Saúde Mental

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TEMA: OUTRAS DEMÊNCIAS

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Outras Demências

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  • TEMA:

    OUTRAS DEMNCIAS

  • INTRODUO

    As demncias so caracterizadas pela presena de dficit cognitivo, com maior nfase na perda de memria, e interferncia nas atividades sociais e ocupacionais, sendo uma doena de pessoas idosas. O diagnstico diferencial deve, primeiramente, identificar os quadros potencialmente reversveis, de etiologias diversas, tais como alteraes metablicas, intoxicaes, infeces, deficincias nutricionais entre outros fatores. Nas demncias degenerativas primrias e nas formas seqelares, o diagnstico etiolgico carrega implicaes teraputicas e prognosticas. Sabe-se que o diagnstico definitivo da maioria das sndromes demenciais depende do exame neuropatolgico. As diversas etiologias implicadas no desenvolvimento de sndromes demenciais, bem como as respectivas condutas diagnsticas, sero revistas neste trabalho. Dentro desse contexto a assistncia de enfermagem psiquitrica incorpora no somente os tradicionais cuidados fsicos e da teraputica somtica, mas tambm a abordagem psicolgica e social, e uma das metas principais do trabalho do enfermeiro junto ao portador de demncia a inter-relao terapeuta, sendo assim o enfermeiro desempenhar um excelente trabalho frente a esses portadores.Vale ressaltar, que o objetivo do trabalho da equipe de enfermagem o cuidado. Cuidado esse que deve ser prestado de forma humana e holstica, no excluindo o cuidado emocional aos portadores de demncia, desenvolvendo assim uma viso global do processo de cada individuo com intuito de promover a melhor e mais segura assistncia de enfermagem.

  • DOENA DE PARKINSON (DP) A doena de Parkinson uma enfermidade que foi descrita pela primeira vez em 1817, pelo mdico ingls James Parkinson.

  • SINAIS E SINTOMAS:Sensao de cansao ou mal-estar no fim do dia;Caligrafia menos legvel ou com tamanho diminudo;Fala montona e menos articulada;Depresso ou isolamento sem motivo aparente;Lapsos de memria, dificuldade de concentrao e irritabilidade;Dores musculares, principalmente na regio lombar;Um dos braos ou uma perna movimenta-se menos do que a do outro lado;A expresso facial perde a espontaneidade, diminui a freqncia dos piscamentos;Os movimentos tornam-se mais vagarosos, a pessoa permanece por mais tempo em uma mesma posio.

  • SINAIS E SINTOMAS:

    Depresso;

    Distrbios do sono;

    Distrbios cognitivos;

    Distrbios da fala;

    Sialorria;

    Distrbios respiratrios;

    Dificuldades urinrias; Tonturas.

  • DEMNCIA VASCULAR Os principais fatores de risco so hipertenso arterial (66 %), doena cardaca (47%), tabagismo (37%), hipercolesterolemia (21 %) e diabetes (20 %).

  • Sintomas:

    Cefalia e tonturas;

    Dficits intelectuais;

    Distrbio de conscincia;

    Afasia / Apraxia;

    Distrbios Visioespeciais.

  • A DEMNCIA COM CORPOS DE LEWY Trata-se de uma afeco neurodegenerativa caracterizada por declnio intelectual, alucinaes visuais, flutuaes do nvel de ateno e parkinsonismo. considerada a segunda forma mais freqente de demncia depois da doena de Alzheimer.

  • FlviaDEMNCIA RELACIONADA AO TRAUMATISMO CRANIANO A caracterstica essencial da Demncia Devido a Traumatismo Craniano a presena de uma demncia considerada uma conseqncia fisiopatolgica direta de traumatismo craniano. O grau e o tipo de prejuzos cognitivos ou perturbaes comportamentais dependem da localizao e extenso da leso cerebral.

    Flvia

  • AdrianaDEMNCIA RELACIONADA AO HIV uma conseqncia fisiopatolgica direta do HIV. O declnio imunolgico progressivo do organismo, e infeces do SNC causadas por outros vrus e bactrias, como Toxoplasmose, Herpes vrus e Citomegalovrus, resultam nessa demncia.

    Adriana

  • A demncia tem progresso varivel, pode ser classificada em 5 estgios de gravidade (mnimo, leve, moderado, grave, extremamente grave). Nos estgios mais graves o paciente evolui para a morte em torno de 6 meses. Estima-se que cerca de 60% dos pacientes que desenvolvem a AIDS apresentam sintomas de Demncia.

  • Comportamentais:

    > Mudana de personalidade;> Perda de apetite;> Isolamento;> Apatia;> Falta de motivao;> Respostas emocionais inapropriadas;> Oscilaes acentuadas do humor, manias ou impulsos suicidas;> Alucinaes.> Transtornos afetivos, psicose ou crises convulsivas.

  • CORIA DE HUNTINGTON (DH) Jorge Huntington foi um mdico que descreveu em 1972, uma doena com trs caractersticas: Natureza hereditria; Tendncia para insanidade e suicdio; Aparecimento de manifestaes graves na idade adulta.

    Os primeiros sintomas surgem entre 25 e 50 anos de idade, mais freqentemente aos 40 anos, o intervalo entre diagnstico inicial at a morte de aproximadamente 15 anos.

  • A doena afeta o equilbrio motor, emocional e comportamental, e a capacidade cognitiva e intelectual do indivduo.

    > Sintomas motores

    > Sintomas emocionais / comportamentais

    > Sintomas cognitivos / intelectuais O portador de DH no morre da doena e sim do agravamento dos sintomas que ela traz.

  • DOENA DE PICK (DP) Histrico:Arnold Pick descreveu o quadro clnico de alguns pacientes que apresentavam deteriorao mental progressiva caracterizada por afasia grave e distrbios comportamentais, cujos sintomas estavam associados atrofia temporal esquerda ou fronto-temporal. No final da dcada de 20, foi introduzido o termo doena de Pick, por Carl Schneider, destacando a importncia do envolvimento dos lobos frontais.

    Arnold Pick

  • Conceito:

    A Doena de Pick seria caracterizada por alteraes na personalidade e comportamento, alm de dficits de abstrao, planejamento e nos processos de controle mental, o que indicaria uma alterao nas funes do lobo frontal.A DP uma sndrome rara, onde representa 5% ou menos do total de casos. A incidncia varia de 45 a 65 anos de idade, no ocorrendo um aumento em sua prevalncia com o envelhecimento progressivo. Os casos aps 75 anos de idade so extremamente raros, existindo um predomnio em mulheres nessa faixa etria. 20% dos casos ocorridos so familiares, e 80% ocorrem esporadicamente.

  • O quadro clnico da DP pode ser caracterizado por duas formas: Demncia progressiva do tipo frontal: ocorrem alteraes acentuadas do comportamento, com prejuzo da capacidade de julgamento, falta de iniciativa, dificuldade no planejamento das aes e mudanas da personalidade. Podem tambm ser observadas deteorizao da conduta social, jocosidade inadequada, comportamento hipomanaco, inquietao e comportamento obsessivo, e, mais raramente delrios e alucinaes (incio da doena);

    Afasia progressiva: ou a sndrome de Klver-Bucy (apatia, hiperoralidade, hipersexualidade, mudanas de hbitos alimentares), onde ocorre amnsia (atrofia dos giros temporais mdio e inferior). A demncia associada compreende uma reduo do pensamento abstrato, cegueira psquica e agnosia sensorial, so essas, alteraes de um comprometimento da memria semntica e no um dficit de linguagem isolada.

  • CASO CLNICO Um homem com sessenta e trs anos observa um tremor rtmico da mo e do pulso direitos que, durante os vrios meses seguintes, torna-se cada vez mais grosseiro. O tremor mais bvio quando ele deambula ou est sob estresse. Embora o tremor desaparea durante tarefas manuais, ele acha cada vez mais difcil realizar movimentos coordenados rpidos com a mo direita, em particular escrever. Ele descreve sua dificuldade como rigidez, em vez de fraqueza. Um ano depois, o brao e a mo esquerdos apresentam dficit semelhante, e ele inclina-se para frente e arrasta os ps ao deambular. Levantar-se de uma cadeira torna-se difcil, e ele tem dificuldade crescente em manter o equilbrio. Sua voz torna-se mais suave e sua dico menos distinta.

  • Ao exame, h escassez de movimentos espontneos, incluindo a expresso facial (fcies em mscara, fcies parkinsoniana ou hipomimia). Ele pisca infreqentemente e sua voz baixa, com inflexo reduzida e uma tendncia a pronunciar as slabas juntas (taquifemia). Uma percusso repetitiva da rea glabelar da fronte produz piscadas incontrolveis (sinal de Myerson). Quando se senta, h tremor distal bilateral dos membros superiores, regular e mais grosseiro direita. Uma tendncia a fletir as articulaes metacarpofalangianas confere ao tremor uma aparncia de rolar plulas. Um tremor menos bvio est presente nos lbios e no queixo. H resistncia aos movimentos passivos dos braos, das pernas e do pescoo, maior direita, persistindo durante toda a amplitude dos movimentos, independente da velocidade, e mostrando interrupes rtmicas semelhantes a uma catacra sincrnica com seu tremor (sinal da roda dentada). Os movimentos repetitivos bater alternadamente com a palma e o dorso das mos sobre uma mesa ou com os dedos e o calcanhar de cada p no solo so iniciados com dificuldade (acinesia), realizados lentamente (bradicinesia) e tendem a diminuir de amplitude (hipocinesia).

  • Ele incapaz de levantar-se de uma cadeira sem usar os braos, e sua marcha caracteriza-se por incio retardado, inclinao para frente, ausncia de oscilaes dos braos com os antebraos girados medialmente (postura smia), ps arrastados e acelerao involuntria, como se estivesse tentando acompanhar seu prprio centro de gravidade (festinao). O tremor dos membros superiores aumenta deambulao. Uma volta de cento e oitenta graus requer vrios passos, e quando ele permanece ereto com os ps juntos a manobra de pux-lo para trs produz retropulso. O resto do seu exame fsico, incluindo o estado mental, a sensibilidade e os reflexos tendneos e plantares, normal.A tomografia computadorizada normal. Ele recebeu uma prescrio de levodopa/carbidopa e, aps duas semanas, h melhora de todos os seus sintomas.

  • DIAGNSTICO E PRESCRIO DE ENFERMAGEMMobilidade fsica prejudicada relacionada doena de Parkinson; (Colocar a prescrio de enfermagem!!!)

  • DIAGNSTICO E PRESCRIO DE ENFERMAGEM2.Estresse relacionado ao estado de sade diminudo - Investigar os principais fatores que podem contribuir para o estresse;- Fazer com que o cliente reconhea o seu estresse, at mesmo para ajudar em seu tratamento;- Permanecer com o usurio at que o estresse acabe, orientando e ajudando a diminuir os fatores contribuintes;- Encorajar o usurio se expressar seus sentimentos e pensamentos sobre o seu progresso em relao a sua patologia;- Auxiliar a famlia e amigos na compreenso e no oferecimento de apoio;

  • DIAGNSTICO E PRESCRIO DE ENFERMAGEM3.Comunicao verbal prejudicada relacionada a deficincias cognitivas secundrias a Patologia;

    - Proporcionar mtodos alternativos de comunicao;- Criar um ambiente de aceitao e privacidade;- Investigar o nvel de frustrao do indivduo e no for-lo;- Investigar a capacidade de receber mensagens verbais;- Usar tcnicas para aumentar a compreenso;- Se necessrio, encaminhar o cliente ao fonoaudilogo;

  • DIAGNSTICO E PRESCRIO DE ENFERMAGEM4.Risco para quedas relacionados mobilidade alterados secundria ao Parkinsonismo; - Investigar a presena de fatores causadores ou contribuintes, reduzindo e eliminando-os;- Eliminar tapetes soltos, objetos espalhados pelo cho e piso muito encerado;- Providenciar superfcies antiderrapantes no meio domiciliar;- Providenciar corrimos nos corredores e nas escadas;- No caso de muletas, bengalas consultar o fisioterapeuta para o treinamento correto do andar;

  • DIAGNSTICO E PRESCRIO DE ENFERMAGEM5.Isolamento social relacionado a alteraes na aparncia fsica - Proporcionar terapia de apoio em grupo, auxiliando a famlia e os membros da comunidade na compreenso e no oferecimento de ajuda;- Orientar ao indivduo que ele capaz de desenvolvera vrias atividades;- Proporcionar apoio, incentivando a se inserir de volta a sociedade;- Oferecer orientao confivel e esclarecer suas dvidas em relao ao Parkinsonismo;

  • DIAGNSTICO E PRESCRIO DE ENFERMAGEM6.Auto-estima prejudicada relacionada a auto avaliao negativa de si mesmo ou de suas capacidades - Encorajar o usurio a participar de grupo de apoio dando suporte para melhorar a auto-estima;- Auxiliar a famlia em fazer passeios dirios com o cliente;- Auxiliar a fortalecer a auto-estima;- Usar perguntas e observaes para encoraj-lo a liberdade de expresso.

  • CONCLUSO O ser humano iniciou com a arte de evitar doenas, prolongar a vida e desenvolver a sade fsica e mental e atravs dos seus esforos organizados na sociedade veio o tratamento preventivo das demncias e o aperfeioamento da mquina social que assegura cada individuo dentro da sociedade com um padro de vida adequado manuteno da sade. Entretanto, uma avaliao clnica cuidadosa das demncias, incluindo uma anamnese detalhada, exames fsicos e neurolgicos, associado determinao bioqumica e de neuroimagem, tem apresentado perspectivas para o diagnstico precoce das demncias, particularmente da doena de Alzheimer. Dentro desse contexto a enfermagem vai desenvolver trabalhos com a comunidade, visando diminuir a incidncia de doenas mentais, detectando assim a doena mental precocemente, fazendo um tratamento adequado, com intuito de impedir o seu agravamento, pois a preveno baseia-se no saber, em tcnicas de aprimoramento, no desenvolvimento de um trabalho interior para pacificar as emoes e nos levar ao conhecimento. Estudar as demncias e suas relaes constitui uma importante relao com o meio profissional, que nos conduz a tornarmos enfermeiros e a explorar a vida e a sade em todas as potencialidades e reconhecer cada demncia como um processo de desequilbrio, atendendo sempre a necessidade de cada individuo, intervindo comprometidamente em todas as situaes sempre com o objetivo de propiciar e manter a sade dos indivduos.

  • REFERNCIAS:

    SADOCK, Benjamim James. Compndio de Psiquiatria. Cincias do Comportamento e Psiquiatria Clnica. Porto Alegre.- RS. Artmed, 2007.

    ALMEIDA. Osvaldo P. NITRINI. Ricardo. Demncia. Fundo editorial BYK. So Paulo. 1995

    BASTOS Cludio Lyra. Manual do Exame Psquico. Uma introduo prtica Psicopatologia. Editora Revinter. 2 Edio. 2000. Cap. 15 pg. 218

    BERTOLUCCI. Paulo Henrique Ferreira. Instrumentos Clnicos para Avaliao do Paciente Demenciado (texto)

    BOTTINO. Cssio Machado de Campo. ALMEIDA. Osvaldo P. Demncia. Quadro clnico e critrios diagnsticos (texto)