Saúde - 23 de fevereiro de 2014

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Sa úde Caderno F e bem- estar MANAUS, DOMINGO, 23 DE FEVEREIRO DE 2014 [email protected] (92) 3090-1017 Proteção solar é fundamental Saúde e bem-estar F5 DIVULGAÇÃO Bactéria H. pylori causa danos ao estômago Presente no organismo de milhões de pessoas em todo o mundo, a bactéria pode levar à gastrite ou até mesmo ao câncer no estômago se não for tratada Dá para evitar a infecção MELLANIE HASIMOTO Equipe EM TEMPO Após o diagnóstico, o tratamento da infecção por H. pylori requer o uso de dois ou três an- tibióticos usados con- juntamente com medi- camentos que reduzem a secreção gástrica durante um mínimo de sete dias. “Tal associa- ção é capaz de erradicar a bactéria e, portanto, curar definitivamente a doença, em mais de 90% dos casos. Infelizmente, o uso indiscriminado de antibióticos entre nós tem propiciado o sur- gimento de cepas de H. pylori resistentes ao tra- tamento habitual, sendo aí necessário o emprego de tratamentos alterna- tivos e potencialmente mais tóxicos”, ressalta o médico. Higiene O médico Luiz Gon- zaga Vaz Coelho afir- ma que a presença da infecção é relacionada aos baixos níveis de higiene e saneamento, mas medidas de saúde pública visando à melho- ria destes parâmetros podem reduzir, em mui- to, os índices da infec- ção na população. “Estudos realizados na Coreia do Sul mos- tram que o rápido desen- volvimento das condi- ções socioeconômicas naquele país foi acom- panhado de expressiva redução na prevalência da bactéria na popu- lação. Individualmente, cuidados com a higiene, evitando contato de se- creções da boca entre crianças e adultos, lava- gem das mãos e limpeza adequada dos alimen- tos, entre outros, tam- bém contribuem para a redução da infecção na população”, indica. Entretanto, dado à ele- vada prevalência da in- fecção em alguns países e regiões, a forma ideal de se evitar a infecção seria o desenvolvimen- to de uma vacina a ser aplicada nas crianças. “Apesar de muito es- tudada, esta perspec- tiva ainda parece distante nos dias de hoje”, lamenta. O índice de pessoas infecta- das pela H.pylori no Brasil chega a 60%, com uma clara preva- lência em regiões com piores condições sanitárias, conforme evidenciam estudos científicos. A infecção é assintomática, o que dificulta o diagnóstico. Cui- dados básicos de higiene são recomendados como medida de prevenção. O Helicobacter pylori, mais conhecido por H. pylori (diz-se agapilori), que é uma bactéria que vive no nosso estômago e duodeno, sendo responsá- vel pela mais comum infecção bacteriana crônica em seres humanos. O H. pylori tem sido reconhecido em todas as po- pulações do mundo e em indi- víduos de todas as idades. No entanto, o mé- dico gastroen- terologista Luiz Gon- zaga Vaz Coelho, presidente do Nú- cleo Brasileiro para Estudo do Helicobacter pylori, explica que a infecção por H. pylori é ad- quirida predominantemente na infância, antes dos 10 anos de idade. “O baixo nível socioeco- nômico e suas consequências naturais, como más condições de habitação e higiene, são hoje considerados o principal facilitador para aquisição da infecção pelo H. pylori. A trans- missão parece ocorrer de pes- soa a pessoa”, completa. Alcançando o estômago, a bactéria se multiplica no estômago provocando uma inflamação crônica (gastri- te). “Na maioria das pesso- as esta gastrite não causa qualquer sintoma ou doença, assim permanecendo por toda a vida. Em ínfima parcela dos indivíduos infectados poderão desenvolver doenças como a úlcera no estômago ou duo- deno, ou mesmo, o câncer gástrico”, completa. Coelho explica que, hoje, é reconhecido que mais de 95% das úlceras são causadas por esta bactéria. “Em relação ao câncer gástrico, a bacté- ria atua como um importante fator de risco para o seu de- senvolvimento, sendo por isto considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) um carcinógeno do tipo 1 para o câncer do estômago (da mes- ma forma que o tabaco o é para o câncer de pulmão)”, acrescenta. No Brasil, estima- se que 65% da população tem a bactéria, sendo que sua presen- ça é muito maior nas pessoas de baixo nível socioeconômico e que vivem em más condições de saneamento e higiene. Sintomas silenciosos O médico especialista expli- ca, ainda, que a maioria dos casos é assintomáticos, mas a identificação da presença da bactéria é feita, na maioria das vezes, quando o paciente é submetido, por algum moti- vo, a uma endoscopia. “Outras vezes, o médico pode solicitar exames específicos para sua identificação. Na endoscopia, ela é detectada por métodos indiretos (teste da urease) ou pela pesquisa da presença da bactéria no tecido (pesquisa his- tológica)”, diz. A presença de Helicobacter pylori no estômago pode tam- bém ser diagnosticada sem o auxílio da endoscopia. Um dos métodos mais importantes e utilizados é o teste respiratório com uréia marcada, que é rea- lizado por meio da coleta do ar soprado pelo paciente em uma bolsa coletora, após ingerir um copo de suco de laranja mistu- rado com uréia marcada com carbono-13, substância sem cheiro, sem gosto e inócua à saúde. “Trata-se de um teste extremamente eficaz para o diagnóstico da presença do Helicobacter pylori no estô- mago. Em outras situações especiais pode-se ainda de- ectar a presença de H. pylori por meio de exames de sangue (presença de anticorpos contra a bactéria) ou em exames de fezes (presença de antígenos fecais)”, destaca. Bactéria Estas bactérias vivem quase que exclusivamen- te no estômago humano e no duodeno. O Helico- bacter pylori é o único organismo conhecido capaz de colonizar esse ambiente muito ácido

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Saúde - Caderno de saúde e bem estar do jornal Amazonas EM TEMPO

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e bem-estarMANAUS, DOMINGO, 23 DE FEVEREIRO DE 2014 [email protected] (92) 3090-1017

Proteção solar é fundamental

Saúde e bem-estar F5

DIVULGAÇÃO

Bactéria H. pylori causa danos ao estômagoPresente no organismo de milhões de pessoas em todo o mundo, a bactéria pode levar à gastrite ou até mesmo ao câncer no estômago se não for tratada

Dá para evitar a infecçãoMELLANIE HASIMOTO

Equipe EM TEMPO

Após o diagnóstico, o tratamento da infecção por H. pylori requer o uso de dois ou três an-tibióticos usados con-juntamente com medi-camentos que reduzem a secreção gástrica durante um mínimo de sete dias. “Tal associa-ção é capaz de erradicar a bactéria e, portanto, curar defi nitivamente a doença, em mais de 90% dos casos. Infelizmente, o uso indiscriminado de antibióticos entre nós tem propiciado o sur-gimento de cepas de H. pylori resistentes ao tra-tamento habitual, sendo aí necessário o emprego de tratamentos alterna-tivos e potencialmente mais tóxicos”, ressalta o médico.

HigieneO médico Luiz Gon-

zaga Vaz Coelho afir-ma que a presença da infecção é relacionada aos baixos níveis de higiene e saneamento, mas medidas de saúde pública visando à melho-ria destes parâmetros

podem reduzir, em mui-to, os índices da infec-ção na população.

“Estudos realizados na Coreia do Sul mos-tram que o rápido desen-volvimento das condi-ções socioeconômicas naquele país foi acom-panhado de expressiva redução na prevalência da bactéria na popu-lação. Individualmente, cuidados com a higiene, evitando contato de se-creções da boca entre crianças e adultos, lava-gem das mãos e limpeza adequada dos alimen-tos, entre outros, tam-bém contribuem para a redução da infecção na população”, indica.

Entretanto, dado à ele-vada prevalência da in-fecção em alguns países e regiões, a forma ideal de se evitar a infecção seria o desenvolvimen-to de uma vacina a ser aplicada nas crianças. “Apesar de muito es-tudada, esta perspec-tiva ainda parece distante nos dias de hoje”, lamenta.

O índice de p e s s o a s i n f e c t a -das pela

H.pylori no Brasil chega a 60%, com uma clara preva-lência em regiões com piores condições sanitárias, conforme evidenciam estudos científi cos. A infecção é assintomática, o que difi culta o diagnóstico. Cui-dados básicos de higiene são recomendados como medida de prevenção.

O Helicobacter pylori, mais conhecido por H. pylori (diz-se agapilori), que é uma bactéria que vive no nosso estômago e duodeno, sendo responsá-vel pela mais comum infecção bacteriana crônica em seres humanos. O H. pylori tem sido reconhecido em todas as po-pulações do mundo e em indi-víduos de todas as idades.

No entanto, o mé-dico gastroen-terologista Luiz Gon-

zaga Vaz Coelho, presidente do Nú-

cleo Brasileiro para Estudo do Helicobacter pylori, explica que a infecção por H. pylori é ad-quirida predominantemente na infância, antes dos 10 anos de idade. “O baixo nível socioeco-nômico e suas consequências naturais, como más condições de habitação e higiene, são hoje considerados o principal facilitador para aquisição da infecção pelo H. pylori. A trans-missão parece ocorrer de pes-soa a pessoa”, completa.

Alcançando o estômago, a bactéria se multiplica no estômago provocando uma infl amação crônica (gastri-te). “Na maioria das pesso-as esta gastrite não causa qualquer sintoma ou doença, assim permanecendo por toda a vida. Em ínfi ma parcela dos indivíduos infectados poderão desenvolver doenças como a úlcera no estômago ou duo-deno, ou mesmo, o câncer gástrico”, completa.

Coelho explica que, hoje, é reconhecido que mais de 95%

das úlceras são causadas por esta bactéria. “Em relação ao câncer gástrico, a bacté-ria atua como um importante fator de risco para o seu de-senvolvimento, sendo por isto considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) um carcinógeno do tipo 1 para o câncer do estômago (da mes-ma forma que o tabaco o é para o câncer de pulmão)”, acrescenta. No Brasil, estima-se que 65% da população tem a bactéria, sendo que sua presen-ça é muito maior nas pessoas de baixo nível socioeconômico e que vivem em más condições de saneamento e higiene.

Sintomas silenciososO médico especialista expli-

ca, ainda, que a maioria dos casos é assintomáticos, mas a identifi cação da presença da bactéria é feita, na maioria das vezes, quando o paciente é submetido, por algum moti-vo, a uma endoscopia. “Outras vezes, o médico pode solicitar exames específi cos para sua identifi cação. Na endoscopia, ela é detectada por métodos

indiretos (teste da urease) ou pela pesquisa da presença

da bactéria

no tecido (pesquisa his-tológica)”, diz.A presença de Helicobacter

pylori no estômago pode tam-bém ser diagnosticada sem o auxílio da endoscopia. Um dos métodos mais importantes e utilizados é o teste respiratório com uréia marcada, que é rea-lizado por meio da coleta do ar soprado pelo paciente em uma bolsa coletora, após ingerir um

copo de suco de laranja mistu-rado com uréia marcada com carbono-13, substância sem cheiro, sem gosto e inócua à saúde. “Trata-se de um teste extremamente efi caz para o diagnóstico da presença do Helicobacter pylori no estô-mago. Em outras situações especiais pode-se ainda de-ectar a presença de H. pylori por meio de exames de sangue (presença de anticorpos contra a bactéria) ou em exames de fezes (presença de antígenos fecais)”, destaca.

BactériaEstas bactérias vivem quase que exclusivamen-te no estômago humano e no duodeno. O Helico-bacter pylori é o único organismo conhecido capaz de colonizar esse ambiente muito ácido

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MANAUS, DOMINGO, 23 DE FEVEREIRO DE 2014F2 Saúde e bem-estar

Milhões de bra-sileiros sofrem de algum tipo de ansiedade, das formas mais leves às fobias insupor-táveis. Diante deste quadro, o Brasil é um dos campeões consumo de tranquilizantes

EditoraGuto [email protected]

RepórterMellanie Hasimoto

Expediente

www.emtempo.com.br

DICAS DE SAÚDE

Conheça os novos tratamen-tos e as descobertas que aju-dam a controlar as crises e melhorar a qualidade de vida daqueles que sofrem com a chamada doença do século que atinge uma em cada qua-tro pessoas em algum momen-to da vida.

Nesse momento, alguém no mundo está com uma sensação de aperto no peito, sentindo o coração bater mais rápi-do, com as mãos suando. Na mente, um medo inexplicável ou preocupação obsessiva com algo que ainda nem aconteceu. Esses são alguns dos sinto-mas das crises de ansiedade, um dos transtornos mentais mais incidentes da atualida-de e extremamente cruéis. Dependendo do grau, tira o sono do individuo deixa-o mais predisposto a enfermidades cardiovasculares e o priva de sair de casa quando o medo atinge níveis incontroláveis.

Milhões de brasileiros so-frem de algum tipo de ansie-dade, das formas mais leves às fobias insuportáveis. Diante deste quadro, o Brasil é um dos campeões no consumo de tranquilizantes, inclusive pela indesejável automedicação sem a prescrição médica.

Parece haver em todo mun-do um consumo abusivo de medicamentos conhecidos como tranquilizantes. Vamos

analisar o uso e o abuso de ansiolíticos que, quando bem indicados, são instrumentos indispensáveis para a restau-ração do equilíbrio do paciente. O problema central é o seu uso inadequado. É notório que a nossa sociedade está cada vez mais ansiosa e estressa-da. Sendo assim os brasileiros lançam mão de alguma forma de terapia para combater es-ses males, buscando a solu-ção imediata para melhorar seu desconforto, medos, an-gústias, compulsões, fobias, insônias e outras tantas ma-nifestações de alerta do orga-nismo, às vezes com o mesmo medicamento que um colega ou parente está usando. A ver-dade é que estamos vivendo um momento de grande ten-são pessoal. A sociedade está violenta, sob todos os sentidos. E isso, inevitavelmente, acaba afetando sérios desequilíbrios emocionais, sobretudo nas pessoas mais frágeis.

O uso de ansiolíticos e an-tidepressivos pode diminuir a ansiedade e ajudar muito na terapia. Mas simplesmente tomar a droga e não fazer mais nada é improcedente. É fundamental haver uma trans-formação profunda na maneira de ser, aproveitar a situação de descompensação para remexer e trabalhar com as coisas que geraram o estado improdutivo

da ansiedade. É conveniente fazer uma consulta médica para usar algum medicamento, e associado a um acompanha-mento terapêutico, para que o paciente possa se conhecer melhor. O ideal é que a alta an-siedade seja tratada com medi-camentos e análise. Infelizmen-te muitos preferem recorrem ao uso abusivo de drogas e as terapias alternativas. Ainda há muito preconceito quanto à efi ciência do tratamento tera-pêutico. Em geral as pessoas estão mal informadas, acham que análise é coisa de louco e não uma forma de aprender a lidar corretamente com as situações de estresse acaba se automedicando e fazendo tudo errado.

O importante é que cada pessoa se conscientize de que todo tratamento precisa ser especializado para o que ela está sentindo. O uso de an-siolíticos e antidepressivos pode diminuir a ansiedade e ajudar muito na terapia. Mas simplesmente tomar a droga e não fazer mais nada é improcedente. É fundamen-tal haver uma transformação profunda na maneira de ser! Daí a necessidade de uma boa avaliação.

Quando isso é levado a sério, os resultados são satisfatórios e a pessoa adquire uma nova qualidade de vida.

A maior parte dos benefícios da fruta é voltada para a saúde do coração, que não deixa de ser prejudicada quando a pessoa tem diabetes, já que a alta da glicose no sangue desgasta e prejudica as artérias e veias. Vale ressaltar que a alta concentração de ácido nicotínico no limão protege as artérias, prevenindo problemas cardio-vasculares, uma tendência para quem tem a doença. O alimento também diminui a viscosidade do sangue, o que é essencial, uma vez que, junto com o diabetes, existem alterações que predispõe a um maior risco de trombose. Ele também evita hemorragias, devido à presença de ácido cítrico e ácido ascórbico, o que é vantajoso ao paciente com diabetes devido a sua difi culdade de cicatrização.

Limão é bom contra doenças cardiovasculares

A banana, principalmente quando está verde, tem substâncias que protegem as paredes estomacais, fa-vorecendo quem sofre com gastrite e azia. Segundo um estudo preliminar, a fruta possui um fl avonoide conhecido como leucocianidina, que previne contra o desenvolvimento de úlceras estomacais. Além disso, antes de amadurecer ela tem mais amido, que é digerido primeiramente na boca, o que faz com que o estômago produza menos ácido para efetuar a digestão e irrite menos as paredes estomacais. Com o processo de ma-turação, esse amido vai se convertendo em frutose. Mas é preciso cuidado com um tipo em específi co. A banana nanica, por exemplo, é ácida, não sendo indicada para quem tem gastrite.

Banana ajuda a diminuir a queimação no estomago

DiagramaçãoKleuton Silva

RevisãoDernando Monteiro

Bioética: fi scalização da pesquisa médica

Parte da estrutura teórica da bioética está ligada ao livro “Bioética: uma ponte para o fu-turo”, do médico cancerologista Van Rensselaer Potter, de 1971

João Bosco [email protected]

João Bosco Botelho

João Bosco Botelho

Doutor Honoris Causa na França

Humberto Figliuolo

Farmacêutico

Humberto Figliuolohfi [email protected]

A bioética compõe parte im-portante das novas exigências do movimento social em tor-no das aquisições da ciência e tecnologia, a partir da segunda metade do século 20, que in-troduziu no cotidiano científi co as mudanças impostas pelos estudos e aplicações da gené-tica dos seres vivos, especial-mente, dos humanos. Do ponto de vista pedagógico, a bioética pode ser considerada subárea da fi losofi a.

As mudanças na ciência e tecnologia com aplicação ime-diata dos produtos da genética em caráter pessoal, coletivo e industrial chegou simultanea-mente às transformações so-ciopolíticas que alcançaram o indivíduo, a família e o mercado consumidor.

Parte da estrutura teórica da bioética está ligado ao livro “Bioética: uma ponte para o fu-turo”, do médico cancerologista Van Rensselaer Potter, de 1971. Para esse autor o termo “bio-ética” por ele proposto estaria

vinculado em dois alicerces: os saberes biológicos associados aos valores humanos da ética e da moral.

É possível resgatar eventos degradantes, tanto durante a 2ª Guerra Mundial quanto nos anos 1950 e 1960, nos Estados Unidos e outros países, rela-cionados às pesquisas médicas causando malefícios ou morte às pessoas:

- Os horrores nos campos de concentração nazistas;

- Estudos experimentais em seres humanos, não autorizados, da transmissão e complicações da sífi lis, em homens negros, após uso da penicilina;

- Abandono intencional do tratamento com penicilina em pacientes portadores de infecções para o estudo das complicações;

- Injeção de células cancerosas vivas em doentes idosos;

- Injeção do vírus da hepatite B em crianças em um hospital de Nova Iorque.

- Um comitê de ética médica,

o Comitê de Seattle, como fi -cou conhecido, decidia quem iria para a hemodiálise, isto é, quem iria viver ou morrer, já que exis-tiam mais doentes necessitados do que máquinas disponíveis;

- Publicação do médico anes-tesista Henry Beecher, rela-cionando pesquisas médicas envolvendo seres humanos, chamados de “segunda clas-se”, hospitalizados em hospi-tais de caridade, adultos com distúrbios mentais, crianças com graves retardos mentais, idosos e presidiários, todos sem possibilidade de assumir pos-tura ativa de questionamento junto ao pesquisador.

Em 1974, nos Estados Unidos, na “Comissão nacional para a proteção de sujeitos humanos na pesquisa biomédica e com-portamental”, gerou o Relatório Belmont com o objetivo de res-guardar a ética e a moral nas pesquisas envolvendo seres hu-manos, ancorado em três ânco-ras pétreas: respeito às pessoas, justiça e benefi cência.

Ansiedade, medo, tensão

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MANAUS, DOMINGO, 23 DE FEVEREIRO DE 2014 F3Saúde e bem-estar

Envelhecer é um pro-cesso natural e ine-vitável que acontece com ambos os sexos.

Normalmente, é a partir dos 30 anos que os primeiros sinais do tempo são refletidos na pele. Diante disso, rugas, linhas de expressão, alterações na pig-mentação da pele, perda de colágeno e o ressecamento da cútis são algumas das altera-ções que começam a aparecer nesta fase da vida.

Segundo a dermatologista Helua Mussa Gazi (CRM/SP 104862), diretora da Clínica Belle Santé, existem dois tipos de envelhecimento: o intrínse-co e o extrínseco. O primeiro ocorre de forma lentamente e é determinado pela genética, sem a interferência de agen-tes externos. O extrínseco, entretanto, que é decorrente de fatores externos como a exposição solar excessiva e sem devida proteção, polui-ção ambiental, o tabagismo

e a ingestão demasiada de bebidas alcoólicas.

“O álcool diminui a capacida-de do organismo de absorver nutrientes. Desta forma, faz com que ocorra uma deficiên-cia de proteínas, sais minerais e vitaminas responsáveis pela regeneração da epiderme”, ex-plica a dermatologista acres-centando que o desequilíbrio emocional e a má alimentação ajudam a acelerar o processo de perda de colágeno.

Uma das vitaminas essen-ciais ao organismo por ser responsável pela tonificação e a sustentação da cútis é a vitamina A. “Igualmente cha-mada de retinol, ela ajuda na restauração de lesões da pele devido à sua ação antioxidan-te. Não menos essencial é a vitamina C que é capaz de cla-rear, remover e prevenir rugas profundas, além de aumentar a firmeza da pele e combater os radicais livres”, afirma a Dra. Helua. A vitamina A e C são essenciais para tonificação da cutis

Embora seja inevitável, o envelhecimento cutâneo pode ser desacelerado com algumas medidas indispen-sáveis. Veja as dicas da dou-tora Helua Mussa Gazi para ter uma pele mais bonita, radiante e jovial:

• Limpe, tonifique e hidrate a pele duas vezes ao dia;

• Use protetor solar diaria-mente que ajuda a prevenir o surgimento de melasmas e até mesmo o câncer de pele. Aliás, a escolha do produto deve ser de acordo com o seu tipo de pele. Para quem tem a derme muita oleosa uma indicação são os pro-tetores ‘oil free’ que não a deixam engordurada;

• No decorrer dos anos a oleosidade e a elasticidade

da pele tendem a diminuir. Sendo assim, mantenha a pele sempre hidratada com produtos que tenham em sua composição vitamina C;

• Evite banhos muito quentes, pois retiram a proteção natural da pele e provocam ressecamento, coceiras e vermelhidão;

• Realize esfoliações, pois ela promove uma renovação celular, além de permitir que os pro-dutos penetrem na derme mais profundamente;

• Em caso de aparecimen-to de manchas ou outras anormalidades na pele, busque auxílio de um der-matologista para que ele indique o tratamento ideal para o seu problema.

Como evitar o envelhecimento

cutâneo:

A dermatologista Helua Mussa Gazi fala sobre os dois tipos de envelhecimento

como evitar?

Envelhecimento

FOTOS: DIVULGAÇÃO

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F4 Saúde e bem-estarMANAUS, DOMINGO, 23 DE FEVEREIRO DE 2014 F5

Altos índices de raios ultravioletas exigem uso constante de protetores solaresEstudos realizados recentemente no Brasil apontam que o verão 2014 já é considerado o mais quente dos últimos 10 anos

Segundo levantamen-to do Instituto Na-cional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e

do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), o verão de 2014 já é considerado um dos mais quentes dos últimos 10 anos, com temperaturas acima dos 30ºC em quase todo o país. Por conta disso, a incidência de raios ultra-violeta também está mais in-tensa e, apesar deles serem fundamentais para manter o planeta aquecido, estão ultrapassando cada vez mais a barreira da camada de ozônio e chegam mais fortes à superfície da Terra.

Ou seja, aquela recomen-dação sobre não se expor à luz do sol entre 10h e 15h já não é mais bem assim. Uma pesquisa realizada na Uni-versidade Federal de Itajubá (Unifei), em Minas Gerais, mapeou a incidência de raios

ultravioletas (UV) em todo o território brasileiro e indicou que a radiação que chega aos brasileiros é muito maior do que vinha sendo considerado por grande parte dos mé-dicos e unidades de saúde no país.

Segundo o professor Mar-celo de Paula Corrêa, autor do estudo, é a primeira vez que essa quantidade rele-vante de informações sobre radiação solar ultravioleta no Brasil é reunida. “Até então, todas as recomen-dações que eram feitas sobre a exposição ao sol usavam informações cole-tadas, principalmente, nos Estados Unidos e na Euro-pa”, explica. Parte dos dados foi obtida com medições in loco, enquanto modelos ma-temáticos que se baseiam em diversos parâmetros (como o conteúdo de ozônio, a incidên-cia de nuvens e a poluição) complementaram as infor-mações para todo o Brasil e a América do Sul.

AlertaExistem dois tipos de raios

ultravioletas na atmosfera: o UV-A, que penetra mais profundo na pele, e pode alterar o funcionamento das células levando ao enve-lhecimento e até provocar câncer; e o UV-B, que age nas camadas mais super-ficiais da pele, causando queimaduras e câncer de pele. O Índice Ultravioleta é classificado de 1 a 14 pontos: um para a menor incidência de raios e 14 para o nível máximo.

O método de medição é considerado muito confi á-vel, segundo o pesquisador. A explicação sobre os níveis elevados de radiação UV no Brasil é sua localização ge-ográfi ca. “As pessoas costu-mam associar a grande incidência de

radiação solar com praia e com o Nordeste do Brasil, mas constatamos que, no ve-rão, o Sudeste recebe uma

quantidade maior que essa região”, afi rma Corrêa.

ProteçãoDurante o verão, ao meio-

dia, a radiação

pode atingir o seu maior ín-dice, por isso, o uso de pro-tetores solares adequados é tão importante. Eles atuam como uma barreira química, que absorve os raios e aju-dam a proteger a pele. O uso do fi ltro solar deve ser feito diariamente, tanto no rosto, quanto no corpo, e mesmo em dias nublados, porque ainda assim há emissão dos raios ultravioleta. No Brasil, sur-gem todo ano 120 mil no-vos casos de câncer de pele. Apenas 30% dos brasileiros se protegem do sol.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), nem todos os fi ltros solares oferecem proteção completa para os raios UV-B e raios UV-A. Além disso, suprimem os sinais de excesso de ex-posição ao sol, tais como as queimaduras, o que faz com

que as pessoas se ex-ponham exces-

s ivamente às radia-

ções que eles não bloqueiam, como a infravermelha. Criam, portanto, uma falsa sensa-ção de segurança e encora-jam as pessoas a se exporem ao sol por mais tempo.

O fi ltro solar, no entanto, não tem como objetivo per-mitir o aumento do tempo de exposição ao sol, nem estimular o bronzeamento. É importante lembrar, tam-bém, que o real fator de proteção varia com a espes-sura da camada de creme aplicada, a frequência da aplicação, a perspiração e a exposição à água.

É recomendado que du-rante a exposição ao sol sejam usados filtros com FPS de 15 ou mais.Também devem ser tomadas precau-ções na hora de se escolher um filtro solar, no sentido de se procurarem os que protegem também contra os raios UV-A. Os filtros solares devem ser aplicados antes da exposição ao sol e rea-plicados após nadar, suar e se secar com toalhas.

MELLANIE HASIMOTOEquipe EM TEMPO

FOTOS: DIVULGAÇÃO

ESTUDOSegundo o professor da Unifei de Minas Gerais, Marcelo de Paula Cor-rêa, autor do estudo, é a primeira vez que essa quantidade relevante de informações sobre ra-diação solar ultravioleta no Brasil é reunida

Aquela recomendação sobre não se expor à luz do sol entre 10h e 15h já não é mais bem assim

Ao meio-dia, a radia-ção pode atingir o seu maior índice, por isso, recomenda-se o uso de protetor solar

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F4 Saúde e bem-estarMANAUS, DOMINGO, 23 DE FEVEREIRO DE 2014 F5

Altos índices de raios ultravioletas exigem uso constante de protetores solaresEstudos realizados recentemente no Brasil apontam que o verão 2014 já é considerado o mais quente dos últimos 10 anos

Segundo levantamen-to do Instituto Na-cional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e

do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), o verão de 2014 já é considerado um dos mais quentes dos últimos 10 anos, com temperaturas acima dos 30ºC em quase todo o país. Por conta disso, a incidência de raios ultra-violeta também está mais in-tensa e, apesar deles serem fundamentais para manter o planeta aquecido, estão ultrapassando cada vez mais a barreira da camada de ozônio e chegam mais fortes à superfície da Terra.

Ou seja, aquela recomen-dação sobre não se expor à luz do sol entre 10h e 15h já não é mais bem assim. Uma pesquisa realizada na Uni-versidade Federal de Itajubá (Unifei), em Minas Gerais, mapeou a incidência de raios

ultravioletas (UV) em todo o território brasileiro e indicou que a radiação que chega aos brasileiros é muito maior do que vinha sendo considerado por grande parte dos mé-dicos e unidades de saúde no país.

Segundo o professor Mar-celo de Paula Corrêa, autor do estudo, é a primeira vez que essa quantidade rele-vante de informações sobre radiação solar ultravioleta no Brasil é reunida. “Até então, todas as recomen-dações que eram feitas sobre a exposição ao sol usavam informações cole-tadas, principalmente, nos Estados Unidos e na Euro-pa”, explica. Parte dos dados foi obtida com medições in loco, enquanto modelos ma-temáticos que se baseiam em diversos parâmetros (como o conteúdo de ozônio, a incidên-cia de nuvens e a poluição) complementaram as infor-mações para todo o Brasil e a América do Sul.

AlertaExistem dois tipos de raios

ultravioletas na atmosfera: o UV-A, que penetra mais profundo na pele, e pode alterar o funcionamento das células levando ao enve-lhecimento e até provocar câncer; e o UV-B, que age nas camadas mais super-ficiais da pele, causando queimaduras e câncer de pele. O Índice Ultravioleta é classificado de 1 a 14 pontos: um para a menor incidência de raios e 14 para o nível máximo.

O método de medição é considerado muito confi á-vel, segundo o pesquisador. A explicação sobre os níveis elevados de radiação UV no Brasil é sua localização ge-ográfi ca. “As pessoas costu-mam associar a grande incidência de

radiação solar com praia e com o Nordeste do Brasil, mas constatamos que, no ve-rão, o Sudeste recebe uma

quantidade maior que essa região”, afi rma Corrêa.

ProteçãoDurante o verão, ao meio-

dia, a radiação

pode atingir o seu maior ín-dice, por isso, o uso de pro-tetores solares adequados é tão importante. Eles atuam como uma barreira química, que absorve os raios e aju-dam a proteger a pele. O uso do fi ltro solar deve ser feito diariamente, tanto no rosto, quanto no corpo, e mesmo em dias nublados, porque ainda assim há emissão dos raios ultravioleta. No Brasil, sur-gem todo ano 120 mil no-vos casos de câncer de pele. Apenas 30% dos brasileiros se protegem do sol.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), nem todos os fi ltros solares oferecem proteção completa para os raios UV-B e raios UV-A. Além disso, suprimem os sinais de excesso de ex-posição ao sol, tais como as queimaduras, o que faz com

que as pessoas se ex-ponham exces-

s ivamente às radia-

ções que eles não bloqueiam, como a infravermelha. Criam, portanto, uma falsa sensa-ção de segurança e encora-jam as pessoas a se exporem ao sol por mais tempo.

O fi ltro solar, no entanto, não tem como objetivo per-mitir o aumento do tempo de exposição ao sol, nem estimular o bronzeamento. É importante lembrar, tam-bém, que o real fator de proteção varia com a espes-sura da camada de creme aplicada, a frequência da aplicação, a perspiração e a exposição à água.

É recomendado que du-rante a exposição ao sol sejam usados filtros com FPS de 15 ou mais.Também devem ser tomadas precau-ções na hora de se escolher um filtro solar, no sentido de se procurarem os que protegem também contra os raios UV-A. Os filtros solares devem ser aplicados antes da exposição ao sol e rea-plicados após nadar, suar e se secar com toalhas.

MELLANIE HASIMOTOEquipe EM TEMPO

FOTOS: DIVULGAÇÃO

ESTUDOSegundo o professor da Unifei de Minas Gerais, Marcelo de Paula Cor-rêa, autor do estudo, é a primeira vez que essa quantidade relevante de informações sobre ra-diação solar ultravioleta no Brasil é reunida

Aquela recomendação sobre não se expor à luz do sol entre 10h e 15h já não é mais bem assim

Ao meio-dia, a radia-ção pode atingir o seu maior índice, por isso, recomenda-se o uso de protetor solar

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MANAUS, DOMINGO, 23 DE FEVEREIRO DE 2014F6 Saúde e bem-estar

Roer as unhas pode levar à perda dos dentesAlém de problemas estéticos, a mania de roer as unhas pode ocasionar consequências sérias ao futuros dos dentes

Aproximadamente 29% dos adultos com mais de 21 anos tem o costume de roer as unhas. Esse

percentual passa para 33% entre as crianças de até 10 anos e sobe para 44% entre os adolescentes. O dado é do estudo “Princípios de aprendizado aplicados ao ato de roer a unha”, realizado pelo americano Terry M. McClanahan. De acordo com a pesquisa, além de causar sérios problemas rela-cionados ao défi cit de atenção, o ato de roer as unhas, denomi-nado onicofagia, pode ocasionar inúmeras doenças dentárias ou relacionadas à saúde bucal.

Segundo a dentista do Sis-tema de Saúde Mais Odonto, do Amazonas, Maria Lúcia do Nascimento, o hábito de roer as unhas constantemente desgasta os dentes de maneira desneces-sária e isso pode prejudicar não somente a arcada dentária, mas ocasionar lesões na gengiva e na parte interna das bochechas. “Através dessas lesões, bacté-rias podem entrar no corpo e levar aos indivíduo uma série de infecções”.

A dentista disse ainda que, mesmo que pareça exagero, algumas pessoas podem até perder alguns dentes somente

pelo hábito de roer as unhas. “Com o tempo, os dentes podem fi car tão sensíveis a ponto de que-brar. Com isso, eles vão fi cando cada vez menores, frágeis, sem esmalte e podem cair”, alertou a especialista.

E não é somente na boca que podem ocorrer as infecções por conta dessa mania. A unha menor do que deveria estar e cortada de maneira inadequa-da é um ambiente ideal para a propagação de bactérias e fungos que causam inúmeras doenças. Os primeiros sinto-mas dessas doenças são dor e inchaço. Além disso, o ato de levar a mão à boca sem que haja a higienização adequada é o responsável por grande parte das infecções intestinais.

Consequências diversasAlgumas pessoas, além de roer

as unhas, engolem pequenos pe-daços delas, podendo adquirir problemas de saúde ainda mais sérios como gastrite, vermino-ses e até apendicite. Algumas das doenças mais frequentes ocasionadas aos que roem as unhas são: infecções de gargan-ta, infl amação da pele ao redor da unha e problemas gastroin-testinais diversos.

Apercentual passa para 33% entre as crianças de até 10 anos e sobe para 44% entre os adolescentes. O dado é do estudo “Princípios de aprendizado aplicados ao ato de roer a unha”, realizado pelo americano Terry M. McClanahan. De acordo com a pesquisa, além de causar sérios problemas rela-cionados ao défi cit de atenção, o ato de roer as unhas, denomi-nado onicofagia, pode ocasionar inúmeras doenças dentárias ou relacionadas à saúde bucal.

Segundo a dentista do Sis-tema de Saúde Mais Odonto, do Amazonas, Maria Lúcia do Nascimento, o hábito de roer as unhas constantemente desgasta os dentes de maneira desneces-sária e isso pode prejudicar não somente a arcada dentária, mas ocasionar lesões na gengiva e na parte interna das bochechas. “Através dessas lesões, bacté-rias podem entrar no corpo e levar aos indivíduo uma série de infecções”.

Psicólogos atribuem o há-bito de roer as unhas ao alto nível de estresse ou ansieda-de. No entanto, essa mania pode ser deixada de lado, basta que a pessoa obser-ve alguns detalhes em seu comportamento, para que consiga mudar pequenas atitudes. Seguem algumas dicas que podem ajudar a eliminar o hábito:

• Mantenha as unhas cur-tas e lixadas = Quando as unhas não estão lixadas, elas podem causar algum incômodo e a pessoa acaba roendo, achando que está corrigindo pequenas falhas.

• Faça as unhas sema-nalmente = essa dica serve inclusive para os homens, que vendo suas unhas limpas e curtas perdem a vontade de roe-las.

• Mastigue um chiclete = Isso de forma momentânea a vontade de levar as mãos à boca.

• Tente usar unhas posti-ças = Essa dica é exclusiva

às mulheres. Além de fi car com a aparência da unha sempre bonita, as unhas postiças impedem o há-bito de roer.

• Extravase a ansieda-de = como a ansiedade e estresse são os princi-pais causadores do hábi-to, quando a pessoa busca uma ativi-dade que consiga relaxar toda a sua tensão, acaba dei-xando as unhas de lado.

Dicas para deixar a mania de ladoàs mulheres. Além de fi car com a aparência da unha sempre bonita, as unhas postiças impedem o há-bito de roer.

• Extravase a ansieda-de = como a ansiedade e estresse são os princi-pais causadores do hábi-to, quando a pessoa busca uma ativi-dade que consiga relaxar toda a sua tensão, acaba dei-xando as unhas de lado.

E não é somente na boca que podem ocor-

rer as infecções por conta dessa mania

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MANAUS, DOMINGO, 23 DE FEVEREIRO DE 2014 F7Saúde e bem-estar

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Estudos publicados no Cir-culation: Journal of the Ame-rican Heart Association re-velam que a maioria das pessoas já desconfiava, que manter ou melhorar o nível do seu condicionamento fí-sico pode reduzir o risco de morte e proporcionar mais qualidade de vida, inclusive na terceira idade. Segundo os cientistas, man-ter ou melhorar o condiciona-mento físico está associado a um risco de morte menor, mesmo que a pessoa já esteja no seu índice de massa cor-poral (IMC) ideal. Além disso, está comprovado que quem aumenta progressivamente a carga de exercícios apresenta

um risco 19% menor de do-enças cardíacas e derrame e um risco 15% menor de óbito por outras doenças.Isso representa um alen-to até mesmo para quem pratica exercícios físicos e não consegue emagrecer, porque até mesmo nesses casos os benefícios são mui-to grandes para a saúde de maneira geral.Mas atenção, um bom progra-ma de condicionamento físi-co deve incluir os seguintes itens: 1. Aquecimento: prepara o sistema cardiovascular para o exercício. 2. Alongamento: para assegurar a amplitude articular máxima. 3. Exercícios de força. 4. Treinamento de

resistência. 5. Atividades es-pecífi cas do esporte: para au-tomatizar as tarefas motoras específi cas de cada esporte 6. Desaquecimento. 7. Técnicas de relaxamento: para recu-peração da fadiga e redução do estresse.Esse programa deverá ser subdividido em fases: ma-crociclo, mesociclo e mi-crociclo, para que haja um melhor planejamento.O macrociclo corresponde à fase do treino que envolve uma competição e seu trei-namento prévio, ou seja é o planejamento global, que dura de seis meses a um ano. O mesociclo corresponde às fa-ses específi cas dos treinos, a

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AÇÃO Exercícios e longevidade, um elo vital

O treino moderado reduz a tensão e favorece o repouso

Rapel, hipismo, kart, ginástica olímpica e skate apresentam mais chances de sofrer problemas com a coluna

Esportes radicais que podem provocar lesões na coluna

Os atletas das moda-lidades esportivas como rapel, raf-ting, hipismo, kart,

ginástica olímpica e esqui apresentam mais chances de sofrer problemas com a coluna devido a aceleração e desaceleração em alta velo-cidade. Quem pratica esporte radicais como esqui, skate, motocross e ciclismo sofrem um impacto constantemente direto na cabeça que pode causar lesões e até uma fra-tura na coluna cervical.

A incidência de lesões da coluna vertebral na prática esportiva é estimada entre 10 e 15% e 0,6 a 1% é diagnosticado com algum déficit neurológico.

Segundo o Mauricio Man-del (CRM 116095), neuroci-rurgião formado pela USP e membro da Sociedade Brasi-leira de Neurocirurgia (SBN), quanto mais alta for a lesão, maiores são as chances de causar danos graves ao pa-ciente. “As lesões que ocorrem abaixo do nível da coluna cer-vical C1 deixam, geralmente, os braços e as mãos parali-sadas. Neste caso, o pacien-te necessita de auxílio para respirar”, afi rma.

Isso acontece porque as lesões nessa altura inter-rompem os nervos que co-mandam os músculos do diafragma. Por conta disso,

o paciente não consegue mais respirar sozinho e irá precisar da ajuda de uma ventilação mecânica. “Os nervos do diafragma estão localizados nas raízes dos nervos da C3, C4 e C5, e ao longo prazo podem criar problemas para os pulmões que acabam desenvolven-do uma pneumonia entre outras infecções”, explica o neurocirurgião.

Para se ter uma ideia, a co-luna se divide m três regiões, cervical com sete vértebras, torácica com doze vértebras e lombar com cinco vértebras. “A coluna cervical e a lombar são as que mais sofrem lesões em atividades esportivas”, disse o doutor Mauricio.

Entretanto, cada região tem suas características que são completamente diferen-tes das outras, assim como os sinais e sintomas das lesões nessas regiões.

ModeraçãoUma fratura na coluna de-

pendendo do local pode co-locar a carreira e o sonho do atleta em risco, portanto, antes de praticar qualquer modalidade esportiva, faça os exames adequados, respei-te suas limitações, converse com o seu técnico e mantenha a prevenção para evitar qual-quer tipo de fratura.

Site -www.mauriciomandel.

Uma fratura na coluna, dependendo do local, pode colocar a carreira e o so-nho do atleta em risco

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F8 MANAUS, DOMINGO, 23 DE FEVEREIRO DE 2014Saúde e bem-estar

Indisposição no trabalho pede mudanças alimentares A alimentação incorreta pode interferir signifi cativamente na disposição para executar as tarefas no dia a dia

Levantar cedo e dor-mir tarde. Essa é a combinação feita por muitos brasileiros que

precisam conciliar os afazeres profi ssionais com as ativida-

des pessoais. E com essa correria diariamente,

é normal sentir cansaço men-

tal e falta de energia.

Porém, a i n d i s -p o s i -ç ã o n o tra-b a -l h o não

está relacionada apenas ao excesso de atividades, ao estresse ou as noites mal dormidas. A alimentação in-terfere signifi cativamente na disposição para executar as tarefas.

Segundo a nutricionista da Global Nutrição Ana Huggler, uma dieta pobre em nutrientes é responsável pela ausência de energia. “Os alimentos in-dustrializados, ricos em gor-duras saturadas, as frituras, carnes vermelhas e o exces-so de açúcares aumentam a sensação de cansaço. Como esses são de difícil metaboli-zação, gastam muita energia no organismo, ocasionan-do em um desequilíbrio do corpo”, explica.

O cardápio, no entanto, deve ser colorido, constituído por vitaminas, antioxidantes e fi bras. Isto porque cada cé-lula do organismo precisa de pelo menos 45 nutrientes para desempenhar suas fun-ções adequadamente. “A ali-mentação variada suprirá as necessidades do organismo de cada pessoa. Mas a ma-neira como esses nutrientes atuam e contribuem para o seu funcionamento depende-rá dos processos bioquímicos e fi siológicos resultantes pela quebra, transporte e utilização dos mesmos pelas células do organismo”, informa a dou-tora Ana.

Diante disso, se o metabo-lismo apresentar alguma alte-ração no seu funcionamento mesmo com uma alimenta-ção balanceada, o organismo apresentará carências nutri-cionais que, por consequência, agravará nas suas funções. “Não basta aderirmos a há-bitos alimentares mais sau-dáveis. Precisamos de uma dieta que atue fortalecendo o nosso organismo para, desta forma, prevenir o apareci-mento de doenças e assim contribuir para a aquisição de mais saúde. Para este e outros objetivos a Dieta do Genótipo

se mostra efi caz. Ela é desen-volvida com informações do DNA de cada indivíduo para assim encontrar os alimentos que melhor favorecem o cor-po de cada pessoa”, informa Ana Huggler.

A nutricionista orienta ainda o café da manhã é indispen-sável pela manhã, pois ele fornece a energia necessária para iniciar as tarefas diárias. “Troque o pão branco pelo integral. Embora alimentos refi nados forneçam energia, ela não dura muito tempo, pois são absorvidas pelo orga-nismo rapidamente. Por este motivo os integrais são mais indicados porque são absor-vidos de maneira gradativa”, orienta ela.

Ana Huggler oferece outras dicas para quem quer deixar de lado a falta de disposição no trabalho. Acompanhe:

- Evite longos períodos em jejum, pois te deixará mais cansado durante o dia e com fome na hora do almoço, con-tribuindo para um maior con-sumo de alimento levando a risco de obesidade;

- Realize três refeições in-tercaladas com pequenos lan-ches com intervalos de três em três horas para evitar que o metabolismo fi que lento.

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