Saxofone Técnica Básica

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1 ÍNDICE Introdução..................................................... ............................................................... ......3 Uma breve história do saxofone....................................................... .................................4 Características construtivas................................................... ............................................6 A família do saxofone....................................................... ................................................7 As partes do saxofone....................................................... .................................................9 Tessitura...................................................... ............................................................... ......10 Características Básicas para Execução....................................................... .....................14 ©José de Carvalho/2015 www.josedecarvalho.com [email protected]

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tecnicas de sax

Transcript of Saxofone Técnica Básica

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ÍNDICE

Introdução..........................................................................................................................3

Uma breve história do saxofone........................................................................................4

Características construtivas...............................................................................................6

A família do saxofone.......................................................................................................7

As partes do saxofone........................................................................................................9

Tessitura...........................................................................................................................10

Características Básicas para Execução............................................................................14

O saxofone e a família das madeiras...............................................................................16

Boquilha...........................................................................................................................17

Palheta.............................................................................................................................18

Abraçadeira......................................................................................................................22

Princípios básicos para respiração...................................................................................22

Embocadura.....................................................................................................................24

Notas longas....................................................................................................................26

Afinação..........................................................................................................................29

Articulação......................................................................................................................29

Escala maior....................................................................................................................33

Mecanismos.....................................................................................................................34

Pratica de grupo...............................................................................................................35

Saxofones barítono, baixo e contra baixo.......................................................................38

Postura do corpo e correias.............................................................................................40

Vibrato............................................................................................................................44©José de Carvalho/2015

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Cuidados básicos.............................................................................................................45

Orientações para comprar instrumento...........................................................................46

Repertório para referência..............................................................................................46

Métodos adicionais.........................................................................................................47

Conclusão.......................................................................................................................49

Referências bibliográficas..............................................................................................50

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INTRODUÇÃO

Após sua primeira audição em uma obra orquestral, por volta de 1844 na ópera Last King of

Juda, de Georges Kastner (1810-1867), o saxofone se popularizou pelo território europeu,

passando a fazer parte das bandas militares francesas. Com a fabricação em série, o saxofone

passou a ser distribuído em todos os continentes, adquirindo uma personalidade distinta em

cada cultura.

Na Europa seu som aproxima-se das cordas; nos Estados Unidos da América o saxofone

tornou-se uma das vozes mais radicais e importantes do Jazz, conquistando o mercado

fonográfico e tornando-se conhecido em todo mundo.

O saxofone é um instrumento muito versátil e expressivo, por isso ele deve ser bem

controlado. Se o músico não aprender a controlar bem o seu saxofone, ele sempre vai soar

exagerado e caricato, e é justamente aí que se esconde a dificuldade de tocar verdadeiramente

bem. Dependendo da boquilha, palheta, embocadura, possui uma gama de timbre e

sonoridades que vai do som mais amadeirado e escuro (saxofone erudito) ao som mais

metálico e estridente (música popular, Jazz, Rock, pop etc.); portanto é necessário ter

conhecimento do instrumento para buscar um timbre que seja compatível com instrumentos

de orquestras sinfônicas.

Esse trabalho está inclinado totalmente para a vertente da Música de Concerto e/ou a chamada

música erudita, visto que é nesta segmentação onde nossa orquestra encontra-se situada. O

objetivo desse trabalho é instruir os irmãos saxofonistas da CCB quanto às características

sonoras e a execução do saxofone na música de concerto, visando adequação do instrumento à

proposta musical de nossas orquestras.

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UMA BREVE HISTÓRIA DO SAXOFONE

Antoine Joseph Sax nasceu no dia 6 de Novembro de 1814 numa cidade belga chamada

Dinant. Sax aprendeu o ofício de seu pai, que era construtor de instrumentos e desde muito

novo esteve ligado ao mundo da fabricação de instrumentos musicais. Antoine Joseph,

apelidado de “Adolphe”, estudou clarinete e flauta no conservatório de Bruxelas com Bender

(diretor de música do regimento de Guides). Ao tocar e familiarizar-se com o clarinete foi-se

apercebendo daquilo que achava serem imperfeições e logo fez questão de melhorá-las.

Sax destacou-se na construção de instrumentos de sopro: clarinetes, flautas, mas também

guitarras, harpas, violinos e pianos. Apresentou-se oficialmente pela primeira vez na

Exposição Nacional de Bruxelas entre Outubro e Novembro de 1835, exibindo um clarinete

com 24 chaves. O trabalho deste fabricante foi apoiado por muitas personalidades estrangeiras

tais como Georges Kastner (autor de obras pedagógicas e algumas composições), Fétis

(fundador da Revue Musical), Habeneck (que estreou as sinfonias de Beethoven em Paris),

Savart (professor do Colégio de França), Berlioz e o general Rumigny.

Em Outubro de 1842, depois de obter um subsídio do governo belga, Sax fixou-se na Rua

Neuve-Saint-Georgesem Paris, onde teve que competir com outros grandes fabricantes de

instrumentos. Graças a um empréstimo do flautista Dorus, Sax adquire uma espécie de

armazém que vai lhe servir de alojamento. Pouco depois, em 1843 abre uma fábrica de

instrumentos onde vende seus produtos, em Outubro do mesmo ano a Revueet Gazette

Musicale fala do interesse despertado pelo clarinete baixo de Sax nos clarinetistas da ópera de

Paris.

No ano de 1848, transformou a sua modesta oficina numa grande fábrica, que contava com

191 trabalhadores e de onde saíram 20.000 instrumentos entre os anos de1843 e 1860. Nessa

mesma oficina construiu também uma sala de concertos que, pouco a pouco, foi conseguindo

uma grande reputação. Com este sucesso, não tardaram as conspirações contra Sax.

Em Dezembro de 1843 amplia novamente o seu clarinete baixo e desta vez Berlioz utiliza-o

no seu Requiem, sendo o próprio Sax a interpretá-la. Pouco tempo depois, o mesmo Berlioz

organiza um concerto que foi realizado na sala Herz de Paris, transcrevendo o seu Chant

Sacré para um conjunto de seis instrumentos, todos eles inventados por Sax. Sax demonstrou

que o timbre de um instrumento está determinado, não pela natureza do material que o

instrumento é construído, mas sim pela proporção de ar que é emitida para dentro deste.

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Bom entendedor dessa lei, conhecida como Lei das proporções, Sax aperfeiçoou, engrandeceu

e completou grande parte dos instrumentos de sopro, madeira ou metal. Inventou novos tipos

de instrumentos, como: Saxtrompas ou Bombardinos/Eufonium (corno sax), família de seis

membros. Foi um instrumento que se utilizou em bandas com frequência e foi patenteado em

1843.-Sax-trombas, família de sete membros patenteada em 1845. -Saxofones, família de sete

membros registrada em 1846-Saxtubas, patenteada em 1849.

Sax também se interessou por instrumentos de percussão e durante os anos de 1852 e 1863

registrou uma série de patentes relativas a timbales, bombos e tambores. Defende que a

qualidade sonora é proveniente da quantidade e pressão de ar emitida para o interior do

instrumento, e não da qualidade do material que este é construído. Sax viveu uma vida longa;

ficou arruinado por três vezes, mas nunca deixou de estudar, inventar e aperfeiçoar

instrumentos. Morreu em 7 de Fevereiro de 1894 com 80 anos de idade, completamente

arruinado, deixando ao mundo da música uma grande contribuição.

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CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS

O Saxofone é um instrumento jovem, nascido em meados do século XIX. Nessa época, a

fabricação de instrumentos baseava-se na afinação, na facilidade da emissão de som e na

digitação. Em 1840, Adolphe Sax, já em Bruxelas, se encarrega de gerir a oficina de seu pai;

ele teve a ideia de criar um instrumento de sopro em que a sonoridade deste se aproximasse

dos instrumentos de cordas, mas que tivesse mais intensidade e, ao mesmo tempo, não fosse

muito difícil de tocar.

A partir dessa idéia surge o saxofone, um dos poucos instrumentos de uso comum na música

ocidental que é tão conhecido e, ao mesmo tempo, tão desconhecido. Este instrumento

combina as características do oboé (tubo cônico, porém mais largo) e do clarinete (boquilha e

palheta simples). A popularidade do saxofone deve-se à sua difusão em meios como o teatro

musical, a opereta e em movimentos musicais tais como música militar e, sobretudo, o Jazz,

apesar de ter sido criado para tocar em bandas e orquestras sinfônicas.

Os saxofones foram construídos em várias tonalidades: em Fá e Dó, destinados à orquestra

sinfônica e em Mib e Sib, destinados a tocar em bandas militares. O saxofone surge a partir de

uma experiência de Adolphe, que adaptou uma boquilha de Clarinete ao bocal de um

Oficleide.

O Oficleide é um instrumento antecessor ao Saxofone e foi largamente usado em bandas

marciais e civis até o século passado. Trata-se de um instrumento feito de metal que possuía

chaves com sapatilhas e bocal como o trompete. É uma evolução de outro instrumento

chamado “Serpentão”, que também era feito de um tubo oco contorcido de madeira.O

resultado foi um novo instrumento que ele batizou de Saxofone; o nome é o resultado da

junção do nome de sua família, ”Sax”, com o sufixo “fone” que quer dizer voz.

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O Saxofone foi patenteado em 1846 incluindo 14 variações: Sopranino em Eb, Sopranino em

F, Soprano em Bb,Soprano em C, Alto em Eb, Alto em F, Tenor em Bb, Tenor em C,

Barítono em Eb, Barítono em F, Baixo em Bb, Baixo em C, Contra Baixo em Eb, Contra

Baixo em F. Contudo os mais usados pela relação acústica são o Soprano em Bb, Alto em Eb,

Tenor em Bb e o Barítono em Eb.

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A FAMÍLIA DOS SAXOFONES

Apesar de o saxofone pertencer a uma família de oito membros (contrabaixo, baixo, barítono,

tenor, melody (tenor em C), alto, soprano e sopranino, os compositores se limitaram a utilizar

o saxofone alto na maioria das peças e algumas poucas vezes o tenor e o soprano, deixando os

restantes para segundo plano.

Estes instrumentos comportam-se como uma verdadeira família, tendo qualidades e defeitos,

que se podem considerar como hereditários, guardando cada um o seu próprio caráter e

personalidade. Um é ligeiro, o outro é sombrio, um é caprichoso e outro é profundo. Hoje em

dia são fabricados em série seis destes oito saxofones, e mesmo assim em quantidades muito

desiguais.

O contrabaixo só existe cerca de uma dezena de exemplares, sendo alguns deles já peças de

museu. Reunidos todos os saxofones, estes atingem um âmbito igual ao de uma orquestra. A

combinação do corpo metálico com a embocadura proporciona ao saxofone uma vasta

variedade de sons, desde a sugestão de notas metálicas da trompa ao som profundo e

melodioso do violoncelo, passando pelos timbres agudos e delicados da flauta.

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AS PARTES DO SAXOFONE

O saxofone é composto de: boquilha (com palheta e braçadeira), tudel e corpo (campana com

a curva soldada).

FIGURA 1 DA ESQUERDA PARA A DIREITA:

TUDEL, PALHETA, ABRAÇADEIRA, BOQUILHA,

CAPA PARA BOQUILHA E O CORPO COM A CAMPANA SOLDADA.

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TESSITURA

O saxofone, tal como muitos outros instrumentos, é transpositor, isto quer dizer que não se

escreve na partitura do saxofone as mesmas notas que o público ouve. Isto acontece para que

os saxofonistas só tenham de aprender uma digitação para toda a família dos saxofones.

Por exemplo, se quer que um saxofonista toque o lá do diapasão, na partitura aparecerá: Para

saxofone sopranino: Fá # Para saxofone soprano: Si Para saxofone alto:Fá # Para saxofone

tenor: Si Para saxofone barítono: Fá # (agudo).

Diz-se que o soprano está em Si b, porque quando ele toca a nota Dó, o que se ouve é um Si b.

Apesar das possibilidades de extensão no superagudo (harmônicos), todos os saxofones têm o

mesmo âmbito, duas oitavas e uma sexta menor, à exceção do saxofone barítono, que possui

mais uma nota (Lá grave), que lhe permite tocar, em som real, um Dó, que seria um Dó grave

para o violoncelo.

A família, do mais agudo ao mais grave, se apresenta assim (as proporções mostradas

nas fotos entre os instrumentos, não correspondem as dos tamanhos reais):

SOPRANINO EM MIb

Fabricado em forma reta, como mostra o exemplo acima. Trata-se de instrumento raro, pois

no Brasil há poucos exemplares.

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SOPRANO RETO / CURVO EM SIb

Existe um modelo de soprano que têm formato curvo, erroneamente de sopranino. Seu tubo é

curvo ao invés de reto, devido a isso ele parece ter um tamanho menor, mas tem as mesmas

medidas, sendo, tal como o reto, também um saxofone soprano.

ALTO EM MIb

TENOR EM SIb

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BARÍTONO EM MIb

BAIXO EM SIb

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CARACTERÍSTICAS BÁSICAS PARA EXECUÇÃO

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O Som do saxofone / como o som é produzido:

O som do saxofone é produzido através da vibração da palheta que se espalha pela vibração

da boquilha e para todo o instrumento. A palheta vibra porque ela é flexível. Fazemos a

palheta vibrar porque quando sopramos criamos uma diferença de pressão de ar.

“Som básico” e “Som modificado”

Todos que decidem aprender tocar saxofone iniciam nesse momento (ou deveriam), suas

buscas, discussões, pesquisas, debates e experiências sobre os equipamentos e fundamentos

básicos necessários para tocar esse instrumento. Contudo, antes de qualquer coisa, julgamos

necessário pensar um pouco sobre o lugar que o saxofone ocupa em nosso universo musical.

Com frequência, as pessoas iniciam o estudo do saxofone tendo em mente um estilo musical

determinado que gostam de ouvir. É natural, portanto, que dediquem todas suas forças em

tentar (desde as primeiras notas) reproduzir o som e esses estilos ao tocar o instrumento.

Entretanto, o saxofone é um instrumento muito propício às modulações do timbre e às

distorções do som. Aliás, essas são características principais que tornaram o saxofone tão

popular como instrumento solista. Desta forma, acreditamos ser de grande utilidade a reflexão

sobre dois conceitos sonoros extremamente importantes, os quais chamaremos de “som

básico” e de “som modificado” (ou “som alterado”).

Compreender a diferença entre esses dois simples conceitos é determinante para o bom

desenvolvimento dos fundamentos básicos, para a escolha dos fundamentos básicos e para a

metodologia a ser utilizada para aperfeiçoar o controle sobre o que realmente se quer realizar

com o instrumento.

“Som básico” - É aquele que reflete fielmente o timbre do conjunto

instrumento-boquilha-palheta-abraçadeira, produzido por um sopro com

velocidade constante através de uma embocadura firme e estável. Esse som

tem as mesmas características de timbre nas diferentes regiões do instrumento

e nas diferentes dinâmicas. As notas não possuem modulações ou distorções

de afinação.

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“Som modificado” - É toda e qualquer alteração que se faça ao “som

básico”, por movimento e alterações da embocadura, da língua, do sopro, da

garganta etc. No “Som modificado”, a nota não aparece simplesmente com

aquela altura definida por uma frequência, mas, sim, envolta por efeitos

sonoros que caracterizam determinados estilos musicais.

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O SAXOFONE E A FAMILIA DAS MADEIRAS

O saxofone pertence à família das madeiras ou dos metais, ou nenhuma? Abaixo segue alguns

itens que sustentam o saxofone como pertencente à família das madeiras.

1- Estruturalmente ele tem a conicidade e a tessitura semelhante ao oboé.

2- Os primeiros métodos para o instrumento eram de oboé pela semelhança de tessitura. Atualmente as principais universidades do mundo e do Brasil que oferecem o curso de bacharelado em saxofone erudito utilizam-se de um dos principais métodos escritos para oboé, FERLING, W. 48 Études. Paris: Alphonse Leduc, 1946.

3 - A digitação é semelhante à flauta e clarineta.

4 - A boquilha é semelhante a da clarineta.

5 - As características timbrísticas originais (som real) e a maneira de se emitir o som por meio da vibração da palheta.

6 - Quando há a participação do saxofone nas orquestras (seja ela qual for) e bandas sinfônicas (neste caso sempre), o saxofone posiciona-se junto com a seção das madeiras (inclusive ensaia junto com este naipe).

Abaixo um excerto visual da obra “Bolero de Ravel”, onde os saxofones tenor e soprano são

utilizados. Nota-se que o posicionamento de ambos é feito na mesma fileira das madeiras, ao

lado dos clarinetes, clarones e fagotes, e atrás do flautim, flautas, oboés e corne inglês:

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SaxofoneTenor

Demais madeiras

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Todos os fatores elencados acima, somados ao capítulo do livro didático, Instrumentos da

Orquestra de Roy Bennett (BENNETT, 1985, p. 12-30) onde o saxofone está incluído como

instrumento pertencente à família das madeiras, reforça a tese que o saxofone pertence à

família das madeiras. Outrossim, se queremos o saxofone com tal característica sonora para o

bem de nossas orquestras, é importante reforçar isso, porém, como tudo na vida, nada é

absoluto.

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SaxofoneSoprano Reto

Demais madeiras

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BOQUILHA

As boquilhas normalmente são construídas em ebonite ou

metal, mas também podem ser construídas em plástico e,

muito raramente, em madeira ou cristal.

Ao contrário do que se costuma pensar, o material com que

as boquilhas são construídas importa muito menos do que a

sua forma. A boquilha é constituída por várias partes: a

abertura, a mesa, a câmara, paredes laterais, bisel, janela e

ponta.

A abertura é a distância que separa a ponta da boquilha da

palheta. Com uma abertura pequena (uma boquilha fechada),

o saxofonista tem tendências a tocar com palhetas mais duras

e o seu som será mais fosco e aveludado (som de madeira).

Com uma abertura grande (uma boquilha aberta), será difícil

tocar afinado e a tendência é tocar com palhetas moles,

deixando o som mais brilhante e estridente.

A mesa da boquilha é a parte plana que se prolonga até a

parte curva. É sobre esta (mesa) que deve ser colocada a palheta. O comprimento da mesa

inclui também o comprimento da parte curva.A câmara é a parte interior da boquilha onde

nasce o som. O seu formato é muito importante e determina a qualidade do som. Uma câmara

pequena, com um teto baixo produz um som rico em harmônicos.

Por outro lado, uma câmara grande, com um teto alto produz um som mais sombrio. Em

geral, na música erudita utiliza-se uma boquilha com uma mesa curta ou mediana e de

abertura pequena (boquilha fechada). No Jazz, as boquilhas com mesa e abertura grande são

as preferidas (boquilha aberta). Existem muitas boquilhas, Pierret, Otto link, Claude Lakey,

Bari, Yamaha, Yanagisawa, B e N, Meyer, etc.

Sugestão de boquilhas para a prática do saxofone na música de concerto:

Para obter o som puro do saxofone, é preciso uma combinação de boquilha e palheta com

numeração adequada para essa boquilha.

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Exemplos de boquilhas para a prática do erudito:

Vandoren câmara/modelo V5 e Vandorem série Optmum

Selmer modelos: S 80, Soloist, S 90, Métal Classic e o modelo Concept

Eugene Rousseau modelo Classic “R” e modelo New Classic

Jaf (linha erudita)

É importante colar uma almofada (adesivo gelatinoso colado onde se apoiam os dentes sobre

a boquilha no bisel), além do conforto, interfere diretamente na sua embocadura e sonoridade.

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PALHETAS

A palheta, somada aos outros itens elencados no capítulo “o saxofone e a família das

madeiras” desta apostila, classificam o saxofone como membro pertencente à família das

madeiras. É uma das partes mais delicadas e importantes para a emissão do som. Da sua

qualidade depende não só o som, mas também a flexibilidade do instrumentista.

As palhetas de saxofone extraem-se duma planta chamada ArundoDonax. O ArundoDonax

mais apreciado provém de da região de Var, no sul de França junto ao Mediterrâneo.

Dependendo da parte onde é cortada pé ou cabeça da planta, a palheta tem qualidades

diferentes, distribuindo de maneira diferente a umidade e resistindo de maneira diferente à

temperatura. A palheta é constituída por várias partes: talão, partes laterais, bisel, coração e

ponta. A palheta é constituída por várias partes: talão, partes laterais, bisel, coração e ponta.

Se a sua palheta está molhada, seque o mínimo possível com pano de algodão e guarde numa

caixa especial de palhetas, nunca deixe a palheta solta no estojo, ela é muito frágil e vai

quebrar. Evite passar panos e os dedos na palheta demasiadamente. Procure tocar apenas na

parte onde há a casca. Devemos ter um cuidado especial com as palhetas. Tenha pelo menos 4

palhetas e use-as alternadamente para que durem mais.

Nunca mexa na ponta da palheta, não corte, não aperte, não toque, não lave, não esquente, não

lixe, não torça. Se você acha que a sua palheta precisa ser ajustada, peça ajuda a quem sabe

fazer isso. Se mesmo depois de ajustada, a palheta não ficar boa, jogue fora e compre outra,

pois palhetas não duram para sempre, elas precisam ser trocadas sempre que não estiverem

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vibrando mais ou estiverem quebradas. Tente não se acostumar a “trabalhar” (lixar, raspar,

cortar) todas as suas palhetas, pois a tendência é que, com o passar do tempo, só se consiga

tocar com palhetas previamente lixadas ou modificadas.

Quando for comprar uma palheta, escolha uma que seja simétrica: coloque-a contra a luz e

observe se ela é igual: se um lado não está mais escuro que o outro. (foto1). Escolha palhetas

maduras, fuja das verdes e claras: olhe na parte traseira e você vai observar uma linha escura

muito fina logo abaixo da casca; isso indica que a palheta está madura (foto 2). Não fique

trocando de marca e número de palheta todo dia.

Use a mesma marca e número durante alguns meses, antes de criar sua opinião sobre ela.

Sempre umedeça a palheta antes de tocar, colocando-a na boca por alguns instantes. Se

preferir molhá-la com água, não a deixe imersa por muito tempo, pois isso a deformará.

Existem fabricantes que pesquisam palhetas de outros materiais, que não são cana.

No mercado atualmente, além das palhetas plastificadas (plasticover), temos palhetas em

plástico e fibra de vidro (bari e fibracell). A vantagem dessas palhetas é estarem sempre

prontas para o uso e estáveis com as mudanças climáticas. Contudo, nenhuma dessas

tecnologias ainda foi capaz de reproduzir o som rico em harmônicos e o timbre caloroso

e vivo de uma palheta de cana.

Não se acostume a usar apenas uma palheta. A pressão da embocadura se relaxa à medida que

a palheta se enfraquece e assim todas as palhetas parecerão forte demais.

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ABRAÇADEIRA

Para fixar a palheta à boquilha, Adolphe Sax, já em meados do século XIX, fabricou uma

abraçadeira metálica comparafusos (parecida com a que se utiliza hoje em dia). Mesmo assim

os fabricantes e saxofonistas não param de criar novos modelos de abraçadeiras que permitam

uma maior aderência de palheta à mesa da boquilha sem ter de pressionar demasiado o talão.

Abraçadeiras metálicas: São mais adequadas para grandes salas de concerto ou para solistas.

Abraçadeiras maleáveis (couro e outros): São em geral adequadas a pequenas salas, musica

de câmara ou pequenos grupos.

Como testar uma abraçadeira:

Toque primeiro com sua abraçadeira habitual. Depois, sob as mesmas condições, teste a nova

abraçadeira; procure observar a suavidade, passagem por entre os registros, a consistência de

volume e qualidade de som nos graves, médios e agudos. Ao mesmo tempo, escute as

diferenças encontradas quando toca piano e forte. Verifique se é mais fácil tocar staccato ou

não. Se possível faça o teste com outro músico presente. Por vezes, as diferenças entre as

abraçadeiras são identificadas mais facilmente por outra pessoa e não pelo próprio músico.

Como escolher uma abraçadeira: Experimente os vários modelos de abraçadeiras disponíveis

em uma loja. Diversos tipos de abraçadeiras satisfazem necessidades diversas, qualquer que

seja o modelo.

Existem também outros modelos e marcas diferentes. Vale sempre lembrar. ”A melhor

abraçadeira é a que melhor se adapta as suas necessidades”.

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PRINCÍPIOS DA RESPIRAÇÃO PARA SAXOFONE

Texto, exercício e ilustrações extraídos do trabalho acadêmico “Respiração para instrumentos

de sopro” do professor Amarildo Nascimento (NASCIMENTO, 2015, p. 6-11).

Antes de começar a tentar produzir qualquer tipo de som em qualquer instrumento de sopro, é

de fundamental importância que se aprenda a respirar de maneira correta de forma a aplicar

essa respiração ao tocar. Cabe ao professor ser rigoroso em ensinar este tópico a seus alunos.

A prática da respiração deve ser feita diariamente antes de abrir o estojo do trompete e essa

prática será para a vida toda. O processo respiratório é realizado de forma simples e natural

com apenas dois atos: inspirar (“puxar” o ar para dentro dos pulmões) e expirar ou exalar

(soltar o ar que entrou nos pulmões). Mas, até que o ar chegue aos pulmões é necessário que

percorra um longo caminho. Todo esse processo do ar acontece através de um sistema

chamado: Sistema Respiratório. O sistema respiratório é formado por: “dois pulmões, as

fossas nasais, a boca, a faringe, a laringe, a traquéia, os brônquios, os bronquíolos e os

alvéolos”.

Veja ilustração do sistema respiratório na figura abaixo.

Todo ser - humano respira desde o primeiro até o último segundo de vida sem que ninguém

lhe ensine. Respirar é um processo natural e é uma das funções mais importantes do corpo.

Porém, quando se trata de tocar um instrumento de sopro ou de cantar, a respiração que

utilizamos em nosso cotidiano não é suficiente para a realização dessas atividades. É

necessário que se estude como respirar corretamente de maneira a aplicar estes estudos na

realização de tais atividades.

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O músico que toca instrumento de sopro ou canta precisa ter em mente que, além de tocar ou

cantar, o corpo necessita do ar para manter seu bom funcionamento. O primeiro treinamento

respiratório que se deve fazer é: como ter uma respiração completa. Para a maioria das

pessoas acontece o seguinte: quando se pede para alguém, não treinado, fazer uma respiração

profunda, nota-se que esse alguém estufa o tórax de maneira à quase “explodir”. Percebe-se

que essa não foi uma respiração completa porque, foi utilizada apenas uma parte dos pulmões.

Para que a respiração seja completa, é necessário que se imagine que está “enchendo a barriga

de ar” e depois o “tórax”. (Foi dito para imaginar porque é impossível encher a barriga ou o

tórax de ar. O ar só vai para um local: os pulmões). Entre os diversos músculos que envolvem

o ato de respirar, existe um que é o mais importante entre eles. Esse músculo é o diafragma. O

diafragma é classicamente descrito como um músculo delgado e achatado, que separa a

cavidade torácica da cavidade abdominal.

Veja figura abaixo.

Quando inspiramos de maneira correta, o diafragma desce, aumentando a cavidade do peito e

diminuindo a pressão interna do ar, que por conseqüência, entra nos pulmões. Pode-se

observar também que os órgãos do corpo logo abaixo do diafragma ficam com menor espaço,

o que causa uma expansão do diâmetro da cintura. A expansão da cintura é um resultado da

contração do diafragma no momento da inspiração. A respiração está para os instrumentos de

sopro assim como o arco está para o violino e os instrumentos da família das cordas. Um dos

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primeiros ensinamentos que um aluno de violino recebe é como se deve trabalhar o arco,

porque, para produzir som o violinista dependerá totalmente dos exercícios realizados com o

arco. Do mesmo modo, os instrumentistas de sopro dependerão exclusivamente do ar para

conseguir produzir qualquer tipo de som. Levando tudo isso para a prática, é o momento de

vivenciar alguns exercícios de respiração para serem aplicados ao tocar.

EXERCÍCIO DE RESPIRAÇÃO

(ESTUDO DIÁRIO)

1- Com o dedo indicador encostado nos lábios (veja figura abaixo), faça inspirações e

expirações lentas e profundas. Respire sempre pela boca mantendo os cantos

relaxados. Pronuncie WÔW ao inspirar e THÔW ao expirar.

2- Encoste o dedo indicador nos lábios (como na figura acima) mantendo os cantos da

boca relaxados. Agora, pela boca, faça uma inspiração de 5 tempos seguida de uma

expiração de 5 tempos. Ao inspirar, pronuncie a palavra WÔW. Ao expirar pronuncie

a palavra THÔW.

EMBOCADURA

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A embocadura é a posição dos lábios e da musculatura facial correta para se obter o som do

instrumento. A embocadura é a conexão mais importante com seu instrumento.

Existem três conceitos básicos de embocadura.

1- Os dentes superiores se fixam sobre a boquilha (F.1).

2- Os lábios e a musculatura facial envolvem a boquilha por todos os lados (F.4).

3- O lábio inferior fica em contato com a palheta (F.1).

A partir deste conceito existem as variações:

A quantidade de boquilha que se põe dentro da boca determina a qualidade do som. Pouca

boquilha na boca (tocando na pontinha) deixa o som apagado a instável. Muita boquilha na

boca (engolindo mais) deixa o som estourado e descontrolado.

Geralmente os dentes superiores posicionam-se em torno de um centímetro e meio (1½)

partindo da ponta da boquilha (F. 3). A quantidade de lábio inferior para dentro ou para fora

depende da formação física de cada um. Contudo não se deve dobrar todo o lábio inferior,

nem deixar que a parte interna, mais vermelha, do lábio inferior escape para fora e apareça.

Exercícios:

1 - Faça várias vezes a embocadura sem o instrumento na frente de um espelho, sempre se

avaliando. Observe a máscara facial e veja se está no formato do exemplos.

2 – Repita a etapa anterior só com o tudel, boquilha e palheta, depois com o saxofone (tocar

notas longas). Procurar não dobrar muito o lábio inferior, porque quanto menos lábio na

palheta, mais ela vibra produzindo mais harmônicos.

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NOTAS LONGAS

“Para produzir um som firme, limpo e principalmente afinado, é extremamente importante

que todos os músicos pratiquem exercícios com notas longas diariamente, (não “pulem” essa

parte do estudo em hipótese alguma). Infelizmente, o estudo de notas longas tem sido muito

negligenciado pelos estudantes de instrumentos de sopro na CCB. Muitos acham que o estudo

é “chato” outros, têm pressa para começar a tocar um “monte” de notas rápidas ou “passar

logo” aquele estudo do método para começar a tocar mais rápido nos ensaios e cultos, mas se

esquecem de que: para correr é preciso, primeiro, saber andar” (NASCIMENTO, 2014, p. 23).

Músicos profissionais estudam notas longas todos os dias.

Principais benefícios:

.

Estabilidade do fluxo da coluna de ar e domínio sobre a velocidade do ar, habilitando

para execução de dinâmicas mp, p e p.

Fortalecimento e moldagem da mascara facial (todos os músculos que compõem a

embocadura).

A somatória dos itens acima resulta em uma melhora significativa favorecendo o

maior controle sobre a afinação.

Pratique os exercícios de notas longas a seguir:

EXERCÍCIO DE NOTAS LONGAS

(ESTODO DIÁRIO)

Procurar tocar com som firme e reto, atento à embocadura, afinação, respirações,

indicação de metrônomo e dinâmicas.

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H) Praticar somente com a boquilha:

1 - Tocar uma nota o mais grave que consiga alcançar somente com a boquilha.

Após encontrar e estabilizar esta nota, tocar de forma diatônica ascendentemente partindo da

nota mais grave até completar um pentacorde.

Exemplo - Sax alto: Fá, Sol, La, Sí, Dó.

2 – Repetir o exercício completando o pentacorde cromaticamente.

Exemplo: De meio em meio tom, Fá, Fá#, Sol, Sol#, La, La#, Sí, Dó.

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AFINAÇÃO

Estude com o afinador eletrônico, mas não tenha nele seu único recurso. Aprenda utilizar seus

ouvidos para corrigir as falhas de afinação do seu instrumento, e lembre-se que mesmo as

melhores marcas de saxofones também têm correções de afinação a ser feitas. O uso do

afinador é de grande utilidade, mas o principal objetivo é o desenvolvimento do treinamento

auditivo e não do visual.

Ao afinarmos o nosso instrumento com uma nota de referência (órgão na igreja ou com

diapasão e etc.) sopre sempre de forma natural e procure com pequenas alterações de pressão

e relaxamento na embocadura, perceber se sua afinação está “alta” ou “baixa” em relação a

referência. Ou seja, se houver oscilações ao tocar junto e elas diminuírem à medida que você

aumenta um pouco a pressão dos lábios, sua afinação está “baixa”. Se as oscilações

diminuírem à medida que você relaxa a pressão dos lábios, sua afinação está alta.

Principais benefícios:

Notas bem afinadas estabilizam o acorde beneficiando todo o conjunto musical.

ARTICULAÇÃO

O estudo da articulação é para que se obtenha controle sobre a língua, tanto na pronúncia da

sílaba quanto na velocidade, bem como a clareza e definição das notas.

Principais benefícios:

Precisão, agilidade e leveza na emissão do som,

Iniciar a nota com qualidade sonora, intensidade correta (conforme a necessidade) e

afinação constante.

Articular as notas sem alterar a forma de soprar.

Obs: O domínio da articulação contribui significativamente para um melhor manuseio do

fraseado no texto musical.

EXERCÍCIO DE ARTICULAÇÃO

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(ESTUDO DIÁRIO)

Pronunciar as notas com a sílaba “TU” (“Ti”)

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ARTICULAÇÃO/LIGADURA/ALTERNANCIA DE REGISTRO

(Na mudança de registro não fazer band/glissando (“Quaein”).

ESCALA MAIOR

A escala é a fonte para o domínio do idioma do instrumento e também um meio de

comunicação dentro da linguagem musical.

A importância do estudo das escalas:

“O estudo de escalas auxilia o músico a ter uma boa afinação e uma melhora na sincronia dos

dedos. É importante enfatizar que qualquer música é escrita a partir de uma escala. Portanto, é

imprescindível o estudo de escalas. Na CCB, é impressionante a quantidade de irmãos

músicos que não tem a menor noção do que é uma escala (a maioria conhece o “famoso” dó a

dó). Todo músico tem por obrigação decorar, no mínimo, todas as escalas maiores haja vista

que os hinos são todos em tonalidade maior” (NASCIMENTO, 2014, p. 35).

Principais benefícios:

O estudo diário das escalas propiciam maior agilidade nos dedos e maior fluência na

digitação em todas as tonalidades.

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EXEMPLO DE EXERCÍCIO DE ARTICULAÇÃO SOBRE A ESCALA MAIOR

(ESTUDO DIÁRIO)

Praticar este estudo sobre a escala maior em todos os tons com dinâmicas diferentes e

articulações variadas.

Forma de estudo: Começar lento, havendo progresso, aumentar a velocidade em quatro bpm

para cada repetição, objetivando cada vez mais, fluência nas escalas e suavidade nas

articulações.

EXERCÍCIOS DE MECANISMOS

(ESTUDO DIÁRIO)

Principais benefícios:

O estudo dos exercícios de mecanismos proporciona precisão, agilidade e

familiaridade com todas as posições objetivando o desenvolvimento do equilíbrio na

velocidade da digitação do saxofone.

Mecanismos 1©José de Carvalho/2015

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Mecanismos 2

ESTUDO/PRATICA DE CONJUNTO

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Nos cultos e ensaios, nota-se que há muitos irmãos tocando saxofone com sonoridades que

não são compatíveis com a massa sonora de uma orquestra e também não é raro a prática de

tocar mais forte, com uma intensidade muito acima dos demais instrumentos que tocam a

mesma voz, até mesmo, cobrir toda uma orquestra com o som do seu instrumento. Fato que se

dá, talvez, por não possuírem boas referências sonoras do instrumento e não ter o

entendimento da proposta musical de uma orquestra e principalmente das orquestras da CCB.

Efeitos: bands, glissando, som rocado e outros.

Na musica popular, muito embora haja liberdade para o uso, estes efeitos/ornamentos, são

utilizados comedidamente. Na música erudita ou na chamada música de concerto

contemporânea, também são utilizados quando o compositor escreve na partitura o efeito

desejado por ele. Nas orquestras da CCB não devemos fazer uso de tais efeitos por duas

razões lógicas; os hinos não são considerados música popular e tais ou nenhum efeito está

escrito no hinário. Portanto cuidemos para guardar os princípios básicos de coerência musical.

Este estudo destina-se para aplicação de todas as técnicas estudadas nas etapas anteriores.

Principais benefícios:

Desenvolver a prática de grupo, percepção e a cognição musical.

Aprimoramento da escuta ativa. A escuta ativa é não ouvir apenas apropria voz, é

ouvir ou tentar ouvir todas as vozes ao mesmo tempo e interferir de maneira

apropriada.

Desenvolver a capacidade de timbrar o som. Primeiro com o seu naipe ou categoria,

segundo com os outros instrumentos que tocam a mesma voz e por fim, com todo o

conjunto/orquestra.

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SAXOFONE BARÍTONO

“Efeito Ping Pong”

O que trataremos aqui como “efeito ping-pong” são as quebras de frases ocorridas durante a

execução da quarta voz do nosso hinário pelo sax barítono. A quarta voz também é tocada

pelos saxofones baixo e contra baixo, porém esses são menos propensos à tal problema (efeito

ping-pong) pois alcançam até a nota Fá -1 (uma oitava abaixo do que está escrito). Na busca

por notas no registro mais grave do instrumento, os irmãos tocam uma oitava abaixo, além de

saírem da tessitura proposta no hinário, gera saltos inexistentes na voz do baixo, contrários

aos escritos originalmente, gerando alteração de timbre e quebra de frase no caso

especificamente do saxofone barítono.

Portanto, toque sempre dentro da tessitura escrita no hinário e use instrumentos originais

buscando sempre uma unidade sonora com os outros instrumentos que tocam a quarta e/ou

mesma voz.

Exemplo do efeito ping-pong no sax barítono:

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SAXOFONES, BARÍTONO, BAIXO E CONTRA BAIXO

Quando tocamos em naipe, tudo é importante em relação à unidade sonora. A primeira

preocupação que devemos ter é com a afinação e o timbre, precisamos tocar afinados e

timbrar com os outros instrumentos que fazem a mesma voz. Para os saxofones, timbrar com

as tubas é uma tarefa que exige bastante, devido as diferenças nas características construtivas

desses instrumentos. Além disso, os saxofones (barítono, sax baixo e contra baixo) usados na

CCB, atualmente, são poucos os modelos originais. Muitos destes instrumentos foram

adaptados para alcançarem notas mais graves e outros até construídos ou reconstruídos

artesanalmente. Como resultado, temos percebido ao longo do tempo, muitos problemas de

afinação e de funcionamento. Por não serem anatômicos, também oferecem riscos

ergonômicos e outros males à saúde.

Portanto, toque sempre tocar dentro da tessitura escrita no hinário e use instrumentos

originais buscando sempre uma unidade sonora com os outros instrumentos que tocam a

quarta voz.

BOQUILHAS PARA SAX BAIXO E CONTRA BAIXO

Boa parte dos irmãos que tocam sax baixo acaba usando boquilha de sax barítono por serem

muito parecidas, fato que dificulta um timbre homogêneo com os demais instrumentos que

fazem a quarta voz. Por fora as boquilhas se parecem em forma e tamanho, porém as câmaras

possuem tamanhos diferentes. Outro fator que contribui significativamente para isso são os

preços. Atualmente existem poucos fabricantes e o preço de uma boquilha para sax baixo

custa em torno de dois mil reais (2000). Uma saída para este problema é buscar alternativas

em boquilhas de marcas genéricas.

EXERCÍCIO FINAL:

APLICAÇÃO PRÁTICA DAS TÉCNICAS ESTUDADAS NO HINÁRIO

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SUGESTÃO PARA POSTURA DO CORPO E O USO DE CORREIAS

Posição do corpo:

Os ombros devem estar soltos (sem tensão) para criar espaço para o pescoço. Ajuste a correia

para que o saxofone fique numa altura confortável e que sua cabeça não fique forçada para

trás nem para frente. O tudel e a boquilha devem ser girados e ajustados numa posição em que

não seja necessário dobrar a coluna ou o pescoço para o lado, em função de alcançar a boca na

boquilha. É o instrumento que deve moldar-se no corpo e não ao contrário. A melhor maneira

de posicionar as mãos no instrumento pode ser definida como uma maneira sem nenhuma

tensão nos dedos, nas mãos, nos braços ou nos ombros. O peso não pode ficar totalmente

sobre as mãos e a maior parte do peso do instrumento deve ser distribuído na correia. Com

uma posição correta é muito fácil chegar a uma boa técnica com limpeza e agilidade nas

notas. As mãos com os dedos nas chaves devem estar em forma de “C” e não em forma de

“V”.

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EXEMPLOS: Mão esquerda, como não devemos fazer...

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Exemplo correto/mão esquerda:

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Mão direita: Como não devemos fazer...

Mão direita: Maneira correta

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CORREIAS

Para o estudo do saxofone, evite usar a alça de sustentação (talabarte ou correia) no pescoço,

busque aquelas que distribuem o peso do instrumento sobre a região dorsal. E isso não apenas

para os saxofones maiores, como o tenor e o barítono, mas também para o alto.

Exemplos de correia para os saxofones Alto, Tenor e Barítono:

VIBRATO

Vibrato são pequenas oscilações de uma nota, muito usado no canto, tanto lírico como

popular, onde cada estilo/gênero vocal/instrumental têm sua forma própria quanto ao tamanho

da oscilação de amplitude e velocidade do vibrato. Frequentemente, o vibrato é usado como

forma de compensar inadequado desenvolvimento sonoro e afinação imprecisa. Quando

tocamos em naipe, não devemos usar vibrato para não interferir na afinação e no equilíbrio

sonoro do naipe. O bom vibrato, equilibrado e usado adequadamente, deveria integrar-se ao

estilo musical; quando chama atenção, é porque provavelmente se destaca dos limites do bom

gosto musical. O vibrato é um elemento expressivo no som do saxofone, muitos saxofonistas

utilizam o vibrato incessantemente tornando-o parte de seu som, porém, quando usado

inadequadamente, pode também ser uma parte muito traiçoeira no som do instrumento. Essa

prática não é aconselhada, pois o uso excessivo desse ornamento torna-se sem efeito; ele

deverá ser usado de acordo com o estilo em execução e, em alguns casos, torna-se

desnecessário. O vibrato é um ornamento como qualquer outro e precisa ser usado

comedidamente, por exemplo, se comparado a apoggiatura: imagine se colocarmos uma

apoggiatura em cada nota que tocamos; como ficaria? O saxofone é um instrumento com

muita projeção sonora e naturalmente se destaca, portanto todo cuidado é necessário.

CUIDADOS BÁSICOS

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Mais importante do que ter um instrumento de boa marca, é que o seu ESTEJA bom.

Portanto, entregue seu saxofone sempre que for preciso aos cuidados de um técnico

profissional e responsável para realizar a sua manutenção. Ele só trabalha com isso e tem

ferramentas e acessórios apropriados para a realização de tais serviços. Desconfie se seu

instrumento estiver apresentando muita resistência ou grande dificuldade na emissão de

algumas notas; pode ser que o problema seja de regulagem mecânica e não de execução.

Nunca, em hipótese alguma, lave seu instrumento montado na água corrente ou na banheira!

Limpe seu saxofone por fora após tocá-lo com uma flanela macia e seque-o por dentro com

um pano amarrado a um barbante numa ponta e um pequeno peso revestido na outra. A cada

dois anos, no máximo, leve seu instrumento ao seu técnico de confiança para fazer uma

limpeza completa e ele desmontará totalmente o saxofone e limpará minuciosamente peça por

peça. Seque seu instrumento mesmo depois de ter tocado poucos minutos, pois a condensação

começa a se formar a partir dos primeiros instantes de uso. Não utilize o “PadSaver”, também

chamado de escovão (espécie de arame com fios sintéticos em sua volta), feito para ficar

dentro do instrumento. Ele é extremamente ineficaz, pois conserva a umidade e permite a

oxidação dentro do corpo do saxofone e dos reverberadores (presos às sapatilhas) quando

feitos em metal. Também soltam fios dentro do tubo, e se um desses fios ficarem entre uma

chaminé e uma sapatilha isso causará o chamado micro vazamento. Além disso, o couro das

sapatilhas perde sua elasticidade e prejudica a sua função de junta. Depois de algum tempo de

utilização, algumas sapatilhas têm tendência a colar. Para evitar que isso aconteça, passe um

pano que não solte fios com um pouco de álcool líquido entre a sapatilha e a chaminé. Melhor

que o papel com talco que com o tempo acentua o problema. - Use pedaços de papel

recortados em forma de quadrado para secar as sapatilhas. Isso retardará o desgaste das

mesmas, principalmente as das chaves do registro agudo, que ficam mais úmidas que as

demais. Lubrifique seu saxofone em intervalo máximo de dois meses. O atrito de metal contra

metal é a principal causa de jogo nas chaves. Use uma pequena chave de fenda para colocar

uma gota de óleo em cada junta com parafuso e não se esqueça de lubrificar as molas.

ORIENTAÇÕES PARA COMPRAR O INSTRUMENTO

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Na hora de comprar um saxofone, temos dúvida sobre as marcas de saxofones. São

recomendados para os iniciantes os saxofones de mecânica moderna “made in China”, porque

são baratos, mais fáceis de pagar, de boa afinação e anatomia moderna. Algumas marcas são

facilmente encontradas no mercado como: Michel, Dolphin, Coniff, Condor, Eagle, Vince,

CSA, Maxtone, Conductor, Stagg, Jupiter, HandCraft, SelmerBandy, Shelter, Century, Olds,

L.A., Armstrong, Winston, Arena, Rmv, Pierret, Dolnet, York, Antigua, Winds, Buffet

Crampon, Conn e o nacional WERIL. Para quem deseja adquirir um instrumento superior

existem as linhas profissionais Yamaha, Yanagisawa, ou Selmer (Frances). Se preferir

comprar um instrumento mais antigo, os chamados instrumentos “vintage”, como por

exemplo: Martin, Buerscher, Conn, King, Galasso, Weril e outros, apesar de sua comprovada

e incontestável superioridade sonora, você pode se deparar com uma série de inconvenientes,

como afinação, mecânica ruim, ergonomia ruim e etc. Nesse caso é preciso consultar uma

pessoa experiente.

REPERTÓRIO BÁSICO PARA REFERÊNCIA

(A escuta musical, além de ser um prazer, é considerado parte dos estudos)

Repertório sinfônico:

Quadros de uma exposição Modeste Mossorgsky - orquestração de Maurice Ravel, A

Criação do Mundo – Darius Milhaud, Suite L`arlesiana - Georgies Bizet, Sinfonia

Domestica - Richard Strauss, Porg and Bess, Rapsody in blue - George Gershwin, Opera de

quatsous - Kurt Weill, O tenente Kijé op. 60 - Prokofiev, Concerto em memória de um anjo-

Alban Berg, Sinfonia nº 6 - Vaugham-Williams, Polyphonie- Pierre Boulez, Gruppen –

Karlheinz Stokhausen, West Side Story - Leonard Bernstein.

Concertos para saxofone e orquestra:

Concerto em Eb - Alexander Glazounov, Concertino da Câmera - Jacques Ibert, Concerto -

Pierre Max Dubois, Ballade - Henri Tomasi, Ballade - Frank Martin, Scaramouche –

Darius Milhaud, Concertino para sax alto e orquestra - Radamés Gnattali, Fantasia para sax

soprano e orquestra - Villa Lobos.

Repertório camerístico (solo, duos e pequenas formações):

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Capriceen Forme de Valse -Paul Bonneau, 12 Études-Caprices – Eugène Bozza,

Improvisation I, II e III- Ryo Noda, Sequenza IX b - Luciano Berio, Aria - Eugène Bozza,

Sonate - Paul Hindemith, Sonatine Sportive - Alexandre Tcherepnine, Sonata Opus 19. -

Paul Creston, Quartett Op.109 - Alexander GLASOUNOV.

Métodos adicionais para o estudo do saxofone:

FERLING, W. 48 Étudesdu Marcel Mule. París: Alphonse Leduc, 1946.

KLOSÉ, H. Methode Complete per Saxophones. París: Alphonse Leduc, 1951.

LACOUR, Guy. 50 ÉtudesFacileset Progressives 1 e 2. París: Gérard Billaudot, 1989.

LONDEIX, Jean Marie. Exercises Méchaniques pour lês Saxophones vol. 1. París: Henry

Lemoine, 1961.

MULE, Marcel. Enseignement du Saxophone – 24 ÉtudesFaciles – A. Samie.París: Alphonse

Leduc, 1946.

PRATTI, Hubert. L´AlphabetduSaxophoniste-Méthodopourdébutants. París: Gérard

Billaudot, 1979.

CONCLUSÃO

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Buscou-se neste trabalho, abordar a técnica básica e os principais benefícios proporcionados

pelo estudo consciente e sistemático delas, fundamentado nos principais pilares para uma boa

execução do saxofone. Espera-se com isso, auxiliar nossos irmãos encarregados regionais,

locais e instrutores no ensino do instrumento, como também propagar e incentivar o estudo do

saxofone na música de concerto, visando um futuro próspero do mesmo dentro de nossas

orquestras.

Entretanto, é extremamente importante que os irmãos músicos e candidatos que desejam tocar

saxofone na CCB, estarem esclarecidos sobre qual é a proposta musical de uma orquestra e

que o saxofone oferece inúmeras possibilidades de som, por isso, é preciso estar atento e

consciente buscando sempre o timbre do instrumento referenciado na escola erudita do

saxofone.

É sabido que o estudo de qualquer instrumento musical exige disciplina durante uma vida

toda, é preciso ter paciência, força de vontade e saber que é somente com o tempo e a prática

constante que se alcançará um maior domínio técnico e mecânico sobre o instrumento.

A persistência ainda é o melhor método para vencer as dificuldades.

“Mas esforçai-vos, e não desfaleçam as vossas mãos; porque a vossa obra tem uma

recompensa” (II Crônicas – 15:7).

Nota

Todos os exercícios intitulados como Estudos Diários, deverão ser praticados na frente de um espelho

com o auxilio de metrônomo e afinador, observando a embocadura, respiração, postura, precisão

rítmica e afinação.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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AMORIM, Bruno Barreto. A trajetória do saxofone no cenário musical erudito brasileiro

sob o enfoque do representacional.169 p. Dissertação (Mestrado em Música) – Programa de

Pós-Graduação em Música Stricto Sensu da Escola de Música e Artes Cênicas da

Universidade Federal de Goiás. Goiania, 2012.

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Musicologia) – Escola de Comunicações e Artes, Universidade de São Paulo, 2010.

BENNETT, Roy. Instrumentos da orquestra. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1985.

CAPISTRANO, Rodrigo. Apostila para o primeiro festival de musica de câmara do Ceará

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sonoridade na Música Erudita. Belo Horizonte, UFMG, 2003.

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REGENMORTER, Paula J. Van.Brazilian music for saxophone: a Survey of solo and small

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RYDLEWSKI, Paulo Eduardo de Mello. Uma Abordagem do Processo Composicional de

Mario Ficarelli a Partir da Análise de “Concertante para Sax Alto e Orquestra”.Dissertação

(Mestrado em Musicologia) – Escola de Comunicações e Artes, Universidade de São Paulo,

1999.

SOARES, Carlos. O saxophone na música de câmara de Heitor Villa-Lobos. UFRJ –

Universidade Federal do Rio de Janeiro. 2001.

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