabalho distribuídos por ocupação – 2013 a

2017.

Ocupação N.º de trabalhadores Percentual

Gari 1 1,56%

Mestre de obras 1 1,56%

Auxiliar de produção 14 21,87%

Operador de máquina 4 6,25%

Serviços gerais 12 18,75%

Agricultor 3 4,68%

Pedreiro 8 12,50%

Funcionário público 6 9,37%

Motorista 3 4,68%

Carteiro 1 1,56%

Marceneiro 1 1,56%

Autônomo 3 4,68%

Auxiliar de cozinha 1 1,56%

Mecânico 1 1,56%

Operador de caldeira 1 1,56%

Total 64 100% Fonte: SINAN / DATASUS /VISA.

O Quadro 23 mostra as partes do corpo mais atingidas pelos acidentes de

trabalho, onde prevalece a mão com 15,62% dos casos, em segundo lugar os dedos

da mão com 17,18% e em terceiro lugar aparece empatados pé e perna com

14,06%.

Verifica-se que 32,80% dos acidentes relacionados ao trabalho no município

de Ouro Verde do Oeste, ocorre nas mãos e dedos.

63

Quadro 23 – Partes do corpo atingidas por acidentes relacionados ao trabalho –

2013 a 2017.

Parte do corpo Nº de Trabalhadores Percentual

Mão 10 15,62%

Olho 3 4,68%

Pé 9 14,06%

Dedo da mão 11 17,18%

Perna 9 14,06%

Joelho 3 4,68%

Cabeça 7 10,93%

Tronco e braço 1 1,56%

Dedo do pé 4 6,25%

Braço 5 7,81%

Lábio 1 1,56%

Região lombar 1 1,56%

Total 64 100% Fonte: SINAN / DATASUS /VISA.

No Quadro 24 mostra que ao fragmentarmos os casos de acidentes de

trabalho de 2013 a 2017, por faixa etária, verificamos que um grupo (30 a 39 anos)

se destaca dos demais com 26,56% dos casos, em segundo lugar (50 a 59 anos)

com 20,31% dos casos e em terceiro lugar (40 a 49 anos) com 18,75%. Conclui-se

que a população economicamente ativa do município dos (20 a 59 anos) totalizam

90,61% dos acidentes relacionados ao trabalho.

Quadro 24 – Agravos relacionados ao trabalho atendidos na UBS por faixa etária -

2013 a 2017.

Idade n.º de Trabalhadores Percentual

10 a 14 anos 0 0

15 a 19 anos 3 4,68%

20 a 24 anos 5 7,81%

25 a 29 anos 11 17,18%

30 a 39 anos 17 26,56%

40 a 49 anos 12 18,75%

50 a 59 anos 13 20,31%

60 anos ou + 03 4,68%

Total 64 100% Fonte: SINAN / DATASUS /VISA.

64

1.6 ATENÇÃO BÁSICA

1.6.1 Ações das equipes de ESF por programas de atenção

A ESF foi implantada na área da Atenção Básica em 1994 com o propósito de

auxiliar nesta reestruturação da atenção à saúde por meio de ações individuais e

coletivas de promoção e proteção da saúde que objetivam prevenção, diagnóstico,

tratamento e reabilitação da população de uma área adstrita. A reorientação do

modelo assistencial mediada pela ESF implica coordenação com níveis de atenção

secundários e terciários, além da expansão e fortalecimento da oferta de atenção

básica. Cabe então aos membros da ESF viabilizar atenção integral e contínua para

as famílias acompanhadas nos Centros de Saúde, respeitando as peculiaridades de

cada fase do ciclo de vida e do contexto social. (XAVIER et al., 2015), (MOTTA;

AGUIAR; CALDAS, 2011).

65

O município possui uma Equipe Estratégia Saúde da Família, composta

atualmente por sete Agentes Comunitárias de Saúde, uma Enfermeira, uma Técnica

de Enfermagem, dois Médicos e também pela equipe de Saúde Bucal.

A ESF viabiliza o acolhimento da população, consulta médica e de

enfermagem na UBS, atendimento no domiciliar além atividades coletivas externas e

na UBS relacionas à promoção da saúde.

A média de cobertura populacional de Ouro Verde do Oeste dos últimos 5

anos ficou em 68,70% no que diz respeito aos ACS e, referente a ESF, a média

ficou em 60,31% devido ao aumento populacional decorrente de novos loteamentos,

já a Atenção Primaria em Saúde – APS, a cobertura populacional é de 100%, já que

contamos somente com uma unidade básica de saúde.

Cada equipe de Saúde da Família deve ser responsável por, no máximo,

4.000 pessoas de uma determinada área (ideal 3.000), que passam a ter

corresponsabilidade no cuidado com a saúde. O município possui cerca de 6.000

habitantes, portanto há necessidade de contratação de mais Agentes Comunitários

de Saúde, assim como formação de uma nova equipe ESF.

1.6.2 Programa Rede de Atenção Materno - Infantil

O pré-natal das gestantes do SUS é realizado em 80% dos casos no início do

1º trimestre da gestação. Inicia-se fazendo o cadastro de (55) cinquenta cinco

gestante com a Enfermeira da ESF, a qual realiza em sua consulta o exame físico,

os Teste Rápido (TR) de sífilis, HIV, Hepatite B, Hepatite C e o agendamento dos

exames clínicos e consulta médica. Neste primeiro encontro a enfermeira anexa na

carteirinha de gestante o calendário das reuniões mensais do Grupo de Gestante

“Mãe que Cuida”, realizado na última quinta-feira de cada mês, às 14:00 horas na

sala de reuniões do Centro de Saúde.

Nas reuniões das gestantes as Agentes Comunitárias de Saúde – ACS fazem

a antropometria (peso e altura) da gestante, que é anotado no calendário das

reuniões (anexo à carteirinha) juntamente com o Índice Gestacional (IG), para que a

gestante possa visualizar o desenvolvimento de sua gestação mais rápido. Cada

mês é realizado palestras com temas e profissionais diferenciados, onde são

66

repassadas informações de suma importância para as mesmas, sendo estes:

Nutricionista, Enfermeira, Médico, Psicóloga, Farmacêutica, Dentista, Profissionais

do Banco de Leite, Educador Físico, Equipe da Vacina, Bombeiros - Primeiros

Socorros do Bebê, Vigilância Sanitária e Epidemiológica.

Neste mesmo dia são agendadas as consultas, exames físicos e testes

rápidos conforme necessidade de cada gestante.

As ACS realizam a busca ativa de 2% das gestantes faltosas nas reuniões e

consultas e, muitas vezes realiza-se a visita para gestante que trabalha fora, na

própria reunião devido o difícil acesso.

1.6.3 Grupo Hiperdia

O Hiperdia destina-se ao cadastramento e acompanhamento de portadores

de hipertensão e/ou diabetes mellitus, sendo realizadas reuniões mensais com

palestras diversificadas, o grupo iniciou-se com aproximadamente (30) trinta

pessoas. Houve desistência significativa devido a desistência dos membros do

grupo, mesmo realizando busca ativa dos mesmos tendo agora (10) dez pessoas

sendo assistidas.

1.6.4 Programa Bolsa Família

A Equipe da ESF realiza semestralmente, através das Agentes Comunitárias

de Saúde, visitas domiciliares, antropometria dos beneficiários que estão na lista

deste Programa, sendo 238 (duzentos e trinta e oito) famílias sob responsabilidade

da Secretaria Municipal de Saúde, onde são realizados atendimentos a crianças de

0 a 7 anos, com busca ativa de vacinas e mulheres no períodos de fertilidade de 14

a 44 anos, deste grupo foram acompanhadas (192) cento e noventa e duas famílias.

1.6.5 Programa Leite das Crianças

Este é um Programa do governo Federal com interface com a VISA, no qual é

realizada a antropometria das crianças de 6 meses a 3 anos de idade; ele é

67

realizado tanto no CMEI como na Pastoral da Criança, tendo como meta um grupo

de aproximadamente 120 (cento e vinte crianças).

1.6.6 Programa Saúde na Escola (PSE)

Este é um Programa do Governo Federal, onde é realizado, anualmente, nas

Escolas Municipais, CMEI e Colégios Estaduais neste município a antropometria

(peso e altura) e o Teste de Visão utilizando-se a Escala Optométrica de Snellen;

conta-se com o apoio da nutricionista e da Enfermeira da ESF do município, as

crianças/adolescentes que apresentam algum problema de visão, são direcionadas

aos responsáveis de cada setor (escola/colégio/CMEI) para que estes encaminhem

aos pais ou responsáveis pelos mesmos para que procurem o Centro de Saúde e

agende consulta oftalmológica o mais rápido possível. O Teste de Visão é realizado

com crianças a partir de 6 anos de idade, tendo em média encaminhamentos de

aproximadamente (15) quinze crianças.

As crianças pertencentes a este grupo, quando necessário são avaliadas pela

nutricionista.

Sempre que necessário, as ACS fazem a busca ativa das crianças e idosos

na vacina da influenza, foi feito busca ativa de idosos acamados que gostariam de

receber a vacina a domicilio. Realiza-se também a busca ativa dos bebês que não

comparecem nas consultas pediátricas e ou de puericultura, tendo em média 20%

de faltosos.

Caso necessário, comunica-se a Coordenadora da ESF para que seja

acionado o Conselho Tutelar – CT, para que os pais e ou responsáveis cumpram

suas responsabilidades, isso em caso de reincidências.

1.6.7 Saúde Mental

O serviço público municipal oferece tratamento de psicoterapia a população,

tendo uma profissional da área para realizar os atendimentos. A clínica está alocada

dentro da Unidade Básica de Saúde, e atende em horário comercial. O atendimento

é realizado através de encaminhamento médico, escolar e da Secretaria de

68

Assistência Social do município, bem como, do Conselho Tutelar e da Vara da

Infância e da Juventude desta cidade e Comarca de Toledo/PR. A(o) psicóloga(o)

atua na área específica da saúde, utilizando enfoque preventivo ou curativo,

isoladamente ou em equipe multiprofissional (médicos, enfermeiros, nutricionista,

assistente social e agente comunitária de saúde). Realiza atendimento

psicoterapêutico individual ou em grupo, adequado às diversas faixas etárias

(crianças, adolescentes, adultos e idosos), sendo a sessão de psicoterapia semanal,

com duração aproximada de 40 (quarenta) minutos. Devido a grande demanda, é

realizado triagem para o atendimento dos pacientes encaminhados, sendo

classificados em urgente e não urgente.

Em relação ao atendimento em grupo destaca-se o Projeto de Intervenção à

Pessoa Idosa, batizado como Grupo Viver Mais, que iniciou em Janeiro de 2017.

Observou-se que a demanda psicossocial destes pacientes era cada vez maior,

tendo em vista as condições estressoras e a deficiência de recursos sociais e

pessoais. Portanto, o objetivo deste projeto é promover a qualidade de vida à

população idosa do município de Ouro Verde do Oeste, a fim de proporcionar

reabilitação psicossocial e inclusão social de acordo com suas realidades. A

princípio, reuniões de equipe foram necessárias para estudo do perfil e necessidade

da população alvo. Inicialmente foram selecionados e convidados a participar do

grupo 35 idosos. As reuniões são realizadas semanalmente no Centro de Saúde,

com duração de 2 (duas) horas, com a coordenação da psicóloga, e participação da

equipe da ESF, e outros profissionais convidados. Além das reuniões em grupo,

pretende-se desenvolver atividades práticas e externas, como a realização de

atividades físicas, oficina de artesanato e culinária, jogos e horta comunitária.

69

1.6.7.1 Tabelas: DAB - Atenção Básica - PSF – Saúde da Família – Atenção

Primária

Gráfico 36 – Apresenta a Média da Cobertura Populacional de Atendimento dos

Médicos – ESF do ano de 2012 a 2016, no município de Ouro Verde do Oeste.

Fone: DAB/2017.

Gráfico 37 – Apresenta a Média da Cobertura Populacional dos Agentes

Comunitários de Saúde – ACS do ano de 2012 a 2016, no município de Ouro Verde

do Oeste.

Fone: DAB/2017.

2012 2013 2014 2015

2016

80,63% 67,89%

60,25% 67,78% 70,29%

Cobertura Populacional - ACS

70

Gráfico 38 – Apresenta a Média da Cobertura Populacional da Estratégia Saúde da

Família – ESF do período de 2012 a 2016, no município de Ouro Verde do Oeste.

Fone: DAB/2017.

Gráfico 39 – Internações por causas sensíveis a Atenção Básica.

20,37

13,59 14,55

0

5

10

15

20

25

2014 2015 2016

Internamentos por causas sensíveis a AB

71

1.6.8 Saúde Bucal

A cobertura de saúde bucal está abaixo do desejado da equipe, pois estamos

atingindo somente trinta por cento (30%) da população, percebe-se a necessidade

de aumentar o atendimento aos munícipes, o qual ocorrerá através da contratação

de mais odontólogos ou ampliação da jornada de trabalho dos dentistas efetivados,

atingindo com isso uma cobertura maior, melhorando assim a qualidade de vida dos

mesmos.

A Saúde Bucal do município de Ouro Verde do Oeste está inserida na

Atenção Básica e Estratégia Saúde da Família –ESF –SB, na modalidade II, sendo

dois cirurgiões dentista, uma técnica em saúde bucal e uma auxiliar de consultório

dentário. Atende famílias através de agendamento dos Agentes Comunitários de

Saúde por meio de cadastro familiar, atendimentos aos funcionários municipais,

crianças matriculadas nas escolas municipal, clínica do bebê em idade de quatro

meses à cinco anos, gestantes, adultos por meio de agendamento no setor de

odontologia e encaminhamentos à atenção secundária (Centro de Especialidades

Odontológicas – CEO) para cirurgia oral, endodontia, periodontia, prótese total e

parcial, pacientes portadores de necessidades especiais e radiologia ao Centro de

Radiologia Odontológico - CENOR.

Além dos atendimentos curativos há também os trabalhos realizados em

prevenção e promoção à saúde como: palestras de orientação de higiene bucal,

técnica de escovação supervisionada, ação coletiva de bochecho de flúor,

sensibilização da importância da saúde bucal aos grupos de gestantes,

diabético/hipertenso e programa de detecção precoce do câncer bucal utilizando

corantes para marcação (azul de toluidina) e câmera intraorais.

72

Gráfico 40 – Procedimentos realizados pelo setor de odontologia (2014 a 2016).

Fonte: E-SUS e Setor de Odontologia/2017.

O Gráfico 40 demonstra o empenho deste setor na realização dos

procedimentos preventivos, a equipe busca através de palestras, técnicas de

escovação supervisionada, bochechos com flúor, selantes entre outros, minimizar os

impactos na população causados pela má escovação e dieta alimentar errônea.

Com o Programa Rede Mãe Paranaense através de sensibilização das

gestantes referente a importância da prevenção em saúde bucal, as mesmas

cadastram seus filhos a partir do quarto mês de vida do bebê para acompanhamento

odontológico, aprendendo logo cedo a importância da prevenção em saúde bucal.

Desta forma estamos buscando diminuir o número de procedimentos curativos.

Os encaminhamentos ao Centro de Especialidade Odontológica – CEO e

Centro de Radiologia Odontológica – CENOR, dá-se para os procedimentos mais

complexos, como endodontia, cirurgia oral, periodontia e pacientes portadores de

necessidades especiais, além de radiografias panorâmicas para avaliação dos

dentes do siso e problemas endodônticos.

2.717

1.519

86

4.331

940 58

4.850

1.172 60

0

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

6.000

Procedimentos Preventivos Procedimentos Curativos Encaminhamentos CEO e CENOR

Procedimentos

2014 2015 2016

73

Gráfico 41 – Aplicação de bochechos de flúor realizada nas escolas (2014 – 2016).

Fonte: Setor de Odontologia/2017.

Percebe-se uma diminuição significativa nas ações coletivas de bochecho de

flúor realizadas nas escolas municipal, ocorrido devido a diminuição de alunos

matriculados.

Gráfico 42 – Entrega de materiais de higienização bucal (2014 a 2016).

Fonte: E-SUS/2017.

Mediante processo de licitação a Secretaria Municipal de Saúde, através do

setor de odontologia, vem adquirindo kits de higienização bucal os quais são

distribuídos nas escolas, creche, Centro Municipal de Atendimento a Criança ao

Adolescente e a Família -CEMAF e na Unidade Básica de Saúde, incentivando

20.861

15.031

12.914

Ação Coletiva de Flúor

2014 2015 2016

260 264 258

312 315 338

245

309

264

0

50

100

150

200

250

300

350

400

Creme dental Escova dental Fio dental

2014 2015 2016

74

assim a prevenção da doença cárie e doença periodontal. A princípio a quantidade

de kits está inadequado e existe a necessidade de um ajustamento conforme a

ampliação do atendimento.

1.7 ATENÇÃO ESPECIALIZADA

1.7.1 Referências da Rede Especializada

75

Gráfico 43 – Tratamentos clínicos oferecidos.

Gráfico 44 – Órteses, próteses e materiais especiais.

36

326

73

435

149

1164

949

2262

145 156 162

463

6 50 6 62

0

500

1000

1500

2000

2500

2014 2015 2016 Total

Tratamentos clínicos oferecidos

Tratamentos clínicos (outras especialidades)

Tratamentos oncológicos

Tratamentos em nefrologia

Tratamentos odontológicos

Fonte: Ministério da Saúde - Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS

121

175

105

401

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

2014 2015 2016 Total

Órteses, próteses e materiais especiais

Fonte: Ministério da Saúde - Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS

76

Gráfico 45 – Procedimentos cirúrgicos.

Gráfico 46 – Procedimentos com finalidade diagnóstica.

173

127 129

446

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

500

2014 2015 2016 Total

Procedimentos cirúrgicos

Fonte: Ministério da Saúde - Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS

2535 2020 2226

6821

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

8000

2014 2015 2016 Total

Procedimentos com finalidade diagnóstica

Fonte: Ministério da Saúde - Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS

77

Gráfico 47 - Atendimento Fisioterapia.

Fonte: Clinica de Fisioterapia – Fisioclin/2017.

Gráfico 48 – Atendimento por especialidades.

Fonte: CISCOPAR/2017

Os atendimentos por ortopedia e traumatologia, seguindo de Oftalmologia,

lideram o ranking de procura seguido por problemas de saúde mental. Nas cirurgias

7900

6740

8010

Atendimento da Clínica de Fisioterapia

2014 2015 2016

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

1600

Atendimento por especialidades

2014 2015 2016

78

eletivas até maio de 2017 foram realizadas 17 (dezessete) cirurgias de cataratas e

01 (uma) de Pterígio na cidade de Foz do Iguaçu.

1.8 URGÊNCIA/EMERGÊNCIA E HOSPITALAR

Gráfico 49 – AIH aprovadas.

1.9 ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA

1.9.1 Funcionamento da central de medicamentos

O serviço público municipal conta com 1 farmácia básica, que é a central,

alocada dentro da Unidade Básica de Saúde, que atende em horário comercial.

Possui um profissional farmacêutico, sendo este o responsável técnico da unidade.

O profissional farmacêutico está envolvido, desde a gestão de pedido, pelo

recebimento, armazenamento, conferência e a distribuição dos medicamentos, da

Unidade de Saúde do Município até o abastecimento de medicamentos em cada

uma de suas etapas constitutivas, a conservação, a segurança e a eficácia

terapêutica dos medicamentos, o acompanhamento e a avaliação da utilização

(quando possível), a obtenção e a difusão de informação sobre medicamentos e a

educação permanente dos profissionais de saúde (farmácia), do paciente e da

79

comunidade para assegurar o uso racional de medicamentos. A farmácia do

município também recolhe medicamentos vencidos da população, desta forma,

instruindo-os ao correto descarte destes medicamentos.

A aquisição dos medicamentos básicos é realizada pelo município e

CISCOPAR-Consórcio Intermunicipal de Saúde Costa Oeste do Paraná, sendo

estes financiados com verbas municipais, estaduais e federais. Os medicamentos do

componente estratégico, são fornecidos pelo Ministério da Saúde e distribuídos aos

municípios pela 20ª Regional de Saúde, bem como os medicamentos do

componente especializado, que garantem medicamentos para diversas situações

clínicas, definidas através de protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas.

1.9.2 Recursos humanos da farmácia (infraestrutura)

A farmácia básica municipal está dividida em 3 ambientes, 2 deles com ar

condicionado, 1 deles ficam acondicionados os medicamentos e insumos

farmacêuticos e ao lado está o ambiente de dispensação de medicamentos e

arquivo de pacientes, com equipamentos novos, adquiridos pelo Incentivo a

Organização da Assistência Farmacêutica (IOAF), o 3º ambiente é o depósito de

medicamentos, que fica dentro da unidade de saúde, este sem ar condicionado,

porém, a licitação para a compra deste equipamento já foi realizada, solucionando

assim este problema, para que os medicamentos fiquem guardados

adequadamente, em temperatura de até 25 graus, onde o medicamento fique

estável. Atende toda a população do município, realizando a assistência

farmacêutica ao paciente, diminuindo desta forma os riscos de efeitos adversos ao

paciente.

A unidade básica de saúde mantém diversos programas para a população,

como: Hiperdia; Suplementação de ferro; Saúde da mulher; Tabagismo;

Medicamentos excepcionais; Paraná sem dor; Insulinas especiais; Ostomias; Saúde

mental; Diabetes mellitus tipo 2; Programa do etilista (a implantar) e Palestras de uso

racional de medicamentos.

80

1.9.3 Dados do último ano de consumo de medicamentos

Durante o ano de 2015 foram realizados 16.743 mil atendimentos na farmácia

do município, o equivalente em média a 54 atendimentos diários, somente na

dispensação de medicamentos básicos. Entretanto em 2016, houve uma pequena

redução deste número para 16.094 atendimentos, em média 52 atendimentos

diários. Essa redução se deve a realização da triagem dos problemas relatados

pelos pacientes, feita pela enfermagem, e de acordo com a gravidade da situação, é

encaminhado ao atendimento médico, os problemas realmente necessários. Outro

indicativo desta redução é a maior exigência no atendimento da farmácia. O Gráfico

50 demonstra esta pequena diminuição nos atendimentos:

Gráfico 50 – Número de atendimentos realizados nos anos 2015 e 2016.

Fonte: Sistema Integrado de Saúde – SIS /2017.

Em comparativo ao número de atendimentos de 2015 e 2016, a dispensação

de comprimidos também foi reduzida, devido aos mesmos motivos relacionados

acima. Sendo dispensados 968.289 mil comprimidos no ano de 2015 e 872.876 mil

no ano de 2016, conforme indica no gráfico abaixo.

16.743

16.094

10.000

11.000

12.000

13.000

14.000

15.000

16.000

17.000

18.000

2015 2016

Número de atendimentos

81

Gráfico 51 – Número de comprimidos dispensados, referente aos anos de 2015 e

2016.

Fonte: Sistema Integrado de Saúde – SIS /2017.

Pode-se observar no gráfico abaixo que houve uma grande redução na

dispensação dos medicamentos para saúde mental, o motivo observado para este

resultado foi a diminuição na prescrição dos mesmos. O Diabetes Melitus tipo 2,

aumenta a cada dia, o Brasil é o 4º país com o maior número de pacientes com esta

doença, adquirida através da herança genética, má alimentação, sedentarismo entre

outras causas. Com esta informação, é possível observar no gráfico o motivo do

aumento na dispensação da classe desses medicamentos. As demais classes

tiveram um aumento pouco significativo.

968.289

872.876

500.000

550.000

600.000

650.000

700.000

750.000

800.000

850.000

900.000

950.000

1.000.000

2015 2016

Número de comprimidos dispensados

82

Gráfico 52 – Número de comprimidos dispensados por classe de medicamentos,

nos anos de 2015 a 2016.

Fonte: Sistema Integrado de Saúde – SIS /2017.

1.10 ANALISE SITUACIONAL - DETERMINANTES E CONDICIONANTES

1.10.1 Alimentação

O setor de alimentação do município recebe atenção dos setores públicos. As

refeições ofertadas nas escolas e centro de educação são realizadas por

nutricionistas do município e acompanhadas pelo Programa Nacional de Merenda

Escolar, ao todo são aproximadamente 706 (setecentos e seis) crianças atendidas

todos os dias pelo programa, as carnes são vistoriadas no abatedouro municipal, as

hortaliças ofertadas aos alunos são adquiridas de Produtores que seguem a

Resolução nº748/2015, onde todos os produtos são monitorados por inspeções dos

setores envolvidos, outro setor acompanhado é o leite das crianças onde a

1.000

51.000

101.000

151.000

201.000

251.000 233.156

168.141

17.684 5.495

189.494

169.561

20.325 10.350

Classes de medicamentos dispensados em 2015-2016

2015

2016

83

Vigilância Sanitária realiza a coleta e análise do leite ofertado a 120 (cento e vinte )

crianças verificando se é cumprida as diretrizes do programa.

O Programa Bolsa Família apresentou o Plano de Ação Intersetorial da

Coordenação Municipal Intersetorial sendo o mesmo, aprovado pelo CMS, em

reunião dia 14 de outubro de 2016, e deliberado pela Resolução nº003 de 17 de

outubro de 2016.

1.10.2 Moradia

Segundo Diagnóstico Social (2014), o embasamento adequado do IBGE, para

considerar um domicilio adequado permeia-se pela forma de destino da água

servida, forma de tratamento de esgoto e lixo, abastecimento por água tratada etc. O

município possui 54,5 % dos domicílios considerados adequados atendendo estas

especificações, na área urbana este indicador sobe para 68,4%, a parte mais crítica

do município está na área rural. A densidade domiciliar média está em torno de 3,3

pessoas por domicilio. Na zona rural o percentual de domicílios com mais de 2

pessoas por dormitório é de 20,8 %, enquanto a área urbana perfaz média de 7,7%.

O percentual de domicílios particulares próprios gira em média 69,6%

enquanto a área urbana perfaz uma média de 73,7%, enquanto alguns locais da

área rural como Linha Gozzi gira em torno de 47,8%, o restante dos domicílios um

grande percentual na ordem de 15,7% encontra-se na condição de cedido, enquanto

que 14,2% na condição de alugado. A iluminação pública é distribuída por toda área

urbana, nos loteamentos implantados o Plano Diretor Municipal, já preconiza água,

Luz e rua pavimentadas, na área rural 11,4% dos domicílios não possuem água de

poço artesiano, ficando a mercê de minas, poços e outros sistemas de coleta de

água.

Dos 1771 domicílios no município apenas 0,2% não possuem rede de energia

elétrica, e apenas 0,1% dos domicílios não tem banheiro ou sanitário de uso

exclusivo dos moradores.

84

1.10.3 Trabalho e Renda

A renda domiciliar per capita (2016) é na ordem de R$ 505,03 ficando bem

abaixo da média do paraná que é de R$ 747,00. As atividades econômicas do

município emprega no setor aproximadamente 826 tipos de empregos (MTE/RAIS,

2015), acolhendo em média 2.799 pessoas (IBGE), o setor que mais emprega é a

agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, seguido da construção

civil. Em relação ao Índice de Desenvolvimento Humano - IDHM está em torno de

0,709 (IBGE – 2010), assemelhando a média do Paraná que fica em torno de 0,747,

no entanto a distribuição de renda (coeficiente de Gení) está bem abaixo dos

indicadores do Paraná que é de 0,5416, Ouro Verde do Oeste apresenta um

indicador de 0,4151.

Segundo dados do IBGE – 2010 a taxa de atividade maior da população está

entre os 25 a 29 anos de idade. Segundo dados do diagnostico social (2014), 4,4%

da população possuem renda per capita inferior a ½ salário mínimo.

Quando o assunto analisado foi famílias que possuem em seu grupo familiar

idosos acima de 60 anos, este índice subiu para 5,9%, baixando quando o quesito é

famílias com pessoas com deficiência em seu grupo familiar o indicador baixou para

2,8% de famílias com renda familiar per capta inferior a ½ salário mínimo.

1.10.4 Educação

A rede de ensino do município possui no total 02 (duas) escolas municipais

sendo uma na sede e outra no distrito e 02 (dois) colégios estaduais, um na sede e

outro no distrito de São Sebastião, tendo a rede de educação infantil com

aproximadamente 143 (cento e quarenta e três) alunos, o Ensino Fundamental

absorve em torno de 382 crianças, o EJA e a Sala de recuperação multifuncional

serie I conta com 11 (onze) alunos cada, totalizando 547 (quinhentos e quarenta e

sete) alunos matriculados.

Tendo o Centro de Educação Infantil – Creche com 159 (cento e cinquenta e

nove) crianças matriculadas, o Centro de Educação Infantil tem capacidade para

atender em período integral 141 (cento e quarenta e uma) crianças, no entanto se o

85

período for parcial pela manhã ou à tarde esse número aumenta para 240 (duzentas

e quarenta) crianças em cada turno.

Em 2017 a rede estadual de ensino possui aproximadamente 568 (quinhentos

e sessenta e oito) alunos distribuídos em ensino fundamental, médio e

especializado. Os índices de aprovação tanto o ensino fundamental como o médio

são maiores que os indicadores do paraná, nas taxas de reprovação tanto no ensino

fundamental como médio, são menores que o do paraná, no entanto os valores

referentes a evasão escolar o ensino fundamental (anos finais) Ouro Verde tem a

taxa menor que o paraná, agora o ensino médio Ouro Verde possui indicador 12,9%

contra 8,9% do estado, fato este visível quando avaliamos a taxa de distorção onde

o ensino fundamental apresenta uma taxa de 18,66% e o ensino médio sobre para

22,27% este fator é determinante para o abandono do aluno, com dois fatos o

primeiro é a grande diferença de idade perante a turma que está estudando, o outro

é a idade, pois já há uma necessidade de acesso no mercado de trabalho para

subsistência ou ajuda da família.

1.10.5 Transporte

O transporte de Ouro Verde do Oeste flui em vários eixos. O de maior

demanda é o transporte interno com a linha escolar, o setor é composto por 11

veículos dentre estes 2 vans de 15 lugares cada, o restante transporta mais de 22

alunos cada. Há no município 04 repartições de ensino, duas em São Sebastiao e

02 em Ouro Verde, os ônibus percorrem todo o setor rural do município num total de

18 linhas que interligam o setor rural ao urbano, são aproximadamente 973 km por

dia pegando aproximadamente 268 (duzentos e sessenta e oito alunos nas linhas,

deixando nas escolas e colégios e levando os de volta as suas linhas. Também são

transportados em ônibus exclusivo, 25 alunos para a APAE, de Toledo em duas

viagens por dia, de manhã e ao meio dia, perfazendo um total de 190 Km/dia.

O setor de Saúde possui 02 (duas) ambulâncias equipadas para transporte de

emergência (macas), 01 (uma) van para transporte de passageiros não acamados

com 14 (quatorze) lugares, 01 (uma) van para transporte de passageiros de 21 (vinte

e um) lugares, 01 (uma) doblo para o setor administrativo e Programas de

86

atendimento com 07 (sete) lugares, mais 03 (três) veículos de pequeno porte para

os setores da saúde. O poder público disponibiliza transporte interno no município

para passageiros somente para o distrito de São Sebastião, perfazendo um total de

70 Km/dia em três viagens, pela manhã, ao meio dia e a tarde.

A interligação do município com os municípios vizinhos é realizada pela

empresa de transporte SORRISO de Toledo, tendo o deslocamento de Ouro Verde a

Toledo (14) quatorze viagens/dia, o retorno a Ouro Verde são 13 viagens/dia, de

Ouro Verde a São José das Palmeiras são (09) nove viagens /dia e de Ouro Verde a

Santa Helena são mais (05) cinco viagens/dia.

A principal dificuldade em realizar um bom serviço de transporte dentro do

município segundo seus organizadores são as condições de alguns pontos da

estrada que estão em péssimas condições.

1.10.6 Lazer

O município recebeu investimento em vários seguimentos do lazer, entre eles

a revitalização da praça central com colocação de lixeiras e bancos, nesta mesma

praça há um parquinho para crianças se divertirem, o município implantou 06 (seis)

academias ao ar livre distribuídas na sede, Vila Rural e distrito do município,

também implantou 02 (duas) quadras esportivas 01 (uma) na sede e 01 (uma) no

distrito. Foi realizado investimentos na construção de um ginásio de esportes, assim

como a construção de um campo de futebol suíço com grama sintética na sede.

Para os próximos meses será inaugurado um clube para os idosos para reuniões,

lazer (bailes, bingos, atividades físicas) e outros.

Está em processo de finalização uma pista de caminhada com

aproximadamente 2,5 Km de extensão. Há no município um local de turismo

localizado a 2Km da cidade chamado recanto Nossa Senhora Aparecida, o local

recebe pessoas do município e região tendo espaço de camping com quiosques,

área de banho de cachoeira com queda de água de aproximadamente 10 metros de

altura, descida do rio com boia, passeio de trilha na mata, o espaço é utilizado para

treinamento de bombeiros da região, a cachoeira é utilizada para pratica da

modalidade de rapel.

87

1.11 ANALISE SITUACIONAL – GESTÃO EM SAÚDE

1.11.1 Descentralização/Regionalização

A Comissão Intergestores Bipartite regional sendo um órgão de instância

colegiada, não paritário, de natureza permanente, cujas decisões são tomadas por

consenso, em conformidade com as disposições estabelecidas pelo Pacto pela

Saúde (Portaria GM/MS 399 de 22 de Fevereiro de 2006), constituindo-se em um

espaço de planejamento, pactuação e cogestão solidária entre os gestores

municipais, com isso fortalecendo ainda mais as diretrizes vinculadas pelos

municípios, outro setor que apoia este espaço é o Conselho de Secretários

Municipais de Saúde – CRESEMS.

O Consorcio Intermunicipal de Saúde – CISCOPAR tem a função dentre os

serviços ofertados aos usuários do Consórcio, o Centro Regional de Especialidades

– CRE, que é uma Unidade de Atenção Especializada destinada à assistência

ambulatorial em consultas médicas e exames para os usuários do Sistema Único de

Saúde (SUS). Fundado em agosto de 1993, juntamente com o Consórcio

Intermunicipal de Saúde Costa Oeste do Paraná - CISCOPAR, atende os dezoito

municípios que integram a 20ª Regional de Saúde.

1.11.2 Financiamento e Investimento em saúde

No ano de 2016 a dotação inicial do município para investimentos na saúde

iniciou-se com um valor de R$: 2.799.600,00 (dois milhões setecentos e noventa e

nove mil e seiscentos reis), no decorrer do ano foi solicitado uma atualização na

dotação para R$ 4.951.000,00 (quatro milhões novecentos e cinquenta e um mil

reais), chegando ao final do ano com gasto de R$: 4.577.022,36 (quatro milhões

quinhentos e setenta e sete mil vinte e dois reais e trinta e seis centavos.

De acordo com os indicadores financeiros observa-se que o município realiza

despesa total de R$ 505,03 por habitantes, sendo que a maior fatia de gastos da

saúde é referente as despesas com pessoal, ou seja, mão de obra para

atendimentos na atenção básica do município representando em 2016 por exemplo,

88

62,26% dos gastos da Secretaria de Saúde. As despesas com medicamentos

representam nos indicadores, o total investido em saúde sendo R$ 18,22% per

capita somente na farmácia básica, sem contar os produtos da assistência

farmacêutica especializada fornecida pelo Estado.

O total de despesas com a saúde pública municipal, tem-se percentual de

21,21% da receita aplicada em 2016, dessa forma o município cumpre o disposto na

LC 141/2012, onde é exigido o mínimo de 15% de aplicações em ações e serviços

públicos de saúde por parte do município, sendo investido 6,21% a mais da receita

própria, se pegarmos o 1º quadrimestre de 2017, já temos investidos conforme

audiência pública realizada, um investimento de 3,88% acima dos 15% obrigatório

na saúde somente neste quadrimestre.

Os recursos repassados ao município foram depositados em uma única conta

do Fundo Municipal de Saúde, fato este que dificulta a divisão por subfunção, pois o

mesmo está todo inserido nas despesas da Atenção Básica. No entanto o dinheiro

contempla todos os setores da saúde. O Programa VIGIASUS (Vigilância Sanitária,

Epidemiologia, Ambiental, Saúde do Trabalhador), receberam do governo estadual

R$ 90.225,57 de capital e R$ 136.018,08 de custeio. O município recebeu de

transferência de recursos do SUS, R$ 876.455,28, recursos provenientes da União

totalizaram R$ 503.941,68, e do Estado R$ 372.513,60, a parte desses valores,

Ouro Verde do Oeste investiu com recursos próprios aproximadamente R$

1.063.222,90.

1.11.3 Participação do CMS e Ouvidoria no Controle Social

O Conselho Municipal de Saúde de Ouro Verde do Oeste, instituído pela Lei

n.º 34 de maio de 1991, alterado pela Lei Municipal n.º 650 de 23 de dezembro de

2013, o qual preconiza que o Presidente do CMS não poderá ser mais o Secretário

Municipal de Saúde. O Conselho também mantém seu cadastro atualizado no

Sistema de Acompanhamento dos Conselhos de Saúde – SIACS.

Neste âmbito o CMS atua ativamente dentro de suas prerrogativas definidas

em Lei examinando as atribuições que lhes são conferidas emitindo pareceres e

89

resoluções dos recursos oriundo da saúde, acompanha as Audiências Publica

quadrimestrais para prestação de Contas da Secretária de Saúde.

A Conferencia Municipal e as Reuniões do CMS são abertos a população e

explicando suas diretrizes de trabalho.

A Ouvidoria é um canal democrático de participação social, entre os cidadãos

fazer suas manifestações na área da saúde de natureza: Denúncia; Elogio;

Reclamação; Sugestão. As demandas podem ser: Anônimas; Identificado; Sigiloso.

Um dos canais para os cidadãos em Ouro Verde do Oeste para entrar em

contato com a Ouvidoria e através dos telefones (45) 3251-8030 e 3251-1147 ou

presencialmente no Centro de Saúde na rua Colômbia, 221 nos horários das 08:00

as 11:30 e as 13:30 as 17:00 com a ouvidora, também pode ser depositada na urna

que se encontra na sala de espera na UBS.

O prazo das respostas são 5 (cinco) dias para medicamento e 15 (quinze)

dias outras manifestações.

As ações da ouvidoria é a distribuição de panfletos para a população e

escolas, conta aproximadamente com (10) dez atendimentos a população/ano.

1.11.4 Gestão do trabalho em Saúde

A secretaria Municipal de Saúde possui em seu universo de atendimento 52

(cinquenta e dois) funcionários, divididos conforme Quadro 25, os funcionários

possuem o Plano de Cargos e Salários, tendo avanço salarial aqueles que fazem

cursos ou graduação/pós graduação, mais a reposição salarial que é realizada todos

os anos, conforme reajuste do salário mínimo vigente.

Quadro 25 – Forma de contrato da Secretaria Municipal de Saúde.

Forma de Contratação Servidores

Comissionados 02

Concursados 47

Mais médicos 02

Prestadora de serviço 01

Total 52

90

1.11.5 Educação em Saúde

A Secretaria Municipal de Saúde possui vários moldes de atendimento,

alguns deles responsáveis por levantar indicadores para orientar trabalhos de

prevenção perante a população, assim como atuam na realização de ações

curativas dentro da Unidade Básica de Saúde - UBS. Neste âmbito os funcionários

recebem treinamentos, sendo a maioria ofertados pela Secretária do Estado –

SESA, através da Regional de Saúde, o setor de saúde também busca outros

modelos de treinamentos através do Corpo de Bombeiros, palestra com o SAMU

para funcionários e população, Cursos de capacitação em atendimento para o setor

de enfermagem, Capacitação de como tratar feridas e oficinas do APSUS, Palestras

do VIGIASUS para o setor regulado da Secretaria sobre Animais Peçonhentos e

outros, Treinamento pela SESA para a equipe de combate à dengue para trabalhos

e bloqueio de casos, também é desenvolvido dentro da UBS o projeto de reciclagem

de papel e papelão, Participação de funcionários e membros do CMS nas reuniões

da CIB, capacitação dos membros do Conselho Municipal de Saúde em parceria

com a SESA.

1.11.6 Informação em Saúde – Sistemas

A Secretaria Municipal de Saúde necessita de vários sistemas de apoio para

gerir todas as ações desenvolvidas pelos vários segmentos entre eles o Sistema de

Informação de Agravos de Notificação – SINAN, responsável pelas notificações de

doenças e agravos, O Sistema de Captação de Informações sobre Mortalidades –

(SIM), faz a captação de dados sobre mortalidade, o Sistema de Informação sobre

Nascidos Vivos (SINASC) tem por objetivo reunir informações relativas aos

nascimentos ocorridos em todo o território nacional, O Programa Nacional de

Imunização, (SIPNI) objetiva a avaliação dinâmica do risco quanto à ocorrência de

surtos ou epidemias, o Sistema de Informação ambulatorial (SIASUS) serve como

banco de dados dos serviços dos setores envolvidos, a Programação Físico-

Orçamentária – (FPO) serve para dividir as programações municipais da saúde por

grupo, subgrupo etc., o Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde –

91

(DATASUS), Trata-se de um órgão da Secretaria de Gestão Estratégica e

Participativa do Ministério da Saúde com a responsabilidade de coletar, processar e

disseminar informações sobre saúde, O Cadastro Nacional de Estabelecimentos de

Saúde – (CNES) o qual é responsável por possuir o cadastros dos estabelecimentos

que prestem algum tipo de assistência a saúde, O Cartão Nacional de Saúde é um

instrumento que possibilita a vinculação dos procedimentos executados no âmbito

do Sistema Único de Saúde (SUS) ao usuário, ao profissional que os realizou e

também à unidade de saúde onde foram realizados, A Rede Cegonha, instituída no

âmbito do Sistema Único e Saúde (SISPRENATAL WEB), consiste numa rede de

cuidados que visa assegurar à mulher o direito ao planejamento reprodutivo e à

atenção humanizada na gravidez, no parto e no puerpério, bem como assegurar à

criança o direito ao nascimento seguro e ao crescimento e desenvolvimento, O

SISVAN (Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional) corresponde a um sistema

de informações que tem como objetivo principal promover informação contínua

sobre as condições nutricionais da população e os fatores que as influenciam, O

Sistema do Programa Nacional para Controle da Dengue (SISPNCD) é o sistema

que substituiu o Sistema de Informação da Febre Amarela e Dengue (SISFAD), é

responsável por receber as informações sobre os trabalhos sobre dengue nos

municípios, Sistema Informatizado de Ambiente Laboratórial – (GAL) sistema

informatizado desenvolvido para os laboratórios de Saúde Pública que realizam

exames de notificação compulsória, de média e alta complexidade, A Vigilância em

Saúde Ambiental relacionada à Qualidade da Água para Consumo Humano -

VIGIAGUA - consiste em desenvolver ações contínuas para garantir à população o

acesso à água de qualidade compatível com o padrão de potabilidade estabelecido

na legislação vigente, para a promoção da saúde, O Sistema de Informação do

Câncer (SISCAN) é uma versão em plataforma web que integra os sistemas de

informação do Programa Nacional de Controle do Câncer do Colo do Útero

(SISCOLO) e do Programa Nacional de Controle do Câncer de Mama (SISMAMA),

O sistema (E-SUS) é utilizado para captura de dados e também os registros dos

procedimentos que tiverem sido realizados nos atendimentos das UBS.

92

1.12 INFRAESTRUTURA – REDE FÍSICA DE ATENDIMENTO EM SAÚDE

A Secretaria municipal de Saúde de Ouro Verde do Oeste, conta com uma

Unidade Básica de Saúde – UBS, que serve de porta de entrada dos pacientes do

município, após o primeiro atendimento o paciente é encaminhado ao médico, após

a consulta o mesmo sai com a receita e passa pela farmácia, recebendo o

medicamento o mesmo é dispensado. Quando o médico suspeita de algo mais

grave o paciente recebe solicitação de encaminhamento, este paciente ou seu

acompanhante dirige-se a central de Gestão em Saúde do município, onde o

Secretário Municipal de Saúde atua como intermediário entre o doente e o Centro de

Especialidade, este paciente segue para outro local para receber os devidos

atendimentos já que este município não comporta estes níveis de atendimento. Há

também os acompanhamentos das equipes de Estratégia Saúde da Família – ESF,

com atendimentos domiciliares por 02 (dois) médicos do Programa Mais Médicos,

assim como atendimento no distrito de São Sebastião, além desses o município

possui serviços de atenção ao Pré-Natal, Parto e Nascimento, Serviço de

Fisioterapia, Serviço de Vigilância em Saúde, Serviço de Atenção Integral a

Hanseníase entre outros.

Dos profissionais da Secretaria de Saúde divididos em vários segmentos

trabalham em prol da saúde de todos os munícipes priorizando os trabalhos de

prevenção, no entanto quando há gravidade de alguns casos o paciente

encaminhado necessitando de leito ficará submetidos aos leitos do SUS disponíveis

por vários seguimentos dentro do âmbito do estado entre eles: Leito Cirúrgico

(4.695) quatro mil seiscentos e noventa e cinco, leito Clínico (6.685) seis mil

seiscentos e oitenta e cinco, leito Complementar (2.071) dois mil e setenta e um,

outras especialidades (7.769) sete mil setecentos e sessenta e nove, no entanto o

município dispõe de leitos que pertencem a 20ª Regional de Saúde o que facilita o

transporte em alguns casos os pacientes são encaminhados para a capital Curitiba.

93

1.12.1 Número de equipamentos existentes, em uso e disponíveis ao SUS

A Secretaria Municipal de Saúde disponibiliza para atendimento da população

01 (um) equipamento de diagnóstico por imagem, raio-x dentário, 01 (um)

equipamento de odontologia, equipo odontológico, 01 (um) equipamento para

manutenção da vida, 01 (um) equipamento por métodos gráficos, eletrocardiógrafo,

por problemas no CNES o município deixou de alimentar os dados referentes aos

equipamentos da rede de atendimento, contudo além desses outros também fazem

parte como: Detector de batimento cardíaco fetal, Estadiômetro equipamento portátil,

Kit equipamento de urgência, etc..,espera –se que até o final deste ano este

problema esteja regularizado.

1.12.2 Tabela do SISPACTO com os indicadores e metas de 2017

94

(continuação)

95

2. DIRETRIZES, AÇÕES E METAS

2.1 DIRETRIZ 01: QUALIFICAÇÃO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE

Objetivo 1: Qualificar as ações e serviços, promovendo a integralidade e a equidade nas Redes de Atenção à Saúde.

Meta 2018-2021 Linha de Base Indicador para Monitoramento e Avaliação da Meta

Ações 2018-2021

Manter e/ou ampliar em 1% as consultas médicas por habitantes, estimadas pelas equipes da Atenção Primária e ESF.

2016 (14.642 consultas)

Proporção de atendimentos realizados na Atenção Básica e ESF.

- Manter média de consultas e equipe multiprofissional completa na Atenção Básica e ESF.

Manter através do Governo Federal o Programa Saúde na Escola –PSE em 100% das escolas e CMEI, na área municipal e estadual.

2016 (4 escolas 1 CMEI)

Número de CMEI e escolas beneficiadas.

- Desenvolver ações de antropometria (peso e altura) e teste de visão anualmente. - Contratualização do Programa PSE. - Palestras educativas de promoção e prevenção a saúde.

Aumentar em 20% o número de ações relacionadas ao diagnóstico precoce de neoplasias.

2016 (15 ações)

Número de ações realizadas.

- Fortalecer as ações de promoção e prevenção em saúde às mulheres e aos homens em todo seu ciclo de vida através de campanhas e palestras; - Atender os pedidos de solicitação de exames de PSA de acordo com indicação.

96

- Atender os pedidos de solicitação de exames de mamografias em mulheres de 50 – 69 anos; - Rastrear as mulheres em idade fértil para a realização de exames de Papanicolau e Mamografias; - Rastreamento e seguimento das mulheres com exames de Papanicolau e mamografias alteradas.

Garantir 100% dos fármacos, através da disponibilidade do Estado, e assistência domiciliar, quando solicitada, as pessoas vítimas de câncer em tratamento com rádio e quimioterapia.

2015 (2 pacientes que fizeram uso)

Proporção dos farmacológicos e assistência domiciliar ofertados.

- Garantir retaguarda farmacológica e assistência domiciliar para pacientes em tratamento de rádio e quimioterapia

Adesão de 100% da Atenção Primária à Saúde ao processo de tutoria da Secretaria do Estado do Paraná.

2017 (1)

Adesão da tutoria. - Aplicar o “instrumento para avaliação da qualidade na Atenção Primária à Saúde”; - Verificar o estágio de desenvolvimento alcançado pela UBS; - Identificar as não conformidades; - Desenvolver planos para a correção das não conformidades ou para a melhoria contínua.

Realizar 100% dos encaminhamentos para consultas especializadas, conforme vagas

2016 (2.226 Consultas com finalidade diagnóstica)

Proporção de consultas especializadas realizadas, conforme solicitação médica e

- Liberar e/ ou encaminhar consultas e os exames através do Consórcio.

97

disponíveis no CISCOPAR. vagas disponíveis no CISCOPAR.

Registrar no prontuário eletrônico 100% dos atendimentos realizados pela rede.

2017 (70% da rede)

Proporção de atendimentos registrados no prontuário eletrônico.

- Realizar análise, avaliação, retroalimentação e divulgação dos resultados obtidos através dos sistemas de informação; - Realizar capacitação das equipes para padronização dos registros no prontuário eletrônico.

Atender em 100% os encaminhamentos ao profissional fonoaudiólogo.

0 Contratação através de concurso publico

- Realizar a contratação de um profissional fonoaudiólogo.

Melhorar a infraestrutura da Unidade Básica de Saúde.

2017 (02 veículos e equipamentos em geral)

Proporção de aquisições e melhorias.

- Aquisição de equipamentos e veículos para a Unidade Básica de Saúde, através de emendas parlamentares e recursos próprios do município; - Reformar a Unidade Básica de Saúde; - Implantar sala de fisioterapia na UBS. - Laboratório de análises clínicas próprio do município que atenda a RDC 50 de 21 de fevereiro de 2002 e ou unidade de coleta no município

Objetivo 2: Estruturar o programa de saúde da pessoa idosa.

Meta 2018-2021 Linha de Base Indicador para Monitoramento e Avaliação da Meta

Ações 2018-2021

Reduzir o número de idosos com fratura de fêmur.

2016 (1)

Fratura de fêmur em idosos

-Realizar reunião semanal com idosos no intuito de possibilitar trocas de experiências, aprendizagens, melhorando

98

assim a qualidade de vida dos mesmos; - Realizar trabalhos educativos para a pessoa idosa, com ênfase na coordenação motora e mental. - Realizar busca ativa de idosos; - Ampliar em 5% o Projeto de Intervenção a Pessoa Idosa – Grupo Viver Mais.

Reduzir o número de óbitos prematuros (de 30 a 69 anos) pelo conjunto das quatro principais doenças crônicas não transmissíveis (DCNT – doenças do aparelho circulatório, câncer, diabetes e doenças respiratórias crônicas; consolidando a política municipal de atenção ao idoso.

2017 (0)

Proporção de ações efetuadas

- Implementar o uso da caderneta de saúde da pessoa idosa; - Realizar busca ativa de idosos para campanha de vacinação contra influenza; - Realizar campanhas para evitar quedas domesticas em idosos; - Implantar o Núcleo de Apoio à Saúde da Família - NASF, para fortalecer e ampliar a rede de atendimento com a contratação de profissionais. - Adquirir fraldas geriátricas descartáveis para pacientes acamados com indicação médica, conforme protocolo; - Desenvolver atividades de Tai Chi Chuan, alongamento, caminhadas e utilização das academias da terceira idade, em conjunto com outras secretarias, para desenvolver atividades motoras dos idosos; - Desenvolver grupos de danças no município em parceria com a Secretaria de Assistência Social; - Manter as visitas domiciliares pela Estratégia Saúde da Família;

99

- Realizar Estratificação de Risco em Saúde Mental a pessoa idosa; - Implementação de estratégias de prevenção de agravos e eventos adversos, com foco nas maiores causas de morbimortalidade.

Objetivo 3: Organizar de maneira articulada, a atenção a saúde bucal por meio de ações de promoção da saúde, prevenção e controle de doenças bucais.

Meta 2018-2021 Linha de Base Indicador para Monitoramento e Avaliação da Meta

Ações 2018-2021

Manter em 30 % a cobertura populacional de saúde bucal

2016 (30%) Conforme SISPACTO

Cobertura de Saúde Bucal

- Realizar campanha de Detecção Precoce do Câncer Bucal. - Realizar palestras, atividades educativas e preventivas em saúde bucal ao grupo de gestantes e alunos das escolas da sede e distrito; - atender crianças a partir dos 4 meses de idade. - Atender às famílias cadastradas na ESF, conforme levantamento realizado pelos Agentes Comunitários de Saúde; - Ofertar através do Centro de Especialidades Odontológicas –CEO, atendimentos nas especialidades de Prótese Parcial e Total, Endodontia, Periodontia e Pacientes Portadores de Necessidades Especial; - Ofertar Kits de higiene bucal, aos alunos da área municipal e do distrito, CMEI,

100

assim como das entidades sociais; - Atender os funcionários municipais.

Objetivo 4: Efetivar o cuidado à saúde mental.

Meta 2018-2021 Linha de Base Indicador para Monitoramento e Avaliação da Meta

Ações 2018-2021

Implantar parcerias com os grupos de apoio de álcool e drogas e propor encaminhamento a 100% dos usuários atendidos pela rede.

2016 (0)

Número de encaminhamentos

- Apoiar a Associação de recuperação de alcoólatras, através de campanhas educativas; - Realizar uma campanha anual com o objetivo de sensibilizar os usuários de álcool sobre os malefícios causados por esta droga. - Garantir atendimento psiquiátrico e encaminhamentos para CAPS AD III /SIMPR de pacientes usuários de álcool e drogas, através do município via CISCOPAR. - Contratar um profissional Assistente Social em período integral para UBS.

Oferecer encaminhamentos através do CISCOPAR a 100% dos pacientes atendidos e que necessitam de avaliação psiquiátrica e tratamento medicamentoso.

2016 (356 Consultas)

Proporção de atendimentos efetuados

- Encaminhar através de consultas médicas e psicológicas, pacientes que necessitam de atendimento psiquiátrico.

Objetivo 5: Organizar e qualificar a atenção materno-infantil

Meta 2018-2021 Linha de Base Indicador para Monitoramento e

Ações 2018-2021

101

Avaliação da Meta

Ampliar para 80% das gestantes SUS com 7 ou mais consultas no pré –natal.

2016 (70%)

Proporção de gestantes SUS com 7 consultas de pré- natal.

- Captação precoce das gestantes, ainda no 1º trimestre de gestação; - Realizar busca ativa das gestantes faltosas nas consultas.

Manter em zero (0) a taxa de mortalidade infantil

2016 (0)

Número de óbitos infantil - Agendar visitas no hospital de referência para no mínimo 30% das gestantes SUS; - Fortalecer o grupo de gestantes na UBS com enfoque na assistência ao pré natal e parto normal; - Atingir 80% das crianças menores de quatro (4) meses com aleitamento materno exclusivo; - Realizar puericultura em 50% das crianças de até doze (12) meses de idade do Programa Mãe Paranaense; -Estratificar os recém nascidos conforme protocolo de classificação de riscos, determinando a linha de cuidados necessária; -Ampliar e/ou manter 04 doadoras de leite humano; -Realizar três testes de sífilis e HIV nas gestantes SUS, segundo protocolo da Mãe Paranaense; - Realizar primeira visita ao recém-nascido em até 5 dias pela ACS, após o nascimento; - Garantir uma visita domiciliar do ACS ao

102

binômio, mãe e filho já na primeira semana de vida até o quinto dia após o parto; - Realizar consulta de puerpério e de acompanhamento do bebê até o decimo dia após o parto na UBS; - Realizar 08 consultas no primeiro ano de vida da criança; - Monitorar casos novos notificados no SINAN de sífilis congênita em menores de um ano de idade.

Monitorar e/ou acompanhar 100% dos recém nascidos de mães HIV positivos

2016 Sem casos

Proporção de transmissão vertical

- Acompanhar os recém nascidos de mães portadoras de HIV; - Realização de exames; - Disponibilizar tratamento e busca ativa.

103

2.2 DIRETRIZ 02: INTERNAMENTO POR CAUSAS SENSÍVEIS A ATENÇÃO BÁSICA

Objetivo: Reduzir as internações por causas sensíveis.

Meta 2018-2021 Linha de Base Indicador para Monitoramento e Avaliação da Meta

Ações 2018-2021

Ampliar o número de equipes de ESF, para cobertura de 100% da população, inclusive área rural.

2017 (01)

Número de equipe de ESF, implantada.

- Reduzir as internações por causas sensíveis

Ações que complementam todas as metas da Rede: Acesso à educação permanente, com o objetivo de qualificar os profissionais da rede de atenção.

104

2.3 DIRETRIZ 03: FORTALECIMENTO DAS AÇÕES DE PROMOÇÃO DA SAÚDE

Objetivo: Promover a intersetorialidade no desenvolvimento das ações e reduzir vulnerabilidade e riscos à saúde relacionados aos seus determinantes e condicionantes.

Meta 2018-2021 Linha de Base Indicador para Monitoramento e Avaliação da Meta

Ações 2018-2021

Manter em 80.5% a cobertura de acompanhamento das condicionalidades do PBF na saúde.

2016 (80.5%)

Proporção de cobertura de acompanhamento das condicionantes do PBF.

- Acompanhamento semestral dos beneficiários do Programa Bolsa Família, buscando o cumprimento das condicionantes de saúde exigidas pelo Ministério da Saúde; - Manter o Projeto de Prevenção da Gravidez na Adolescência –PPGA, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação.

Aumentar em 5% o número de fumantes nos grupos de tabagismo.

2015 (15)

Número de fumantes participando dos grupos de tabagismo.

- Fornecer medicamentos e/ou adesivos aos usuários de tabaco que participam das reuniões de grupo. - Palestras ilustrativas dos malefícios ocasionados pelo cigarro; - Retomar o Programa de Combate ao Tabagismo, com equipe multiprofissional.

Ampliar em 5% o uso de plantas medicinais para o tratamento de feridas.

2017 (10 pacientes)

Proporção de cura dos ferimentos, através do uso das plantas medicinais.

- Sensibilizar e/ou incentivar os usuários portadores de feridas, sobre a importância do uso correto das plantas medicinais na cura das feridas.

105

Aumentar em 50% ações/campanhas de educação em saúde para população.

2016 (40 ações/campanhas)

Número de ações/campanhas efetuadas.

- Promover trabalhos voltados a prevenção e promoção da saúde; - Realizar/aconselhar sobre a importância dos exames preventivos de teste rápido para sífilis, HIV,HbsAg e HCV; - Sensibilizar os pacientes usuários do Sistema Único de Saúde – SUS, sobre a importância do diagnóstico precoce; - Realizar ações de promoção e prevenção para alimentação saudável. - Criar protocolo para que as enfermeiras da unidade de saúde possam fazer pedido de exames

Capacitar 80% da equipe para acolhimento e notificação das vítimas de violência.

2015 (01 capacitação)

Proporção de funcionários capacitados.

- Garantir assistência médica e psicológica nos casos de violência para acompanhamento dos casos; - Garantir exames para prevenção de DST e gravidez as vítimas de violência que procurarem a Unidade Básica de Saúde.

Ações que complementam todas as metas da Rede: Acesso à educação permanente, com o objetivo de qualificar os profissionais da rede de atenção.

106

2.4 DIRETRIZ 04: FORTALECIMENTO DA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA

Objetivo: Promover o acesso da população ouroverdense aos medicamentos contemplados no REMUME aos cuidado farmacêutico.

Meta 2018-2021 Linha de Base Indicador para Monitoramento e Avaliação da Meta

Ações 2018-2021

Ampliar para 2% os medicamentos de uso continuo e diversificação (quando possível) dos medicamentos.

2016 (872.876 comprimidos dispensados)

Número de medicamentos fornecidos

- Dispensar métodos anticoncepcionais (oral e injetável) conforme padronização da Secretaria Municipal de Saúde; - Garantir a oferta regular de medicamentos essenciais da Farmácia Básica. - Aquisição, recebimento, armazenamento e distribuição de medicamentos, soros e insumos padronizados nas políticas públicas e sob responsabilidade do município; - Realizar 02 campanhas anuais sobre o uso racional de medicamentos, com o auxílio de uma assistente; - Manter atualizada em 100% a padronização da (REMUME); - Realizar campanhas sobre o uso racional de qualquer tipo de medicamentos - Contratação através de concurso público para assistente farmacêutica;

107

Realizar 02 processos licitatório anuais para aquisição de medicamentos, equipamentos em geral e uniformes; - Capacitação do profissional farmacêutico por meio de 2 eventos anuais; - Dispensar 95% dos alimentos enterais e leites, seguindo as indicações do protocolo.

Ações que complementam todas as metas da Rede: Acesso à educação permanente, com o objetivo de qualificar os profissionais da rede de atenção.

108

2.5 DIRETRIZ 05: FORTALECIMENTO DA POLÍTICA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE

Objetivo: Analisar a situação de saúde, identificar e controlar determinantes e condicionantes, riscos e danos a prevenção e promoção da saúde, por meio de ações de vigilância epidemiológica, vigilância sanitária, vigilância ambiental, vigilância da saúde do trabalhador e vigilância laboratorial.

Meta 2018-2021 Linha de Base Indicador para Monitoramento e Avaliação da Meta

Ações 2018-2021

Investigar 100% dos óbitos infantis, maternos e fetais.

2016 -4 óbitos de mulheres em idade fértil investigados. - 1 fetal investigado - 1 infantil investigado

Proporção de óbitos infantis, maternos e fetais investigados

- Notificar os óbitos infantis, maternos e fetais; - Realizar as investigações de óbitos infantis, maternos e fetais; - Médico que faça parte da equipe da Epidemiologia, para suporte do setor; - Ter um técnico de enfermagem exclusivo para o setor de vigilância

Manter a cobertura do calendário básico de vacinação em 80%.

2016 84,46% (TABNET)

Percentual da cobertura vacinal adequadas para as vacinas do calendário básico da criança.

- Busca ativa dos usuários com esquema de vacinação incompleto em tempo oportuno, durante visitas dos ACSs.

Manter em 100% a proporção de cura de casos novos de tuberculose pulmonar com confirmação laboratorial

2016 1 caso

Proporção de cura de casos novos de tuberculose pulmonar com confirmação laboratorial.

- Desenvolver ações integradas como Tratamento Diretamente Observado (TDO), junto aos serviços de saúde para o aumento de cura dos casos novos e busca dos sintomáticos respiratórios.

Manter e/ou aumentar a proporção de testagem

2016 100%

Proporção de exames anti – HIV realizados

- Participar das capacitações que a 20ª RS oferece, encaminhando os diversos

109

para HIV nos casos novos de tuberculose, para 90%

entre os casos novos de tuberculose.

setores da UBS; - Realizar busca ativa dos pacientes de casos novos de TB.

Encerrar a investigação de pelo menos 80% dos casos de Doenças de Notificação Compulsória Imediata (DNCI) registrado no SINAN em até 60 dias a partir da data de notificação.

Linha de base Estado 79% Proporção de casos de doenças de notificação compulsória imediata encerradas até 60 dias após a notificação

- Notificar os casos de doenças de notificação compulsória imediata; - Manter o sistema de Vigilância Epidemiológica relacionado aos agravos de notificação compulsória; - Alimentar 90% dos sistemas referentes a Vigilância Epidemiológica de acordo com sua necessidade. (Semanalmente e/ou mensalmente); - Realizar capacitações ofertadas pela SESA, referente às DNCI, aos profissionais da Vigilância em Saúde; - Notificar 100% dos casos de violências ocorridos e notificados nas escolas, CMEI, CRAS, CREAS e Conselho Tutelar através das fichas de notificação.

Investigar 98% dos casos de hepatite B confirmados por sorologia.

2016 98%

Proporção de casos de hepatite B confirmados e acompanhados

- Implementar ações de vigilância e controle de hepatite B na rede básica. - Aumentar a proporção de testes rápidos.

Notificar 100% dos casos de acidente de trabalho grave, em que a Unidade de Saúde têm conhecimento.

2016 100% das fichas recebidas

Proporção de casos notificados de acidente de trabalho grave.

- Notificar acidente de trabalho grave em todos os casos que se enquadram e que sejam atendidos na Unidade Básica de Saúde.

Realizar 99% das ações sanitárias consideradas

2016 (85.71%)

Percentual de ações de Vigilância Sanitária de

- Realizar as sete ações básicas que estão inseridas no COAP;

110

necessárias. acordo com a legislação vigente.

- Inserir dados dos procedimentos, no sistema de informação ambulatorial SIA/SUS/PAB; - Adquirir através de licitação e conforme a necessidade do setor, equipamentos, materiais de consumo, EPIs e uniformes. - Realizar palestras com os funcionários da SMS sobre a importância do uso correto dos EPIs; - Manter 100% a revisão e manutenção dos equipamentos e veículos das Vigilâncias Epidemiológica, Sanitária, Ambiental e Saúde do Trabalhador.

Manter ou ampliar em 5 pontos percentuais a proporção de análises realizadas em amostras de água para consumo humano, para os parâmetros de coliformes totais, cloro residual livre e turbidez.

2016 (89.91%)

Proporção de análises realizadas em amostra de água para consumo humano quanto aos parâmetros coliformes totais, cloro residual livre e turbidez.

- Coletar 10 (dez) amostras mensais para cloro residual livre 10 (dez)amostras para turbidez e 09 (nove) amostras mensais para coliformes totais.

Reduzir abaixo de 1% o índice de infestação predial do Aedes Aegypti.

2016 (1.10%)

Índice abaixo de 1% de infestação predial para Aedes aegypti.

- Realizar no mínimo 4 ciclos de visita domiciliar em 80% dos domicílios por ciclo infestados por Aedes aegypti. - Realizar busca ativa de casos e bloqueios dos casos suspeitos de dengue - Manter o número de agentes de endemias a campo conforme o protocolo nacional (um agente para 800 imóveis).

111

- Reavaliar e atualizar o Plano de contingencia da Dengue, Zika e Chikungunya, em conjunto com outros setores envolvidos. - Desenvolver campanha anual com carro de som e/ou buzinaço, entrega de panfletos, alertando a população dos riscos das doenças transmitidas por este vetor, sensibilizando os mesmos para erradicação das doenças através da limpeza dos quintais eliminando recipiente com água parada. - Usar a rádio local, site da prefeitura, jornal, rede social entre outros para a propagação da situação da dengue, solicitando a colaboração dos munícipes na erradicação do vetor. - Colocar junto ao CMS o índice do Aedes aegypti no município e ações desenvolvidas no combate ao vetor. - Reunir a equipe de endemias e coordenador do programa da dengue, semanalmente ou conforme necessidade para planejamento, elaboração de estratégias para o controle da Dengue;

Investigar 100% dos acidentes graves e fatais relacionados ao trabalho

2016 (7 Acidentes graves)

Proporção de casos notificados de acidentes graves e fatais relacionados ao trabalho investigados.

- Notificar todos os agravos relacionados ao trabalho inclusive o item ocupação. - Técnico em Segurança do Trabalho fazendo parte do quadro de funcionários da SMS

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- Investigar acidentes graves e fatais relacionados ao trabalho que adentrem a Unidade Básica de Saúde - Realizar fiscalização na construção civil do município e orientar os funcionários do mesmo quanto ao uso correto dos EPIs, - Realizar campanhas educativas junto as empresas e estabelecimentos para coibir/reduzir doenças e acidentes de trabalho, - Assegurar atenção à saúde do trabalhador com inspeções e palestras sobre o tema segurança no trabalho

Monitorar 100% óbitos de animais (Cão, Gato, Morcego. Macaco) que podem transmitir raiva e/ou Febre Amarela.

2016 (03 coletas de animais suspeitos)

Número de animais com sintomatologia suspeita de raiva e/ou Febre Amarela.

- Coletar e encaminhar ao LACEN amostras biológicas de animais que apresentem sintomatologia suspeita de raiva e/ou Febre Amarela. - Buscar parcerias com Universidades, Secretária de Desenvolvimento, Turismo e Meio Ambiente municipal, para elaboração e implantação do Projeto de Prevenção e Controle de Zoonoses; - Construir censo da população de animais domésticos; - Promover a Educação em Saúde na prevenção de zoonoses transmissíveis; - Executar em parceria proposta de castração de fêmeas de animais domésticos (cães e gatos).

Notificar 100% dos 2016 Número de casos de Realizar monitoramento/levantamento de

113

acidentes por escorpião e/outros animais peçonhentos.

(08 acidentes) acidentes por escorpião e/outros notificados na UBS.

acidentes por escorpiões e outros animais peçonhentos no município.

Ações que complementam todas as metas da Rede: Acesso à educação permanente, com o objetivo de qualificar os profissionais da rede de atenção.

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2.6 DIRETRIZ 06: OUVIDORIA COMO INSTRUMENTO DE GESTÃO E CIDADANIA

Objetivo: Intensificar ações junto ao gestor de saúde, visando desenvolver estratégias para que a ouvidoria se efetue como um instrumento de gestão e cidadania.

Meta 2018-2021 Linha de Base Indicador para Monitoramento e Avaliação da Meta

Ações 2018-2021

Equipar uma (1) sala para atendimento exclusivo da ouvidoria municipal. .

2016 (0)

Sala própria da ouvidoria equipada

- Implantar e equipar sala própria para a ouvidoria - Adquirir através de licitação aparelho de celular, materiais educativos e equipamentos para estruturar a sala; - Participar das reuniões da equipe da SMS e conferência de saúde. - Distribuir panfletos informativos para a população ouroverdense com o objetivo de aprimorar o conhecimento e informação; - Elaborar relatórios das ações executadas, bem como de sua resolutividade das solicitações, para apresentação nas reuniões quadrimestrais da audiência pública. - Instalar o programa SIGO- Sistema Integrado para Gestão de Ouvidorias;

Ações que contemplam todas as metas da Diretriz. Capacitação e avaliação permanente da Ouvidoria

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2.7 DIRETRIZ 07: FORTALECIMENTO DO CONTROLE SOCIAL DO SUS

Objetivo: Deliberar e fiscalizar os instrumentos de gestão orçamentaria e de gestão do SUS.

Meta 2018-2021 Linha de Base Indicador para Monitoramento e Avaliação da Meta

Ações 2018-2021

Fiscalizar e avaliar a execução de 100% dos instrumentos de gestão: PPA, LDO, LOA, PAS, RELATÓRIOS QUADRIMESTRAIS E RAG

100% dos instrumentos fiscalizados e avaliados

Percentual de cumprimento de cada instrumento de gestão

- Análise e discussão dos Instrumentos de Gestão Orçamentaria e de Gestão do SUS nas reuniões ordinárias e/ou extraordinárias do CMS; - Organizar e realizar a Conferência Municipal de Saúde; - Atualização do Conselho Municipal de Saúde no SIACS.

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2.8 DIRETRIZ 08: QUALIFICAÇÃO DA GESTÃO DO FINANCIAMENTO EM SAÚDE

Objetivo: Modernizar os processos de gestão do financiamento em saúde.

Meta 2018-2021 Linha de Base Indicador para Monitoramento e Avaliação da Meta

Ações 2018-2021

Aplicar no mínimo 15% (quinze por cento), da receita liquida municipal de impostos em gastos com ações e serviços públicos de saúde

2016 (21.21%)

Percentual de gastos aplicados em ações e serviços públicos de saúde

- Execução do orçamento total previsto na LOA; - Acompanhamento das receitas liquidas de impostos vinculados à saúde; - Prestação de contas, de forma transparente da aplicação de recursos orçamentários e financeiros das ações e serviços públicos de saúde.

117

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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LISTA DE SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Norma Técnica ACS Agente Comunitário de Saúde AIDS Síndrome da Imunodeficiência Adquirida AIH Autorização de Internação Hospitalar Anti - HCV Exame para detectar o vírus da Hepatite C ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária APS Atenção Primária de Saúde APSUS Programa de Qualificação da Atenção Primária à Saúde CAPS AD Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Droga CEMAF Centro Municipal de Atendimento a Criança ao Adolescente

e a Família CENOR Centro Radiológico CEO Centro de Especialidade Odontológico CISCOPAR Consórcio Intermunicipal de Saúde CMEI Centro Municipal de Educação Infantil CMS Conselho Municipal de Saúde CNAE Classificação Nacional de Atividades Econômicas CNES Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente COPEL Companhia Paranaense de Energia CRAS Centro de Referência de Assistência Social CRE Centro Regional de Especialidades CREAS Centro de Referência Especializado em Assistência Social CRESEMS Conselho Regional de Secretários de Saúde CT Conselho Tutelar DAB Dados da Atenção Básica DATASUS Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde DCNT Doenças Crônicas não Transmissíveis DNCI Doenças de Notificação Compulsória Imediata DST Doenças Sexualmente Transmissíveis EJA Educação de Jovens e Adultos EPI Equipamento de Proteção Individual ESF - Estratégia Saúde da Família E-SUS Portal Eletrônico do Cidadão FPO Programação Físico - Orçamentária FUNASA Fundação Nacional de Saúde GAL Gerenciador de Ambiente Laboratorial HbSAG Exame para detecção do vírus da Hepatite B ativo HIV Vírus da Imunodeficiência Humana IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IDEB Índice de Desenvolvimento de Educação Básica IDH Índice de Desenvolvimento Humano IDHM Índice de Desenvolvimento e Renda IG Índice Gestacional INEP Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais IOAF Incentivo à Organização de Assistência Farmacêutica

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IPARDES Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social

LACEN Laboratório de Análise Central LC Lei Complementar LDO Lei de Diretrizes Orçamentária LIA Levantamento de Índice Amostral LOA Lei Orçamentária Anual MEC Ministério de Educação e Cultura MS Ministério da Saúde NASF Núcleo de Apoio à Saúde da Família NR Norma Regulamentadora OMS Organização Mundial de Saúde PAB Programa de Atenção Básica PAS Programação Anual de Saúde PBF Programa Bolsa Família PGRSS Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Saúde PIT Posto de Informação de Triatomíneo PLC Programa Leite das Crianças PMCD Programa Municipal de Controle da Dengue PMVS Plano Municipal de Vigilância Sanitária PPA Plano Plurianual PPGA Programa de Prevenção da Gravidez na Adolescência PSA Antígeno Prostático Específico PSE Programa Saúde na Escola RAG Relatório Anual de Gestão RAIS Relação Anual de Informações Sociais RDC Resolução Diretoria Colegiada REMUME Relação Municipal de Medicamentos Essenciais SAMU Serviço de Atendimento Móvel de Urgência SANEPAR Companhia de Saneamento do Paraná SB Saúde Bucal SEED Secretaria de Estado da Educação SERE Sistema Estadual de Registro Escolar SESA Secretaria de Saúde SIA Sistema de Informação Ambulatorial SIACS Sistema de Acompanhamento dos Conselhos de Saúde SIASUS Sistema de Informação Ambulatorial SICREDI Cooperativa de Créditos SIGO Sistema Integrado para Gestão de Ouvidorias SIM Sistema de Informação Municipal SINAN Sistema de Informação de Agravos de Notificação SINAP Serviço de Informação de Animais Peçonhentos SINASC Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos SIOPS Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em

Saúde SI-PNI Sistema de Informação do Programa Nacional de

Imunização SIS Sistema Integrado de Informações da Área da Saúde

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SISCAN Sistema de Informação do Câncer SISCOLO Sistema de Informação do Câncer do Colo de Útero SISFAD Sistema de Informação do Programa Nacional de Controle

da Dengue SISMAMA Sistema de Informação do Controle de Câncer de Mama SISPACTO Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e Controle SISPNCD Sistema do Programa Nacional de Controle da Dengue SISPRENATAL Sistema de Acompanhamento do Programa de

Humanização no Pré-Natal e Nascimento SISVAN Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional SMS Secretaria Municipal de Saúde SUDE Superintendência de Desenvolvimento Educacional SUS Sistema Único de Saúde TAA Termo de Apreensão e Amostra TB Tuberculose TDO Tratamento Diretamente Observado TR Teste Rápido UBS Unidade Básica de Saúde UPA Unidade de Pronto Atendimento VIGIAGUA Vigilância da Qualidade da Água VIGIASUS Vigilância em Saúde VISA Vigilância Sanitária