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SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO À SAÚDE DAS PESSOAS ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO DE RISCO NO SERVIÇO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA RIBEIRÃO PRETO SP 2020

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SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO À SAÚDE DAS PESSOAS

ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO DE RISCO

NO SERVIÇO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

RIBEIRÃO PRETO – SP 2020

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SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE

Departamento de Atenção à Saúde das Pessoas

ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO DE RISCO

NO SERVIÇO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

Protocolo destinado ao acolhimento com classificação de risco, documento norteador a ser seguido pelas unidades de saúde de Pronto Atendimento do Município de Ribeirão Preto do Estado de São Paulo.

1ª Versão

RIBEIRÃO PRETO – SP

2020

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ATENDIMENTO, documento norteador a ser seguido pelas unidades de saúde que compöema rede de atenção as Urgências e Emergências do municipio de Ribeirão

Preto do Estado de São Paulo.

Prof/Dr.Saídró ScarpeliniSecetário Municipal da Saúde

Ms Enf.Janè Aparecida ¢ristina Assistente do secretário

ra, Dra. Suraia Zaki Sammour Vigarani

Diretora DASP

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Elaboração, distribuição e informações: Secretaria Municipal da Saúde (SMS).

Departamento de Atenção à Saúde das Pessoas (DASP).

Gestão 2017-2020:

Dr. Sandro Scarpelini – Secretário Municipal da Saúde

Enfª. Jane Aparecida Cristina – Assistente do secretário

Dra. Suraia Zaki Sammour Vigarani – Diretora DASP

Secretário Municipal da Saúde

Dr. Sandro Scarpelini

Assistente do secretário

Jane Aparecida Cristina

Diretora do Departamento de Atenção a Saúde das Pessoas (DASP-SMS)

Suraia Zaki Sammour Vigarani

Coordenador das Unidades de Urgência e Emergência

Dr. Elvio Antonio Pinotti Neto

Comissão Técnica:

Alessandra P. S. Soares Medeiros – Coordenadora Enfermagem da UPA “Dr Luis

Atílio Losi Viana” Fundação Hospital Santa Lydia

Ilka Barbosa Pegoraro - Diretora do Departamento de Atenção a Saúde das Pessoas

da Secretaria Municipal da Saúde de Ribeirão Preto até junho de 2019

Jane Aparecida Cristina – Assistente do Secretário – Secretaria Municipal da Saúde

de Ribeirão Preto

Karina Domingues de Freitas – Chefe da Divisão de Enfermagem da Secretaria

Municipal da Saúde de Ribeirão Preto

Maria de Fátima Paiva Brito – Enfermeira do Núcleo de Segurança do Paciente e

Divisão de Enfermagem – Secretaria Municipal da Saúde de Ribeirão Preto

Lauren Suemi Kawata – Enfermeira da Divisão de Enfermagem - Secretaria

Municipal da Saúde de Ribeirão Preto

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Márcia Bonareli – Coordenadora Enfermagem da UBDS “Dr. Sergio Arouca” -

Fundação Hospital Santa Lydia até março de 2019

Maria Alice de Freitas Colli Oliveira – Coordenadora do Núcleo de Educação

Permanente – NEP/DASP-SMS

Maria Dolores Biasoli – Chefe da Divisão Médica da Secretaria Municipal da Saúde

de Ribeirão Preto até junho de 2019

Mirela Modolo Martins do Val - Coordenadora Enfermagem da UBDS Vila Virgínia

Natália Cristina Betoni – Enfermeira UBDS “Dr Marco Antônio Sahão” – Secretaria

Municipal da Saúde/ Gerente da UBS Simioni

Renato Arita Junior – Médico Ginecologista da UBDS Vila Virgínia

Sergio Innocente - Chefe da Divisão Médica da Secretaria Municipal da Saúde de

Ribeirão Preto

Vanderlei Mega Palocci – Médico Cardiologista e Gerente da UPA “Dr Luis Atílio

Losi Viana” até março de 2018

Tânia Aparecida Cancian Masella – Enfermeira Responsável Técnica da UBDS “Dr.

Sérgio Arouca” - Secretaria Municipal de Saúde até setembro de 2018

Tatiane Soares Costa – Enfermeira da UBDS Central da SMS até junho de 2018 e

Enfermeira da UBS Marincek

Apoio

Bruna Gabriela Montagnani – Médica Coordenadora da ” Fundação Hospital Santa

Lydia” – UBDS Central

Giovanna Teresinha Cândido – Enfermeira da SMS e Gerente da UBDS Quintino II

até Junho de 2018.

Dra. Patrícia Soares Pereira Lima – Médica responsável tecnica do Complexo

Regulador

Colaboração:

Regilene Molini Zacarelli – Profa. Dra do Centro Universitário Barão de Mauá

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FICHA CATALOGRÁFICA

Ficha catalográfica Ribeirão Preto. Prefeitura Municipal. Secretaria Municipal da Saúde. Departamento de Atenção a Saúde das Pessoas. Acolhimento com Classificação de Risco no Serviço de Urgência e Emergência. Ribeirão Preto – São Paulo, 2020. 62 pg Descritores: 1. Urgência. 2. Acolhimento. 3. Classificação de Risco

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 10

2 CONCEITO DE ACOLHIMENTO ....................................................................... 11

3 OBJETIVO GERAL ............................................................................................ 13

4 RESULTADOS ESPERADOS: .......................................................................... 14

5 ATRIBUIÇÕES DA EQUIPE NA ORGANIZAÇÃO DO ACOLHIMENTO COM

IDENTIFICAÇÃO DE RISCO .................................................................................... 15

6 OBSERVAÇÕES GERAIS ................................................................................. 17

7 CRITÉRIOS DE IDENTIFICAÇÃO DE RISCO ................................................... 18

8 PROCESSO DE IDENTIFICAÇÃO DE RISCO .................................................. 19

9 IDENTIFICAÇÃO DE RISCO ............................................................................. 19

10 AVALIAÇÃO DO PACIENTE ....................................................................... 42

11 COLETA DE DADOS ................................................................................... 43

12 INDICADORES ............................................................................................. 48

13 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................... 48

14 REFERÊNCIAS ............................................................................................ 49

15 ANEXOS ...................................................................................................... 52

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LISTA DE FLUXOGRAMA

Fluxograma 1. Fluxo do acolhimento da demanda espontânea e direcionamento na Atenção Básica, Ribeirão Preto, São Paulo, 2019. .............. 52

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1 INTRODUÇÃO Os serviços de emergência representam uma parcela importante da porta de

entrada ao sistema de saúde, pois grande parte da população busca essas unidades

para resolução de problemas de menor complexidade, ocasionando superlotação

nesses serviços, sendo esta uma realidade tanto no cenário internacional quanto no

Brasil (O´DWYER, MATTA, PEPE, 2008).

As unidades de pronto atendimento 24h, segundo o Ministério da Saúde, “são

estruturas de complexidade intermediária entre as unidades básicas de saúde,

unidades de saúde da família e a rede hospitalar, devendo funcionar 24h por dia, todos

os dias da semana, e compor uma rede organizada de atenção às urgências e

emergências, com pactos e fluxos previamente definidos, com o objetivo de garantir o

acolhimento aos pacientes, intervir em sua condição clínica e contra referenciá-los para

os demais pontos de atenção da Rede de Atenção à Saúde (RAS), para os serviços da

atenção básica ou especializada ou para internação hospitalar, proporcionando a

continuidade do tratamento com impacto positivo no quadro de saúde individual e

coletivo da população” (BRASIL, 2013).

A Portaria nº 1.600, de 7 de julho de 2011, reformula a Política Nacional de

Atenção às Urgências e institui a Rede de Atenção às Urgências no Sistema Único de

Saúde (SUS) destacando a necessidade de se trabalhar dentro de um conceito amplo

de saúde que direcione a intervenção e resposta às necessidades de saúde, atuando

desde a promoção, prevenção, passando pelo diagnóstico, monitoramento, tratamento

e a recuperação (NOVAES, NASCIMENTO, AMARAL, 2016).

A Portaria 2048 de 05 de novembro de 2002, do Ministério da Saúde propõe a

implantação nas unidades de atendimento às urgências do acolhimento e da

“triagem classificatória de risco”. De acordo com esta Portaria, este processo

“deve ser realizado por profissional de saúde, de nível superior, mediante

treinamento específico e utilização de protocolos pré-estabelecidos e tem por

objetivo avaliar o grau de urgência das queixas dos pacientes, colocando-os em

ordem de prioridade para o atendimento” (BRASIL, 2002).

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2 CONCEITO DE ACOLHIMENTO

O acolhimento é uma ação tecno-assistencial que pressupõe a mudança da

relação profissional/usuário e sua rede social através de parâmetros técnicos, éticos,

humanitários e de solidariedade, reconhecendo o usuário como sujeito e participante

ativo no processo de produção da saúde. Implica prestar um atendimento com

resolutividade e responsabilização, orientando, quando for o caso, o paciente e a

família em relação a outros serviços de saúde para a continuidade da assistência e

estabelecendo articulações com esses serviços para garantir a eficácia desses

encaminhamentos (BRASIL, 2004).

Em 2004, o Ministério da Saúde lançou a proposta de Acolhimento com

Classificação de Risco nas Unidades de Urgências e Emergências (PNH) com o

objetivo de organizar o fluxo e reduzir o tempo de espera dos pacientes com urgência

médica (BRASIL, 2004).

2.1. Acolhimento com Classificação de Risco

O Acolhimento com Avaliação e Classificação de Risco é um processo dinâmico

de identificação das condições dos usuários que necessitam de tratamento imediato, de

acordo com o seu potencial de risco, agravos à saúde ou grau de sofrimento; o

profissional de saúde deverá ouvir as queixas, medos e expectativas do usuário,

humanizando o atendimento e oferecendo resolutividade para o problema apresentado

(BRASIL,2004).

Mais que uma previsão legal, a classificação de risco é entendida como uma

necessidade para melhor organizar o fluxo de pacientes que procuram as portas de

entrada de urgência/emergência, garantindo um atendimento resolutivo e humanizado

àqueles em situações de sofrimento agudo ou crônico agudizado de qualquer natureza

(MAGALHÃES, 1998; SANTOS JÚNIOR, 2004; ROCHA, 2005).

Com a crescente demanda e procura pelos usuários dos serviços de urgência e

emergência nas Unidades de Pronto Atendimento, torna-se necessário a reorganização

do processo de trabalho destas unidades de forma a atender os diferentes graus de

especificidade e resolutividade na assistência realizada aos agravos agudos de forma

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que, a assistência prestada seja de acordo com diferentes graus de necessidades ou

sofrimento (ABBÊS, C.; MASSARO, A. Campinas, 2004)

A Política Nacional de Humanização do SUS ratifica que o acolhimento é um

dispositivo de maior relevância ética, estética, política e estruturante, além de ser uma

ferramenta para organização do processo de trabalho das equipes de saúde (BRASIL,

2009).

É importante ressaltar que o processo se faz com a identificação de risco,

utilizando as cores: vermelha, amarela, verde e azul como preconizadas pelo Ministério

da Saúde, e por meio do Protocolo de Acolhimento com Classificação de Risco em que

são identificados sinais e sintomas, levando em consideração a queixa principal do

paciente. Desta maneira, nas Unidades de Pronto Atendimento existirá uma

reorganização de fluxo com base na Classificação de Risco, distanciando-se do

conceito tradicional de triagem e suas práticas de exclusão, efetivando-se o

atendimento a todos (BRASIL,2009).

2.2. Missões do acolhimento com Classificação de Risco

1 - Ser instrumento capaz de acolher o cidadão e garantir um melhor acesso aos

serviços de urgência/emergência;

2 - Humanizar o atendimento;

3 - Garantir um atendimento rápido e efetivo.

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3 OBJETIVO GERAL

Implementar o Protocolo de Acolhimento com Classificação de Risco da demanda

espontânea na rede municipal de Atendimento de Urgência e Emergência do município

de Ribeirão Preto/SP.

3.1. Objetivos Específicos

• Identificar a prioridade do atendimento em função do potencial de gravidade ou

de agravamento da queixa apresentada;

• Fortalecer a humanização no acolhimento, organizar e garantir o atendimento

rápido e pertinente dos usuários que procuram as Unidades de Pronto

Atendimento,

• Monitorar as ações desenvolvidas durante o processo de implementação do

protocolo e implementar as ações da equipe multidisciplinar constituída por

recepção/ agente administrativo, auxiliar/ técnico de enfermagem, enfermeiro e

médico.

• Escuta qualificada do cidadão que procura os serviços de urgência/emergência;

• Classificar, mediante protocolo, as queixas dos usuários que demandam os

serviços de urgência/emergência, visando identificar os que necessitam de

atendimento médico imediato;

• Construir os fluxos de atendimento na urgência/emergência considerando todos

os serviços da rede de assistência à saúde;

• Funcionar como instrumento de ordenação e orientação da assistência, sendo

um sistema de regulação da demanda dos serviços de urgência/emergência.

• Avaliar a implantação do Protocolo de Acolhimento com Classificação de Risco,

nos serviços não hospitalares de urgência e emergência.

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4 RESULTADOS ESPERADOS:

Com a implementação do Protocolo de Acolhimento com Classificação de Risco

na Rede Municipal de Atendimento de Urgência e Emergência de Ribeirão Preto/SP

espera-se que:

● Seja possível reduzir o tempo de espera e otimizar recursos para o

atendimento, fazendo com que o paciente seja avaliado e direcionado de acordo

com a sua gravidade;

● Reordenar o fluxo interno com a determinação da área de atendimento,

de acordo com a gravidade;

● Acolher pacientes e familiares nas demandas de informações do processo

de atendimento, tempo e motivo de espera;

● Possibilitar respostas para os problemas por meio do atendimento

qualificado;

● Sistematizar o processo de trabalho em equipe.

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5 ATRIBUIÇÕES DA EQUIPE NA ORGANIZAÇÃO DO ACOLHIMENTO COM IDENTIFICAÇÃO DE RISCO

5.1. Comuns a todos os profissionais da equipe de saúde

• Participar no planejamento, coordenação e avaliação das ações de saúde

prestada;

• Programar, executar e avaliar o processo de trabalho com base em prioridades,

objetivos e metas propostas;

• Planejar ações que visem otimizar o tempo de atendimento da população com

qualidade;

• Avaliação dos resultados de ação e garantia integral dos direitos humanos.

5.2. Recepção/Agente Administrativo

• Colaborar para a organização do fluxo dos usuários que procuram a unidade de

saúde;

• Disponibilizar as Fichas de Atendimento (FAA) para atendimento médico;

• Encaminhar para a enfermagem todos os usuários para o Acolhimento com

Classificação de Risco;

• Realizar identificação do paciente com a pulseira constando nome e Hygia.

5.3. Auxiliar/Técnico de Enfermagem

• Auxiliar na identificação de Sinais de Alerta e vulnerabilidades dos usuários que

estão em acolhimento sob a supervisão e em conjunto com o Enfermeiro;

• Proceder à identificação de sinais de alerta e vulnerabilidade conforme

estratificação de sinais de alerta;

• Proceder e auxiliar nas orientações após intervenções propostas para

redirecionar fluxo interno;

• Conferir e garantir a identificação do paciente com a pulseira constando nome e

Hygia.

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5.4. Enfermeiro

• Coordenar as ações de Acolhimento com Classificação de Risco;

• Proceder à avaliação de risco conforme estratificação proposta (vermelho,

amarelo, verde e azul) e direcionar conforme tomada de decisão;

• Realizar e colaborar na capacitação e supervisão da equipe de enfermagem.

5.5. Médico

• Colaborar na coordenação das ações de acolhimento da demanda espontânea;

• Confirmar a identificação do paciente na ficha de atendimento e na pulseira de

identificação.

• Reclassificar à classificação proposta inicialmente (vermelho, amarelo, verde e

azul), conforme tomada de decisão, quando necessário e registrar a nova

classificação;

• Carimbar e assinar a FAA no caso de reclassificação;

• Realizar consulta médica de acordo a classificação proposta;

• Realizar procedimentos de sua competência;

• Realizar e colaborar na capacitação da equipe frente às ações de acolhimento

com classificação de risco.

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6 OBSERVAÇÕES GERAIS • Todos os profissionais da unidade devem compreender e pactuar o processo de

trabalho e estarem inseridos nele;

• Todos os pacientes identificados, conforme protocolo, devem ser atendidos

dentro do tempo estimado;

• O paciente perturbador deverá ter seu atendimento priorizado (amarelo), pois

apresenta um perfil desagregador que poderá causar prejuízos aos demais

usuários e para a própria equipe;

• Nos casos de evasão do usuário acolhido conforme protocolo ou que não

aguardou o atendimento, a enfermagem deverá proceder à anotação na Ficha de

Atendimento, assinar e solicitar que outro profissional assine juntamente,

testemunhando o fato ocorrido, conforme descrito no Protocolo de Evasão

estabelecido na SMS-RP;

• Os usuários hiperutilizadores (que procuram a unidade por repetidas vezes)

deverão ser acolhidos quantas vezes comparecerem ao serviço;

• Usuários acolhidos e identificados nas cores segundo Protocolo de Acolhimento

com Classificação de Risco que aguardam por atendimento médico, podem ser

reavaliados/reclassificados a qualquer momento desde que haja à observação de

possíveis alterações em seu quadro clínico;

• O usuário atendido no setor verde que necessitar de reavaliação terá a

continuidade de seu atendimento no mesmo setor;

• Os casos de baixa complexidade que necessitam de acompanhamento, após o

atendimento, deverão ser encaminhados às Unidades Básicas de Saúde de

referência com ficha de referência e contra referência;

• Todas as criança/adolescente devem ser pesados.

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7 CRITÉRIOS DE IDENTIFICAÇÃO DE RISCO CLASSIFICAÇÃO DE RISCO

AMARELA - Prioridade 1 Encaminhar para consulta médica (área amarela) Urgência (será atendido com prioridade sobre os pacientes classificados como VERDE, no consultório ou leito da sala de observação) (Avaliação em média 60 minutos). Ex: Trauma moderado ou leve, TCE sem perda da consciência, queimaduras menores, dispneia leve a moderada, dor abdominal, convulsão, cefaleias, idosos e grávidas, etc...)

VERMELHA - Prioridade zero Emergência (ser atendido imediatamente na sala de emergência); Encaminhar para sala de urgência e avisar o médico responsável pela sala de urgência; Não perder tempo com a classificação Em risco de morte (exemplo: parada cardiorrespiratóia, infarto, politrauma, choque hipovolêmico, etc...)

VERDE - Prioridade 2 Sem risco de morte imediato (somente será atendido após todos os pacientes classificados como VERMELHO e AMARELO); Encaminhar para consulta médica, urgência menor Reavaliar periodicamente sem risco de morte (Avaliação em média em 120 minutos) Em situações de grandes demandas, como por exemplo: grandes epidemias média de 180 minutosEx: Dor lombar leve a moderada sem alterações dos sinais vitais e sem mobilidade prejudicada, Traumas leves há mais de 6 horas, contusões e escoriações leves, dor de garganta ou ouvido sem febre, etc.. Situações especiais – atender legislação ( Brasil, 2015) Situações especiais – atender legislação

AZUL Quadro crônico sem sofrimento agudo ou caso social, sem gravidade aguardar atendimento médico (Avaliação em média em 240 minutos) Procedimentos como: curativo cirúrgico nos finais de semana com guia de referência da Unidade, avaliação de resultados de exames laboratoriais sem alterações dos sinais vitais e sem queixas.

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8 PROCESSO DE IDENTIFICAÇÃO DE RISCO

Trata-se da identificação dos pacientes que necessitam de intervenção médica e

de cuidados de enfermagem, de acordo com o potencial de risco, agravos à saúde ou

grau de sofrimento, usando um processo de escuta qualificada e tomada de decisão

baseada em protocolo e aliada à capacidade de julgamento crítico (SÃO LUIZ, SD).

9 IDENT IFICAÇÃO DE RISCO

SINAIS VITAIS ALTERADOS

PAS ≥ 200 ou PAD ≥ 130 mmhg PAS ≤ 80 mmhg

FC ≤ 40 ou ≥ 120bpm FR ≤10 ou ≥ 30 irpm SatO2 ≤ 90% Febre (TAX ≥ 38,5°C) em imunocomprometidos.

Temperatura (TAX ≤ 35°C ou ≥ 40°C) Em pacientes febris perguntar sobre imunodepressão e uso crônico de corticóide!

PAS ≥200 Ou PAD ≥ 130 mmHg sem sintomas. PAS entre 190-200 ou PAD entre 120-130mmHg com e sem qualquer sintoma. FR entre 21 e 29 irpm Sat. O2 91% ou 94% Febre (TAX ≥ 38,5°C) em imunocomprometidos e com toxemia.

PAS < 190 e PAD < 120 assintomático FR entre 12 e 20irpm Sat O2 ≥ 95% Febre (TAX ≥ 38,5°C) em imunocomprometidos e sem toxemia.

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TRAUMATISMO CRÂNIO ENCEFÁLICO – TCE

Obs: ver tabela – anexo 3 - Escala de coma de Glasgow atualizada 2018.

Alteração do estado de consciência (ECGlasgow entre 9 e 12) e/ou confusão mental Cefaléia intensa (Escore 8-10) e/ou dor cervical Perda de consciência Otorragia Náuseas / vômitos Crise convulsiva Ferimento perfurante

Ver Escala de Coma de Glasgow (Anexo 2) Ver Escala de dor e Mecanismo de Trauma (Anexo 3).

Avaliar início, gravidade e evolução dos sintomas! Avaliar deterioração do quadro neurológico!

ECGlasgow 13 e14 Cefaleia moderada (Escore 4-7/10)

Sem perda de consciência, náuseas, vômitos, crise convulsiva ou ferimento perfurante.

ECGlasgow 15 Cefaléia leve Trauma de baixo impacto Evento (trauma) há mais de 6h.

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TRAUMAS

Vide anexo 6 – Classificação das queimaduras pela extensão.

QUEIMADURAS

TRAUMA GRAVE Dados vitais normais Dor intensa (Escore 8-10/10)

Palidez cutânea e sudorese fria Estado de consciência normal (alerta) Sinais/sintomas menos graves em múltiplos sistemas Relato de perda de consciência Fraturas com deformidade ou luxações com comprometimento neuromuscular ou dor intensa. Ferimentos com sangramento ativo não compressível Sinais de Choque Circulatório

Dor ou instabilidade da pelve. Ver Mecanismo de Trauma (Anexo II) e Escala da dor.

TRAUMA MODERADO Dados vitais normais Dor moderada (Escore 4-7/10) Fratura sem deformidade Ferimentos extensos sem sangramento ativo.

TRAUMA LEVE Dados vitais normais Dor leve ( Escore 1-3/10) Contusões/ entorses e escoriações Evento (trauma) há mais de 6 h.

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QUEIMADURAS

Dados vitais alterados Queimaduras de 2°/3° graus ≥ 10% Queimaduras de 2°/3° graus em face e períneo Queimaduras elétricas Queimaduras circunferenciais Queimaduras em ambientes confinados.

Dados vitais normais Queimaduras de 2°/3° graus < 10% SCQ Queimaduras de 1° grau ≥ 10 % SCQ em áreas não críticas Queimaduras de 1° grau em face e períneo Queimaduras de mãos e pés de qualquer grau.

Queimaduras de 1° grau < 10% SCQ em áreas não críticas.

Queimaduras de 1° grau < 10% SCQ em áreas não críticas.

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ACIDENTE COM ANIMAIS VENENOSOS E PEÇONHENTOS

(Exemplo: aranhas, cobras, escorpiões, abelhas, maribondos, vespas, formigas e lacraias)

FERIMENTOS POR ARMA BRANCA E ARMA DE FOGO, FERIMENTOS

Dados vitais alterados Acidente com animal peçonhento com sinais e sintomas sistêmicos Alteração de hipersensibilidade (placas eritematosas) Alteração pupilar (pupilas puntiforme) Sinais de anafilaxia (edema de glote e insuficiência respiratória)

Ver sinais de anafilaxia

Cuidado com idosos e diabéticos!

Dados vitais normais Acidente com animal peçonhento sem sinais e sintomas sistêmico Dor local intensa (Escore 8-10/10)

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FERIMENTOS POR ARMA BRANCA E ARMA DE FOGO,

FERIMENTOS CORTO-CONTUSO, FERIDAS, ABSCESSOS E MORDEDURAS

INTOXICAÇÕES AGUDAS

Exógenas e Endógenas por produtos químicos e venenos

Dados vitais alterados Ferida com sangramento não compressível Sinais de choque Mordeduras múltiplas com laceração e sangramento intenso Empalamento por corpo estranho Acidente pérfuro-cortante com material biológico e exposição sexual

Dados vitais normais Ferida com sangramento compressível Ferimento corto contuso sem sangramento intenso Ferida infectada com sinais sistêmicos Abscesso como dor intensa ou flutuação Mordedura (humana ou animal) sem laceração.

Miíase com infestação intensa

Ferida pequena, superficial e sem sangramento ou hematoma Ferida infectada sem sinais sistêmicos Contusões escoriações leves Abscesso com dor leve-moderada e sem flutuação.

Troca de curativo ou retirada de pontos que será realizada nos finais de semana mediante

guia de referência.

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INTOXICAÇÕES AGUDAS

Exógenas por produtos químicos e venenos

Relato de ingestão há menos de 6h com ou sem sintomas. Dificuldade respiratória (edema de glote) Alteração da pressão arterial Pupilas puntiformes Taquipneia, taquicardia, bradicardia Convulsão Sinais neurológicos

Cuidado com ingestão de anticonvulsivantes antidepressivos, sulfato ferroso,

paracetamol, anti-hipertensivos, antiarrítmicos, beta-bloqueadores, digoxina,

hipoglicemiante oral, organofosforados, carbamatos e drogas não conhecidas!

Relato de ingestão há mais de 6h e assintomático. Prurido e/ou irritação intensa em superfície corporal extensa após contato dérmico.

Alterações dérmicas apenas locais.

Contato há mais de 4h e assintomático (excluir compostos tiofosforados).

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DESCONFORTO RESPIRATÓRIO

Dispneia/ Crise Asmática/ Dor de Garganta e Ouvido/ Obstrução Nasal/ Tosse

FR ≥ 30irpm Sat. O2 ≤ 90% não portador de DPOC ou doença crônica Esforço respiratório moderado Estridor laríngeo.

Cuidado com uso crônico de corticóide, idosos, história de internações freqüentes

ou internação em UTI!

FR entre 21 e 29 irpm Sat. O2 91% ou 94% Retração de fúrcula e tiragem intercostal Esforço respiratório leve Dispnéia aos esforços Dor torácica ventilatório -dependente com ou sem febre

Dor de garganta com febre, com placas e com toxemia.

FR entre 12 e 20irpm Sat O2 ≥ 95% Dor Torácica ao tossir Secreção nasal amarelada Dor de garganta com febre e com placas sem toxemia Dor de ouvido com febre História de estridor noturno Tosse, coriza, obstrução nasal, dor de garganta ou de ouvido sem febre e sem toxemia Portadores de asma fora de crise com saturação ≥ 92 e FR ≤ 21

Tosse, coriza, obstrução nasal crônicas ou recorrentes sem febre e sem toxemia.

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DOR TORÁCICA

Dados vitais alterados Dor no peito de forte intensidade e início súbito e/ou falta de ar e/ou cianose, dor em queimação ou aperto com irradiação para um ou ambos os membros, dor epigástrica, acompanhada freqüentemente de sudorese, náuseas, vômitos ou dispneia; História anterior de IAM, angina ou aneurisma; Dor Isquêmica

Avaliar e registrar: intensidade da dor, dados vitais, se espontânea ou

traumática, duração, caracteristica, localização, irradiação, uso de

medicamentos, fatores que pioram ou melhoram.

Cuidado com idosos, diabéticos e paciente com passado de IAM ou embolia pulmonar.

Dados vitais normais Dor ventilatório dependente ou que piora com tosse, acompanhada de febre, tosse ou expectoração Dor moderada.

Dados vitais normais Dor de característica muscular (localizada, evidenciada à palpação, que piora com movimentos do tronco ou membros superiores) Dor aguda leve, sem outros sintomas associados e em pacientes sem história prévia de coronariopatia ou embolia pulmonar.

Dados Vitais normais Dor crônica sem característica de DOR ISQUÊMICA.

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QUEIXAS ABDOMINAIS E URINÁRIAS

Dados vitais alterados Dor abdominal intensa com náuseas vômitos e sudorese Prostração, palidez cutânea

Dor abdominal alta com suspeita de DOR ISQUÊMICA (ver Dor Torácica) Cuidado com pacientes idosos, diabéticos, pacientes com passado de IAM com dor em abdome superior e mulheres em idade fértil com atraso menstrual Cuidado com pacientes idosos, diabéticos, pacientes com passado de IAM com dor em abdome superior e mulheres em idade fértil com atraso menstrual. DOR ISQUÊMICA (ver Dor Torácica). Dados vitais normais Dor moderada ou Distensão abdominal Vômitos e/ou diarréia com sinais de desidratação Diarréia intensa (vários episódios nas últimas horas) Febre ou relato de febre Retenção urinária aguda com bexigoma Dor lombar intensa com sintomas urinários ou febre Disúria intensa com polaciúria e/ou hematúria

Dados vitais normais Dor leve Enjoo ou relato de vômitos e/ou diarreia sem sinais de desidratação Disúria isolada ou discreta sem outros sintomas Não se apresenta prostrado ou toxemiado. Constipação intestinal sem outros sintomas.

Dados vitais normais Constipação intestinal sem outros sintomas Dor crônica ou recorrente.

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DOR CERVICAL, DORSAL, LOMBAR OU EM EXTREMIDADES

(Sem história de trauma)

Dor intensa Com Sinais de isquemia Sinais de isquemia aguda: palidez cutânea, diminuição da temperatura distal, diminuição ou ausência de pulso distal.béticos, pacientes com passado de IAM com dor em abdome superior e mulheres em idade fértil com atraso menstrual. DOR ISQUÊMICA (ver Dor Torácica).

Dor moderada (Sem sinais de isquemia Dor intensa em coluna vertebra com mobilidade prejudicada

Sinais flogísticos locais

Dor leve Limitação leve dos movimentos sem perda de função Edema articular sem flogose.

Dor leve Sem limitação dos movimentos ou perda da função Sem edema ou sinais flogísticos locais.

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CEFALÉIA

Dados vitais alterados Dor intensa Meningismo (rigidez de nuca) Alteração do estado de consciência Sinais neurológicos focais (paresia, parestesia, disfasia, afasia, dislalia, ataxia, alteração de campo visual, distúrbio do equilíbrio)

PAS ≥190 ou PAD ≥ 120 mmHg.béticos, Pa Cuidado com hemorragia subaracnóidea, hematomas, meningite, encefalites! abdome superior e mulheres em idade fértil com atraso menstrual. DOR ISQUÊMICA (ver Dor Torácica).

Dados vitais normais Dor moderada com náuseas e/ou vômitos.

Dados vitais normais Dor leve Dor facial com rinorréia purulenta Relato de febre Não se apresenta toxemiado ou prostrado.

Dados vitais normais Dor crônica ou recorrentes sem piora recente.

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ALTERAÇÃO AGUDA DO ESTADO NEUROLÓGICO E RELATO DE CONVULSÃO, DESMAIO OU SÍNCOPE

Dados vitais alterados ECGLASGOW entre 9 e 13 Piora de seqüela neurológica prévia Em pós- ictal e torporoso/comatoso Com crises repetitivas e sem recuperação completa da consciência entre as mesmas Com déficit neurológico agudo (paresia, plegia, disfasia, ataxia, paralisia facial) Cefaléia intensa de início súbito Rigidez de nuca, hipertonicidade, rigidez muscular Distúrbio súbito do equilíbrio associado à náuseas/vômitos. Movimentos tônicos -clônicos, agitação motora e sialorreia Crise convulsiva há menos de 6 horas

Paciente desmaiadol Avaliar uso/ interrupção de anticonvulsivante e neurolépticos e abstinência de álcool e drogas Avaliar uso/ interrupção de anticonvulsivante e neurolépticos e abstinência de heres em idade fértil com atraso me Avaliar uso/ interrupção de anticonvulsivante e neurolépticos e abstinência R ISQUÊMICA (ver Dor Torácica).

Dados vitais normais Em pós-ictal Relato de primeira crise convulsiva Crise convulsiva há mais de 6 horas Relato de desmaio ou síncope Hemiparestesia (formigamento, dormência) Vertigem rotatória.

Distúrbios neurovegetativos

Dados vitais normais Crise convulsiva há mais de 12h Vertigem não rotatória Parestesias bilaterais ou migratórias.

Dados vitais normais História de crise convulsiva/epilepsia e precisando de medicação (receita).

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DISTÚRBIOS PSIQUIÁTRICOS E ABSTINÊNCIA DE ÁLCOOL E DROGAS

Dados vitais alterados Delírios, alucinações, confusão mental, ansiedade intensa, pânico e impulsividade com risco para si e para os outros Agitação psicomotora intensa Convulsão, déficit neurológico agudo, letargia, coma Quadro depressivo grave (chora inconsolável) Hipertonicidade e rigidez muscular

História de uso de drogas; agudo e agressivo

Cuidado com hipóxia e hipoglicemia!

Fazer glicemia capilar!

Avaliar abstinência de álcool e drogas!

Cuidado com hipóxia e hipoglicemia!

Fazer glicemia capilar!

Avaliar abstinência de álcool e drogas! Dados vitais normais Agitação psicomotora menos intensa Pensamento suicida

Envolvimento com ocorrências policiais

Dados vitais normais Gesticulando, mas não agitado Humor deprimido Perda de interesse por atividades

Capaz de interagir com o acolhedor

Dados vitais normais Depressão crônica ou recorrente Insônia

História de distúrbio psiquiátrico e precisando de medicação (receita)

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HIPERTENSÃO

PAS ≥ 200 ou PAD ≥ 130mmHg com qualquer sintoma Alteração do estado de consciência Dor torácica sugestiva de isquemia Sinais neurológicos focais (paresia, plegia, disfasia, afasia, ataxia, paralisia facial)

Epistaxe franca. Cuidado com hipóxia e hipoglicemia

Cuidados com grávidas! Investigar história pregressa de hipertensão arterial e

uso/suspensão de anti-hipertensivos!

Fazer glicemia capilar!

Avaliar abstinência de álcool e drogas!

PAS ≥200 Ou PAD ≥ 130 mmHg sem sintomas. PAS entre 190-200 ou PAD entre 120-130mmHg com e sem qualquer sintoma.

PAS < 190 e PAD < 120 assintomático

História de hipertensão arterial e precisando de medicação (receita).

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DIABETES

Dados vitais alterados Glicemia ≤ 50mg/dl ou ≥ 401mg/dl Alteração do estado mental (letargia, confusão mental, agitação, irresponsível, visão turva, coma) Sudorese profusa

Fazer glicemia capilar!

Fazer glicemia capilar!

Avaliar abstinência de álcool e drogas! Dados vitais normais Glicemia > 250mg/dl e ≤ 401 mg/dl

Glicemia ≥ 71mg/dl ou ≤ 250mg/dl e assintomático.

História de diabetes e precisando de medicação (receita).

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SANGRAMENTOS

(Hematêmese/ Hematoquezia/ Melena/ Hemoptise/ Epistaxe)

Hematêmese, hematoquezia, melena ou hemoptise com dados vitais alterados Epistaxe com PA ≥ 180/110

Cuidado com cirróticos, usuários de anticoagulantes, portadores de coagulopatias e grávidas!

Fazer glicemia capilar!

Avaliar abstinência de álcool e drogas!

Hematêmese, hematoquezia, melena ou hemoptise com dados vitais normais Mamilos homorroidários exteriorizados com sangramento e dor intensa (8-10/10) Epistaxe com PA < 180/110

Dados vitais normais Relato de hematêmese, hematoquezia ou hemoptise leve (raias de sangue) Relato de melena (normal no momento) Mamilos hemorroidários exteriorizados com sangramento discreto e dor leve/moderado Sangramento vaginal em não grávidas com dados vitais normais

Relato de hemorróidas com dor leve e sem sangramento Relato de epistaxe (normal no momento)

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QUEIXAS OCULARES

Dados vitais alterados Dor interna.

Trauma ocular Trauma ocular

Fazer glicemia capilar!

Avaliar abstinência de álcool e drogas! Dados vitais normais Dor moderada Olho avermelhado com história de trauma ou contato com substância química ou solda

Celulite Peri-orbitaria.

Dor leve Prurido ocular

Olho avermelhado sem história de trauma ou contato com substância química ou solda.

Hemorragia na esclera sem história de trauma

Terçol ou calázio sem celulite.

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AFECÇÕES DE PELE E ALERGIAS

Dados vitais alterados Com estridor laríngeo ou dificuldade de falar.

Trauma ocular

Fazer glicemia capilar!

Avaliar abstinência de álcool e drogas!

Dados vitais normais Toxemiado, prostrado ou febril Prurido generalizado intenso

Com infecção secundaria e sinais sistêmicos.

Prurido discreto Sem toxemia, prostração ou febril

Com infecção secundaria sem sinais sistêmicos.

Quadro crônico ou recorrente sem sinais sistêmicos.

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DIARRÉIA E VÔMITOS

Dados vitais alterados Vômitos e diarreias persistente com sinais de desidratação grave

Fazer glicemia capilar!

Fazer glicemia capilar!

Avaliar abstinência de álcool e drogas! Dados vitais normais

Vômitos e diarreias persistente com sinais de desidratação moderada

Dados vitais normais Vômitos e diarreias persistente sem sinais de desidratação

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SINAIS E SINTOMAS COM EVENTOS ISOLADOS:

Edema, Icterícia, Fraqueza, Câimbras, Menstruação irregular, Atraso Menstrual, Atestado de Saúde, Realização de Exames

Dados vitais alterados Edema generalizado (anasarca)

• Dados vitais alterados

• Edema generalizado (anasarca) Fazer glicemia capilar!

Avaliar abstinência de álcool e drogas! Dados vitais normais Toxemiado, prostrado, febril ou desidratado Icterícia aguda Edema localizado com flogose e sinais sistêmicos

Fraqueza ou câimbra com outros sintomas

Dados vitais normais Edema localizado com flogose e sem sinais sistêmicos Fraqueza ou câimbra sem outros sintomas

Edemas localizado crônico ou recorrente sem flogose e sem sinais sistêmicos Solicitação de atestado de saúde

Avaliação de resultados de exames laboratoriais sem alteração dos sinais vitais e sem novas queixas

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SITUAÇÕES GINECOLÓGICAS E OBSTÉTRICAS

Dados vitais alterados Trabalho de parto (TP) em período expulsivo

Exteriorização de partes fetais Dor intensa ≥ 7-10

Contrações intensas a cada 2 minutos

Hipertonia uterina / Sangramento genital intenso

PAS ≥ 160 e/ou PAD ≥ 110 mmHg

PA ≥ 140/90 mmHg com dor de cabeça, de estômago ou alterações visuais

Perda de líquido espesso esverdeado Portadora de doença falciforme

Portadora de HIV em TP (qualquer frequência ou dor)

Pós-parto imediato Sangramento vaginal com dados vitais alterados ou sangramento vaginal em grávidas ou com atraso menstrual Metrorragias

Convulsão em atividade Hipertermia ≥ 40ºCs vitais alterados

• Edema generalizado (anasarca) Fazer glicemia capilar!

Avaliar abstinência de álcool e drogas! Dados vitais normais Sinais e sintomas sugestivos para pielonefrite (cistite, dor lombar ou abdominal....)

Dor lombar moderada 4-6/10 Disúria (dor/dificuldade para urinar), poliúria Lesões vulvares externas Contrações com intervalos maiores que 3 minutos Sangramento moderado** PAS de 140 -159 e/ou PAD 90-109 mmHg, sem sintomas Ausência de MF em gravidez ≥ 22 semanas Náuseas e vômitos de início agudo ou persistentes

Febril ≥ 37,9 ºC e ≤39,9ºC Ingurgitamento mamário Gestante e puérpera imunodeprimida Dor abdominal em puérpera Relato de ausência de MF por mais de 12 horas em gestação ≥ 22 semanas

Dor leve intensidade (<3/10), Febril ≤ 37,9oC PAS ≤ 139 e/ou PAD ≤ 89 mmHg Perda de liquido vaginal em pequena quantidade

Menstruação irregular ou atraso

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SITUAÇÕES ESPECIAIS

• Idoso;

• Deficientes mentais;

• Deficientes físicos;

• Acamados;

• Com dificuldade de locomoção;

• Gestante;

• Escoltados, algemados, envolvidos em ocorrência policial ou privados de liberdade;

• Vítimas de abuso sexual;

• Violência Doméstica;

• Retorno em menos de 24h sem melhora.

• O paciente perturbador deverá ter atendimento priorizado

• Portadores de necessidades especiais respeitando LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO

DE 2015.

• Em caso de apresentação de sintomas, queixas ou eventos não relacionados

neste protocolo, a equipe de acolhimento/ classificação de risco deve levar em

conta principalmente os dados vitais do paciente, a apresentação clínica do

mesmo (toxemiado, prostrado, febril, desidratado), o tempo de início dos

sintomas e a opinião da equipe Médica para definir sua classificação.

Esses pacientes devem merecer atenção especial da equipe de acolhimento / classificação de risco e, dentro do possível, a sua avaliação deve ser priorizada, respeitando a situação clinica dos outros pacientes que aguardam atendimento.

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10 AVALIAÇÃO DO PACIENTE

• Queixa principal (início, evolução, tempo de início dos sinais e sintomas);

• Medicações em uso, doenças pregressas, alergias e vícios;

• Estado físico do paciente (inspeção e observação);

• Sinais de Alerta: pressão arterial, temperatura, saturação de oxigênio, glicemia

capilar, frequência cardíaca, frequência respiratória, diurese, dor, sangramento

agudo, alteração do nível de consciência e dor torácica aguda;

• Aplicação de escalas pertinentes à queixa principal; (escala de dor, escala de

coma de Glasgow - anexos 7 e 2.

• Aplicação dos riscos assistenciais (risco de quedas, risco para úlcera por

pressão, alergias, risco de suicídio);

• A reclassificação poderá ocorrer toda vez que os sinais ou queixas apresentadas

sofrer alterações;

• Data da última menstruação (DUM).

Observação: Os dados coletados deverão ser registrados na ficha de atendimento.

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11 COLETA DE DADOS 11.1. Coleta de dados direcionada a pacientes com queixas respiratórias

Principais Queixas

Dor torácica (dor no peito), falta de ar, tosse seca ou produtiva, com ou sem presença

de sangue (hemoptise).

Situações emergências

Ausência de movimento respiratório, sinais de engasgamento por obstrução de vias

aéreas por corpo estranho, sinais severos de insuficiência respiratória, trauma

penetrante ou contuso em região torácica.

Sinais de alerta

Atenção especial ao padrão e frequência respiratória, perfusão periférica e tempo de

preenchimento capilar.

Queixa atual

Início dos sinais e sintomas apresentados, fatores de piora ou melhora dos sintomas.

Antecedentes

- Tabagismo; Medicamentos em uso para doenças prévias;

- Exposição a irritantes químicos ou ambientais que afetam a respiração;

- Doença obstrutiva crônica prévia (asma, enfisema, bronquite...);

- Terapia domiciliar de 02;

- Doenças respiratória em tratamento (pneumonia, tuberculose, câncer de pulmão), ou

doença cardíaca que possa ter relação com a queixa respiratória como na Insuficiência

cardíaca congestiva;

- Dor no tórax ao respirar

Inspeção/observação rápida

- Presença de cianose central ou de extremidades;

- Uso de musculatura acessória evidenciado por esforço respiratório intenso com

presença de retração intercostal ou retração de fúrcula e supraesternal, batimento de

asas de nariz;

- Presença de sudorese;

- Enchimento capilar normal quando menor que 2 segundos;

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- Alteração no nível de consciência (agitação psicomotora a sonolência sugestiva de

hipóxia).

11.2 Coleta de dados direcionada a pacientes com queixas cardiocirculatórias

Principais queixas

Dor torácica (dor no peito); dispnéia (falta de ar), ortopnéia, tosse (que podem estar

associadas a doenças cardíacas); fadiga aos pequenos esforços, cianose ou palidez,

aumento de pressão arterial (hipertensos ou não), coração acelerado/palpitações,

edema.

A DOR TORÁCICA é um dos sintomas apresentados que causam maior dificuldade no

momento da triagem, em definir o encaminhamento imediato ou não para a avaliação

médica, visto que pode ser manifestação de várias alterações orgânicas pois que a

caixa torácica abriga várias estruturas de órgãos e sistemas como o digestório,

cardiovascular, respiratório, osteomuscular e linfático.

Sinais de alerta

Atenção especial ao padrão e frequência cardíaca, Sat O2, febre, palidez e sudorese.

Queixa atual

- Início dos sinais e sintomas apresentados;

- Fatores de piora ou melhora dos sintomas (dor aos esforços, ao respirar, com tosse).

Antecedentes

- História pregressa de cardiopatias (Cirurgia Cardíaca, IAM, Insuficiência Cardíaca,

Chagas); pacientes com estes antecedentes devem estar um nível acima do demais.

- Comorbidades como HAS, DM e obesidade também devem ser valorizadas;

- Estilo de vida (tabagismo, uso de álcool, drogas, sedentarismo)

A coleta de dados permitirá a abordagem rápida da queixa de dor torácica que tem

maior relevância clínica como é o caso da dor de origem cardíaca.

● Início/ forma dos sintomas - de início súbito em forma de aperto, opressão, peso,

queimação, pontadas.

● Natureza, local e irradiação - desconforto ou dor profunda localizada em precórdio

com ou sem irradiação para o MSE, desconforto ou dor epigástrica, na mandíbula ou

pescoço devem ser valorizadas;

● Sintomas associados - diaforese, náuseas, vômitos, palidez, extremidades frias,

sudorese.

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Observação: solicitação de ECG pelo enfermeiro (conforme protocolo interno unidade)

se julgar necessário, avaliação do ECG e reclassificação do paciente conforme

necessidade.

11.3 Coleta de dados direcionada a pacientes com queixas neurológicas

Principais queixas

Cefaléias (atenção importante deve ser dada ao nível e tipo de dor, início, história

prévia, investigar sinais de meningismo como rigidez de nuca); Distúrbios metabólicos

(investigar estados de hipoglicemia e hiperglicemia, convulsão);

Confusão/desorientação mental, letargia, agitação.

Queixa atual

Início dos sinais e sintomas apresentados.

Atenção aos sinais de:

●Intoxicações e overdoses (quantidade ingestão ou uso, tempo decorrido da

intoxicação);

●Acidente Vascular Encefálico (escala de Cincinnati);

●Traumatismos (coleta dados da biomecânica do trauma);

●Desidratação severa (idoso, diarreia e vômitos severos).

Coleta de Dados:

● Pacientes com alteração do estado mental como confusão/desorientação, letargia,

agitação, abuso de álcool, tremores, fraqueza e tontura devem ser submetidos à

glicemia capilar;

● Pacientes com história de traumas que envolvem pancada em região craniana devem

ser submetidos à avaliação de nível de consciência (Escala GLASGOW); Anexo*

Pacientes com queixas de:

● Perda súbita de força ou formigamento de um lado do corpo – face, braços ou perna;

● Dificuldade súbita de falar ou compreender;

● Perda visual súbita em um ou ambos os olhos, tontura, perda de equilíbrio,

coordenação;

● Dor de cabeça súbita intensa sem causa aparente;

● Desvio de Rima.

Devem ser submetidos a Escala de Cincinnati. Anexo*

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11.4 Coleta de dados direcionada a problemas na integridade Tecidual e Sistema

Tegumentar

Principais queixas

Ferimentos corte-contusos por diversos mecanismos de trauma; ferimentos

ocasionados pelo mecanismo de arma branca e /ou arma de fogo; picada de inseto com

reação alérgica; reação alérgica aguda ou crônica, acidente com animais peçonhentos

(cobra, escorpião); queimadura.

Atenção:

● Atenção a tempo da ocorrência e início dos sintomas, queixas respiratórias;

● Sangramentos e hemorragias sanguíneo;

● Acidentes com animais peçonhentos, picadas de insetos e alergias agudas;

● Alterações sistêmicas ocasionadas por queimaduras.

11.5 Coleta de dados a queixas direcionadas ao Sistema Gastrintestinal e Urinário

Principais queixas

Dor abdominal; dor lombar; epigástrica e fossa ilíaca, supra púbica (baixo-ventre);

queixas urinárias; diarreia; constipação intestinal; vômitos.

Queixa atual

Início dos sintomas, localização, irradiação, característica da dor, palidez ou coloração

cutânea.

Atenção: Temperatura, escala de dor, face de dor, posição antálgica.

Antecedentes

Comorbidades; tratamentos anteriores, atraso menstrual e sangramento.

Avaliação da dor

Dor (5º sinal vital)

É uma experiência complexa e subjetiva e tem seu início no sistema nervoso central.

Experiência sensorial e emocional associada a um dano tecidual e deve ser

considerada.

Diarréia e Vômitos

Queixa atual

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Atenção quanto ao início, frequência, características: odor, cor, cheiro, presença de

sangue, consistência, história alimentar.

Atenção: PA, temperatura; boca seca, lábios ressecados, letargia, confusão mental,

diminuição da urina.

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12 INDICADORES Propõe-se que sejam avaliados, entre outros, os seguintes indicadores:

• Percentual de usuários segundo classificação de gravidade (VERMELHO,

AMARELO, VERDE e AZUL);

• Tempos de espera (chegada do paciente até a classificação, classificação até o

atendimento médico) e de permanência de acordo com a classificação;

• Número de altas, transferências, internações e óbitos de acordo com a

classificação de gravidade;

• Número de atendimentos clínica médica e pediatria.

13 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Considerando que o acolhimento com classificação de risco é uma ferramenta de

melhoria da qualidade nos serviços de urgência, que permite diversas mudanças nas

ações de saúde das unidades de Pronto Atendimento, elaborou-se um Protocolo de

Acolhimento com sinais de alerta, respeitando os critérios estabelecidos pelo

Departamento de Atenção à Saúde das Pessoas da Secretaria Municipal da Saúde

(DASP/SMS).

Este documento a partir da sua publicação constitui-se de protocolo institucional

denominado: ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO DE RISCO NO SERVIÇO DE

URGÊNCIA E EMERGÊNCIA da Secretaria da Saúde do Município de Ribeirão Preto

do Estado de São Paulo.

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14 REFERÊNCIAS ABBÊS C, MASSARO A. Acolhimento com classificação de risco. Campinas, Hospital Municipal Mário Gatti, 2004. BELO HORIZONTE, Secretaria Municipal de Saúde. Protocolo técnico para classificação de risco nas UPA´s. Belo Horizonte: Secretaria Municipal de Saúde, 2004. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do SUS. – Brasília: Ministério da Saúde, 2009. 56 p. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS n.º 2048, de 5 de novembro de 2002. Brasília,2002.Disponívelem:<http://www.saude.mg.gov.br/atos_normativos/legislacaosanitaria/estabelecimentos-de-saude/urgencia-e-emergencia/portaria_2048_B.pdf>. BRASIL. Ministério da Saúde. LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm. Acesso em : 13/12/2018 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Especializada.Manual instrutivo da Rede de Atenção às Urgências e Emergências no Sistema Único de Saúde (SUS) / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Especializada. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2013. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria Executiva. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. HumanizaSUS: acolhimento com avaliação e classificação de risco: um paradigma ético-estético no fazer em saúde/ Ministério da Saúde, Secretaria Executiva, Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. – Brasília: Ministério da Saúde, 2004. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do SUS. Acolhimento e classificação de risco nos serviços de urgência / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do SUS. – Brasília : Ministério da Saúde, 2009. 56 p. : il. color. – (Série B. Textos Básicos de Saúde) BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de

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Atenção Básica. Acolhimento à demanda espontânea: queixa mais comuns na Atenção Básica. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2012. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do SUS. – Brasília: Ministério da Saúde, 2009. 56 p. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Manual de acolhimento e classificação de risco em obstetrícia / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – Brasília: Ministério da Saúde, 2014. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Especializada.Manual instrutivo da Rede de Atenção às Urgências e Emergências no Sistema Único de Saúde (SUS) / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Especializada. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2013. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS n.º 2048, de 5 de novembro de 2002. Brasília,2002.Disponívelem:<http://www.saude.mg.gov.br/atos_normativos/legislacaosanitaria/estabelecimentos-de-saude/urgencia-e-emergencia/portaria_2048_B.pdf>. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Especializada.Cartilha para tratamento de emergência das queimaduras / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Especializada. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2012.20 p. : il. Bullard MJ, Unger B, Spence J, Grafstein E, CTAS National Working Group. Revisions to the Canadian Emergency Department Triage and Acuity. CJEM. 2008;10(2):136-42.

Conselho Federal de Enfermagem. COFEN. Resolução COFEN 423/2012 Normatiza, no Âmbito do Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem, a Participação do Enfermeiro na Atividade de Classificação de Riscos. http://novo.portalcofen.gov.br/resoluo-cofen-n-4232012_8956.html. DOU Nº 70, quarta feira, 11 de abril de 2012.

HOSPITAL MUNICIPAL ODILON BEHRENS. Protocolo de Acolhimento com Classificação de Risco. Belo Horizonte, 2006. MAFRA, AA. et al. Acolhimento com Classificação de Risco. Belo Horizonte: Hospital Odilon Behrens. 2006. 24p.

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MAGALHÃES JÚNIOR HM. Encaminhamentos responsáveis em um sistema inteligente de atenção regulada da urgência e emergência. In: MELO MCB, VASCONCELLOS MC (Orgs.) Manual de atenção às urgências e emergências em pediatria. Belo Horizonte: Escola de Saúde Pública de Minas Gerais, 2005. Cap.30, p.375-85. Novaes, Gaby Pedrosa Machado, Nascimento, Priscilla Alves e Amaral, Silvia Helena Rocha. Protocolos de Classificação de Risco Utilizados nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAS) 24 Horas : Uma Questão de Humanização. Caderno Saúde e Desenvolvimento| vol.9 n.5 | julho/dez - 2016 O´Dwyer G, Matta IEA, Pepe VLE. Avaliação dos serviços hospitalares de emergência do estado do Rio de Janeiro. Ciênc Saúde Coletiva. 2008;13(5):1637-48. PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE. Secretaria municipal de Saúde. 2009. Disponível em: < http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/comunidade.do?app=saude>. Acesso em 18 de ago de 2009. SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA et al. 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial. Arquivo Brasileiro de Cardiologia, 107 (3 supl, 3): 1-83[disponível somente eletronicamente], 2016. SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA et al. III Diretriz da Sociedade Brasileiras de Cardiologia, sobre Análise e Emissão de Laudos Eletrocardiográficos. Arquivo Brasileiro de Cardiologia. v. 106, n. 4, supl. 1 São Paulo Abr, 2016. SÃO LUIZ. Protocolo de acolhimento com Classificação de Risco Sistema Único de Saúde ( SUS). Hospitais Municipais/ São Luiz/ MA, SD. Disponívem em : http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_acolhimento_classificacao_risco.pdf. Acesso em 18/01/2018 The Canadian Emergency Department Triage & Acuity Scale (CTAS), Projeto de Acolhimento com Classificação de Risco da Política Nacional de Humanização/ MS, Protocolo de Classificação de Classificação de Risco do Hospital Odilon Beherens, Belo Horizonte/ MG, Protocolo de Acolhimento com Classificação de Risco de Fortaleza/ CE.

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15 ANEXOS

Anexo 1 - Fluxograma de acolhimento com Classificação de Risco para o Município de Ribeirão Preto, 2018.

Figura 1. Fluxograma de acolhimento com Classificação de Risco para o

Município de Ribeirão Preto, 2018.

RECEPÇÃO

(Abertura de FAA)

ACOLHIMENTO

CLASSIFICAÇÃO DE RISCO

(Utilizar Ficha de Classificação de Risco)

VERMELHO AMARELO VERDE AZUL

ATENDIMENTO

IMEDIATO

ATENDIMENTO

EM MÉDIA 60 MINUTOS ATENDIMENTO

EM MÉDIA 120 MINUTOSATENDIMENTO

EM MÉDIA 240 MINUTOS

Fonte: https://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/ssaude/protocolo/i16ind-protocolo.php

OBS: No acolhimento a coleta de dados e os sinais vitais podem ser realizados

por todos os membros da equipe de enfermagem ( técnico/ auxiliar de

enfermagem e enfermeiro), sendo a classificação de risco privativa do

enfermeiro.

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Anexo 2. Estratificação dos sinais vitais/Glicemia/Saturação de O2 e Dor.

Estratificação dos sinais vitais/ glicemia/ Saturação de O2 e Dor

FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA – MPM (Movimentos por minuto)

Faixa etária Verde Amarelo Vermelho

Adulto 20 – 24 25 – 34 ≥ 35

Criança até a 1 ano 30 – 59 60 – 69 ≥ 70

Criança de 1 a 5 anos 20 – 49 50 – 59 ≥ 60

Criança > 5 anos 17 – 39 40 – 49 ≥ 50

FREQUÊNCIA CARDÍACA – BPM (Batimentos por minutos)

Faixa etária Verde Amarelo Vermelho

Adulto 100 – 119 120 – 139 ≥1 40 e < 60

Criança até a 1 ano 80 – 160 131 – 179 ≥180

Criança de 1 a 5 anos 80 – 110 111 – 129 ≥130

Criança > 5 anos 75 – 110 111 – 129 ≥130

PRESSÃO ARTERIAL SISTÓLICA – mm Hg (Milímetros de mercúrio)

Adulto 140 – 149 150 – 169 ≥170 ≤80

PRESSÃO ARTERIAL DIASTÓLICA – mm Hg (Milímetros de mercúrio)

Adulto 80 – 90 91 – 109 ≥110 ≤50

TEMPERATURA AXILAR – º C (Grau Celsius)

Adulto/Criança 37,5°C 37,6 – 38,4 ≥ 38,5 ≤35

GLICEMIA CAPILAR – mg/dL (Miligramas por decilitros)

Hiperglicemia 126 – 199 200 – 300 ≥ 301

Hipoglicemia - 70 ≤ 50

SATURAÇÃO DE OXIGÊNIO (Porcentagem)

Saturação ≥ 96 90 – 95 ≤ 90

DOR (Escala numérica/faces)

Score 2 – 4 5 – 7 > 8

Faces

1. * Atenção: Qualquer alteração nos parâmetros estratificados, mesmo que avaliados isoladamente, deverá ser respeitada para classificação do enfermeiro ou médico.

Fonte: Adapta do com informações de: AHA, 2012; ROGER, V. L, 2012; SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2006; PEDROSO, R. A, 2006; ALBINO, R.M.; GROSSEMAN, S.; RIGGENBACH, V., 2007

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Anexo 3. Escala de coma Glasgow Atualizada 2018

O que é a Escala de Coma de Glasgow e qual sua importância? A Escala de Coma de Glasgow (ECG) foi publicada pela primeira vez na revista Lancet

em 1974 por Graham Teasdale e Bryan J. Jennett, ambos do Instituto de Ciências Neurológicas

de Glasgow, na Escócia. A escala tem como objetivo traçar uma estratégia que combina os

principais indicadores-chave de gravidade no traumatismo crânioencefálico (TCE) em uma

escala simples.

Como classificar o paciente na Escala de Coma de Glasgow com resposta pupilar (ECG-P)?

Primeiro faz-se a avaliação da escala normalmente, levando em conta a resposta de abertura ocular, de fala

e de movimentação, somando pontos de acordo com a resposta. Após isso, faz-se a avaliação da reatividade pupilar

com estímulo luminoso: se ambas as pupilas estiverem fotorreagentes, não se altera o somatório da escala já feito

pelos passos acima; se somente uma das pupilas não estiver reagente, subtrai-se 1 ponto da escala; e se nenhuma

das 2 pupilas estiverem reagentes, subtrai-se 2 pontos da escala. Assim, a não reação da pupila indica uma maior

gravidade e pior prognóstico.

Esquematizando: ECG-P = ECG – (no de pupilas não reagentes)

Fonte: Disponível em https://www.ufjf.br/neurologia/2018/12/11/escala-de-coma-de-glasgow-importancia-e-atualizacao-de-2018/

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Anexo 4. Mecanismo do trauma

MECANISMO DE TRAUMA DE

ALTO RISCO

Acidente automobilístico com ejeção do veiculo

Acidente automobilístico com capotamento

Acidente automobilístico com tempo de restante > 20 minutos.

Acidente automobilístico com intrusão significante do compartimento do motorista/passageiro

Acidente automobilístico com óbito no mesmo compartimento do motorista/passageiro

Acidente automobilístico com impacto frontal em velocidade > 40Km/h (sem cinto de segurança) ou em velocidade > 60Km/h (com cinto de segurança)

Acidente com motocicleta com impacto de carro em velocidade maior que 30 Km/h, especialmente quando o motociclista é separado da motocicleta

Atropelamento de pedestre ou ciclista por carro em velocidade > 10 Km/h

Queda de altura de > 3 vezes a altura do paciente

Explosão

Fonte: ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO DE RISCO / SUS-BH, 2004

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Anexo 5. Classificação das Queimaduras segundo a profundidade do tecido acometido

Classificação das Queimaduras 1° GRAU – Caracterizada por eritema, dor e ausência de bolhas (não são contabilizadas para estimar a SCQ)

2° GRAU – Pele vermelha rota, presença de bolhas, perda da solução de continuidade da pele, edema, extremamente dolorosas.

3° GRAU – Pele pálida, esbranquiçada, às vezes com transparência dos vasos (coagulados), perda da solução de continuidade da pele com exposição do tecido celular subcutâneo, ausência de dor.

Fonte: ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO DE RISCO / SUS-BH,2004

Fonte: http://amarcuidando.blogspot.com/2012/07/queimaduras-1-2-e-3-grau.html.

Acesso em 17/06/2018

Anexo 6. Classificação das queimaduras pela extensão

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REGRA DAS NOVE (WALLACE) PARA CÁLCULO DA SUPERFICIE CORPORAL

QUEIMADA (SCQ)

Segmento Corporal Porcentagem (SC)

Cabeça e pescoço 09

Cada membro superior

09 (x2)

Cada quadrante do tronco

09 (x 4)

Cada coxa 09 (x 2)

Cada perna e pé 09 (x 2)

Genitais e períneo 01

Total 100

SC: superfície corporal total

Fonte : Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Especializada. Cartilha para tratamento de emergência das queimaduras / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Especializada. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2012. 20 p. : il. Apud: Fonte: GOMES, Dino R.; SERRA, Maria Cristina; PELLON, Marco A. Tratado de Queimaduras: um guia prático. São José, SC. Revinter, 1997

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ANEXO 7. Alteração Pressão Arterial

Fonte: SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA et al. 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial. Arquivo Brasileiro de Cardiologia, 107 (3 supl, 3): 1-83 [disponível somente eletronicamente], 2016.

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ANEXO 8. Escala de Intensidade da dor

ESCALA VERBAL NUMÉRICA: O paciente deve ser informado sobre a necessidade de classificar sua dor em notas que variam de 0 a 10, de acordo com a intensidade da sensação. Nota zero corresponderia à ausência de dor, enquanto nota 10 a maior intensidade imaginável.

Dor leve = 1 a 3 / 10 Dor moderada = 4 a 7 / 10 Dor intensa = 8 a 10 / 10

Fonte: ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO DE RISCO / SUS-BH,2004

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ANEXO 9. Escala de AVC de Cincinatti

Figura1: Comparação entre faces. Figura 2: Diferença entre movimentos.

Figura 1. Comparação entre faces. Fonte: http://magdalenalaser.com.br/textos_avc.html Figura 2. Diferença entre movimentos. Fonte: http://magdalenalaser.com.br/textos_avc.html Fonte: Disponível: https://www.enfermeiroaprendiz.com.br/assistencia-de-enfermagem-e-o-acidente-vascular-encefalico-ave/

Fonte: Disponível: http://aconteceunovale.com.br/portal/?p=71569

ANEXO 10. Protocolo para manejo do paciente com suspeita de dengue

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Fonte: Fluxo de atendimento do paciente com suspeita de dengue no Pronto atendimento (UBDS/ UPAs)

Disponível:http://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/ssaude/pdf/dengue-fluxo-atendimento-suspeita-ubds-upa.pdf. Acesso

em: 11010/2019.

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