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SECRETARIA DA EDUCAÇÃO
ESCOLA ESTADUAL ARAI WERA – EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL
NRE-CORNÉLIO PROCÓPIO- PARANÁ
PROJETO POLITÍCO PEDAGÓGICO.
TERRA INDÍGENA POSTO VELHO/BAIRRO RIBEIRÃO GRANDE MUNICÍPIO DE CORNÉLIO PROCÓPIO-PARANÁ
2010
PENSAMENTO
“Ao construirmos os projetos de
nossas escolas, planejamos o que
temos intenção de fazer, de realizar.
Lançamo-nos para diante, com base
no que temos, buscando o possível. É
antever um futuro diferente do
presente”.
(Veiga, 1995, p.12)
SUMARIO
Identificação.………………………………………………………………........................05
Introdução..................................................................................................................06
Objetivos gerais da Escola.........................................................................................07
MARCO SITUACIONAL.............................................................................................08
Histórico da entidade..................................................................................................08
Histórico e quadro funcional da Escola......................................................................09
Organização da entidade escolar...............................................................................12
Modalidades de ensino...............................................................................................12
Turno de funcionamento.............................................................................................12
Recursos que a escola dispõe para a realização do Projeto Político
Pedagógico.................................................................................................................13
Papel específico de cada gestão escolar...................................................................14
As características e as expectativas da população a ser atendida e da comunidade
na qual se insere.29 Calendário Escolar....................................................................28
Regime de funcionamento
adaptado..........................................................................31
Descrição do espaço físico, instalações e equipamentos..........................................33
3-MARCO CONCEITUAL...........................................................................................32
Concepções de infância, de desenvolvimento humano, ensino e
aprendizagem.............................................................................................................34
Articulações entre as ações de cuidar e educar.......................................................38
Articulação da Educação Infantil com o Ensino Fundamental...................................39
Avaliação e desenvolvimento integral da criança......................................................43
4.0 MARCO OPERACIONAL.....................................................................................44
Definição dos Parâmetros de organização de grupos e relação professor e
criança........................................................................................................................44
Organização dos conteúdos , conhecimentos e atividades no trabalho
pedagógico.................................................................................................................45
Objetivos do ensino ...................................................................................................47
Proposta Curricular Pedagógica ................................................................................48
Considerações Finais da Proposta Curricular..........................................................141
Projetos....................................................................................................................142
Do processo de Planejamento.................................................................................143
Matriz Curricular.......................................................................................................143
Regimento Escolar...................................................................................................145
Conselho de classe..................................................................................................146
Conselho Escolar....................................................................................................148
Associação de Pais, Mestres e Funcionários...........................................................150
Avaliação Institucional..............................................................................................151
Processo de avaliação, classificação e promoção...................................................152
Avaliação do ciclo.....................................................................................................154
Avaliação e promoção do ensino Fundamental ......................................................154
Classificação e reclassificação.................................................................................155
Matrícula...................................................................................................................157
Formação continuada dos professores....................................................................159
Gestão escolar expressa através de princípios democráticos e de forma
colegiada..................................................................................................................161
Plano de Trabalho Docente......................................................................................162
Considerações finais do Projeto Político Pedagógico...................................163
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................165
IDENTIFICAÇÃO
01. Denominação: ESCOLA ESTADUAL ARAI WERA – EDUCAÇÃO
INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL
02. Endereço: Terra Indígena Yvyporã Laranjinha
03. CEP: 86.460-970
04. Telefone: 43 91116992
05. E-mail:
06. Município: CORNÉLIO PROCÓPIO
07. Localização: Bairro Ribeirão Grande,Terra Indígena Yvyporã
Laranjinha
08. Núcleo Regional da Educação: 08 - CORNÉLIO PROCÓPIO
(distância da Escola – 85 Km)
09. Entidade Mantenedora: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
10. Diretora: 01
11. Número Total de Professoras Pedagogas: 01
12. Número Total de Professores: 02
13. Número Total de Alunos: Ensino Fundamental: 10
14. Número Total de Salas de Aula: 01
15.Código da mantenedora:00292
16. Ato de autorização da Escola Protocolo: 9.890.863-3
17. Resolução nº 1402/08 de Janeiro de 2003.
18. CEP. 86.460-970
INTRODUÇÃO
Ensinar é um grande desafio, citando o grande mestre Paulo Freire (1996)
ensinar exige: pesquisa; respeito aos saberes dos alunos; criticidade; estética e
ética; corpo inteirado com os gestos, palavras, pelo exemplo; risco; aceitação do
novo e rejeição a qualquer forma de discriminação; reflexão crítica sobre a prática,
reconhecimento e a assunção da identidade cultural.
Pensar, hoje, em ensinar significa analisar como essas mudanças têm se
refletido nas áreas do conhecimento, percebendo que estamos diante de um
processo histórico com características, avaliações, questionamentos e respostas
diversas para cada momento cultural, principalmente da cultura indígena.
Entre os obstáculos que a escola tem enfrentado com relação à sua própria
organização estrutural apontam-se ainda os oriundos da sociedade, que adentram
ao âmbito escolar pelos alunos. Estes problemas são de natureza externa, mas
comprometem o trabalho escolar, pois o sujeito é um todo, não existe a separação
do lado humano e do social. Na grande maioria estes percalços são questões
referentes aos valores, jamais a escola poderá ter sucesso no aprendizado sem
envolver-se ou tentar informar sobre certas questões que comprometem a vida em
sociedade e na cultura.
A educação não se reduz à transmissão de conteúdos, mas trata-se de um
processo de formação que se realiza a partir de experiências vividas pelos alunos
nos diversos espaços educativos e através de outros meios que têm acesso.
Família, escola, vizinhanças, TV, etc.
Portanto este projeto visa valorizar os alunos, funcionários, comunidade
indígena Guarani Nhandewa e demais com praticas educativas, buscando
conhecimento intercultural e destacando a importância de cada aprendizagem.
OBJETIVOS GERAIS DA ESCOLA
• Ampliar a oferta de educação básica intercultural na escola
principalmente nos anos iniciais Educação Infantil 1°ano do ensino de nove
anos, nas séries e turma multisseriada.
• Organizar o trabalho pedagógico de acordo com a realidade
cultural da escola com amparo da Lei nº11. 645/08.
• Priorizar o ensino da língua Indígena (s) como língua de
construção e transmissão de conhecimento.
• Ampliar as possibilidades e apressar as mudanças que se fazem
necessárias dentro e fora da escola.
• Criar mecanismo garantindo a formação global para os
envolvidos no processo educacional como forma de capacitá-los para
trabalhar a cultura local.
• Trabalhar conteúdos Extra-Curriculares considerando as
relações, problemas específicos da comunidade local à qual presta serviços.
• Conceber a escola como pólo cultural, onde o conhecimento já
sistematizado pela comunidade seja socializado e trabalhado de forma não
fragmentada.
• Trabalhar à realidade, proporcionando a ampliação de reuniões,
debate com os alunos e a comunidade as principais questões locais, culturais,
regionais e nacionais.
• Direcionar o aluno a ver e pensar a realidade como um todo,
como maneira de transformá-la para melhor.
MARCO SITUACIONAL
HISTÓRICO DA ENTIDADE ESCOLAR.
Em, 4 de dezembro de 2002 os índios passaram a ocupar uma gleba no
Bairro Ribeirão Grande Município de Cornélio Procópio ficando distante da Escola
Tudyja Nhanderu, houve a necessidade de implantar uma escola próxima as
residência.
Eis que a comunidade reuniu e construíram um local com suas próprias forças
dando o nome de Escola Arai Wera, que na cultura Indígena Guarani-Nhandewa
significa: Luz Resplandecente.
Os primeiros atendimentos a comunidade escolar indígena Guarani, foi feito
pela Secretaria Municipal de Santa Amélia, tendo como professores os próprios
indígenas, que trabalhava com Educação Infantil e Ensino Fundamental. Os
pareceres finais eram elaborados pela Secretaria Municipal juntamente com os
professores, mas com o passar dos anos houve um empenho incansável da
comunidade e Coordenação da Educação Escolar Indígena, com freqüentes
reuniões e encaminhamentos de documentos as autoridades competentes da
Secretaria de Estado da educação deixando claro que a cultura indígena é
patrimônio cultural da nação brasileira e que nosso sistema educacional deve se
organizar para a educação em direitos humanos e respeito às diferenças culturais,
fazendo-se necessário a estadualização da Escola Arai Wera. Somando o empenho
de ambos, houve a estadualização da mesma, e seu funcionamento foi criado pela
Resolução nº 08/03 de31 de janeiro de 2003, considerando a: LDB nº 9394/96, as
Deliberações nº 03/98, 04/99, 01/00 e 02/05 todas do Conselho Estadual de
Educação e o Parecer nº1534/08 da Coordenação de Estrutura e Funcionamento,
assinado pelo Governador do Estado, Senhor Roberto Requião e passou a
denominar-se Escola Estadual Indígena Arai Wera.
HISTÓRICO E QUADRO FUNCIONAL DA ESCOLA.
A Escola Estadual Indígena Arai Wera – Educação Infantil- Ensino
Fundamental esta localizada na Terra Indígena, Bairro Ribeirão Grande- Município
de Cornélio Procópio zona Rural: CEP: 86.460-970 atendendo as modalidades de
Educação Infantil- de 4 a 5 anos jardim III turma única, o Ensino Fundamental de 3ª
e 4ª série, sendo o ensino Fundamental de 8 anos em fase de cessação, a
implantação gradativa do Ensino Fundamental de 9 anos, com o protocolo
10.198.128/2 e sobre Parecer nº1534/08 da Coordenação de Estrutura e
Funcionamento,
O prédio é cedido pela comunidade ao Governo do Estado do Paraná.
A referida escola tem 01 (uma) sala de aula, com carteiras, cadeiras, quadro
negro, uma mesa, dois bancos, utensílios da cozinha, não temos fogão, geladeira
nem sanitários e todos utilizam uma privada da comunidade. As condições de
higiene são precárias, não temos quadra de esporte e utilizamos a área livre
próximo da escola para desenvolver atividades físicas.
A limpeza da sala de aula é feita pela professora Ana Alice e a pedagoga
Vanda, os alimentos são preparados com muito carinho por uma mãe que mora na
comunidade Indígena. O lanche é servido na cozinha da casa dela, usamos as
sombras das arvores para nos aconchegarmos na hora da alimentação.
A comunidade é formada por cinco (o5) a (10) famílias muito carentes, vivem
num pequeno espaço de mata mais ou menos dois hectares de terra, que equivale a
um alqueiro Paulista, ou seja, (24)vinte quatro mil metros quadrados de terra
conquistados por eles através de um acordo entre os agricultores. A população que
ali habitam faz pequenas plantações de mandioca, abóbora, batata, inhame,
banana, mamão e uma horta. Onde muitas sementes fora a equipe escolar que
conseguiu e forneceu para eles.
As famílias não têm trabalho fixo, os agricultores dificilmente ocupam a mão
de obra deles, devido à política da terra em processo de demarcação. As famílias
vivem de uma cesta básica que às vezes a Fundação Nacional do Índio (FUNAI)
manda, onde fornecem somente o básico. A salvação de muitos que pode comer
alguma coisa diferente é a bolsa família, algumas doações feita por algumas
entidades de vez em quando. As roupas e calçados são conseguidas a partir de
doações, as moradias são precárias chove muito dentro das casas, devido à
escassez do sapé, pela falta de plantação do mesmo pelo pouco de terra que eles
vivem. Não possuem água encanada nas residências e na escola, as minas são
descobertas, pois não tem madeira suficiente para construir uma tampa, não tem luz
elétrica, a iluminação é feita nas moradias com lamparinas que funciona com o óleo
diesel ou com velas.
No momento não existe sala exclusiva para os Professores, Banheiro,
secretaria, nem um espaço reservado para recreação dos alunos.
Os professores, equipe pedagógica e a comunidade Indígena Guarani, desta
escola têm trabalhado em prol da infância e da juventude, dos idosos da
comunidade, sempre contando com o apoio moral e financeiro das autoridades
estaduais, e também de competentes coordenadores da Educação Indígena que
muito fizeram para a estadualização e continuam nos orientando em todos os
aspectos pedagógicos. Porém ainda existem muitas dificuldades no dia a dia,
inclusive na sala de aula com a aprendizagem dos alunos, pois quando chove muito
dificulta o acesso até a terra indígena.
Esperamos que em um futuro bem próximo arrumassem as estradas e
construíssem uma nova escola com 01(uma) secretaria, 02(duas) salas de aulas,
01(uma) sala para professores, 01(uma) sala direção, 01(uma) biblioteca com um
acervo de livros, 01(um) laboratório de Informática, 01(uma) cozinha com refeitório e
01(uma) quadra coberta para atividades esportivas envolvendo toda a comunidade
Indígena.
Quanto ao quadro funcional da escola, temos como primeira diretora após
a estadualização a professora Dalides Carnelos Teixeira.
Os alunos de 3ª e 4ª séries são atendidos no período matutino com a
professora Ana Alice.
A Educação Infantil jardim JIII turma única e os alunos do 1ª ano do Ensino
Fundamental de 9 anos no período vespertino com a mesma.
A professora Silvanete Moreira Santos da disciplina de Arte e Educação
Física, seguindo o seguinte cronograma: às terças-feiras com Arte das 07h30min ás
08h50min, e nas sextas- feiras com Educação Física, seguindo o mesmo horário.
Quanto à hora atividade, cada professor tem direito a ter 4 (quatro) horas
atividade por semana, sendo a mesma realizada na escola.
A comunidade esta organizando para funcionar em todas as séries o ensino
bilíngüe, utilizando-se da língua materna dos guaranis nhandewas.
Para atender os alunos a escola dispõe no momento de 04(quatro)
funcionários, que são:
Diretora: Dalides Carnelos Teixeira
Formação: Licenciatura normal superior.
Pós: Liderança no espaço Escolar, Supervisão e Orientação Escolar.
Professora Pedagoga: Vanda Lúcia de Souza Silva.
Formação: Licenciatura Plena em Pedagogia.
Pós: em Educação Especial, Docência no Ensino Superior e Psicopedagogia
Institucional.
Professora: Ana Alice dos Santos.
Formação: Licenciatura Plena em pedagogia.
Professora: Silvanete Moreira Santos.
Formação: Magistério
ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR E A SITUAÇÃO
MODALIDADE DE ENSINO
Educação Infantil, com Jardim III, Tuma única contando atualmente com 3
(três) alunos.
Ensino Fundamental de 08 anos em fase de cessação, funcionando com 3ª e
4ªsérie multisseriada, sendo que cada uma contando com 1 (um) aluno.
O ensino Fundamental de Nove Anos com implantação em 2010 (dois mil e
dez) com 2 (dois) alunos.
TURNO DE FUNCIONAMENTO ADAPTADO A REALIDADE LOCAL.
Matutino: das 7h e 30 min. horas ás 11h e 30min.
Com a 3ª e 4ª série.
Horário do lanche: 7 h e 20 min.
Horário do lanche: 10 h e 00 min.
Vespertino: 12h e 00min. Ás 16h e 00 min.
Com a turma de 1º ano de 9 (nove) anos do Ensino Fundamental e Jardim III,
turma única da Educação Infantil.
Horário do lanche: 14 h e 00 min.
RECURSOS QUE A ESCOLA DISPÕE PARA REALIZAR O PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO.
O Projeto Político Pedagógico da escola está sendo construído com a ajuda
de todos os envolvidos no processo educativo: professores, equipe técnica, alunos,
pais e a comunidade indígena como um todo. Partimos sempre de situações que
vão ao encontro de nossa realidade, aceitando sugestões para a melhoria das
mesmas. É coerente que encontramos dificuldades em algumas realizações,
infelizmente não temos materiais adequados, muito menos infra-estrutura. Temos
que fazer as reuniões e depois adequar o melhor momento para digitar na casa da
pedagoga, mas temos objetivo da construção do mesmo.
RECURSOS FÍSICOS: Escola, Pátio da Escola
RECURSOS MATERIAIS: Sulfite, lápis, caneta, cadeira, carteira, poucos
brinquedos e alguns livros de literatura infantil.
RECURSOS HUMANOS: Equipe pedagógica, alunos e comunidade Indígena.
RECURSOS FINANCEIROS:
FUNDO ROTATIVO:
PROJETO ESCOLA CIDADÃ
PDDE- PROGRAMA DINHEIRO DIRETO NA ESCOLA
PAPEL ESPECÍFICO DE CADA GESTÃO ESCOLAR
DIREÇÃO ESCOLAR
A direção escolar é composta pelo diretor (a) e diretor (a), escolhidos
democraticamente entre os componentes da comunidade escolar, conforme
legislação em vigor.
A função de diretor (a), como responsável pela efetivação da gestão
democrática, é a de assegurar o alcance dos objetivos educacionais definidos no
Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino.
Compete ao diretor (a):
• Cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor;
• Responsabilizar-se pelo patrimônio público escolar recebido no ato da
posse;
• Coordenar a elaboração e acompanhar a implementação do Projeto
Político-Pedagógico da escola, construído coletivamente e aprovado pelo Conselho
Escolar;
• Coordenar e incentivar a qualificação permanente dos profissionais da
educação;
• programar a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino, em
observância às Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;
• Coordenar a elaboração do Plano de Ação do estabelecimento de
ensino e submetê-lo à aprovação do Conselho Escolar;
• Convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar, dando
encaminhamento às decisões tomadas coletivamente;
• Elaborar os planos de aplicação financeira sob sua responsabilidade,
consultando a comunidade escolar e colocando-os em edital público;
• Prestar contas dos recursos recebidos, submetendo-os à aprovação do
Conselho Escolar e fixando-os em edital público;
• Coordenar a construção coletiva do Regimento Escolar, em
consonância com a legislação em vigor, submetendo-o à apreciação do Conselho
Escolar e, após, encaminhá-lo ao Núcleo Regional de Educação ( NRE) para a
devida aprovação;
• Garantir o fluxo de informações no estabelecimento de ensino e deste
com os órgãos da administração estadual;
• Encaminhar aos órgãos competentes as propostas de modificações no
ambiente escolar, quando necessárias, aprovadas pelo Conselho Escolar;
• Deferir os requerimentos de matrícula;
• Elaborar o calendário escolar, de acordo com as orientações da
• Secretaria de Estado e Educação submetê-lo à apreciação do
Conselho Escolar e encaminhá-lo ao Núcleo Regional de Educação (NRE) para
homologação;
• Acompanhar o trabalho docente, referente às reposições de horas-aula
aos discentes;
• Assegurar o cumprimento dos dias letivos, horas-aula e horas-atividade
estabelecidos;
• Promover grupos de trabalho e estudos ou comissões encarregadas de
estudar e propor alternativas para atender aos problemas de natureza pedagógico-
administrativa no âmbito escolar;
• Propor à Secretaria de Estado da Educação via Núcleo Regional de
Educação, após aprovação do Conselho Escolar, alterações na oferta de ensino e
abertura ou fechamento de cursos;
• Participar e analisar a elaboração dos Regulamentos Internos e
encaminhá-los ao Conselho Escolar para aprovação;
• Supervisionar o preparo da merenda escolar, quanto ao cumprimento
das normas estabelecidas na legislação vigente relativamente a exigências
sanitárias e padrões de qualidade nutricional;
• Presidir o Conselho de Classe, dando encaminhamento às decisões
tomadas coletivamente;
• Definir horário e escalas de trabalho da equipe técnico-administrativa e
equipe auxiliar operacional;
• Articular processos de integração da escola com a comunidade;
• Solicitar ao Núcleo Regional de Educação (NRE) suprimento e
cancelamento de demanda de funcionários e professores do estabelecimento,
observando as instruções emanadas da Secretaria de Estado e Educação;
• Participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos
a serem inseridos no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino,
juntamente com a comunidade escolar;
• Cooperar com o cumprimento das orientações técnicas de vigilância
sanitária e epidemiológica;
• Viabilizar salas adequadas quanto à oferta do ensino da língua
indígena materna;
• Assegurar a realização do processo de avaliação institucional do
estabelecimento de ensino;
• Zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,
funcionários, autoridades Indígenas e famílias;
• Manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus
colegas, com alunos, pais e com os demais segmentos da comunidade escolar
indígena;
• Cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar
EQUIPE PEDAGÓGICA
A equipe pedagógica é responsável pela coordenação, implantação no
estabelecimento de ensino das Diretrizes Curriculares definidas no Projeto Político-
Pedagógico e no Regimento Escolar, em consonância com a política educacional e
orientações emanadas da Secretaria de Estado da Educação.
A equipe pedagógica é composta por professores graduados em Pedagogia.
Compete à equipe pedagógica:
• Coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do Projeto
Político Pedagógico e do Plano de Ação do estabelecimento de ensino;
• Orientar a comunidade escolar na construção de um processo
pedagógico, em uma perspectiva democrática;
• Participar e intervir, junto à direção, na organização do trabalho
pedagógico escolar, no sentido de realizar a função social e a especificidade da
educação escolar Indígena;
• Coordenar a construção coletiva e a efetivação da proposta
pedagógica curricular do estabelecimento de ensino, a partir das políticas
educacionais da Secretaria de Estado e Educação e das Diretrizes Curriculares
Nacionais e Estaduais;
• Orientar o processo de elaboração dos Planos de Trabalho Docente
junto ao coletivo de professores do estabelecimento de ensino;
• Acompanhar o trabalho docente, quanto às reposições de horas aula
aos discentes;
• Promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo para
reflexão e aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico visando à
elaboração de propostas de intervenção para a qualidade de ensino para todos;
• Participar da elaboração de projetos de formação continuada dos
profissionais do estabelecimento de ensino, que tenham como finalidade a
realização e o aprimoramento do trabalho pedagógico escolar;
• Organizar, junto à direção da escola, a realização dos Pré-Conselhos e
dos Conselhos de Classe, de forma a garantir um processo coletivo de reflexão-ação
sobre o trabalho pedagógico desenvolvido no estabelecimento de ensino;
• Coordenar a elaboração e acompanhar a efetivação de propostas de
intervenção decorrentes das decisões do Conselho de Classe;
• Subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de
professores Indígenas do estabelecimento de ensino, promovendo estudos
sistemáticos, trocas de experiência, debates e oficinas pedagógicas;
• Organizar a hora-atividade dos professores do estabelecimento de
ensino, de maneira a garantir que esse espaço-tempo seja de efetivo trabalho
pedagógico;
• Proceder à análise dos dados do aproveitamento escolar de forma a
desencadear um processo de reflexão sobre esses dados, junto à comunidade
escolar, com vistas a promover a aprendizagem de todos os alunos;
• Coordenar o processo coletivo de elaboração e aprimoramento do
Regimento Escolar, garantindo a participação democrática de toda a comunidade
escolar;
• Participar do Conselho Escolar, quando representante do seu
segmento, subsidiando teórica e metodologicamente as discussões e reflexões
acerca da organização e efetivação do trabalho pedagógico escolar;
• Coordenar a elaboração de critérios para aquisição, empréstimo e
seleção de materiais, equipamentos e/ou livros de uso didático-pedagógico, a partir
do Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino incluindo
principalmente materiais indígenas;
• Participar da organização pedagógica da biblioteca do estabelecimento
de ensino, assim como do processo de aquisição de livros, revistas, fomentando
ações e projetos de incentivo à leitura;
• Propiciar o desenvolvimento da representatividade dos alunos e de sua
cultura e participação nos diversos momentos e Órgãos Colegiados da escola;
• Coordenar o processo democrático de representação docente de cada
turma;
• Colaborar com a direção na distribuição das aulas, conforme
orientação da Secretaria de Estado e Educação;
• Coordenar, junto à direção, o processo de distribuição de aulas e
disciplinas, a partir de critérios legais, didático-pedagógicos e do Projeto Político-
Pedagógico do estabelecimento de ensino;
• Acompanhar os estagiários das instituições de ensino superior quanto
às atividades a serem desenvolvidas no estabelecimento de ensino;
• Acompanhar o desenvolvimento do Programa Nacional de Valorização
dos Trabalhadores em Educação – Pro funcionário, tanto na organização do curso,
quanto no acompanhamento da Prática Profissional Supervisionada dos funcionários
corsistas da escola e/ou de outras unidades escolares;
• Promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de
todas as formas de discriminação, preconceito e exclusão social;
• Coordenar a análise de projetos a serem inseridos no Projeto Político-
Pedagógico do estabelecimento de ensino partindo da realidade Indígena e demais;
• Acompanhar o processo de avaliação institucional do estabelecimento
de ensino;
• Participar na elaboração do Regulamento de uso dos espaços
pedagógicos;
• Orientar, coordenar e acompanhar a efetivação de procedimentos
didático-pedagógicos referentes à avaliação processual e aos processos de
classificação, reclassificação, aproveitamento de estudos, adaptação e progressão
parcial, conforme legislação em vigor;
• Organizar as reposições de aulas, acompanhando junto à direção as
reposições de dias, horas e conteúdos aos discentes;
• Orientar, acompanhar e visar periodicamente os Livros de Registro de
Classe;
• Organizar registros de acompanhamento da vida escolar do aluno;
• Organizar registros para o acompanhamento da prática pedagógica
dos profissionais do estabelecimento de ensino;
• Solicitar autorização dos pais ou responsáveis para realização da
Avaliação Educacional do Contexto Escolar, a fim de identificar possíveis
necessidades educacionais especiais;
• Coordenar e acompanhar o processo de Avaliação Educacional no
Contexto Escolar, para os alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem,
visando encaminhamento aos serviços e apoios especializados da Educação
Especial, se necessário;
• Acompanhar os aspectos de sociabilização a aprendizagem dos
alunos, realizando contato com a família com o intuito de promover ações para o seu
desenvolvimento integral;
• Acompanhar a freqüência escolar dos alunos, contatando as famílias e
encaminhando-os aos órgãos competentes, quando necessário;
• Acionar serviços de proteção à criança e ao adolescente, sempre que
houver necessidade de encaminhamentos, juntamente com a Liderança Indígena;
• Orientar e acompanhar o desenvolvimento escolar dos alunos com
necessidades educativas especiais, nos aspectos pedagógicos, adaptações físicas e
curriculares e no processo de inclusão na escola;
• Manter contato com os professores dos serviços e apoios
especializados de alunos com necessidades educacionais especiais, para
intercâmbio de informações e trocas de experiências, visando à articulação do
trabalho pedagógico entre Educação Especial e ensino regular;
• Assessorar os professores indígenas e acompanhar as turmas,
quando o estabelecimento de ensino ofertar o ensino extracurricular plurilingüístico
de Língua Indígena materna;
• Assegurar a realização do processo de avaliação institucional do
estabelecimento de ensino;
• Manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com
colegas, alunos, pais e demais segmentos da comunidade escolar Indígena;
• Zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,
funcionários e famílias;
• Elaborar seu Plano de Ação;
• Cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.
EQUIPE DOCENTE
A equipe docente é constituída de professores regentes, devidamente
habilitados.
Compete aos docentes:
• Participar da elaboração implementação e avaliação do Projeto
Político- Pedagógico do estabelecimento de ensino, construído de forma coletiva e
aprovado pelo Conselho Escolar;
• Elaborar, com a equipe pedagógica, a proposta pedagógica curricular
do estabelecimento de ensino, em consonância com o Projeto Político-Pedagógico e
as Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;
• Participar do processo de escolha, juntamente com a equipe
pedagógica, dos livros e materiais didáticos, em consonância com o Projeto Político-
Pedagógico do estabelecimento de ensino;
• Elaborar seu Plano de Trabalho Docente;
• Desenvolver as atividades de sala de aula, tendo em vista a apreensão
crítica do conhecimento pelo aluno;
• Proceder à reposição dos conteúdos, carga horária e/ou dias letivos
aos alunos, quando se fizer necessário, a fim de cumprir o calendário escolar,
resguardando prioritariamente o direito do aluno;
• Proceder à avaliação contínua, cumulativa e processual dos alunos,
utilizando-se de instrumentos e formas diversificadas de avaliação, previstas no
Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;
• Promover o processo de recuperação concomitante de estudos para os
alunos, estabelecendo estratégias diferenciadas de ensino e aprendizagem, no
decorrer do período letivo;
• Participar do processo de avaliação educacional no contexto escolar
dos alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem, sob coordenação e
acompanhamento do pedagogo, com vistas à identificação de possíveis
necessidades educacionais especiais e posterior encaminhamento aos serviços e
apoios especializados da Educação Especial, se necessário;
• Participar de processos coletivos de avaliação do próprio trabalho e da
escola, com vistas ao melhor desenvolvimento do processo ensino e aprendizagem;
• Participar de reuniões, sempre que convocado pela direção;
• Assegurar que, no âmbito escolar, não ocorra tratamento
discriminatório em decorrência de diferenças físicas, étnicas, de gênero e orientação
sexual, de credo, ideologia, condição sócio-cultural, entre outras;
• Viabilizar a igualdade de condições para a permanência do aluno na
escola, respeitando a diversidade, a pluralidade cultural e as peculiaridades de cada
aluno, no processo de ensino e aprendizagem;
• Participar de reuniões e encontros para planejamento e
acompanhamento, junto ao professor de Serviços e Apoios Especializados, da Sala
de Apoio à Aprendizagem, da Sala de Recursos e de Contra turno, a fim de realizar
ajustes ou modificações no processo de intervenção educativa;
• Estimular o acesso a níveis mais elevados de ensino, cultura, pesquisa
e criação artística;
• Participar ativamente dos Pré-Conselhos e Conselhos de Classe, na
busca de alternativas pedagógicas que visem ao aprimoramento do processo
educacional, responsabilizando-se pelas informações prestadas e decisões
tomadas, as quais serão registradas e assinadas em Ata;
• Propiciar ao aluno a formação ética e o desenvolvimento da autonomia
intelectual e do pensamento crítico, visando ao exercício consciente da cidadania;
• Zelar pela freqüência do aluno à escola, comunicando qualquer
irregularidade à equipe pedagógica;
• Cumprir o calendário escolar, quanto aos dias letivos, horas-aula e
horas-atividade estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos
dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional;
• Cumprir suas horas-atividade no âmbito escolar, dedicando-as a
estudos, pesquisas e planejamento de atividades docentes, sob orientação da
equipe pedagógica, conforme determinações da Secretaria de Estado e Educação;
• Manter atualizados os Registros de Classe, conforme orientação da
equipe pedagógica e secretaria escolar, deixando-os disponíveis no estabelecimento
de ensino;
• Participar do planejamento e da realização das atividades de
articulação da escola com as famílias e a comunidade;
• Desempenhar o papel de representante de turma, contribuindo para o
desenvolvimento do processo educativo;
• Dar cumprimento aos preceitos constitucionais, à legislação
educacional em vigor e ao Estatuto da Criança e do Adolescente, como princípios da
prática profissional e educativa;
• Participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos
a serem inseridos no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;
• Comparecer ao estabelecimento de ensino nas horas de trabalho
ordinárias que lhe forem atribuídas e nas extraordinárias, quando convocado.
• Zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,
funcionários e famílias;
• Manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus
colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar
indígena;
• Participar da avaliação institucional, conforme orientação da Secretaria
de Estado e Educação;
• Cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.
EQUIPE TÉCNICO-ADMINISTRATIVA
A função de técnicos administrativos é exercida por profissionais que atuam
nas áreas da secretaria, biblioteca e laboratório de Informática do estabelecimento
de ensino.
O técnico administrativo que atua na secretaria como secretário (a) escolar é
indicado pela direção do estabelecimento de ensino e designado por Ato Oficial,
conforme normas da Secretaria de Estado e Educação;
O serviço da secretaria é coordenado e supervisionado pela direção.
Compete ao Secretário Escolar:
• Conhecer o Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;
• Cumprir a legislação em vigor e as instruções normativas emanadas da
Secretaria de Estado e Educação, que regem o registro escolar do aluno e a vida
legal do estabelecimento de ensino;
• Distribuir as tarefas decorrentes dos encargos da secretaria aos
demais técnicos administrativos;
• Receber, redigir e expedir a correspondência que lhe for confiada;
• Organizar e manter atualizados a coletânea de legislação, resoluções,
• Instruções normativas, ordens de serviço, ofícios e demais
documentos;
• Efetivar e coordenar as atividades administrativas referentes à
matrícula, transferência e conclusão de curso;
• Elaborar relatórios e processos de ordem administrativa a serem
encaminhados às autoridades competentes;
• Encaminhar à direção, em tempo hábil, todos os documentos que
devem ser assinados;
• Organizar e manter atualizado o arquivo escolar ativo e conservar o
inativo, de forma a permitir, em qualquer época, a verificação da identidade e da
regularidade da vida escolar do aluno e da autenticidade dos documentos escolares;
• Responsabilizar-se pela guarda e expedição da documentação escolar
do aluno, respondendo por qualquer irregularidade;
• Manter atualizados os registros escolares dos alunos no sistema
informatizado;
• Organizar e manter atualizado o arquivo com os atos oficiais da vida
legal da escola, referentes à sua estrutura e funcionamento;
• Atender a comunidade escolar, na área de sua competência, prestando
informações e orientações sobre a legislação vigente e a organização e
funcionamento do estabelecimento de ensino, conforme disposições do Regimento
Escolar;
• Zelar pelo uso adequado e conservação dos materiais e equipamentos
da secretaria;
• Orientar os professores quanto ao prazo de entrega do Livro Registro
de Classe com os resultados da freqüência e do aproveitamento escolar dos alunos;
• Cumprir e fazer cumprir as obrigações inerentes às atividades
administrativas da secretaria, quanto ao registro escolar do aluno referente à
documentação comprobatória, de adaptação, aproveitamento de estudos,
classificação, reclassificação e regularização de vida escolar;
• Organizar o livro-ponto de professores e funcionários, encaminhando
ao setor competente a sua freqüência, em formulário próprio;
• Secretariar os Conselhos de Classe e reuniões, redigindo as
respectivas Atas;
• Conferir, registrar e/ou patrimoniar materiais e equipamentos
recebidos;
• Comunicar imediatamente à direção toda irregularidade que venha
ocorrer na secretaria da escola;
• Participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por
iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento
profissional de sua função;
• Manter atualizado o Sistema de Controle e Remanejamento dos Livros
Didáticos;
• Fornecer dados estatísticos inerentes às atividades da secretaria
escolar, quando solicitado;
• Participar da avaliação institucional, conforme orientações da
Secretaria de Estado e Educação;
• Zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,
funcionários e famílias;
• Manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus
colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
• Participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar exercer as
específicas da sua função.
• No momento não temos técnico administrativo. Porém já foi enviado
ofício a seed para a contratação do mesmo, na medida do possível.
EQUIPE AUXILIAR OPERACIONAL
O auxiliar operacional tem a seu encargo os serviços de conservação,
manutenção, preservação, segurança e da alimentação escolar, no âmbito escolar,
sendo coordenado e supervisionado pela direção do estabelecimento de ensino.
Competem ao auxiliar operacional que atua na limpeza, organização e
preservação do ambiente escolar e de seus utensílios e instalações:
• Zelar pelo ambiente físico da escola e de suas instalações, cumprindo
as normas estabelecidas na legislação sanitária vigente;
• Utilizar o material de limpeza sem desperdícios e comunicar à direção,
com antecedência, a necessidade de reposição dos produtos;
• Zelar pela conservação do patrimônio escolar, comunicando qualquer
irregularidade à direção;
• Auxiliar na vigilância da movimentação dos alunos em horários de
recreio, de início e de término dos períodos, mantendo a ordem e a segurança dos
estudantes, quando solicitado pela direção;
• Atender adequadamente aos alunos com necessidades educacionais
especiais temporárias ou permanentes, que possa a vir freqüentar a nossa escola
com apoio de locomoção, de higiene e de alimentação;
• Auxiliar na locomoção dos alunos que fazem uso de cadeira de rodas,
andadores, muletas, e outros facilitadores, viabilizando a acessibilidade e a
participação no ambiente escolar;
• Auxiliar os alunos com necessidades educacionais especiais quanto à
alimentação durante o recreio, atendimento às necessidades básicas de higiene e as
correspondentes ao uso do banheiro;
• Auxiliar nos serviços correlatos à sua função, participando das diversas
atividades escolares;
• Cumprir integralmente seu horário de trabalho e as escalas previstas,
respeitado o seu período de férias;
• Participar de eventos, cursos, reuniões sempre que convocado ou por
iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento
profissional;
• Participar da avaliação institucional, conforme orientações da
Secretaria de Estado e Educação;
• Zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,
funcionários e famílias;
• Manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus
colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
• Exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e
aquelas que concernem à especificidade de sua função.
AS CARACTERISTICAS E AS EXPECTATIVAS DA POPULAÇÃO A SER ATENDIDA E DA COMUNIDADE NA QUAL SE INSERE.
A Escola Estadual Indígena Arai wera –Educação Infantil- Ensino
Fundamental desenvolve suas atividades dentro de uma comunidade formada por
famílias indígenas – Guarani-Nhandeva. O nível sócio cultural das famílias vai desde
o analfabeto até o primário incompleto. São muito carentes, vivem num pequeno
espaço de mata mais ou menos dois hectario de terra,que equivale a um alqueiro
Paulista ou seja (24)vinte quatro mil metros quadrados concedido de um acordo
entre os agricultores, faz pequenas plantações de mandioca, abobora batata,
inhame, banana, mamão e uma horta, Onde muita semente foi à equipe escolar que
conseguiu e forneceu para eles. Não tem trabalho fixo, o agricultor dificilmente
ocupa a mão de obra deles, devido as políticas da terra. As famílias vivem de uma
cesta básica que a FUNAI fornece somente o básico, a salvação de muitos que pode
comer alguma coisa diferente é a bolsa família e algumas doações feitas por
algumas entidades de vez em quando. As roupas e calçados vivem praticamente de
doações, as moradias são precárias chovem muito dentro das moradias, a uma
escassez do sape devido ao pouco espaço de terra que eles vivem. Não tem água
encanada nas residências e nem na escola, não tem luz elétrica,
Quanto à proposta pedagógica para o ensino fundamental de nove anos, foi
implantada em 2.010 para assegurar o contido nas Diretrizes Curriculares Nacionais
e se organizará atendendo às normas do Sistema Estadual de Educação
As Escolas que, ofertam a educação infantil e o ensino fundamental de nove
anos deve realizar adequações prevendo ações que não representem a
transferência dos conteúdos e atividades do atual 1º ano para as crianças de seis
anos de idade, mas concebam uma nova organização de conteúdos para o Ensino
Fundamental de 9 (nove) anos; que apresentem a reorganização do tempo e o
espaço escolar, assim como a adequação do mobiliário, equipamentos, acervo
bibliográfico e de materiais didáticos, em especial quanto ao primeiro ano do ensino
fundamental de nove anos; garantam a elevação da qualidade de educação na
escola, transformando-a num pólo irradiador de cultura e conhecimento, tendo como
referencial principal o desenvolvimento do aluno na organização do tempo e do
espaço escolar; organizem o ensino fundamental adequando à faixa etária e a
nomenclatura, definidas na Resolução n.° 03/2005, do Conselho Nacional de
Educação e na Deliberação 03/06 – CEE,e na Deliberação 02/05 – CEE.
CARACTERIZAÇÃO DO ALUNO
Sendo baixo o grau de escolaridade das famílias dificulta a assistência
dos pais em relação ao desempenho escolar de seus filhos, os quais não são
incentivados pela família.
A escola tem procurado sanar este problema, através de reuniões com
pais, e pessoas da comunidade, para conscientizá-los da importância do estudo na
vida do cidadão para que ele cumpra com dignidade sua cidadania e faça valer seus
direitos e deveres com facilidade.
CALENDÁRIO ESCOLAR.
O calendário escolar é elaborado anualmente e atende ao disposto na
legislação vigente, bem como as normas buscadas em instrução específica da
Secretaria Estadual da Educação (SEED) e da Entidade Mantenedora – (Estado).
O Conselho Nacional de Educação, diante de consultas de diversos órgãos e
instituições do sistema nacional de educação sobre o processo de reorganização
dos calendários das instituições de ensino afetadas pela necessidade de adiamento
do início do semestre letivo em consequência da proliferação dos casos de influenza
A, com base na legislação e em diversos Pareceres e Resoluções das Câmaras de
Educação Básica e Superior, especialmente no Parecer CNE/CEB nº 19/2009,
aprovado em 2 de setembro de 2009, orienta no sentido de que,sejam adotadas as
providências necessárias e suficientes para assegurar o cumprimento dos
dispositivos da LDB, em termos de parâmetros organizativos das atividades
escolares/acadêmicas e de execução de seus currículos e programas, em especial
os artigos 24 e 47, e no exercício de sua autonomia e responsabilidade na condução
dos respectivos projetos pedagógicos, respeitando-se os parâmetros legais
estabelecidos, os estabelecimentos de ensino proponham formas de reposição de
dias e horas de efetivo trabalho escolar, submetendo-as à aprovação do
correspondente órgão normativo e de supervisão permanente do seu sistema de
ensino, quando for o caso;
a reorganização do calendário escolar em todos os níveis, etapas e modalidades de
ensino seja feita com a participação dos colegiados das instituições de ensino,
notadamente, dos professores e da equipe pedagógica e administrativa do
estabelecimento, bem como de alunos e seus familiares , isto é, do cumprimento do
mínimo de 200 (duzentos) dias de efetivo trabalho escolar, bem como da carga
horária mínima anual de 800 (oitocentas) horas na EducaçãoBásica.
REGIME DE FUNCIONAMENTO, DURANTE O ANO LETIVO ADPTADO DENTRO DA CULTURA INDÍGENA.
A educação infantil é um direito de toda a criança de zero a seis anos,
oferecida em instituições de ensino, urbanas e rurais, na educação indígena, do
campo, caráter público ou privado. É dever do Estado, do município, a
complementação da ação da família e da comunidade.
Todas as entidades que atendem a educação infantil devem ter claro que o
exercício da cidadania começa muito cedo: cidadania entendida no sentido individual
para desempenho de seus deveres e direitos, condição necessária para participação
coletiva em uma comunidade democrática.
As instituições que atendem crianças na Educação Infantil,
independentemente de sua forma de organização e do regime de funcionamento
(integral ou parcial), O importante é que no cotidiano da Educação Infantil possamos
garantir um equilíbrio entre as diferentes situações que ocorrem no cuidado e
educação da criança . Nesse sentido, é necessário que seja pensado com que
freqüência as atividades são oferecidas ás crianças, de modo que elas vivenciem
plenamente todas as dimensões do seu desenvolvimento, à qual se integram as
ações de cuidado com a segurança, alimentação, higiene, saúde , respeito
cultural.,com o objetivo de assegurar os direitos da criança, e na expectativa de
promover uma educação de qualidade na Educação Infantil, permitindo o exercício
de sua cidadania e a oportunidade de vida com dignidade,
A nossa instituição oferece educação infantil de 4 a 5 anos
proporcionando atividades de modo que elas vivenciem plenamente todas as
dimensões do conhecimento, buscando a organização do cotidiano para a sua
afirmação cultural.
Como as aulas são ministradas por educadores não indígenas os
conteúdos trabalhados dentro da cultura, é desenvolvido na possibilidade dos
educadores,com auxílio da comunidade,alunos para adquirir conhecimentos sobre a
cultura indígena Guarani Nhandeva, envolvendo brincadeiras, contação de histórias,
jogos inclusive de petecas, pião e atividades referente à realidade indígena,
atividades de arte, músicas culturais, pesquisas com as famílias e as lideranças da
comunidade indígena.
Usamos o espaço em volta da escola para desenvolver varias
atividades.
Exemplos: amarelinha, com números, alfabeto, vogal, silaba, formas
geométricas. Etc.
DESCRIÇÃO DO ESPAÇO FISÍCO, INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS
No Art.25º da LDB, especifica que é objetivo permanente das autoridades
responsáveis, alcançarem relação adequada entre o número de alunos e o
professor, a carga horária e as condições do estabelecimento.
No momento a Escola Estadual Indígena Awa Tiropé tem duas sala de aula,
com quadro negro, cadeiras, carteiras, uma cozinha, mesa, dois bancos para as
refeições,armários,frízer,geladeira.Etc.
Não têm sanitários, nem condições apropriadas de acesso e equipamentos
para portadores de necessidades especiais;
BIBLIOTECA
Não temos um local específico para a biblioteca a mesma, funciona na
própria sala de aula. Não contamos com um acervo bibliográfico de qualidade,
temos poucos exemplares de literatura infantil,falta coleções adequadas aos
discentes atendidos.
INSTALAÇÕES E LABORATÓRIOS ESPECÍFICOS
Não temos no momento laboratórios. Porém foi feito um projeto e
enviado para a FUNAI pedindo que a mesma enviasse computadores para todas as
Escolas Indígenas, preparassem o local do laboratório e providenciassem as
instalações elétricas na comunidade, este pedido foi enviado em 2009, mas não
tivemos sucesso.
Em 2010 fizemos novamente o processo para implantar a luz elétrica. Numero
do protocolo10. 513.030-9 nre cpp.
MARCO CONCEITUAL
AS CONCEPÇÕES DE INFÂNCIA, DESENVOLVIMENTO HUMANO, ENSINO E APRENDIZAGEM
O Projeto Político Pedagógico da Escola Estadual Indígena Arai Wera –
Educação Infantil e Ensino Fundamental pautam-se numa linha da pedagogia
histórico-critíca de educação.
Nesta linha onde o aluno é o sujeito histórico, síntese de múltiplas relações
sociais entendeu que educação não fica à espera do desenvolvimento intelectual da
criança. Ao contrário, sua função é levar o aluno adiante, pois quanto mais ele
aprende, mais se desenvolve mentalmente. Segundo Vygotsky, essa demanda por
desenvolvimento é característica das crianças. Se elas próprias fazem da
brincadeira um exercício de ser o que ainda não são, a escola que se limita ao que
elas já sabem é inútil. Para Vygotsky, as potencialidades do indivíduo devem ser
levadas em conta durante o processo de ensino-aprendizagem. Isto porque, a partir
do contato com pessoa mais experiente e com o quadro histórico-cultural, as
potencialidades do aprendiz são transformadas em situações em que ativam nele
esquemas processuais cognitivos ou comportamentais. Pode acontecer também de
que este convívio produza no indivíduo novas potencialidades, num processo
dialético contínuo.
Assim, como a aprendizagem impulsiona o desenvolvimento, a escola tem um
papel essencial na construção do ser psicológico e racional. A escola deve dirigir o
ensino não para etapas intelectuais já alcançadas, mas sim para estágios de
desenvolvimento ainda não incorporados pelos alunos, funcionando como um
incentivador de novas conquistas psicológicas. A escola tem como ponto de partida
o nível de desenvolvimento real da criança (em relação ao conteúdo) e como ponto
de chegada os objetivos da aula que deve ser alcançado, ou seja chegar ao
potencial da criança e de sua aprendizagem. Aqui o professor tem o papel explícito
de interferir na zona de desenvolvimento proximal dos alunos, provocando avanços
que não ocorreriam espontaneamente.
Por conseguinte, o que ocorre para Vygotsky é que o aprendizado progride
mais rapidamente do que o desenvolvimento. Por isto, a proposta do termo ZDP em
sua teoria, e que é onde a escola deve atuar. É aí que o professor, agente mediador
(por meio da linguagem, material cultural entre outros), intervém e auxilia para a
construção e reelaboração do conhecimento do aluno, para que haja seu
desenvolvimento.
O professor tem o papel explícito de interferir no processo, diferentemente de
situações informais nas quais a criança aprende por imersão em um ambiente
cultural. Portanto, é papel do docente provocar avanços nos alunos e isso se torna
possível com sua interferência na zona proximal.
As concepções de Vygotsky sobre o processo de formação de conceitos
remetem às relações entre pensamento e linguagem, à questão cultural no processo
de construção de significados pelos indivíduos, ao processo de internalização e ao
papel da escola na transmissão de conhecimento, que é de natureza diferente
daqueles aprendidos na vida cotidiana. Propõe uma visão de formação das funções
psíquicas superiores como internalização mediada pela cultura.
O desenvolvimento cognitivo é produzido pelo processo de internalização da
interação social com materiais fornecidos pela cultura, sendo que o processo se
constrói de fora para dentro. Para Vygotsky, a atividade do sujeito refere-se ao
domínio dos instrumentos de mediação, inclusive sua transformação por uma
atividade mentalmente e de aprendizagem.
Um conceito só é caracterizado quando as características resumidas são
sintetizadas de forma que a resultante se torne um instrumento de pensamento. A
criança progride na formação de conceitos após dominar o abstrato e combinar com
pensamentos mais complexos e avançados. Na continuação da educação os
conceitos tornam-se concretos, aplicam-se as habilidades aprendidas, por
instruções, e as adquiridas em experiências da convivência social.
Para o autor, o sujeito não é apenas ativo, mas interativo, porque forma
conhecimentos e se constitui a partir de relações intra e interpessoais. É na troca
com outros sujeitos e consigo próprio que se vão internalizando conhecimentos,
papéis e funções sociais, o que permite a formação de conhecimentos e da própria
consciência. Trata-se de um processo que caminha do plano social - relações
interpessoais - para o plano individual interno - relações intra-pessoais. Assim, a
escola é o lugar onde a intervenção pedagógica intencional desencadeia o processo
ensino-aprendizagem.
Priorizando as interações entre os próprios alunos e deles com o professor, o
objetivo da escola, então, é fazer com que os CONCEITOS ESPONTÂNEOS, que
as crianças desenvolvem na convivência social, evoluam para o nível dos
CONCEITOS CIENTÍFICOS, parte de um sistema organizado de conhecimentos
adquiridos pelo ensino. Nesse sentido, o mediador é quem ajuda a criança
concretizar um desenvolvimento que ela ainda não atinge sozinha. Na escola, o
professor e os colegas mais experientes são os principais mediadores.
O aluno não é tão somente o sujeito da aprendizagem, mas, aquele que
aprende junto ao outro o que o seu grupo social produz, tal como: valores,
linguagem e o próprio conhecimento.
Vygotsky considera o papel da instrução um fator positivo, no qual a criança
aprende conceitos socialmente adquiridos de experiências passadas e passarão a
trabalhar com essas situações de forma consciente. Se uma transformação social
pode alterar o funcionamento cognitivo e pode reduzir o preconceito e conflitos
sociais, então esses processos psicológicos são de natureza social. Devem ser
analisados e trabalhados através de fatores sociais.
Verifica-se ainda como fator relevante para a educação, decorrente das
interpretações das teorias de Vygotsky, a importância da atuação dos outros
membros do grupo social na mediação entre a cultura e o indivíduo, pois uma
intervenção deliberada desses membros da cultura, nessa perspectiva, é essencial
no processo de desenvolvimento. Isso nos mostra os processos pedagógicos como
intencionais, deliberados, sendo o objeto dessa intervenção: a construção de
conceitos.
Sob a ótica da teoria sócio-histórica, é preciso detectar aquilo que os alunos
conseguem fazer sozinhos. Em outras palavras, é preciso examinar a ZDP (Zona de
Desenvolvimento Proximal) destes alunos e partir para uma complexidade maior
intervindo por meio da linguagem numa interação rica de construção do saber.
Por sua vez, tem-se que lembrar que os alunos advém de meios sócio-
culturais diferentes e que são herdeiros de toda evolução filogenética e cultural a
que estão submetidos. Além disto, eles possuem capacidades cognitivas diferentes
de apreensão da realidade. Por conseguinte, a sala possui uma heterogeneidade
ampla em que cada um de seus membros tem sua história diversificada.
Observe que a questão sobre se o desenvolvimento ocorre antes do ensino,
ou se a criança aprende primeiro para que se desenvolva, é polêmica no processo
ensino-aprendizagem. Porém quando junto dos alunos é possível observar que
estes aprendem determinados conteúdos quando tem condições intelectuais, ou
seja, quando eles possuem maturação cognitiva necessária a certo ensino. Por outro
lado, é possível também observar que o desenvolvimento de um indivíduo somente
se dá após determinado nível de aprendizagem e que compõem uma rica teia
dialética nos processos cognitivos e psicológicos do individuo.
É necessário que haja na escola espaço para transformação, para
desenvolver o potencial dos alunos. Assim, ela deve estar aberta às diferenças e ao
erro, às contradições e à colaboração mútua.
Assim, a escola almejada possui objetivos educacionais voltados a
desenvolver as funções psicológicas e cognitivas de seus alunos. É necessário que
esta, a partir das potencialidades do aprendiz, permita o amadurecimento intelectual,
com currículo que forneça as condições necessárias para desenvolver a
aprendizagem.
ARTICULAÇÕES ENTRE AS AÇÕES DE CUIDAR EDUCAR
As leis atribuem às crianças direito de cidadania por meio da família, da
sociedade e do poder público, com absoluta prioridade. Há necessidade crescente
de que as instituições de educação infantil incorporem de forma integrada o binômio
cuidar e educar, esta idéia precisa ser ampliada. É preciso não apenas cuidar, mas
também educar preparar estes alunos para a vida.
“Para cuidar é preciso antes de tudo, estar comprometido com o outro, com
sua singularidade, ser solidário com suas necessidades, confiando em suas
capacidades, pois a Constituição Brasileira de 1988, assegura em seus artigos
referentes à educação a garantia do atendimento em creche e pré-escola às
crianças de 0 (zero) a 6 (seis) anos, como direito de todos e dever do Estado e da
família. Na seqüência, o Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990, em seu
artigo 53, reforça estes direitos.
Mais tarde, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 (Lei
n°9394/96) estabeleceu para o município a responsabilidade constitucional e legal
em relação à educação infantil e ao ensino fundamental, dando prioridade ao ensino
fundamental. È a primeira vez que a expressão “educação infantil” aparece na LDB,
e é definida como a primeira etapa da educação básica, tendo como finalidade o
desenvolvimento integral da criança até 6 (seis) anos de idade. A lei estabelece que
a educação infantil seja oferecida em creches para crianças de até 3 (três) anos de
idade e em pré-escolas para as crianças de 4 (quatro) a 6 (seis) anos. Essa
distinção entre creches e pré-escolas é feita unicamente pelo critério de faixa etária,
sendo ambas as instituições de educação infantil. comprometidas com o
desenvolvimento integral da criança nos aspectos físico, intelectual, afetivo e social,
compreendendo a criança como um ser total, completo, que aprende a ser e
conviver consigo mesmo, com o seu semelhante, com o ambiente que a cerca de
maneira articulada e gradual. Por isso, estas instituições precisam ter condições,
recursos materiais e o compromisso de oferecer às crianças uma educação de
qualidade.
ARTICULAÇÃO DA EDUCAÇÃO INFANTIL COM O ENSINO FUNDAMENTAL
A nova LDB (Brasil, 1996) que foi aprovada, destaca os seus Artigos 29 e 31,
pois é com base neles, principalmente, que argumentaremos, sobre o ingresso de
todas as crianças aos seis anos de idade na escola de Ensino Fundamental.
No Artigo 29 da LDB lê-se: “a educação infantil, primeira etapa da educação
básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de
idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a
ação da família e da comunidade.
A promulgação da Constituição Federal de 1988 representou um marco no
que se refere às conquistas para a Educação Infantil no país, pois pela primeira vez
em nossa história conseguiu se, a custas de um amplo movimento de organizações
da sociedade civil, inscrever na lei a obrigatoriedade da oferta de vagas em creches
e pré-escolas a todas as crianças de zero a seis anos de idade cujas famílias assim
o desejassem. Com base nessa conquista, certo otimismo se instalou entre os
profissionais e pesquisadores da área, pois, a explicitação na Lei Maior do país,
quanto ao dever do Estado, configurava-se como prenúncio de uma grande virada
na história dessa etapa educacional.
Na seqüência, e de certo modo embalada pela movimentação engendrada
durante a Constituinte, em 1990 assistimos a promulgação de uma das mais
importantes leis de defesa e proteção dos direitos da criança e do adolescente em
todos os aspectos que dizem respeito à sua vida: o Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA – Brasil, 1990). Nesse Estatuto, além de se reforçar a idéia da
oferta educacional, por parte do Estado, a todas as crianças de zero a seis anos,
pode-se destacar os artigos 5º que, respectivamente, referem-se à garantia de
proteção contra qualquer forma de “negligência, discriminação, exploração,
violência, crueldade e opressão”, e, ao “direito de ser respeitado por seus
educadores”.
Já o Artigo 31 da LDB determina que “na educação infantil a avaliação far-se-
á mediante acompanhamento e registro de seu desenvolvimento, sem o objetivo de
promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental
Em maio de 2005 tivemos a aprovação da Lei 11.114 (Brasil, 2005) que
alterava a LDB (Brasil, 1996) no que se referia à idade para ingresso obrigatório no
Ensino Fundamental, passando dos sete para os seis anos. Entretanto, esta
mesma lei não mencionava a obrigatoriedade de os sistemas organizarem o Ensino
Fundamental com duração de nove anos, o que, na prática, significa um ganho, aos
seis anos no Ensino Fundamental.
Em 2006, contudo, dada a pressão por parte de movimentos
organizados em torno do direito à educação, nova medida legal foi sancionada com
uma alteração mais ampla da LDB (Brasil, 1996), de tal modo que além da
obrigatoriedade do ingresso no Ensino Fundamental a partir dos ( 6 ) seis anos de
idade, definiu-se que os sistemas deveriam ampliar em mais um ano a duração do
Ensino Fundamental, prevendo-se como limite para o ajuste necessário o ano de
2010. Assim, pela Lei 11.274, de fevereiro de 2006, a redação do artigo 32 da LDB
(Brasil, 1996) passou a vigorar da seguinte forma: “O ensino fundamental
obrigatório, com duração de 9 (nove) anos, gratuito na escola pública, iniciando-se
aos 6 (seis) anos de idade, terá por objetivo a formação básica do cidadão,
mediante: (...)”Ensino fundamental de nove anos: orientações do Ministério da
Educação
Ainda em maio de 2006, o MEC, por meio de sua Secretaria de
Educação Básica, publica o terceiro relatório com orientações para a organização do
Ensino Fundamental de nove anos assim intitulado: “Ampliação do ensino
fundamental para nove anos: 3º relatório do programa”. (BRASIL, 2006).
Do conteúdo desse documento, gostaríamos de destacar alguns
aspectos. Em primeiro lugar, é preciso reconhecer o esforço, por parte do MEC, em
levantar experiências que já vinham se dando certo pelo país a fim de conhecer e
divulgar possibilidades para a organização dessa nova organização do Ensino
Fundamental; bem como em elaborar orientações específicas visando a diminuir
dúvidas e a auxiliar os sistemas a se estruturarem de modo a atenderem a lei sem,
contudo, incorrer em erros administrativos e pedagógicos que pudessem redundar
em maiores prejuízos à qualidade da educação. Em que pese esse reconhecimento,
todavia, é preciso problematizar algumas das orientações oferecidas, não tanto pela
sua natureza, embora em alguns aspectos também por isto, mas principalmente
pelas suas reais possibilidades de interferir na realidade de cada sistema, uma vez
que, além de outras razões, tais orientações não possuem caráter mandatório.
Com relação às implicações pedagógicas, o documento afirma a necessidade
de que haja: (...) com base em estudos e debates no âmbito de cada sistema de
ensino, a reelaborarão da proposta pedagógica das Secretarias de Educação e dos
projetos pedagógicos das escolas, de modo que se assegure às crianças de 06 anos
de idade seu pleno desenvolvimento em seus aspectos físico, psicológico,
intelectual, social e cognitivo. (BRASIL, 2006: 9)
Observe-se a preocupação em garantir o que estava contido na LDB (Brasil,
1996) em relação à EI no que se refere às crianças de seis anos de idade, ou seja, o
direito a um desenvolvimento integral. Além disso, observa-se uma preocupação
para que tanto os sistemas, por meio de suas Secretarias de Educação, quanto às
escolas, reelaborem seus projetos pedagógicos a fim de atender o objetivo acima
mencionado; todavia, alerta-se para a necessidade de que tal reelaboração ocorra
mediante estudos, debates, dentro da realidade de cada instituição e respeitando a
cultura local. Exemplos: Indígena, africana, etc.
Quanto ao item destinado ao currículo, o documento destaca pontos
importantes.
Primeiro, enfatiza que:
O primeiro ano do ensino fundamental de nove anos tendo como meios
básicos o pleno desenvolvimento da leitura, da escrita e do cálculo(art, 32) não se
destina exclusivamente à alfabetização. (...) É importante que o trabalho pedagógico
seja diversificado que possibilite ao aluno o desenvolvimento das diversas
expressões e o acesso ao conhecimento nas suas diferentes áreas. (BRASIL, 2006:
9)
Em seguida, afirma-se que: “Faz-se necessário elaborar uma nova proposta
curricular coerente com as especificidades não só da criança de 06 anos, mas
também das demais crianças de 7, 8, 9 e 10 anos, que constituem os cinco anos
iniciais do ensino fundamental.” (BRASIL, 2006: 9)
Cumpre observar o mérito do documento ao chamar a atenção para o
fato de que mudanças curriculares são necessárias não apenas em função das
crianças de seis anos, mas em função do conjunto de crianças que freqüentam o
primeiro ciclo – os anos iniciais – do Ensino Fundamental.
Ainda em relação ao item destinado ao currículo, o documento do MEC
enfatiza:
Quanto à avaliação da aprendizagem no 1º ano do ensino fundamental
de nove anos, faz-se necessário assumir como princípio que a escola deva
assegurar aprendizagem de qualidade a todos; assumir a avaliação como princípio
processual, diagnóstico, participativo, formativo, com o objetivo de redimensionar a
ação pedagógica; elaborar instrumentos e procedimentos de observação, de registro
e de reflexão constante do processo de ensino aprendizagem; romper com a prática
tradicional de avaliação limitada a resultados finais traduzidos em notas; e romper,
também, com o caráter meramente classificatório. (BRASIL, 2006: 10)
Apresentadas as principais orientações do MEC, entendemos que mais do
que ser contra ou favor da medida, é preciso aproveitar o momento, quando há uma
maior sensibilidade para a realidade educacional brasileira, inclusive por parte das
famílias
Uma das conquistas a que chegamos ao âmbito da Educação Infantil
refere-se aos parâmetros mínimos de qualidade para o seu oferecimento.
Embora saibamos que boa parte das instituições encontre-se bastante
distante de atender tais parâmetros, é preciso reconhecer que o seu
estabelecimento e sua assunção por parte do governo – ainda que não em
normalizações legais, mas em documentos de orientações gerais – já demonstra
avanço em relação à questão, uma vez que até recentemente era sequer objeto de
discussão.
E além de todos os avanços as perspectivas em dar certo,
principalmente na comunidade Indígena, é preciso estar atento aos critérios para
definição sobre quem serão os profissionais responsáveis pelas primeiras séries
que, a partir de agora, passarão a receber, todas, crianças de seis anos de idade
para estudar no Ensino Fundamental.
AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO INTEGRAL DA CRIANÇA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
A avaliação dos processos de ensino e de aprendizagem exigida na
Deliberação n°02/2005 do CEE/PR, funda se na LDB/ 1996 (31), far-se-á mediante
acompanhamento e registro do desenvolvimento, sem o objetivo de promoção,
mesmo para acesso ao ensino fundamental.
A avaliação deverá subsidiar permanentemente o professor e a instituição,
permitindo o processo de avaliação sistemática;
a organização ou reorganização das ações pedagógicas junto aos alunos;
a observação, a reflexão e o diálogo, centrados nas manifestações de cada
aluno, os registros sobre o desenvolvimento do aluno, é de forma contínua com
intervenções pedagógicas. A avaliação deverá ter dimensão formadora, com o
acompanhamento do processo contínuo, de desenvolvimento do aluno e da
apropriação do conhecimento.
A avaliação dos processos de ensino e de aprendizagem não terá caráter
seletivo e será o indicador da necessidade de intervenção pedagógica.
Os conteúdos elaborados durante o processo educativo será registrado
através de pareceres descritivo bimestral, contendo todos os aspectos sobre o
desenvolvimento das crianças, sem fim de promoção.
MARCO OPERACIONAL
DEFINIÇÃO E RELAÇÃO ENTRE PROFESSOR E CRIANÇA
A concepção de aprendizagem/desenvolvimento que enfatiza as interações
sociais como fator fundamental nesse processo, é necessário pensar também em
outras formas de organizar as crianças, além da organização por faixa etária.
Pois, as crianças precisam da atenção individualizada do professor diante de
suas dificuldades principalmente no momento de adaptação. Há ainda outras
necessidades específicas das crianças que, independentemente da faixa etária, vão
exigir uma relação diferente entre professores e crianças, como, por exemplo, no
caso de inclusão de crianças com necessidades educativas especiais.
A idéia de acolhê-las não se restringe a esse momento inicial, mas a forma
como se dá o acolhimento nos primeiros dias e sucessivamente. Este período inicial
da criança na instituição, que se costuma chamar de período de adaptação, é crucial
tanto para a criança quanto para as famílias, pois a criança sai, em geral, de um
ambiente seguro, mais restrito, para ingressar num terreno mais amplo, incerto e
desconhecido para elas. Longe da família, ela precisa de tempo e acolhimento para
criar novas referências e confiança.
A família também necessita de tempo e de ações concretas para que se sinta
confiante e segura para dividir com outras pessoas a responsabilidade de cuidar e
educar as “suas crianças”.em um espaço novo, durante o ingresso na Escola.
Nessas situações, ou mesmo naquelas em que se constitui um grupo totalmente
novo de crianças, a atuação do professor é de fundamental importância, mediando
os conflitos, criando estratégias para a integração, estimulando o respeito às
diferenças, enfim, favorecendo a interação entre elas.
Todas essas razões justificam a importância de se planejar esse período em
que as crianças estão distantes de seus familiares, havendo maior interação dos
professores, equipe pedagógica, outros profissionais da instituição escolar, na
definição de estratégias que favoreçam a inserção e o acolhimento das crianças,
organizando-se tempos, espaços e atividades para que a interação entre essas
crianças e professores seja de qualidade.
ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS, CONHECIMENTOS E ATIVIDADES NO TRABALHO PEDAGÓGICO
A organização do trabalho pedagógico é de concepção, realização e
avaliação de seu projeto educativo, uma vez que necessita organizar seu trabalho
pedagógico com base em seus alunos, professores e cultura.
Nessa perspectiva, a equipe assume suas responsabilidades. Portanto é
importante o fortalecimento das relações entre as famílias, a cultura local, a escola e
o sistema de ensino e aprendizagem. Vários estudos vêm demonstrando que a
interação entre crianças de faixa etária diferentes tem favorecido muito seu
desenvolvimento, em função das possibilidades de imitação, de maior troca de
experiências, conhecimentos e desafios entre elas; das oportunidades de lidar com
as diferenças, cooperar, responsabilizar-se pelo outro; das necessidades de pensar
pelo ponto de vista do outro ou de tentar se entender o outro.
E entendemos que não compete à equipe Pedagógica assumir o papel de
guardiã do projeto político pedagógico da escola, em especial, do cumprimento de
sua programação. Isto é tarefa de todos! Uma vez que o projeto é de todos. Se não
está havendo envolvimento, é preciso rever o grupo.
Para isso são realizadas algumas atividades permanentes, como:reunião por
bimestre com todos os funcionários, onde é feito a retomada da caminhada até o
momento.
Troca de experiências nas horas atividades.
Estudo de textos atualizados, com questões para serem respondidas nos
diários. (mensalmente).
Conselho de classe individual e coletivo (por bimestre) Intenção de
acompanhamento aos egressos (avaliação da real função da escola em relação à
sociedade indígena).
Frente à diversidade do alunado que recebemos, temos por objetivo de
capacitar todos os alunos para participarem ativamente como cidadãos na
comunidade em que foi inserido e que irá inserir no futuro.
No primeiro momento é feito uma sondagem com a família, onde a mesma
nos relata suas condições de vida e o que esperam da Escola em relação aos filhos.
Esta mesma sondagem é feita em sala de aula pelo professor, pois a partir dos
resultados obtidos inicia o trabalho com estes alunos.
Em cada sala de aula, há alunos que variam significativamente de seus
colegas quanto a estilos de integração social, estilos de aprendizagem.
OBJETIVOS DO ENSINO DENTRO DA BASE NACIONAL COMUM.
.
O currículo é composto de uma Base Nacional Comum articulada aos
aspectos da vida cidadã e das Diretrizes Curriculares do Paraná.
A Base Nacional Comum será formada por áreas de conhecimentos e
disciplinas de: Arte, Ciências, Educação Física, Ensino Religioso, Geografia,
História, Língua Portuguesa, matemática, e a comunidade organizando para
implantar a Língua Guarani.
1- PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICAESCOLA : ESCOLA ESTADUAL INDÍGENA ARAI WERA EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL.
ATUAÇÃO DO
PEDAGOGO:
AÇÕES: PERÍODO:
1-Regimento escolar; 1-Coordenar a implementação , cumprir e
fazer cumprir o disposto no regulamento;
1-No
decorrer
de todo o
ano
letivo;
2-Projeto político
pedagógico e plano de
ação da escola ;
2-Coordenar a elaboração e acompanhar a
efetivação do projeto político pedagógico e do
plano de ação do estabelecimento de ensino;
2-No inicio
do
ano letivo e
durante;
3-Processo pedagógico; 3- Orientar a comunidade escolar na
construção do projeto político pedagógico
numa perspectiva democrática;
- Assessorar os professores na identificação
e planejamento para o atendimento às
dificuldades de aprendizagem ;
3- Nas
reuniões
pedagógicas
,
hora
atividade,
nos
conselhos de
classe;
4- Proposta pedagógica
curricular;
4-Coordenar a construção coletiva e a
efetivação a partir das D.C.Es;
4- Inicio do
1° e
2º semestre.
5- Reuniões
pedagógicas e grupos
de estudos, enfocando
com a equipe a cultura
indígena;
5- Promover, coordenar e elaborar propostas
de intervenção para a qualidade de ensino
para todos os alunos principalmente os
indígenas;
5- 10 de
junho,
8 de
setembro,
16 de
outubro
e horas
atividade;
6- Pré- conselho e
conselho de classe;
6- Organizar junto à direção da escola e da
comunidade Indígena o conselho de classe
participativo, garantir um processo de
reflexão e ação sobre o trabalho pedagógico
desenvolvido na escola, efetuar propostas de
intervenção decorrentes das decisões do
conselho;
6- 4 de
maio,
4 de julho,
2 de
outubro,
17 de
dezembro;
7- Hora atividade;
7- Promover reuniões de caráter informativo e
formativo para os pais, apresentar os pais o
plano de ação, realizar palestras aos que
ajudem os pais a compreenderem seus filhos
em relação à: educação sexual, drogas,
relação familiar na adolescência;
7- Do 1º ao
4º bimestre;
8- Direção; 8- Subsidiar a direção na organização do
trabalho pedagógico, participar e intervir no
sentido de realizar a função social da escola;
8- No dia a
dia
escolar;
9- Livro registro de
classe;
9- Orientar, acompanhar, revisar
periodicamente os livros registro, o controle
de freqüência e o registro de conteúdos e
9- Do 1º ao
4º bimestre;
avaliações;
10- Projetos; 10- Auxiliar o professor a elaborar projetos a
serem inseridos no projeto político
pedagógico da escola;
10- No inicio
do 1º e 2º
semestre;
11- Orientar e auxiliar na distribuição,
conservação, e utilização dos mesmos no dia
a dia;
11- Durante
todo o ano
letivo;
12- Analise dos dados
referente ao
aproveitamento escolar;
12- Realizar momento de analise e reflexão
dos dados junto à comunidade escolar,
respeitando a cultura e promovendo a
aprendizagem de todos;
12- No 1º e
2º semestre;
13- Formação
continuada;
13- Incentivar os professores a participar dos
projetos de formação ofertados pela SEED,
cursos, grupos de estudos e GTR, formação
continuada a distancia;
13- Inicio e
decorrer do
ano letivo e
aos sábados;
14- Planos de docente; 14- Orientar os professores na elaboração e
acompanhar a execução do mesmo;
14- Inicio do
1º e 2º
semestre do
ano letivo;15- Organização do
espaço e tempo
escolar;
15- Colaborar com a direção na organização
do cronograma do horário de inicio das aulas
recreio e saída;
15- Inicio do
ano letivo;
16- Órgão Escolar; 16-Incentivar os alunos a participarem nos
diversos momentos e eventos da escola.
Exemplos: Apresentação de danças,
artesanatos, visitas as outras escolas e etc.;
16- Durante
todo ano
letivo;
17- Organização
Pedagógica da
biblioteca;
17- Orientação e incentivo aos professores e
alunos em projetos de incentivo a leitura,
mesmo com os poucos livros que temos em
nossa biblioteca;
17- No 1º e
2º semestre;
18- Avaliação
institucional da escola;
18- Acompanhar todo o processo; 18-
Anualmente;
19- Preconceito e
exclusão social;
19-Elaborar estratégias pedagógicas de
superação de todas as formas de
discriminação;
19- Durante
todo o ano
letivo;20- Reposição de dias
letivos;
20- Organizar e acompanhar as reposições
de horas e conteúdos.
20- Sempre
que
necessário;
21- Freqüência escolar
dos alunos;
21- Acompanhar a freqüência dos alunos
sempre que houver necessidade, visitar as
famílias, não obtendo solução, encaminhar ao
conselho tutelar ou ao ministério publico.
21- Do 1º ao
4º bimestre;
22- Professores. 22- Assessorar os professores quanto a
seleção de conteúdo e metodologia em
consonância com a cultura e os objetivos
expressos no plano político pedagógico que
está em fase de construção.
22- No inicio
do 1º e 2º
semestre.
2-PROPOSTA PEDAGÓGICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL, ENSINO FUNDAMENTAL DE 1ª /4ª SÉRIE E ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS.1º ano.
CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO
A escola é responsável pela promoção do desenvolvimento do
cidadão, no sentido pleno da palavra. Então, cabe a ela definir-se pelo tipo de
cidadão que deseja formar, de acordo com a sua visão de sociedade. Cabe-lhe
também a incumbência de definir as mudanças que julga necessário fazer nessa
sociedade, através do cidadão que irá formar. Definida a sua
postura, a escola vai trabalhar no sentido de formar cidadãos conscientes, capazes
de compreender e criticar a realidade, atuando na busca da superação das
desigualdades e do respeito ao ser humano. Quando a escola assume a
responsabilidade de atuar na transformação e na busca do desenvolvimento social,
seus agentes devem empenhar-se na elaboração de uma proposta para a realização
desse objetivo. Essa proposta ganha força na construção de um Projeto Político -
Pedagógico.
A Constituição Federal assegura às comunidades indígenas o direito
de uma educação escolar diferenciada e a utilização de suas línguas maternas e
processos próprios de aprendizagem. Cabe ressaltar que, a partir da Constituição de
1988, os índios deixaram de ser considerada uma categoria social em vias de
extinção e passaram a ser respeitados como grupos étnicos diferenciados, com
direito a manter «sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições».
Também a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e a Lei
11.645/2008 garantiu aos povos indígenas a oferta de educação escolar intercultural
e bilíngüe respeitando sua organização social, costumes,crenças e tradições.
A Resolução n. 3, de 10/11/1999, do Conselho Nacional de
Educação, que fixa diretrizes nacionais para o funcionamento das escolas indígenas,
define como elementos básicos para a organização, a estrutura e o funcionamento
da escola indígena:
I. sua localização em terras habitadas por comunidades indígenas,
ainda que se estendam por territórios de diversos Estados ou Municípios contíguos;
II. exclusividade de atendimento a comunidades indígenas;
III. o ensino ministrado nas línguas maternas das comunidades
atendidas, como uma das formas de preservação da realidade sociolingüística de
cada povo;
IV. a organização escolar própria. (art. 2º).
O art. 3º determina que
«na organização de escola indígena deverá ser considerada a
participação da comunidade, na definição do modelo de organização e gestão, bem
como:
I. suas estruturas sociais;
II. suas práticas socioculturais e religiosas;
III. suas formas de produção de conhecimento, processos próprios e
métodos de ensino-aprendizagem;
IV. suas atividades econômicas;
V. a necessidade de edificação de escolas que atendam aos
interesses das comunidades indígenas;
VI. o uso de materiais didático-pedagógicos produzidos de acordo
com o contexto sociocultural de cada povo indígena. A formulação do projeto
pedagógico da escola indígena deverá considerar:
I. as Diretrizes Curriculares Nacionais referentes a cada etapa da
educação básica;
II. as características próprias das escolas indígenas, em respeito à
especificidade étnico-cultural de cada povo ou comunidade;
III. as realidades sociolingüísticas, em cada situação;
IV. os conteúdos curriculares especificamente indígenas e os modos
próprios de constituição do saber e da cultura indígena;
V. a participação da respectiva comunidade ou povo indígena. (art.
5º).
Em regras gerais todas as crianças devem ser colocadas na escola
e a esta cabe estimular o questionamento, gerar dúvidas e preparar o indivíduo para
o exercício da cidadania. A formação básica comum é constitucionalmente definida
pelos conteúdos mínimos, cabendo aos subsistemas sua complementação para
imprimir aos currículos uma característica regional. O que se objetiva é proporcionar
ao aluno um ambiente de aprendizado devidamente contextualizado no seu
cotidiano, em que possa ser sujeito no seu processo de transformação da
informação e da experiência em conhecimento. Para tal, o professor deve ter uma
visão crítica, com peso social, do seu trabalho, deve ter um elevado nível de
consciência ética e moral, equalizado com o estágio de desenvolvimento da nossa
sociedade e do mercado de trabalho, bem como deve estar atualizado tanto em
nível técnico quanto pedagógico.
A educação infantil visa à inclusão da criança de quatro até seis
anos de idade, pois trata do direito à educação, ao atendimento, sendo a primeira
etapa de desenvolvimento integral, ou seja, nos aspectos físico, psicológico,
intelectual e social, garantida na Constituição de 1988 e a escola tem observado
os princípios e fundamentos das Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação
Infantil que orientam as práticas pedagógicas e assim, proporciona momentos
planejados intencionalmente, prevendo diferentes situações educativas para a
promoção do desenvolvimento integral da criança.
Dessa forma, as discussões servem de contribuição para que a
professora envolvida com a Educação Infantil tenha uma consciência crítica e
transformadora. Que compreenda a realidade de seu tempo, valorizando a
formação histórica e empenhando-se no trabalho de educador. Que assuma o
compromisso de preparar a criança para ser iniciada na alfabetização e na
formação de sua cidadania, capaz de entender, de forma crítica, as diferenças
que se estabelecem no âmbito das relações sociais numa sociedade de classes
com diferentes interesses.
O Ensino Fundamental nos anos iniciais visa ao domínio da
leitura, da escrita, do cálculo e do raciocínio, preparando progressivamente o
educando para a compreensão dos problemas humanos e o acesso sistemático
aos conhecimentos.
O que se propõe é um ensino em que o conteúdo seja visto como
meio para que os alunos desenvolvam as capacidades que lhes permitam produzir e
usufruir os bens culturais, sociais e econômicos.
É por meio dos conteúdos que os propósitos da escola são
operacionalizados, ou seja, manifestados em ações pedagógicas.
Ao tomar como objeto de aprendizagem escolar conteúdos de
diferente natureza, reafirma-se a responsabilidade da escola com a formação ampla
do aluno e a necessidade de intervenções conscientes e planejadas nessa direção.
O professor deve ser capaz de ter consciência e clareza do
significado de cada conteúdo que pretende ensinar para os alunos e encaminhar os
trabalhos com os mesmos de forma a que eles apreendam esse significado,
estabelecendo relações automáticas com os conhecimentos anteriores e com a vida
real. Isto significa assumir junto com o aluno a proposta pedagógica escolar da vida,
colocando o aluno no mundo.
O currículo será composto de uma Base Nacional Comum
Articulada aos aspectos da vida do cidadão. A Base Nacional Comum será
fornecida por Áreas de Conhecimento e Disciplinas de: Língua Portuguesa,
Matemática, Ciências, Geografia, História, Arte, Educação Física, Ensino
Religioso e a comunidade sonha com o ensino da língua guarani..
Esta Base Nacional Comum será articulada à Vida Cidadã em
projetos que trabalham vários aspectos, tais como: saúde, sexualidade, vida familiar
e social, meio ambiente, trabalho, cultura regional, diferentes linguagens.
Assim, um currículo concebido para capacitar o aluno a enfrentar os
desafios dos novos tempos supõe variedade de opções (aprender a escolher),
heterogeneidade do corpo docente e discente (aprendizagem das diferenças) e
predomínio de atividades sobre a retórica (aprendizagem ativa), embora toda a
prática se apóie em teorias.
Devemos nos mobilizar pela garantia do acesso e da permanência
do aluno na escola. Não basta esperar por soluções que venham verticalmente dos
sistemas educacionais. Urge criar propostas que resultem de fato na construção de
uma escola democrática e com qualidade social, fazendo com que os órgãos
dirigentes do sistema educacional, possam reconhecê-la como prioritária e criem
dispositivos legais que sejam coerentes e justos, disponibilizando os recursos
necessários à realização dos projetos em cada escola.
Do contrário, a escola não estará efetivamente cumprindo o seu
papel, socializando o conhecimento e investindo na qualidade do ensino. A escola
tem um papel bem mais amplo do que passar conteúdos. Porém, deve modificar a
sua própria prática, muitas vezes fragmentada e individualista, reflexo da divisão
social em que está inserida.
Em um mundo em rápida evolução como o que vivemos a educação
deve ser compreendida como uma prática social que pode dinamizar outros
processos sociais importantes permitindo a busca pela construção de uma
sociedade mais inclusiva.
Pretendemos que nossos alunos sejam participantes e sujeitos da
realidade: que disponham dos conhecimentos científicos, que façam uso da
tecnologia, que apliquem seus conhecimentos nos problemas cotidianos. E
pretendemos mais: que sejam pessoas felizes, fraternas, cooperativas. Capazes de
transformar a realidade, de torná-la mais humana.
Em nossa prática educativa, desde as ações mais singelas
buscamos coerência com esse ideal. A busca dessa transparência evidencia-se
também nas relações dentro da escola. A existência de canais para a comunicação
com a família garante o sigilo de informações e respeita a privacidade do aluno e de
sua família.
Operacionalizando a escola
O quê?
• oferecimento de disciplinas de formação geral (aspectos
filosóficos, sociológicos, históricos etc).
Para quê?
• capacitar numa perspectiva de formação integral, para atuar
com competência, de modo a responder às demandas sociais.
Como?
• utilizando-se de princípios e métodos que levem em conta as
necessidades pessoais e sociais;
• oferecendo currículos abertos e flexíveis, com núcleo obrigatório
e optativo que respondam aos interesses pessoais de formação, e evitando pré-
requisitos desnecessários;
• priorizando procedimentos que valorizem a construção de
significados;
• promovendo atividades que conciliem teoria e prática;
• produzindo e utilizando recursos didáticos variados, múltiplos,
de acordo com os objetivos e conteúdos; e
• avaliando primordialmente o processo educativo como um todo,
por meio de critérios e parâmetros previamente definidos no projeto pedagógico.
3:. HISTÓRICO DA REALIDADE E PERFIL DA COMUNIDADE
O centro de atenção máxima da escola deve ser o aluno. A escola
existe em função dele, e, portanto, para ele. A sua organização, em qualquer dos
seus aspectos, deve ter em vista a consideração do fim precípuo a que a escola
se destina: a criação de condições e de situações favoráveis ao bem-estar
emocional do educando, e o seu desenvolvimento em todos os sentidos:
cognitivo, psicomotor e afetivo, a fim de que o mesmo adquira habilidades,
conhecimentos e atitudes que lhe permitam fazer face às necessidades vitais e
existenciais. Toda atenção deve ser dada ao desenvolvimento de atitudes,
habilidades e conhecimentos do professor para que possa promover um processo
educativo relevante.
A Organização do Trabalho Pedagógico
• ter como ponto de partida o perfil mediador. Este perfil deve
orientar a articulação entre as ações, em especial as disciplinas;
• o perfil deve considerar as características da região, a
qualificação do corpo docente e o contexto institucional;
• contemplar toda a abrangência do saber: ensino, pesquisa,
cursos, gestão;
• incluir os processos de avaliação.
O trabalho da GestãoO trabalho pedagógico deve orientar as questões administrativas
para que o aspecto pedagógico seja sempre o elemento norteador do ensino. Para
que isso se realize é necessário que:
• a primeira ação a ser implementada deve ser a definição da
metodologia de gestão;
• a gestão deve ser participativa, ressaltando-se o papel dos
colegiados na definição de políticas, diretrizes e ações;
• as tomadas de decisões devem ser orientadas pela Entidade
Mantenedora e pela atuação no ensino;
• a estrutura curricular deve permitir a articulação vertical e
horizontal entre as disciplinas;
• a avaliação deve ser um processo contínuo, pautado pelo
Projeto Político-Pedagógico e realizado com base em critérios previamente definidos
e amplamente discutido;
• o processo de avaliação permanente inclui o acompanhamento
de egressos através da pesquisa.
Os RecursosO projeto pedagógico deve contemplar o compromisso institucional,
a previsão dos recursos necessários e as relações de trabalho de forma que:
• o dimensionamento e a qualificação dos professores deve levar
em conta as diversas responsabilidades docentes: aula, orientação, pesquisa,
cursos, formação continuada;
• o corpo técnico-administrativo deve ser definido e capacitado na
perspectiva das dimensões propostas;
• programas de apoio ao estudante devem ser implementados
visando ao melhor aproveitamento;
• a infra-estrutura institucional deve incluir salas de aula,
bibliotecas, laboratórios, equipamentos, secretaria, sistemas e redes de informação
etc.;
• o Currículo, que é uma construção social do conhecimento,
pressupondo a sistematização dos meios para que esta construção se efetive.
Na organização curricular é preciso considerar alguns pontos
básicos. O primeiro é o de que o currículo não é um instrumento neutro, ele passa
uma cultura.
O segundo ponto é que o currículo não pode ser separado do
contexto social, uma vez que ele é historicamente situado e culturalmente
determinado.
O terceiro ponto diz respeito ao tipo de organização curricular que
a escola deve adotar. Estudo sistemático do Currículo na Semana Pedagógica,
considerando as diferentes modalidades de Ensino: Educação infantil e
Fundamental 1ª /4ª série e 1º e 5º ano. Observar as mudanças da sociedade atual
e trabalhar dentro da Pedagogia Histórico-Crítica.
4: OBJETIVO DA PROPOSTA PEDAGÓGICA
Ter sempre presentes a concepção que se tem de educação escolar
e o tipo de formação que se pretende propiciar aos educandos. Do ponto de vista de
uma pedagogia crítica, é importante que os educandos se apropriem de
instrumentos de comunicação e de conteúdos culturais básicos que entendam a
sociedade em que vivem e possam transformá-la. É de responsabilidade do coletivo
da escola assumir o papel de elaborar uma proposta curricular que cada vez mais se
aproxime daquilo que acredita ser fundamental no processo de escolarização dos
alunos, na realidade de sua comunidade e diante de todas as incertezas postas na
contemporaneidade. O primeiro passo é conhecer a realidade por meio de um
diagnóstico, não existe uma orientação segura, uma forma (ou fórmula) de
organização curricular, resolvendo o problema da exclusão que há tempo desafia as
escolas. Temos que ter em mente que somos responsáveis pela estruturação e pelo
desenvolvimento do currículo que julgamos ser adequado à construção de uma
identidade social. O currículo não deve ser visto como simples organização formal
das disciplinas, dos conteúdos e dos tempos pedagógicos, ele é um instrumento
norteador do trabalho docente, sempre provisório e inacabado, aberto à produção de
sentidos, um processo dinâmico que incorpora os saberes e os elementos culturais
de seus agentes, numa compreensão do contextualizada do mundo e da cultura que
valoriza e fortalece as identidades, não-excludente e politicamente posicionada.
5: PROPOSTAS CURRICULARES PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL INDÍGENA E PARA O 1º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS.
A Educação infantil indígena parte dos pressupostos de que não há
diferença qualitativa entre educação não formal e formal, pois prepara para a
aquisição da leitura, escrita e do cálculo, bem como a aquisição de conhecimentos
sobre a natureza e seus costumes. Deve-se mostrar à criança que o conhecimento
não é uma verdade pronta, acabada, e que tudo é feito e construído pelos homens,
na dinâmica própria de cada sociedade. Assim, a defesa da escolarização deve ser
fundamentada na direção da explicitação do movimento e da origem da realidade
social, de caráter educativo, pautado na compreensão da realidade social.
Uma das atividades propostas é à “socialização” da criança. Neste sentido, as
atividades levam ao desenvolvimento de hábitos e atitudes e à adaptação a
sociedade e um dos fundamentos necessários é a compreensão adequada entre o
processo de socialização e a escolarização da criança.
O trabalho pedagógico tem como ponto de partida, os
conhecimentos que a criança já possui. Estes seriam as bases para a ampliação e
aquisição de novos conhecimentos.
Outro ponto necessário do trabalho pedagógico na Educação Infantil
indígena é o espaço que deve ter a brincadeira nas programações com a criança,
onde o jogo e a brincadeira devem ser entendidos como estratégias cognitivas no
processo de humanização da criança. São, portanto atividades lúdicas, mas
funcionais, que estão articuladas às necessidades de conhecimento do real pela
criança, considerando suas tradições e os ensinamentos que passa de geração para
geração.
OBJETIVOS
Utilizar gestos diversos e o ritmo corporal nas brincadeiras,
danças, jogos e demais situações de interação de acordo com a cultura do aluno;
Conhecer gradativamente os limites e potencialidades de seu
corpo, explorando a força, velocidade, resistência e flexibilidade;
Ampliar suas possibilidades de manuseio dos diferentes
materiais e objetos utilizando movimentos de preensão, encaixe, lançamento, etc.;
Expressar sensações, sentimentos e pensamentos, através de
improvisações, composições e interpretações musicais;
Utilizar a linguagem do desenho, da pintura, da modelagem, da
colagem, da construção, para produzir trabalhos de arte;
Participar de diversas situações de intercâmbio social nas
quais possa contar suas vivências, ouvir as de outras pessoas, elaborar e responder
perguntas;
Manusear livros, revistas e outros materiais, para familiarizar-
se com a escrita;
Reconhecer seu nome escrito, sabendo identifica-lo;
Valorizar a importância da relação que deve haver entre meio
ambiente e as formas de vida, para a preservação das espécies e melhoria da
qualidade de vida;
Demonstrar interesse e curiosidade pelo mundo social e
natural;
Reconhecer e valorizar os números, as contagens orais e as
noções espaciais como ferramentas necessárias no seu dia a dia;
Utilizar a linguagem oral e a linguagem matemática para
comunicar idéias matemáticas relativas a quantidades, espaço físico e medida;
Utilizando conhecimentos prévios, lidar com situações
matemáticas novas.
CONTEÚDOS
O trabalho pedagógico na Educação Infantil está pautado em
conteúdos fundamentados na teoria, bem como do encaminhamento metodológico
relativo a cada área de conhecimento.
Atividades diárias:
• Brincadeiras no espaço interno e externo;
• Roda de leitura;
• Roda de conversas;
• Oficinas de desenho, pintura, modelagem e músicas culturais.
Expressividade
• Utilização expressiva intencional do movimento nas situações
cotidianas e em suas brincadeiras;
• Percepção de estruturas rítmicas para expressar-se
corporalmente por meio da dança, brincadeiras e de outros movimentos;
• Percepção das sensações, limites, potencialidades, sinais
vitais e integridade do próprio corpo.
Equilíbrio e Coordenação
• Participação em brincadeiras e jogos que envolvam correr,
subir, descer, escorregar, pendurar-se, movimentar-se, dançar, etc., para ampliar
gradualmente o conhecimento e controle sobre o corpo e o movimento;
• Valorização de suas conquistas corporais;
• Manipulação de materiais, objetos e brinquedos diversos para
aperfeiçoamento de suas habilidades manuais.
O Fazer Musical
• Reconhecimento e utilização expressiva, em contextos
musicais das diferentes características geradas pelo silêncio e pelos sons: altura,
duração, intensidade e timbre;
• Participação em jogos e brincadeiras que envolvam a dança e /
ou a improvisação musical;
• Repertório de canções para desenvolver memória musical.
Apreciação Musical
• Ouvir obras musicais de diversos gêneros, estilos, épocas e
culturas, da produção musical brasileira e de outros povos, inclusive indígenas;
• Informações sobre as obras ouvidas e sobre seus
compositores para iniciar seus conhecimentos sobre a produção musical.
O Fazer Artístico
• Criação de desenhos, pinturas, colagens, modelagens a partir
de seu próprio repertório e da utilização dos elementos da linguagem das Artes
Visuais: ponto, linha, forma, cor, volume, espaço, textura, etc.;
• Exploração dos espaços bidimensionais e tridimensionais na
realização de seus projetos artísticos;
• Organização e cuidado com os materiais no espaço físico da
sala;
• Respeito e cuidado com os objetos produzidos individualmente
e em grupo;
• Valorização de suas próprias produções, das de outras
crianças e da produção de arte em geral.
Apreciação em Artes Visuais
• Conhecimento da diversidade de produções artísticas, como
desenhos, pinturas, esculturas, construções, fotografias, colagens, ilustrações,
cinema, etc.;
• Leitura de obras de arte a partir da observação, narração,
descrição e interpretação de imagem e objetos;
• Apreciação das Artes Visuais e estabelecimento de co-relação
com as experiências pessoais.
Linguagem Oral e Escrita
• Uso da linguagem oral para conversar, brincar, comunicar e
expressar desejos, necessidades, opiniões, idéias, preferências e sentimentos e
relatar suas vivências nas diversas situações de interação presentes no cotidiano;
• Elaboração de perguntas e respostas de acordo com os
diversos contextos de que participa;
• Participação em situações que envolvem a necessidade de
explicar e argumentar suas idéias e pontos de vista;
• Relato de experiências vividas e narração de fatos em
seqüência temporal e causal ;
• Reconto de histórias conhecidas com aproximação às
características da história original no que se refere à descrição de personagens,
cenários e objetos, com ou sem a ajuda do professor;
• Conhecimento e reprodução oral de jogos verbais, como trava-
línguas, parlendas, adivinhas, quadrinhas, poemas e canções;
• Participação em situações cotidianas nas quais se faz
necessário o uso da escrita;
• Escrita do próprio nome em situações em que isso é
necessário;
• Produção de textos individuais e/ou coletivos ditados oralmente
ao professor para diversos fins;
• Prática de escrita de próprio punho, utilizando o conhecimento
de que dispõe, no momento, sobre o sistema de escrita em língua materna;
• Respeito pela produção própria e alheia.
A Criança, A Natureza e a Sociedade
• Participação em atividades que envolvam histórias,
brincadeiras, jogos e canções que digam respeito às tradições culturais de sua
comunidade e de outras;
• Conhecimento de modos de ser, viver e trabalhar de alguns
grupos sociais do presente e do passado;
• Identificação de alguns papéis sociais existentes em seus
grupos de convívio, dentro e fora de instituição;
• Valorização do patrimônio cultural do seu grupo social e
interesse por conhecer diferentes formas de expressão cultural.
Os Lugares e suas Paisagens
• Observação da paisagem local (rios, vegetação, construções,
florestas, campos, dunas, açudes, mar, montanhas etc.);
• Utilização, com ajuda dos adultos, de fotos, relatos e outros
registros para a observação de mudanças ocorridas nas paisagens ao longo do
tempo;
• Valorização de atitudes de manutenção e preservação dos
espaços coletivos e do meio ambiente.
Objetos e Processos de Transformação
• Participação em atividades que envolvam processos de
confecção de objetos;
• Reconhecimento de algumas características de objetos
produzidos em diferentes épocas e por diferentes grupos sociais;
• Conhecimento de algumas propriedades dos objetos: refletir,
ampliar ou inverter as imagens, produzir, transmitir ou ampliar sons, etc.;
• Cuidados no uso dos objetos do cotidiano, relacionados à
segurança e prevenção de acidentes, e à sua conservação.
Os Seres Vivos
• Estabelecimento de algumas relações entre diferentes
espécies de seres vivos, suas características e suas necessidades vitais;
• Conhecimento dos cuidados básicos de pequenos animais e
vegetais por meio da sua criação e cultivo;
• Conhecimento de algumas espécies da fauna e da flora
brasileira e mundial;
• Percepção dos cuidados necessários à preservação da vida e
do ambiente;
• Valorização da vida nas situações que impliquem cuidados
prestados a animais e plantas;
• Percepção dos cuidados com o corpo, à prevenção de
acidentes e á saúde de forma geral;
• Valorização de atitudes relacionadas á saúde e ao bem-estar
individual e coletivo.
Os Fenômenos da Natureza
• Estabelecimento de relações entre os fenômenos da natureza
de diferentes regiões (relevo, rios, chuvas, secas, etc.) e as formas de vida de seu
povo que ali vivem;
• Participação em diferentes atividades envolvendo a
observação e a pesquisa sobre a ação de luz, calor, som, força e movimento.
Números e Sistema de Numeração
• Utilização da contagem oral nas brincadeiras e em situações
nas quais as crianças reconheçam sua necessidade;
• Utilização de noções simples de cálculo mental como
ferramenta para resolver problemas;
• Comunicação de quantidades, utilizando a linguagem oral, a
notação numérica e/ou registros não convencionais;
• Identificação da posição de um objeto ou número numa série,
explicitando a noção de sucessor e antecessor;
• Identificação de números nos diferentes contextos em que se
encontram;
• Comparação de escritas numéricas, identificando algumas
regularidades.
6. ENCAMINHENTO METODOLÓGICO
Para se desenvolver, as crianças precisam aprender com os outros,
por meios dos vínculos que estabelece. Ao estabelecer estes vínculos, as crianças
se utilizam de vários recursos, tais como: imitação, faz-de-conta, oposição,
linguagem, apropriação da imagem corporal, costumes e crenças.
Inicialmente as crianças observam as ações mais simples e mais
próximas à sua compreensão, especialmente aquelas apresentadas por gestos ou
cenas atrativas ou por pessoas de seu círculo afetivo.
Brincar é fundamental para o desenvolvimento da identidade e da
autonomia da criança, que aprende desde cedo a se comunicar por meio de gestos,
sons e mais tarde representando papéis na brincadeira, o que faz com que
desenvolva sua imaginação.
A linguagem enriquece as possibilidades de comunicação e
expressão e representa um potente veículo de socialização. Por meio desta o aluno
pode ter acesso a outras realidades sem passar necessariamente, pela experiência
concreta, através de relatos, livros de histórias infantis, que são fontes inesgotáveis
de informações culturais, as quais se somam à sua vivência concreta.
A aquisição da consciência dos limites do próprio corpo é um
aspecto importante do processo de diferenciação do eu e do outro e da construção
da identidade.
Na pré-escola, mantém-se a importância da identificação pelo nome
e acrescenta-se o interesse por sua representação escrita, o que pode ser feito
identificando os pertences individuais pelo nome escrito. Podem ser construídos
jogos, utilizando os nomes dos alunos: bingo, jogo da memória, dominó e outros.
Também pode se fazer uma pesquisa para descobrir a história do nome de cada
aluno.
O espelho é um excelente instrumento na construção e na afirmação
da imagem corporal recém-formada: é na frente dele que meninos e meninas
poderão se fantasiar, assumir papéis, brincar de ser pessoas diferentes.
Nos atos cotidianos e em atividades sistematizadas, o que se
recomenda é a atenção permanente à questão da independência e autonomia. A
capacidade de realizar escolhas amplia-se conforme o desenvolvimento dos
recursos individuais e mediante a prática de tomada de decisões, valendo tanto para
os materiais a serem usados como para atividades a serem realizadas, criando
situações em que as crianças fazem suas escolhas entre várias opções. Uma
sugestão é que os materiais pedagógicos, brinquedos e outros objetos estejam à
disposição, organizados de tal forma que possam ser encontrados sem a
interferência do adulto. Outro recurso a ser explorado é propiciar a ajuda entre as
crianças para calçar sapatos, alcançar um objeto, fazer um desenho, escrever algo,
etc. e também planejar situações em que as crianças sejam solicitadas a colaborar
com o bom andamento das atividades.
Deve permear as relações cotidianas o respeito à diversidade:
diferenças de temperamento, de habilidades e de conhecimentos, diferenças de
gênio, de etnia e de credo religioso.
Dada a importância do diálogo na construção de conhecimento
sobre si e sobre o outro, são aconselháveis situações em que a conversa seja o
principal objetivo. Nas brincadeiras e jogos espontâneos, a conversa também
costuma estar presente.
A ação do professor, como mediador, possibilita a criação de
condições para que as crianças possam, gradativamente, desenvolver capacidades
ligadas á tomadas de decisões, à construção de regras, à cooperação, à
solidariedade, ao diálogo, ao respeito a si mesma e aos outros, assim como
desenvolver sentimentos de justiça e ações de cuidado para consigo e para com os
outros.
Alguns jogos e brincadeiras, envolvendo o reconhecimento do
próprio corpo, ou do outro e a imitação, podem se transformar em atividades de
rotina. Exemplo: Pedir que as crianças modelem parte do corpo em massa ou argila,
tendo o próprio corpo ou do outro como modelo. Outra orientação de atividade tem a
ver com o reconhecimento dos sinais vitais e de sua alteração, como a respiração,
os batimentos cardíacos, como também de sensações de prazer ou desprazer que
qualquer atividade física pode proporcionar.
Trabalho com a Música:
Ouvir e classificar os sons quanto à altura, valendo-se das vozes dos
animais, dos objetos e máquinas, dos instrumentos musicais, comparando,
estabelecendo relações e, principalmente, lidando com essas informações em
contextos de realizações musicais, o que vai acrescentar, enriquecer e transformar a
experiência musical das crianças. Todos os instrumentos musicais podem ser
utilizados no trabalho com as crianças e podem ser confeccionados pelas mesmas
com materiais variados que produzem sons.
O repertório musical das famílias, vizinhos e amigos das crianças,
marcas e lembranças da infância, jogos, brinquedos e canções significativas da vida
do professor, a diversidade musical existente em rádios, TV, músicas de
propagandas, trilhas sonoras de filmes, música do folclore, podem integrar o
trabalho com a música.
Artes Visuais
Por meio do desenho, a criança cria e recria forma de expressão,
integrando percepção, imaginação, reflexão e sensibilidade. A imitação que a
criança utiliza no desenho, desenvolve uma função importante no processo de
aprendizagem, pois decorre de uma experiência pessoal, cuja intenção é a
apropriação de conteúdos.
Para que a criança possa desenhar, é importante 73aze-lo
livremente, explorando diversos materiais, como lápis preto, lápis de cor, giz de cera,
canetas, carvão, giz, penas, gravetos, etc. e utilizando papéis, cartolinas, lixas, chão,
areia, terra, etc. É interessante propor às crianças que façam desenhos a partir da
observação das mais diversas situações, cenas, pessoas e objetos.
Quanto às estruturas tridimensionais, podem ser desenvolvidas por
meio da colagem, montagem e justaposição de sucatas previamente selecionadas,
para fazer maquetes de cidades ou brinquedos.
Linguagem Oral e Escrita
A construção da linguagem oral ocorre em um processo de
aproximações sucessivas com a fala do outro, do pai, da mãe, do professor, dos
amigos, ouvidas na televisão, no rádio, etc.
A ampliação das capacidades de comunicação oral ocorre
gradativamente com a participação das crianças nas conversas cotidianas, em
situações de escuta e canto de músicas, em brincadeiras, em exposições orais,
entrevistas, discussão sobre um filme visto na TV, contar histórias, apresentações
de textos memorizados, etc.
Quanto à leitura, o professor além de ler para as crianças, pode
organizar situações de leitura, onde as crianças estabeleçam relação entre o que é
falado e o que está escrito; e situações em que as crianças precisam descobrir o
sentido do texto apoiando-se em diversos elementos: figuras, diagramação,
conhecimentos prévios, etc. E também propiciar condições tais como: dispor de um
acervo em sala com livros de historinhas, revistas, jornais, etc. e possibilitar que as
crianças escolham suas leituras tendo contato com os materiais.
Para favorecer as práticas de escrita algumas condições são
essenciais: propor atividades de escrita que façam sentido para as crianças, onde
elas saibam para que e para quem estão escrevendo.
Natureza e Sociedade
Para que a criança avance na construção de novos conhecimentos é
importante que o professor desenvolva algumas estratégias de ensino:
• Partir de questionamentos interessantes – em lugar de
apresentar explicações, de passar conteúdos utilizando didáticas expositivas sobre
fatos sociais, elementos ou fenômenos da natureza, é necessário propor questões
instigantes para crianças. É importante que as perguntas ou problematizações
formulados pelo professor permitam às crianças relacionar o que já sabem ou
dominam com o novo conhecimento. Esse tipo de questionamento pode estar
baseado em aspectos práticos do dia-a-dia da criança, relacionados ao modo de
vida de seu grupo social (seus hábitos alimentares, sua forma de se vestir, o
trabalho e as profissões que seus familiares realizam); ou ainda ser formulado a
partir de fotografias, notícias de jornais, histórias, lendas, filmes, documentários,
uma exposição que esteja ocorrendo na cidade, a comemoração de um
acontecimento histórico, um evento esportivo, etc.;
• Considerar os conhecimentos das crianças sobre o assunto a
ser trabalhado – a interação das crianças com os adultos, com outras crianças, com
os objetos e o meio social e natural permitem que elas ampliem seus conhecimentos
e elaborem explicações e teorias cada vez mais complexas sobre o mundo;
• Utilizar diferentes estratégias de busca de informações. É
necessário prever atividades que facilitem a busca de novas informações por meio
de várias formas;
• Coleta de dados – as crianças poderão pesquisar informações
em diferentes fontes, na forma de pesquisas, entrevistas, história de vida e pedidos
de informações às famílias, sempre com a ajuda do professor e de outras pessoas
adultas;
• Experiência direta – os passeios com as crianças nos
arredores ou em locais mais distantes, centros culturais, granjas, feiras, teatros,
parques, exposições, percursos de rios, matas preservadas ou transformadas pela
ação do homem etc. permitem a observação direta da paisagem, a exploração ativa
do meio natural e social, ampliando a possibilidade de observação da criança. A
observação direta de pequenos animais e plantas no seu habitat natural ou fora
dele, permite construir uma série de conhecimentos ligados a questões sobre como
vivem, como se alimentam e se reproduzem etc.;
• Leitura de imagens e objetos – as imagens produzidas pelos
homens, como desenhos, mapas, fotografias, pinturas, filmagens etc., além dos
objetos, são recursos inestimáveis para obter inúmeras informações. É importante
que a criança aprenda a ler esses objetos e imagens. Objetos antigos que
pertencem às famílias, exposições, vídeos, filmes, programas de televisão são
poderosos recursos para se analisar como viveram pessoas de outras épocas e
grupos sociais. Vídeos sobre o mundo animal, expedições a lugares distantes,
sobre fenômenos da natureza também são fontes para obtenção de informações.
As fotografias, gravuras, pinturas e objetos podem ser analisados particularmente:
observação de detalhes, descrição das formas e cores, identificação do tipo de
material utilizado na confecção (pedra, fibra vegetal, ferro, tecido, papel, barro, etc.),
usos que podem ser feitos deles, usos que já foram feitos deles, outros objetos
diferentes que podem ter o mesmo uso, quem fez, quando fez, como é feito, etc. É
importante que o professor ensine às crianças os procedimentos necessários para
se realizar a leitura de imagens, isto é, a observar detalhes, a descrever os
elementos que as compõe, a comparar as informações que apresentam com aquilo
que conhecem e a relacionar essas informações com o tema que esta sendo
trabalhado;
• Leitura de livros, enciclopédias, revistas e jornais – o professor
poderá trazer para a sala de aula livros, revistas, jornais e outros materiais escritos e
selecionar aquilo que lerá com ou para as crianças.
Matemática
Os conhecimentos numéricos das crianças decorrem do contato e
da utilização desses conhecimentos em problemas cotidianos, no ambiente familiar,
em brincadeiras, nas informações dos meios de comunicação, etc. Os números
estão presentes no cotidiano e servem para memorizar quantidades, para identificar
algo, antecipar resultados, contar, numerar, medir e operar.
Às noções matemáticas abordadas na Educação Infantil
corresponde uma variedade de brincadeiras e jogos: cantigas, dança das cadeiras,
quebra-cabeças, labirintos, dominós, dados, jogos de encaixe, jogos de cartas, etc.
Esses jogos numéricos permitem às crianças utilizarem números e
suas representações, ampliarem a contagem, estabelecerem correspondências,
operarem. Pelo seu caráter coletivo, os jogos e as brincadeiras permitem que o
grupo se estruture, que as crianças estabeleçam relações ricas de troca, aprendam
a esperar sua vez, acostumando-se a lidar com regras, conscientizando-se que
podem ganhar ou perder.
AVALIAÇÃO
A avaliação nesta etapa deve ser processual e destinada a auxiliar o
processo de aprendizagem, fortalecendo a auto - estima das crianças. A avaliação é
entendida como um conjunto de ações que auxiliam o professor a refletir sobre as
condições de aprendizagem oferecidas e ajustar sua prática às necessidades
colocadas pelas crianças. É um elemento indissociável do processo educativo que
possibilita ao professor definir critérios para planejar as atividades e criar situações
que gerem avanços na aprendizagem das crianças. Tem como função acompanhar,
orientar, regular e redirecionar esse processo como um todo.
No que se refere às crianças, a avaliação deve permitir que elas
acompanhem suas conquistas, suas dificuldades e suas possibilidades ao longo de
seu processo de aprendizagem. Para que isso ocorra, o professor deve
compartilhar com elas aquelas observações que sinalizam seus avanços e suas
possibilidades de superação das dificuldades.
A observação das formas de expressão das crianças, de suas
capacidades de concentração e envolvimento nas atividades, de satisfação com sua
própria produção e com suas pequenas conquistas é um instrumento de
acompanhamento de trabalho que poderá ajudar na avaliação e no feed-back da
ação educativa.
No que se refere à avaliação informativa, deve-se ter em conta que
não se trata de avaliar a criança, mais sim as situações de aprendizagem que foram
oferecidas. Algumas constatações que parecem óbvias aos adultos para as
crianças muitas vezes possuem uma importância grande, pois, representam uma
avaliação sobre sua competência, confirmando-lhes sua independência e reforçando
sua auto-estima. Uma vez que tenham tido a possibilidade de arriscar e
experimentar sua capacidade de realizar ações sem ajuda, pode-se, então, esperar
que elas manifestem cada vez mais o desejo de ser independentes do adulto.
É importante informar sempre às crianças acerca de suas
competências. Desde pequenas, a valorização de seu esforço e comentários a
respeito de como estão construindo e se apropriando desse conhecimento são
atitudes que as encorajam excetuam com relação à própria aprendizagem. É
sempre bom lembrar que seu empenho e suas conquistas devem ser valorizados em
função de seu progresso e do próprio esforço, evitando colocá-las em situações de
comparação.
A avaliação na área de música deve ser contínua. Levando em
consideração os processos vivenciados pelas crianças, resultado de um trabalho
intencional do professor. Deverá constituir-se em instrumentos para a reorganização
de objetivos, conteúdos, procedimentos, atividades e como forma de acompanhar e
conhecer cada criança e grupo.
Uma maneira interessante de propiciar a auto-avaliação das
crianças nessa faixa etária é o uso da gravação de suas produções. Ouvindo, as
crianças podem perceber detalhes: se cantaram gritando ou não; se o volume dos
instrumentos ou objetos sonoros estava adequado; se a história sonorizada ficou
interessante; se os sons utilizados aproximaram-se do real, etc.
A avaliação deve se dar de forma sistemática e contínua ao longo de
todo processo de aprendizagem. É aconselhável que se faça um levantamento
inicial para obter as informações necessárias sobre o conhecimento prévio que as
crianças possuem, sobre a escrita, a leitura e a linguagem oral, sobre suas
diferenças individuais, sobre suas possibilidades de aprendizagem e para que, com
isso, se possa planejar a prática, selecionar conteúdos e materiais, propor atividades
e definir objetivos com uma melhor adequação didática.
As situações de avaliação educação infantil esteja centrada na
relação de diálogo entre adulto e criança e nas diferentes formas utilizadas por estas
últimas para responder perguntas, resolver situações-problemas, registrar e
comunicar qualquer idéia matemática. A avaliação representa, neste caso, um
esforço do professor, em observar e compreender o que as crianças fazem os
significados atribuídos por elas aos elementos trabalhados nas situações
vivenciadas. Esse é um processo relacionado com a observação da criança nos
jogos e atividades e de seu entendimento sobre diferentes domínios que vão além
da própria Matemática. A avaliação terá a função de mapear e acompanhar o
pensamento da criança sobre noções matemáticas, isto é, o que elas sabem e como
pensam para reorientar o planejamento da ação educativa. Deve-ser feito um
parecer descritivo bimestral de cada aluno e arquivar no livro.
7- PROPOSTAS CURRICULARES DO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS INICIAIS 1ª / 4ª série e 2º ao 5º ano
Como uma das etapas da educação básica, o Ensino Fundamental,
conforme o Art. 32 da LDBEN/1996 terá duração mínima de nove anos, será
obrigatório e gratuito na escola pública, inclusive para os que não tiveram acesso na
idade própria. Esta etapa da escolarização básica deve garantir a formação básica
do cidadão e o desenvolvimento integral do educando, mediante:
I- O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como
meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
II- Compreensão do ambiente natural e social, do sistema político,
da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
III- O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em
vista a aquisição de conhecimento e habilidades e a formação de atitudes e valores;
IV- O fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de
solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
O grande desafio da escola é estabelecer uma proposta de ensino
que reconheça e valorize práticas culturais de tais sujeitos sem perder de vista o
conhecimento historicamente produzido, que se constitui em patrimônio universal.
LINGUA PORTUGUESA
Fundamentação Teórica
O domínio da língua oral e escrita é fundamental para a participação
social efetiva, pois, é por meio dela, que o homem se comunica, tem acesso à
informação, expressa e defende pontos de vista, partilha ou constrói visões de
mundo, produz conhecimento. Por isso, ao ensiná-lo, a escola tem a
responsabilidade de garantir a todos os seus alunos o acesso aos saberes
lingüísticos necessários para o exercício da cidadania, direito inalienável de todos.
Essa responsabilidade é tanto maior quanto menor for o grau de
participação em práticas sociais que usam a escrita como sistema simbólico das
comunidades em que vivem os alunos. Considerando os diferentes níveis de
conhecimento prévio, cabe à escola promover a sua ampliação de forma que,
progressivamente, durante os quatro anos, cada aluno se torne capaz de interpretar
diferentes textos que circulam socialmente, de assumir a palavra e, como cidadão,
de produzir textos eficazes nas mais variadas situações.
OBJETIVOS
Usar a Oralidade em todas as situações, sociais, seja formal ou
informal;
Segurança em expor suas idéias com argumentação e
desinibição para falar em público e tendo maiores capacidades de interação quer
seja na família, na igreja, na escola e em todo âmbito de vivência;
Ter sensibilidade para reconhecer a capacidade de questionar e
interagir;
Escrever se comunicando em diferentes situações, conseguindo
expor suas idéias por escrito e ser entendido por outros;
Utilizar a escrita e a leitura para crescimento pessoal, e espiritual;
Expressar-se por escrito e oralmente;
Realizar leituras com entendimento conseguindo compreendê-las
reformulando as informações para si próprio;
Manusear livros e demais materiais escritos com cuidado;
Interessar-se no uso e conhecimento das normas de utilização da
biblioteca, centros de documentação e redes de informação;
Expressar-se por escrito e oralmente, com maior eficiência em
diferentes situações comunicativas.
CONTEÚDOS
Língua Oral: Usos E Formas
Participação em situações de intercâmbio oral que requeiram:
ouvir com atenção, intervir sem sair do assunto tratado, formular e responder
perguntas, explicar e ouvir explicações, manifestar e acolher opiniões, adequar as
colocações às intervenções precedentes, propor temas.
Manifestação de experiências, sentimentos, idéias e opiniões
de forma clara e ordenada.
Narração de fatos considerando a temporalidade e
causalidade.
Narração de histórias conhecidas.
Descrição de personagens, cenários e objetos..
Relatos.
Criação de histórias
a) No que se refere à fala:
clareza, seqüência, objetividade, consistência argumentativa,
adequação vocabular na exposição de idéias.
⇒ Língua Escrita: Usos E Formas
⇒ Prática de Leitura
Escuta de textos lido pelo professor.
Uso de acervos e bibliotecas.
Busca de informações e consulta a fontes de diferentes tipos
( jornais, revistas, enciclopédias, etc.), com ajuda.
Manuseio e leitura de livros na classe, na biblioteca e, quando
possível, empréstimo de materiais para leitura em casa.
Prática de leitura de textos informativos e ficcionais, curtos e
longos.
No que se refere à interpretação:
Identificar idéias básicas;
Confrontar idéias;
Proceder à leitura contrastiva
a) No que se refere à análise de textos lidos:
Avaliar o texto na perspectiva da unidade temática;
Avaliar o texto na perspectiva da unidade estrutural.
b) No que se refere à mecânica da leitura:
Ler com fluência, entonação e ritmo.
Prática de Produção de Textoa) No que se refere à produção de textos:
Textos narrativos, informativos e dissertativos: considerando o
destinatário, a finalidade e as características do gênero.
Utilizando estratégias de escrita: planejar o texto, redigir
rascunhos, revisar e cuidar da apresentação, com orientação.
b) No que se refere ao conteúdo:
Clareza, coerência, argumentação
c) No que se refere à estrutura:
Processos de coordenação e subordinação na construção das
frases, utilizando recursos do sistema de pontuação: maiúscula inicial, ponto final,
exclamação, interrogação e reticências;
Uso de recursos coesivos (conjunções, advérbios, pronomes,
etc.);
Organização de parágrafos;
Pontuação
d) No que se refere à expressão:
Adequação à norma padrão.
e) No que se refere à organização gráfica:
Ortografia;
Acentuação;
Recursos gráficos-visuais (margem, título, etc.)
f) Revisão do próprio texto com ajuda:
Durante o processo de redação, relendo cada parte escrita,
verificando a articulação com o já escrito e planejando o que falta escrever;
Depois de produzida uma primeira versão, trabalhando sobre o
rascunho para aprimorá-lo, considerando as seguintes questões: adequação ao
gênero, coerência e coesão textual, pontuação, paginação e ortografia.
Encaminhamento Metodológico
A visão de linguagem que se defende tem como objetivo a interação
verbal, isto é, a ação entre sujeitos historicamente situados que, via linguagem, se
apropriam e transmitem um tipo de experiência historicamente acumulados.
O cerne do ensino vai se constituir no trabalho com o texto, que
deverá ser entendido como um material verbal, produto de uma determinada visão
do mundo, de uma intenção e de um momento de produção. Compreender este fato,
é o núcleo do trabalho do professor: criar situações de contato com visões do real,
via texto, para que o aluno desenvolva cada vez melhor, um controle sobre os
processos interazionais.
É importante trazer para a sala de aula todo o tipo de texto literário,
informativo, publicitário, dissertativo. E ter claro que todos os textos estão marcados
ideologicamente, e o papel do professor são desmascarar tais marcas e apresentá-
las ao aluno, demonstrando o funcionamento ideológico dos vários tipos de
discursos, tornando o aluno consciente de que a linguagem é uma forma de
influenciar, de intervir no comportamento alheio.
É instaurando a polêmica, assumindo o conflito como um dado
positivo e necessário para as descobertas das potencialidades da linguagem, que
estaremos criando situações concretas para que o aluno se aproprie da linguagem
oral e escrita.
Avaliação
Tomar a produção (oral e escrita) do aluno como parâmetro de
avaliação, comparando os textos para que seu progresso possa ser evidenciado. É o
rendimento do aluno nas diferentes produções escritas que devemos levar em
consideração. Desse modo, para avaliar, o professor precisa guardar em portfólio os
textos do aluno, desde o início do ano e compará-los, usando alguns critérios:
Problemas de oração – domínio da norma padrão;
Coesão textual – domínio da estrutura do texto;
Argumentação – clareza, coerência e consistência argumentativa.
Os erros ortográficos devem ser gradativamente sanados, com o
contato constante do aluno com material escrito.
A partir da leitura de textos informativos ou científicos, o professor
pode diagnosticar a capacidade que o aluno tem de sintetizar as idéias por escrito, o
que envolve a capacidade de apreender e organizar as idéias principais do texto
lido.
A avaliação dever ser usada como subsídio para revisão do
processo ensino – aprendizagem, como instrumento de diagnóstico do trabalho do
professor, e diversos tópicos devem ser avaliados, considerando:
debates orais – exposição clara de idéias, fluência, participação
organizada;
capacidade de recontar o que foi lido ou ouvido;
prática de leitura, quantidade de livros, capacidade de estabelecer
relações com outros textos;
capacidade de síntese ( oral e escrita );
encadeamento de idéias;
eliminação de redundâncias;
domínio de concordância verbal e nominal;
domínio dos aspectos formais: paragrafação, pontuação,
ortografia, letras maiúsculas;
capacidade de expandir idéias;
capacidade de reestruturar parágrafos e textos;
capacidade de substituir palavras e expressões;
capacidade de transformar diálogo direto em indireto e vice-versa;
capacidade de julgamento.
⇒ Espera-se que o aluno:
reconte oralmente histórias que já ouviu ou leu, bem como
acontecimentos dos quais participou, ou cujo relato ouviu ou leu, procurando manter
a ordem temporal dos fatos;
realize, oralmente ou por escrito, resumos de textos ouvidos,
de forma que sejam preservadas as idéias principais;
ao realizar uma leitura, não se limite à decodificação: que
utilize coordenadamente procedimentos necessários para a compreensão do texto;
utiliza a leitura para alcançar diferentes objetivos: ler para
estudar, ler para revisar, ler para escrever;
escreva textos com pontuação e ortografia convencional, ainda
que com falhas;
tanto enquanto produz textos quanto após terminar a sua
escrita, volte a eles, procurando aprimorá-los e dar-lhes uma melhor qualidade.
LITERATURA INFANTIL
OBJETIVOS Expor suas idéias com argumentação.
Expressar-se oralmente e por escrito.
Realizar leituras com entendimento.
Expressar conseguindo expor suas idéias.
CONTEÚDOS
Contos culturais
Poemas
Saudações
Entrevistas
Seminários
Receitas
Textos impressos em embalagens, rótulos, calendários
Cartas
Bilhetes
Convites
Diários
Quadrinhos
Anúncios
Par lendas
Contos
Textos teatrais
Relatos históricos culturais
Textos de enciclopédias
Textos expositivos como: fascículos, revistas, livros de consulta,
didático, etc.
Produção de textos
Separação entre palavras
Leitura para os alunos que ainda não lêem de forma
independente
Relação texto-contexto: interrogar o texto, buscando no contexto
elementos para antecipar ou verificar o sentido atribuído.
Revisão do próprio texto com ajuda.
MATEMÁTICA
Fundamentação Teórica
A Matemática é componente importante na construção da cidadania,
pois, a sociedade se utiliza cada vez mais de conhecimentos científicos e recursos
tecnológicos dos quais o cidadão deve se apropriar.
A complexidade do mundo do trabalho exige cada vez mais a
formação das pessoas para que elas saibam fazer perguntas, assimilar rapidamente
informações e resolver problemas elaborados.
Portanto, nos conteúdos desta disciplina, deve-se levar em conta
sua relevância social e a contribuição para o desenvolvimento intelectual do aluno,
perfazendo um processo permanente de construção de suas capacidades e
habilidades.
No ensino da Matemática, destacam-se dois aspectos básicos: um
consiste em relacionar observações do mundo real com representações ( esquemas,
tabelas, figuras ); outro consiste em relacionar essas representações com princípios
e conceitos matemáticos. A comunicação tem grande importância na Matemática e
deve ser estimulada, fazendo com que o aluno fale e escreva sobre ela, trabalhando
com representações gráficas, desenhos, construções e aprendendo como organizar
e tratar dados.
A Matemática precisa estar ao alcance de todos e a democratização
do seu ensino deve ser meta prioritária do trabalho docente.
OBJETIVOS
Confiança em sua possibilidade de comunicação matemática,
para interpretar, resolver e propor problemas nas diversas situações relacionadas à
vida cotidiana.
Escrever numericamente dominando as representações
simbólicas convencionais, relacionando-as com as que de modo intuitivo ou
informalmente foram apreendidas.
Utilizar as funções numéricas na vida, quer seja quantificando,
seqüenciando ou decodificando.
Ter segurança em utilizar cálculos nas atividades de compra e
venda, fazendo seus orçamentos, encargos sociais, relacionando ao trabalho e ao
campo econômico.
Desenvolver a capacidade em lidar com diferentes grandezas e
realizar vários tipos de medidas aproximadas por estimativas ou com resultados
exatos.
Utilizar os valores monetários em várias situações – problemas
do cotidiano.
Resolver situações – problemas envolvendo, compra e venda
preços, pagamentos e troco com cédulas e moedas, cálculo de salário, previsões de
orçamento e outras situações que envolvam dinheiro.
Usar, ler e interpretar instrumentos de medidas usuais como fita
métrica, balança e relógio.
Identificar as unidades de medidas usadas em embalagens,
receitas, vasilhames e bulas de remédios.
Ler e escrever anotações convencionais das medidas usuais.
Interpretar, descrever e representar de forma organizada o
mundo que o rodeia.
Ter noção de espaço, idéias e intuição sobre orientação, direção,
forma e tamanho de figuras e objetos, suas características e relação de espaço.
Crias hábitos em analisar todos os elementos significativos
presentes em uma representação gráfica, evitando interpretações parciais e
precipitadas.
CONTEÚDOS
NÚMEROS NATURAIS E SISTEMA DE NUMERAÇÃO DECIMAL
Reconhecimento de números naturais e racionais no contexto
diário.
Relação entre quantidades: onde tem menos, onde tem mais, etc.
Seriação numérica, contagem em escalas ascendentes e
descendentes de 1 em 1, 2 em 2, de 5 em 5, de 10 em 10, etc. a partir de qualquer
número dado;
Registro de quantidades.
Leitura, escrita, comparação e ordenação de notações numéricas
pela compreensão das características do sistema de numeração decimal;
Noções de: antecessor / sucessor; pares / ímpares; igualdade /
desigualdade; ordem crescente / decrescente.
Agrupamentos e trocas.
Valor posicional.
Compreensão e utilização das regras do sistema de numeração
decimal, para leitura, escrita, comparação e ordenação de números naturais de
qualquer ordem de grandeza.
Extensão das regras do sistema de numeração decimal para
compreensão, leitura e representação dos números racionais na forma decimal.
Leitura, escrita, comparação e ordenação de representações
fracionárias de uso freqüente.
Comparação e ordenação de números racionais na forma
decimal.
Noções de inteiro/parte/igualdade / desigualdade; equivalência.
Números mistos registro de frações decimais com uso de
vírgula.
Organização do Sistema de Numeração Decimal, uso dos
números decimais e da vírgula.
O uso das frações e a sua relação com números decimais
( relação: parte / todo; relação fração / divisão ).
Os números naturais, decimais e fracionários em contagens e
em medidas.
Reconhecimento do uso da porcentagem no contexto diário.
OPERAÇÕES COM NÚMEROS NATURAIS
Análise, interpretação, resolução e formulação de situações-
problema, compreendendo alguns dos significados das operações, em especial da
adição e da subtração.
Utilização de sinais convencionais (+, -, x, :, =) na escrita das
operações.
Adição, subtração, multiplicação, divisão, construção de
algoritmos, cálculo de metade e de dobro, terça parte, triplo, etc. a multiplicação e a
noção de área, adição e subtração de frações homogêneas e heterogêneas, as
quatro operações com os números decimais, classe de equivalência e as quatro
operações com frações, cálculo de porcentagem e as relações: 50% metade, 25%
um quarto e 20 % um quinto.
GRANDEZAS E MEDIDAS
Comparação de grandezas de mesma natureza, por meio de
estratégias pessoais e uso de instrumentos de medida conhecidos – fita métrica,
balança, recipientes de um litro, etc.
Hora, minuto e segundo – leitura comparando relógios digitais e
de ponteiros.
Identificação de unidades de tempo – dia, semana, mês,
bimestre, semestre, ano – e utilização de calendários.
Reconhecimento de cédulas e moedas que circulam no Brasil e
de possíveis trocas entre cédulas e moedas em função de seus valores.
Composição e decomposição dos valores.Leitura e escrita na forma
decimal.Utilização do sistema monetário brasileiro em situações-problema.
Reconhecimento e utilização de unidades usuais de medida
como metro, centímetro, quilômetro, grama, miligrama, quilograma, litro, mililitro,
metro quadrado, alqueire,etc.
Unidades, pé, palmo, pitada, xícara, etc.
Unidade padrão de comprimento, superfície, massa e
capacidade.
Noções de múltiplo e submúltiplo.
Noções de perímetro e área.
Organização do Sistema de Métrico Decimal e do Sistema
Monetário em relação com o Sistema de Numeração Decimal.
Fracionamento das medidas de tempo.
Noções de perímetro, área e volume e as unidades
correspondentes.
Noções de capacidade e volume e as relações existentes.
GEOMETRIA
Observação de formas geométricas presentes em
elementos naturais e nos objetos criados pelo homem e de suas
características: arredondadas ou não, simétricas ou não, etc.
Estabelecimento de comparações entre objetos do espaço
físico e objetos geométricos – esféricos, cilíndricos, cônicos, cúbicos,
piramidais, prismáticos - sem uso obrigatório de nomenclatura.
Percepção de semelhanças e diferenças entre cubos e
quadrados, paralelepípedos e retângulos, pirâmides e triângulos, esferas e
círculos.
Construção e representação de formas geométricas.
A criança e o espaço.
Semelhanças e diferenças entre formas geométricas
encontradas nos objetos deste espaço.
Planificação dos sólidos através do contorno das faces.
Semelhanças e diferenças entre sólidos geométricos e
figuras planas.
Classificação das figuras planas: quadrado, retângulo,
triângulo e círculo.
Construção de sólidos geométricos através de modelos
planificados.
Identificação do número de faces de um sólido geométrico e
do número de lados de um polígono.
Noções de paralelismo e perpendicularismo.
Noções sobre ângulos.
Classificação e nomenclatura dos sólidos geométricos e
figuras planas.
Classificação de poliedros e corpos redondos, polígonos e
círculos.
Identificação e construção de ângulo reto.
Poliedros regulares e polígonos regulares.
Representação de figuras geométricas.
Exploração da função do número como código na
organização de informações (linhas de ônibus, telefones, placas de carros,
registros de identidade, bibliotecas, roupas, calçados).
Interpretação e elaboração de listas, tabelas simples, de
dupla entrada e gráficos de barra para comunicar a informação obtida.
Produção de textos escritos, a partir da interpretação de
gráficos e tabelas, construção de gráficos e tabelas com base em informações
contidas em textos jornalísticos, científicos ou outros.
Desenvolvimento de atitudes favoráveis para a
aprendizagem de Matemática.
Confiança em suas possibilidades para propor e resolver
problemas.
Curiosidade por questionar, explorar e interpretar os
diferentes usos dos números, reconhecendo sua utilidade na vida cotidiana.
Interesse e curiosidade p or conhecer diferentes estratégias
de cálculo.
Curiosidade em conhecer a evolução histórica dos
números, de seus registros, de sistemas de medida, dos procedimentos e
instrumentos de cálculo, utilizados por diferentes grupos culturais.
Sensibilidade pela observação das formas geométricas na
natureza, nas artes, nas edificações.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
A escola é a instituição incumbida de transmitir o conhecimento
científico. A posse desses conhecimentos oportuniza outras formas de ver e
compreender o mundo. E as relações que se estabelecem entre professor –
matemática – aluno, fundamentam uma Educação Matemática no contexto
escolar.
A construção de um conceito matemático deve ser iniciada
através de situações “reais” que possibilitem ao aluno tomar consciência de
que já tem algum conhecimento sobre o assunto; a partir desse saber é que a
escola promoverá a difusão do conhecimento matemático já organizado.
É fundamental, por exemplo, compreendermos que os
problemas não são um conteúdo e sim uma forma de trabalhar os conteúdos,
sendo utilizados como um desafio à reflexão dos alunos.
A definição dos conteúdos é considerada fator fundamental
para que o conhecimento matemático seja visto em sua totalidade. É
necessário o desenvolvimento conjunto e articulado das questões relativas aos
números e a geometria, e o papel que as medidas desempenham ao permitir
uma maior aproximação entre a Matemática e a realidade.
A classificação e seriação são operações fundamentais por
estarem presentes nas noções do número de medida e de geometria.
Quando a criança chega à escola, na maioria das vezes já
domina a contagem, mas isso não significa que domina o Sistema de
Numeração Decimal.
A origem do sistema decimal está relacionado com a
quantidade dos dedos das mãos, e foi criado pelos hindus e adotado e
difundidos pelos árabes. A apropriação deste conhecimento se processa pouco
a pouco.
O trabalho com as operações, deve ser feito através de
situações - problema presentes na realidade e experiências das crianças.
As medidas devem ser trabalhadas como elementos de ligação
entre os conteúdos de Numeração e os de Geometria. A idéia presente é que
medir é comparar; o que deve ser trabalhado em várias situações que
envolvam a criança.
O estuda da Geometria deve ser feito a partir de observações
de tudo aquilo que envolve a criança (caixas, bolas, garrafas, etc.), suas
características – forma, semelhança e diferença, etc.
AVALIAÇÃO
O professor deve explorar questões que envolvam conceitos e
algoritmos, de forma a permitir o questionamento e alargamento das idéias,
oportunizando a fixação e a automação de elementos já dominados.
É necessário observar o processo de construção do
conhecimento;
Os erros não devem ser apenas constatados, mas deve-se
explorar as possibilidades advindas desses erros;
A avaliação deve ocorrer ao longo do processo de
aprendizagem;
Não perder de vista que há um conhecimento cuja
apropriação pelo aluno é fundamental, portanto essenciais nas avaliações:
organização dos conceitos relativos ao Sistema de
Numeração Decimal;
aplicações das unidades de medida;
relações entre notações fracionárias e a decimal;
resolução de problemas onde aparecem quantidades
fracionárias;
resolução de situações – problema que envolvam
contagem, medidas, os significados das operações, utilizando estratégias
pessoais de resolução;
ler e escrever números naturais e racionais, ordenar
números naturais e racionais na forma decimal, pela interpretação do valor
posicional de cada uma das ordens;
realizar cálculos, mentalmente e por escrito, envolvendo
números naturais e racionais e comprovar os resultados;
medir utilizando unidades e instrumentos de medidas
usuais;
reconhecer formas geométricas;
fazer uso da porcentagem.
HISTÓRIA
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Uma proposta nova para o ensino de História não pode se
prender a uma concepção tradicional, onde a História é apresentada como uma
sucessão cronológica de fatos com memorização de nomes e datas. É
necessário romper com uma forma de ensino onde o aluno se encontre numa
posição passiva de aprendizagem, num círculo vicioso de reprodução de um
conhecimento fechado, enclausurado numa relação de causas e
conseqüências, onde a História é tão somente o conhecimento do passado. Em
nosso entendimento uma proposta nova de ensino se embasa numa
concepção renovada de História, que pressupõe entender a “forma da História”,
isto é, apreender de modo crítico, os princípios que possibilitam a construção
da História como ciência, que são:
Entender a História como um processo histórico do homem
(tomar a História como produto da ação a todos os homens, do conjunto da
humanidade );
A História é o produto da prática concreta do homem (este
princípio permite nortear o estudo das sociedades no tempo e no espaço pela
compreensão do que estas sociedades têm de original e de comum umas com
as outras, ao mesmo tempo e em tempos diferentes);
A História é um processo (conhecer a História como
processo significa estudá-la em seu movimento contínuo, dinâmico, total e
plural; e significa também concebê-la em constante transformação).
O saber histórico escolar compreende a delimitação de três
conceitos fundamentais: o fato histórico, de sujeito histórico e de tempo
histórico:
Os fatos históricos podem ser traduzidos como sendo
aqueles relacionados aos eventos políticos, às festas cívicas e às ações de
heróis nacionais, que podem ser entendidos como ações humanas
significativas, escolhidas por professores e alunos, para análises de
determinados momentos históricos;
Os sujeitos da História podem ser os personagens que
desempenham ações individuais ou consideradas como heróicas, de poder de
decisão política de autoridades, como reis, rainhas e rebeldes, que podem ser
entendidos como sendo os agentes de ação social, que se tornam significativos
para estudos históricos escolhidos com fins didáticos, sendo eles indivíduos,
grupos ou classes sociais;
O conceito de tempo histórico pode estar limitado ao
estudo do tempo cronológico (calendários e datas), mas também pode ser
apreendido a partir de vivências pessoais, pela intuição, como no caso do
tempo biológico (crescimento, envelhecimento) e do tempo psicológico interno
dos indivíduos (idéia de sucessão, de mudança). E precisa também ser
compreendido como um objeto de cultura, um objeto social construído pelos
povos.
OBJETIVOS
Reconhecer-se como portador de cultura e sua história
pessoal como experiências, momentos de crescimento. Sabendo-se como
cidadão portador de deveres e direitos, sujeito da história, participando de
eventos comunitários, facilitando seu acesso ao mundo do trabalho, saúde e
escola.
Assumir o papel de cidadão consciente de seus direitos e
deveres tendo clareza de que a escola tem uma importância social em sua
vida, sendo um direito de desenvolvimento básico pessoal.
Ser participante ativo que valoriza o espaço físico e
cultural que vive sendo promotor de melhorias.
Compreender o sentido dos atos humanos como fruto da
vivência social.
Respeitar as diferenças e traços próprios de cada grupo
social.
Se reconhecer como portador e produtor de idéias,
linguagem, conhecimento e sentimentos.
Ter respeito e consideração pelo modo de ser do outro.
Ter entendimento de trabalho como atividade criativa e de
uma dimensão essencial na vida humana e na organização da sociedade.
Gerar possibilidades de emprego, entendendo as
transformações rápidas do campo econômico.
Reconhecer-se como pessoa livre, portadora de direitos e
deveres, assegurados por lei, em igualdade de condições para todos.
Ter consciência de sua condição e das condições dos
demais cidadãos.
CONTEÚDOS
A Localidade:
Levantamento de diferenças e semelhanças individuais,
sociais, econômicas e culturais entre os alunos da classe e entre eles e as
demais pessoas que convivem e trabalham na escola;
Estudo das famílias dos alunos: origem geográfica, época
de deslocamento para a região, lembranças, costumes mantidos;
Levantamento de diferenças e semelhanças entre as
pessoas e os grupos sociais que convivem na coletividade, nos aspectos
sociais, econômicos e culturais: profissões, divisão de trabalhos e atividades
em geral entre idades e sexos, origem, religião, alimentação, vestimenta,
habitação.
Comunidade Indígena Identificação do grupo indígena da região e estudo do seu
modo de vida social, econômico, cultural, político, religioso e artístico; Cumprimento das Leis que são:
- Lei nº 13.381/01, que torna obrigatório, no Ensino Fundamental
e Médio da Rede Publica Estadual, o conteúdo de História do
Paraná, de forma interdisciplinar;
– O cumprimento da Lei nº. 10.639/03, a temática Histórica e
cultural Afro-Brasileira seguida das Diretrizes Curriculares
Nacionais para a educação das relações étnico-racionais..
- A Lei 11.645/2008 sobre os direitos indígenas onde no;
Art:231,da constituição Federal de 1988 são reconhecidos aos índios
sua organização social, costumes,línguas,crenças e tradições,direitos sobre as
terras que ocupam , competindo á União demarcá-la, proteger e fazer respeitar
todos os seus bens. cumprimento das Leis que são:
,
Contextualização dos processos de deslocamento de
populações para o território nacional;
Formas de deslocamentos de populações africanas para a
América;
Contextos de deslocamentos de outros grupos de
imigrantes;
Identificação de deslocamentos populacionais locais, no
passado e no presente, as migrações regionais e nacionais.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
A função do ensino de História desejável deve dar conta de
superar os desafios de: desenvolver o senso crítico, socializando a produção
da ciência histórica, passando da reprodução do conhecimento à compreensão
das formas de como este se produz, formando um homem político capaz de
compreender a estrutura do mundo da produção onde ele se insere e nela
interferir.
Se tivermos condições de nos referir ao nosso presente de
forma menos passiva e mais crítica, teremos condições de nos relacionar
criticamente com o conhecimento histórico produzido e como os conteúdos da
História.
A proposta de História está organizada em unidades anuais,
temas e subtemas e conteúdos que se embasam na concepção de História.
Essa organização deverá possibilitar a aquisição, pelo aluno,
de noções necessárias ao estudo da História das Sociedades, bem como a
compreensão do processo histórico: a reflexão sobre a História, noções de
individual e coletivo, público e privado, urbano e rural.
A proposta poderá ser trabalhada através da “problematização
dos conteúdos”, utilizando para isso, a produção historiográfica e as várias
“linguagens” da História, como: cinema, quadrinhos, caricaturas, imprensa.
AVALIAÇÃO
Temos que ir além da avaliação da memorização de fatos da
História comemorativa para a avaliação de como o aluno está elaborando a sua
compreensão do processo histórico. É fundamental que o aluno compreenda
que:
existem diferentes formas e relações de trabalho que dão
origem a diferentes grupos e sociedades;
que os grupos e sociedades têm diferentes formas de
expressar seu imaginário, cotidiano e de se organizar, e que existe unidade e
diversidade entre as sociedades.
Este processo se fará de forma gradativa, sendo que nas
etapas iniciais (1º ano) o objeto de análise será o aluno, os seus grupos de
convívio, os diferentes grupos que existem na realidade em que ele vive e a
sociedade urbana e rural no Brasil contemporâneo; e nas etapas finais ( 3ª. e
4ª séries. ), o objeto de análise serão os elementos formadores da sociedade
brasileira contemporânea.
O conteúdo será avaliado no sentido de priorizar que o
aluno esteja compreendendo a unidade e diversidade do social, nos aspectos
das transformações e relações, compreendidas nas dimensões espaciais e
temporais: aqui / hoje; hoje /em outro lugar; aqui / ontem.
Ao avaliarmos devemos levar em consideração as experiências
culturais do aluno, explicitá-las, sistematizá-las, procurando levar o aluno a
construção da temporalidade e a compreensão de que a própria temporalidade
é uma construção histórica.
Para avaliarmos devemos destacar os critérios:
Reconhecer algumas semelhanças e diferenças que a sua
localidade estabelece com outras coletividades de outros tempos e outros
espaços, nos seus aspectos sociais, econômicos, políticos, administrativos e
culturais;
Reconhecer alguns laços de identidade e/ ou diferenças
entre os indivíduos, os grupos e as classes, numa dimensão de tempo de longa
duração;
Reconhecer algumas semelhanças, diferenças, mudanças e
permanências no modo de vida de algumas populações, de outras épocas e
lugares.
GEOGRAFIA
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O estudo da Geografia possibilita, aos alunos, a compreensão
de sua posição no conjunto das relações da sociedade com a natureza; como e
por que suas ações, individuais ou coletivas, em relação aos valores humanos
ou à natureza, têm conseqüências – tanto para si como para a sociedade.
Permite também que adquiram conhecimentos para compreender as diferentes
relações que são estabelecidas na construção do espaço geográfico no qual se
encontram inseridos, tanto em nível local como mundial, e perceber a
importância de uma atitude de solidariedade e de comprometimento com o
destino das futuras gerações. Além disso, seus objetos de estudo e métodos
possibilitam que compreendam os avanços na tecnologia, nas ciências e nas
artes.
O estudo da Geografia deve prestar-se a desenvolver no aluno
a capacidade de observar, interpretar, analisar e pensar criticamente a
realidade, para melhor compreendê-la e identificar as possibilidades de
transformação no sentido de superar suas contradições.
Optamos pelo ensino de uma Geografia crítica, que desvele a
realidade, uma Geografia que conceba o espaço geográfico como sendo um
espaço social, produzido e reproduzido pela sociedade humana, com vistas a
nele se realizar e se reproduzir. Devemos então selecionar os conteúdos
necessários à apreensão do espaço geográfico como uma totalidade, que
envolve espaço e sociedade, natureza e homem.
O homem ao intervir na natureza para satisfazer suas
necessidades, não o faz individualmente, mas coletivamente, daí seu caráter
social. E o trabalho social é o elo que une os estudos da Geografia Física com
os da Geografia Humana. Através do trabalho social, os homens definem o
que, como e quando produzir.
À medida que se tornar clara a concepção que buscamos de
Geografia, seu papel na formação do aluno e no entendimento da realidade em
que vivemos e a visão que passamos a Ter de homem e natureza, uma série
de temas se abrem. E se tivermos o cuidado de partir daquilo que os liga e lhes
confere significado, cresce a certeza de que estaremos resgatando a totalidade
no ensino da Geografia e contribuindo para a transformação da sociedade em
que vivemos.
Desde as primeiras etapas da escolaridade, o ensino da
Geografia pode e deve ter como objetivo mostrar ao aluno que cidadania é
também o sentimento de pertencer a uma realidade na qual as relações entre a
sociedade e a natureza formam um todo integrado – constantemente em
transformação – do qual ele faz parte e, portanto, precisa conhecer e sentir-se
como membro participante, afetivamente ligado, responsável e comprometido
historicamente.
OBJETIVOS
Aprender a usar os serviços públicos e dos profissionais de
saúde, com responsabilidade.
Reconhecer semelhanças e diferenças entre os modos de
vida das cidades e do campo, relativas ao trabalho, às construções e moradias,
aos hábitos cotidianos, às expressões de lazer e cultura;
Reconhecer a influência dos meios de comunicação na
formação de cultura.
Participação de uma transformação mais conservacionista,
mais consciente na atuação sobre o meio ambiente e a necessidade de
manutenção do equilíbrio deste.
Capacidade de análise das questões ecológicas,
conciliando o crescimento econômico com a preservação dos recursos
naturais.
Capacidade de reproduzir mapas.
Ter respeito e zelo pelo planeta
CONTEÚDOS
Identificação da situação ambiental da sua localidade:
proteção e preservação do ambiente e sua relação com a qualidade de vida e
saúde;
Produção de mapas ou roteiros simples considerando
características da linguagem cartográfica como as relações de distância e
direção e o sistema de cores e legendas;
Caracterização e comparação entre as paisagens urbanas e
rurais de diferentes regiões do município, do Paraná e do Brasil, considerando
os aspectos da espacialização e especialização do trabalho, a
interdependência entre as cidades e o campo, os elementos biofísicos da
natureza, os limites e as possibilidades dos recursos naturais;
Reconhecimento do papel da informação e da comunicação
nas dinâmicas existentes entre as cidades e o campo;
Compreensão das funções que o transporte assume nas
relações entre as cidades e o campo, observando seu papel na
interdependência que existe entre ambos;
Levantamento, seleção e organização de informações a
partir de fontes variadas, como fotografias, mapas, notícias de jornal, filmes,
entrevistas, obras literárias, músicas, etc.;
Valorização do uso refletido da técnica e da tecnologia em
prol da reabilitação e conservação do meio ambiente e da manutenção da
qualidade de vida;
Os elementos formadores da sociedade paranaense.
O espaço do município nas suas relações com outros
espaços.
As relações entre os meios urbano e rural.
A localização e a representação do espaço no município
(limites, interdependência).
A inclusão do espaço.
A agricultura e a organização do espaço.
A criação de animais.
A mineração.
O espaço paranaense na sua integração com outros
espaços:
Limites / Aspectos e integração
O meio ambiente paranaense.
A produção do espaço paranaense:
A modernização do Paraná.
As transformações na sociedade paranaense.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Para se ter a compreensão de espaço enquanto um processo
histórico desigual e contraditório faz-se necessário entender a realidade
contemporânea. Realidade essa, entendida como um complexo de relações
que se dão em determinado lugar e em determinado momento, e que é
possível de ser captada através da observação orientada pelo professor, para
que o aluno chegue a um entendimento do lugar onde vive de uma maneira
mais articulada ( globalizante ). Deve-se dar, num processo e vice-versa, numa
dinâmica em que ambos se expliquem.
Devemos desenvolver na criança a idéia de meio ambiente,
isto é, todos os elementos que constituem o lugar, o espaço onde o ser
humano vive. Assim, apresenta-se inicialmente para a criança os elementos
naturais e os elementos culturais (produzidos pelo trabalho humano)
formadores do meio ambiente. Sendo que os elementos do meio ambiente (ar,
solo, água, animais, vegetais, luz e calor do sol) devem ser desenvolvidos
dando-se ênfase à sua importância, como fonte de vida para os grupos
humanos.
Os espaços urbanos e o espaço rural são trabalhados
ressaltando os elementos que os caracterizam e as atividades que as pessoas
nele realizam, e também a influência que um tem sobre o outro: o rural fornece
alimentos e matérias primas para o urbano.
Os elementos família e escola são desenvolvidos abrangendo-
se as relações sociais que ele contém seus elementos formadores (tanto os
naturais como os culturais), suas características, etc.
É trabalhada a superfície terrestre como morada dos seres
vivos. O ser humano não depende de um clima ou de um relevo próprio para
viver, ele pode habitar quase toda a superfície terrestre, o que já não ocorre
com as outras espécies animais, nem com os vegetais.
Com única espécie animal capaz de criar idéias, o ser humano
transforma o meio em que vive, satisfaz suas necessidades e cria novas
necessidades que o levam a realizar novas modificações.
A seleção dos conteúdos serem desenvolvidos visam
possibilitar aos educandos, a identificação dos elementos ( culturais e
naturais ) que constituem o meio ambiente do homem ( a superfície terrestre ) e
que serve de base para a sua existência. São trabalhados também os papéis
que os grupos humanos desempenham na transformação do espaço, e que se
diferenciam de grupo para grupo, de espaço para espaço.
No estudo das atividades econômicas (indústria, atividades
agrárias, comércio, etc.), é importante que se atenda para o fato de que muitos
produtos que nós consumimos originam-se através de uma atividade e são
concluídos por outras.
Os estudos da integração do espaço paranaense com outros
espaços se iniciam com a localização geográfica do seu território. São
apresentados os estados e países que fazem limites com o Paraná.
O estudo do meio ambiente paranaense se fará através das
regiões de paisagem naturais do Paraná. Seu estudo se dará de forma a
possibilitar que o aluno apreenda o todo.
O estudo da produção do espaço paranaense se processa em
função da modernização do Paraná, ocorrida sobre tudo nos anos de 1970,
tendo na atividade industrial o carro–chefe.
A urbanização do Paraná se intensificou, acarretando muitas
transformações nos centros urbanos paranaense: favelização, desemprego,
especulação imobiliária, menor abandonado, o trabalho da mulher e do menor
entre outros.
É importante ressaltar que, os benefícios do desenvolvimento
econômico paranaense são desigualmente distribuídos pelos diferentes
estratos sociais, especialmente entre aqueles de menores rendimentos. Assim
o estudo da distribuição da riqueza pela população do Estado deve ser visto no
tocante à qualidade de vida. Entretanto, é importante ressaltar a importância de
se trabalhar em cima de situações concretas.
AVALIAÇÃO
Serão objetos de avaliação em Geografia dois grandes eixos:
as transformações que se processam no espaço através do
trabalho, uma vez que os homens vivendo em sociedade
criam e satisfazem necessidades por meio das relações que
estabelecem entre si e com a natureza;
a maneira como os homens organizam e produzem o
espaço, considerando-se os diferentes ritmos e direções
com que os objetos mudam no tempo.
Ao longo das séries, o professor avaliará esses eixos de forma
a diagnosticar se o aluno reelaborou seu saber, e se desenvolveu ou adquiriu
novos conhecimentos. Para isso, organizará os instrumentos de avaliação de
modo:
que se contemple a descrição, representação, localização e
análise dos espaços e de seus elementos ( como são os espaços? onde se
situam? por que são assim? sempre foram assim? o que mudou? o que
permaneceu? serão sempre assim? que elementos possuem?);
que se constate o trabalho humano no processo de
produção/ organização do espaço ( como, por que, por quem e para quem o
espaço são modificados? Como era, é e poderá ser a organização dos
espaços?);
que se verifique se as noções de orientação e
representação espaciais estão sendo desenvolvidas (o aluno situa-se e situa os
objetivos no espaço? relativiza a posição dos objetos no espaço? representa o
espaço de diferentes pontos de vista? estabelece relações entre a
representação e o objeto representado? faz inclusão de espaços? );
se possibilite a comparação de diferentes espaços e de
diferentes grupos humanos ( todos os grupos humanos vivem do mesmo
modo? O que existe de comum e diferente entre os espaços? todos os grupos
humanos ocupam o mesmo tipo de espaço? Os grupos humanos ocupam e
organizam o espaço da mesma maneira? Como os grupos humanos se
apropriam dos recursos naturais? );
Reconhecer e comparar os elementos sociais e naturais que
compõem paisagens urbanas e rurais brasileiras, explicando alguns dos
processos de interação existentes entre elas;
Reconhecer semelhanças e diferenças entre os modos de
vida das cidades e do campo onde vivem;
Reconhecer o papel das tecnologias, da informação, da
comunicação e dos transportes na configuração de paisagens urbanas e rurais
e na estruturação da vida em comunidade e na sociedade;
Estabelecer algumas relações entre as ações da sociedade
e suas conseqüências para o ambiente.
CIÊNCIAS
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O homem e os demais animais, para a sua sobrevivência
precisam relacionar-se de maneira adequada com a natureza, preservando-a e
protegendo-a.
Os conteúdos de Ciência de vem ser trabalhados de maneira
com que o ser humano saiba atuar sobre o meio ambiente garantindo sua
sobrevivência. Esse processo deve as leis de desenvolvimento histórico e
social. Para isso se faz necessário compreender o processo de construção do
conhecimento científico e entender a essencialidade ou o conteúdo da
comunidade indígena que se expressa sobre formas diferentes em diferentes
modos de produção. O homem deve ser capaz de produzir e apropriar as leis
que regem os fenômenos da natureza, essas leis podem ser equacionadas,
medidas, experimentadas e demonstradas.
Trabalhando dessa maneira, evitaremos que o aluno construa
conceitos de que o conhecimento produzido pela ciência da natureza é
construído fora de sua realidade.
A meta que se propõe para o ensino de Ciências é mostrá-la
como um conhecimento que colabora para a compreensão do mundo e suas
transformações, para reconhecer o homem como parte do universo e como
indivíduo. A apropriação de seus conceitos e procedimentos pode contribuir
para o questionamento do que se vê e ouve, para a ampliação das explicações
acerca dos fenômenos da natureza, para a compreensão e valoração dos
modos de intervir na natureza e de utilizar seus recursos, para a compreensão
dos recursos tecnológicos que realizam essas mediações, para a reflexão
sobre questões éticas implícitas nas relações entre Ciências, Sociedade e
Tecnologia.
OBJETIVOS
Se apropriar do conhecimento científico e desenvolver uma
autonomia no pensar e no agir, envolvendo-se na construção de uma
compreensão dos fenômenos naturais e suas transformações, na formação de
atitudes e valores humanos;
Promover melhoria de qualidade para sua vida consciente
de seu corpo, compreendendo o processo que ocorre em seu corpo,
conseguindo prevenir as doenças;
Capacidade de analisar criticamente os cuidados com a
saúde e hábitos de higiene;
Ter atitudes de responsabilidade em relação à saúde e ao
ambiente em que vive;
Compreender por meio de observação, experimentação,
comparação, o estabelecimento de relações entre fatos ou fenômenos e idéias,
o que é proposto pelo ensino de Ciências.
CONTEÚDOS
Ambientes Naturais e Construídos: apresentam Seres
Vivos, Água, Luz, Calor, Solo.
Ecossistema – condições básicas de vida.
Funções de conservação do organismo.
• Alimentação:
Alimentos: origem – fotossíntese – cadeia alimentar –
transformação de energia, produção de alimento, célula, conceito – tipos,
funções.
Conservação dos alimentos.
Alimentos naturais x industrializados – consumo.
• Nutrição:
Necessidades nutricionais.
Hábitos alimentares (tabus).
Seres Vivos: realizam as funções de alimentação,
sustentação, locomoção e reprodução.
Troca de calor e mudanças de estados físicos da água.
Em diferentes misturas na natureza ha água, solvente
natural.
Diferentes tipos de solos, características comuns: presença
de água, ar, areia, argila e matéria orgânica.
Relação entre os solos, a água e os seres vivos nos
fenômenos de permeabilidade, fertilidade e erosão.
Relação de dependência entre os seres vivos em diferentes
ambientes (cadeia alimentar).
Relação de dependência entre a luz e os vegetais
(fotossíntese).
Diversidade de hábitos e comportamentos dos seres vivos.
Ser Humano e Saúde
Comparação do corpo e de alguns comportamentos de
homens e mulheres nas diferentes fases da vida, para compreender algumas
transformações, valorizar e respeitar as diferenças individuais.
Conhecimento de condições para o desenvolvimento e
preservação da saúde: atitudes e comportamentos favoráveis à saúde em
relação a alimentação, higiene ambiental e asseio corporal, modos de
transmissão e prevenção de doenças contagiosas.
Estabelecimento de relações entre os diferentes aparelhos
e sistemas que realizam as funções de nutrição para compreender o corpo
como um todo integrado: transformações sofridas pelo alimento na digestão e
na respiração, transporte de materiais pela circulação e eliminação de resíduos
pela urina.
• Sustentação e locomoção:
- Estrutura e funcionamento do sistema ósseo – conceitos
básicos
Proteção: imunização
- Estrutura e funcionamento do sistema – conceitos
básicos.
Coordenação – integração e percepção:
- Estrutura e funcionamento do sistema nervoso e
endócrino – conceitos básicos.
- Estrutura e funcionamento dos órgãos dos sentidos –
conceitos básicos.
Função de perpetuação da espécie
- Reprodução e desenvolvimento dos diferentes seres
vivos
Estabelecimento de relações entre aspectos biológicos,
afetivos, culturais, socioeconômicos e educacionais na preservação da saúde
para compreendê-la como bem estar psíquico físico e social.
Reconhecimento dos alimentos como fonte de energia e
materiais para o crescimento e a manutenção do corpo saudável valorizando a
máxima utilização dos recursos disponíveis na reorientação dos hábitos de
alimentação.
Estabelecimento de relações entre a falta de higiene
pessoal e ambiental e a aquisição de doenças: contágio por vermes e
microorganismos.
Estabelecimento de relações entre a saúde do corpo e a
existência de defesas naturais e estimuláveis ( vacinas, soros, remédios).
Comparação dos principais órgãos e funções do aparelho
reprodutor masculino e feminino.
Estabelecimento de relações entre aspectos biológicos,
afetivos e culturais na compreensão da sexualidade e suas manifestações nas
diferentes fases da vida.
Recursos Tecnológicos
• Transformação de recursos naturais – alimentos, materiais
e energia, essenciais a vida.
• Origem e propriedades de determinados materiais e
formas de energia.
• Condições do solo, da água, do ar e a diversidade dos
seres vivos em diferentes ambientes.
• Técnicas de utilização do solo nos ambientes urbano e
rural.
• Saneamento básico: técnica que contribui para a qualidade
de vida e a preservação do meio ambiente.
• Formas de captação, armazenamento e tratamento de
água, destinação da água, formas de tratamento do lixo, relacionando-as aos
problemas de saúde.
• Principais formas de poluição e outras agressões ao meio
ambiente – principais causas e os problemas de saúde.
• Materiais recicláveis e processos de reciclagem do lixo.
• Espaços do planeta possíveis de serem ocupados pelo ser
humano.
• Comparação e classificação de equipamentos, utensílios,
ferramentas – estabelecer relações entre as características dos objetos (forma
material).
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Os eixos norteadores propostos devem oportunizar a
apropriação do conteúdo numa perspectiva da totalidade, ou seja, desenvolver
o trabalho com os conceitos fundamentais e suas inter-relações.
Os eixos propostos são os seguintes:
1. Ambiente.
2. Ser Humano e Saúde.
3. Recursos Tecnológicos.
Os conteúdos devem possibilitar os descobrimentos das
relações dentro de um mesmo eixo e com os demais eixos, permitindo
formar-se um encadeamento do conteúdo, na perspectiva mais abrangente da
realidade.
Perspectiva esta entendida aqui não apenas como um conjunto
de relações de causa e efeito, relativas ao entendimento dos fenômenos, das
leis, e dos princípios, mas estabelecer uma abertura para outras relações
postas pelas necessidades contemporâneas.
Isso se fará através de investigação, comunicação, debate de
fatos e idéias, observação, experimentação, comparação, leitura e escrita de
textos informativos, organização de informações por meio de desenhos,
tabelas, gráficos, esquemas e textos.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser diagnóstica do processo de trabalho. A
avaliação atual deve despertar a valorização da construção do conhecimento
científico tendo por base os conteúdos acima citados.
Portanto, a avaliação se caracteriza como um processo que
objetiva explicitar o grau de compreensão da realidade, emergentes da
construção do conceito. Isto se dará através de confronto de textos, trabalhos
em grupos, produção de textos, a partir de determinados conceitos, elaboração
de quadros – mural, experimentações, etc.
A avaliação deverá verificar a aprendizagem, a partir daquilo
que é básico e essencial, isto é, deve estabelecer as relações e mediações
entre Homem – Homem e Homem – Natureza.
Faz-se necessário portanto, que a avaliação seja desenvolvida
de maneira contínua, considerando que o erro precisa ser tratado não como
incapacidade de aprender, mas como elemento que sinaliza ao professor a
compreensão efetiva do aluno, servindo então, para reorientar a prática
pedagógica e fazer com que avance na construção de seu conhecimento. O
erro é um elemento que permite ao aluno entrar em contato com seu próprio
processo de aprendizagem, perceber que há diferenças entre o senso comum
e os conceitos científicos e é necessário saber aplicar diferentes domínios de
idéias em diferentes situações.
Assim, é necessário o estabelecimento de critérios de
avaliação que indiquem as aprendizagens imprescindíveis, básicas para cada
ciclo, dentro do conjunto de metas que os norteia:
• Identificar componentes comuns e diferentes em
ambientes diversos a partir de observações diretas e indiretas;
• Relacionar as mudanças de estado da água às trocas de
calor entre ela e o meio;
• Relacionar solo, água e seres vivos nos fenômenos de
escoamento e erosão;
• Identificar e localizar órgãos do corpo e suas funções,
estabelecendo relações entre sistema circulatório, aparelho digestivo, aparelho
respiratório e aparelho excretor;
• Identificar as relações entre condições de alimentação e
higiene pessoal e ambiental e a preservação da saúde humana;
• Identificar e descrever as condições de saneamento
básico – com relação à água e ao lixo – de sua região, relacionando-as à
preservação da saúde;
• Observar, descrever e comparar animais e vegetais em
diferentes ambientes, relacionando suas características ao ambiente em que
vivem;
• Registrar seqüências de eventos observadas em
experimentos, identificando etapas, transformações e estabelecer relações
entre os eventos.
EDUCAÇÃO ARTEEvidenciaremos alguns fundamentos históricos que tem
diversificado o Ensino da Arte e como os valores estéticos se refletiram na
atividade escolar.
Ensino Tradicional de Arte no Brasil – este ensino está
aprovado na cópia e na repetição de um modelo. Este ensino está ligado com
os critérios neoclássicos, fundamentados no culto à Beleza Clássica.
Hoje se espera que seja estimulada a criação original e
expressiva, não uma cópia, mas uma obra pessoal. A estética moderna
privilegia a inspiração e a sensibilidade, acentuando a subjetividade e a
individualidade.
Observamos a grande diferença que aparece entre a corrupção
presente da arte e a anterior. O ensino da arte desenvolve sob a base da
estética clássica, subordina à imaginação a observação na busca do domínio
das leis que regem a forma. E no ensino regido sob a base da estética
moderna, subordina o conhecimento técnico e a artesania à criativadade e à
expressão, fundamentando-se que a arte não se ensina, se expressa. Este
ensino sofre influência dos movimentos modernistas da década de vinte (20).
Desta forma, o ensino da arte deixa de ser tomado a partir do
conhecimento técnico e centra-se na expressão individual do aluno.
Para se compreender a expressão enquanto dimensão
essencial da arte é preciso compreender primeiramente que ela é, ao mesmo
tempo, acontecimento emocional e cultural.
A partir da Lei de Diretrizes e Bases 5.692/71, tornou
obrigatório o ensino da arte na escola, o trabalho artístico, na concepção
tecnicista ,centra-se nas técnicas e habilidades e cabe então ao professor
trabalhar com o aluno o domínio dos materiais que serão utilizados na
expressão de sua individualidade. A Educação Artística tem fundamental
importância no papel da escola ao trabalhar com os conhecimentos
necessários ao aluno, par que este reconheça e interprete na obra de arte, a
realidade humano-social.
Em síntese, o objetivo artístico concretiza o olhar, a expressão
do homem e enquanto forma específica do conhecimento da realidade é fruto
de seu fazer imitativo ou criador.
Criar é ampliar, enriquecer, transformar o mundo e o homem.
Nesse sentido o trabalho artístico resulta da ação conjunta do fazer, do olhar e
do pensar.
Consideramos também que o trabalho de Educação Artística
deve ter como base a produção social já realizada, dando ao aluno às
condições de traduzir a leitura da realidade, o conhecimento, a compreensão
do mundo humano que se quer refletir e expressar.
OBJETIVOS
Música Aprender a sentir, expressar e pensar a realidade sonora
ao redor do ser humano.
Criação musical a partir de paisagens sonoras de
diferentes épocas e espaços.
Escutar atentando de forma crítica e questionadora os
sons do meio ambiente, idealizando mudanças desejáveis na busca da saúde
como qualidade de vida.
Estabelecer relações com grupos musicais da localidade e
da região, procurando participar em eventos musicais da cultura popular.
Dança
Reforçar laços de amizade através da dança.
Reforçar a auto-estima.
Compreender as relações entre corpos, dança e
sociedade, principalmente no que diz respeito ao diálogo entre tradição e
sociedade contemporânea.
Artes Visuais
Perceber e criar formas visuais relacionando com o espaço ( bi
e tridimensional).
Relacionar elementos como: ponto, linha, plano, cor, luz,
volume, textura, movimento e ritmo, dando origem a códigos, representações e
sistemas de significações.
Criar poéticas visuais gerando códigos correlacionados com
seu tempo.
Identificar as diversas maneiras que as formas se
apresentam ao longo da história da arte, correlacionando com o imaginário do
tempo histórico nas diferentes culturas.
Teatro
Improvisar com os elementos da linguagem teatral.
Compreender o teatro em suas dimensões artísticas,
estéticas, histórica, social e antropológica.
Criação de peças teatrais a partir de temas culturais,
políticos e sociais de interesses dos alunos.
Montagem de cenário.
Apresentação da peça.
Estabelecer relação de respeito, compromisso e
reciprocidade com o próprio trabalho de colegas na atividade teatral na escola.
CONTEÚDOS
Artes Visuais
• Reconhecimento e utilização dos elementos da linguagem
visual representando, expressando e comunicando por imagens: desenho,
pintura, gravura, modelagem, escultura, colagem, construção, fotografia,
cinema, vídeo, televisão, informática, eletrografia.
• Experimentação, utilização e pesquisa de materiais e
técnicas artísticas (pincéis, lápis, giz de cera, papéis, tintas, argila, goivas) e
outros meios (máquinas fotográficas, vídeos, aparelhos de computação e de
reprografia).
• Contato sensível, reconhecimento e análise de formas
visuais presentes na natureza e nas diversas culturas.
Dança
• Improvisação na dança, inventando, registrando e
repetindo seqüências de movimentos criados.
• Seleção dos gestos e movimentos observados em dança,
imitando, recriando, mantendo suas características individuais.
• Seleção e organização de movimentos para a criação de
pequenos coreografias.
Música
• Interpretação de músicas.
• Arranjos, improvisações e composições dos próprios
alunos.
• Utilização e criação de letras de canções, parlendas, raps,
etc.
• Identificação de instrumentos e materiais sonoros
associados e idéias musicais de arranjos e composições.
A. Leitura das qualidades plásticas dos objetos e da realidade.
1. Análise do modo de relação dos homens com os objetos
e a realidade.
2. Análise dos Modos de Compor.
B. Saber Estético1. Elementos Visuais:
2. Qualidades Plásticas
3. Composição
C. A Relação dos Homens com a Realidade na Ação Dramática.
1. Organização da Ação Dramática a partir da:
História
Personagem
Espaço cênico
2. Análise da Ação Dramática:
Apreciação estética
D. Leitura das qualidades sonoras da realidade.1. Análise dos elementos que compõem os sons a partir da
sua função social e estética:
altura:
Localização dos sons:
Organização dos sons:
Timbre:
Intensidade:
Densidade.
2. Compreensão dos elementos que compõem os sons a
partir de objetos sonoros:
sucatas,
brinquedos,
instrumentos sonoros.
E. Saber Estético
1. Elementos sonoros
2. Qualidades sonoras
3. Movimentos corporais em relação a:
Espaço
Dinâmica (intensidade do movimento)
Tempo (movimentos com velocidade variada)
4. Dança.
5. Canto.
6. Instrumentos musicais.
Padrões sonoros:
erudito,
popular,
folclórico.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
O ensino de artes implica tanto na formação dos sentidos
humanos, quanto na compreensão mas efetiva da realidade humano-social. É
um instrumento para apreensão do saber estético. Neste sentido, educar
esteticamente é ensinar a ver, a ouvir criticamente, interpretar a realidade, a fim
de ampliar as possibilidades de fruição e expressão artística.
Três aspectos são básicos como base pedagógica para a
educação estética:
1) Humanização dos Objetos e dos Sentidos:
A invenção, a imaginação e os sentidos humanos aliados ao
domínio dos elementos formais, possibilitam ao aluno, na atividade artística,
expressar a realidade humano-social.
A criatividade, a imaginação, a emoção e os sentidos humanos
são frutos do desenvolvimento histórico-social do homem e são resultado de
toda a história. Assim, somente o ouvido musical e o olho capaz de captar a
beleza podem extrair de um objeto toda a sua riqueza humana, ou seja, apenas
para os sentidos humanos o objeto tem uma significação humana e se converte
em objeto social-humano.
Incluir também no ensino da arte o conhecimento artístico que
aliado a leitura da realidade permitem a superação da sua aparência imediata
para compreender seu significado humano.
2) Familiarização Cultural e Saber Estético.
É fundamental deixar claro que a distinção entre as obras de
artes e os demais objetos e a especificação da atitude estética para se
apropriar do artístico, são o resultado de convenções e modos de organização
de linguagem artística, conteúdos historicamente e consagrados como
estéticos. Sendo então estético um modo de relação dos homens com os
objetos, não podemos tomar qualquer critério estético como único ou absoluto,
porém situá-lo historicamente.
EDUCAÇÃO FÍSICA
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A proposta da Educação Física procura democratizar,
humanizar e diversificar a prática pedagógica da área, buscando ampliar, de
uma visão apenas biológica, para um trabalho que incorpore as dimensões
afetivas, psicológicas, cognitivas e socioculturais, concebendo o aluno como
ser humano integral.
O trabalho de Educação Física nas séries iniciais do ensino
fundamental é importante, pois possibilita aos alunos terem, desde cedo, a
oportunidade de desenvolver habilidades corporais e de participar de atividades
culturais, como jogos, esportes, lutas, ginásticas e danças, com finalidades de
lazer, expressão de sentimentos, afetos e emoções.
A Educação Física escolar deve dar oportunidades a todos os
alunos para que desenvolvam suas potencialidades, de forma democrática e
não seletiva, visando seu aprimoramento como seres humanos. Nesse sentido,
cabe assinalar que os alunos portadores de deficiências físicas não podem ser
privados das aulas.
CONTEÚDOS
• Conhecimentos sobre o corpo:
Percepção do próprio corpo: Percepção do próprio corpo
e busca de posturas e movimentos não prejudiciais, nas situações do cotidiano;
Resolução de problemas corporais individualmente e em grupos; - Avaliação do
próprio desempenho e estabelecimento de metas com o auxílio do professor;
Habilidades motoras (observadas dentro dos esportes,
jogos, lutas e danças): Acompanhamento de uma dada estrutura rítmica com
diferentes partes do corpo; Utilização de habilidades (correr, saltar, arremessar,
rolar, bater, rebater, receber, amortecer, chutar, girar, etc.) durante os jogos,
lutas, brincadeiras e danças;
Hábitos posturais e atitudes corporais: Diferenciação das
situações de esforço e repouso; Reconhecimento de algumas das alterações
provocadas pelo esforço físico, tais como excesso de excitação, cansaço,
elevação de batimentos cardíacos, mediante a percepção do próprio corpo,
efetuando um controle dessas sensações de forma autônoma e com o auxílio
do professor;
• Esportes, Jogos, Lutas e Ginásticas:
Participação em jogos, exercidos com um caráter
competitivo, cooperativo ou recreativo, discutindo e respeitando as regras e
não discriminando os colegas, suportando pequenas frustrações, evitando
atitudes violentas.Nesses jogos incluem-se: brincadeiras regionais, jogos de
salão, de mesa, de tabuleiro, de rua e as brincadeiras infantis:
Jogos pré-desportivos: queimada, pique-bandeira, guerra
das bolas, futebol (gol-a-gol, controle, chute-em-gol-rebatida-drible, bobinho,
dois toques)
Explicação e demonstração de Brincadeiras aprendidas
em contextos extra-escolares; Participação e apreciação de brincadeiras
ensinadas pelos colegas e criação de brincadeiras cantadas: amarelinha, pular
corda, elástico, bambolê, bolinha de gude, pião, pipas, lenço-atrás, corre-cutia,
esconde-esconde, pega-pega, coelho-sai-da-toca, duro-ou-mole, agacha-
agacha, mãe-da-rua, carrinhos de rolemã.
Atletismo: corridas de velocidade, de resistência, com
obstáculos, de revezamento; saltos em distância, em altura.
As lutas são disputas em que os oponentes devem ser
subjugados, mediante técnicas e estratégias de desequilíbrio, contusão,
imobilização ou exclusão de determinado espaço: cabo-de-guerra, braço-de-
ferro, capoeira;
As ginásticas podem ser feitas como preparação para
outras modalidades, como relaxamento, para manutenção ou recuperação da
saúde ou ainda de forma recreativa, competitiva e de convívio social.
com bastões e raquetes: beisebol, tênis de mesa, pingue-
pongue Ginásticas: de manutenção de saúde ( aeróbica e musculação); de
preparação e aperfeiçoamento para a dança; de preparação e aperfeiçoamento
para os esportes, jogos e lutas;
Esportes coletivos: futebol de campo, futsal, basquete,
vôlei, handebol.
• Atividades Rítmicas e Expressivas:
- Participação em atividades rítmicas e expressivas;
Apreciação e valorização de Danças e Brincadeiras
cantadas pertencentes à localidade: Samba,valsa, quadrilha,pagode,
brincadeiras de roda, cirandas;
Participação em danças simples ou adaptadas,
pertencentes a manifestações populares, folclóricas ou de outro tipo que
estejam presentes no cotidiano;
Participação na execução e criação de coreografias
simples;
Valorização das danças como expressões da cultura, sem
discriminações por razões culturais, sociais ou de gênero;
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
A proposta de Educação Física, aborda a complexidade das
relações entre corpo e mente num contexto sociocultural, tendo como princípio
a igualdade de oportunidades para todos os alunos e o objetivo de desenvolver
as potencialidades, num processo democrático e não seletivo.
Ao distribuir, ao longo do planejamento, atividades com ênfase
nas capacidades de equilíbrio, força, velocidade, coordenação, agilidade e
ritmo de forma eqüitativa, ou que exijam que diferentes habilidades sejam
colocadas em prática, o professor viabiliza que as características individuais
sejam valorizadas. Particularmente no que diz respeito às diferenças entre as
competências de meninos e meninas deve-se ter um cuidado especial. Muitas
dessas diferenças são determinadas social e culturalmente e decorrem, para
além das vivências anteriores de cada aluno, de preconceitos e
comportamentos esteriotipados
Nas atividades competitivas e competências individuais se
evidenciam e cabe ao professor organizá-las de modo a democratizar as
oportunidades de aprendizagem. Cabe ainda ao professor localizar quais as
competências corporais em que alguns alunos apresentam dificuldades e
promover atividades em que possam avançar.
Com relação às regras, dentro da Educação Física, existe a
possibilidade de se abordarem diferentes jogos e atividades e se discutirem
junto com os alunos, tentando encontrar as razões que as originaram,
propondo modificações, testando-as, repensando sobre elas, etc.
Com relação ao espaço, mesmo que não se tenha uma quadra
convencional, é possível adaptar espaços para as aulas de Educação Física. O
professor pode utilizar um pátio, um jardim, um campinho, dentro ou próximo à
escola, para realizar as atividades.
AVALIAÇÃO
• Enfrentar desafios corporais em diferentes contextos
como circuitos, jogos e brincadeiras: Avaliar se o aluno demonstra segurança
para experimentar, tentar e arriscar em situações propostas em aula ou em
situações cotidianas de aprendizagem corporal, se aceita as limitações
impostas pelas situações de jogo, sendo capaz de tolerar pequenas
frustrações;
• Participar das atividades respeitando as regras e a
organização : Avaliar se o aluno participa adequadamente das atividades,
respeitando as regras e a organização;
• Interagir com seus colegas sem estigmatizar ou
discriminar por razões físicas, sociais, culturais ou de gênero: Avaliar se o
aluno reconhece e respeita as diferenças individuais e se participa de
atividades com seus colegas, auxiliando aqueles que têm mais dificuldades e
aceitando ajuda dos que têm mais competência;
• Estabelecer algumas relações entre a prática de
atividades corporais e a melhora da saúde individual e coletiva: Avaliar se o
aluno reconhece que os benefícios para a saúde decorrem da realização de
atividades corporais regulares;
• Valorizar e apreciar diversas manifestações da cultura
corporal, identificando suas possibilidades de lazer e aprendizagem: Avaliar se
o aluno tem uma postura receptiva, não discriminando produções culturais por
quaisquer razões sociais, étnicas, etc.
ENSINO RELIGIOSO
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O Ensino Religioso coloca-se como aliado às tendências
pedagógicas moderna, que tem como ponto de partida a pessoa concreta,
situada historicamente numa classe social e explica também uma concepção
de vida, de mundo e de pessoa dentro de uma visão de totalidade.
Além do uso da razão, enfatiza também o lado intuitivo do
ser humano;
Abre um espaço para a interiorização, a sensibilidade e a
meditação.
Tem uma conotação ecológica, espiritual, escatológica,
dando uma nova dimensão de esperança ao ser humano.
Atinge o nível inconsciente ao enfatizar a criatividade, a
religiosidade, etc.
Utiliza-se do saber popular, dos conhecimentos do dia a
dia, como referência, analisando-os e confrontando-os com conteúdos
sistematizados e universal.
O Ensino Religioso visa formar pessoas críticas, participativas,
fraternas, libertas, conscientes de serem parte de um todo.
CONTEÚDOS
Alteridade:
Quem sou eu?
Convivendo com os outros;
O valor da amizade;
A riqueza das diferenças;
O que é ter paz consigo mesmo e com os outros;
Eu e o outro;
Como devo me relacionar com as pessoas e demais
seres da natureza;
As pessoas são mais importantes do que as coisas;
Juntos podemos construir a paz;
O que significa amar a si mesmo e amar ao próximo?
A amizade é como a planta, precisa ser cuidada;
Cada um tem seu jeito de ser;
A felicidade somos nós que conquistamos;
Os valores (paz, respeito, solidariedade) nos aproximam;
Todas as pessoas são importantes;
Jeito de ser;
O encontro com o outro;
Saber viver;
Ser amigo, caminhar juntos;
A fraternidade somos nós que conquistamos;
Felicidade um direito de todos;
O valor da liberdade e dignidade humana;
2 – Tradições Religiosas:
A religião na vida da comunidade indígena;
Conhecendo as religiões presentes na nossa sociedade;
Aprendendo nomes de algumas religiões da comunidade
indígena;
Conhecendo as tradições religiosas de nossa comunidade
escolar;
Porque muitas pessoas seguem uma religião;
As religiões e a prática do bem;
Ter uma religião é uma necessidade humana?
O que é diálogo inter-religioso?
Religião e religiosidade são coisas diferentes?
O valor da religião na vida das pessoas.
3 – Símbolos Religiosos:
Lembranças da minha vida;
Os símbolos religiosos que eu conheço;
Quando um símbolo é religioso e quando não é;
Conhecendo os símbolos de alguma tradição religiosa de
nossa comunidade;
- A Idéia do Transcendente:
Como você pensa que é Deus (O Transcendente )?
O transcendente tem muitos nomes e títulos;
As pessoas tem diferentes idéias sobre Deus;
Conhecendo idéias sobre Deus em algumas tradições
religiosas da nossa comunidade;
O que significa o termo “Transcendente”;
O Transcendente em minha vida;
A apresentação do Transcendente e o espaço sagrado;
Conhecendo a representação do Transcendente em
algumas culturas religiosas da comunidade;
Textos Sagrados:
Acontecimentos religiosos- marcos importantes na história
dos povos;
O que são textos sagrados e escritos?
Homens e mulheres de fé, presentes na históira dos
povos( Abraão, Moisés, Jesus, Madre Teresa de Calcutá,...);
O que tem sido sagrado em minha vida?
Os grandes acontecimentos religiosos influenciam e
mobilizam a vida das pessoas;
Conhecendo os Livros Sagrados de algumas tradições
religiosas da comunidade;
Rituais:
Minhas práticas religiosas;
Ritos e rituais religiosos – gestos e Expressões de fé;
A importância das práticas religiosas na vida das pessoas;
Conhecendo os principais rituais de algumas tradições
religiosas, da comunidade;
A arquitetura religiosa:
Igrejas ,tekoa casa de reza..
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Parte-se da realidade da vida, de experiências intensas que
envolvam a pessoa toda (intelecto, afeto, emoções, ações, etc). Esta realidade
adquire valor e significado quando somada a outros elementos e experiências
já vividas. Na origem dessas experiências está à própria vida, nas suas
situações fundamentais: amor, ódio, esperança, dor, futuro, morte.
Um dos papéis do Ensino Religioso é o de ajudar o ser humano
a descobrir o sentido de unidade das coisas. Confronta o saber popular,
espontâneo, intuitivo, com o saber elaborado, organizado pelos diferentes
povos, sábios e cientistas; o que propicia a possibilidade de se elaborar uma
síntese, onde se adquire uma visão unificada e organizada da realidade. A
realidade assim desvelada torna-se condição para uma abertura ao
transcendente. É a lei mistério. É a descoberta do sentido da vida, que conduz
a mudança no pensar, no agir e leva à superação de limites. E o ser humano é
impulsionado a expressar-se através de orações, símbolos, comportamentos,
expressões verbais e não verbais, individuais e comunitárias e a dar uma
resposta através de ações que se concretizam pelo engajamento e
compromisso com a transformação pessoal e social.
AVALIAÇÃO
Por trabalhar a nível de experiência de vida, pessoal, subjetiva,
o Ensino Religioso solicita formas muito particulares de avaliação. Esta não
pode ter caráter controlador, classificador ou comparativo, mas ser
acompanhamento do processo de construção da realidade, processo esse que
se desenvolve em cada aluno, sem que seja possível prever sua configuração.
O que se espera do aluno do ponto de vista ético-religioso, é
sua capacidade de discernir e vivenciar atitudes e valores, tais como: senso do
sagrado, busca de plenitude, de verdade, de liberdade, de harmonia, de justiça,
de responsabilidade, respeito, sabedoria, criatividade, etc.
A avaliação em Ensino Religioso contempla sempre: a auto-
avaliação do aluno; a avaliação do aluno pelo professor; a avaliação do
professor pelo aluno, etc. Esta maneira de compreender a avaliação e executá-
la, permite a alunos e professores tomar consciência de seus limites, sentir
necessidade de avançar no seu crescimento pessoal e comunitário, para que o
Ensino Religioso atinja as finalidades propostas.
Serão usados para avaliação:
entrevista individuais e coletivas;
comunicação oral e escrita;
observação dirigida e espontânea de atitudes;
participação em trabalhos de grupos;
relatórios;
exposição de trabalhos;
trabalhos envolvendo pesquisas;
relatos de experiências;
produção de textos.
Serão incorporados nas áreas já existentes e no trabalho
educativo da escola, os conteúdos como Ética, Pluralidade Cultural, Meio
Ambiente, Saúde e Orientação Sexual.
Temas diretamente relacionados com o exercício da cidadania,
que são questões urgentes que devem ser tratadas, como a violência, a saúde,
o uso dos recursos naturais, os preconceitos, etc. que não têm sido
diretamente contemplados pelas áreas já existentes e, devem ser tratados pela
escola, ocupando o mesmo lugar de importância.
O tema “Ética” traz a proposta de que a escola realize um
trabalho que possibilite o desenvolvimento da autonomia moral, condição para
a reflexão ética. Para isso foram eleitos como eixos de trabalho:
Respeito mútuo O respeito a todo ser humano independentemente de sua
origem social etnia, religião, sexo, opinião e cultura;
O respeito mútuo como condição necessária para o
convívio social democrático: respeito ao outro e exigência de igual respeito
para si;
O respeito à privacidade como direito de cada pessoa;
O repúdio a toda forma de humilhação ou violência na
relação com o outro;
A utilização das normas da escola como forma de lutar
contra o preconceito;
A compreensão de lugar público como patrimônio de
todos, cujo zelo é dever de todos.
Justiça O reconhecimento de situações em que a igualdade
represente justiça;
A identificação de situações em que a injustiça se faz
presente; repúdio a injustiça;
O conhecimento e compreensão da necessidade das
normas escolares que definem deveres e direitos;
O conhecimento dos próprios direitos de alunos e os
respectivos deveres;
A atitude de justiça para com todas as pessoas e respeito
aos seus legítimos direitos;
Diálogo
O uso e valorização do diálogo como instrumento para
esclarecer conflitos;
O ato de escutar o outro, por meio do esforço de
compreensão do sentido preciso da fala do outro;
A expressão clara e precisa de idéias, opiniões e
argumentos, de forma a ser corretamente compreendido pelas outras pessoas;
A disposição para ouvir idéias, opiniões e argumentos
alheios e rever pontos de vista quando necessário.
Solidariedade Identificação de situações em que a solidariedade se faz
necessário;
As formas de atuação solidária em situações cotidianas
(em casa, na escola, na comunidade;
A sensibilidade e a disposição para ajudar as outras
pessoas, quando isso for possível e desejável.
“Pluralidade Cultural” para viver democraticamente em uma
sociedade plural é preciso respeitar os diferentes grupos e culturas que a
constituem. O grande desafio da escola é investir na superação da
discriminação e dar a conhecer a riqueza representada pela diversidade
etnocultural que compõe o patrimônio sociocultural brasileiro. A escola deve ser
local de diálogo, de aprender a conviver, vivenciando a própria cultura indígena
e respeitando as diferentes formas de expressão cultural.
Conteúdos a serem trabalhados:
Espaço e Pluralidade Habitações e organização espacial de diferentes
sociedades;
Mobilidade no espaço: sedentarismo e nomadismo,
migrações, etc.
Espaço de vivência comum e espaços de vivência
particular.
Tempo e Pluralidade
Diferentes abordagens do tempo, conforme diferentes
culturas: ritmos, marcação do tempo, calendários, datas relevantes.
Vida Sociofamiliar e Comunitária Hábitos familiares e comunitários em diferentes etnias e
diferentes regiões do Brasil;
Participação do homem e da mulher na vida doméstica, o
papel das crianças, o cuidado com os idosos, o sustento, com ênfase no apoio
mútuo e solidariedade que se constrói no cotidiano, com a divisão das
responsabilidades familiares;
Participação das crianças na vida das comunidades:
ciclos de trabalho, lazer, festas, ritos, etc.
Pluralidade e Educação Vida escolar: companheirismo, descoberta,
aprendizagem, espaço de conquista, espaço de trabalho, espaço de cidadania,
espaço de prazer.
Outros conteúdos: Intercâmbio de informações com crianças de diferentes
lugares da região, por meio de cartas, jornais, vídeos, fitas cassete, etc.
Reprodução de instrumentos, técnicas, objetos e formas
de representação de diferentes culturas para analisar e compreender suas
estruturas e funcionamentos, principalmente as de seus costumes.
Uso de textos e representações gráficas tanto para busca
de informações quanto para registro e comunicação de dados.
“Meio Ambiente” - A vida na Terra é uma rede de seres
interligados, interdependentes. Essa rede entrelaça de modo intenso e envolve
conjuntos de seres vivos e elementos físicos. O ser humano fez parte do meio
ambiente e as relações que são estabelecidas – relações sociais, econômicas
e culturais – também fazem parte desse meio e, portanto, são objetos da área
ambiental.
As áreas de Ciências Naturais, História e Geografia serão as
principais parceiras para o desenvolvimento dos conteúdos. As áreas de
Língua Portuguesa, Matemática, Educação Física e Educação Artística
ganham importância fundamental para que o aluno possa conduzir o seu
processo de construção do conhecimento sobre o meio ambiente.
Os conteúdos foram reunidos em três blocos:
Os ciclos da natureza
Os ciclos da água, seus múltiplos usos e sua importância
para a vida, para a história dos povos;
Os ciclos da matéria orgânica e sua importância para o
saneamento;
As teias e cadeias alimentares, sua importância e o risco
de transmissão de substâncias tóxicas que possam estar presentes na água,
no solo e no ar.
Sociedade e Meio Ambiente
A diversidade cultural e a diversidade ambiental;
As principais características do ambiente e / ou paisagem
da região em que vive; as relações pessoais e culturais dos alunos e de sua
comunidade com os elementos dessa paisagem;
As diferenças entre ambientes preservados e degradados;
A interdependência ambiental entre as áreas urbana e
rural.
Manejo e Conservação Ambiental
O manejo e a conservação da água: noções sobre
captação, tratamento e distribuição para o consumo;
A necessidade e formas de tratamento dos detritos
humanos: coleta, destino e tratamento do esgoto;
A necessidade e as formas de coleta e destino do lixo;
As formas perceptíveis e imperceptíveis de poluição do ar,
da água, do solo e poluição sonora;
Noções de manejo e conservação do solo.
Saúde
Falar de saúde implica levar em conta a qualidade do ar que
se respira, o consumismo desenfreado e a miséria, a degradação social e a
desnutrição, formas de inserção das diferentes parcelas da população no
mundo do trabalho, estilos de vida pessoal, pois, o nível de saúde das pessoas
reflete a maneira como vivem. A formação do aluno para o exercício da
cidadania compreende a motivação e a capacitação para o autocuidado, assim
como a compreensão da saúde como direito e responsabilidade pessoal e
social.
Conteúdos a serem desenvolvidos
Adoção de postura física adequada;
Valorização do exame de saúde periódico como fator de
proteção a saúde;
Finalidades da alimentação relacionadas ao processo
orgânico de nutrição;
Noções gerais de higiene dos alimentos;
Identificação das doenças associadas à ingestão de água
imprópria para o consumo humano;
Medidas práticas de autocuidado para higiene corporal;
Conhecimento do calendário vacinal e da sua própria
situação vacinal;
Principais sinais e sintomas das doenças transmissíveis
mais comuns na realidade do aluno, formas de contágio, prevenção e
tratamento;
Agravos ocasionados pelo uso de drogas;
Medidas simples de primeiros socorros;
Relações entre a preservação e recuperação ambientais e
a melhoria da qualidade de vida e saúde;
Participação ativa na conservação de ambiente limpo e
saudável no domicilio, na escola e nos lugares públicos em geral.
Orientação Sexual
A orientação sexual na escola deve ser entendida como um
processo de intervenção pedagógica que tem como objetivo transmitir
informações e problematizar questões relacionadas à sexualidade, incluindo
posturas, crenças, tabus e valores a ela associados.
Propõem-se três eixos fundamentais para nortear a intervenção
do professor:
Corpo: matriz da sexualidade
As mudanças decorrentes da puberdade:
amadurecimento das funções sexuais e reprodutivas;
O respeito ao próprio corpo e ao corpo do outro;
A tranqüilidade na relação com a sexualidade.
Relações de Gênero
A diversidade de comportamento de homens e mulheres
em função da época e do local onde vivem;
O respeito pelo outro sexo, na figura das pessoas com as
quais se convive;
O respeito às muitas e variadas expressões do feminino e
do masculino.
Prevenção às Doenças Sexualmente Transmissíveis /
AIDS
O conhecimento da existência de doenças sexualmente
transmissíveis;
A compreensão das formas de prevenção e vias de
transmissão da AIDS;
O repúdio às discriminações em relação aos portadores
de HIV e doentes de AIDS;
A comparação entre as formas de contato que propiciam
contágio e as que não envolvem riscos.
8-DA RECUPERAÇÃO PARALELA DE ESTUDOS
Para os alunos de baixo rendimento escolar será
proporcionada Recuperação Paralela de Estudos ao longo do ano ou período
letivo.
A Recuperação Paralela de Estudos será planejada,
constituindo-se num conjunto integrado ao processo de ensino, além de se
adequar às dificuldades dos alunos e providenciar meios para saná-las.
A Recuperação é um dos aspectos da aprendizagem no seu
desenvolvimento contínuo, pela qual o aluno, com insuficiente, aproveitamento
dispõe de condições que lhe possibilitem a apreensão de conteúdos básicos.
Na Recuperação Paralela de estudos o professor considerará a
aprendizagem do aluno no decorrer do processo.
A Recuperação Paralela de Estudos será ofertada
obrigatoriamente ao aluno de aproveitamento escolar insuficiente, de forma
paralela, no decorrer do processo ensino/aprendizagem, ao longo da série ou
período letivo, a saber, àqueles que se distanciam em relação aos conteúdos
trabalhados.
Será ofertado ao aluno as oportunidades possíveis pelo
estabelecimento de ensino para que o mesmo resgate os conteúdos não
apreendidos.
A Recuperação Paralela de estudos será proporcionada,
durante as atividades regulares do período letivo, assegurando as condições
pedagógicas necessárias:
1º - A Recuperação Paralela de estudos não será vista apenas
como forma de melhoria de nota, uma vez que a finalidade da escola é ensinar;
2º - A Recuperação Paralela de estudos é um momento do
processo ensino/aprendizagem e tem a função de subsidiar este processo.
Neste sentido, embora passe pela avaliação do aluno vai muito, além disso, em
direção à avaliação do trabalho pedagógico como um todo;
3º - Uma proposta de recuperação de estudos será elaborada
pelo professor e equipe escolar, em ficha própria, constando o conteúdo da
disciplina em que o aproveitamento do aluno foi considerado insuficiente, em
itens que orientem seus estudos;
I – O aluno receberá a proposta de recuperação de estudos de
que se trata este parágrafo, com ciência dos pais ou responsáveis;
4º - A proposta de recuperação paralela de estudos entregue
ao aluno será retomado e enriquecido, considerando os conteúdos essenciais
da disciplina;
5º - A proposta de recuperação paralela de estudos será
acompanhada sistematicamente pela Equipe da escola e pelo professor da
turma;
6º - Para efeito de aferição de valor ao aproveitamento obtido
na Recuperação Paralela de Estudos será utilizado mais que um instrumento
de avaliação, estabelecido na Proposta de Recuperação de Estudos.
9-DA PROMOÇÃO
A Avaliação processual e cumulativa caracteriza-se ao ser
tomada pela melhor forma de aproveitamento da aprendizagem, sintetizada ao
final dos anos de escolarização por parecer conclusivo, com o julgamento
adequado para a decisão sobre a continuidade de estudos de cada aluno,
individualmente.
Nos pareceres deverão ser registrados os conteúdos maios
amplos apropriados pelo aluno em cada área do conhecimento tendo como
subsídios indicadores de avaliação condizentes com a Proposta Pedagógica.
I – Parecer Final – após os dois anos, indicando promoção
para a 3ª série ou quando da permanência na 2ª série.
II – Parecer Parcial – ao final do 1º ano e quando da
transferência do aluno.
A Promoção resultará da combinação do resultado da
avaliação do aproveitamento escolar do aluno, expresso na escala de notas de
0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero), e apuração da assiduidade.
I – Será considerado aprovado o aluno que apresentar:
Freqüência igual ou superior a 75% (setenta e cinco por
cento) do total da carga horária do período letivo e média anual igual ou
superior a 6,0 (seis vírgula zero), resultante da média aritmética dos bimestres,
nas respectivas disciplinas, como segue:
1º B. + 2º B. + 3º B + 4º B = M.F.
4
II – Será considerado reprovado o aluno que apresentar:
a) Freqüência inferior a 75% (Setenta e cinco por cento)
sobre o total de carga horária do período letivo e média anual inferior a 6,0
(seis vírgula zero);
b) Freqüência inferior a 75% (setenta e cinco por cento)
sobre o total da carga horária do período letivo, com qualquer média anual.
O aluno que apresentar freqüência igual ou superior a 75%
(setenta e cinco por cento) e média anual inferior a 6,0 (cinco vírgula zero),
mesmo após o resultado da Recuperação Paralela, ao longo da série ou
período letivo, será submetido à análise do Conselho de Classe que definirá
pela sua aprovação ou não.
O rendimento mínimo exigido para 3ª e 4ª séries, para
aprovação é nota 6,0 (seis vírgula zero) por disciplina, podendo o aluno de
aproveitamento insuficiente obter aprovação mediante estudos de recuperação
proporcionados obrigatoriamente pelo estabelecimento.
A Avaliação Final considerará, para efeito de promoção e
retenção do aluno, todos os resultados obtidos durante o ano letivo e durante a
Recuperação Paralela de Estudos.
Encerrado o processo de avaliação, o Estabelecimento
registrará na documentação escolar do aluno, sua condição de aprovado ou
reprovado.
O Estabelecimento adotará a seguinte síntese do Sistema de
Avaliação:
SÍNTESE DO SISTEMA DE AVALIAÇÃOFREQÜÊNCIA AVALIAÇÃO SITUAÇÃO
= ou > 75% = ou > 6,0 APROVADO
= ou > 75% < 6,0 REPROVADO
< 75% QUALQUER REPROVADO
10. REGIME ESCOLAR
Matrícula é o ato formal que vincula o Educando a um
Estabelecimento de Ensino autorizado, conferindo-lhe a condição de aluno.
A matrícula será requerida pelo interessado ou por seus
responsáveis, quando menor de 18 anos, e deferida pela diretora do
Estabelecimento, no prazo máximo de 60 dias.
1º. Em caso de impedimento do interessado ou de seus
responsáveis, a matrícula poderá ser requerida por procurador.
2º. No ato da matrícula, obriga-se a direção do
Estabelecimento de Ensino a dar ciência ao aluno e / ou seu responsável, do
respectivo adendo ao Regimento Escolar.
O período de matrícula será estabelecido no Calendário
Escolar; e serão efetuadas pela secretaria do estabelecimento, em período
determinado conjuntamente com a Secretaria do Estado da Educação.
Fica assegurada ao aluno, não vinculado ao Estabelecimento
de Ensino, a possibilidade de ingressar na escola a qualquer tempo, desde que
se submeta ao Processo de Classificação, previsto neste Regimento Escolar,
sendo que o controle de freqüência se fará a partir da data efetiva da matrícula.
Para a matrícula no 1º ano do Ensino Fundamental o candidato
deverá 06 (seis ) anos completos, e para matrícula na Educação Infantil –
Jardim I, II, e III, o aluno deverá ter de 3 a 5 (cinco ) anos de idade ou,
facultativamente
A matrícula obedecerá às seguintes normas para o sistema de
ensino:
a) Requerimento de matrícula assinado pelos pais ou
responsáveis legais, maiores de 18 anos;
b) Documentos que identifique legalmente o aluno (Certidão
de Nascimento );
Este Estabelecimento de Ensino permite o ingresso do aluno,
através da matrícula extraordinária que é efetivada fora da época determinada
em Calendário Escolar.
As crianças de que trata deste artigo são aquelas cujas famílias
trabalham fora, deixando-as em casa ou na rua, carentes de alimentação, as
integradas em programas especiais de atendimento social, aquelas cujas
famílias não tem residência fixa, aquelas que trabalham em período de safra
agrícola.
Matrícula por transferência é aquela pela qual o aluno ao se
desligar oficialmente de um estabelecimento de ensino vincula-se a outro
congênere, ato contínuo, para conclusão dos estudos relativos ao grau de
ensino em curso.
1º- A transferência feita para estabelecimento não autorizado
estará automaticamente invalidada, permanecendo o vínculo do aluno com o
estabelecimento de origem;
2º.- Em caso de dúvida quanto à interpretação dos
documentos, este Estabelecimento solicitará ao de origem, antes de efetivar a
matrícula, os elementos indispensáveis ao seu julgamento.
O aluno ao se transferir, em qualquer época do ano, receberá
deste estabelecimento o Histórico Escolar contendo:
I – Identificação completa do estabelecimento de ensino;
II – Identificação completa do aluno;
III – Informações sobre:
a) todas as séries cursadas no estabelecimento ou em
outros freqüentados anteriormente;
b) aproveitamento relativo ao ano em curso.
IV – síntese do sistema de avaliação do rendimento escolar
adotado pelo Estabelecimento;
V – assinatura da Diretora e do Secretário do estabelecimento,
e também os nomes por extenso, por carimbo, ou em letra de forma, bem como
o número e o ano dos respectivos atos de designação ou indicação.
No caso de transferência em curso o aluno deverá receber,
além do Histórico Escolar, sua ficha individual de transferência, com a síntese
do respectivo sistema de avaliação.
Este Estabelecimento terá o prazo de 30 (trinta ) dias, a partir
da data de recebimento do requerimento, para fornecer a transferência.
1º. – Em caso de impossibilidade de cumprimento do prazo
acima, o estabelecimento fornecerá declaração, na qual consta a série para
qual o aluno está apto a se matricular, e o compromisso de expedição de
documentos definitivos com prazo prorrogado por mais 30 (trinta) dias;
2º. – A Direção do Estabelecimento de Ensino é responsável
pela observância dos prazos estipulados, sob pena de representação junto à
SEED, e quando for o caso, de outras representações legais.
A Renovação da matrícula far-se-á mediante manifestação
expressa dos pais e/ou responsáveis pelos alunos, na época prevista pela
Entidade Mantenedora e obedecida às normas determinadas pela legislação.
Serão necessariamente anexados ao requerimento de
renovação de matrícula documentos que:
Atualizem as informações já registradas sobre o aluno e
que não sejam do conhecimento da escola;
Garantam ao aluno tratamento especial, se for o caso;
Sejam exigíveis do aluno, quando previstos em lei entre
outros documentos:
a) Xerox da Certidão de Nascimento;
b) Histórico Escolar, quando oriundo de outro estabelecimento
Ensino;
c) Carteira de Identidade, quando for o caso.
A Direção deste Estabelecimento somente confirmará a
renovação da matrícula após ter procedido à verificação do Histórico Escolar
do aluno.
A matrícula pode ser cancelada em qualquer época do ano
letivo pelo pai ou responsável.
11. CALENDÁRIO ESCOLAR
O calendário escolar é elaborado anualmente e atende ao
disposto na legislação vigente, bem como as normas baixadas em instrução
específica da SEED e da entidade mantenedora.
Após elaborado é levado para as considerações do Conselho
Escolar e encaminhado para a apreciação e homologação do Núcleo Regional
de Educação de Cornélio Procópio, o qual somos jurisdicionado.
Atualmente atende o exigido na legislação garantindo 200 dias
letivos e 800 horas aulas, sendo garantidos também os recessos, feriados,
reuniões pedagógicas tais como: conselho de classe, reunião de pais, grupo de
estudo, como também garante as férias e espaço para planejamento.
A alteração no calendário escolar proposta pela escola por
motivos relevantes são comunicadas em tempo hábil à Entidade Mantenedora,
para as providências cabíveis.
12. FORMAS DE ACOMPANHAMENTO DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO
A avaliação é vista como ação fundamental para a garantia do
êxito do projeto, na medida em que é condição para as decisões significativas a
serem tomadas. É parte integrante do processo de construção do projeto e
compreendida como responsabilidade coletiva. A avaliação interna e
sistemática é essencial para definição, correção e aprimoramento de rumos. É
também por meio dela que toda a extensão do ato educativo, e não apenas a
dimensão pedagógica, é considerada. A avaliação é ponto de partida e ponto
de chegada.
MOMENTO REFERENCIAL
O QUE FAZER PERIODICIDADEINSTÂNCIAS ENVOLVIDAS
Prática social. Análise Começo do ano Direção
Ato Situacional
crítica da realidade:
aprendizagem,
formação continuada,
organização do tempo e
do espaço,
equipamentos físicos e
pedagógicos, critérios
de organização de
turma, organização da
hora/atividade,
participação dos pais
(gestão democrática),
contradições e conflitos
presentes na prática
pedagógica.
letivo Equipe Pedagógica
Professores
Alunos
Pais
Comunidade indígena
Ato Conceitual
Concepção de
sociedade, homem,
educação, escola,
conhecimento,
ensino-aprendizagem,
gestão democrática,
curricular.
Durante o ano
letivo.
Direção
Equipe Pedagógica
Professores
Alunos
Pais
Ato Operacional
Define as grandes
linhas de ação e
reorganização do
trabalho pedagógico –
as mudanças
significativas a serem
alcançadas.
Durante o ano
letivo e ao término
do referido ano.
Revisão das
mudanças
significativas e
definição de metas
a serem
alcançadas para o
próximo ano.
Direção
Equipe Pedagógica
Professores
Alunos
Pais
13. CONSIDERAÇÕES FINAIS DA PROPOSTA CURRICULAR
Os processos de construção da proposta curricular
pedagógica, aqui destacada, mantêm relações de interdependência e refletem
propósitos, perspectivas, experiências e valores de todos os envolvidos neste
processo de construção (docentes, alunos, equipe pedagógica e lideranças
Indígena) e devem ser levados em consideração ao longo da (re) elaboração
de uma proposta pedagógica. Estes elementos correspondem aos momentos
de concepção, incluindo tanto o conceito de escola que queremos sua situação
e as ações por ela desenvolvidas.
Nesse sentido, todos os momentos que configuram a
concepção e a execução do projeto pedagógico estão permeados por um
processo de avaliação, o que nos leva a procurar analisar mais detidamente o
papel da avaliação no processo de construção do projeto pedagógico.
Esperamos, assim, com a implementação do Projeto Político-Pedagógico, em
que a ação coletiva é fator preponderante, estar contribuindo na construção de
referências que levem à renovação e ressignificação do ensino para responder
aos desafios do futuro, que, na verdade, já se fazem presentes.
Deve se dar em atividades contextualizadas para que se possa
observar a evolução das crianças. É possível aproveitar as inúmeras ocasiões
em que as crianças falam, lêem e escrevem para se fazer um
acompanhamento de seu progresso. A observação é o principal instrumento
para que o professor possa avaliar o processo de construção da linguagem
pelas crianças.
A avaliação não se dá somente no momento final do trabalho. É tarefa
permanente do professor, instrumento indispensável à constituição de uma
prática pedagógica e educacional verdadeiramente comprometida com o
desenvolvimento das crianças. Considera-se que a aprendizagem dos alunos é
de suma importância.
Cornélio Procópio, 08 de fevereiro de 2010
PROJETOS desenvolvidos durante o ano letivo de 2010.-O índio e sua cultura.-Prevenção sobre a dengue-O meio ambiente. -A família
DO PROCESSO DE PLANEJAMENTO
Entendemos por planejamento: o ato de antecipar mentalmente uma
ação a ser realizada. É, portanto, uma ação consciente pela qual o indivíduo,
motivado pelo desejo e a vontade, se esforça pela sua realização. Planejar
implica definições claras sobre o que fazer? Para quê? Como? E para quem?
Antes de planejar, a professora faz uma sondagem da realidade de seus
alunos e através dos resultados obtidos faz-se o Planejamento bimestral, o
qual é flexível e sujeito às alterações.
Com a orientação da pedagoga, tem o cuidado na montagem dos
planejamentos, troca idéias com os professores durante as horas atividades,
enriquecendo assim o planejamento e a pedagoga leva para sua casa para ser
digitado.
Os professores organizam seu dia a dia através de diários e
semanais onde registram os temas, os objetivos, as metodologias e as formas
de avaliação. Este diário passa por uma vistoria feita pela equipe pedagógica.
MATRIZ CURRICULAR
O currículo é composto de uma Base Nacional Comum articulada aos
aspectos da vida cidadã.
A Base Nacional Comum é formada por áreas de conhecimentos e
disciplina de: Arte, Ciências, Educação Física, Ensino Religioso, Geografia,
História, Língua Portuguesa e Matemática.
E ao que compreende a parte diversificada estamos organizando para
implantar o estudo da Língua Guarani.
Ensino Fundamental de 8 anos – 2º ano do Ciclo Básico, 3ª e 4ª série
em fase de cessação, e o Ensino Fundamental de 9 anos – 1º ,2º, 3º, 4º e 5º
ano, onde os conteúdos trabalhados no Ensino Fundamental abrange toda
área do conhecimento de todas as disciplinas.
REGIMENTO ESCOLAR
O Regimento Escolar é a Lei maior no âmbito da unidade de Ensino. Ele
regula o funcionamento da escola dentro dos parâmetros traçados pela
legislação em vigor pelas Diretrizes Curriculares Nacionais.
O Regimento da Escola Estadual Indígena Arai Wera– Educação Infantil
e Ensino Fundamental foi elaborado com base no Regimento Estadual de
Ensino do Paraná, resolução 2.000/91, com base no Estatuto da Criança e do
Adolescente.
O Regimento da Escola Estadual Indígena Arai Wera – Educação
Infantil e Ensino Fundamental estão em regime de aprovação.
CONSELHO DE CLASSE
O Conselho de Classe é órgão colegiado de natureza consultiva
deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, fundamentado no Projeto
Político-Pedagógico da escola e no Regimento Escolar, com a
responsabilidade de analisar as ações educacionais, indicando alternativas que
busquem garantir a efetivação do processo ensino e aprendizagem.
A finalidade da reunião do Conselho de Classe, após analisar as
informações e dados apresentados, é a de intervir em tempo hábil no processo
ensino e aprendizagem, oportunizando ao educando formas diferenciadas de
apropriar-se, dos conteúdos curriculares estabelecidos sempre envolvendo a
cultura Indígena.
É da responsabilidade da equipe pedagógica organizar as informações
e dados coletados a serem analisados no Conselho de Classe
Ao Conselho de Classe cabe verificar se os objetivos, conteúdos,
procedimentos, metodológicos, avaliativos e relações estabelecidas na ação
pedagógico-educativa, estão sendo cumpridos de maneira coerente com o
Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino.
O Conselho de Classe constitui-se em um espaço de reflexão
pedagógica, onde todos os sujeitos do processo educativo, de forma coletiva,
discutem alternativos e propõem ações educativas eficazes que possam vir a
sanar necessidades/dificuldades apontadas no processo ensino e
aprendizagem.
O Conselho de Classe é constituído pelo (a) diretor (a), pela equipe
pedagógica, por todos os docentes e os alunos representantes que atuam
numa mesma turma e/ou série, por meio de:
• Pré-Conselho de Classe com toda a turma em sala de aula, sob a
coordenação do professor representante de turma e/ou pelo(s) pedagogo(s);
• Conselho de Classe Integrado, com a participação da equipe de
direção, da equipe pedagógica, da equipe docente, da representação
facultativa e alunos e pais de alunos por turma e/ou série.
A convocação, pela direção, das reuniões ordinárias ou extraordinárias
do Conselho de Classe, deve ser divulgada em edital, com antecedência de 48
(quarenta e oito) horas.
O Conselho de Classe reunir-se-á ordinariamente em datas previstas em
calendário escolar e, extraordinariamente, sempre que se fizer necessário.
As reuniões do Conselho de Classe serão lavradas em Livro Ata, pelo
(a) secretário (a) da escola, como forma de registro das decisões tomadas.
São atribuições do Conselho de Classe:
• Analisar as informações sobre os conteúdos curriculares,
encaminhamentos metodológicos e práticas avaliativas que se referem ao
processo ensino e aprendizagem;
• Propor procedimentos e formas diferenciadas de ensino e de
estudos para a melhoria do processo ensino e aprendizagem;
• Estabelecer mecanismos de recuperação de estudos,
concomitantes ao processo de aprendizagem, que atendam às reais
necessidades dos alunos, em consonância com a Proposta Pedagógica
Curricular da escola;
• Acompanhar o processo de avaliação de cada turma, devendo
debater e analisar os dados qualitativos e quantitativos do processo ensino e
aprendizagem;
• Atuar com co-responsabilidade na decisão sobre a possibilidade
de avanço do aluno para série/etapa subseqüente ou retenção, após a
apuração dos resultados finais, levando-se em consideração o
desenvolvimento integral do aluno;
• Analisar pedidos de revisão de resultados finais recebidos pela
secretaria do estabelecimento, no prazo de até 72 (setenta e duas) horas úteis
após sua divulgação em edital.
CONSELHO ESCOLAR
O conselho escolar não tem finalidade e/ou vínculo político-partidário,
religioso, racial, étnico ou de qualquer outra natureza, a não ser aquela que diz
respeito diretamente à atividade educativa da escola, prevista no seu Projeto
Político-Pedagógico.
O Conselho Escolar é um órgão colegiado, representativo da
Comunidade Escolar, de natureza deliberativa consultiva, avaliativa e
fiscalizadora, sobre a organização e realização do trabalho pedagógico e
administrativo da instituição escolar em conformidade com as políticas e
diretrizes educacionais da SMEC, observando a Constituição, a LDB ( Lei de
Diretrizes de Bases da Educação), o ECA ( Estatuto da Criança e do
Adolescente), o Projeto Político-Pedagógico e o Regimento da Escola Estadual
Awa Tiropé Educação Infantil e Ensino Fundamental, para o cumprimento da
função social e específica da escola Indígena.
• A função deliberativa refere-se à tomada de decisões relativas às
diretrizes e linhas gerais das ações pedagógicas, administrativas e financeiras
quanto ao direcionamento das políticas públicas, desenvolvidas no âmbito
escolar.
• A função consultiva refere-se à emissão de pareceres para
diminuir dúvidas e tomar decisões quanto às questões pedagógicas,
administrativas e financeiras, no âmbito de sua competência.
• A função avaliativa refere-se ao acompanhamento sistemático
das ações educativas desenvolvidas pela unidade escolar, objetivando a
identificação de problemas e alternativas para melhoria de seu desempenho,
garantindo o cumprimento das normas da escola bem como, a qualidade
social da instituição escolar indígena.
• A função fiscalizadora refere-se ao acompanhamento e
fiscalização da gestão pedagógica, administrativa e financeira da unidade
escolar, garantindo a legitimidade de suas ações.
O conselho escolar não tem finalidade e/ou vínculo político-partidário,
religioso, racial, étnico ou de qualquer outra natureza, a não ser aquela que diz
respeito diretamente à atividade educativa da escola, prevista no seu Projeto
Político-Pedagógico.
ASSOCIAÇÃO DE PAIS MESTRES E FUNCIONÁRIOS
A Associação de Pais, Mestres e Funcionários, é um órgão de
representação dos Pais, Mestres e Funcionários do estabelecimento de ensino,
sem caráter político partidário, religioso, racial e nem fins lucrativos, não sendo
remunerados os seus dirigentes e conselheiros, sendo constituída por prazo
indeterminado.
Buscar a integração dos segmentos da sociedade organizada, no
contexto escolar, discutindo a política educacional, visando sempre a realidade
dessa comunidade.
Discutir, no seu âmbito ações de assistência ao aluno, de
aprimoramento do ensino e integração família, Escola, comunidade, enviando
sugestões, em consonância com a proposta pedagógica,para apreciação do
conselho Escolar , equipe pedagógica e administrativa.
Associação de Pais e Mestres é regida por Estatuto próprio, aprovado e
homologado em Assembléia Geral, convocada especificamente para este fim.
AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
A avaliação institucional ocorrerá por meio de mecanismos criados pelo
estabelecimento de ensino e com consonância com a comunidade Indígena
e/ou por meio de mecanismos criados pela Secretaria de Estado e Educação.
A avaliação institucional ocorrerá anualmente, preferencialmente no fim
do ano letivo, e subsidiará a organização do Plano de ação da Escola no ano
subseqüente.
PROCESSO DE AVALIAÇÃO
O processo de avaliação permitirá o diagnóstico e os resultados de cada
aluno e se haverá a necessidade de reformulação dos conteúdos e do
encaminhamento metodológico trabalhados. O processo de avaliação sendo
diagnostica, contínua, somativa e concomitante. Tendo como funções auxiliar o
educando na compreensão de si mesmo, propiciando-lhe os meios de detectar
as próprias capacitação e limitações e de fazer preponderar os aspectos
qualitativos de aprendizagem, dando maior importância à atividade critica a
capacidade de síntese e a elaboração pessoal.
A Avaliação Diagnóstica: como propósito de determinar a presença (ou)
ausência de pré-requisitos como também identificar causas de dificuldades em
aprendizagem tendo em vista o avanço e o crescimento do educando e não a
sua estagnação disciplinadora, e que exija do educador uma postura
pedagógica clara e definida.
Avaliação contínua: realizada durante o processo – oportunizando o
educando no dia a dia e respeitando suas potencialidades. Avaliando seu
desempenho em relação aos objetivos propostos.
Fornecendo elementos decisivos para prosseguimento e retomada dos
conteúdos.
Avaliação somativa: avaliação global, aumentativa que vai expressar a
totalidade do aproveitamento em processo contínuo, porém terminal do período
ano letivo
Recuperação concomitante fornecendo elementos decisivos para
prosseguimento e retomada dos conteúdos.
Cada professor mantém o registro sistemático do aproveitamento de
cada aluno para acompanhamento do processo educativo, notificação aos pais
e também para servir de base à menção final, no término do ano letivo.
A avaliação do aproveitamento na Educação Infantil é expressa através
de Pareceres Descritivos, elaborados Bimestralmente, sem a finalidade de
promoção.
AVALIAÇÃO DO CICLO
No Ensino Fundamental do ensino de 8 anos os resultados das
avaliações de aprendizagem serão expressos através de notas numa escala de
0,0 (zero) a 10,0 (dez) tendo que atingir a média 6,0 (seis) para sua promoção.
. No Ensino Fundamental de 9 (nove) anos, os resultados das
avaliações serão emitidos através de parecer descritivo, parcial e final, sendo
que ao final do 3º ano , será emitido um parecer final e conclusivo,com
julgamento adequado para a decisão da continuidade de seus estudos. No 4º e
5º ano os resultados das avaliações de aprendizagem serão expressos através
de notas, numa escala de 0,0 (zero) a 10,0 (dez), tendo que atingir média 6,0
(seis) para sua promoção.
AVALIAÇÃO E PROMOÇÃO NO ENSINO FUNDAMENTAL
No Ensino Fundamental de 8 anos será feito através de avaliações
para fins de aprovação do aluno para seguinte série. No Ensino Fundamental
de 9 anos, os resultados das avaliações de aprendizagem serão expressos
através de pareceres descritivos bimestralmente envolvendo toda
aprendizagem do aluno em todas as disciplinas e arquivados junto ao livro de
chamada. Sendo que no 3º ano o aluno poderá ficar retido.No 4º e 5º ano será
por notas numa escala de 0,0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero). O rendimento
mínimo exigido para a aprovação é nota 6,0 (seis vírgula zero), por disciplina
para aferição de valor do Ensino Fundamental serão consideradas as
disciplinas: Ciências, Geografia, História, Língua Portuguesa e Matemática. Os
resultados das avaliações da aprendizagem em período letivo serão
registrados em documentação própria a fim de ser assegurada a regularidade
na autenticidade da vida escolar do aluno. A média de conclusão da disciplina
será obtida através da média aritmética das notas do período letivo (bimestre)
constituindo-se na média anual (M.A).
Será considerado aprovado o aluno que apresentar: a média igual ou
superior a 6,0 (seis vírgula zero) e freqüência igual ou superior a 75%.
Resultante da média aritmética dos bimestres nas respectivas
disciplinas.
1ª B + 2ª B + 3ª B +4ª B = MF
4
Será considerado reprovado o aluno que apresentar.
a) Freqüência inferior a 75% (setenta e cinco por cento), sobre o
total da carga horária, período letivo e médio anual inferior a 6,0 (seis vírgula
zero).
b) Freqüência inferior a 75% (setenta e cinco por cento) sobre o total
da carga horária do período letivo com qualquer média anual.
c) Freqüência inferior a 75% (setenta e cinco por cento) sobre o total
da carga horária do período letivo com parecer descritivo
CLASSIFICAÇÃO E RECLASSIFICAÇÃO
Classificação é o procedimento que o estabelecimento adota, seguindo
os critérios próprios para posicionar o aluno em ano, série, fase, período, ciclo
ou etapa compatível com a idade, experiência e desempenho adquirido por
meios formais ou informais.
A classificação será realizada:
a) Por promoção, para alunos que cursaram com aproveitamento a
série, etapa, ciclo, período ou fase anterior na própria escola.
b) Por transferência, para candidatos procedentes e outras escolas
do país ou do exterior, considerando a classificação na escola de origem;
c) Independentemente de escolarização anterior, mediante avaliação
feita pela escola, que defina o grau de desenvolvimento e experiência do
candidato e permita sua inscrição na série, ciclos, período, fase ou etapa
adequado.
O estabelecimento não fará classificação para a série inicial.
A classificação terá caráter pedagógico centrado na aprendizagem e
adotando as seguintes medidas administrativas para resguardar os direitos
dos alunos da escola e dos profissionais:
a) Fará avaliação diagnóstica documentada pelo professor ou equipe
pedagógica.
b) Comunicará ao aluno ou responsável a respeito do processo a ser
iniciado para obter deste o respectivo consentimento;
c) Organizará comissão formada por docente, técnicos e direção da
escola para efetivar a criança.
d) Arquivará atas, provas, trabalho ou outros instrumentos utilizados.
e) Registrará os resultados no Histórico Escolar do aluno.
A reclassificação, portanto, é o processo pela qual a escola avalia o grau
do desenvolvimento e experiência do aluno matriculado, levando em conta as
normas curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo ao período de estudo,
compatível com sua experiência e desempenho, independentemente do que
registre o seu Histórico Escolar.
MATRÍCULA
A matrícula é o ato formal que vincula o aluno a Escola Estadual
Indígena Awa Tiropé – Educação Infantil - Ensino Fundamental, conferindo-lhe
a condição de aluno.
É vedada a cobrança de taxas e/ou contribuições de qualquer natureza
vinculadas à matrícula.
A Escola Estadual Indígena Awa Tiropé- Educação Infantil – Ensino
Fundamental assegura matrícula inicial ou em curso, conforme normas
estabelecidas na legislação em vigor e nas instruções da Secretária de Estado
da Educação;
A matrícula deve ser requerida pelo interessado ou seu responsável,
quando menor de 18 (dezoito anos), sendo necessária a apresentação dos
seguintes documentos:
I. Certidão de Nascimento ou Carteira de Identidade – RG, para alunos
maiores de 16 (dezesseis) anos, cópia e original;
II. Comprovante de residência, prioritariamente a fatura de energia
elétrica, cópia e original;
III. Histórico Escolar ou Declaração de escolaridade da escola de
origem, esta com o Código Geral de Matrícula – CGM, quando aluno oriundo
da rede estadual.
O aluno oriundo da rede estadual de ensino deve apresentar também a
documentação específica, disposta nas Instruções Normativas de matrícula
emanadas anualmente da Secretária de Estado da Educação
Na impossibilidade de apresentação de quaisquer documentos citados
neste artigo, o aluno ou seu responsável será orientado e encaminhado aos
órgãos competentes para as devidas providências.
A matrícula é deferida pelo diretor, conforme prazo estabelecido na
legislação vigente.
No ato da matrícula, o aluno ou seu responsável será informado sobre o
funcionamento do estabelecimento de ensino e sua organização, conforme o
Projeto Político-Pedagógico, Regimento Escolar, Estatutos e Regulamentos
Internos da comunidade Indígena.
O período de matrícula será estabelecido pela Secretária de Estado da
Educação, por meio de Instruções Normativa.
Ao aluno não vinculado a qualquer estabelecimento de ensino assegura-
se a possibilidade de matrícula em qualquer tempo, desde que se submeta a
processo de classificação, aproveitamento de estudos e adaptação, previsto no
presente Regimento Escolar, conforme legislação vigente.
O controle de freqüência far-se-á a partir da data da efetivação da
matrícula, sendo exigida freqüência mínima de 75% do total da carga horária
restante da série ou ciclo.
O contido nesse artigo é extensivo a todo estrangeiro,
independentemente de sua condição legal, exceto para a primeira série/ano do
Ensino Fundamental.
Para ingresso no 1º(primeiro) ano do Ensino Fundamental de 9 (nove)
anos de duração, o aluno deverá ter 6 (seis) anos completos ou completar de
acordo com a legislação vigente.
FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFISSIONAIS
A formação continuada é uma necessidade inseparável a profissão e
deve fazer parte de um processo de permanente desenvolvimento pessoal,
profissional e organizacional.A formação não ocorre somente pelo acúmulo de
recursos, palestras e técnicas, mas através de um trabalho de reflexão crítica
sobre as práticas e (re) construção contínua de uma identidade pessoal.
O caminho não é fácil, entretanto, faz-se necessário ressignificar a
identidade dos profissionais. Ser educadores requer saberes e conhecimentos
científicos, pedagógicos, educacionais, sensibilidade, intuição, indagações,
teoria e criatividade para encarar situações ambíguas e incertas. (Segundo
Freire 1996, p.40).
Assim, as transformações das práticas docentes só se efetuarão se o
educador ampliar sua consciência sobre a própria prática, a da sala de aula e a
da escola como um todo, o que pressupõe os conhecimentos teóricos e críticos
sobre a realidade.
Nesse movimento, é preciso que a interação entre o campo específico
da ação e estudo sobre a Educação, as discussões educacionais sejam mais
amplas propiciem a atualização de todos os envolvidos nesse processo.
Qualificar os profissionais implica instigá-los, conhecerem e se
aprofundarem na construção do conhecimento, e a importância da sua ação na
formação dos educando. Pois a tarefa de ensinante/aprendente e do
aprendente/ensinante exige seriedade, preparo científico buscando
compreender a realidade cultural de seus alunos.
Para Paulo Freire (1997, p 37),ensinar exige respeito aos saberes dos
educandos, criticidade, pesquisa, estética e ética, risco, aceitação do novo,
rejeição a qualquer discriminação, reflexão sobre a prática, reconhecimento e
elevação à identidade cultural, segurança, competência profissional,
generosidade, comprometimento, autoridade, tomada consciente de
decisão,disponibilidade para o diálogo, curiosidade, alegria, esperança,
convicção que a mudança é possível e, entre outras coisas, querer bem aos
educando”. Freire (1995 p 92) aponta também a necessidade de respeitar a
identidade cultural das Educadoras, o que implica o reconhecimento da sua
identidade de educador.
Freire (1997, p 35) nos faz compreender que não há formação e
educação sem engajamento político, sem compromisso ético, sem rebeldia,
sem respeito às diferenças culturais, sem amor pelos educando.
E pensando nisso, buscamos, junto com estas, alternativas para o
trabalho na construção de uma escola, que prime pela autonomia do seu corpo
docente, dos educando e de suas famílias, da equipe de apoio, ou seja, uma
escola para todos.
Esse é um grande desafio, pois ao olhar para a prática de nossas
educadoras temos que olhar para o nosso próprio fazer, uma vez que atuamos
diretamente nas duvidas de nossos educadores.
Concordamos com Freire (1996, p.95) que sem a curiosidade não
aprendo nem ensino e que exercer a curiosidade é um direito que todos temos.
Nesse sentido acreditamos que os espaços de formação possam
constituir-se em momentos onde os docentes sejam instigados em sua
curiosidade, experimentando e saboreando o mundo, estabelecendo com o
conhecimento algo que os atravessa, os transforma algo conectado assim
como a própria vida.
E lutando por este profissionalismo, educadores, diretor, pedagogo,
busca a formação através dos grupos de estudos, palestras junto à secretaria
do Estado que tem proporcionado esta formação.
GESTÃO ESCOLAR EXPRESSA ATRAVESDE PRINCÍPIOS DEMOCRÁTICOS E DE FORMA COLEGIADA
Este Projeto Político Pedagógico, na sua estruturação atingiu muitos
objetivos, possibilitando a construção gradual da autonomia da escola,
envolvendo uma gestão competente e democrática, atendendo às ações
pedagógicas e administrativas; a valorização dos educandos e familiares,
havendo maior satisfação no ambiente escolar, com um verdadeiro clima
educacional, com ações, projetos que integrem toda a comunidade escolar
sempre respeitando as lideranças e toda comunidade indígena Guarani
Nhandewa.
PLANOS DE TRABALHO DOCENTE
CONSIDERAÇÕES FINAIS DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Foi muito válido a formulação do Projeto Político Pedagógico, pois
ampliou nossos conhecimentos, nos levou a repensar nossa prática
pedagógica, resgatando a escola enquanto espaço público, no processo da
discussão aberta e séria que recupero a capacidade de reflexão por parte da
equipe pedagógica, professores, alunos e pais no interior do coletivo escolar.
A escola institui o princípio e a prática de que todos os integrantes do
processo educativo têm a capacidade de ouvir e serem ouvidos e a disposição
de participar da livre discussão, na busca de elaboração das propostas pela
explicitação conjunta de todas as concepções.
Para que tudo isso aconteça, devemos estar sempre comprometidos
com a construção de uma escola dinâmica, desenvolvendo assim, o potencial
que existe dentro de cada ser humano, buscando sempre meios para uma
aprendizagem de qualidade.
Fazer uma escola que garanta aos alunos um ensino de qualidade é a
nossa grande meta. Para que isso se realize todos os esforços serão utilizados,
no sentido de proporcionar as melhores condições de trabalho, os materiais
mais adequados e os projetos mais envolventes, que ofertem aos alunos
possibilidades de ampliar seu conhecimento em todas as áreas,principalmente
da sua identidade cultural .
Serão oportunizados atividades inovadoras, com parcerias e o
compromisso de entender a sua realidade e sempre que possível intervir nela,
modificando-a para melhor.
Nossa escola educará seus alunos, inseridos na comunidade com o
compromisso da preservação do meio-ambiente e também motivados para
uma convivência social prazerosa no âmbito escolar e fora dela.
E a todos os alunos será dada igualdade de oportunidades no
desenvolvimento de uma aprendizagem ativa.onde a equipe pedagógica, os
professores, funcionários, trabalharão para que todos os objetivos da escola se
concretizem junto da comunidade indígena fazendo a diferença para que seja
uma educação de qualidade.
Cornélio Procópio, 27 de setembro 2010
______________________ __________________________
Diretora Responsável Pedagoga
DALIDES CARNELOS TIXEIRA VANDA LÚCIA DE SOUZA SILVA
_________________________ -----------------------------------------
Professoras Lideranças indígenas
ANA ALICE DOS SANTOS JOÃO MARIO DA SILVA
SILVANETE MOREIRA SANTOS ESTANILADIA VOGARIM MEDINA
RUTE MEDINA VOGARIM E OUTROS
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NHNDEWA-RUPI NHANDE AYWU ÃGWÃ.
Para falarmos nossa língua.
Livro de leitura Nhandewa-Guarani
Indíos na visão dos Indíos.
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Cadernos Temáticos da diversidade.
MAINO´~I RAPÉ.O caminho da sabedoria.INSTITUTO DO
PATRIMÕNIO HISTÓRICO E ARTISTICO NACIONAL CENTRO NACIONAL
DE FOLCLORE E CULTURA POPULAR.RIO DE JANEIRO.Cadernos
Temáticos:Educação Escolar Indígena.
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