SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO PROGRAMA DE … · 2011-08-13 · intencionalidade, o modo como...
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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃOPROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE
DEPARTAMENTO DE ENSINO MÉDIOPROJETO FOLHASFEVEREIRO-2008
NRE: IBAITI MUNICÍPIO: PINHALÃO
NOME DO PROFESSOR(a): Maria de Fátima Barbosa Nogueira
E-MAIL: [email protected]
FONE: (43) 35691116
SÉRIE: 3º Ano do Ensino Médio
DISCIPLINA: Língua Portuguesa
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: O discurso enquanto prática social
CONTEÚDO ESPECÍFICO: A argumentação
TÍTULO: A Argumentação é uma arte?
PALAVRAS-CHAVE: Linguagem - Texto - Argumentação – Leitura- Compreensão
NOME DO CO- AUTOR: Vladimir Moreira
NOME DO CO-AUTOR 2: Maria do Rocio Ramos -
RELAÇÃO INTERDISCIPLINAR 1: Filosofia
RELAÇÃO INTERDISCIPLINAR 2: Sociologia
ARGUMENTAR? OU...? NÃO
ARGUMENTAR?
CAROS ALUNOS, ARGUMENTAR É UMA ARTE?
O que é argumentar? Você sabe?
Para CARNEIRO (2003)
O discurso argumentativo confunde-se com a própria história da democracia. Desde a época em que os sofistas (séc. V e IV a.C.), dentre os quais se destacaram Protágoras e Górgias, mestres da retórica e da oratória, sustentavam a necessidade de se ensinar a arte da argumentação àqueles que participavam da vida política.
CARO ALUNO, VOCÊ JÁ TENTOU CONVENCER ALGUÉM DE ALGUMA COISA?
ACREDITAMOS QUE SUA RESPOSTA FOI POSITIVA. ASSIM, REGISTRE EM POUCAS LINHAS O QUE FOI QUE VOCÊ ARGUMENTOU?
Caro aluno, quais foram as razões, ou seja, os argumentos persuasivos utilizados por você para convencer esse alguém de alguma coisa?a) Registre-os. b) Responda: Por que argumentamos com alguém sobre alguma coisa?
Pesquise no dicionário o significado da palavra persuasão, depois, responda:Todos os textos buscam persuadir?
CONTINUANDO...
nente: Maria de Fátima Barbosa
Nogueira
Antes de realizar a pesquisa acima solicitada, é preciso compreender o que seja texto para alguns autores: 1. Para GUIMARÃES (2006), Em sentido amplo a palavra texto designa um enunciado qualquer, oral ou escrito, longo ou breve, antigo ou moderno.
2. Para o lingüista GERALDI (1995,98): [...] um texto é o produto de uma atividade discursiva onde alguém diz algo a alguém.
4. Em BAKTHIN (1992, p.305): Texto é a realidade imediata (realidade do pensamento e das vivências), a única da qual podem provir essas disciplinas e esses pensamentos. Onde não há texto não há objeto de pesquisa e pensamento. 3. As DCEs(Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná - 2006) utilizando-se da fala de Faraco define texto:
Os conceitos de textos e de leitura não se restringem, aqui, à linguagem escrita; abrangem, além dos textos escritos e falados, a integração da linguagem verbal com as outras linguagens (as artes visuais, a música, o cinema, a fotografia, a semiologia gráfica, o vídeo, a televisão, o rádio, a publicidade, os quadrinhos, as charges, a multimídia e todas as formas infográficas ou qualquer outro meio linguageiro criado pelo homem), percebendo seu chão comum (são todas práticas sociais, discursivas) e suas especificidades (seus diferentes suportes tecnológicos, seus diferentes modos de composição e de geração de significados) (FARACO, 2002, p.101).
Atividade:Pesquise o conceito de texto em mais dois autores:1. ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
2. ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
PÁGINA DOS SIGNIFICADOS:1. artes visuais:
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
2. semiologia:_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
3. infográfica:__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Observe que o conceito moderno de texto vai além dos que são escritos.
Aqui você vai trabalhar com alguns textos que
pertecem ao universo dos gêneros textuais.
A escola pública, na pessoa do professor de Língua Portuguesa, assume a tarefa solitária na produção de textos, por isso, em muitos casos fracassamos. Conforme o que disse CITELLI, a produção textual deve estar fundamentada na intertextualidade e na interdiscursividade, com uma visão multidisciplinar. É preciso que as disciplinas do currículo escolar público busquem esta interatividade, que é fundamental para a eficácia do ato do bem falar, ler e do bem escrever de uma comunidade escolar, principalmente, quando tratamos da argumentatividade, que é um tipo textual, que não é novo, mas é atual. A argumentatividade está presente em todas as esferas do conhecimento humano, esse tipo textual pode estar inserido nos mais diversos gêneros textuais.
Para falarmos de argumentação precisamos entender o
que são tipos e gêneros textuais. O que difere os gêneros
textuais dos tipos textuais?
Para OLIVEIRA (2007)
O que é falado, a maneira como é falado, a forma que é dada ao texto
são características diretamente ligadas ao gênero. Como as situações de
comunicação em nossa vida social são inúmeras, inúmeros são os
gêneros textuais: bilhete, carta pessoal, carta comercial, telefonema,
notícia jornalística, editorial de jornais e de revistas, horóscopo, receita
culinária, texto didático, ata de reunião, cardápio, palestra, resenha crítica,
bula de remédio, instruções de uso, e-mail, aula expositiva, piada,
romance, conto, crônica, poesia, verbete de enciclopédia e dicionários,
etc. (...)
Os textos independentemente dos gêneros a que pertencem, se
constituem de seqüências com determinadas características lingüísticas,
como classe gramatical predominante, estrutura sintática; predomínio de
determinados tempos e modos verbais, emprego de vocativo, etc. Assim
dependendo dessas características temos os diferentes tipos verbais.
Como já vimos, os gêneros textuais são inúmeros, dependendo da função
de cada texto e das diferentes situações comunicacionais. O mesmo não
acontece com os tipos textuais, que são poucos: narrativo, descritivo,
argumentativo, explicativo ou expositivo, injuntivo ou instrucional e
preditivo.
ETC
INSTRUÇÕES
POESIA
TIRA
PROPAGANDA
CHARGE
RECEITA
VERBETE ATA
EDITORIAL
CARTA
BULA
ROMANCE
CRÔNICA
CONTO
PIADA
GT
GÊNEROS TEXTUAIS
AR
PREDITIVO
EXPLICATIVO OU EXPOSITIVO
INJUNTIVOOU
INSTRUCIONAL
DESCRITIVO
NARRATIVO
ARGUMENTATIVO
TIPOS TEXTUAIS
TIPOS TEXTUAIS
Vamos lá!Eu percebi que o texto argumentativo está dentre os tipos, uma charge ou uma piada são gêneros textuais, mas podem apresentar elementos argumentativos? É isto que eu quero ver.
Agora que você já sabe o que é texto? O que é gênero textual? E o que é tipo textual?Podemos seguir em frente? O que você aprendeu?
TESTANDO OS SEUS CONHECIMENTOS...
Quero participar da conversa e dizer que todos os textos de uma forma ou de outra tentam nos convencer de algo. Uns mais outros menos. Sendo assim, a charge é um texto altamente persuasivo, que se utiliza da ironia para nos convencer de que há algo no discurso que deve ser esclarecido. Geralmente, neste gênero a imagem fala mais que as palavras.É um gênero muito utilizado para questionar e ironizar fatos políticos ou sociais.
E por falar em charge, leia alguma coisa sobre esse gênero textual.
''Charge'' é um estilo de [[ilustração]] que tem por finalidade [[Sátira|satirizar]], por meio de uma [[caricatura]], algum acontecimento atual com uma ou mais personagens envolvidas. A palavra é de origem [[França|francesa]] e significa ''carga'', ou seja, exagera traços do caráter de alguém ou de algo para torná-lo ''burlesco''. Muito utilizadas em críticas políticas no Brasil. Apesar de ser confundido com ''[[cartoon]]'' (ou cartum), que é uma palavra de origem inglesa, é considerado como algo totalmente diferente, pois ao contrário da charge, que sempre é uma crítica contundente, o cartoon retrata situações mais corriqueiras do dia-a-dia daMais do que um simples desenho, a charge é uma crítica político-social onde o artista expressa graficamente sua visão sobre determinadas situações cotidianas através do humor e da sátira. Para entender uma charge não precisa ser necessariamente uma pessoa culta, basta estar por dentro do que acontece ao seu redor. http://www.pt.wikipedia.org/w/index.php?title=charge&action=edit, acesso em 03/01/08.
Observe a charge da professora Rosilene do município Pinhalão, do
CONTINUANDO...
RE... O QUÊ?...REELEIÇÃO NÃO!
NEM PENSAR!!!
O DISCURSO E O CONVENCIMENTO.
REEXC... EXCELÊNCIA E QUANTO ÀS ELEIÇÕES...REELEIÇÃO EXCELÊNCIA? O POVO QUER SABER.
Para a leitura de um texto, principalmente uma charge, é preciso entendermos o que a teoria da enunciação nos diz. Esta teoria tem como precursor Mikhail Bakhtin, é ela que fundamenta as DCEs do Paraná. A enunciação se dá quando o enunciador e o enunciatário se interagem num enunciado. Bakhtin define que a enunciação tem a natureza social, é ideológica, é o evento único capaz de produzir enunciado. As condições de produção de enunciado são: tempo, lugar, papéis representados pelos interlocutores, imagens recíprocas, relações sociais, objetivos visados na interlocução, são constitutivas do sentido do enunciado. Enunciado é a manifestação de uma frase, levando-se em conta o contexto em que ocorreu. Quando os interlocutores interagem num texto, buscando o enunciado, levam para o texto seus conhecimentos, sua ideologia, seus conceitos e preconceitos, a intencionalidade, o modo como é dito. Então, ocorre a enunciação. Que nada mais é que o processo discursivo, levando em conta o contexto de produção, a situação de produção do texto e as relações existentes entre o enunciador e o enunciatário.
Já sei. A palavra é uma espécie de ponte lançada entre mim e os outros. É na relação entre os interlocutores que se constroem a significação das palavras, é construído também o sentido do texto pelos próprios sujeitos.
no m
omen
to d
a C
oleg
a,
você
en
tend
eu
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di
reiti
nho.
Ago
ra,
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Para
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o qu
e es
tava
se
pass
ando
no
mom
ento
da
prod
ução
.
a) Analise a charge acima, descubra quais são as marcas de argumentatividade que
sua autora utiliza para persuadir o leitor a compartilhar da opinião dela.
b) Fale da eficácia da imagem da charge como elemento argumentativo do autor sobre
o assunto.
c) A chargista utilizou-se da argumentação para nos convencer de que:( ) O entrevistado disse a verdade, ele não quer se reeleger.( ) Ele disse uma coisa e pensa outra.
d) Na nossa língua vários são processos para formação de palavras. No meio político brasileiro, palavras são inventadas para justificar atos e fatos inexplicáveis. A chargista se utilizou de uma expressão “REEXC”, quando iniciou a fala da repórter com o entrevistado.
• Você pode afirmar que isto foi proposital? • A expressão “REEXC” tem peso argumentativo de oposição à resposta do
entrevistado? • Dê um palpite, qual é a palavra que ela pretendia inventar?• Explique qual é o significado do prefixo “re” na Língua Portuguesa.
e)Analise e responda as questões abaixo: • O significado da expressão “EXCELÊNCIA” tem relação com a atividade
laboral do entrevistado?• A palavra “EXCELÊNCIA” tem sexo ou gênero? Está de acordo com o
sexo do entrevistado? Por quê?• A palavra “EXCELÊNCIA” está substituindo o nome da personagem da
charge. Uma única classe gramatical tem esta função. Qual é a classe de palavra que substitui o nome ou se relaciona com ele?
• “EXCELÊNCIA” se refere a que pessoa do verbo?
Caro aluno,observe que a charge foi escrita em um dado momento, em que os políticos estavam preocupados com a sucessão presidencial. Isto porque, no Brasil, se encontra em vigor uma lei que impossibilita a reeleição a cargos executivos pela segunda vez. Naquele momento, em meados de 2007, pensou-se até em mudar a lei. O que não está descartado, porque essa possibilidade é latente no meio político.
Caro estudante, o que você aprendeu?Eu posso dizer que o enunciado da charge foi compreendido pela interação da autora comigo e com você. Eu percebi que o entrevistado quer ser Presidente novamente. Isto foi percebido pelos seus dedos cruzados. O que eu não sabia é que ele não pode se reeleger novamente se a lei não mudar.
d) Identifique qual foi o recurso que mais lhe persuadiu a escolher uma das alternativas da questão “c”:( ) imagem( ) escrita
e) Justifique o porquê de sua escolha, apontando o motivo de seu conhecimento.
A chargista nos convenceu de que o entrevistado quer a reeleição. O argumento mais forte foi o visual, contido na imagem.A imagem desmascarou
CONCLUSÃO SOBRE A CHARGE...
Agora eu quero saber se há argumentação na piada? Gostaria que contasse uma piada de um discurso político.
Hei! Deixa eu contar aquela...?
Deixa que eu conto!
O discurso político
É aquela do político que chegou ao bairro para fazer um comício e encontra apenas um barril para lhe servir de púlpito. Então, subiu nele e foi logo rasgando o verbo: _ Companheiros, se eleito for, vou fazer deste bairro a sede de meu governo. Além disso, vou dar cestas básicas para 100% da população, blá, blá, blá, blá, blá,blá, blá, blá, blá, blá... Em meio a tantos blás, blás, blás, a multidão foi saindo devagarinho, devagariho... No final do discurso, permaneceu no local apenas um cidadão, meia idade, com cara de matuto. O político desceu do barril e foi agradecer o eleitor por ter prestigiado o seu discurso: _ Companheiro, acredito que tenha gostado da minha fala, não vou me esquecer disso. O matuto na sua simploriedade responde: _ Gostá eu não gostei, discurso é tudo igá. Promete, promete e depois ... nada.O político irritado ao ponte de pular a goela do cidadão, conteve-se e perguntou-lhe: _ Então, por que ficou me ouvindo até o final? _Ué, foi o Sinhô que não parava de falá. I promete, que promete. _Isso não responde a minha pergunta? – indagou o político irritado com a sua perda de tempo. _Ué, o Sinhô tava encima do barrir que eu levo o de bebê pros animar uai.
Voc
ê já
pa
rou
de ri
r?A
gora
ob
serv
e qu
e a
piad
a tra
z na
su
a es
trutu
ra
exem
plo
típic
o do
di
scur
so
polít
ico.
No discurso político há argumentação? O discurso político sempre que é proferido, ele tem a intencionalidade de convencer alguém de alguma coisa?
ANALISANDO O TEXTO-PIADA...
No inicio do trabalho, citamos Koch, que resumidamente quis dizer: nenhum texto é ingênuo. Isto significa que em todo texto perpassa a ideologia do autor, que nada mais é que o seu ponto de vista sobre aquilo que diz, escreve, pinta, desenha, etc. Também a sua intencionalidade esta presente, seja de forma explicita (visível) ou implicitamente (nas entrelinhas ou marcas).
Para GUIMARÃES (2007.p.14), O texto é uma unidade. E sua unidade é um efeito ideológico da posição do autor.
A texto-piada acima, possui marcas de intencionalidade e de ideologia que tentam nos persuadir de algo muito forte que ocorre no meio político, o descrédito do discurso.A piada é um texto de humor antigo, apimentado com a ironia.
No [[século XII]], [[São Tomás de Aquino]] já escrevia que "brincar é necessário para levar uma vida humana", defendendo que as piadas seriam importantes para repor das "forças do espírito".(<refname="Época">''fonte: [http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,6993,EPT413669-1664-1,00.html|revista Época]''</ref>)Contudo, nem todos os religiosos concordavam com os benefícios das piadas e do [[humor]]. No romance ''[[O Nome da Rosa]]'', por exemplo, o autor [[Umberto Eco]] centra a trama em livros que haviam sido proibidos pelo [[Vaticano]] exatamente por conterem um estudode[[Aristóteles]]sobre[[riso]]. http://www.pt.wikipedia.org/wiki/piada#no_passado, acessado em 20/12/2007.
A ARGUMENTATIVIDADE NO TEXTO-PIADA
A autora do texto-piada o construiu de forma a nos conduzir ao seu ponto de vista, em relação à credibilidade dos discursos políticos. Você pode até discordar dela, mas os recursos argumentativos utilizados por ela foram fortes e difíceis de serem contra-argumentados.
A argumentação é concretizada através de opiniões, a favor e contra uma tese (principal ou local), argumento ou contra-argumento. Mas exprimir afirmações como (contra-)argumentos e exprimir opiniões são duas coisas distintas. Na argumentação, nem sempre conseguimos exprimir claramente as nossas opiniões; por isso é conveniente exprimi-las abertamente.
Observe que...
há sempre uma tese principal ou questão principal a ser examinada ou debatida em qualquer
ENTÃO...
Uma afirmação que apoia outra designa-se por argumento, e uma proposição que ataca outra designa-se por contra-argumento. .
Uma afirmação que é apoiada e/ou atacada deste modo é designada
por tese: geralmente consiste numa afirmação que é contestada,
a) Destaque na tarja azul os argumentos do candidato para a sua reeleição;
b) Destaque na tarja lilás os contra-argumentos da autora refutando a eleição do candidato. c) Exemplifique com parte do texto a opinião da autora.
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AVALIAÇÃO E CONCLUSÃO DO ESTUDO: Caro aluno, mostre que você aprendeu um pouco da arte de argumentar. A personagem abaixo foi criada com o nome de: Candidato Brasileirinho. Você é o Brasileirinho, por isso crie um discurso político original, criativo e persuasivo. O discurso seguirá a seguinte regra:São vedados palavrões;É vedado denegrir a imagem de quem quer que seja;É vedado se identificar com qualquer personalidade política já existente;É permitido inovar;É permitido ser criativo;É permitido alegrar e encantar.
Caro aluno, veja que a literatura presta serviço relevante à Sociologia. Enquanto o pensamento filosófico dominante em cada época, questiona os fatos sociais e faz com que o ser humano reflita sobre eles, percebendo como a força ideológica faz para dominar a massa, a literatura registra, mesmo que inconscientemente esses fatos sociais e as marcas ideológicas presentes na sociedade da época.Leia os trechos do livro didático público do Estado do Paraná da disciplina de Sociologia, para fazer a sua conclusão.
[...] Durkheim acreditava que os acontecimentos sociais poderiam ser observados como coisas (objetos), pois assim, seria fácil estudá-los. Então o que ele fez? Criou as regras que identificariam que tipo de fenômenos que poderiam ser estudados pela Sociologia. A esses fenômenos que poderiam ser estudados por uma ciência da sociedade ele denominou de fatos sociais. (SEED PR, 2006:34)
A sistematicidade e a coerência ideológicas nascem de uma determinação muito precisa: o discurso ideológico é aquele que pretende coincidir com as coisas, anular a diferença entre o pensar, o dizer e o ser e, destarte, engendrar uma lógica da identificação que unifique o pensamento, linguagem e realidade para, através dessa lógica, obter a identificação de todos os sujeitos sociais com uma imagem particular universalizada, isto é, a imagem da classe dominante. Universalizando o particular pelo apagamento das diferenças e contradições, a ideologia ganha coerência e força porque é um discurso lacunar que não pode ser preenchido. Em outras palavras, a coerência ideológica não e obtida malgrado as lacunas, mas, pelo contrário, graças a elas. Porque jamais poderá dizer tudo até o fim, a ideologia é aquele discurso no qual os termos ausentes garantem a suposta veracidade daquilo que está explicitamente afirmado. (CHAUÍ, 1997: 3-4).
Observação:Émile Durkheim: sociólogo e pensador francêsMarilena Chauí: filósofa e pensadora brasileira
Caro aluno, pesquise os termos desconhecidos dos fragmentos acima, e faça a sua conclusão sobre o conteúdo da charge e do texto-piada. Ambos dão-lhes pistas de fatos sociais da sociedade brasileira que podem ser questionados pelos seus
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e filosofia da linguagem São Paulo: Hucitec, 2002.
_______________Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2003.BARROS, Diana L. P. Teoria semiótica do texto. São Paulo: Ática, 2003.
BARTHES, Roland; tradução J. Guinsburgl. O prazer do texto. São Paulo: Perspectiva, 2006.
CARNEIRO, Marisa. Argumentação no texto escolar[on line] Disponível na Internet via URL: http://filologia.org.br/anais/anais%20III/20CNLF%2029.HTML, acessado em 22/08/2007.
CITELLI, Adilson. Linguagem e persuasão, 8 ed. São Paulo: Ática, 2006.
João Wanderley. Portos de Passagem. São Paulo: Martins Fontes, 1995. GUIMARÃES, Eduardo. Texto e argumentação: um estudo de conjunções do português. 4 ed. Campinas, SP: Pontes, 2007.GUIMARÃES, Elisa. A articulação do texto, 9. ed. São Paulo: Editora Ática, 2006.
OLIVEIRA, Esther Gomes de. Gêneros textuais e argumentação. Londrina: UEL, 2007.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 2006.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Sociologia:Ensino Médio. Curitiba: SEED, 2006.
KOCH, Ingedore Grunfeld Villaça. A coesão textual. São Paulo: Contexto, 1989.
___________________________& TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Texto e coerência. São Paulo: Contexto, 1991.
___________________________Desvendando os segredos do texto. São Paulo: Cortez, 2002.
__________________________& TRAVAGLIA, Luiz Carlos. A coerência textual. São Paulo: Contexto, 2006.
__________________________A inter-relação pela linguagem. 9. ed. São Paulo: Contexto, 2004.
__________________________ Texto e coerência. 9. ed. São Paulo: Cortez, 2003__________________________O texto e a construção de sentidos. 7. ed. São Paulo:
Contexto, 2003.__________________________Argumentação e linguagem. 10. ed. São Paulo: Cortez, 2006.
VAL, Maria da graça Costa. Redação e textualidade. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999.http://www.pt.wikipedia.org/wiki/piada#no_passado, acessado em 20/12/2007.http://www.pt.wikipedia.org/w/index.php?title=charge&action=edit, acesso em 03/01/08.http://filologia.org.br/anais/anais%20III20CNLF%2029.HTML, acessado em 22/08/2007. http://www.pucrs.br/gpt/argumentativo.php acessado em 22/08/2007.
FICHA DE IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICAPROFESSOR PDE
1. Nome do(a) Professor(a) PDE: Maria de Fátima Barbosa Nogueira
2. Disciplina/Área: Língua Portuguesa
3. IES: Universidade Estadual de Londrina
4. Orientador(a): Professor Doutor Vladimir Moreira
5. Co-Orientador(a) (se houver): ): Professora Mestra Maria do Rocio Ramos
6. Caracterização do objeto de estudo (exceto Professor PDE Titulado):
O objeto deste estudo define-se da seguinte forma: análise da argumentação nos textos produzidos pelos alunos do Ensino Médio, organizada nos seguintes passos:5.1. A leitura prévia como fonte de produção de textos;5.2. Elaboração de um plano para produção textual;5.3. Análise lingüística nos textos produzidos pelos alunos;5.4. Análise da argumentação e de suas marcas presentes nos textos dos alunos.Assim, professores de Língua Portuguesa de escolas públicas do Paraná poderão trilhar um caminho, que já não nos parece novo, mas que é ainda ousado e que vale a pena buscá-lo para o ensino da produção textual que nada mais é que promover o gosto pela escrita. Segundo VAL, (1999, p. 4-5) [...] antes de mais nada um texto é uma unidade de linguagem em uso, cumprindo uma função identificável num dado jogo de atuação sociocomunicativa. E o professor é a ponte entre o aluno, a leitura, a interpretação do texto lido e a produção de sua própria obra. É por isso que comporta hoje uma produção textual interativa e com significados a quem quer que a leia. Não só para o professor. O professor de Língua Portuguesa deve ser um elo entre o falante e o mundo em que este vive. Um dos fatores mais relevantes para esta proposição, é que o aluno preparado na arte do bem falar e escrever, será mais respeitado em sua condição humana. Isto poderá garantir-lhe um pouco mais de autonomia e dignidade.
7. Título da Produção Didático-Pedagógica: Argumentar é uma arte?
8. Justificativa da Produção: A arte da argumentatividade é um recurso antigo da oralidade e da escrita, que deixou de ser eficaz nas escolas públicas . O material produzido é um convite singelo para que o aluno reflita sobre esta prática e identifique-a em dois tipos de texto: uma charge e um discurso-piada.
9. Objetivo geral da Produção: Promover a interação social por intermédio da língua, interação essa, fundamentada pela argumentatividade.
10. Tipo de Produção Didático-Pedagógica:( X ) Folhas ( ) OAC ( ) Outros (descrever):
Obs.: Embora o material tenha algumas características próprias, que aparentemente diferem de um Folhas, ele seguiu os fundamentos teórico-metodológicos de um Folhas, por isso a proponente o considera como tal.
11. Público-alvo: Este material foi produzido para alunos do ensino médio regular e profissionalizantes, mais especificamente para os terceiros anos destes cursos, porém, nada impede que professores de outras séries e níveis de ensino se utilizem dele adaptando-o à realidade da turma, isto pode ser feito porque o material é de fácil compreensão.
Pinhalão, 28/02/2008.
Maria de Fátima Barbosa Nogueira Professor PDE
Secretaria de Estado da Educação – SEEDSuperintendência da Educação - SUED
Diretoria de Políticas e Programas Educacionais – DPPEPrograma de Desenvolvimento Educacional – PDE
RESUMO SOBRE O MATERIAL DIDÁTICOO Material Didático aqui proposto segue o objeto de estudo do
Plano de Trabalho da proponente, o qual se define da seguinte forma: Análise da argumentação nos textos produzidos pelos alunos do Ensino Médio, organizada nos seguintes passos:
a) A leitura prévia como fonte de produção de textos;b) Elaboração de um plano para produção textual;c) Análise lingüística nos textos produzidos pelos alunos;d) Análise da argumentação e de suas marcas presentes nos textos dos alunos.
O Material Didático desenvolvido tem como conteúdo a tipologia textual da argumentação. Tem como título: Argumentar é uma arte? Esta interrogativa veio impulsionar uma reflexão sobre a arte da argumentação que não é muito utilizada hoje em nosso meio educacional e também na sociedade como um todo. Com este Material a proponente espera que os professores de Língua Portuguesa das escolas públicas do Paraná possam trilhar um caminho, que já não nos parece novo, mas que é ainda ousado e que vale a pena buscá-lo para o ensino da produção textual que nada mais é que promover o gosto pela escrita. Segundo VAL, (1999, p. 4-5) [...] antes de mais nada um texto é uma unidade de linguagem em uso, cumprindo uma função identificável num dado jogo de atuação sociocomunicativa. O professor é a ponte entre o aluno, a leitura, a interpretação do texto lido e a produção de novas obras. É por isso que comporta hoje uma produção textual interativa e com significados a quem quer que a leia. O texto não deve ser produzido para um interlocutor apenas, o professor, os interlocutores devem ser pensados como um universo, respeitada diversidade.
O professor de Língua Portuguesa deve ser um elo entre o falante e o mundo em que este vive. Um dos fatores mais relevantes desta proposição, é que o aluno preparado na arte do bem falar e escrever, será mais respeitado em sua condição humana. Isto poderá garantir-lhe um pouco mais de autonomia e dignidade.
Justificativa da Produção: A arte da argumentatividade é um recurso antigo da oralidade e da escrita, que deixou de ser eficaz nas escolas públicas . O material produzido é um convite singelo para que o aluno reflita sobre esta prática e identifique-a em dois tipos de texto: uma charge e um discurso-piada.
Objetivo geral da Produção: Promover a interação social por intermédio da língua, interação essa, fundamentada pela argumentatividade.
Tipo de Produção Didático-Pedagógica:( X ) Folhas
Público-alvo: Este material foi produzido para alunos do ensino médio regular e profissionalizantes, mais especificamente, para os terceiros anos destes cursos, porém, nada impede que professores de outras séries e níveis de ensino se utilizem dele adaptando-o à realidade da turma, isto pode ser feito porque o material é de fácil compreensão.