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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEEDSUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO - SUEDPROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDEUNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE DO PARANÁ – UENP

IONICE PEREIRA DA SILVA

PRODUÇÃO DE HISTÓRIA EM QUADRINHOS SOBRE A FORMAÇÃO ÉTNICA NA REGIÃO DO ESTADO DO PARANÁ

MATERIAL DIDÁTICO: UNIDADE DIDÁTICA PEDAGÓGICA PARA CADERNO PEDAGÓGICO

NOVA FÁTIMA2011

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEEDSUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO - SUEDPROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDEUNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE DO PARANÁ – UENP

IONICE PEREIRA DA SILVA

PRODUÇÃO DE HISTÓRIA EM QUADRINHOS SOBRE A FORMAÇÃO ÉTNICA NA REGIÃO DO ESTADO DO PARANÁ

Produção Didático-Pedagógica apresentada à Secretaria de Estado da Educação – SEED,como parte dos requisitos do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, em convênio com a Universidade Estadual do Norte do Paraná.

Orientador: Flávio M. M. Ruckstadter

NOVA FÁTIMA2011

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INTRODUÇÃO

A idéia de desenvolver este trabalho nasceu de alguns problemas que percebo na sala

de aula enquanto professora de História. Uma de minhas constantes buscas é a utilização de

metodologias que permitam aos alunos sua autonomia na busca do saber, reconhecendo-se

como parte desse processo na condição de sujeito histórico. Dentre as diversas possibilidades,

o uso didático de histórias em quadrinhos, pode ser de grande valia, pois apresenta uma forma

de comunicação visual e verbal na qual o aluno poderá transformar textos historiográficos em

diálogos e ao mesmo tempo demonstrar nos desenhos os espaços geográficos, modo de se

vestir, alimentação, religião, danças como também o trabalho, conhecendo assim a realidade

social permeadas de contradições, conflitos e diversidade.

O objeto de estudo no desenvolvimento deste trabalho será a formação étnica na região

atual do Estado do Paraná, com o seguinte questionamento: qual a importância de

disponibilizar ao aluno conhecimentos que o levem a reconhecer a sociedade em que vive

com suas diferenças culturais?

Na verdade ninguém valoriza aquilo que não conhece, no entanto as produções das

histórias em quadrinhos como também o estudo sobre as formas de viver e pensar através de

diferentes tempos e espaços possibilitará uma reflexão sobre a história do Paraná e suas

particularidades.

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Aprender história produzindo histórias em quadrinhos

Os quadrinhos hoje têm uma repercussão muito interessante no meio estudantil.

Mesmo diante de meios de comunicação cada vez mais diversificados e sofisticados, eles

continuam a atrair um grande número de leitores.

O ser humano, desde os primórdios, desenvolveu inúmeras formas de se comunicar;

dentre essas formas, pode-se destacar o desenho: através de imagem gráfica, por exemplo, o

homem primitivo desenhava nas paredes das cavernas o relato de suas atividades e isso era o

seu registro e por meio disso ele se comunicava e registrava informações que se constituem

hoje em importantes fontes para o estudo de sua história.

O uso das histórias em quadrinhos como atividade em sala de aula, constitui-se em

uma possibilidade de ensinar e aprender. Para isso é necessário conhecer os elementos para

produção da história em quadrinhos:

1. Argumento: a idéia da trama de forma resumida com início, meio e fim.

2. Escaleta: é a organização de todas as cenas a serem criadas de maneira que

sustente a História em Quadrinhos.

3. Roteiro: Todas as cenas com cenário, diálogo, apresentação dos

personagens, desenvolvimento do enredo, os dramas e as finalizações.

4. Traço: definição do estilo de desenho a ser utilizado.

5. Formato: Estabeleça o número de páginas, para indicar o ritmo da narrativa.

6. Distribuição dos espaços gráficos: define o formato da História em

Quadrinhos, reservando espaço para os diálogos e legendas.

7. Arte final: é a fase de acabamento que vai desde o traço até o momento de

dar cor às ilustrações.

8. Capa: uma das principais formas de chamar atenção do leitor.

9. Revisão geral: fundamental para evitar deslizes encontrados em História em

Quadrinhos. (Elen Campos Caiado, graduada em fonoaudiologia e

pedagogia – Equipe Brasil Escola).

Dica importante: para fazer cada quadrinho, comece pelo texto (balões dos personagens). Depois faça os desenhos. Sabe por quê? Porque, geralmente, a gente se empolga com o

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cenário, os personagens, e depois não cabem mais os balões. Fica tudo encolhido e ninguém consegue ler direito.

Outra sugestão:

Se quiser, faça os quadrinhos em papéis já recortados e depois os cole numa folha preta, deixando espaços iguais entre eles. Em vez de preta, escolha a cor que preferir, sempre contrastando com a dos quadrinhos para ficar legal.

As Letras

- Letras maiúsculas e negritas indicam o tom mais alto que expressam gritos firmeza ou determinação;

- Letras minúsculas indicam o tom mais baixo que expressam receio, timidez ou submissão;

-Capriche bem nas letras para ficarem mais ou menos do mesmo tamanho.

Você pode destacar palavras importantes ou gritos com cores mais fortes, assim como usamos

o NEGRITO (N) no computador.

-Escreva as letras antes de fazer o balão em torno delas.

Metáforas Visuais

Para dar idéia ou ilusão de mobilidade, deslocamento físico, sentimentos empregam-se alguns

artifícios:

- Traços curtos que rodeiam os personagens, indicando tremor ou vibração;

- Corações expressam sentimentos;

- Estrelas expressam dor;

- Fumaça expressa poeira e movimento brusco;

- Lágrimas expressam choro;

- Rasura expressa raiva ou pensando e quebrando a cabeça;

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Tipos de balões

Onomatopéias

“Onomatopéias” são palavras que imitam sons. Veja algumas delas.

FORA DOS BALÕES:

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OU DENTRO DOS BALÕES:

Final da história

O final é muito importante. É o desfecho do seu trabalho. Imagine que todo leitor gosta de uma surpresa no final. Coloque a palavra “fim” no último quadrinho.

O título

Quando souber como será sua história, invente um título para ela. Lembre-se de deixar espaço no início da primeira página.

Não complique!

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Cena complicada demais pra desenhar? Pense em outra. Sempre há uma solução mais simples... Frase comprida demais? Tente cortar o que não faz falta. Finja que está dizendo a mesma coisa, mas com pressa. Este é um bom truque.

Faça a lápis primeiro.

Assim dá pra mudar algo errado, diminuir os textos, estas coisas.

Dica de Língua Portuguesa

Sempre coloque vírgula entre o VOCATIVO e o resto da frase. Exemplos: Oi, turma! Mãe, você me deixa brincar? Gente, vamos jogar bola! Pára com isso, menina!

Vocativo é a pessoa ou pessoas com quem o personagem fala. (Invoca). (HEINE, 2011).

A FORMAÇÃO ÉTNICA NA REGIÃO DO ESTADO DO PARANÁ

- Indígenas que viviam na região do Paraná

Ao estudar a formação da sociedade paranaense reconheceremos sua grande

diversidade cultural, como é o caso dos indígenas que eram os únicos habitantes dessas terras,

os quais apresentavam um modo de viver próprio, explorando os recursos da natureza para

atender às suas necessidades básicas. A região onde hoje fica o Estado do Paraná era habitada

por indígenas tupi-guarani e jê, organizados em vários subgrupos: os tupis ficaram conhecidos

como carijós ou guaranis, eles se distribuíam, de maneira geral, pelo litoral e no oeste do

Paraná, enquanto que os Jês, subdivididos em Kaingangs e Xokleng, localizavam-se nas

proximidades dos rios Ivaí e Tibagi, nas regiões onde atualmente se localizam os municípios

de Guarapuava e Palmas.

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O Paraná era densamente habitado por indígenas principalmente por conter um

quadrilátero fluvial pelos rios Paraná, Paranapanema, Tibagi e Iguaçu (RAUTH, 1967).

Os tupis-guaranis usavam poucas roupas ou nenhuma. As mulheres usavam uma faixa

para carregar as crianças, chamada de tipóia. Homens e mulheres pintavam o corpo, com

diferentes finalidades: libertar-se dos mosquitos, defenderem-se do sol tropical e evitar a

aproximação de maus espíritos (BRAZ, 2000, p. 23 e 24)

Percebe-se que os indígenas eram grandes observadores da natureza e faziam uso de

diversos recursos naturais para se protegerem demonstrando uma cultura organizada tanto nos

aspectos de sobrevivência como em pequenos detalhes que facilitavam sua vida na

comunidade desde se protegerem de insetos até como carregar seus filhos pequenos.

Os tupis-guaranis praticavam a agricultura de coivara (restos de vegetação não

atingidos pela queimada são novamente queimados e as cinzas espalhadas como adubo na

lavoura. Essa técnica não prejudicava o solo, pois era praticada em pequenas áreas, que após

algum tempo de uso do solo eram abandonadas para o reflorestamento da vegetação. Hoje

essa prática é condenada). Plantava milho, mandioca, batata-doce, o que assegurava sua

subsistência, além da caça, pesca e coleta de frutas, larvas, raízes, mel. Cultivavam também

erva-mate algodão e fumo. As atividades eram através do sistema de rotação tanto das caças,

coleta e agricultura e trabalhavam coletivamente. Uma das grandes conquistas dos Tupis foi o

domínio da técnica de eliminação do ácido diidrocianídrico, existente na raiz da mandioca,

pois é extremamente venenoso. (CHMYZ,1. 1963).

As sociedades tribais eram organizadas e já conheciam o comércio, no caminho

transcontinental do Peabiru, que ligava o Peru, no Oceano Pacífico, com São Vicente, no

Atlântico, era o local em que realizavam um grande comércio baseado na troca.

(WACHOWICZ, 1972).

Os tupi-guarani não foram os únicos indígenas a habitar a região onde hoje é o Paraná,

também os Jês (Kaigang e Xokleng) que habitavam a região conhecida hoje Castro, Palmas e

Guarapuava, pelos sertões dos rios Tibagi e Ivaí, nessa área fizeram oposição ao povoamento,

atacando os tropeiros. Estabeleceram-se depois nos sertões do baixo Piquiri, do Ivaí e do

Iguaçu.

A vida comunitária na tribo mostrava um povo acolhedor, não negando nada que lhes

é pedido desde que seja também respeitado, caso contrário não se submetiam e resistiam aos

maus tratos e escravidão.

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O modo de vida dos indígenas que viveram na região do Estado do Paraná, foi

transmitido por seus descendentes que, ainda hoje, conservam muitos costumes de seus

antepassados e também pelos objetos que não se destruíram com o passar do tempo.

Assim como os demais povos indígenas do sul do Brasil, os índios do Paraná

encontram-se, hoje, vivendo em reservas, na situação de índios integrados, ou seja, integrados

a economia regional, seja como produtores agrícolas ou como assalariados eventuais ou bóias-

frias. Mesmo assim, eles tentam ainda preservar seus valores e sua cultura (SCHIMIDT,

1996, p. 18).

OBSERVAÇÃO:

- A produção das Histórias em Quadrinhos será desenvolvida em grupo de quatros alunos.

- O material que o grupo utilizará será:

. Lápis de cor;

. Lápis preto;

. Cola;

.Tesoura;

. Cartolina ou folha de sulfite;

. Gibi velho, para reciclar e trabalhar com colagem.

. Mapas: Brasil, Paraná.

- O grupo poderá desenvolver uma história contada de um ponto de vista dos colonizadores,

ou segundo a perspectiva dos indígenas.

- Para o desenvolvimento deste trabalho, deve-se ler com atenção e analisar o que os autores

citados no texto acima comentam a respeito:

. Dos hábitos e costumes indígenas na região do Paraná;

. Localização geográfica dos nativos no Paraná;

. Rios que favoreceram a presença dos indígenas nessa região;

. Atividades comerciais

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- É fundamental ao iniciar a produção das histórias em quadrinhos:

. Decidir quantos quadrinhos sua história inteira vai ter para saber quantas páginas ela precisa;

(Quando se pensa na disposição e no formato dos quadrinhos, calculando as páginas, se está

fazendo uma diagramação).

. Observar os elementos para produção da história em quadrinhos:

1. Argumento: a idéia da trama de forma resumida com início, meio e fim.

2. Escaleta: é a organização de todas as cenas a serem criadas de maneira que

sustente a História em Quadrinhos.

3. Roteiro: Todas as cenas com cenário, diálogo, apresentação dos personagens,

desenvolvimento do enredo, os dramas e as finalizações.

4. Traço: definição do estilo de desenho a ser utilizado.

5. Formato: Estabeleça o número de páginas, para indicar o ritmo da narrativa.

6. Distribuição dos espaços gráficos: define o formato da História em Quadrinhos,

reservando espaço para os diálogos e legendas.

7. Arte final: é a fase de acabamento que vai desde o traço até o momento de dar cor

às ilustrações.

8. Capa: uma das principais formas de chamar atenção do leitor.

9. Revisão geral: fundamental para evitar deslizes encontrados em História em

Quadrinhos. (Elen Campos Caiado, graduada em fonoaudiólogia e pedagogia –

Equipe Brasil Escola).

- Com base nos estudos sobre os elementos de produção de histórias em quadrinhos,

desenvolva o trabalho com coerência entre os desenhos e diálogos dando sentido a história na

seqüência dos quadrinhos.

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A CHEGADA DOS EUROPEUS

A realidade indígena em todo o Brasil foi alterada a partir da chegada dos europeus

colonizadores, esses perceberam que essas terras lhes seriam muito proveitosos, não bastando

isso também que teriam mão-de-obra disponível uma vez que os indígenas se mostraram

hospitaleiros. No Paraná foram os Carijós que habitavam no litoral os primeiros indígenas a

ter contatos com os portugueses. Considerando-se os “civilizados” os europeus a partir de

então passaram a impor sua cultura submetendo os povos indígenas a sua maneira, no entanto

logo se percebeu a exploração tanto na força de trabalho como da natureza, houve resistência

e se inicia uma grande batalha nesse processo de ocupação territorial.

A cultura, que confere identidade aos grupos sociais, não pode ser considerada

produto puro ou estável. As culturas são híbridas e resultam de trocas e de relações entre os

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grupos humanos. Dessa forma, podem impor padrões uns sobre os outros, ou também receber

influências, constituindo processos de apropriação de significados e práticas que contêm

elementos de acomodação-resistência. Daí a importância dos estudos dos grupos e culturas

que compõem a História do Brasil, no âmbito das relações interétnicas (PINSKY, 2009, p.75).

Diante do choque cultural entre os europeus e os nativos, a necessidade de empreender

a colonização dá-se início a exploração e escravidão indígena e negra.

Enquanto na Europa rompiam-se os laços servis e o homem tornava-se livre e

proprietário de si mesmo, passando a ter como alternativa de sobrevivência a venda dessa sua

força de trabalho, na América, impunha-se adoção de uma relação de trabalho que

expropriava o homem de sua própria pessoa e transformava-o em mercadoria (STECA;

FLORES, 2008, p. 55).

O processo de escravização indígena, sua aculturação foi facilitada com o trabalho de

catequização desenvolvido pelos jesuítas, o que favoreceu a submissão desses diante dos

colonizadores.

A Ordem jesuítica tinha como um de seus objetivos catequizar os nativos, havendo

mais tarde a disputa entre esses padres e os espanhóis com relação à mão-de-obra que esse

gentio representava.

Não faltam testemunhos e opiniões sobre a ação dos padres jesuítas na região que hoje

faz parte do Paraná. Testemunhos contra e a favor povoam os diversos livros escritos sobre as

Missões (VIANA et. al. 2005, p. 83).

Nas Províncias de Guairá, saíram vários padres para fundar as reduções, a fim de

catequizar os índios.

Nas reduções, os índios eram obrigados a aprender a religião católica. Como estratégia

os jesuítas para ter sucesso no seu projeto tentavam diminuir a influência dos pajés, pois eram

eles que mantinham o controle das aldeias, não só o religioso, mas também cultural, para isso

faziam-se passar pelos novos e mais poderosos pajés. Trabalhavam assim o imaginário,

usando traços de sua cultura, mantendo os caciques e assumindo alguns mitos indígenas

(VIANA et. al. 2005, p. 88).

Nessas reduções o cotidiano dos indígenas foi alterado, uma vez que sempre

trabalharam apenas para sua subsistência, tendo que então trabalhar todos os dias da semana,

essa organização racional do tempo era sinônima de civilização. Os indígenas eram vistos

como preguiçosos e ociosos por praticarem a caça, pesca e coleta sem organização de

horários.

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A vida e o tempo eram organizados de acordo com as regras estabelecidas pelos padres,

cada coisa tinha o seu lugar e sua hora, para o trabalho, para o descanso, para o culto e

família.

Não obstante a catequização ser uma violência da cultura indígena, mas diante da

violência com que os espanhóis e portugueses os escravizavam, tomou consciência de que a

única maneira de manter traços de suas culturas seria aquela oferecida pelos jesuítas (VIANA

et. al. 2005, p. 88).

No entanto as missões jesuíticas não foram suficientes contra ambição interesses

daqueles que detinham o poder e passaram por cima do que entendemos povos, pessoas, seres

humanos. Pouco a pouco, as treze colônias que existiam em territórios onde hoje é o Paraná

foram destruídos.

Em1629 acabaram-se as reduções jesuíticas. Em acordo firmado entre portugueses e

espanhóis, milhares de índios paranaenses foram dizimados. Os colonos utilizavam a técnica

de rivalidades entre guaranis e kaingangs para acabar com eles. (MAURO, 1964).

ATIVIDADES:

- Analise o texto acima sobre a presença dos jesuítas nas comunidades indígenas do Paraná e

argumente através de uma produção em quadrinhos os seguintes aspectos:

1. Quais eram os objetivos dos jesuítas em agrupar as aldeias e morar nelas?

2. Quais as mudanças impostas aos indígenas que te chamou atenção?

OBSERVAÇÕES:

_ O grupo deverá se reunir, trocar idéias, realizar algumas leituras em sala de aula com

material disponível na biblioteca, e construir a história em quadrinhos sempre observando as

informações dadas nas atividades anteriores.

- Lembrando que os balões são apenas sugestões, pois deverão ser elaborados de acordo com

os diálogos produzidos.

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MIGRAÇÕES INDÍGENAS E OS CAMINHOS DOS TROPEIROS

Os tupi-guaranis migravam para outras regiões quando o solo começava a apresentar

sinais de cansaço, não fornecendo alimentos necessários para sua subsistência. Podemos

considerar que essas migrações foram responsáveis pela abertura de caminhos

presumidamente construídos pelos índios, o que favoreceu a travessia de viajantes,

bandeirantes faiscadores e os tropeiros após a chegada dos primeiros colonizadores no

território paranaense.

Esses caminhos passaram a ser rotas dos tropeiros na qual se desenvolveram os

primeiros povoados que se formaram a partir das pousadas estrategicamente escolhidas para o

repouso de homens e animais. (WACHOWICZ, 1988, p. 102).

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Os tropeiros normalmente pertenciam à classe média, pois, para formar uma tropa,

eram necessárias quantias razoáveis. Eram proprietários, homens com recursos, alguns

pertenciam as corporações militares de Sua Majestade – como alferes, tenentes, capitão,

coronel, sargento-mor, capitão-mor, brigadeiro. Os pequenos criadores de gado ou sitiantes,

por não disporem de recursos financeiros para tocar o negócio sozinho, associavam-se a dois

ou mais interessados, com objetivos comuns. (STECA; FLORES, 2008, p. 21).

O tropeirismo foi de encontro com a necessidade econômica da época, uma vez que as

pessoas só se preocupavam com a busca do ouro, sem pensar na produção de alimentos, esta

atividade tornou-se saída para se comercializar e transportar alimentos e outros produtos

produzidos em outras regiões, tais mercadorias era levados as mineradoras, gerando muito

lucro pois o pagamento era feito em ouro.

A vida do tropeiro era bastante rudimentar, alimentação era basicamente de origem

animal e ele enfrentava dificuldade a todo o momento: perigos de ataques de animais ferozes

e de índios; perda e o desgaste dos animais que chegavam magros nas feiras; enchentes; às

vezes, chuvas constantes, e a grande extensão territorial. Porém, o tropeiro exercia uma

função de extrema importância econômica e cultural para o território brasileiro, na época; ele

que fazia o transporte terrestre, abastecia as regiões distantes desprovidas de víveres e de

animais para o transporte; levava o sal para o alimento do homem e do gado, buscava o muar

na Argentina, o gado vacum no sul re abastecia a região das Minas, feira de Sorocaba e, até

mesmo, a feira de Santana na Bahia. (STECA; FLORES, 2008, p. 21).

As terras, hoje pertencentes ao território paranaense, serviram de passagens para os

tropeiros, um dos principais caminhos percorridos pelos tropeiros no transporte do gado

bovino e dos muares era chamado estrada da Mata, até 1731, quando passou para caminho de

Viamão. Esse caminho iniciava-se em Viamão, no Rio Grande do Sul, passava por Curitiba e

pelos Campos Gerais, No Paraná, e seguia até chegar à cidade de Sorocaba, no Estado de São

Paulo (TUMA, 2005, p. 49)

Na época Curitiba era um povoado que ficava situado no trajeto da estrada, Sua

localização na rota das tropas promoveu seu desenvolvimento a ponto de ser hoje a Capital do

Estado. (STECA; FLORES, 2008, p.17).

A atividade tropeiro teve um papel integrador e uma dinâmica expansionista, como

também pela adequação das mais diferentes tradições, usos e costumes da época, numa

miscigenação portuguesa, espanhola, negra e indígena; fator que determinaria a música,

culinária, hábitos de vestiário, moral, religiosidade, de medicina e organização social (KREPS

et. al. 2005, p. 109).

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É inquestionável a influência dos tropeiros na região do Paraná, tanto no

desenvolvimento do comércio como nas relações sociais e humanas, pois não só promoveu à

chegada de mercadorias de primeiras necessidades como também eram correios,

intermediadores de negócios o que propiciou oportunidades de enriquecimento como as

pousadas, estas que se transformavam em posições fixas incorporando presença dos mais

variados prestadores de serviços, tais como ferreiro, especialistas no cuidado com o couro,

aguadeiros, invernadas de pastos, entre outros.

A fase do tropeirismo teve imensa importância na formação da nação brasileira, num

período de dois séculos: manteve a unidade nacional, uniu Norte e Sul, Leste e Oeste;

promoveu a penetração ao interior, manteve a língua e quase os mesmos hábitos, costumes e

usos da população, dentro de suas fronteiras.(STECA; FLORES, 2008, p. 23).

ATIVIDADES:

A história em quadrinho que será feita deverá conter informações da lª atividade e sobre

os caminhos e tropas na região do Paraná, abordando a participação dos índios e o papel

integrador dos tropeiros, como também observar as informações citada para a produção das

histórias em quadrinhos.

Cada grupo deverá buscar informações, nos livros, na internet sobre:

1. Paisagens do Paraná nesse período.

2. Mapa do Paraná (identificar os principais caminhos dos tropeiros, os principais rios).

3. Cidades que surgiram a partir das pousadas dos tropeiros.

4. O que tropeiros comercializavam, e se tinham outras funções.

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Essas informações são importantes para checar, conferir, comparar e selecionar fontes

para elaborar os diálogos como também serão referências para os desenhos das paisagens, dos

nomes dos rios e cidades.

MÃO DE OBRA ESCASSA NA REGIÃO DO PARANÁ

A ocupação do território paranaense apresentou dificuldades, como no resto do Brasil,

quanto à mão-de-obra para dar início ao processo de exploração econômica.

Para suprir as necessidades que a exploração do território exigia, submeteram os índios

a essas atividades. Culturalmente para os indígenas isso era extremamente humilhante, pois

tais atividades eram realizadas pelas mulheres nas tribos, preferiam fugir, suicidar-se ou

morrer em cativeiros. A desistência de escravizar os índios se deu pela habilidade dos mesmos

de adentrar nas matas fechadas como também pelo interesse dos jesuítas em protegê-los, o

que levou os colonizadores a recorrer aos escravos africanos.

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A adoção da mão-de-obra escrava no Brasil veio solucionar a necessidade de mão-de-

obra para o trabalho, mas também era mais uma fonte de riqueza através do tráfico (STECA;

FLORES, 2008, p. 56).

No Paraná, a escravidão de africanos seguiu o mesmo processo do que ocorreu no

Brasil, havia transações comerciais legais como leilão, compra, venda, penhor, aluguel, um

povo submetido a trabalhos forçado e a castigos corporais. Tanto para o governo, como para

os senhores, o escravo era uma fonte de renda.

No início do século XIX surgiram as primeiras tentativas de proibir o tráfico da

África para o Brasil, a fiscalização era insuficiente e o Porto de Paranaguá se tornou um dos

maiores centros de contrabando de escravo no Brasil. Tais fatores repercutiram nas relações

diplomáticas do Brasil com a Inglaterra. A Inglaterra por inúmeras razões econômicas era

contra o tráfico de escravo no Brasil, gerando conflito que ocasionaram inúmeras mortes de

escravo. (WACHOWICZ, 1988, p. 135).

Os escravos africanos chegaram a 40% da população da província do Paraná na

metade do século XIX. No entanto, com o esgotamento do sistema econômico baseado na

escravidão, principalmente devido as inovações tecnológicas, intensificou-se neste momento a

reação dos escravos contra a exploração de seu trabalho com revoltas e fugas seguida da

organização de comunidades autônomas chamadas de “quilombos”. Os quilombos se

formaram em lugares de difícil acesso, escondidos nas matas e montanhas, desenvolviam uma

economia de subsistência, seus habitantes eram chamados de quilombolas .

No território do Paraná como no restante do Brasil houve movimentos humanitários

que faziam campanhas abolicionistas, escondiam escravos fugitivos, outros alforriavam dando

liberdade aos mesmos.

Aponta-nos Fábio Brás (2000, p. 20) sobre sociedades secretas, como Sociedade

Redenção Paranaguense e a Ultimatum, que promoviam coletas de dinheiro para compra de

escravo, que depois eram libertos. Dessa forma, progressivamente diminuía o número de

escravos na província paranaense, até chegar o dia 13 de maio de1888, quando ocorreu a

abolição definitiva. Mas já em 1850, através da Lei de Terras, o governo preparava terreno

para a chegada dos trabalhadores livres como os imigrantes estrangeiros.

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ATIVIDADES:

- A escravidão negra no Paraná, segundo o texto acima, seria solução da falta de mão

de obra, mas também se tornou uma fonte de renda através do tráfico. Reúna o grupo e

conversem a respeito sobre:

1) Que tipo de trabalho os africanos desenvolveram no Paraná?

2) Como se deram as tentativas de resistências contra a escravidão?

3) Como se protegiam os escravos que fugiam e resistiam a escravidão?

4) Como agiam os abolicionistas?

- Após essas reflexões, elaborem a história em quadrinhos com perspectiva de

valorização do ser humano em contrapartida com a ganância e exploração do trabalho

escravo.

SUGESTÕES:

-Pesquisar imagens de:

. Jean-Baptiste Debret (Pintor francês, chegou ao Brasil no início do século XIX e retratou

várias cenas do cotidiano da sociedade da época).

. Johann Moritz Rugendas (Pintor alemão que retratou a escravidão africana no Brasil no

século XIX).

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A CRIAÇÃO DA PROVÍNCIA DO PARANÁ E A IMIGRAÇÃO EUROPÉIA

Para se compreender o momento histórico sobre o Paraná neste período que se inicia a

imigração, é preciso analisar, que a formação do Estado do Paraná ocorreu ao longo de

muitos anos e teve início, quando os portugueses, em busca de ouro, chegaram a Paranaguá.

O Tratado de Tordesilhas dividia as terras entre portugueses e espanhóis. A região onde

hoje é o Estado do Paraná, ficou naquela época, a maior parte sob o domínio espanhol,

ficando apenas parte da Capitania de São Vicente e Santana que pertencia à capitania de São

Paulo.

Para melhor administrar essas terras, que reunia parte da região mineira, os territórios

de São Vicente e Santana e estendia até os limites do Rio Grande do Sul, dividiram o poder

em duas unidades: ao norte São Paulo e ao sul Paranaguá. Em 1812, a comarca foi transferida

para Curitiba, mas essas terras continuavam unidas à Capitania de São Paulo com o nome de

5ª comarca. (BUENO, 2004, p. 63)

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Apesar da pobreza em que viviam a população da região litorânea e dos Campos de

Curitiba, foi desta região que partiu todo o sentimento de unidade político-territorial, que foi

sendo construída ao longo da conquista desse vasto território. Muitas foram às dificuldades

enfrentadas pelos curitibanos em razão de estarem os governantes e a justiça muito distantes

dos povoados, bem como inúmeras foram às reivindicações da população para sua elevação à

condição de Província. (STECA; FLORES, 2008, p. 7).

Somente em meados do século XIX, no reinado de D. Pedro II, é que a separação se

realizou. O governo imperial aprovou a emancipação da Comarca de Curitiba e Paranaguá da

Província de São Paulo, passando a denominar-se Província do Paraná em agosto de 1853, no

entanto, somente no dia 19 de dezembro de 1853 é que aconteceu realmente a separação, com

a chegada de Zacarias de Góis e Vasconcelos para ser o primeiro presidente da nova

província. (BUENO, 2004, p. 63).

Durante o Paraná Província o porto de Paranaguá era um movimento só. Quase

todos os imigrantes traziam objetos pessoais, implementos agrícolas, ferramentas para o

ofício, louças para cozinha, móveis, livros, além de uma expectativa de uma vida melhor

(SCHIMIDT, 1996, p. 60).

A imigração traria a solução para os problemas de escassez de mão-de-obra para as

lavouras, e ao mesmo tempo supriria as necessidades das populações das cidades, como

também preencheria os espaços no interior do Brasil. Todavia, outra problemática surge na

urgência da análise: trata-se de uma questão social, étnica (MACHADO et. al., 2005, p. 64).

Essa discussão estabeleceu-se por todo país e no Paraná, como resolver a questão da

ocupação de terra e seu desenvolvimento econômico e ao mesmo tempo tornar o Brasil uma

nação Branca? A resposta veio quase que unânime: imigração européia. Foi nessa conjuntura

que o governo imperial resolveu acelerar a imigração européia (WACHOWCZI, 1988, p. 141

e 142).

O governo brasileiro atraiu os imigrantes com propagandas que aqui era o lugar onde

teriam grandes chances de fazer fortunas. A Europa vivia uma grave crise econômica, a

miséria era muito grande decorrente das guerras e uma população excedente gerando muita

desigualdade social.

Na chegada já apresentava as dificuldades que enfrentariam como, por exemplo, o

transporte, a hospedagem, a alimentação até chegar ao seu destino. A realidade dura e árdua

era muito diferente da imagem construída pela propaganda que tinham visto lá na sua terra de

origem.

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Os primeiros colonos chegaram e foram ficando, começando o mosaico étnico que se

completou no século vinte com a chegada de holandeses, russo-alemães, e mais tarde, com os

russos-brancos, sírios-libaneses, judeus e japoneses. Eles se encontraram na nova terra, cada

um com seu sonho, seu jeito de trabalhar, de criar família, de viver e de fazer a história do

Paraná (SCHIMIDT, 1996, p. 62).

ATIVIDADES:

O grupo desenvolverá a história em quadrinhos sobre a criação da província do Paraná e a

imigração abordando os aspectos:

- Tratado de Tordesilhas;

- Domínio administrativo da Província de são Paulo;

- Insatisfação dos curitibanos;

- Criação da Província do Paraná;

- Propaganda de enriquecimento no Brasil

- A vinda dos imigrantes como alternativa para suprir a falta de mão-de-obra;

- A tentativa de branquear a população com a chegada dos imigrantes europeus:

- Realidade e dificuldades na chegada dos imigrantes.

PARANAENSE UM POVO DE TANTAS ORIGENS

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A história do Paraná, quanto sua formação étnica, segundo Fábio Campana (2003) é

de difícil caracterização cultural, pois somos de tantas origens, de tantas culturas, e nenhuma

se impôs as demais para nos dar um sentimento de identidade coletiva, de comunidade e

destino comum, “somos cada vez mais negro, pardos, amarelos, crioulos, mamelucos,

mestiço”. Portanto é importante compreender que de tempo em tempo, a sociedade

paranaense vai ganhando novos formatos e novos desafios a serem pesquisados, adquirindo

novos contornos na formação de sua identidade regional, levando em conta que a diversidade

cultural trouxe conflitos, acordos e acomodações, fazendo do Paraná um espaço de múltiplas

interações.

ATIVIDADES:

Para finalizar este trabalho cada grupo buscará informações sobre:

- Imagens do Paraná (paisagens e cidades passado e presente) – grupo um;

- Mapa do Paraná – grupo dois;

- Hino do Paraná e a canção “Meu Paraná querido” – grupo três;

- Nomes de rios e cidades paranaenses de origem indígenas – grupo quatro;

Com as informações exposta por cada grupo, será feito a finalização da história em

quadrinho abordando a cultura do Paraná, valorizando sua diversidade decorrente de sua

formação étnica.

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Para montar o gibi deve-se fazer:

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- Capa (desenho, nome da história, autores);

- Sumário – paginação;

- Contracapa (nome da história, autores e dedicatória);

- Unir às cinco páginas a capa e a contra capa;

- Referências.

AVALIAÇÃO DO TRABALHO DESENVOLVIDO

Reúna em grupo e façam a seguinte discussão:

1. Acredita que é possível aprender conteúdos históricos por meio das produções de

histórias em quadrinhos?

2. Quais as principais lições que aprenderam ao conhecer a formação étnica do Paraná?

3. O que pensam a respeito de aprender história com diferentes materiais e não somente

através dos livros didáticos?

4. Elabore um texto sobre os conteúdos destes quadrinhos, destacando o valor cultural

dos povos que formaram a sociedade paranaense.

APRESENTAÇÃO DO TRABALHO

Para apresentação deste trabalho, haverá uma exposição na biblioteca onde será

organizada da seguinte forma:

1. Agendar na biblioteca os dias disponíveis;

2. Elaborar um convite para Diretor, Equipe Pedagógica, professores e funcionários;

3. Elaborar um convite aos pais ou responsáveis;

4. Os grupos deverão estar na biblioteca, fora de seu horário de aula expondo seu

trabalho aos visitantes.

REFERÊNCIAS

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BARBOSA, Alexandre. Como usar as histórias em quadrinhos na sala de aula. Alexandre

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reimpressão – São Paulo: Contexto,2009. – (Coleção Como usar na sala de aula).

BITTENCOURT, Circe Maria Fernandes. Ensino de história: fundamentos e métodos. 2. Ed.

São Paulo: Cortez, 2008. (Coleção docência em formação).

BITTENCOURT, Circe Maria Fernandes. O saber histórico na sala de aula. 10 ed. São

Paulo: Contexto, 2005.

BRÁS, Fábio César. História do Paraná: das origens à atualidades. Arapongas: El Shaddai,

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BUENO, Wilma de Lara. Aprendendo a história do Paraná. Curitiba: Positivo, 2004.

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FRONZA, Marcelo. O significado das historias em quadrinhos na educação histórica dos

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