SAÚDE EM ALERTA MÁFIA DAS PRÓTESES · niciamos o ano de 2015 dando uma nova oitava na revista...

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Ciência & Saúde cia editora novos rumos Ano 18 nº 199 Janeiro 2015 www.novosrumosnews.com.br SAÚDE EM ALERTA MÁFIA DAS PRÓTESES AMB DEFENDE PUNIÇÃO DE ENVOLVIDOS SÍNDROME DE BURNOUT PODE SER CAUSADA POR ESTRESSE NO TRABALHO A FÓRMULA DINAMARQUESA PARA COMBATER A OBESIDADE INFANTIL HOSPITAIS DA FRANÇA SUBSTITUEM ANESTESIA GERAL POR HIPNOSE A OPÇÃO DO PAÍS PELO AGRONEGÓCIO FAZ O BRASILEIRO CONSUMIR 5,2 LITROS DE AGROTÓXICOS POR ANO ANIMAIS DOS ANDES AJUDAM NO COMBATE DA AIDS OSTEOPOROSE DR. ROBERTO B. QUADROS SILÊNCIO DRA. DORA LORCH DESTINO. DHARMA. CAMINHO DO CORAÇÃO... DRA ISABEL A. MARTINS CULTIVANDO RELACIONAMENTOS SAUDÁVEIS - CEO MIRIAN M. CODEN DISCOS INTERVERTEBRAIS COM CARACTERÍSTICAS ÚNICAS DESENVOLVIDOS NA SIBÉRIA DIETA E MOTIVAÇÃO DRA. SANDRA Q. MARENCO

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Ciência & Saúdecia

editoranovos rumos

Ano 18 nº 199 Janeiro 2015www.novosrumosnews.com.br

SAÚDE EM ALERTAMÁFIA DAS PRÓTESES

AMB DEFENDE PUNIÇÃO DE ENVOLVIDOS

SÍNDROME DE BURNOUTPODE SER CAUSADA PORESTRESSE NO TRABALHO

A FÓRMULA DINAMARQUESA PARA COMBATER A OBESIDADE INFANTIL

HOSPITAIS DA FRANÇA SUBSTITUEM ANESTESIA GERAL POR HIPNOSE

A OPÇÃO DO PAÍS PELO AGRONEGÓCIO FAZ O BRASILEIRO CONSUMIR 5,2 LITROS DE AGROTÓXICOS POR ANO

ANIMAIS DOS ANDES AJUDAMNO COMBATE DA AIDS

OSTEOPOROSEDR. ROBERTO B. QUADROS

SILÊNCIODRA. DORA LORCH

DESTINO. DHARMA.CAMINHO DO CORAÇÃO...

DRA ISABEL A. MARTINS

CULTIVANDO RELACIONAMENTOS SAUDÁVEIS - CEO MIRIAN M. CODEN

DISCOS INTERVERTEBRAISCOM CARACTERÍSTICAS ÚNICASDESENVOLVIDOS NA SIBÉRIA

DIETA EMOTIVAÇÃO

DRA. SANDRA Q. MARENCO

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ÍNDICE

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EDITORIAL

OSTEOPOROSE

DIETA E MOTIVAÇÃO

MÁFIA DAS PROTESES

A FÓRMULA DINAMARQUESA PARA COMBATER A OBESIDADE INFANTIL

CULTIVANDO RELACIONAMENTOS SAUDÁVEIS

DISCOS INTERVERTEBRAIS COM CARACTERÍSTICAS ÚNICAS DESENVOLVIDOS NA SIBÉRIA

ANIMAIS DOS ANDES AJUDAMNO COMBATE DA AIDS

PESQUISA REVELA QUE 27 MILHÕES DE ADULTOS NO PAÍS SOFREM COM DOR NA COLUNA

ANVISA DEFINE ESTE MÊS SE RECLASSIFICA CANABIDIOL COMO MEDICAMENTO

HOSPITAIS DA FRANÇA SUBSTITUEM ANESTESIA GERAL POR HIPNOSE

CIENTISTAS NORTE-COREANOS CRIAM ÓCULOS COM CAPACIDADES MÉDICAS

SUS FINANCIA 95% DOS TRANSPLANTES NO BRASIL

SÍNDROME DE BURNOUT PODE SER CAUSADA POR ESTRESSE NO TRABALHO

MORTALIDADE INFANTIL CHEGA A ZERO APÓS MAIS MÉDICOS NO PIAUÍ

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A OPÇÃO DO PAÍS PELO AGRONEGÓCIO FAZ O BRASILEIRO CONSUMIR 5,2 LITROS DE AGROTÓXICOS POR ANO

SILÊNCIO

EMOÇÕES: O FATOR INTERNO CAUSADOR DE DOENÇAS NA MEDICINA TRADICIONAL CHINESA

DICA DO MÊS - SOBRE O TOMATE

DESTINO. DHARMA. CAMINHO DO CORAÇÃO...

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Vilson TeixeiraJornalista/Editor - Reg. 11795

Presidente da Editora Novos Rumos Ltda

Editoração/Artes: WDNRRedação: (51) 3501.2047

Colaboradores:Dr. Roberto B. Quadros

Dra. Sandra de Q. Marenco - Dra. Dora LorchDra. Isabel Amaral Martins - Dr. Lair Ribeiro

Dra. Rita Maria Chaves de CórdovaCEO Mirian M. Coden

A revista é publicada mensalmente pela Editora Novos Rumos Ltda, e não se

responsabiliza por conceitos emitidos em artigos assinados.

editora

Assinatura Digital Semestral R$ 20,00Anual R$ 35,00

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Na sua próxima viagem consulte-nos!

(51) 3332.8799

Venha voar

com a gente!

Loja Farrapos TurismoAv. Assis Brasil, 3867 Conj. 301

Porto Alegre - RS - Brasil

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Datas: De 14 (Sábado) a 22 (Domingo) de Fevereiro

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Iniciamos o ano de 2015 dando uma nova oitava na revista Novos Rumos, tanto no design como no editorial, tornando-a mais criteriosa com seus articulistas e inovando com informações atualizadas e investigativas na

area da Ciência & Saúde.

A mudança se fez necessária, devemos rever nossas fontes, pois os desafios se apresentam e o mundo muda o tempo todo.

A partir desse mês de janeiro de 2015 a revista Novos Rumos será somente “digital”, pois devido análise e projeção do aumento da mesma, optamos em não mais fazer impressa.

Para comemorar os 18 anos da revista Novos Rumos, buscamos a inovação e a velocidade da informação..

Temos responsabilidades com a informação, e hoje mais do que nunca preci-samos estar atento no que se refere a saúde.

Nessa edição de janeiro vamos falar sobre a “Máfia das Próteses”, um escân-dalo que abalou o país. Um horror de empresas e laboratórios corrompendo e aliciando médicos e profissionais de saúde mergulhados na ganância a custa da vida de seres humanos.

“O ser humano está perdendo sua capacidade humana de ser. “

Estamos alerta, a saúde está em alerta.

Uma boa leitura!

“O ser humano está perdendo sua capacidade humana de ser. “

Vilson TeixeiraJornalista/EditorPresidente da Editora Novos Rumos

EDITORIAL

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Osso normal Osso com osteoporose

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Dr. Roberto B. de Quadros Cardiologia - Medicina Interna

OSTEOPOROSE

Em artigo anterior (Novos Rumos nº 141, março 2010 referimos a grande incidência

de osteoporose em mulheres após os 40 anos.

O sexo masculino também é atingi-do em menor proporção ( 30% ).

Classificamos osteoporose apenas para fins didáticos, como primária e secundária, salientando tratar-se de uma mesma patologia – alterações metabólica do tecido ósseo com di-minuição da absorção do cálcio e da vitamina D.

Os ossos ficam fracos e sujeitos a fraturas.

O próprio envelhecimento do or-ganismo com alterações dos processos digestivos já é causa primária.

O conhecimento de que necessita-mos 400 mg/dia de cálcio na alimenta-ção demonstra a necessidade de uma boa dieta.

Devemos preferir o uso de leite, yogurt, queijos, brócolis, couve, entre outros alimentos.

O metabolismo do cálcio se ampara na vitamina e consequente exposição ao sol.

Secundariamente a osteoporose pode surgir como complicação das se-guintes patologias, entre outras: artrite reumatoide, diabete Melito – insulino dependente, doença pulmonar obstru-tiva crônica, doença hepática, linfoma, leucemias, doenças da tireoide.

Há necessidade de investigar os-teoporose:

• Na menopausa feminina.• Idade avançada.• História familiarEx: mãe com fratura coxo femoral.• Baixa estatura (fora dos parâ-

metros da normalidade )• Raça branca ou oriental.• Dietas hiperproteicas e hipers-

sódicas.Dentre os hábitos propulsores do

desencadeamento da osteoporose temos o tabagismo, alcoolismo e ina-tividades físicas.

Os fármacos (medicamentos) que merecem classificação como poten-cialmente trazerem complicações são citados: hormônios da tireoide, corti-coide, lítio.

DIAGNÓSTICO DE OSTEOPOROSE:

É doença que avança silencio-samente e, não havendo cuidados preventivos, como citaremos abaixo, a primeira ocorrência é uma fratura.

A densiometria óssea, exame que mede a densidade mineral óssea em comparação com a idade de 30 anos, posiciona as medidas a serem tomadas.

A densiometria deve ser realizada obrigatoriamente:

a) na menopausa feminina;b) acima dos 65;c) pacientes em uso constante dos

fármacos citados acima.A cada resultado, o profissional mé-

dico deduz medidas a serem tomadas.Quando necessário, serão usados

medicamentos fornecedores de cálcio ou fixadores do cálcio.

Exercícios que fortaleçam os músculos e ativem a flexibilidade do corpo devem ser executados, tais como caminhada em terrenos não propícios a quedas, exercícios na água (hidroginástica). Não são re-comendados exercícios com pesos.

Na presença das patologias descritas como complicadoras da osteoporose, elas devem receber prescrições adequadas. Como sem-pre na medicina, o paciente deve ser visto como um todo. Não é o esqueleto que deve ser tratado e sim o todo que é o ser humano.

As descrições efetuadas neste artigo têm por objetivo chamar a atenção para esta patologia, que como afirmamos avança silencio-samente.

Dr. Roberto B. de QuadrosMedicina Interna - Cardiologia

Consultório: Av. Flores da Cunha, 1953 - Sala 93 Ed. Palace CenterCachoeirinha/RS

Fone: (51) 9977.3653

www.robertoquadros.hpnr.com.br

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DIETA E MOTIVAÇÃO

Fazer dieta geralmente não é uma rotina agradável, visto que implica em mudança de

hábitos, acompanhada muitas vezes por sensação de fome e ansiedade. Mas quando existe a necessidade de alterar a rotina alimentar em decorrência de patologias, essa necessidade acaba tornando-se uma imposição em prol da saúde. E torna-se mais emergencial à medida que as patologias agravam-se.

Em muitos casos nem mesmo pato-logias graves são motivadoras a ponto de tornar uma dieta um sucesso abso-luto. O fator psicológico não permite que a terapêutica do emagrecimento funcione tão rápida ou perfeitamen-te, pois a ansiedade (e consequente compulsão) acaba boicotando a dieta.

A vontade (ou necessidade de ema-grecer) deve estar presente no próprio paciente; a dieta está fadada ao insu-cesso nos casos em que apenas os fami-liares do mesmo desejam as mudanças. O ambiente familiar também ajuda a manter bons ou maus resultados. Quando apenas um membro da família necessita alterar hábitos alimentares por situações de saúde e os demais permanecem se alimentando de forma errada e com exageros de guloseimas

e alimentos não saudáveis, torna-se impossível manter o foco na dieta.

Em uma situação ideal, o paciente deve cercar-se de uma equipe multi-profissional para o atingimento de seus objetivos. Neste caso o acompanha-mento deve ocorrer através de médico, educador físico, psicólogo, além do nutricionista.

As metas impostas para o atin-gimento dos objetivos finais devem ser passíveis de serem realizadas pelo paciente. Deve haver um cronograma, com passo-a-passo, cujas ferramentas principais são a perseverança e obsti-nação. O imediatismo e a impaciência são inimigos do sucesso da reeducação alimentar.

Se você está pretendendo fazer dieta (ou já iniciou) pense nos motivos que o levaram a emagrecer: qualidade de vida, doenças, autoestima? Trace objetivos e cumpra cada um deles ao seu tempo. Cerque-se de profissionais. Não se permita desistir. Provavelmente você levou muito tempo para chegar à situação atual; então não imagine que tudo será tão rápido para o processo inverso.

Mantenha o foco! Boa sorte!

Dra. Sandra de Q. Marenco Nutricionista Clínica

Sandra de Quadros Marenco Pós Graduação em Nutrição Clínica - CRN2-0540

Consultório: Rua Dr. Timóteo, 371 Sala 302 - Porto Alegre/RS

Fone: (51) 9971.6217

[email protected] www.sandramarenco.hpnr.com.br

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MÁFIA DAS PRÓTESES

SAÚDE EM ALERTA

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AMB DEFENDE PUNIÇÃO DE ENVOLVIDOSDenúncias veiculadas em reportagem do Fantástico “precisam ser rapidamente investigadas, seguindo preceitos legais, e culpados precisam ser exemplarmente punidos, sejam eles médicos, advogados, gestores hospitalares ou representantes de empresas fornecedoras de materiais”, diz nota da Associação Médica Brasileira, presidida por Florentino Cardoso

Diante da reportagem do Fantástico, da TV Globo, que denunciou uma máfia

das próteses que beneficia médicos e prejudica o Sistema Único de Saú-de (SUS) e convênios particulares, a Associação Médica Brasileira (AMB), presidida por Florentino Cardoso, divulgou nota repudiando “conluio entre médicos, hospitais, empresas (de próteses, órteses, materiais especiais) e advogados”. A entidade defendeu punição aos envolvidos no esquema. Leia a íntegra do comunicado:

Diante da reportagem sobre a “Máfia das próteses” exibida pelo Fantástico da TV Globo neste primeiro domingo, 04 de janeiro de 2015, a AMB (Associação Médica Brasileira) vem a público reiterar a posição, que deu ao programa, em duas entrevistas, dias 9 e 24 de dezembro.

A entidade repudia totalmente conluio entre médicos, hospitais, em-presas (de próteses, órteses, materiais especiais) e advogados. As práticas mostradas na matéria ferem grave-mente a ética médica e, em alguns casos, evidenciam crimes.

Não há justificativas para os com-portamentos mostrados. Lesam o SUS e operadoras de saúde, além de

colocar pacientes em risco por conta de decisões não motivadas somente pela boa prática médica e baseada em fortes evidências científicas.

Condenamos relação comercial entre médicos e indústria que influen-ciem condutas, assim como levantem suspeitas sobre a atividade médica. A confiança no médico é fundamental para pacientes. Incentivamos segunda opinião, especialmente em casos mais complexos.

Estas denúncias precisam ser ra-pidamente investigadas, seguindo preceitos legais, e culpados precisam ser exemplarmente punidos, sejam eles médicos, advogados, gestores hospitalares ou representantes de empresas fornecedoras de materiais. A quem compete, tomem providên-cias cabíveis, investigando denúncias e aplicando aos culpados, punições exemplares.

É por meio de fiscalização constan-te e denúncias como as feitas pelo Fan-tástico, e de punição ética e criminal, quando for o caso, que se expurgam maus profissionais.

É fundamental para o bom exer-cício da medicina, para a saúde da população e para a valorização dos

bons médicos, que exercem o ofício diariamente de forma digna: compe-tente e ética.

A AMB incentiva e luta pelo bom exercício da medicina, sempre focada em fazer o melhor para nossos pacien-tes, pautando a conduta em evidências científicas. Estamos à disposição e contribuindo neste processo para levar às últimas consequências, a responsa-bilização de médicos que desonram a classe e não merecem estar no nosso convívio.

Florentino Cardoso Presidente da Associação Médica

BrasileiraFonte: Brasil 247

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A FÓRMULA DINAMARQUESA PARA COMBATER A

OBESIDADE INFANTILUm projeto que incentiva mudanças no estilo de vida de

crianças e suas famílias está sendo adotado na Dinamarca com o objetivo de combater a

obesidade infantil – hoje uma epidemia global.

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Na cidade dinamarquesa de Holbaek, 1,9 mil crianças fo-ram atendidas e 70% delas

conseguiram manter um peso adequa-do por quatro anos após ajustar até 20 aspectos de seu estilo de vida.

A forma como o projeto lida com a criança e seus familiares difere dos “pe-quenos passos” das dietas tradicionais.

O plano começa com as crianças sendo internadas durante 24h em um hospital para uma bateria de exames, medição da gordura corporal e preen-chimento de um questionário sobre hábitos alimentares e padrões de comportamento.

O programa exige amplas mudan-ças de estilo de vida para derrotar a resistência natural do corpo a perder gordura. Cada criança tem um trata-mento personalizado para modificar entre 15 e 20 hábitos diários.

“Não é divertido. É dureza”, diz o médico Jens Christian Holm, que co-ordena o projeto, a Jakob Christiansen, de dez anos, durante uma consulta.

Jakob pesa 72 kg, pelo menos 20 kg acima do ideal. Ele tem sofrido bullying na escola, depressão, e compensado esses dissabores comendo doces para buscar conforto emocional.

“Ele comia (doces) escondido”, diz a mãe, Elisabet. “Só queremos que os médicos ajudem Jakob a perder peso para que ele volte a ser um menino feliz.”

Jakob conta ao médico que pedala 3 km para ir à escola. Mas o exercício, por si só, não basta para combater o que o pediatra chama de “doença crônica”.

Entre um teste e outro, o menino almoça peito de frango sem pele, cenoura crua, pimentão vermelho e salada verde.

“Vai ser difícil, mas lutarei com to-das as minhas forças. Sei que vou sentir falta do açúcar e de ser preguiçoso”, diz Jakob.

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13‘Negligenciadas’

“Em geral, crianças obesas são negligenciadas”, argumenta Holm, acrescentando que a obesidade é algo muito difícil de combater sozinho.

“São muitas vezes solitárias e mui-tas não participam de atividades com seus colegas. Têm baixa autoestima. Com o programa, elas têm uma chance real de perder peso e melhorar sua qualidade de vida.”

A mudança de hábitos é essencial para evitar que a obesidade persista e que os pacientes “se sintam frustrados e perdidos”.

Holm acredita que o programa possa ser replicado em outros países. Até o momento, foi adotado por oito cidades dinamarquesas.

No distrito de Hedensted, oeste do país, o projeto é coordenado pela agente de saúde Rikke Christensen, que diz que a abordagem é melhor do que outras usadas no passado.

“Infelizmente, vimos diversas vezes como era difícil envolver as famílias. Agora finalmente encontramos uma forma”, diz.

Um de seus casos de sucesso é o de um menino de nove anos que tinha 40% de gordura corporal e pressão alta. Era introvertido, ia mal na escola e evitava exercícios físicos.

Ele ainda está em tratamento, mas reduziu sua gordura corporal em 25%. Está mais expansivo, participou de uma corrida de 5km e começou a jogar futebol.

Mudança de vida

Holm é um forte crítico do tem-po que as crianças gastam passi-vamente diante do computador ou da TV. Algumas ficam grudadas na tela por até 12 horas diárias – sendo que o limite defendido por ele é de 2 horas.

“Toda a vida precisa mudar, porque (as crianças) tendem a ficar solitárias, envergonhadas de si mesmas. Elas precisam interagir com outras crianças em sua vida diária.”

Os participantes do programa de Holm também têm que dormir na hora certa, para garantir uma quantidade adequada de horas de sono. Algumas pesquisas sugerem que isso pode aju-dar a controlar a obesidade, ao regular hormônios e reduzir o ímpeto do corpo cansado de consumir “bobagens”.

Mike Nelausen, 14, se tornou um caso de sucesso para o projeto em Holbaek: perdeu 25 kg dos 85 kg que pesava e parou de ser alvo de bullying.

“O começo foi difícil, mas ficou mais fácil quando se tornou parte da minha rotina“, diz ele.

“Eu vivia triste por causa do bullying, mas agora estou mais magro. E mais feliz, tenho mais energia. E não fico mais desanimado quando subo na balança.”

Sua mãe, Karina, chora ao recordar a vida antes da reeducação de hábitos. “Era muito difícil vê-lo daquele jeito. Tentávamos de tudo, e ele continuava a ganhar peso. Quando finalmente come-çou a funcionar, ficamos muito felizes.”

No jantar, Mike come apenas uma porção de comida, em vez das três que consumia antes, regada a água com gás.

Mais tarde, mesmo sob chuva, ele sai de casa para sua corrida noturna ao redor do bairro, determinado.

Como disse Holm, o programa não é fácil, mas os resultados podem ser gratificantes.

Fonte: Pragmatismo Politico

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Hoje vamos investigar um pouco sobre o nosso potencial para criarmos e mantermos relacionamentos saudáveis? Vamos lá...

Logo abaixo segue uma pergunta, com três opções de resposta, que pode ajudar a identificar padrões comportamentais que indicam habilidade para nutrir bons relacionamentos. Você deve responder sempre escolhendo uma nota de 0 a 10. Vamos investigar?

Nas situações do dia a dia, nas conversas com as pessoas, quando alguém diverge da sua opinião, o que você faz?

a. Até ouve a pessoa, mas se preparando para mostrar a ela que é a sua opinião que está certa, podendo até o seu tom de voz ficar alterado.De 0 a 10 o quanto isto acontece ( )

b. Ouve, esperando que a pessoa finalize sua colocação, diz que a entende, mas continua argumentando e procura mostrar sua opinião por um outro ângulo.De 0 a 10 o quanto isto acontece ( )

c. Respeita a opinião da pessoa, entendendo que cada um tem sua forma de pensar, e acha uma forma de dizer isto a ela, buscando entender a sua colocação, ao mesmo tempo que está aberto para aprender ou ensinar algo novo.De 0 a 10 o quanto isto acontece ( )

Agora vamos refletir sobre nossas respostas:

O conteúdo da letra "a" indica uma pessoa que precisa desenvolver mais o auto-conhecimento, para que possa, primeiramente, se relacionar melhor consigo mesma. Possui um baixo potencial para criar e manter relacionamentos saudáveis.

O conteúdo da letra "b" indica uma pessoa que precisa

Cultivando relacionamentos saudáveis

Mirian M. Coden

desenvolver a habilidade de se colocar no lugar do outro; compreendendo e considerando que existem outras opiniões além das suas. Possui um potencial regular para criar e manter relacionamentos saudáveis.

E o conteúdo da letra "c" indica uma pessoa que possui um alto potencial para criar e manter relacionamentos saudáveis.

O importante aqui é constatar que, independentemente da nota dada em cada letra, sempre podemos usar mais do nosso potencial para melhorar a forma como interagimos com as pessoas. Primeiro ter um relacionamento saudável consigo próprio, depois aprender que as pessoas possuem opiniões diferentes e que isto mantém a condição de continuarmos crescendo enquanto humanidade, e por último desenvolver a habilidade única e a competência máxima de se relacionar com o intuito do crescimento mútuo, pois no final das contas, um indivíduo só pode crescer se o coletivo lhe der as condições para isto.

Vamos ser a pessoa que queremos que as outras sejam?

Sócia-fundadora e CEO da empresa Nortus, em Campinas - SP; idealizadora do movimento Neoeducar; mestranda em Educação pela Universidade Iberoamericana do México; formada em Filosofia, pela UNISUL; estudou nos cursos de Engenharia Química, Matemática e Ciências Contábeis na UFSM; cocriadora do Modelo Metassistêmico® de Desenvolvimento Humano; conferencista Nacional e Internacional, assessorou mais de 9 mil pessoas, em desenvolvimento pessoal, no Brasil, Portugal, Espanha e Itália.

NeoeducarNeoeducar

Fonte: Google - mission.com. Pesquia por imagem

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DISCOS INTERVERTEBRAIS COM CARACTERÍSTICAS ÚNICAS DESENVOLVIDOS NA SIBÉRIA

Cientistas da Sibéria desen-volveram discos interverte-brais artificiais que não têm

análogos no mundo. Em resultado de esforços conjuntos da Universidade de Tomsk e do Instituto de Física de Resistência e de Materiais foi possível criar um material único, graças ao qual o implante se integra no tecido ósseo e não é rejeitado pelo organismo humano.

Hoje, na medicina, são utilizadas principalmente próteses metálicas que não se ajustam muito bem no organismo humano. São frequentes complicações e processos inflamató-rios que tornam necessário tratamento adicional e novas intervenções cirúr-gicas. O invento russo permite evitar todas esses inconvenientes, diz um dos autores do know-how e especia-

lista da Universidade de Tambov, Ales Buyakov:

“A inovação consiste em que se tra-ta de próteses cerâmicas idênticas pela composição ao tecido ósseo. Têm es-trutura porosa e fatores de crescimen-to que melhoram a regeneração do tecido ósseo durante sua implantação. Graças à proximidade de sua estrutura ao osso, a prótese não provoca com-plicações pós-operatórias e infeções, tornando desnecessárias extrações ou substituições do implante”.

Segundo os autores, as próteses têm uma camada de substâncias medicinais especiais que facilitam sua integração no organismo. As experi-ências efetuadas em conjunto com colegas da Grécia provaram a eficácia da tecnologia.

Atualmente, são fabricados os primeiros protótipos de KJ, como são denominados estes discos interver-tebrais artificiais. Para se certificar de suas propriedades únicas, é necessário testá-los em animais. Por enquanto os discos foram ensaiados com êxito in vitro – em condições de laboratório em células vivas. “São células que formam os ossos humanos”, explica Buyakov.

Por enquanto, os cientistas não po-dem dizer exatamente quando os mé-dicos irão dispor das novas próteses. Esperam contudo que não seja neces-sário aguardar muito tempo. “Todos os ensaios necessários serão concluídos em breve, - asseverou Ales Buyakov, - A inovação já foi patenteada”.

Fonte: Vóz da Rússia

Hoje vamos investigar um pouco sobre o nosso potencial para criarmos e mantermos relacionamentos saudáveis? Vamos lá...

Logo abaixo segue uma pergunta, com três opções de resposta, que pode ajudar a identificar padrões comportamentais que indicam habilidade para nutrir bons relacionamentos. Você deve responder sempre escolhendo uma nota de 0 a 10. Vamos investigar?

Nas situações do dia a dia, nas conversas com as pessoas, quando alguém diverge da sua opinião, o que você faz?

a. Até ouve a pessoa, mas se preparando para mostrar a ela que é a sua opinião que está certa, podendo até o seu tom de voz ficar alterado.De 0 a 10 o quanto isto acontece ( )

b. Ouve, esperando que a pessoa finalize sua colocação, diz que a entende, mas continua argumentando e procura mostrar sua opinião por um outro ângulo.De 0 a 10 o quanto isto acontece ( )

c. Respeita a opinião da pessoa, entendendo que cada um tem sua forma de pensar, e acha uma forma de dizer isto a ela, buscando entender a sua colocação, ao mesmo tempo que está aberto para aprender ou ensinar algo novo.De 0 a 10 o quanto isto acontece ( )

Agora vamos refletir sobre nossas respostas:

O conteúdo da letra "a" indica uma pessoa que precisa desenvolver mais o auto-conhecimento, para que possa, primeiramente, se relacionar melhor consigo mesma. Possui um baixo potencial para criar e manter relacionamentos saudáveis.

O conteúdo da letra "b" indica uma pessoa que precisa

Cultivando relacionamentos saudáveis

Mirian M. Coden

desenvolver a habilidade de se colocar no lugar do outro; compreendendo e considerando que existem outras opiniões além das suas. Possui um potencial regular para criar e manter relacionamentos saudáveis.

E o conteúdo da letra "c" indica uma pessoa que possui um alto potencial para criar e manter relacionamentos saudáveis.

O importante aqui é constatar que, independentemente da nota dada em cada letra, sempre podemos usar mais do nosso potencial para melhorar a forma como interagimos com as pessoas. Primeiro ter um relacionamento saudável consigo próprio, depois aprender que as pessoas possuem opiniões diferentes e que isto mantém a condição de continuarmos crescendo enquanto humanidade, e por último desenvolver a habilidade única e a competência máxima de se relacionar com o intuito do crescimento mútuo, pois no final das contas, um indivíduo só pode crescer se o coletivo lhe der as condições para isto.

Vamos ser a pessoa que queremos que as outras sejam?

Sócia-fundadora e CEO da empresa Nortus, em Campinas - SP; idealizadora do movimento Neoeducar; mestranda em Educação pela Universidade Iberoamericana do México; formada em Filosofia, pela UNISUL; estudou nos cursos de Engenharia Química, Matemática e Ciências Contábeis na UFSM; cocriadora do Modelo Metassistêmico® de Desenvolvimento Humano; conferencista Nacional e Internacional, assessorou mais de 9 mil pessoas, em desenvolvimento pessoal, no Brasil, Portugal, Espanha e Itália.

NeoeducarNeoeducar

Fonte: Google - mission.com. Pesquia por imagem

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ANIMAIS DOS ANDES AJUDAM NO COMBATEDA AIDS

As lhamas podem se tornar uma arma eficiente contra o vírus HIV (vírus de imunode-

ficiência humana). Uma pesquisa que acaba de ser publicada na revista PLoS Pathogens demonstra que o sangue desse mamífero sul-americano contém pelo menos quatro anticorpos que atacam o vírus de forma coordenada. Os cientistas esperam que a descoberta seja mais um passo a uma vacina contra

o AIDS (síndroma de imunodeficiência adquirida).

Pesquisas anteriores procuravam antídoto no organismo humano, mas essa, promovida pela University Colle-ge London (UCL), detectou “anticorpos neutralizantes” no corpo do lhama, parente do camelo. Esses anticorpos, comenta o jornal O Globo, não são encontrados no corpo humano.

Os anticorpos do mamífero podem destruir grande variedade de modali-dades do VIH.

Porém, experiências mostraram que os anticorpos só apareciam após várias imunizações e em concentrações baixas.

Fonte: Vóz da Rússia

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PESQUISA REVELA QUE 27 MILHÕES DE ADULTOS NO PAÍS SOFREM COM DOR NA COLUNA

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A Pesquisa Nacional da Saúde, realizada pelo Ministério da Saúde em parceria com

o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou esta semana que 27 milhões de adultos no país são acometidos por doença crônica na coluna, o que corresponde a 18,5% da população adulta brasileira. Os problemas lombares são os mais co-muns, com prevalência maior em 21% das mulheres contra 15% dos homens.

Para o ortopedista Luís Eduardo Carelli, especialista em coluna do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), a incidência de lombalgia na idade adulta pode ser até maior na população adulta com pelo menos um episódio na vida. “Na maioria dos casos, a dor na coluna está

relacionada à má postura e a contra-turas musculares de rápida resolução. As dores persistentes, relacionadas a doenças mais sérias, são bem menos frequentes na população”, alertou.

O médico explica ainda que a lom-balgia é um termo geral usado para descrever qualquer tipo de dor na coluna, mas a consulta com o ortope-dista é essencial. “Uma boa conversa e exames físico e de imagem são neces-sários em alguns casos para confirmar o diagnóstico da causa da lombalgia. A mais comum é de origem muscular por movimentos repetitivos ou por postura inadequada, mas outras causas devem ser investigadas”, afirmou destacando a importância da prevenção com um programa regular de alongamentos e exercícios físicos.

O levantamento mostra que a doença crônica de coluna atinge 8,7% dos jovens de 18 a 29 anos e 26,6% das pessoas acima de 60 anos. Em idosos, com mais de 65 anos, as proporções são ainda maiores atingindo 28,9%. Um dos destaques está no fato de que 53,6% das pessoas garantiram fazer tratamento e 40% desse grupo usa medicamentos ou injeções, enquanto 18,9% praticam algum tipo de exercí-cio físico ou fazem fisioterapia.

O resultado indicou ainda que a prevalência foi menor na área urba-na do que na rural, com percentuais de 18% e 21,3%, respectivamente. A região Sul foi identificada como a que possui os maiores índices de problemas de coluna, com 23,3% da população.

Fonte: Blog da Saúde

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ANVISA DEFINE ESTE MÊS SE RECLASSIFICA CANABIDIOL COMO MEDICAMENTOSe for reclassificado, o canabidiol vai para uma lista de remédios controlados

A discussão sobre a reclassi-ficação do canabidiol será retomada na primeira quin-

zena deste mês pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), durante reunião da diretoria colegiada. Atu-almente, o canabidiol integra a lista de substâncias proscritas (proibidas) no Brasil. O canabidiol é uma subs-tância, presente na folha da maconha (Cannabis sativa), que é usada para tratamento de doenças neurológicas, câncer, mal de Parkinson, entre outras.

Em audiência pública na Comissão de Seguridade Social e Família da Câ-mara dos Deputados, em novembro de 2014, o presidente substitudo da Anvisa, Ivo Bucaresky, explicou esse trâmite.

– Por ser um derivado da cannabis,

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o canadibiol estava incluso na Lista E, que é a lista de plantas que podem originar substâncias entorpecentes e psicotrópicas, e na Lista F, que são sus-btâncias de uso proscrito no Brasil, de entorpecentes e psicotrópicos – disse.

Caso seja reclassificado, ele vai para a “Lista C1, que é uma lista de [remé-dios] controlados que envolve uma série de medicamentos”. Segundo o Bucaresky, a reclassificação facilitará a importação da substância por pessoas jurídicas e para pesquisas científicas.

No ano passado, a agência sim-plificou os trâmites necessários para a importação de produtos à base de canabidiol por pessoa física e para uso próprio. Com a mudança, a docu-mentação entregue pelos interessa-dos tem validade de um ano, sendo

necessária apenas a apresentação da receita médica a cada novo pedido de importação.

No caso da primeira importação, o interessado deverá preencher um for-mulário com dados gerais, apresentar a prescrição e o laudo médico à Anvisa. O solicitante deverá assinar ainda um ter-mo de responsabilidade com o médico responsável pelo tratamento. Caso haja alteração de prescritor, será necessária a assinatura de novo documento.

Também em 2014, o Conselho Federal de Medicina decidiu autorizar neurocirurgiões e psiquiatras a prescre-ver remédios à base de canabidiol para crianças e adolescentes com epilepsia, cujos tratamentos convencionais não surtiram efeito.

Fonte: Correio do Brasil

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HOSPITAIS DA FRANÇA SUBSTITUEM ANESTESIA GERAL POR HIPNOSE

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“Hoje vamos fazer uma pequena viagem”, começa o médico Marc Galy no Hospital Saint-Joseph, em Paris. O passeio da vez é em um jardim, mas também poderia ser na praia ou em uma estação de esqui: o destino depende apenas da preferência do interlocutor. “Imagine que você está no seu jardim, no meio de suas plan-tas, um lugar confortável e familiar”, continua o médico. O paciente respira calmamente e responde quando solici-tado. A cena não teria nada de especial se estivesse acontecendo na ala de psiquiatria do hospital, mas o doutor Galy é anestesista e seu paciente está prestes a ser submetido a uma cirurgia vascular.

Enquanto isso, a equipe médica, liderada pelo cirurgião Samy Anidjar, se prepara em silêncio para a operação. “Quando eu começo a conversar com o paciente todo mundo fica quieto”, explica Galy. Muitas vezes, só de saber que existe alguém por perto disponível para se concentrar nele, o paciente se sente mais protegido: “As pessoas gostam quando a gente dá atenção a elas”, relata o anestesista

A prática da hipnose vem ganhan-do espaço nos centros cirúrgicos da França como uma alternativa menos medicamentosa aos procedimentos anestésicos tradicionais e invasivos. Combinada com a anestesia local, a hipnose pode substituir o uso de substâncias pesadas e, muitas vezes, até mesmo a anestesia geral. Os be-nefícios são inúmeros: diminuição dos riscos de infecção, melhor cicatrização, pacientes mais calmos e internados por menos tempo. Há também a vantagem econômica, já que, para cada dia a

menos de internação em um leito pú-blico, os cofres franceses economizam aproximadamente € 1.500 (cerca de R$ 4.800).

No hospital Saint-Joseph, grande parte das cirurgias é feita com hipnose. A equipe de Samy Anidjar já fez mais de 400 operações da carótida com este método — e os resultados têm sido sempre positivos. Especialistas dizem que há pessoas mais resistentes do que outras, mas entre 90% e 95% da população haveria bons candidatos. A contraindicação mais frequente fica com os pacientes com histórico de psicose.

Além disso, as crianças seriam mais suscetíveis ao método da hipnose por causa da facilidade que têm em soltar a imaginação. O hospital infantil Trous-seau, também em Paris, inaugurou em outubro deste ano uma nova unidade de cirurgia ambulatorial que utiliza métodos inovadores na ala operató-ria, como um capacete 3D disponível para as crianças se distraírem, além da substituição da anestesia geral pela hipnose. Até o momento, a hipnose infantil era usada apenas para comba-ter dores no pós-operatório, mas agora está sendo incluída como auxílio em cirurgias viscerais.

Como funciona

A hipnose é um estado alterado de consciência, no qual a atenção do indivíduo é focada em um objeto espe-cífico, conduzido pelo hipnotizador. O processo é bem diferente dos clichês que aparecem frequentemente nas salas de cinema. “A hipnose é simples-

mente um corte com a realidade. A pes-soa tem que se concentrar em alguma coisa e esquecer todas as outras”, expli-ca Galy a Opera Mundi em uma sala de reunião do hospital Saint-Joseph. “Na verdade é um processo natural no ser humano. Estamos aqui conversando, você está prestando atenção no que eu estou dizendo, por isso aposto que não percebeu que entrou uma pessoa na sala para pegar algo e que um mé-dico passou pela porta carregando um aparelho enorme”, exemplifica, com precisão, o anestesista.

Além de seu efeito anestésico, o estado hipnótico tem outras utilida-des, como o tratamento de fobias e traumas. O especialista usa essa janela da consciência para acessar lugares que seriam mais difíceis com a mente totalmente acordada. Na anestesia, o objetivo é apenas o estado hipnótico por si só, que já é suficiente para des-viar o foco da dor.

Desde o século XVIII há registros de práticas médicas semelhantes à hipno-se, mas ao longo das décadas sempre oscilou entre um tratamento revolu-cionário e um método descreditado. Foi apenas nos anos 1980 que voltou com alguma credibilidade na França, graças aos psicanalistas Léon Chertok e François Roustang. A universidade de Liège, cidade localizada no centro do país, começou a experimentar a hipnose como anestésico na década de 1990 e hoje oferece um curso específi-co sobre a técnica que já formou mais de 420 profissionais de toda a Europa.

Em busca de método menos invasivo, hospitais franceses trocam anestesia geral por hipnose. Médicos deixam de lado substâncias pesadas e economizam com internação mais curta ao usar estado alterado de consciência para desviar foco da dor no paciente

Fonte: Ópera Mundi

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CIENTISTAS NORTE-COREANOS CRIAM ÓCULOS COM CAPACIDADES MÉDICAS

Uma equipe de pesquisado-res da Universidade Kim Il-sung, a universidade mais

antiga e uma das mais desenvolvidas da Coreia do Norte, criaram óculos que regulam os biorritmos.

Segundo a agência Tass, que alega uma revista coreana, o dispositivo é munido de um diodo que emite luz

verde. Essa luz transmite também cer-tos sinais para o relógio biológico da pessoa, influindo nos ritmos do sono e vigília.

De acordo com a mesma fonte, o invento de Pyongyang pode ajudar pessoas que sofrem de insônia e de doenças neurológicas. O resultado, segundo a publicação, pode ser al-

cançado em uma semana, sem uso de remédios.

Também os óculos de biorritmos podem ser úteis para esportistas que participam de competições interna-cionais: tendo que viajar, eles precisam adaptar-se a horários diferentes.

Fonte: Vóz da Rússia

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SUS FINANCIA 95% DOS TRANSPLANTES NO BRASILAtualmente, 56% das famílias entrevistadas em situações de morte encefálica aceitam e autorizam a retirada de órgãos para a doação

O Brasil é referência mundial em transplantes e, atual-mente, mais de 95% dos

procedimentos no País são financiados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Trata-se do maior sistema público de transplantes do mundo.

Em 2014, com o slogan ‘’Seja doa-dor de órgãos e avise sua família. Sua família é a sua voz”, o Ministério da Saúde lançou uma campanha publici-tária destinada, especialmente, aos fa-miliares de pessoas que manifestaram em vida a vontade de ser um doador de órgãos, com o objetivo de ampliar ainda mais a realização de cirurgias que salvam vidas e diminuir a permanência do paciente na lista de espera.

Atualmente, 56% das famílias entrevistadas em situações de morte encefálica aceitam e autorizam a reti-rada de órgãos para a doação. Para o

ministério, esse percentual pode ser ainda maior, permitindo a realização de mais transplantes.

Um levantamento feito pelo Mi-nistério da Saúde demonstra que o Brasil reduziu a quantidade de pessoas que aguardam por um transplante de órgão nos últimos cinco anos.

De 2008 a 2014, o País registrou uma redução de 41,7% das pessoas que estão na fila de espera, o que está associado ao aumento de doadores efetivos no País, que subiu de 1.350, em 2008, para 2.562, em 2013, repre-sentando crescimento de 89,7%.

O País também se destacou mun-dialmente em número e em qualidade de registro de doadores voluntários de medula óssea, passando de 30 mil doadores para 3,2 milhões de doadores nos últimos dez anos.

O Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes (HM), que in-tegra a rede SUS no Ceará, alcançou a marca de 300 transplantes cardíacos. Com isso, o HM tornou-se o terceiro centro transplantador do País a atingir esse número, depois do Instituto do Coração (Incor) e do Instituto Dante Pazzanese, os dois de São Paulo.

Aplicativo

No Brasil, a doação de órgãos só acontece com a autorização dos fami-liares. Por isso, o diálogo com a família é muito importante. Comece por aqui e declare-se um doador, um gesto de solidariedade e amor ao próximo.

Acesse o aplicativo do Ministério da Saúde e atualize seu perfil.

Fonte: Correio do Brasil

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SÍNDROME DE BURNOUT PODE SER CAUSADA POR ESTRESSE NO TRABALHO

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Os principais sintomas apresentados pela síndrome são a sensação de esgotamento físico e emocional

Com o mercado cada vez mais competitivo, as pessoas passam a trabalhar cada vez

mais, estando no seu limite durante dias e até meses seguidos, e isso tudo pode custar um preço caro em curto/médio prazo. Não faz bem trabalhar sempre sob pressão e na sua máxima capacidade durante muito tempo, mas do jeito que as coisas caminham hoje em dia, quem não faz isso, corre maiores riscos de perder o emprego e ser substituído em menos de uma semana. E é por isso que surge uma nova síndrome que acomete os tra-balhadores: a Síndrome de Burnout.

Segundo João Alexandre Borba, psicólogo e coach, a principal carac-terística dessa doença é o estado de tensão emocional e estresse crônicos que é criado por causa das condições de trabalho emocionais, físicas e psi-cológicas desgastantes. “Todos estão sujeitos a sofrerem com o Burnout, mas percebo que os pacientes que mais sofrem com a presença da Sín-drome são aqueles que trabalham em profissões que exigem envolvimento interpessoal intenso e direto, como médicos e demais profissionais da área da saúde, policiais e bombeiros, agentes penitenciários, pessoas que enfrentam dupla jornada, jornalistas, advogados, professores e até mesmo voluntários”, comenta Borba.

Os principais sintomas apresenta-

dos pela síndrome são a sensação de esgotamento físico e emocional, e isso se reflete em todas as áreas da vida por meio de agressividade, isolamento, ansiedade, depressão, pessimismo, baixa autoestima, dificuldade de con-centração, mudanças de humor, atitu-des negativas, ausências no trabalho, lapsos de memória, etc. “A pessoa não precisa ter todos esses sintomas para que esteja com a síndrome, mas esses são os mais fáceis de serem notados. Além disso, questões envolvendo a saúde física também podem estar re-lacionados com a doença, como dores de cabeça e enxaquecas, pressão alta, insônia, dores musculares, problemas estomacais, sudorese, palpitação, etc.” explica o psicólogo.

O mais importante nesse caso é entender que isso é sim uma doença, e não uma “frescura” do profissional, que, para chegar até esse ponto, com cer-teza aguentou muitos problemas – e engoliu muitos sapos. “E comparar um profissional a outro é extremamente errado. Se dois profissionais trabalham na mesma área e somente um deles começa a apresentar os sintomas, não significa que ele é fraco ou qualquer coisa do tipo – assim como não sig-nifica que o outro é melhor. Cada um tem seu limite, e é preciso respeitá-lo”, exalta o especialista.

Para tratar a síndrome pode ser preciso o apoio profissional, desde

psicólogos até psiquiatras, que podem indicar antidepressivos dependendo do grau da doença. “Mas o apoio pro-fissional não é tudo. O paciente precisa entender pelo o que está passando e se dedicar para que os sintomas sejam controlados e ele volte a ter uma vida boa e saudável – algo que, no mo-mento, pode lhe parecer impossível”, explica Borba.

Esse é um dos problemas das crises: os pacientes acham que ela nunca vai acabar, e eles estão errados. Tudo passa, mas, para passar de forma mais rápida e eficiente, eles precisam tomar as rédeas das suas vidas e cuidar da sua saúde. “Atividades físicas regula-res e exercícios de relaxamento são de grande auxílio para pessoas que sofrem com o Burnout. Além disso, a pessoa não deve usar a desculpa de ‘falta de tempo’ para não praticar exer-cícios ou não aproveitar momentos de lazer. Para isso, a melhor sugestão é: mude seu estilo de vida, assim você previne/trata a síndrome de forma mais natural e saudável, sem precisar partir para tratamentos mais rígidos”, ressalta o coach que lembra: drogas e álcool apenas afastam as crises de ansiedade, mas não a curam, podendo, em certos casos, até piorar a situação. Portanto, deixe-os de lado e aposte em tratamentos mais saudáveis.

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Fonte: Correio do Brasil

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Os médicos cubanos Olí-via Rodriguez Gonzalez e Omar Diaz, professores da

Universidade Che Guerava, em sua cidade natal, Pina del Rio, em Cuba, estão trabalhando há um ano no do Posto de Saúde de Barras, na região Norte de Piauí, e sorriem quando falam da conquista em vida que obtiveram no trabalho da atenção básica.

“Há um ano não registramos ne-nhuma morte de criança e de gestante. Estamos sem mortalidade materna e infantil”, afirmam Olívia Rodriguez Gonzalez e Omar Diaz, no Posto de Saúde de Barras, atuando no Programa Mais Médicos, do Governo Federal.

Esta realidade de redução com a capacidade de zerar a mortalidade infantil e materna se espalhou nos municípios onde o Programa Mais Médicos foi implantando para ofe-recer atenção básica de saúde onde era difícil a permanência de médicos ou de número suficientes de médicos brasileiros para atender a população.

“Tem sido uma experiência muito boa. Encontramos uma comunidade muito carente, mas acolhedora, pes-soas muito sensíveis, muito boas e necessitadas”, relata Olívia Rodriguez.

Segundo ela, as doenças mais frequentes são doenças respiratórias, doenças parasitárias, hipertensão, diabetes. Olívia Rodriguez e Omar Diaz fazem visitas domiciliares aos pacien-tes de Barras, que são programas e os pacientes atendidos são pessoas que não podem ir ao posto de saúde. São crianças com hidrocefalia, puérperas (mulheres que tiveram bebês recen-temente), gestantes, hipertensos e idosos.

“Nós não temos mortalidade infan-til, nem mortalidade materna. Temos registros de crianças e mães doentes, mas nenhuma chegou a óbito”, enfa-tiza Olívia Rodriguez, de tem 30 anos trabalhando como médica. “Isso é uma vitória”, comemora Omar Diaz.

Olívia Rodriguez e Omar Diaz afir-

mam que trabalhar é diferente de onde trabalharam antes com atenção básica na Venezuela, Paraguai e Paquistão, que não tinham uma rede constituída de atenção primária. “Na Venezuela não tínhamos nada, tudo era precária.

No Paraguai igual, não tinha rede implantada. No Brasil, nós temos uma rede de atenção básica de saúde, não temos médicos, mas temos uma rede criada. Nos outros países foram nós que criamos a rede de atenção primá-ria”, falou Olívia Rodriguez.

Omar Diaz, 23 anos de formado em Medicina, sendo que oito anos trabalhando na Venezuela, avalia como muito boa a sua experiência de um ano em Barras.

“Temos encontrado uma popu-lação muito necessitada de atenção médica e todos são muito receptivos porque a população é muito receptiva com os médicos cubanos, fica muito contente com o nosso trabalho, muito compreensiva porque nós estamos aju-

MORTALIDADE INFANTIL CHEGA A ZERO APÓS MAIS MÉDICOS NO PIAUÍ

Programa ‘Mais Médicos’ zera a mortalidade infantil em municípios do Piauí. Médicos cubanos Olívia Rodriguez Gonzalez e Omar Diaz, professores da Universidade Che Guevara, em Cuba, comemoram o feito e pacientes brasileiros se dizem satisfeitos: “O médico cubano dá atenção a gente, pergunta, fica ouvindo, explica o que gente deve fazer, orienta os exames. Eu achei melhor do que os outros, já fui atendido por vários”

Por Efrem Ribeiro - Meio Norte

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27dando a melhorar a saúde dessa popu-lação que estava carente de atenção”, falou Omar Diaz, que encontra crianças com baixo peso e desnutrição, mas não com desnutrição extrema.

Abraços e atenção ajudam na cura dos pacientes

Omar Diaz percebeu que muitos pacientes ficam curados mais rápido com um abraço, um cuidado mais afetuoso e fraterno. As pessoas ficam muito agradecidas.

Omar Diaz afirma que quando estão fazendo visitas domiciliares, os pacientes dizem que nunca um médico foram em suas casas. Pedem desculpas porque não podem oferecer refeição melhor, mas Omar Diaz e Olívia Rodri-guez avisam que as famílias estão se alimentando com as mesmas refeições com que se alimentam.

“São pessoas muito carentes e quando vemos as pessoas acamadas e não podem caminhar, elas ficam muito contentes porque elas falam dos problemas de saúde que têm e nós também falamos muitas coisas. Essas pessoas ficam muito agradecidas”, fala Omar Diaz.

Omar Diaz afirma que abraçar e ou-vir o paciente ajuda psicologicamente os doentes e em sua cura.

“As pessoas que estão acamadas ficam depressivas. A gente fala com elas, falamos que vão melhorar a saúde. Essas pessoas ficam psicologicamente animadas, é a palavra do médico ani-mando o paciente. Isso ajuda na cura”, diz Omar Diaz.

“Tem pacientes que dizem que bas-tou o médico olhar e já melhoraram. Dizem: ‘esse médico me olhou e eu já me senti bem”, afirma Olívia Rodriguez.

“Quando o médico fala, conversa é muito importante para o paciente e também é muito importante o médico escutar o que o paciente fala. Isso é muito importante para a recuperação e melhorar ao paciente”, falou Omar

Rodriguez.

Médica cubana faz terapia contra vício em medicamentos

A médica cubana Olívia Rodriguez Gonzalez iniciou um trabalho com 42 mulheres de uma comunidade da periferia de Barras com atividades fisioterápicas com 42 mulheres para que rompam o ciclo fármaco, vício de medicamentos para dormir, me-dicamentos ansiolíticos usados como tranquilizantes e contra ansiedade.

O ciclo fármaco é formado por medicamentos como o diazepan, ri-votril, contra insônia, antidepressivos e ansiolíticos.

“O resultado é que as mulheres não tomam mais cinco medicamentos que tomavam, estão mais alegres, perde-ram peso. São 42 mulheres integradas nas atividades fisioterápicas”, falou Olívia Rodriguez.

O trabalho é realizado com mu-lheres do bairro Residencial Morada de Barras. São realizadas atividades físicas com as mulheres. A coorde-nadora de Atenção Básica de Barras, Saara Serafim, disse que o trabalho dos médicos cubanos é muito positivo no município.

“Foram muito bem recebidos pela comunidade. Hoje nós temos médicos pela manhã e tarde de segunda-feira a quinta-feira atendendo os pacientes da maneira adequada e a população está muito satisfeita.

Já estamos até ampliando a rede de atenção básica. Nós começamos com 17 equipes e nós estamos com 19. Graças a Deus estamos conseguin-do isso porque, antes, nós tínhamos dificuldades com médicos porque eles só atendiam duas vezes na semana”, falou Saara Serafim, adiantando que chegou a ficar seis meses sem médicos para atender a população na atenção básica. Hoje Barras tem seis equipes do Programa Mais Médicos.

“A médica pergunta, fala e sorri”, diz

vendedora em Piripiri

A lavradora e vendedora Maria Aparecida Ferreira, de 48 anos, estava sendo atendida no Posto de Saúde João Mariano dos Santos, no bairro Caixa D´Água, em Piripiri.

Ela vinha sendo atendida por um médico cubano que viajou de volta para Cuba e foi substituído por ou-tra médica cubana, Maritza Duquen Labore.

Maria Aparecida Ferreira diz que os médicos cubanos dão atenção ao paciente, fazem perguntas, ficam ouvindo o que o paciente tem a dizer e sorriem.

“O médico cubano é melhor, ele dá atenção a gente, pergunta, fica ouvin-do, o explica o o que gente deve fazer, orienta os exames. Eu achei melhor do que os outros, já fui atendido por vários médicos.

Os outros médicos não falavam, nem olhavam para a gente, não dava atenção, só escrevia no papel. O mé-dico cubano ouve a gente, fala, sorri. Foi melhor, eu adorei”, falou Maria Aparecida.

A estudante do curso de Adminis-tração na Universidade Estadual do Piauí (Uespi) Laiana Moreira, de 25 anos, faz acompanhamento e controle de sua diabetes no Posto de Saúde no bairro Caixa D´Água, em Piripiri, e é atendida por médico cubano do Programa Mais Médico.

“O tratamento é mais adequado, o médico cubano dá atenção, avalia o nível de glicemia (taxa de açúcar no sangue), faz exames. A diferença entre os médicos cubanos e os outros é grande.

Eles são mais atenciosos. Dão mais atenção, perguntam o que a gente está sentindo, já os outros não, só passam os exames. Os médicos cubanos per-guntam antes de pedir e autorizar os exames”, fala Laiana Moreira.

Fonte: Pragmatismo Politico

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A OPÇÃO DO PAÍS PELO AGRONEGÓCIO FAZ O BRASILEIRO CONSUMIR 5,2 LITROS DE AGROTÓXICOS POR ANOO agronegócio cria áreas de monocultivo que destroem toda a biodiversidade, tornando o ambiente propício para elevadas populações de insetos e doenças

Pensar um Brasil que não priorize uma produção agrí-cola em latifúndios de mo-

noculturas para exterminar o uso de agrotóxicos. É o que propõe Fran Paula, engenheira agrônoma da coordenação nacional da Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida em entrevista concedida por e-mail para a IHU On-Line. Para ela, “o agronegó-cio utiliza largas extensões de terras, criando áreas de monocultivos. Dessa maneira, destrói toda a biodiversidade do local e desequilibra o ambiente natural, tornando o ambiente propício

para o surgimento de elevadas popu-lações de insetos e de doenças”. E a priorização por esse tipo de produção se reforça no conjunto de normas que concedem muito mais benefícios a quem adota o cultivo à base de agro-tóxicos ao invés de optar por culturas ecológicas. Um exemplo: redução de impostos sobre produção desses agentes químicos, tornando o produto muito mais barato. Segundo Fran, em estados como Mato Grosso e Ceará essa isenção de tributos chega a 100%.

E, ao contrário do que se possa

supor, a luta pela redução do consumo de agrotóxicos não passa necessaria-mente por uma reforma na legislação brasileira. Para a agrônoma, basta apli-car de forma eficaz o que dizem as leis e cobrar ações mais duras de órgãos governamentais. O desafio maior, para ela, é enfrentar a bancada ruralista e sua bandeira do agronegócio, além de cobrar ações que levem à efetivação da Política Nacional de Agroecologia. “A bancada ruralista ocupa hoje mais de 50% do Congresso brasileiro e vem constantemente atuando na tentativa do que consideramos legalizar a conta-

Por João Vitor Santos - Instituto Humanas Unisinos

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29minação. Isso à medida que exerce for-te pressão no governo sobre os órgãos reguladores, dificultando processos de fiscalização, monitoramento e retirada de agrotóxicos do mercado. E, ainda, vem tentando constantemente flexibi-lizar a lei no intuito de facilitar a libe-ração de mais agrotóxicos a interesse da indústria química financiadora de campanhas eleitorais”, completa.

Fran Paula é engenheira Agrôno-

ma e também técnica da Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional – FASE. Hoje, atua na coordenação nacional da Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida. É um grupo que congrega ações com objetivo de sensibilizar a população brasileira para os riscos que os agrotóxicos representam e, a partir disso, adotar ações para acabar com o uso dessas substâncias.

Confira a entrevista IHU On-Line - No último dia 3

de dezembro, dia internacional da luta contra agrotóxicos, a Campanha contra os Agrotóxicos divulgou que cada brasileiro consome 5,2 litros de agrotóxicos por ano. Como chegaram à contabilização desses dados? O que esse valor indica acerca do uso de agrotóxicos no Brasil em relação a outros países do mundo que utilizam esses produtos na agricultura?

Fran Paula - O dado se refere à

exposição ocupacional, ambiental e alimentar a que o brasileiro se en-contra, devido ao uso indiscriminado de agrotóxico no país. O número se refere à média de exposição de agro-tóxicos utilizados no ano em relação ao número da população brasileira. Esse número se eleva quando a refe-rência são alguns estados produtores de grãos, como o caso do Estado de Mato Grosso. No ano de 2013, utilizou 150 milhões de litros de agrotóxicos, levando a população do Estado a uma exposição de 50 litros de agrotóxicos por pessoa ao ano.

Um dado revela que o Brasil é,

desde 2008, o campeão no ranking mundial de uso de agrotóxicos. Ou seja, somos o país que mais consome venenos no Planeta.

IHU On-Line - A que atribuem esse consumo elevado de agrotóxicos?

Fran Paula - A opção clara da políti-

ca agrícola brasileira pelo agronegócio é a grande responsável pela situação. O agronegócio utiliza largas extensões de terras, criando áreas de monoculti-vos. Por exemplo: soja, milho, algodão, eucalipto ou cana-de-açúcar. Dessa maneira, destrói toda a biodiversidade do local e desequilibra o ambiente natural, tornando o ambiente propí-cio para o surgimento de elevadas populações de insetos e de doenças. Por isso este modelo de produção é dependente da química, só funciona com muito veneno. E, além de usar grande quantidade de agrotóxicos e transgênicos, não gera empregos e não produz alimentos.

A bancada ruralista ocupa hoje

mais de 50% do Congresso brasileiro e vem constantemente atuando na tentativa do que consideramos legali-zar a contaminação. Isso à medida que exerce forte pressão no governo sobre os órgãos reguladores (principalmente saúde e meio ambiente), dificultando processos de fiscalização, monito-ramento e retirada de agrotóxicos do mercado. E, ainda, vem tentando constantemente flexibilizar a lei no intuito de facilitar a liberação de mais agrotóxicos a interesse da indústria química financiadora de campanhas eleitorais. Política essa que permite absurdos como o uso de agrotóxicos já banidos em outros países, havendo comprovação científica do grau de pe-riculosidade destes produtos na saúde dos humanos e do meio ambiente.

No Brasil, um conjunto de nor-

mas reduz a cobrança de impostos sobre agrotóxicos. E a isenção destes impostos (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - ICMS, Contribuição para Financiamento da Seguridade Social - COFINS, Programa de Integração Social – PIS e Progra-

ma de Formação do Patrimônio do Servidor Público - PASEP, Tabela de Incidência do Imposto Sobre Produtos Industrializados - TIPI) pode chegar a 100% em alguns estados como Ceará e Mato Grosso.

Contradizendo as promessas das

sementes transgênicas, os transgêni-cos elevaram o uso de agrotóxicos no país. Um exemplo é o da soja Roundup Ready, resistente ao herbicida glifosa-to. Com a entrada da soja transgênica, o consumo de glifosato se elevou mais de 150%. A Agência Nacional de Vigi-lância Sanitária - ANVISA, considerando o potencial aumento de resíduos do herbicida, determinou o aumento de 50 vezes no Limite Máximo Residual - LMR do glifosato na soja transgênica, passando de 0,2 mg/kg para 10 mg/kg. Assim, a ANVISA demonstra que os argumentos da Monsanto anunciando uma diminuição do uso de herbicida com o advento da soja transgênica não são verificáveis na realidade, o que já estava previsto com a expansão da indústria de Roundup no Brasil.

IHU On-Line - Quais são as culturas

que recebem uma carga mais pesada de defensivos?

Fran Paula – Primeiramente: não

existem defensivos. Defesa para quem? E do quê? Não existe essa terminologia na legislação. O termo é agrotóxicos e assim devemos tratar do assunto. O ter-mo defensivo é utilizado pelos setores do agronegócio, incluindo as indústrias que os produzem, para tirar de foco a função desses produtos e seus efeitos nocivos à saúde da população e do meio ambiente. Da mesma forma que uso seguro de agrotóxicos é um mito. Isso faz parte do lobby da indústria química para esvaziar o debate sobre o risco que os agrotóxicos representam.

Entre os mais utilizados, desta-

camos: o Abamectina, um tipo de inseticida altamente tóxico, utilizado em plantações de batata, algodão e frutíferas; o Acefato, que é um insetici-da que pertence à classe toxicológica III - Medianamente Tóxico e que é uti-lizado com frequência em plantações

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de couve, amendoim, brócolis, fumo, crisântemo, repolho, melão, tomate, soja, rosas, citros e batata; e o Glifo-sato, um herbicida bastante utilizado no combate a ervas indesejáveis no cultivo de soja, principalmente.

Não é o tipo de cultura que define

a quantidade de agrotóxico utilizada. O que define é o modelo de produção. Posso ter um pimentão com alta con-centração de agrotóxico, como posso ter um pimentão orgânico.

IHU On-Line - Quais os efeitos na

saúde de quem consome alimentos com traços de agrotóxicos?

Fran Paula - Não existe agrotóxico

que não seja tóxico. Portanto, não há nenhum que não apresente risco à saúde humana mediante exposição e posterior contaminação. Os agrotó-xicos provocam dois tipos de efeitos: os agudos, provocados nas horas seguintes à exposição; e os crônicos, que podem se manifestar em meses, anos e até décadas, como resultado da acumulação dos resíduos químicos no organismo das pessoas.

Um exemplo nacional que tivemos

de contaminação por agrotóxicos e acumulação destes resíduos no or-ganismo foi a pesquisa que revelou contaminação do leite materno. Os efeitos de resíduos de agrotóxicos no nosso organismo podem mani-festar complicações como alterações genéticas, problemas neurotóxicos, má-formação fetal, abortos, efeitos teratogênicos, desregulação hor-monal, desenvolvimento de células cancerígenas. Reforço que a maioria dos agrotóxicos possui ação sistêmica e que medidas como lavar superficial-mente os alimentos com água e sabão não são suficientes para eliminar os resíduos de agrotóxicos.

IHU On-Line - A campanha tam-bém alerta que há regiões no país em que o consumo de agrotóxicos é ainda maior. Quais são essas regiões e por que o consumo é tão elevado?

Fran Paula - Como já havia citado

anteriormente, em alguns estados onde o agronegócio exerce um apa-relhamento político forte e detém grandes áreas de monocultivos de soja e outras commodities, o consumo de agrotóxicos é maior.

Fran Paula - Estão submetidas a problemas de saúde devido à expo-sição direta aos agrotóxicos, devido à contaminação da água para consumo, do ar que respiram e do solo. Ainda sofrem as ameaças da pulverização aérea, como os milhares de casos pelo Brasil de populações que são banhadas diariamente por venenos, principal-mente pelo desrespeito às medidas legais quanto aos limites desta pulve-rização tanto aérea quanto terrestre no entorno dessas comunidades. A este contingente de populações expostas a agrotóxicos cobramos atenção espe-cial dos serviços de saúde como forma de promoção da vida e sobrevivência destas pessoas. Por isso uma das ban-deiras de luta da Campanha tem sido a criação de áreas livres de agrotóxicos e transgênicos.IHU On-Line - Além do consumo de alimentos que foram expostos a agrotóxicos, a que riscos as pessoas que vivem em regiões de altos índices de aplicação desses defensivos estão submetidas?

IHU On-Line - O que é possível

fazer para frear esse uso tão grande de agrotóxicos? Quais as alternativas junto às plantações para o controle de pragas?

Fran Paula - Analisemos a história

da agricultura no mundo, com regis-tros de 12 mil anos atrás. Já a história dos agrotóxicos tem registros de pou-co mais de 50 anos. Ou seja, desde mui-to tempo é possível produzir sem usar agrotóxicos. São crescentes os investi-mentos em países da União Europeia, Japão, Índia, em práticas e técnicas de produção de não uso de agrotóxicos. O Brasil é um país atrasado na medida em que ainda utiliza um arsenal de produ-tos químicos provenientes da guerra. Nosso país precisa urgentemente rever o modelo de produção quem vem ado-tando, centrado no Agronegócio. Esse modelo concentra a terra, cria áreas

de monocultivos e desertos verdes, adota pacotes tecnológicos (adubos químicos, sementes híbridas e trans-gênicas e agrotóxicos) ofertados pelas indústrias químicas. É preciso imple-mentar o Plano Nacional de Redução de Agrotóxicos – PRONARA, vinculado à Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica, construído em 2014. Essa legislação prevê ações no campo da pesquisa de tecnologias sustentáveis de produção, crédito para o fortalecimento da agricultura de base agroecológica responsável pela produção de alimentos, investimen-tos em assistência técnica e extensão ruralagroecológica aos agricultores, retirada imediata dos agrotóxicos já banidos em outros países e que são utilizados livremente no Brasil e fim do subsídio fiscal aos agrotóxicos. Além disso, adoção de práticas de menor impacto, como o controle biológico de pragas e o manejo integrado; adoção de práticas agroecológicas de produ-ção, que permitem a seleção natural das culturas, e variedades crioulas com maior resistência à incidência de insetos e doenças e que permitam a diversificação da produção e oferta de alimentos com base nos princípios da segurança alimentar e nutricional.

IHU On-Line - Uma das bandeiras

da Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida é o fim da prá-tica de pulverização aérea das lavouras. Por quê?

Fran Paula - A pulverização aé-

rea de agrotóxicos é uma prática ameaçadora à vida. Diversos estudos científicos e casos de intoxicação hu-mana e contaminação ambiental têm reiterado que não existem condições seguras para pulverização aérea. Além de tratar-se de uma técnica atrasada em termos de eficiência de aplicação, requer que sejam pulverizadas gran-des quantidades de veneno para se atingir a quantidade desejada do pon-to de vista agronômico, por conta das elevadas perdas. Estudos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA mostraram que o percentual de perda pode chegar a mais de 80% em algumas culturas. Esse elevado per-

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centual corrobora o fato de que grande parte do que é pulverizado atinge outros alvos que não os desejados, podendo contaminar água, lençóis freáticos e ainda atingir diretamente pessoas e outros seres vivos.

Entre os casos de contaminação via

pulverização aérea, temos o ocorrido em 2013 na Escola Municipal de São José do Pontal, localizada na região rural do município de Rio Verde, Goiás. Ali, essa prática resultou em diversos casos de intoxicação aguda de traba-lhadores e de alunos de 9 a 16 anos. Nesse episódio, a pulverização teria sido feita sobre a lavoura de milho localizada a poucos metros da escola, não obedecendo aos limites mínimos de distância recomendados na legisla-ção. O produto pulverizado, segundo a empresa de aviação agrícola, era o inseticida Engeo Pleno, fabricado pela multinacional Syngenta. Um de seus componentes é o tiametoxam, do grupo dos neonicotinoides, produto al-tamente tóxico para abelhas e que por isso havia sido proibido para uso por pulverização aérea pelo Instituto Bra-sileiro do Meio Ambiente - IBAMA. No entanto, após pressão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA, a proibição foi suspensa.

IHU On-Line - Qual sua avaliação

sobre a legislação brasileira no que diz respeito à liberação e uso de agro-tóxicos? Recentemente, a ANVISA aprovou a iniciativa para propor o banimento dos agrotóxicos Forato e Parationa Metílica. Como avalia essa iniciativa e quais as implicações desses agrotóxicos?

O efeito danoso dos agrotóxicos é

reconhecido e estabelecido em lei. A ANVISA é o órgão responsável no âm-bito do Ministério da Saúde pela ava-liação da toxicidade dos agrotóxicos e seus impactos à saúde humana; emite o parecer toxicológico favorável ou desfavorável à concessão do registro pelo Ministério da Agricultura.

Fran Paula - O problema em geral

não está na lei 7802/89, que define a Legislação dos Agrotóxicos no Brasil, e

sim no não cumprimento da mesma. Quanto ao registro de agrotóxicos, a lei estabelece a proibição para os quais o Brasil não disponha de métodos para desativação de seus componentes, de modo a impedir que os seus resíduos remanescentes provoquem riscos ao meio ambiente e à saúde pública, para os quais não haja antídoto ou trata-mento eficaz no Brasil. Ainda proíbe registro aos que revelem caracterís-ticas teratogênicas, carcinogênicas ou mutagênicas, de acordo com os resultados atualizados de experiências da comunidade científica, que provo-quem distúrbios hormonais, danos ao aparelho reprodutor, de acordo com procedimentos e experiências atualizadas na comunidade científica. Não permite registro de agrotóxicos que se revelem mais perigosos para o homem do que os testes de laborató-rio com animais tenham demonstrado, segundo critérios técnicos e científicos atualizados e também cujas caracterís-ticas causem danos ao meio ambiente. O risco maior está nas inúmeras tenta-tivas de flexibilização da lei por parte da bancada ruralista, cujo propósito é defender os interesses das indústrias químicas e assim liberar o registro de mais agrotóxicos no mercado.

IHU On-Line - Quais os pontos

mais urgentes em que a legislação precisa avançar ou ser revista?

Fran Paula - A legislação brasileira,

apesar de conter normas de restri-ção ao registro de agrotóxicos, não estipula tempo para reavaliação dos agrotóxicos. Acaba ficando a critério dos órgãos responsáveis pelo regis-tro solicitarem a mesma. No Brasil, a validade do registro do produto é de tempo indeterminado, ao contrário de países como Estados Unidos, onde o registro tem validade por 15 anos. Na União Europeia são 10 anos, no Japão três anos e no Uruguai quatro anos. Apesar de a lei atribuir respon-sabilidades quanto ao monitoramento e fiscalização, o cenário é de uma capacidade reduzida dos órgãos de saúde e de meio ambiente. Isso ocorre nas três esferas de governo, no que diz respeito ao desenvolvimento de

serviços de monitoramento e controle de agrotóxicos.

IHU On-Line - Um dos herbicidas

mais usados e conhecidos no Brasil e no mundo é o Glifosato, chamado “mata mato”. Como acaba com praticamente todas as ervas daninhas, além da apli-cação em zona rural, há municípios que usam em áreas urbanas, fazendo o que algumas pessoas chamam de “capina química”. Que problemas para o meio ambiente, no campo e na cidade, o uso indiscriminado dessa substância pode causar?

Fran Paula - Mata mato é um

dos nomes comerciais do herbicida Glifosato. Possui uma ação sistêmica, ou seja, ao ser aplicado nas folhas das plantas é translocado até as raízes e é não seletivo. Mata todo tipo de plantas, exceto as transgênicas que apresentam resistência a este princípio ativo. Den-tre os riscos ao meio ambiente estão a contaminação do lençol freático e do solo, com a morte de microrganismos e consequente perda da fertilidade. E se tratando de capina química, há uma nota técnica da ANVISA de 2010 recomendando a proibição dessa prá-tica em ambientes urbanos, devido à exposição da população ao risco de intoxicação, além de contaminar a fauna e a flora local.

IHU ON-Line - E para a saúde de

quem se expõe ao Glifosato? Fran Paula - Há estudos toxicoló-

gicos do Glifosato em diversos países e todos são unânimes nos resultados para efeitos tóxicos na saúde. Estes estudos revelam que a toxicidade do Glifosato provoca os seguintes efei-tos: toxicidade subaguda (lesões em glândulas salivares), toxicidade crônica (inflamação gástrica), danos genéticos (em células sanguíneas humanas), transtornos reprodutivos (diminuição de espermatozoides e aumento da fre-quência de anomalias espermáticas) e carcinogênese (aumento da frequência de tumores hepáticos e de câncer de tireoide). Os sintomas de intoxicação incluem irritações na pele e nos olhos, náuseas e tonturas, edema pulmonar,

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queda da pressão sanguínea, aler-gias, dor abdominal, perda de líquido gastrointestinal, vômito, desmaios, destruição de glóbulos vermelhos no sangue e danos no sistema renal. O herbicida ainda pode continuar pre-sente em alimentos num período de até dois anos após o contato com o produto. Em solos pode estar presente por mais de três anos, dependendo do tipo de solo e clima. Apesar da classificação toxicológica que recebe no Brasil, o produto é considerado um biocida. Tanto que já foi banido de países como a Noruega, Suécia e Dinamarca.

IHU On-Line - Qual o papel de ou-

tros órgãos, como Ministério Público, nas discussões e no combate ao uso indiscriminado de agrotóxicos?

Fran Paula - A atuação do Minis-tério Público é fundamental diante do contexto e cenário que o Brasil se en-contra, de ineficiência de aplicação da lei e da omissão dos órgãos de moni-toramento e fiscalização. O Ministério Público do Trabalho lançou em 2009 o Fórum Nacional de Combate aos Efei-tos dos Agrotóxicos. Criado para fun-cionar como instrumento de controle social, o Fórum Nacional conta com a participação de organizações go-vernamentais e não governamentais, sindicatos, universidades e movimen-tos sociais, além do Ministério Público. Além do Fórum Nacional, foram sendo criados os fóruns estaduais de com-bate aos impactos dos agrotóxicos com o mesmo objetivo. A Campanha participa do Fórum Nacional e dos estaduais, com objetivo de levantar elementos e embasar o Ministério Público em ações que visem à redução do uso de agrotóxicos e promoção da agroecologia.

IHU On-Line - A Campanha Per-

manente contra os Agrotóxicos e pela Vida já destacou que 2015 será um ano em que se desenvolverão diversas políticas nacionais de agroecologia e produção orgânica. Que políticas são essas?

Fran Paula - Em agosto de 2012,

a presidenta Dilma Rousseff instituiu a Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica – PNAPO, por meio do Decreto nº 7.794, de 20-08-2012, re-sultado de intensos diálogos e reivindi-cações dos movimentos sociais. A partir de então, governo e sociedade civil se debruçaram na tarefa de construção de um Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica – PLANAPO.

No campo produtivo, o Plano pro-

põe mecanismos capazes de atender à demanda por tecnologias ambien-talmente apropriadas, compatíveis com os distintos sistemas culturais e com as dimensões econômicas, sociais, políticas e éticas no campo do desen-volvimento agrícola e rural. Ao mesmo tempo, apresenta alternativas que buscam assegurar melhores condições de saúde e de qualidade de vida para a população rural. Assim foi criado, no âmbito da PNAPO, o Programa Nacio-nal de Redução do Uso de Agrotóxicos – PRONARA. É construído numa parce-ria da Campanha com diversos ministé-rios e órgãos subordinados, além de ou-tros movimentos sociais. O PRONARA contém 35 iniciativas que, se levadas a cabo, melhorariam drasticamente as condições de saúde do povo brasileiro em relação aos agrotóxicos. A lógica do PRONARA se desenvolve como base em iniciativas estruturadas de forma articulada, cobrindo seis dimensões: registro; controle, monitoramento e responsabilização da cadeia produtiva; medidas econômicas e financeiras; desenvolvimento de alternativas; infor-mação, participação e controle social; e formação e capacitação.

O prazo de três anos para execu-

ção desta primeira edição do Plano Nacional de Agroecologia vincula suas iniciativas às ações orçamentárias já aprovadas no Plano Plurianual de 2012 a 2015. Trata-se, portanto, de um forte compromisso para trazer a agroecolo-gia, seus princípios e práticas, não só para dentro das unidades produtivas, como para as próprias instituições do Estado, influenciando a agenda produ-tiva e de pesquisa e os mais diferentes órgãos gestores de políticas públicas. Em síntese, um grande avanço da

sociedade brasileira na construção de um modelo de desenvolvimento sustentável.

IHU On-Line - O que mais deve

pautar a luta do movimento em 2015?Fran Paula - Já avaliamos que 2015

será um ano de grandes desafios e lutas intensas, a começar pelo cenário sombrio da nomeação de Kátia Abreu para o Ministério da Agricultura. Ela tem sido até agora uma representan-te atuante da bancada ruralista no Congresso e defensora dos interesses do agribusiness brasileiro. Também queremos garantir mobilização social articulada e contrária às iniciativas da Comissão Técnica Nacional de Biosse-gurança - CTNBIO para a não liberação de mais variedades transgênicas.

Hoje, a Campanha tem mais de 100

organizações e movimentos sociais atuando de ponta a ponta do país. A meta para 2015 é ampliar e fortale-cer nosso diálogo com a sociedade, alertando para o risco que os agro-tóxicos representam, reforçando a necessidade e urgência da efetivação de políticas públicas de promoção da agroecologia, solução para a produção de alimentos saudáveis a todos os brasileiros.

Temos, ainda, nossa agenda de

luta, onde são organizadas as ações massivas da Campanha: 07 de abril – Dia Mundial da Saúde e o aniversário de quatro anos da Campanha, 16 de outubro – Dia Mundial da Alimenta-ção Saudável e 03 de dezembro – Dia Mundial de Luta contra os Agrotóxicos. 2015 será um ano das Conferências Nacionais, a exemplo da Conferência Nacional de Saúde e a Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. São espaços onde esta-remos reforçando a necessidade do controle social e da importância da efetivação das políticas públicas de promoção da agroecologia e do não uso de agrotóxicos.

Fonte: Cata Maior

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O casal não consegue con-versar. Bem que ela tenta, mas sem nenhum sucesso.

Ela fala, ele se cala. Ela não sabe o que ele está pensando, nenhuma pista, até que se cansa e vai fazer outra coisa, para alívio do companheiro.

Eles passaram por algumas experi-ências doloridas, mas ele nunca disse nada a respeito, e por isso ela sente que só ela sofreu. Já chorou muitas vezes sozinha. Nunca um abraço. Nem um apoio. Cansou. Acha que não tem mais nada a ser dito.

Ele acha que a mulher por quem se apaixonou não existe mais, que ela não gosta de ficar com ele, de conver-sar com ele, não quer seu amor. Se ele chega perto ela rechaça, se conversa ela ouve e não opina, mas se ele con-vida para alguma coisa diferente, a chance dela aceitar é nula. Ele não quer brigar, mas também não quer ceder, o que fazer?

Este é um quadro frequente de casais que não se entendem. Se por um lado os homens não aprenderam a conversar, a falar o que querem, a reclamar, a por seus sentimentos para fora, por outro lado as mulheres foram ensinadas a aceitar, por isso oscilam entre ceder ou brigar, sem escala na negociação.

André ama sua namorada. Mas foi criado sem espaço para se exprimir, sem ter como conversar. Não parece, mas por trás de uma aparência descon-

SILÊNCIOtraída se esconde uma mãe impositiva. Basta alguém a contrariar para ela ficar possessa e dizer que está sendo atacada; ou seja, foi criado numa casa onde não se aceitava divergência. Foi desta forma que ele aprendeu que sua opinião machuca quem ele ama. Esta lição ele levou para a vida.

***

Era sempre a mesma história: a esposa falava sem parar. Ele queria fugir dali, tão profundamente aquilo lhe atingia. Mas não conseguia fazer nada a não ser se fechar, porque tudo aquilo lhe provoca imensa angustia. Não conseguia traduzir em palavras o que lhe torturava. Não sabia como lidar com a situação, por isso se calava. Es-perava que a raiva da mulher acabasse. Amanhã seria outro dia pensava, e eles poderiam ultrapassar tudo isso. Mas, para sua aflição aquela mulher que ele amava estava ali quieta, chorando bai-xinho, por vergonha ou impotência. Via seu desespero, incapaz de encontrar alguma coisa para fazer, ou dizer. Até que o descontentamento dela desem-bocava em agressividade verbal.

Sabia que se abrisse a boca podia por tudo a perder. Quando ficava bra-vo, ou ferido, tornava-se agressivo. Pelo menos era isso que ele sentia. Era a úni-ca maneira de lidar com sua dor. Lidar com as emoções nunca foi seu forte. Acabava usando sua inteligência para se defender, ou seja, para piorar ainda mais o que ele não queria que fosse mexido. Porque nas brigas, o melhor

é ficar quieto, senão assim como nos filmes policiais, tudo o que você disser vai ser usado contra você.

Lembra quando ela ficou tão do-ente, ele quis chorar, mas ela pediu: agora você tem que ser forte por nós dois! Ele aceitou, mas esta dor ficou engasgada para sempre, como se a namorada fosse de papel e pudesse se desmanchar no seu choro. Choro de medo de perdê-la. Medo que ele nunca conseguiu confessar.

Foi na psicoterapia que ele apren-deu que sua opinião não mata nin-guém, que divergências podem ser conversadas, não são intransponíveis. E também que tem coisas que não vale a pena brigar, porque o desgaste não justifica.

Respira fundo, aos poucos vai lem-brando que não precisa se render a braveza dela, pode tentar contornar a situação mostrando que tudo é relati-vo, que eles se gostam e estão juntos e cúmplices. É só uma briguinha, uma divergência de nada, não deveriam deixar esta briga acabar com o que eles tem de melhor.

Que neste ano que se inicia, você possa respirar fundo e lembrar o que é realmente importante e brigar por isso, e deixar para lá as pequenas desavenças.

Dra. Dora LorchPsicóloga - Escritora

Dora Lorch - psicóloga, mestre em psicologia e autora do livro “Como educar sem usar a violência” www.doralorch.hpnr.com.br

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Os Mestres Chineses ensi-nam que a doença é um desequilíbrio que não foi

corrigido. Apontam três fatores que podem levar ao desequilíbrio: As Emoções, os fatores climáticos e o Estilo de vida.

Como assim? As emoções podem nos deixar doentes? Mas, não é normal ter emoções? E, se a resposta for posi-tiva, como evitar as emoções?

Na verdade, emoções são proces-sos normais da Psique Humana. Mais do que isso: a Psique de todos os seres humanos tem a mesma estrutura. To-dos nós sentimos amor, raiva, ciúmes, preocupação, medo, alegria, tristeza, entusiasmo, desânimo, etc. É graças a isso, que quando presenciamos a tris-teza de alguém, podemos compreen-der a dor daquela pessoa. Cada um de nós sabe o que é a tristeza. Portanto, as emoções nos irmanam. E a doença? De onde vem?

A Medicina Tradicional Chinesa

ensina que cada um de nós tem um temperamento. Alguns são mais cal-mos, outros mais explosivos, alguns mais extrovertidos, outros mais quie-tos. O nosso temperamento faz com que lidemos com as mesmas emoções de forma diferente. Por exemplo, para alguém que é “pavio curto” é muito difícil conter a raiva. Para alguém que é tímido, é muito difícil expor as próprias idéias ou mostrar afeto. Há pessoas que se deprimem facilmente e outras cujo medo as paralisa e as impede de tomar decisões ou de seguir em frente. Há outras ainda que ficam “remoendo” velhos desentendimentos e tornam-se amarguradas. Há pessoas que não conseguem lidar com perdas e prolongam o luto indefinidamente. Os sábios chineses observam que ter raiva é normal, mas viver eternamente com raiva, faz mal à saúde. Há até um provérbio que diz: “A raiva é um veneno que tomamos pensando em fazer mal a outro.” Ficar triste por alguma perda é normal. Desistir da vida por alguma perda pode adoecer e matar uma pessoa. Ter medo é normal. Desistir

de fazer coisas necessárias por medo pode levar ao desequilíbrio. E assim por diante.

Prega a medicina chinesa que a raiva demasiada pode fazer mais mal ao Fígado do que uma “carne gorda”. A euforia num campo de futebol pode fazer alguém ter um enfarte (coração). Muita tristeza pode levar a uma pneu-monia ou enfraquecer os Pulmões. O medo pode gerar uma cistite e a preocupação pode ferir o estômago. Como? Dizem os Mestres Chineses, que as emoções podem “abrir a porta” do corpo para a doença entrar. Ou seja, as emoções podem baixar a imunidade e desequilibrar nossos sistemas internos.

EMOÇÕES: O FATOR INTERNO CAUSADOR DE DOENÇAS NA MEDICINA TRADICIONAL CHINESA

Dra. Rita de CórdovaBióloga, Acupunturista e Escritora

Dra. Rita Córdova - Fisioterapeuta e Acupunturista Autora do livro: Comer: Como, o quan-to e o quê? A Sabedoria da Alimenta-ção na Medicina Tradicional Chinesa e orientadora do Curso: A Alimentação na Medicina Tradicional Chinesa.

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DICA DO MÊSSOBRE O TOMATE

1. Rico em licopeno (média de 3,31 miligramas em cem gra-mas), vitaminas do complexo A e complexo B, vitamina C e minerais como o fósforo, ferro, magnésio, potássio, ácido fóli-co, cálcio.

2. Quanto mais maduro, maior a concentração desses nutrien-tes.

3. Possui baixo teor calórico (ape-nas 15 calorias por 100 gramas de tomate). Ideal para dietas de emagrecimento.

4. Pode ser usado em sopas, em saladas, em sucos, sanduiches e no preparo de molhos.

5. Popularmente não há con-senso entre sua classificação como fruta ou legume. Em termos dietéticos o tomate é classificado com hortaliça vermelha (pelo seu conteúdo em licopeno) e do Grupo “A” por conter 5% de glicídios. Pela classificação botânica é classificado como um fruto (produto do desenvolvimento do ovário e do óvulo da flor,

formando o pericarpo e as sementes, respectivamente, após a fecundação), assim como a berinjela, pimentão, pepino, quiabo e moranga.

6. Ao contrário de muitos nu-trientes, o licopeno não é afetado durante o processa-mento dos alimentos. Produ-tos industrializados à base de tomate conservam bastante as características do alimento in natura.

7. Pesquisa efetuada pela Uni-versidade de Harvard, nos Estados Unidos confirmou que homens que consumiam mo-lho de tomate duas vezes por semana tiveram 23 por cento menos incidência de câncer do que outros.

DICA IMPORTANTE os benefícios do tomate podem ser maiores se o mesmo for cozido, acompanhado de um pouco de azeite. Pode ser usado em molhos ou sobrepondo gratinados (carnes, peixes, frangos) ou pizzas.

Sandra de Quadros Marenco Nutricionista Clínica – CRN2 0540

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DESTINO. DHARMA. CAMINHO DO CORAÇÃO...

Dra. Isabel Amaral MartinsBióloga, Mestre e Doutora em Neurociências

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Vamos falar sobre uma pes-soa como nós, mas que está fazendo algo especial, está

seguindo seu coração...

Ela está vivendo agora em Istambul. Está mais e mais forte e madura, a cada dia e a cada experiência.

Podemos dizer que está conquis-tando o mundo. E a si mesma... Sim, está conquistando a si mesma. E por isso o mundo a reconhece.

Ela realmente teve a coragem de descobrir nela mesma qual era o caminho do seu coração. E en-tão descobre a cada dia a cora-gem de seguir por esse caminho. Nunca desistiu. Sofreu, lutou, se sentiu confusa... mas nunca desacreditou.

O mundo já a conhece. Ela se tor-nou fotógrafa e já publicou por quase todos os continentes. Sim, já está na História da Humanidade.

“Os resultados, muitas vezes, so-mente são alcançados à custa de sofrimento e renúncias?”

Sim, muitas vezes. Ou quase sempre. Renúncias são necessá-rias quando se reconhece onde se quer chegar. Mas isso é um proces-so voluntário. De reconhecimen-to próprio. Daí a escolha é feita. Ela sempre quis isso, sim. Ela sempre soube.

E sempre disse: “Nunca desista! Mesmo que pareça turvo algumas vezes, ou que te digam que não deves continuar... ou que insistam em te mos-trar o quão difícil será ter que acreditar sozinho às vezes... Nunca desista da verdade que tens em teu coração.”

Pois é, o caminho do nosso Dhar-ma, ou Destino, pode ser longo, mas o sofrimento que se tenha que passar será sempre menor do que a bênção que se vai encontrar, desde que se siga o Dharma.

A dor de fugir do destino é sempre muito maior, e pode se tornar até mes-

mo insuportável. E disso, muitos de nós entendemos... Quando desistimos de escolhas significativas, em prol de necessidades momentâneas... ou em prol do destino de outros...

Só encontramos a paz, seguindo o nosso próprio caminho. Que pode ser compartilhado, é claro. E quanto mais significativo for o compartilhar, mais sentido terão as conquistas. Sempre que o amor nos mostre o rumo, seja-mos receptivos a ele.

Somente no Caminho do Dhar-ma, encontramos força, coragem, e revitalização. Se estivermos sofrendo demais, constantemente... talvez o caminho esteja confuso... talvez seja outro. Mas precisamos de calma e paz pra reconhecer.

O sofrimento no Dharma é diferente. É a persistência, e a renúncia que tem sentido. E toda dor tem seu revés. Tem limite e tem motivo. No coração, sabemos o que é certo pra nós.

A dor que enobrece é bem diferen-te do sofrimento que adoece.

Sim, ela passou por momentos di-fíceis e até muito arriscados. Ela queria oferecer ao mundo o reconhecimento do que nos une, independente de quem somos ou onde estamos. Inde-pendente de motivos... as guerras tem rostos, tem sentimentos, há corações nos que morrem, e nos que matam...

“Para se chegar onde ninguém ou poucos chegam, é preciso fazer o que ninguém faz.”

Só é preciso fazer o que o coração já sabe. Ninguém tem que fazer mais do que ninguém. Tem que fazer o que o coração diz. Realizar a sua própria verdade...

“Ela fez o que lhe movia, o que lhe dava sentido”.

Sim, e nisso ninguém compete. Essa pessoa é minha irmã Alice Martins, a quem amo e de quem eu me orgulho muito. Inspiração pra mim, que trans-

crevo a você!O Dharma, palavra em sânscrito,

se refere ao seu papel no mundo. Mas o papel do seu ser. É a descoberta do seu presente para si e para o mundo... O Dom, Gift... Destino ou missão. Tem vários nomes, em várias filosofias...

Nascemos com ele. Mas, muitos de nós renunciamos a ele, e por isso sofremos.

Ela ouve seu próprio coração. A maioria de nós, não! ... É simples. Mes-mo que pareça tão difícil.

Todos sabemos nosso Dharma, nos-so chamado, nosso sonho, desde bem jovens... Os que não querem ouvir, se perdem muito... alguns talvez nem se achem de novo... Mas ainda há tempo de voltar ao caminho do nosso coração. Redescobrir o nosso destino.

Todos podemos seguir e, sim, alcan-çar muitos de nossos sonhos. Se você deseja algo bom pra você e pro mundo, siga em frente! Ninguém melhor do que você para ser o melhor de você!!!

Todos podem escolher se dispor ao seu destino. Renunciar aos substitu-tos... Arriscar pela Fé no que o coração expressa!

É isso que nos é exigido: Seguir, sem duvidar.

Sim. Seu sonho é seu direito. E você não está competindo com o sonho de ninguém mais.

Compartilhe e realize(-se)!!!

Seja feliz!

Isabel Amaral Martins -Bióloga, Mestre e Doutora em Neurociências Formação Complementar em Músi-ca, Teatro e Yoga www.bioconexoes.blogspot.comwww.isabelamaral.hpnr.com.br

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