Schopenhauer felicidade

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Filosofia Pessimista e a Felicidade Arthur Schopenhauer Nascimento: 22 de fevereiro de 1788 Morte: 21 de setembro de 1860

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Filosofia Pessimista e a Felicidade

Arthur SchopenhauerNascimento: 22 de fevereiro de

1788Morte: 21 de setembro de 1860

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Schopenhauer - Obras principaisSchopenhauer - Obras principais

As Dores do MundoSobre a Raiz Quádrupla do Princípio da Razão Suficiente O Mundo como Vontade e Representação Parerga e Paralipomena (1851) (Suplementos e Escritos Secundários)Metafísica do Amor/Metafísica da MorteA Arte de InsultarSobre o Ofício do EscritorA Arte de Ter Razão ou Como Vencer um Debate sem Precisar ter RazãoA Arte de Ser FelizA Arte de Lidar com as MulheresAforismos para a Sabedoria de Vida

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A publicação de Parerga e Paralipomena, obra com cerca de 1000 páginas, trouxe fama internacional aofilósofo.

Desmembrado em tratados mais curtos – o mais celebre Aforismos sobre a sabedoria de vida – permitiu a Schopenhauer exercer enorme influência em diversas personalidades, destacando-se: Eduard von Hartmann, Nietzsche, Simmel, Wagner, Thomas Mann, Bergson, Freud, Machado de Assis e Augusto dos Anjos.

(Esta relação seria praticamente interminável...)

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Influência de Schopenhauer no último capítulo de Influência de Schopenhauer no último capítulo de Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis:

"Este último capítulo é todo de negativas. Não alcancei a celebridade do emplasto, não fui ministro, não fui califa, não conheci o casamento. Verdade é que, ao lado dessas faltas, coube-me a boa fortuna de não comprar o pão com o suor do meu rosto. (...) Somadas umas cousas e outras, qualquer pessoa imaginará que não houve míngua nem sobra, e conseguintemente que saí quite com a vida. E imaginará mal; porque ao chegar a este outro lado do mistério, achei-me com um pequeno saldo, que é a derradeira negativa deste capítulo de negativas: - Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria.“

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Depoimento de Freud, em sua autobiografia:

“Há amplas coincidências da psicanálise com a filosofia de Schopenhauer, ele não somente afirma o primado da afetividade e a extraordinária importância da sexualidade, mas também estava a par do mecanismo do recalcamento.”

Freud dizia ter elaborado a teoria psico-analítica a partir da observação dos seus pacientes e não sob influência de qualquer filósofo ou “atitude especulativa”. Para Lacan, admitem-se atualmente tanto Schopenhauer quanto Nietzsche como precursores do método analítico.

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Palavras de Schopenhauer sobre a vontade inconsciente:

Consciência é mera superfície de nossa mente, da qual, como da terra, não

conhecemos o interior, mas apenas a crosta. Sob o intelecto consciente, está a vontade, consciente ou inconsciente, uma força vital

esforçada e persistente, uma atividade espontânea, uma fonte de desejo imperioso. Pode, às vezes, parecer que o intelecto dirige a vontade, mas apenas como um guia dirige

seu amo; a vontade é o cego robusto que carrega em seus ombros o coxo que vê.

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Palavras de Schopenhauer sobre a vontade inconsciente:

Os homens são aparentemente puxados pelo que está em frente; na realidade são

empurrados por trás; imaginam que são conduzidos por aquilo que vêm, quando na

verdade são impelidos pelo que sentem, pelos instintos de cuja atuação não têm, muitas

vezes, consciência.

O intelecto se cansa, a vontade nunca; o intelecto necessita de sono, mas a vontade

trabalha mesmo durante o sono.

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O Mundo como vontade e representação

“A vontade é a substância íntima, o motor de toda coisa particular e do próprio todo. Ela se manifesta na força cega da natureza e se encontra na conduta racional do homem.”

A vontade é a raiz metafísica do mundo e da conduta humana; ao mesmo tempo, a fonte de todos os sofrimentos. A filosofia de Schopenhauer é profundamente pessimista, já que a vontade é concebida como algo sem nenhuma meta ou finalidade, um querer irracional e inconsciente. O prazer é momento fugaz de ausência de dor e não existe satisfação durável. Todo prazer é ponto de partida de novas aspirações, sempre obstadas e sempre em luta por sua realização: “Viver é sofrer”.

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O Mundo como vontade e representação

”O mundo é minha representação.”

 A tese básica da filosofia de Schopenhauer é a de que o mundo só é dado à percepção como representação: o mundo é, portanto, puro fenômeno ou representação do sujeito que conhece.

O estudo da representação conduz aos princípios da razão, à metafisica do belo (arte é representação sem as categorias da razão; a música é a arte que melhor expressa a vontade, o impulso universal), à ética da vontade (fonte maior do pessimismo: a morte é a vitória da espécie sobre o indivíduo).

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O Mundo como vontade e representação

“Apenas em um ponto tenho acesso a outro mundo que não seja o da representação. Esse ponto está dentro de mim. Quando percebo meu corpo, isso ainda é representação. Mas também estou consciente dos anseios e motivos que dão origem a essa representação: isso é a vontade. Apenas dentro de mim tenho de fato esse duplo conhecimento do mundo como vontade e representação”.

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Schopenhauer – A Arte de Ser felizSchopenhauer – A Arte de Ser feliz

Plano da obra: Coletânea de 50 aforismas sobre a arte de viver bem.

Publicação póstuma, já que não se esperava encontrar entre os escritos do “filósofo do pessimismo” um tratado sobre a felicidade, intitulado pelo próprio autor de eudemonologia.

Os aforismos são anotações de vários escritores e filósofos (Platão, Aristóteles, Epiteto, Sêneca, Goethe), acrescidos das máximas do próprio Schopenhauer.

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Resumo e comentários elaborados pelo professor Reinério L. M. Simões.

UERJ/UNIGRANRIO