SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO · professor, em garantir os estudos das escolas...

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DE EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE ESTUDUAL DO CENTRO OESTE - UNICENTRO

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL

MATERIAL DIDÁTICO: ESTRATÉGIAS METODOLÓGICAS PARA PROMOÇÃO

DA LITERATURA

ÁREA: LÍNGUA PORTUGUESA

NOME DA PROFESSORA PDE: MARIA JOSELETE KOUPAK ZITTEL

NOME DO PROFESSOR ORIENTADOR: DR. EDSON SANTOS SILVA

IES: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO OESTE – UNICENTRO

2011

SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO ..................................................................................................... 3

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................................ 4

3 CRONOGRAMA DE AÇÕES .................................................................................... 7

4 ETAPAS DE ATIVIDADES ........................................................................................ 9

4.1 PRIMEIRA ETAPA – LEITURA DOS LIVROS .................................................... 9

4.2 SEGUNDA ETAPA – FILME – DOM CASMURRO E IRACEMA ...................... 10

4.3 TERCEIRA ETAPA – DEBATE ......................................................................... 11

4.4 QUARTA ETAPA ............................................................................................... 12

4.4.1 Romance Urbano ........................................................................................ 12

4.4.2 Romance Regionalista ................................................................................ 12

4.4.3 Romance Histórico ...................................................................................... 13

4.4.4 Romance Indianista .................................................................................... 13

4.5 QUINTA ETAPA – TEATRO .............................................................................. 14

REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 16

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1 APRESENTAÇÃO

O presente material tem objetivo de auxiliar o professor e despertar o

interesse dos alunos pela leitura de textos literários, como uma atividade prazerosa

e significativa.

Procura demonstrar a importância da literatura que é um dos meios que

permite criarmos representações que refletem, constroem e desafiam nossos

conhecimentos ou crenças e, cooperam para o estabelecimento de relações sociais.

A prática deve ser motivada por parte do corpo docente das instituições, com isso,

mais cidadãos atuaram na sociedade com base nas críticas desenvolvidas por meio

da literatura iniciada no período escolar.

Despertar o interesse dos alunos, para a leitura e demonstrar o quanto é

importante este ato dentro e fora da sala de aula. Mostrar que não precisa obrigar o

aluno a ler, mas sim mostrar que a leitura pode ser muito prazerosa e, assim,

aprofundar, por meio da leitura de textos literários a criticidade e a sensibilidade

estética, pois cada aluno é um leitor e no momento em que chega à escola, já sabe

qual gênero dos livros chama-lhe mais atenção.

A leitura auxilia na formação e nos faz obter conhecimentos sobre variados

assuntos, devido à diversidade cultural que encontramos em nossas obras literárias.

No Ensino Médio, a leitura segue caminhos dentro do ambiente escola: faz

com que os alunos melhorem suas habilidades e tomem consciência da

necessidade de desenvolver o olhar crítico na oportunização de leituras aliadas ao

prazer, com textos de diferentes procedências ampliando a autonomia intelectual

desses alunos.

A sala de aula é o lugar de formação de leitores e a leitura deve ser uma das

mais importantes atividades na escola e fora dela.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O ensino aprendizagem depende de um processo contínuo, portanto, não há

como excluir a literatura da vida estudantil, pois ela está intrinsecamente ligada ao

homem, visto que é uma arte que tem o poder de humanizar e transformar a

realidade também atuando como instrumento de educação, pois retrata diversas

realidades. É importante destacar a sua função social, uma vez que tem o poder de

transformação, que é capaz de fazer aprimorar o pensamento, transformando o

sabor em saber.

Durante muito tempo o ensino foi realizado como perspectiva tradicional que

visava à recepção de conteúdo ensinado durante a trajetória escolar, os alunos

foram submetidos a regras e mais regras. O resultado dessa prática durante anos é

o desinteresse dos discentes pelas atividades escolares. Daí o grande desafio de

um docente na atualidade: combater o marasmo e a falta de interesse dos alunos no

dia a dia da escola. Na Literatura esse fator é ainda maior, pois envolve a questão

do ato de ler, o que exige um maior envolvimento dos alunos em atividades

extraclasse.

Sendo assim, faz-se necessário desenvolver um ensino cujo objetivo seja

promover a interação entre alunos e professores, ambos sendo coadjuvantes de

uma aprendizagem enriquecedora, em que todos aprendam.

Realizar atividades buscando desempenhar um contato direto com os

alunos, conhecendo a realidade mais próxima deles, dando oportunidades de

expressão e exposição de opiniões, os envolvidos tem a ganhar, pois a troca de

informação e conhecimento pode ser uma experiência positiva que contribui para a

qualidade do ensino.

Somente assim, a escola conseguirá cumprir seu papel de formadora social

e a Literatura dará amparo para a formação crítica e observadora do homem

mediante a realidade social na qual está inserido.

A leitura que mesmo com o passar do tempo foi sendo “trocada” por

tecnologias ainda é uma forma de prazer. Pois além de ser uma opção

metodológica, envolve todo um conjunto de valores e de ações cotidianas. E, pode-

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se concordar que a praticidades com a leitura vem melhorando com o passar do

tempo, pois, a leitura já faz parte do dia a dia de cada ser humano.

Atualmente nas tarefas mais elementares da vida cotidiana, necessitamos

do recurso leitor: tomar um ônibus, ou metrô, fazer compras e procurar ruas em

cidades, enfim, tantas outras atividades que exigem a leitura.

Para Charmeux (1997, p. 115) “a primeira forma de ajudar a aprendizagem

da leitura é um determinado tipo de “presença” do escrito em casa e na vida

cotidiana”.

Formar bons leitores é um desafio para as escolas de todas as partes do

mundo. Desde o Ensino Fundamental até o Ensino Superior, professores se

deparam com o desinteresse dos alunos em ler ou utilizar os livros para estudar e

adquirir conhecimentos dos mais diversos.

No Ensino Médio, além do gosto pela leitura, há a preocupação, por parte do

professor, em garantir os estudos das escolas literárias.Leitores críticos tem mais

fundamentos em suas argumentações acerca dos acontecimentos ocorridos a sua

volta. É de suma importância que o ser humano analise tudo a sua volta e faça a

leitura do mundo. Se a leitura ocorrer desde a infância, torna-se mais fácil

desenvolver este espírito interativo.

A importância da prática da leitura deve ocupar lugar de destaque nas aulas

de Língua Portuguesa, visto que ela está incumbida de trabalhar esse processo,

mas cabe lembrar que a leitura ocupa todas as disciplinas escolares. Toda e

qualquer metodologia utilizada em sala de aula para melhorar o sistema educacional

é bem vinda, o momento atual está se valendo da tecnologia para tornar mais

significativo.

Segundo Paraná (2008, p. 71), podemos perceber que o aluno deve estar

em contato com a grande tipologia textual.

Ler é familiarizar-se com diferentes textos produzidos em diversas esferas

sociais, jornalísticas, artísticas, judiciária, científica, didática, pedagógica, cotidiana,

midiática, literária, publicitária, etc. No processo de leitura também é preciso

considerar as linguagens não verbais. A leitura de imagens como: fotos, cartazes,

propagandas, imagens digitais e virtuais, figuras que povoam com a intensidade

crescente nosso universo cotidiano.

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O importante é despertar nos alunos o desejo de ler, não somente por

obrigação, mas pelo prazer que o livro passa e, suas falhas repletas de histórias e

aventuras, seja de qual cunho for (romance, aventura, ação, tragédia).

Com isso, convém dizer que a leitura influencia na formação de cidadãos

atuantes na sociedade e, com isso, desenvolver do país em se vive. Sendo assim,

enfatizamos a necessidade de investigar leitores interpretativos, que fujam da

covencionalização e do conformismo consciente que assola o país.

Enfim, unindo a necessidade de formar leitores críticos, com a evolução

tecnológica atual, convém adequar por parte dos docentes, formas de tornar isso

possível, ou seja, valer-se do bem atual para formar cidadãos interados com o meio

e suas modificações, sempre com olhar crítico e formativo de conceitos. Por isso a

confecção de um trabalho pautado no envolvimento do aluno com as obras literárias

é um bom caminho para sugerir uma educação mais prazerosa e significativa.

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3 CRONOGRAMA DE AÇÕES

Esta Unidade Didática pretende encaminhar a próxima etapa do Plano

Integrado de Formação Continuada – 2010 de forma a direcionar as ações no

Projeto Implementação Pedagógica no Colégio Estadual Barão de Capanema,

Ensino Médio, no município de Prudentópolis.

A implementação será pautada nos princípios da pesquisa participante,

sendo o público alvo alunos do Ensino Médio, das primeiras séries do período

matutino com o objetivo de promover a leitura literária na sala de aula. Inicialmente

será feita uma sondagem, com o intuito de conhecer o grau da leitura, como a

literária, que os alunos possuem.

A partir disso, serão apresentados textos com temáticas que atraiam o

público alvo, despertando o interesse. Também, serão utilizados outros gêneros

textuais que abordem a mesma temática com o intuito que os alunos percebam e

comparem como um mesmo tema é explorado pela literatura, pela música, filme,

desenho animado, texto jornalístico e outros.

Serão propostas atividades que levem a pesquisa à história do país, só

assim formaremos leitores e produtores competentes.

A literatura é um processo de produção, recepção que se converte em fator

de interação sociológica, ética ou política. É uma forma de arte; fenômeno de

criatividade que representa o mundo, o homem, a vida pela palavra.

Enfim, unindo a necessidade de formar leitores críticos com a evolução

tecnológica atual, convém adequar por parte dos docentes, formas de tornar isso

possível, ou seja, valer-se do bem atual para formar cidadãos interados com o meio

e com as suas modificações, sempre com olhar crítico e formativo de conceitos. Por

isso, a confecção de um trabalho pautado no envolvimento do aluno com as obras

literárias é um bom caminho para sugerir uma educação mais prazerosa e

significativa.

As várias técnicas de leitura deverão ser trabalhadas em forma de oficinas,

cujo objetivo deverá despertar o prazer de ler. Sugere-se que as atividades ocupem

12 aulas.

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O material sugerido será a análise da obra de José de Alencar – Iracema e

Machado de Assis – Capitu. Será analisado do comportamento dessas mulheres de

épocas diferentes.

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4 ETAPAS DE ATIVIDADES

4.1 PRIMEIRA ETAPA – LEITURA DOS LIVROS

O objetivo desta etapa é demonstrar aos alunos como a leitura de obras

literárias pode se tornar um hábito.

A leitura busca no aluno uma maneira de ressaltar as interações em

sociedade, melhorando o relacionamento entre as pessoas e ampliando

conhecimentos para todo o meio que o cerca.

A leitura quando inserida num ambiente de diversas classes sociais, faz com

que exista um crescimento intelectual e a existência do querer saber mais, mostra a

grandeza da importância do conhecimento nos dias de hoje.

Por isso, existem os projetos e trabalhos de prática em sala de aula,

mostrando ao aluno o quanto ele pode crescer com esta troca recíproca respeitando

o tema discutido.

E, baseando-se na interação, constata-se que a formação de grupos e

relacionamento entre alunos pode acarretar ótimas trocas de ideias, ampliando

também o desenvolvimento estudantil.

A leitura prévia das obras literárias será feita com antecedência.

Nesta primeira etapa deverá ser trabalhada a importância da leitura citando

como exemplo a obra Dom Casmurro de Machado de Assis e a obra Iracema de

José de Alencar.

A obra Dom Casmurro, que é contada em primeira pessoa pelo personagem

Bentinho, deixa no ar um enigma sobre a suposta traição, ou não. Bento muito

jovem ainda é fortemente atraído por sua vizinha Capitolina, porém ele vai ao

seminário, em cumprimento à promessa de sua mãe, onde conhece Escobar. A

história começa a desenrolar quando Bentinho casa-se com Capitu, mas um tempo

depois Escobar morre e Capitu demonstra um olhar penetrante no caixão, então a

classificação de Capitu com os “olhos de cigana oblíqua e dissimulada”. Machado de

Assis deixa o clima de suspense em sua história fazendo com que o leitor tire suas

próprias conclusões e imagine o final que deseje. Daí então o nome do livro devido a

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Bentinho ter se tornado um idoso rude e casmurro por ter se fechado em duas

duvidas. (ASSIS)

Iracema é um livro cearense, como afirma o próprio autor. O título completo

é Iracema (Lenda do Ceará). A dedicatória é coerente: “A terra natal – um filho

ausente”. E ainda no prólogo da primeira edição, afirma “o livro é cearense”

(ALENCAR, 1865). Foi imaginado aí, na limpidez desse céu de cristalino azul e

depois vazado no coração cheio de recordações vivazes de uma imaginação virgem.

Escreveu para ser lido lá, na fresca sombra do pomar, ao doce embalo da rede e

entre murmúrios do vento que apita na areia ou farfalha nas palmas dos coqueiros.

Então, Iracema fica conhecida como a “virgem dos lábios de mel” (ALENCAR, p.5.).

O autor José de Alencar utilizava muitas metáforas para caracterizar Iracema, uma

índia que se apaixonou por um branco.

4.2 SEGUNDA ETAPA – FILME – DOM CASMURRO E IRACEMA

Após o breve conhecimento da história, que foi realizado através da leitura,

os alunos poderão se aprofundar nos estudos através de um filme, para que possam

conhecer os costumes e modos como eram na época, para em seguida realizar na

prática.

E, nesta etapa, serão demonstradas as falas, cenários e, enfim, diversos

aspectos que não ocorrem nos dias atuais, que servirá como base para eles

compararem as diferenças e também as semelhanças.

Afinal, deve existir esta aproximação do aluno com a obra, para que exista

uma recompensa no decorrer dos trabalhos posteriormente elaborados. E, para

ocorrer aproximação do aluno com a prática, ele deve entender muito bem o

contexto teoricamente, ver como ocorre o passo a passo de um trabalho para ser

bem organizado, para após colocá-lo na prática, na oficina que será apresentado.

Um filme pode agir como instrumento de ajuda e de base, sem contar que será um

modo mais fácil para os alunos recordarem as histórias e partes principais que mais

tarde será de grande valia.

Depois de assistirem aos filmes Dom,que é uma re-imaginação da obra

Dom Casmurro de Machado de Assis,que foi dirigido por Moacyr Góes e lançado no

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ano de 2003 e Iracema de José de Alencar, dirigido por Jorge Bodanzky e Orlando

Senna e lançado no ano de 1976 , os alunos farão uma resenha crítica sobre os

filmes.

Os melhores textos serão fixados no mural da classe.

4.3 TERCEIRA ETAPA – DEBATE

Depois dos alunos obterem informações sobre os livros, eles poderão

argumentar com seus critérios as conclusões retiradas dos conteúdos e,

posteriormente, comentar em sala de aula o que eles puderam notar sobre as

diferenças e semelhanças entre as escolas literárias. Alguns aspectos dos livros que

podem ser percebidos claramente em qual época a obra ocorreu, devido às

mudanças de hábitos e costumes. Uma das principais características que consegue

distinguir as fases que aconteceram em tempos diferentes é a mulher, que é vista

com outros olhos, em épocas distintas.

Para que o debate transcorra de modo organizado é conveniente definir

alguém responsável por mediar o evento: definir quanto tempo cada grupo disporá

na hora de expor os seus argumentos. Após o término do tempo de cada grupo,

alternam-se os turnos de fala, para que seja possível ouvir os colegas com atenção.

É importante que os argumentos estejam fundamentados e claros, para que possam

convencer os colegas. O mediador pode definir também o quanto a plateia será

ouvida e se será possível apenas fazer perguntas ou também tecer algum

comentário.

Nesta fase os alunos poderão debater e explorar as diferenças. Em seguida

alguns detalhes que podem ser estudados:

- Paralelo entre mulher romântica e realista;

- Paradoxo sobre Capitu e Iracema, as duas personagens centrais da história; uma

romântica e outra realista;

- Como é enfocado o relacionamento entre os índios e o branco na obra Iracema;

- Retrato idealizado da mulher;

- Características de cada obra – mulher – cor da pele, olhar, roupas;

- Quem revela o típico comportamento romântico;

- Capitu marcada pela ambiguidade;

- Olhos de ressaca, grande poder de atração e encantamento;

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- Falar sobre o texto – canção- Paulistano – Luiz Zolit;

- Capitu, ruptura na forma mais convencional de representação de mulher.

4.4 QUARTA ETAPA

Serão apresentadas as obras de José de Alencar e Machado de Assis, onde

será feito um paralelo entre romantismo e o realismo, dando mais ênfase nas obras

de seus respectivos autores. Dom Casmurro e Iracema tendo como temática desses

romances a “mulher”.

José de Alencar, um escritor fantástico cujas obras abrangem os grandes

temas de nossa literatura romântica incorporando quase todos os aspectos da

realidade brasileira do seu tempo. Com a criação de seus inúmeros personagens,

Alencar buscava traçar um perfil do homem essencialmente brasileiro e de nossa

realidade geográfica e política.

Vários períodos (fases) de nossa literatura:

4.4.1 Romance Urbano

- Cinco Minutos;

- A Viuvinha;

- Lucíola;

- Diva;

- A Pata da Gazela;

- Senhora.

4.4.2 Romance Regionalista

- O Gaúcho;

- O Tronco do Ipê;

- O Sertanejo.

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4.4.3 Romance Histórico

- As Minas de Prata;

- A Guerra dos Mascates.

4.4.4 Romance Indianista

- O Guarani;

- Iracema;

- Ubirajara;

- Teatro, poesias e não ficção.

O romance e a poesia indianista foram soluções que os escritores

brasileiros encontraram para repetir aqui a proposta europeia de volta ao passado

medieval. A civilização indígena representou literariamente o aspecto mais autêntico

de nossa nacionalidade.

O romance histórico incorpora figuras históricas ou até lendárias, situando-

se em tempo e espaços reais.

O romance regionalista retrata diferentes porções do país, concentrando-se

em seus costumes, tradições e linguagens próprias, diferentes dos valores do meio

urbano.

O romance urbano centra-se na corte, onde se misturam um modo de ser

nacional e as influências culturais estrangeiras, na casa, predominantemente a

portuguesa. Este romance retrata a vida burguesa da época, tendo histórias de amor

como assunto.

A escolha pela obra Iracema é pelo fato de ser o gênero que popularizou o

escritor. Além do indianismo, que reflete o nacionalismo, a exaltação da natureza, da

pátria, obra que revela uma preocupação histórica. A natureza pátria aparece

exaltada e nela vive um super herói, o índio, de cultura fala e modo de agir

europeizados.

Machado de Assis, uma importante imagem para a literatura brasileira, que

sendo filho de um mulato e de uma lavadeira portuguesa, por mérito é considerado

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um grande nome e que, em um conjunto com outros escritores fundou a Academia

Brasileira de Letras, em 1896.

Ele que é considerado um ótimo escritor em sua obra realista, Dom

Casmurro, deixa com que o leitor coloque sua opinião, através do enlace entre a

razão e a loucura, o que aconteceu realmente ou o que pensamos que ocorreu. Por

isso, essa etapa se torna importante. Para desenvolver o olhar crítico e também

analítico da situação. O aluno se interessa mais pela história e tenta achar um final

para este enigma, com isto haverá mais interação do aluno com a história.

Podemos destacar diversos contos do nobre escritor Machado de Assis,

como A Mão e a Luva, Quincas Borba, Memórias Póstumas de Brás Cubas, Contos

Fluminenses, enfim, tantas histórias que tem um ótimo desenrolar e que conquistam

o leitor. Mas, dentre tantas, a escolhida foi o clássico Dom Casmurro, que desperta

maior interesse entre os alunos.

4.5 QUINTA ETAPA – TEATRO

Os alunos, após compreenderem a necessidade do entrosamento e

cooperação dentro de um grupo, poderão colocar esse hábito em prática, juntando-

se em pequenas equipes para debater o assunto e logo após, começarem a colocar

as funções de cada aluno dentro desta equipe, já que trabalharemos com oficinas e

nesta data mais precisamente com o teatro, que é uma maneira de demonstrar aos

alunos a importância do diálogo e também de encenações para que a história tenha

mais ênfase nas partes principais. Dessa forma, haverá uma grande busca no

querer saber, os alunos vão procurar se aprofundar mais, buscar informações e isso

vai aproximá-los de obras literárias.

Nesta parte, o aluno perceberá que a literatura não cabe só em uma sala de

aula, mas, que, podemos explorar muito mais aprendendo de uma forma mais

divertida e inovada, aproximando o conhecimento da teoria em uma prática

aperfeiçoada. Com as oficinas temos o intuito de mostrar ao aluno que a literatura

abrange diversos espaços e meios que, pode atravessar fronteiras, através da arte e

imaginação dos respectivos alunos. A oficina do teatro veem as salas de aula com o

objetivo de fazer com que o aluno seja inserido em obras literárias de maneira que

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contribua para sua informação estudantil, seu crescimento e desenvolvimento dentro

da escola.

As expressões corporais, a luz, o cenário e a forma de se comunicar

próprias da arte teatral, chamam a atenção e cativam os expectadores. Portanto, na

constante tentativa de dinamizar a ação educativa e o teatro não podem ficar de

fora.

O teatro, expressão das mais antigas do espírito lúdico, é uma arte cênica

específica, pois, embora seu ponto de partida seja sempre um texto literário

(comédia, drama, outros gêneros) exige uma segunda operação artística: a

transformação do texto literário em espetáculo cômico e sua confrontação direta com

a plateia.

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REFERÊNCIAS

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Escala.

ASSIS, Machado de. Dom Casmurro. Coleção Grandes Mestres da Literatura

Brasileira. Ed Escala.

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Ed.especial Nº 8 , fevereiro de 2008 .

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CEREJA, Roberto William. Português Linguagens. São Paulo : Saraiva 5ª ed ,

2005.

CHARMEUX, Eveline. Aprender a ler vencendo o fracasso. São Paulo: Cortez

1999.

FARACO E MOURA. Língua e Literatura .São Paulo: Ed Ática, 18 ª edição.

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F.; Hoffman, J.; Esteban, M. T. Práticas avaliativas e aprendizagens significativas em

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MUNHOZ, Antonio Siemsen. Tecnologias Aplicadas à Educação: Educação e

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NERY, Alfredina. Modalidades Organizativas do Trabalho Pedagógico: uma

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