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SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DO PARANÁ

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE 2010

ARTES

ELAINE BUENO MARTINS VEIGA

UNIDADE DIDÁTICA

“APARTE PARA A ARTE”:

A DANÇA COMO INCLUSÃO SOCIAL

CASTRO

2011

ELAINE BUENO MARTINS VEIGA

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“APARTE PARA A ARTE”:

A DANÇA COMO INCLUSÃO SOCIAL

Unidade didática apresentada ao PDE 2010 na área de arte. Tem como objetivo oportunizar aos alunos menos favorecidos a arte através da dança e estimular sua participação na modalidade Hip Hop com a finalidade de contemplá-lo com uma perspectiva de qualidade de vida.

Orientadora: Profa. Sandra Borsoi

Universidade Estadual de Ponta Grossa - UEPG - PR

CASTRO

2011

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INTRODUÇÃO

Este material didático foi produzido a partir do projeto de intervenção sob

orientação da Professora Sandra Borsoi da Universidade de Artes Visuais –

UEPG, que parte da temática “Aparte para a Arte”. A dança como inclusão

social que tem como objetivo resgatar adolescentes e jovens das ruas,

formando-os como seres integrais capazes de criar e executar a dança, desta

forma resgatá-los da desigualdade social e integrá-los à sociedade para que

descubram suas habilidades e possam ser livres para expressar pensamentos e

ideias.

Através da arte e de dança Hip Hop orientar estes jovens ao cuidado com

a higiene, corpo saudável, sem drogas, reflexão sobre o sexo precoce e sem

prevenção, resgatá-los da inércia da incapacitação, da rejeição, e

consequentemente da marginalidade.

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INCLUSÃO SOCIAL

Silva Neto (2008) afirma que a inclusão social está ligada a todas as

pessoas que não tem as mesmas oportunidades que outras dentro de uma

sociedade. É difícil acreditar que, em pleno século XXI, pessoas sejam

excluídas do meio social em virtude, apenas, de suas características físicas,

como a cor da pele, a cor dos olhos, altura e formação educacional por

exemplo. E mesmo com todos os avanços efetuados, hoje, em determinados

lugares, ainda é possível ver gente sem acesso às escolas, ao cinema, a

teatros, computador e, até as igrejas, entre outras coisas. Já Amaro (2001)

considera a exclusão social, essencialmente como uma situação de falta de

acesso às oportunidades oferecidas pela sociedade aos seus membros. Desse

modo, a exclusão social pode implicar privação, falta de recursos ou, de uma

forma mais abrangente, ausência de cidadania, se, por esta, se entender a

participação plena na sociedade, aos diferentes níveis em que esta se organiza

e se exprime: ambiental, cultural, económico, político e social.

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DANÇA COMO ELEMENTO DE REINSERÇÃO SOCIAL

A dança é uma linguagem através da qual o ser humano expressa

sensações, emoções, sentimentos e pensamentos com o corpo. A dança tem

objetivo de romper limites e estabelecer novas descobertas (NEVES, 2000).

Sendo que, segundo Diniz (1998), o homem, através de seus gestos, expressa

suas manifestações de medo e amor, descobrindo que o corpo é sensível e

possui uma linguagem própria, possibilitando sua comunicação com o mundo. O

ser e o mundo são um elo unitário. Toda a forma artística será gerada num

processo de transformação ao gerarem suas próprias formas de

desdobramento. De acordo com Nanni (1995), a dança deve ter como base as

leis que regem a mecânica corporal; deve ser uma expressão global do corpo,

onde a emoção, sensibilidade e criatividade se tornam foco central, ou seja, se

convertem em uma expressão máxima ensejando ao homem a possibilidade de

se auto realizar e de se autoconhecer exercida de forma contextual pelo que a

exprimem. Dessa maneira, a dança não é mais um privilégio de uma classe, se

torna uma forma de desenvolvimento e aprimoramento do homem,

possibilitando enveredar para os caminhos de sua auto realização.

É impossível não admitir que a dança sendo uma atividade não

competitiva como lembra Neves (2000), seja um método eficiente de ensinar e

aprender valores, através do enfoque de conceitos inclusivistas como a

autonomia, independência, equiparação de oportunidades e inclusão social.

Nanni (1995) afirma que a dança, hoje, retrata as ansiedades, idéias,

necessidades e interesses da nossa época, aliadas à forte necessidade do ser

humano de extrapolar a sua essência ou transcender a sua existência em

evasões positivas e significativas nas circunstâncias de sua vida real.

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IMPORTÂNCIA DA DANÇA COMO ARTE

A capacidade de se expressar por meio do corpo é intrínseca ao ser

humano, é uma característica que se aprimora continuamente, desde as

civilizações mais antigas. Nessa medida o movimento se constitui em um dos

principais meios de interação entre o homem e o mundo a sua volta, desde as

ações mais simples até o conjunto de ações simbólicas e complexas que

compõem a arte da dança (IDANÇA, 2004). A dança, para Coimbra (2003), é

uma possibilidade de contribuição para a construção da cidadania das crianças

e jovens vítimas da exclusão social. Conforme demonstrado na pesquisa Arte

Cidadão Escola realizada pelo autor, crianças e adolescentes em situações

marginalizadas conseguem restabelecer o contato social e um maior

desenvolvimento do raciocínio lógico matemático ao vivenciar a dança como

expressão e comunicação do ser.

Idança (2004) cita que vivemos em uma sociedade que contribui para a

formação de pessoas fragmentadas, as quais se especializam em determinadas

atividades, em um tipo de raciocínio, hipertrofiam algumas funções cerebrais e

partes do corpo em detrimento de outras. Pessoas condicionadas pelo

bombardeio diário de informações provenientes dos meios de comunicação e da

cultura de massa, as quais impõem modelos prontos e influenciam diretamente

na capacidade de percepção e atuação na sociedade. Neste sentido, a prática

da dança é uma forma de resgatar e ampliar a percepção das pessoas, a partir

da ampliação da consciência corporal, buscando favorecer a integração do

corpo, mente e emoções por meio do contato com essa manifestação artística.

Por isso, a importância de que o ensino da linguagem da dança realmente

ocorra nas escolas públicas. O que nos parece a melhor alternativa para

democratizar uma linguagem tão elitizada dentro da realidade socioeconômica

brasileira.

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DIMENSÃO HISTÓRICA DO ENSINO DA DANÇA E

PERSPECTIVAS – FUNDAMENTOS TEÓRICOS

METODOLÓGICOS (CRÍTICA SOCIAL1)

• Ementa I: Desenvolver o conceito de corpo como uma unidade

psicofísica. A percepção do eixo e a integração das partes do corpo em

relação a esse eixo. Trabalho de equilíbrio, flexibilidade, alinhamento e

postura. Abordagem de técnicas de dança, visando o fortalecimento do

corpo. (ARRUDA, 1998).

• Ementa II: Aprofundar o estudo dos conceitos desenvolvidos na disciplina

e consciência corporal e explicativa do movimento, visando uma maior

integração às técnicas da dança. (LABAN, 1971; LABAN, 1990).

• Ementa III: Integração grupal através da comunicação. Recuperação e

desenvolvimento da espontaneidade, do sentido de humor e da

ludicidade. Desenvolvimento dos cinco sentidos e suas relações com o

movimento corporal. Exploração dos gestos e movimentos cotidianos.

Exploração dos apoios internos e externos. Iniciação ao estudo da força

da gravidade da gravidade e sua relação com o movimento corporal.

Todos estes temas estão relacionados com a dança e serão explorados

pelos alunos através de exercícios específicos e improvisações dirigidas.

(MIRANDA, 1980; PORTINARI, 1989).

• Ementa III: Introduzir os três elementos básicos da dança: eixo, equilíbrio

e postura. A organização da estrutura física para transferência de peso.

Combinação de alongamentos laterais através de movimentos

pendulares no plano vertical. Adequação do tônus muscular através de

variadas dinâmicas, tendo como referência elementos básicos da dança.

(ARTAXO, MONTEIRO, 2003).

1 Crítica social: Arte ou faculdade de julgar o mérito das obras científicas, literárias e artísticas que diz respeito à sociedade. Analisa estruturas sociais (problemáticas, sob seu ponto de vista) e visa soluções práticas através de medidas específicas, reforma radical ou mesmo mudança revolucionária (DICIONÁRIO ONLINE DE PORTUGUÊS, 2010).

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O ENSINO DA ARTE NA DANÇA

A dança apresenta-se como manifestação artística no espaço escolar em

importante meio de expressão corporal performática2. Desta forma se possibilita

a ação pedagógica ao oportunizar a aquisição de habilidades físicas, a

construção de conhecimento e a consciência crítica relacionada ao meio em

que vive e a resinifique. No contexto de uma educação voltada à sociedade

multicultural, acreditamos na importância da valorização de modalidades de

expressão artística da dança que estejam inseridas no seio da comunidade.

Não como simples forma de reprodução, mas como meio de reflexão e estímulo

do posicionamento crítico, com a tentativa de se buscar maior envolvimento dos

estudantes, pela oportunidade de se desenvolver atividades que partam das

representações que eles têm e/ou valorizam. Sendo assim, não se estrutura

uma coreografia. A Dança de Rua pode ser um instrumento valioso no que

concerne à precipitação crítica dos processos de aculturação. Além de

corresponder bem à realidade das escolas públicas, onde esse tipo de dança é

muito popular, podemos contribuir para a construção da autodisciplina, do senso

ético e estético (RIBEIRO, VILELA, 1999).

O movimento na dança se apresenta muito mais numa perspectiva de

expressão e vivência do que pela padronização e pela predeterminação dos

gestos; é onde se pode dar uma ênfase maior ao afetivo, ao estético e ao

emocional - aspectos bastante reprimidos em nome da racionalidade e da

intelectualidade. Isso não significa considerarmos que a dança não desenvolve

o intelecto; ao contrário, estamos é afirmando que esse aspecto tem sido pouco

enfatizado pelos educadores tradicionais das escolas. Correia (2008),

compreendendo a dança nessa perspectiva inclusiva e não formal, podemos

trabalhar a dança na escola como uma atividade espontânea, aberta às

experiências individuais e coletivas e sem modelos e padrões que inibam a

criatividade e a liberdade de expressão.

2 Performance: resultado obtido, em cada uma de suas exibições em público, por um cavalo de corrida, por um atleta etc. Conjunto dos resultados obtidos em um teste (DICIONÁRIO ONLINE DE PORTUGUÊS, 2010).

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A dança como meio educativo nasce das teorias filosóficas sobre a

necessidade do movimento fazer parte da educação. Entre outras qualidades, a

dança é um excelente meio de responder às necessidades lúdicas e promover

as capacidades criativas da criança. A dança surgiu como resposta espontânea

a diferentes tipos de música, mesmo a géneros de música pouco conhecidos.

Os interesses dos jovens são, em primeiro lugar, danças de rua e de discoteca

assim como Macara, Batalha (2010) apresenta.

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HIP HOP

O Hip Hop, que significa literalmente saltar movimentando os quadris, é

considerado uma espécie de cultura e/ou movimento formado pelos seguintes

elementos: O RAP, o Graffiti3 e o Break. Para muitos é um estilo de vida, com

linguagem própria (OLIVEIRA, 2005). Para muitos é um estilo de vida, com

linguagem própria. Este estilo emergiu nos Estados Unidos no final da década

de 60, nos subúrbios de Bronx, Harlen e Brooklyn, redutos de negros e latinos

em Nova York, bairros de extrema pobreza, violência, racismo e tráfico de

drogas. Na década de 70, muitos jamaicanos migraram da ilha do Caribe para

países americanos, dentre eles os Estados Unidos. Nos guetos de Nova York, o

MC KoolHerc foi um dos principais responsáveis pela divulgação desse novo

estilo de fazer música. (RIBEIRO, VILELA, 1999). O DJ Afrika Bambaataa foi o

criador do termo Hip Hop e idealizador da junção dos elementos que compõe o

movimento. Bambaataa declarou:

“Quando nós criamos o Hip Hop, o fizemos esperando que seria sobre a paz, amor, união e diversão e que as pessoas se afastariam da negatividade que estava contaminando nossas ruas. Embora esta negatividade ainda aconteça aqui e ali, à medida que a cultura cresce, nós desempenhamos em grande papel na resolução de conflitos e no comprimento da positividade.”

Ribeiro, Vilela (1999), Oliveira (2005), assim como Giul (2009) citam que

uma das primeiras manifestações do Hip Hop pela vertente da dança de rua

(Street Dance) surgiram por volta de 1929, época de grande crise econômica

nos Estados Unidos. Músicos e dançarinos que trabalhavam em cabarés

haviam perdido seus empregos e foram para as ruas fazer seus shows.

Tocha (2006) diz que Hip-Hop é uma cultura que consiste em quatro

subculturas ou subgrupos, baseadas na criatividade4. Um dos primeiros grupos

3 Graffitti: Inscrição ou desenho rabiscados à mão sobre um muro, uma parede, uma estátua etc.; pichação (DICIONÁRIO ONLINE DE PORTUGUÊS, 2010).

4 Criatividade: Faculdade ou atributo de quem ou do que é criativo; capacidade de criar coisas novas; espírito inventivo: criatividade artística (DICIONÁRIO ONLINE DE PORTUGUÊS, 2010).

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seria, e se não o mais importante da cultura Hip-Hop, por criar a base para toda

a cultura, o DJing é o músico sem “instrumentos” ou o criador de sons para o

RAP, o B.Boying (a dança B.Boy, Poppin, Lockin e Up-rockin) representando a

dança, o MCing (com ou sem utilizar das técnicas de improviso) representa o

canto, o Writing (escritores e/ou graffiteiros) representa a arte plástica,

expressão gráfica nas paredes utilizando o spray. A "consciência" ou a

"informação" não pode ser considerada como elemento da cultura, pois isso já

vem inserido às culturas do DJing, B.BOYing, MCing e Escritor/WRITing

(Graffiteiros), ou seja aos elementos da cultura Hip-Hop, mais é válido para a

nova geração, dizendo se fazer parte da cultura Hip-Hop sem ao menos

conhecer os criadores da cultura e suas reais intenções.

O RAP - Rhythm and Poetry (ritmo e poesia) é a expressão musical-

verbal da cultura. Tem sua origem na Jamaica, por volta de 1960, onde a

população dos guetos, com poucas opções de lazer, ia para as ruas e ouvia

músicas em sound systems (sistemas de som). Enquanto as músicas tocavam,

uma espécie de mestre de cerimônia (MC) discursava sobre as carências da

população, os problemas econômicos e a violência nas favelas. O Graffiti

representa a arte plástica, expressa por desenhos coloridos feitos por grafiteiros

nas ruas das cidades espalhadas pelo mundo e, o Break dance - literalmente

significa dançar com movimentos quebrados - forma a base da dança de rua

nos moldes atuais. Ex. Filme Wild Stile (OLIVEIRA, 2005). Abaixo encontram-se

imagens demonstrando a prática do Hip Hop.

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Figura 1. Semana Cultural do Hip Hop

Fonte: ZAMATARO, 2009

Figura 2. Dançarinos de Hip Hop

Fonte: BURLY, 2011

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ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

ATIVIDADE 1: O INÍCIO DO HIP HOP

As primeiras manifestações surgiram na época da grande crise

econômica dos EUA em 1929, quando os músicos e dançarinos que

trabalhavam em cabarés ficaram desempregados e foram para as ruas fazer

seus shows. No decorrer de sua difusão houve a criação de diversos estilos de

dança como o Break e o Hip Hop.

Faça uma pesquisa sobre esta arte de dançar nas ruas, gêneros e

estilos. Como eram estes artistas? Eles só dançavam?

O objetivo desta atividade é fazer com que o aluno observe e saiba fazer

uma análise sobre esta arte. É importante que o professor direcione este aluno

para sua pesquisa através de dados e apresentação de grandes artistas.

ATIVIDADE 2: O GRAFITE

O grafite é a expressão gráfica do movimento Hip Hop e será incentivado

durante o projeto. O grafite esta cada dia mais presente em nossas ruas, mas

infelizmente é confundido com pichação.

Esta atividade tem por objetivo:

• Analisar a diferença entre pichação e grafite;

• Pesquisar se em sua cidade tem grafiteiros;

• Registrar diferentes tipos de grafite.

• Fazer uma pesquisa com estes e descobrir se todo dançarino de Hip Hop

é grafiteiro e se todo grafiteiro é dançarino de Hip Hop.

O professor nesta atividade deverá conversar com seu aluno e leva-los a

conhecer este mundo fantástico da arte da dança o Hip Hop e de grafitar.

Incentivá-los a pesquisar em seu meio social e até mesmo descobrir novos

talentos.

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ATIVIDADE 3: ARTE DE FAZER ARTE

A arte faz parte de nossas vidas desde os tempos mais remotos, portanto

não podemos falar em dança sem rabiscar, desenhar, cantar, pintar e

representar.

Pesquise sobre estes grandes artistas de rua e responda: Quem são

dançarinos, artistas, grafiteiros? São jovens? De onde vem? Vamos sair por aí

grafitando e expressando nossas ideias? Os dançarinos tem que seguir

normas? E as roupas? E os desenhos?

O professor deverá expor aos alunos as questões acima e mostrar que

tudo possui regras sim e mostrar que esta arte é muito gratificante, pois ajuda

na expressão de cada um.

ATIVIDADE 4: CONFECÇÃO DE MATERIAIS PARA APRESENTAÇÃO DE

SEUS TRABALHOS

Sabendo sobre o grafite e o Hip Hop após longa pesquisa e atividade

práticas, os alunos deverão:

• Trazer vários esboços de grafite criados por ele;

• Ouvir músicas e através delas criar seu estilo de coreografia e vestes;

• Após a apresentação para o grupo, serão escolhidas as roupas e os

cenários que os mesmos irão confeccionar.

O professor deverá orientar os alunos o quanto é importante a

preservação do meio ambiente, para que através de oficinas sejam

desenvolvidas as vestimentas e os cenários, utilizando materiais recicláveis.

ATIVIDADE 5: EXECUÇÃO DOS TRABALHOS

Após grande conhecimento sobre a dança Hip Hop e o valor em que se

insere à arte. Depois de oficinas e pesquisas, chegou a hora de mostrar todo o

conhecimento adquirido através da integração entre professores e alunos.

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Será montado o mural/cenário com o tema escolhido para a dança Hip

Hop e exposição de painéis com vários trabalhos de grafite. Serão

apresentadas as roupas que cada aluno executou para sua apresentação. E

através da orientação do professor, será apresentada a coreografia do Hip Hop.

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AVALIAÇÃO

A avaliação deverá ser contínua, por meio de apresentação de

trabalhos, pesquisas, debates, atividades práticas e teóricas. Neste projeto será

avaliado o desempenho do aluno, criatividade e integração com o grupo, sendo

assim, participativo. Desta maneira, será analisado todo o processo e

desempenho destes alunos, individualmente e no grupo.

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REFERÊNCIAS

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ARRUDA, Solange. A arte do movimento. Editora PW. São Paulo, 1998

ARTAXO, Inês; MONTEIRO, Gizele de Assis. Ritmo e movimento. Editora Phorte. 2003

BURLY, Lady, Notícias do Mundo da Dança, 2011. Disponível em: http://shaidehalim.blogspot.com/2010/09/divulgando-hip-hop-jam-na-galeria-olido.html. Acesso em: março de 2011

CORREIA, Marcos Miranda. Incluindo a dança nas aulas de educação física. 2008. Disponível em: http://cev.org.br/biblioteca/incluindo-danca-nas-aulas-educacao-fisica. Acesso em: dezembro de 2010

DICIONÁRIO ONLINE DE PORTUGUÊS, 2010. Disponível em: http://www.dicio.com.br/sinestesia/. Acesso em: março de 2011

DINIZ, Izabel Cristina Vieira Coimbra. A motivação humana e o gesto técnico no contexto da dança. Minas Gerais, 1998

GUIL, Bboy, História do Break Dance, 2009. Disponível em: http://www.freelifecrew.co.cc/2009/03/historia-do-break-dance.html. Acesso em: março de 2011

IDANÇA. Uma proposta de atuação na rede pública. 2004. Disponível em: http://www.idanca_net » Uma proposta de atuação na rede pública.mht. Acesso em dezembro de 2010

LABAN, Rudolf. Dança educativa moderna. Editora Ícone. São Paulo, 1990

LABAN, Rudolf. O domínio do movimento. Editora Summus. Rio de Janeiro, 1971

MACARA, Ana, BATALHA, Ana Paula, O ensino da dança na escola: alguns porquês sobre a sua necessidade. 2010, Disponível em: http://www.educacao-artistica.gov.pt/interven%C3%A7%C3%B5es/O%20ENSINO%20DA%20DAN%C3%87A-Ana%20Macara.pdf. Acesso em: março de 2011

MIRANDA, Regina. O movimento expressivo. Editora Mec/Funarte. 1980

NANNI, Dionísia. Dança-educação: pré-escola à universidade. Rio de Janeiro: Spriut, 1995.

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NEVES, Renata. Oficina: a dança/arte do movimento e a escola, 2000

OLIVEIRA, Soyane Vargas. Diferentes linguagens na educação física: projeto Hip Hop na escola. Relato de experiência. Niterói, 2005. Disponível em: http://www.Diferentes linguagens na educação física Projeto iHip Hop na Escola-i_ Relato de experiência.mht. Acesso em: dezembro de 2010

PORTINARI, Maribel. História da dança. Editora Nova Fronteira. Rio de Janeiro, 1989

SILVA NETO, João, Inclusão social: somos mesmos todos iguais?, 2008. Disponível em: http://sakuxeio.blogspot.com/2009/03/inclusao-social-somos-mesmos-todos.html. Acesso em: março de 2011

TOCHA, Daniel, Hip Hop, 2006. Disponível em: http://www.overmundo.com.br/overblog/historia-da-cultura-hip-hop. Acesso em: março de 2011

ZAMATARO, Fabricia, Semana Cultural do Hip Hop, 2009. Disponível em: http://jornale.com.br/horasonora/?p=2876. Acesso em: março de 2011