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FAPEPI 15 anos

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ISSN - 1809-0915

Informativo produzido pela Fundação de Amparo à Pesquisa do

Estado do PiauíFAPEPI

Fone: (86) 3216-6090 Fax: (86) 3216-6092

Diretor EditorialAcácio Salvador Véras e Silva

Conselho EditorialAcácio Salvador Véras e Silva Francisco Laerte J. Magalhães

Welington Lage

EditoraMárcia Cristina

Reportagens e fotosMárcia Cristina (Mtb-1060) Roberta Rocha (Mtb-1856)

Revisão Gramatical

Assunção de Maria S. e Silva

Projeto Gráfico e Editoração Eletrônica

Invista Publicidade(86) 88 44.0215

ImpressãoGrafiset - Gráfica e editora Rêgo Ltda. -

(99) 3212.2177

Tiragem 6 mil exemplares

Críticas, sugestões e contatos

[email protected] [email protected]

www.fapepi.pi.gov.br

Nº 18* Ano V* Dezembro de 2008

Governador do EstadoWellington Dias

Presidente Acácio Salvador Véras e Silva

RECEBEMOSAmigos do Informativo Sapiência: tenho recebido este Informativo e só tenho a louvar, mais uma vez, o trabalho de todos os que se dedicam à pesquisa em nosso Estado, que são os verdadeiros pioneiros do nosso caminhar para o desenvolvimento.Parabéns!!!Anchieta Mendes - [email protected]

EDIT

OR

IAL

Anemia falciforme uma questão socialConhecida

como a d o e n ç a

g e n é t i c a d e m a i o r prevalência no mundo, a anemia f a l c i f o r m e caracteriza-se pela presença d e u m a

h e m o g l o b i n a variante que sofreu mutação nos povos da África setentrional no período paleolítico (hemoglobina S). Alguns pesquisadores acreditam que tal fato foi marcado pelo grande advento de malária naquela região, provocando mutações no braço curto do cromossoma 11 na cadeia beta da globina, onde a troca de um ácido glutâmico pela valina na posição seis desta molécula protéica dá origem à síntese de hemoglobina S.

Anemia não carencia l que ocorre em processos hemolíticos e complicações vaso-oclusivas, que podem causar desde infartos, AVC, infecções, podendo levar o indivíduo

à morte, quando não diagnosticada precocemente.

O teste do pezinho é uma das armas no diagnóstico precoce desta doença, preconizado pela portaria 822/2000 do Ministério da Saúde e visa ao diagnóstico já nos primeiros dias de vida, evitando-se assim as complicações advindas, no decorrer do tempo. Ressalte-se que a doença não tem cura, apenas as medidas preventivas são capazes de proporcionar melhor qualidade de vida ao doente.

No Brasil, nascem cerca de 3.500 crianças/ano com a doença, ou seja, 1 para cada 1.000 nascido-vivos, enquanto o traço falciforme - herança genética que não expressa a doença, porém, que pode ser repassada para as gerações - apresenta uma prevalência de cerca de 200.000 crianças/ano.

No Estado do Piauí, realizamos no ano de 2008 estudos que evidenciaram a presença de 4% desta herança genética na população adulta. Em pesquisas, ainda em andamento, temos dados preliminares que apontam para uma elevada taxa de recém-nascidos

com a herança falciforme. Estes dados estarão disponíveis no início de 2009.

Reconhecida pelo movimento negro como uma questão de saúde pública que afeta em grande proporção esta população, as entidades já se mobilizam e ações estão em pleno desenvolvimento. A UFPI já possui o s eu embr i ão de e s tudos em Hemoglobinopatias em cooperação com o Governo do Estado, através da Secretaria de Saúde que vem apoiando, inclusive materialmente, tais iniciativas. Para abrirmos 2009, almejamos o diagnóstico, através do teste do pezinho em todo o Estado, para que possamos, em breve, termos uma vigilância contínua e constante no d iagnós t i co e medidas que proporcionem qualidade de vida aos doentes. SAÚDE A TODOS!!

*Professor da UFPI – Doutorando em Biotecnologia pela Rede Nordeste de Biotecnologia – [email protected]

Leonardo Ferreira Soares*

A FAPEPI COMPLETA 15 ANOS

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí foi instituída pela Lei Nº 4.664

de 20 de dezembro de 1993, dotada de personalidade jurídica de direito público, vinculada à Secretaria do Trabalho e do Desenvolvimento E c o n ô m i c o e Te c n o l ó g i c o – SEDET. A Fapepi possui autonomia administrativa e financeira em conformidade com a política de Ciência e Tecnologia preconizada pelo seu Conselho Superior.

Sua estrutura organizacional é composta por um Conselho Superior e um Conselho Técnico-Administrativo. O Conselho Superior, órgão deliberativo, composto pelo presidente que é o mesmo presidente da FAPEPI, um vice-presidente, que é o Secretário de Desenvolvimento Econômico e Tecnológico, além de outros 13 membros

A este Conselho compete a orientação geral da Fundação e as decisões maiores de política científica e patrimonial. Já o Conselho Técnico-Administrativo constitui a diretoria

executiva, formada por um presidente, um diretor técnico-científico e um diretor administrativo-financeiro, todos nomeados pelo Governador do Estado, cabendo a este Conselho administrar a Fapepi.

A Fundação tem como missão promover o desenvolvimento científico e tecnológico do Estado do Piauí, através do incentivo e fomento à ciência, tecnologia e inovação, em consonância com o atendimento às suas necessidades sócio-econômicas. Para consecução da sua missão, a FAPEPI faz financiamento de pesquisa; concede bolsas; apóia capacitação, instalação de infra-estrutura, divulgação, realização e participação em eventos científicos.

A constituição do Estado do Piauí de 1989 estabelece no seu artigo 235 que o Estado destinará no mínimo 1% da sua receita orçamentária para o desenvolvimento da Ciência e Tecnologia à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí “Prof. Afonso Sena” – FAPEPI. Embora ainda não tenhamos atingido os valores dos repasses previstos constitucionalmente, durante o governo Wellington Dias, o valor tem crescido substancialmente e

sido repassado. No ano de 2008 já é cinco vezes maior do que do ano de 2003, que foi apenas de setecentos mil reais, e há um compromisso do governador de chegarmos, pelo menos, a 5 milhões, no ano de 2009.

Ao completar 15 anos de existência, podemos afirmar que a FAPEPI está cumprindo, pelo menos nestes últimos cinco anos, com a sua principal missão que é a de promover o desenvolvimento da pesquisa científica, tecnológica e de inovação e contribuindo para o crescimento econômico e social do Piauí. Também podemos sonhar que, a médio prazo, teremos os recursos determinados por lei, conforme já acontece com outras fundações: Fapesp (SP), Fapemig (MG), Fapesb (BA), Fapeam (AM), entre outras. Acreditamos nisso, por que, desde o início do atual governo, a FAPEPI vem atuando na sua finalidade, conforme seu preceito constitucional, respeitando suas leis e em consonância com as expectativas da sociedade piauiense. A FAPEPI É PATRIMÔNIO DOS PESQUISADORES PIAUIENSES!!!

Acácio Véras

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Al g u m a s espécies de plantas

desenvolveram m e c a n i s m o s para manterem suas sementes presas ao fruto na planta-mãe, após a maturação f o r m a n d o

assim um banco aéreo, com isso, possivelmente, evitam as condições adversas do banco de semente do solo (Gutterman, 1972; Baskin e Baskin, 1975; 1977; 1985; 1986; 1998; Cowling et al., 1987; Lamont, 1991). Em ambiente adverso, permanecer no banco aéreo pode beneficiar de várias formas as sementes, como por exemplo: i) aumentar as chances de estabelecimento, em habitat com alta freqüência de fogo; ii) garantir sementes para o ano seguinte, em espécies cuja produção não ocorre anualmente; iii) reduzir a alta densidade de plântulas, desta forma, diminuir a competição; iv) dessincronizar a dispersão, distribuindo as sementes ao

longo do tempo e conseqüentemente, diminuir a predação; v) minimizar o período de permanência das sementes no solo; assim as sementes se mantêm no banco aéreo até que as condições do solo se tornem favoráveis à germinação (Lamont, 1991).

O tempo de retenção das sementes no banco aéreo varia de acordo com a espécie como, por exemplo: Sedum pulchellum Michx (Crassulaceae) que retém suas sementes presas no banco aéreo por quatro meses (Baskin e Baskin, 1977), enquanto que Pinus contorta var. murrayana retarda a dispersão por nove a trinta anos (Blumer, 1910). As espécies que mantêm parte ou toda a sua frutificação, após a maturação das sementes no banco aéreo, por um certo período de tempo, são chamadas de serotinosas e aquelas que dispersam suas sementes logo após a maturação, são não serotinosas. (Lamont, 1991). As espécies serotinosas podem ser classificadas quanto ao grau de serotinosidade em dois grupos: i) com serotinosidade curta, as que retardam o desprendimento das sementes por um curto período de tempo; ii) com

serotinosidade longa, aquelas que mantêm suas sementes no banco aéreo por longo período de tempo (Lamont, 1991). Três meses são considerados como o tempo mínimo de permanência das sementes no banco aéreo, para inclusão no grupo das espécies com serotinosidade curta (Baskin e Baskin, 1998).

A s e r o t i n o s i d a d e é m a i s comum em espécies de regiões cuja precipitação anual é baixa (50-100mm), principalmente em áreas sujeitas ao fogo (Baskin e Baskin, 1998). Geralmente, os frutos são indeiscentes, duros e resistentes. O fogo, a chuva e a temperatura são fatores abióticos importantes para romper os frutos e liberar as sementes (Baskin e Baskin, 1998).

I n f o r m a ç õ e s c o m o e s t a s , r e l a c i o n a d a s c o m a e c o l o g i a das sementes, são importantes na compreensão dos processos naturais de regeneração e sucessão de comunidades, uma vez que a semente constitui a principal forma de propagação das espécies vegetais. Entretanto, pesquisas como essas são raras no Brasil e no

* Professora Adjunto III do Departamento de Biologia CCN/[email protected]** Pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia

Piauí ainda não foi encontrados citações de trabalhos com esse tema.

O grupo de pesquisa “Banco de Sementes” vem estudando os principais mecanismos utilizados pelas plantas da floresta amazônica e de cerrados piauienses para manter suas sementes no banco aéreo por um longo período de tempo. Os primeiros resultados das pesquisas, realizadas pelo grupo, foram publicados na Revista Hoehnea em 2006. Esses resultados são oriundos do projeto de pesquisa financiado pelo consórcio Governo Brasileiro e Governo Japonês (Brasil-JICA). Além disso, foram realizadas pesquisas com espécies de cerrado piauienses e os resultados estão sendo apresentados em congressos nacionais e internacionais. Essas ú l t imas pesquisas foram implementadas, graças ao Programa Primeiros Projetos (PPP/CNPq/FAPEPI).

O banco de sementes aéreo

O que é literatura de testemunhoEm julga-

mentos, q u a n d o

se quer estabe-lecer a verdade de uma ocorrên-cia, tem grande valor o relato da testemunha ocular, daquela que, por sua

condição privile-giada, pode dizer: “eu vi, eu estava lá”. Portadora de um conhecimento especial, a testemunha carrega consigo o peso da responsabilidade. Sabe que deve tentar reapresentar (“reconstituir”, na linguagem policial) o(s) episódio(s) de maneira a ser o mais fidedigna possível, porém esbarra na dificuldade de recriar, através de seu discurso, uma cena que lhe vem, sobretudo, em imagens. Mais que isso, a palavra, ainda que surja com a obrigação de resgatar a “verdade do que aconteceu”, está sujeita à visão de mundo do enunciador, a suas escolhas lexicais, à injunção do momento, em suma, a uma série de fatores subjetivos que tornam problemática a possibilidade de apreensão total e coerente de qualquer fato.

Isso não significa, entretanto,

que, em decorrência das limitações da linguagem na recriação de episódios “reais”, a tarefa de tentar esclarecer acontecimentos obscuros deva ser aban-donada. A consciência de que só temos acesso ao passado, através de textos, implica, justamente, a necessidade de não deixar que versões hegemônicas vicejem absolutas. No caso de um jul-gamento, pontos de vista contrastantes instauram, no mínimo, o espaço para a dúvida, ampliando as possibilidades de compreensão do fato em questão.

A literatura de testemunho, por extensão, é aquela em que o autor esta-belece um pacto de veracidade com o lei-tor, reivindicando estatuto de “verdade” – em contraponto com a ficção – para o seu relato. Nas narrativas testemunhais, o objetivo principal do autor é contar, a partir do seu ponto de vista, um fato histórico, normalmente atos de violên-cia sofridos ou presenciados. Às vezes, ambos. Diferentemente de uma autobi-ografia convencional, neste tipo de liter-atura não se conta toda uma vida, apenas episódios localizados, vividos em deter-minadas condições. Nesta modalidade de produção, a clareza na exposição dos acontecimentos e a busca de fidelidade factual adquirem precedência sobre a formatação estilística ou a imaginação de

um mundo ficcional. Assumindo o dever de não deixar o que ocorreu cair no es-quecimento, o autor do testemunho sabe que seu relato tem importante função social. Para pensarmos neste ponto com mais clareza, basta imaginar o que seria a história do Brasil do período militar, por exemplo, se não fossem os testemu-nhos das vítimas da tortura (nesse caso, teríamos um conto de fadas, em que a cordialidade, a harmonia, a ordem e o progresso seriam a tônica).

Sendo, invariavelmente, con-testação da história contada pelo lado vencedor, a perspectiva do autor do testemunho alinha-se com a das vítimas e complexifica o entendimento do passado, intensificando debates sobre os erros cometidos, propiciando a reflexão sobre os motivos que levaram a catástrofes e barbáries históricas e contribuindo, en-fim, com a tarefa essencial de não deixar que as escolhas equivocadas do passado retornem sob novas formas. As-sim, testemunhos como, por ex-emplo, os de Primo Levi, Robert Antelme, Jorge Semprún, Elie Wie-sel, sobre a Shoah; de Salinas Fortes, Flávio Tavares, Ottoni Guimarães Jr., sobre a ditadura militar brasileira; e de Rigoberta Menchú, sobre a opressão dos nativos maias na Guatemala, entre tan-

tos outros a u t o r e s e c o n -textos, c o n -s t i t u -em um amp lo c a m p o de inves-tigação lit-erária que muito tem a dizer sobre as relações entre a lit-eratura e a história, entre a violência e o discurso, entre o trauma e o ato de narrar, for-mulando questões pertinentes à crítica e à teoria literárias.

* Doutor em Teoria e História Literária pela UNICAMP/SP - Bolsista PRODOC/CAPES/[email protected]

Fabrício Flores Fernandes

Maria da Conceição P. de Oliveira*Isolde Dorotheia Kossmam Ferraz**

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Na manhã do último dia 11 de dezembro, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado

do Piauí – FAPEPI comemorou os 15 anos de sua existência, no Cine Teatro da Assembléia Legislativa do Estado do Piauí, onde os convidados foram brindados com a palestra do Prof. Dr. Mário Neto Borges, Diretor Técnico-Científico da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas gerais – FAPEMIG. Foi um momento especial e de encontros com pessoas que fizeram e fazem parte de uma instituição que é a maior estimuladora e fomenta a pesquisa e tecnologia no Estado. Para comemorar esses 15 anos, estiveram presentes os membros do Conselho Superior, a Diretoria, funcionários da FAPEPI, os ilustres convidados e homenageados, além da comunidade científica do

Estado.O governador Wellington

Dias se fez presente na s o l e n i d a d e , m a s n ã o

acompanhou o evento, tendo em vista uma reunião da Sudene, em Fortaleza. Compuseram a mesa de honra o Secretário de Governo, deputado Kleber Eulálio (representando o

Governador Wellington Dias); a deputada estadual

Flora Izabel (PT); o presidente da Agespisa, Merlong Solano, que discursou em nome dos homenageados; o reitor da UFPI, Luiz Jr.; a reitora

FAPEPI comemora 15 anos junto à comunidade científica

EEM

Themístocles de Sampaio Pereira Filho – Presidente da Assembléia Legislativa do Estado do Piauí

“O Piauí necessita de instituições como a Fapepi. Somente o desenvolvimento da Educação, através do incentivo à pesquisa, pode dar base a uma sociedade mais justa. Neste sentido, a FAPEPI vem desenvolvendo o seu papel no nosso Estado. Só temos que parabenizar e incentivar cada vez mais o trabalho desta instituição”.

da UESPI, Valéria Madeira; o Secretário d e E d u c a ç ã o d a Prefeitura de Teresina, Washington Bonfim, e o Secretário de D e s e n v o l v i m e n t o E c o n ô m i c o e Tecnológico, Valério Carvalho.

D e n t r o d a p r o g r a m a ç ã o d a solenidade, o ponto alto foi a entrega das placas de “Mérito pelo Incentivo ao desenvolvimento da Ciência, Tecnologia e Inovação no Estado do Piauí” às personalidades e pesquisadores que contribuíram, sobremaneira, para o surgimento e c resc imento da FAPEPI . Os homenageados na solenidade foram: governador do Estado - Wellington Barroso de Araújo Dias; Diretor Presidente da Agespisa - Merlong Solano Nogueira; Secretário de Fazenda - Antônio Rodrigues de Sousa Neto; Diretor do Centro de Ciências Agrárias da UFPI - Prof. Dr. João Batista Lopes; Diretor da Embrapa - Dr. Waldemício Ferreira de Sousa; Reitor da UFPI - Dr. Luiz de Sousa Santos Júnior, Reitora da UESPI - Profa. Valéria Madeira Martins Ribeiro; Vice-Reitor da UESPI - Prof. Carlos Alberto Pereira da Silva; Diretora da Faculdade Novafapi - Cristina Maria Miranda de Sousa; Prof. Dr. José Machado Moita Neto; Prof. Dra. Solange Maria Teixeira; Prof. Dra. Maria

Mesa de Honra da celebração dos 15 anos da Fapepi

Professor Dr. Acácio Véras, presidente da Fapepi Solenidade bastante prestigiada

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FAPEPI comemora 15 anos junto à comunidade científica

EEM

Valéria Madeira Martins Ribeiro – Reitora da UESPI“Nesses 15 anos, a FAPEPI tem muito que comemorar. É uma instituição que tem crescido. Em relação à própria UESPI, desenvolve-mos boa parceria para qualificação de nosso corpo docente em nível de mestrado e doutorado. Nessa parceria, a FAPEPI financia pesquisa, eventos , bolsa de estudo e publicação científica. Neste sentido, é uma instituição dotadora de pesquisa que incentiva o avanço da ciência sobretudo no que diz respeito à produção acadêmica.

das Graças Targino; Profa. Dra. Lúcia Cristina dos Santos Rosa; Diretor do Hospital de Doenças Tropicais - Prof. Dr. Carlos Henrique Nery Costa; Profa. Dra. Maria Conceição Soares Meneses Lage e o Prof. Dr. João Xavier da Cruz Neto.

O presidente da entidade Acácio Salvador Véras e Silva, no cargo desde 2003, sentiu-se honrado em fazer parte da história da FAPEPI. “Observamos que esta Fundação saiu do anonimato, que perdurou durante quase 10 anos, graças a definição política do governador de colocar no cargo um especialista na área de atuação da Fundação e hoje temos a Fapepi sendo reconhecida como um instituição imprescindível para o desenvolvimento sócio-econômico sustentável do Estado do Piauí. Sentimos orgulho de participar desta história”, destacou.

Acácio Véras agradeceu ao governador Wellington Dias por ter confiado em seu trabalho durante estes quase seis anos. Citou cada um dos nomes dos funcionários, prestadores de serviços e bolsistas da FAPEPI, destacando o empenho de todos. E antes de fazer um breve relato das ações da instituição, como os investimentos em bolsas para pesquisadores e os auxílios feitos com recursos federais e contrapartida do Estado, Acácio Véras declarou que “hoje quem é homenageado, não é só a FAPEPI, mas a sociedade piauiense e especialmente, a comunidade científica que possui um órgão com esta pujança e relevância. Comunidade esta que soube valorizar, no momento certo, um trabalho competente e dedicado da atual equipe da FAPEPI”

Homenageados

Mesa de Honra da celebração dos 15 anos da Fapepi

Wellington Dias Merlong Solano Antônio Neto João Batista Lopes

Valdemício Ferreira Luis de Sousa Valéria Madeira José Machado Moita

Solange Teixeira Cristina Miranda Carlos Nery Carlos Alberto

Maria Conceição Lage João Xavier Neto Lúcia Cristina Rosa Maria Graça Targino

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Waldemício Ferreira de Sousa – Diretor de Comunicação da Embrapa-MN

“A FAPEPI é muito importante para o desenvolvimento científico e tecnológico e para o avanço do desenvolvimento do Estado; por-tanto, na história das fundações ela tem contribuído muito para esse desenvolvimento, tanto quanto outras fundações para seus estados. Nesses 15 anos, ela tem desempenhado seu papel, mais notadamente, claro, nos últimos seis anos tem agregado à sua plataforma de trabalho uma série de projetos importantes, que tanto pesquisadores da UFPI, da UESPI, quanto da própria Embrapa tem realmente participado desse trabalho, destacando os arranjos feitos com o CNPq e a Finep”

Desde 2003, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí – FAPEPI vem fomentando o desen-volvimento da ciência e tecnologia do Estado, através de financiamentos de pesquisas e concessões de bolsas de estudo e pesquisa (capacitação de recursos humanos); custeando infra-estrutura para pesquisadores; apoiando a participação e realização de eventos científicos e divulgação científica; além de concessões de auxílios financeiros a pesquisadores. Para consecução destes objetivos, a FAPEPI vem mantendo convênios com órgãos como o Ministério de Ciência e Tecnologia – MCT, o Conselho Na-

Programas impulsionam o desenvolvimento da Ciência e Tecnologia no PiauíEEM

cional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq, a Financiadora de Estudos e Projetos – FINEP, o Min-istério da Saúde, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES e a Rede Nacional de Pesquisa – RNP.

Desta forma, a FAPEPI vem contribuindo para a transformação da realidade sócio-econômica do Piauí e trabalha na construção de novas parce-rias que possam garantir mais recursos para investimentos em ciência, tecnolo-gia e inovação, de forma a consolidar o desenvolvimento sustentável do Piauí. Confira alguns programas importantes implementados pela FAPEPI.

Primeiros Projetos O Programa Primeiros Pro-

jetos tem como objetivo propiciar a infra-estrutura de pesquisa científica e tecnológica necessária à fixação de doutores nas instituições de ensino e pesquisa do Estado por meio da concessão de apoio financeiro para o desenvolvimento de projetos de pesqui-sas. Foi iniciado em 2003, através do convênio firmado com o MCT e o CNPq e desde seu lançamento em 2003, a FAPEPI lançou vários editais que resul-taram no apoio financeiro a pesquisas em diversas áreas do conhecimento. Estes recursos permitiram a aquisição,

instalação, modernização, ampliação ou recuperação de infra-estrutura de pesquisa em diversas instituições de ensino e pesquisa do nosso Estado.

O PPP visa ainda a dar suporte à fixação de jovens pesquisadores e nucleação de novos grupos de pesquisas, em quaisquer áreas do con-hecimento. Atualmente, 38 projetos de pesquisa estão sendo financiados pela FAPEPI em instituições com a UFPI, UESPI, CEFET e EMBRAPA. Para o presidente da Fundação, Acá-cio Véras, o PPP é “essencial para os recém-doutores e servem como um estímulo fundamental no prossegui-

mento das pesquisas já iniciadas fora do nosso Estado, além de resolver vários problemas de infra-estrutura de nossas instituições, portanto, é nosso pensamento reforçá-lo em 2009”, assegurou.

Desenvolvimento Científico RegionalO DCR vem sendo implementado

no Piauí desde 2004, em parceria com o CNPq e tem como objetivo fortalecer o quadro de recursos humanos das institu-ições públicas de ensino e pesquisa do Estado, com a fixação de pesquisadores doutores que recebem bolsas e financia-mento para suas pesquisas.

Pesquisadores de diversos Esta-dos do Brasil têm concorrido aos editais que são lançados pela Fapepi. Projetos que são considerados estratégicos para o desenvolvimento científico e tec-nológico, além de terem importância no crescimento sócio-econômico para o Estado do Piauí, são priorizados.

Outro aspecto importante que o DCR tem propiciado ao nosso Estado é o desenvolvimento dos nossos cursos de pós-graduação, pois estes pesquisadores, comumente, passam a serem incorpo-rados nos cursos, através de concurso público, após o término da bolsa que tem o período máximo de 36 (trinta e seis me-ses) De 2004 a 2008, a FAPEPI já abrigou mais de 40 (quarenta) bolsistas oriundos de diversos Estados da federação.

Pesquisa para o SUS

Este programa teve início em

PROGRAMAS DE APOIO À PESQUISA2001, fruto da parceria entre a FAPEPI e o Ministério da Saúde – MS, obje-tivando fomentar pesquisas voltadas para o Sistema Único de Saúde. Esta etapa resultou na execução de 05 (cinco) projetos de pesquisas na área. Com a nova política do MS, transformou-se em “Projeto Pesquisa para o SUS: gestão compartilhada em saúde – PPSUS”, cujo objetivo visa a apoiar atividades de pesquisa com fim no desenvolvimento científico, tecnológico e de inovação da área de saúde.

De 2003 a 2007, foram financia-dos 23 (vinte e três) projetos de pesquisa, voltados para ações preventivas do SUS, no Estado do Piauí. Para o ano de 2009, a FAPEPI/MS fará investimentos financeiros na ordem de R$270.000,00 (duzentos e setenta mil reais) em pro-jetos de pesquisa que devem abranger as seguintes áreas prioritárias: violência, acidentes e traumas, saúde da mulher e da criança, promoção da saúde, sistemas e políticas de saúde, ambiente, trabalho e biossegurança.

Fluxo ContínuoO Programa de Fluxo Contínuo

propicia o fortalecimento da pesquisa científica, desenvolvida por instituições de ensino superior e/ou de pesquisa, públicas ou privadas do estado do Pi-auí, através da concessão de auxílios financeiros, visando a dar suporte às pesquisas de interesse do Estado para o desenvolvimento sócio-econômico sustentável.

Laboratório de pesquisa em Plantas Medicinais

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Programas impulsionam o desenvolvimento da Ciência e Tecnologia no Piauí

Washington Luís de Sousa Bonfim – Secretário de Educação de Teresina e do Conselho Superior da Fapepi

“A FAPEPI passa por um momento histórico importante. Qualquer estado do país que pensa na perspectiva de desenvolvimento tem que tratar de maneira séria as áreas de ciência e tecnologia. A FAPEPI tem dado sua contribuição tratando de maneira séria as instituições que buscam o crescimento da pesquisa, o que inclui as universidades que são as maiores detentoras de doutores e mestres. Então, torcemos para que a FAPEPI continue apoiando os pesquisadores com ações que geram incentivo, investimento e parcerias entre as universidades e os pesquisadores”

EEM

Organização de Reunião CientíficaAuxílio para apoiar a realização

de congressos, workshops e outros eventos similares que contribuam para o intercâmbio de conhecimentos cientí-ficos no Estado do Piauí.

Participação em Reunião CientíficaAuxílio para cobrir despesas de

transporte e/ou manutenção de pesquisa-

PROGRAMA DE AUXÍLIOSdor para apresentação de trabalho de pesquisa em congresso, seminário ou reunião científica em outros Estados.

Publicação CientíficaAuxílio para financiamento par-

cial ou total, a publicação de periódicos, artigos ou livros que exponham resulta-dos originais de pesquisa, realizada por pesquisador doutor do Estado do Piauí.

Iniciação Científica JúniorO Programa Bolsa de Iniciação

Científica Júnior – PIBIC Jr. foi in-stituído no Piauí no ano de 2003, através de convênio firmado com o CNPq. Este programa objetiva conceder bolsas de Iniciação Científica Júnior (ICJr) para os alunos do Ensino Médio, provenientes das escolhas públicas, visando a desper-tar vocações e interesse pelas atividades científicas e tecnológicas.

O Piauí foi pioneiro na implan-tação oficial deste Programa, servindo inclusive, de referência para outros Esta-dos da federação. De 2003 a 2008, foram oferecidas cerca de 600 bolsas das quais 512 já foram implementadas, por meio de editais públicos, beneficiando alunos da rede pública municipal e estadual de ensino do Piauí.

Atualmente, a FAPEPI vem im-plementando bolsas de ICJr também no âmbito do programa Olimpíadas Brasileira de Matemática das Escolas Públicas e no Prêmio Construindo a Igualdade de Gênero. Os beneficiados da capital e de diversos municípios piauienses desenvolvem trabalhos de pesquisas junto a instituições de ensino e pesquisa, como as Universidades Federal e Estadual, o IFET-PI e a EMBRAPA.

Além da relevância social que vem alcançando no Piauí, este Programa oferece oportunidades a inúmeros estu-dantes de ter contato com a comunidade científica, ao mesmo tempo em que aproxima esta mesma comunidade à realidade escolar existente em nosso Es-tado. De acordo com a coordenadora do programa, Valdália Moura de Carvalho Buenos Aires, o contato com o programa

PROGRAMAS DE BOLSASé importantíssimo para o alunado, uma vez que, ao ser inserido no programa, o aluno vivencia desde cedo os pri-meiros passos da iniciação científica, propiciando valiosa experiência para o seu melhor desempenho em futuras atividades universitárias.

Iniciação CientíficaO Programa Bolsa de Iniciação

Científica – PIBIC tem como objetivo despertar e estimular vocações para a pesquisa. É utilizada para treinamento de alunos de graduação em projetos de adaptação e transferência de tecnologias envolvendo universidades, institutos de pesquisas ou empresas. A bolsa vincula-se ao desenvolvimento de projeto de pesquisa, da responsabilidade do Orienta-dor – com titulação mínima de mestrado e, preferencialmente, com doutorado – mas o candidato deve participar da elaboração do Plano de Atividades e estar preparado para discuti-lo e formular hipóteses de trabalho.

Técnico de Apoio à PesquisaÉ um Programa de apoio à pesqui-

sa, supervisionado por pesquisador devidamente qualificado, e desenvolvido no âmbito de laboratório de nível médio ou superior

Mestrado e Doutorado Programa destinado a incentivar

a formação e o aprimoramento de re-cursos humanos altamente qualificados, objetivando o desenvolvimento cientí-fico e tecnológico do Estado do Piauí. Busca atender à crescente demanda dos cursos de mestrados e doutorados institucionais.

PROJETOS ESPECIAISNúcleo Interinstitucional de Estudos e Geração de Novas Tecnologias para o Fortalecimento de Arranjo Produtivo Local do Babaçu

Projeto criado através da pareceria da Universidade Estadual do Piauí – UESPI, Universidade Federal do Piauí - UFPI e Centro Federal de Educação Tecnológica – CEFET para desenvolver ações voltadas para o atendimento das demandas de inovação tecnológica das atividades produtivas do agronegócio do Babaçu no Estado do Piauí.

Projeto de Pesquisa em Plantas Medici-nais do Piauí

Projeto que a FAPEPI faz o acom-panhamento técnico e financeiro, tendo a UFPI, como instituição executora. O objetivo é estudar a constituição química e atividade farmacológica de plantas medicinais do Estado do Piauí, como também criar condições para o funciona-mento do Mestrado em Farmacologia (áreas de concentração em Farmacologia de antimicrobianos, Farmacologia da dor e inflamação, Farmacologia Endócrina, Farmacologia do Sistema Digestivo e Farmacologia do Sistema Cardiovas-cular).

Projeto Geração de Energia Elétrica a partir de Biodiesel da Mamona

Projeto desenvolvido, através da parceria com a UFPI, com objetivo de implantar planta piloto para a fabricação de biodiesel de óleo da mamona a ser

usado na geração de energia elétrica em comunidades do interior do Piauí, onde a linha de transmissão é de alto custo ou de difícil acesso.

Projeto Transferência das Tecnologias do Agronegócio do Caju no Estado do Piauí

Com o objetivo de promover o desenvolvimento sustentável da cajuc-ultura, através da dinamização do proc-esso de difusão e adoção de tecnologia disponível na EMBRAPA, com ênfase nos processos de multiplicadores, ca-pacitação de produtores e instalação de unidades de difusão de tecnologias, este Projeto visa também ao aumento de produtividade e obtenção de produtos, a partir da castanha e pendúculo, com a qualidade requerida pelo mercado.

Ampliação da Rede de Monitoramento Pluviométrico do Estado do Piauí

Em parceria firmada com a Sec-retaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, a FAPEPI desenvolve o Projeto Ampliação da Rede de Monitoramento Pluviométrico a fim de ampliar a rede pluviométrica no Piauí, que dá suporte técnico ao núcleo de meteorologia na obtenção de informações em tempo real para tomada de decisões rápidas em casos de enchentes e alagamentos. Paralelamente, apóia as ações da defesa civil estadual na realização de monito-ramento das áreas de desmoronamento, enchentes e alagamentos.

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Sapiência - Quais problemas o Governo do Piauí enfrenta por conta do estigma de pobreza com que somos identificados?

Wellington Dias - Historicamente o Estado do Piauí tem sido difundido no Brasil como um estado pobre. Como piauiense, tenho o privilégio de conhecer o Estado do Piauí inteiro e, desde muito jovem me nego a aceitar este estigma. Prefiro acreditar que somos um Estado rico com um povo empobrecido. E hoje, há pesquisas realizadas pelo Banco Mundial, pelo Banco do Nordeste, por diversos outros órgãos importantes demonstrando que o Piauí tem uma riqueza formidável, que é um Estado com um ecossistema

bastante diversificado, com grandes possibilidades de desenvolvimento.

Possui uma localização, do ponto de vista econômico, privilegiadíssima, estamos aqui em uma região pré-amazônica. Temos aqui cerrados, semi-áridos, caatinga, floresta, que na verdade é floresta Amazôn ica ; t emos o s babaçuais e ainda uma área litorânea muito próxima dos grandes mercados. Es tamos próximos da

Europa, da América Central, da América do Norte, dos Árabes e da África. Eu creio que, especialmente nessa área

litorânea, tem um potencial de desenvolvimento muito grande.

O Piauí também tem um povo com uma capacidade c r i a t i v a e x t r a o r d i n á r i a , acreditando nisso é que estamos buscando dotar o Estado daquilo que entendemos ser necessário

p a r a o d e s e n v o l v i m e n t o sustentável, com responsabilidade

social e ambiental. Tenho o privilégio de ter

s i d o e l e i t o

governador do Piauí ao mesmo tempo em que o presidente Lula recebeu da sociedade brasileira a missão de dirigir o pais. Temos um projeto com a mesma lógica e trabalhamos afinados, o presidente nos dar o suporte para realizar o que julgamos importante para o Estado.

Sapiência - Quais são as ações implementadas para sair desta condição?

Wellington Dias - Se eu pudesse resumir rapidamente o programa que apresentamos em 2002 e que vem sendo aperfeiçoando dia-a-dia, poderíamos dizer que a primeira meta foi criar uma rede de proteção aos mais pobres, ou seja, olhar para o que há de mais grave na pobreza que é a fome, a falta de água, enfim... e a partir daí criamos, eu diria, a mais importante rede de combate a pobreza da história desse país, basta examinar o cadastro do bolsa família. Aproximadamente 1.600.000 (um milhão e seiscentas mil) pessoas são atendidas pelo Bolsa Família, que é o maior dos programas; mas além do Bolsa-família, há também o programa do leite, o programa de merenda escolar, o programa do PET que, de uma lado combate o trabalho infantil e por outro promove a transferência de renda; programa como o seguro-safra que protege os agricultores mais pobres na região do semi-árido, para citar apenas alguns dos programas. Sabemos, no entanto, que só isto não resolve o problema da pobreza, é neste momento, uma medida emergencial.

Sapiência - Qual o papel da educação neste processo de transformação?

Wellington Dias - Cremos que, através da educação, teremos as condições fundamentais para alcançarmos com segurança todas as outras etapas do desenvolvimento. Para que se tenha desenvolvimento e a erradicação da pobreza estamos adotando uma política muito forte na área da educação. Nós temos hoje uma rede que chega a aproximadamente a 4.500 comunidades no Estado do Piauí amparadas pelo Estado ou pelo município.

Há cerca de dez anos, aí por volta de 1997/98, o Piauí contava apenas com 35 municípios com escolas de

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“A FAPEPI passará por uma grande transformação em 2009”, diz Wellington Dias

Para esta edição especial do Sapiência, o entrevistado é o Governador do Estado do Piauí, Wellington Dias, que fala sobre as dificuldades enfrentadas no início do seu governo e os caminhos seguidos para superá-las. Ressalta a educação como o principal mecanismo para se atingir o desenvolvimento pleno do Estado e afirma a determinação em aumentar os investimentos em Ciência e Tecnologia e Inovação através da FAPEPI, em 2009.

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ensino médio. Já no primeiro ano de mandato, nós ousamos colocar ensino médio em todos os 224 municípios. Tínhamos apenas 145 escolas de ensino médio pela área pública e hoje, só pelo Estado, temos próximo de 530 escolas de ensino médio em povoados, assentamentos e não só em sedes de cidades. Isso para a nossa realidade é uma revolução. Estamos muito próximos de alcançar 100% dos professores de 5a série em diante, com pelo menos licenciatura. Já há muitos especialistas e alguns mestres. As escolas não tinham biblioteca, laboratórios, profissionais qualificados, plano de carreira, isso modificamos radicalmente. A nossa média de escolaridade cresceu, ela passou de 4 anos e meio para próximo de 5 anos e meio nesse curto período de Governo.

A profissionalização no nível médio, a oferta de cursos de curta duração, de extensão e de cursos técnicos, tecnológicos, inclusive de nível superior – incluindo aí a pós-graduação –, é outro desafio para alcançarmos até 2010. Estamos preparando também para investirmos no ensino profissional nos níveis médio e superior em todos os municípios do estado do Piauí, permitindo que as pessoas tenham ensino profissional próximo de onde vivem, exatamente para que este conhecimento esteja fincado ali naquele município. Assim, não haverá migração desnecessária após a formação, como ocorreu em toda a nossa história, quando toda a capacidade de conhecimento era, concentrada nessa ou naquela cidade, principalmente, na capital.

Sapiência – O Estado tem condições de elevar os investimentos para pesquisa, ciência, tecnologia e inovação?

Wellington Dias - A primeira fase do meu mandato, os três primeiros anos, especialmente, foram anos bem mais difíceis. Se observar, especialmente de 2006 para cá, nós ampliamos a capacidade de investimento, saímos de 42 milhões, para mais de 300 milhões de reais, isso é uma mudança substancial, principalmente por que não criamos novos impostos; alcançamos este patamar pelo crescimento da economia, pela organização do Estado. Ainda não temos os 700, 800 milhões que precisamos, mas já crescemos bastante. O fato é que observamos melhoras ano após ano.

Que estado brasileiro conseguiu,

de 2003 a 2007, dobrar o seu PIB nominal? Nós tínhamos um PIB em 2002 de 7,4 bilhões e seguramente chegamos em 2007 ultrapassando 14 bilhões. Hoje precisamos ter um produto interno bruto na casa de 34 bilhões para alcançarmos a média do país e eu não tenho dúvidas de que nós podemos atingir próximo a este patamar até o ano de 2020.

Portanto, a resposta para sua pergunta, é sim, eu acho que a gente tem condições cada vez melhores de apoiar a iniciação científica, a capacitação, atender a mais pessoas que queiram fazer mestrado ou doutorado, apoiar os que já têm pós-graduação que queiram se aprofundar em pesquisas em áreas que o Estado tenha interesse, especialmente àquelas que possam combinar a pesquisas com resultados práticos com atendimento social, com inclusão social e fortalecimento da nossa economia.

Sapiência – Quais as áreas de pesquisa de seu governo considera prioritárias para o Estado?

Wellington Dias - O que eu tenho dialogado com o presidente da FAPEPI e também com outros parceiros, que também como a FAPEPI atuam na área da pesquisa, é para que tenhamos a coragem de nos fixar naquilo que o Piauí tem maior potencial e maior carência. Certamente há importantes descobertas a serem feitas, por exemplo, na área da saúde porque temos, aqui nessa região, doenças, desafios que não são comuns em outras regiões.

É necessário conhecer mais sobre o melhor aproveitamento do babaçu, as potencialidades da carnaúba, a resistência a pragas de plantas como o feijão e o milho. Como trabalhar uma produtividade maior em uma região que chove pouco? Verificar as possibilidades de exploração de animais como a ovelha e a cabra, a galinha caipira, enfim, fortalecer o trabalho da pesquisa que hoje faz a EMBRAPA no Piauí.

Sapiência – Quais os desafios em ciência, tecnologia e inovação?

Wellington Dias - Eu acredito que o maior desafio que temos é transformar os conhecimentos produzidos na universidade para o dia-a-dia do cidadão. Temos que transformá-lo em produto e fazer os registros de patentes. O Dr. Acácio Veras e sua equipe têm nos lembrado que o Piauí não tem nenhuma patente registrada e que o Brasil como

um todo também é muito carente de registros de patentes.

Precisamos nos preparar para enfrentar as exigências do mundo nessa área, isso significa sair da condição de dependência ‘estrangeira’, em relação a novos produtos feitos em outros lugares. Com a venda de produtos resultantes de nossas patentes, frutos das nossas pesquisas, pode compensar a nossa ‘balança financeira’ daquilo que somos obrigados a comprar de outros países mais desenvolvidos.

S a p i ê n c i a - A á r e a d e biocombustíveis é uma área de destaque e inovação. O que o governo tem feito neste setor para que se torne um Estado mais competitivo?

Wellington Dias - Primeiro precisamos tratar, com muito cuidado, o planejamento nessa área do agronegócio, pela fragilidade da nossa diversidade ambiental. A primeira providência que tomamos foi fazer o plano de desenvolvimento da Bacia do Parnaíba, junto com ele o macro-zoneamento do agronegócio. Com a definição do que temos de potencial em cada região, isso nos permite separar quais as áreas que nós vamos destinar para cada cultura.

Temos que realizar pesquisas na separação da casca do babaçu da sua amêndoa, da utilização da casca como carvão vegetal para a geração de energia elétrica, agregando mais valor ao produto e sempre com o olhar para as chamadas “quebradeiras de coco” e os outros nativos dessa região, gerando mais emprego e renda.

Aposto no pião manso. Pesquisas iniciais feitas pela EMBRAPA, pela Brasil Ecodiesel e por empresas privadas apontam uma possibilidade de se ter uma produtividade semelhante a da soja, de 3 a 4 toneladas por hectare. Com alguns detalhes importantes, o teor de óleo é bem maior que o da soja e não é alimento; não tendo a polêmica do uso de alimento para a produção do biodiesel, essa é uma aposta que eu quero trabalhar com todo afinco. De novo se observa aí a importância da pesquisa. Apostamos também, no potencial que temos na produção do etanol, principalmente na área da cana-de-açúcar de algumas regiões.

S a p i ê n c i a – Q u a i s a s expectativas de governo na área de Ciência e Tecnologia? O que a FAPEPI pode esperar do governador?

Wellington Dias - As expectativas são as melhores possíveis, como eu já disse ampliou-se a nossa capacidade de investimento, que nos permite, possivelmente, não o volume de recursos que se necessita, até pelo volume de demanda que nós temos, mas amplamente maior do que historicamente se fez. Um exemplo: a meta que traçamos para 2009 é de investimento na ordem de cinco milhões de reais. A bem pouco tempo atrás, lembro-me do desespero do Dr. Acácio precisando de 200 mil, de 300 mil, enfim, e o quanto era doloroso a gente vendo a demanda de 50 áreas que têm o Estado com um volume de apenas 42 milhões para todas as áreas. Hoje o que nós temos aconselhado à FAPEPI é de combinar recursos próprios do Estado como contrapartida de programas nacionais ou internacionais, multiplicando a nossa capacidade de investimento.

A FAPEPI, com a presença do doutor Acácio, passou por profundas modificações no seu papel,ela passou a atuar na sua verdadeira missão, é nisso que apostamos, saindo de uma simples intermediação de contratação de mão-de-obra, para focarmos nos estudos, pesquisas, no ganho de mais conhecimento, no apoio a cientistas, aos pesquisadores e, principalmente com esse elo de integração com as universidades, faculdades, centro de pesquisas, do Brasil e do mundo.

O que está planejado para 2009, nós temos condições de cumprir e sei que o Dr. Acácio, com a sua equipe, tem grande capacidade de articulação local e nacional. Hoje é uma liderança respeitada em todo o país exatamente por cumprir bem todos os contratos, além dos bons resultados que tem obtido no que faz, aqui no Estado.

Em 2009, a FAPEPI passará por uma grande transformação, não só ampliaremos os investimentos financeiros, como já falamos, mas também implementaremos o quadro permanente de pessoal, além de instituirmos o Plano de Carreira, Cargos e Salários, pois serão contratados até dez Analistas em Ciência e Tecnologia, profissionais altamente qualificados com mestrado ou doutorado. Dessa forma, a FAPEPI terá melhores condições de atender à comunidade científica piauiense.

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“A FAPEPI passará por uma grande transformação em 2009”, diz Wellington Dias

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“A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí - Prof. Afonso Sena Gonçalves (FAPEPI) é resultado de um trabalho organizado por um grupo de pesquisadores da UFPI, capitaneado pelo Prof. Dr. Afonso, os quais tiveram a sabedoria e a habilidade de sensibilizar os governantes da época, sobre a importância de um órgão de fomento à pesquisa científica e tecnológica para o Piauí” declara o Prof. Dr. João Batista Lopes.

O colega de Afonso Sena, professor e vice-diretor do CCN, Jônatas de Barros Nunes, também participou dos acontecimentos e das batalhas de Afonso Sena pela criação da Fundação. “Nessa época, ele tinha uma série de idéias de renovar e dar ênfase à chamada inovação científica e tecnológica. E uma das formas que ele pensou foi a criação da FAPEPI. Lembro-me bem que ele pesquisou leis que criaram fundações em outros Estados, como a FAPESP, para a gente ter como se basear para criar a nossa lei aqui”, recorda-se Jônatas Nunes.

Segundo a Profa. Doutora Maria das Graças Targino, “a FAPEPI é a concretização de um grupo de pesquisadores sonhadores que, há 15 anos atrás, idealizou e muito lutou para estruturá-la. Como pioneiros, destaque para Afonso Sena. Víamos a Fundação como um dos recursos em prol do desenvolvimento científico e tecnológico do nosso Estado”.

A Fundação do Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí “Prof. Afonso Sena Gonçalves” foi criada pela Lei N° 4.664 de 20 de dezembro de 1993, no governo de Antônio de Almendra Freitas Neto, com a finalidade de estimular o desenvolvimento científico e tecnológico do Estado do Piauí. Era vinculada à Secretaria da Indústria, Comércio, Ciência e Tecnologia – SICCT, com autonomia administrativa e financeira.

Afonso Sena, nascido em 10 de julho de 1948, não viu o seu ideal concretizado, faleceu em 22

de maio de 1993 de ataque cardíaco fulminante, ainda dormindo. Era professor do Departamento de Química da UFPI, fez mestrado na Unicamp, em 1976, e doutorado na mesma instituição, em 1985, e foi diretor do Centro de Ciências da Natureza (CCN), de 1988 a 1992.

“A FAPEPI hoje é uma realidade que o Piauí tanto precisava. Ela tem crescido na idade e no campo de ação; o próprio Jornal Sapiência é uma prova disso, valorizando a ciência local. Porém, para que ela cresça mais, depende dos repasses obrigatórios, de sensibilidade política. Não resta dúvida que o Prof. Acácio Véras foi fundamental nessa trajetória, porque com ele a Fundação ganhou uma nova cara; ele soube ter firmeza para conduzi-la bem. Nós professores precisamos da FAPEPI, a pesquisa como um todo precisa. As empresas também poderiam reverter às isenções de impostos e seus lucros em parcerias também com a ciência, por meio de projetos com a FAPEPI”, destacou a professora doutora e pesquisadora da UFPI, Maria Conceição Soares Meneses Lage, que foi integrante do primeiro Conselho Superior da FAPEPI.

O Prof. Dr. José Machado Moita Neto, que fez parte do Conselho Superior na condição de representante da SBPC (maio/1998 a abril/2000) e exerceu o cargo de Diretor Técnico-Científico da FAPEPI (2005/2006), enfatizou que a instituição passou por uma ‘refundação’ em 2003, pois adequou suas atividades às finalidades previstas em sua fundação. No entanto, considera ser necessário que os pesquisadores exerçam um papel político importante de fortalecimento da mesma. “De forma que esta atividade ganhe importância estratégica para o governo estadual e isto se reverta em mais apoio à pesquisa e à pós-graduação no Piauí”.

“Quero parabenizar o professor

Dr. Acácio Véras pelo entusiasmo com que administra a FAPEPI, inst i tuição fundamental para o desenvolvimento da Ciência e Tecnologia do Estado do Piauí. Ele consegue transmitir essa importância para todos nós pesquisadores que queremos um futuro melhor”, ressaltou a Profa. Cristina Maria Miranda de Sousa , d i re tora presidente da faculdade Novafapi e atual membro do Conselho Superior.

Cronologia dos

presidentes da FAPEPI

A contar com seu atual diretor presidente, Prof. Dr. Acácio Salvador Véras e Silva, no cargo desde 2003, a FAPEPI teve seis presidentes.

lotados na Fundação, em 1995, foram Maria Gorete de Sousa Melo, proveniente da Secretaria de Estado da Indústria, Comércio, Ciência e Tecnologia, e Bertoldo Domingues dos Santos, oriundo da Fundação Centro de Pesquisas Econômicas e Sociais (CEPRO). Ambos estão, até hoje, exercendo suas funções na instituição.

Em seguida, Maria de Fátima Aquino Matos (graduada em Geografia) foi nomeada, em 20 de março de 1996, pelo governador Francisco de Assis de Moraes Sousa. Naquele ano, a professora Maria Dulce Silva passou a ocupar o cargo de diretora técnico-científica, no lugar de Luiz de Sousa Santos Júnior, que renunciou ao cargo.

“Minha meta foi organizar a instituição, criar, implantar e capacitar o quadro de pessoal. A

Resgate histórico da FAPEPI

Anfrísio Lobão - Presidente do Tribunal de Contas do Estado do Piauí

A FAPEPI, criada no governo Freitas Neto, quando então ocupava a Secretaria de Governo, nasceu da idéia de que nenhuma comunidade pode se desenvolver, por mais privilegiada que seja pela natureza, sem o indispensável auxílio da pesquisa, tanto no setor primário, secundário ou terciário. 15 anos depois, vejo que seus objetivos iniciais progressivamente vêm sendo alcançados, elevando o Piauí ao cenário de modernidade tecnológica. Não posso deixar de manifestar a minha satisfação em ver um trabalho seqüenciado com sucesso e atualmente tão bem dirigido pelo professor Acácio Véras, velho companheiro das lides universitárias.

JUSTA HOMENAGEM A AFONSO SENA

O primeiro a assumir foi Elmano de Almeida Férrer, de 1994 a 1995. Na gestão de Elmano Férrer, conforme relatado nas atas das reuniões do CS, durante os anos de 1994 e 1995, o foco principal foi o planejamento e estruturação da instituição. Outro ponto bastante discutido foi a formação do quadro de pessoal da Fundação, com servidores recrutados de outros órgãos do Estado, além das instalações físicas da FAPEPI.

Os primeiros servidores a serem

primeira coisa que realizamos foi que todos os funcionários fizessem curso de informática. Criamos o Fórum Estadual de Ciência e Tecnologia para definir e deliberar as prioridades de C&T no Estado. Criamos o FUNTEC – Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico, junto BNB, a fim de que este captasse recursos do setor produtivo para financiar pesquisa. A cada financiamento bancário, ficava um percentual para esse fundo”, recorda Fátima Matos, atualmente

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Afonso Sena Gonçalves Elmano Ferrer Primeiro Presidente da FAPEPI

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consultora do Sebrae, em Teresina.O terceiro diretor presidente da

FAPEPI foi Valdionor Albuquerque Barros, que assumiu em 1º de janeiro de 1999, nomeado pelo governador Francisco de Assis de Moraes Sousa em substituição a Fátima Aquino. Seu mandato foi curto, já que no dia 06 de julho de 2000 assumiu Marta Maria dos Santos, esta ficando por menos tempo ainda, até 27 de outubro do mesmo ano, constituindo-se, assim, a quarta presidente da Fundação.

O quinto diretor presidente a assumir a FAPEPI foi Antônio de Pádua Costa Lima, em 27 de outubro de 2000, ficando no cargo até novembro de 2001, quando, em 30 de novembro do mesmo ano foi nomeada, interinamente, Maria de Fátima Aquino Matos, conforme decreto do governador Hugo Napoleão, este que

dirigida por um pesquisador. No período inicial (janeiro de 2003 a setembro de 2003), os professores doutores Helder Buenos Aires e José Machado Moita Neto colaboraram voluntariamente com a organização da instituição. Neste primeiro mandato, a FAPEPI passou por uma profunda transformação nas suas ações, pois a tônica foi direcioná-las para as finalidades determinadas por sua lei de criação, ou seja, ter como principal ‘clientes’ os pesquisadores – mestres e doutores atuantes nas principais instituições de pesquisa do Estado: UESPI, EMBRAPA, CEFET, UFPI, Faculdades Particulares,entre outras, mantendo, deste modo, uma relação estreita com as gestões de pesquisa destas instituições.

Com a reeleição do governador Wellington Dias, Acácio Véras foi

sido sempre crescente e a FAPEPI se estabeleceu como uma fundação de amparo à pesquisa de reconhecimento estadual e nacional”, declara Véras.

Neste período de gestão do Prof. Dr. Acácio Véras dois foram os diretores Técnico-Científico: o Prof. Dr. José Machado Moita Neto e o Prof. Dr. Francisco Laerte Juvêncio Magalhães, sendo ambos destacados pesquisadores da UFPI.

Primeiros programas

implementados começam a dar

visibilidade à FundaçãoO primeiro projeto articulado na

época de sua estruturação, em 1996, foi o de criação do Sistema Estadual de Ciência e Tecnologia, convênio

da UESPI (1995 a 2001) conta que a instituição se beneficiou e evoluiu bastante com a criação da FAPEPI. “Na Uespi, sentíamos a necessidade de conectar os campi à RNP, então conseguimos não só vincular o campus de Teresina, mas o de Parnaíba, Campo maior, Piriripi, Picos, Bom Jesus e Corrente. Era a Uespi se beneficiando dessa nova instituição, que em boa hora foi criada”.

P o s t e r i o r m e n t e , o u t r o s programas foram implementados pela FAPEPI em parceria com órgãos federais, como o ProCiência, Prossiga e o Pepita. O ProCiência era um programa do MEC, voltado para promover a especialização e aperfeiçoamento de professores de ensino médio. O Prossiga tinha como objetivo promover a criação e o uso de serviços de informação

Resgate histórico da FAPEPI

Elmano Férrer - Vice-Prefeito de Teresina

Congratulo-me com o Presidente da FAPEPI, Prof. Dr. Acácio Véras, pela oportuna iniciativa de celebrar solenemente os 15 anos de criação dessa Instituição. Ressalto o seu esforço e trabalho para aumentar a concessão de bolsas de pós-graduação, o estímulo à iniciação científica e auxílio financeiro a projetos de pesquisa. Por outro lado, lembrar de pesquisadores pioneiros da UFPI e da EMBRAPA/PI, nas pessoas dos Professores e Doutores Afonso Sena (de saudosa memória) e Luiz Júnior (atual Reitor), e o Pesquisador Valdenir Queiroz, que lutaram e mobilizaram as autori-dades locais para criação da Fapepi. Por último, gostaria de reforçar à comunidade científica do Piauí a necessidade imperiosa de continuarmos a luta pela destinação de um percentual das receitas líquidas próprias do Estado, para o desenvolvimento da C&T do Piauí

foi conduzido ao cargo de chefe do Executivo após cassação de Francisco de Assis de Moraes Sousa. Fátima Aquino exerceu o cargo até dezembro de 2002. Neste período, estiveram como Diretor Técnico-Científico José Joviniano e Maryneves Saraiva de A. L. Sousa.

Em 2003, com a eleição de Wellington Dias para o Governo do Estado, o Prof. Dr. Acácio Véras passou a exercer o cargo de diretor presidente da Fundação. Sendo a primeira vez que a FAPEPI foi

reconduzido ao cargo de presidente, fato este possível pela alteração sofrida na lei que instituiu a FAPEPI. Dentre outras alterações da lei, estão a de que o presidente da FAPEPI também passa a presidir o Conselho Superior da instituição e a que inclui ainda no conselho representantes das Faculdades Particulares, CEFET, Assembléia Legislativa e também representantes dos cursos de Pós-graduação stritu sensu das IES no Piauí. “Nesta nova era da FAPEPI, o apoio da comunidade científica tem

celebrado entre FAPEPI, Ministério da Educação (MEC/CAPES/SEMTEC) para financiamento de projetos de treinamento de professores do 2° grau de escolas públicas e privadas. Logo, outra ação inicial foi a proposta de implementação do projeto da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) no Estado, por meio do Ponto de Presença (POP/PI), visando a integrar através de rede de Internet, instituições de ensino e pesquisa.

Jônatas de Barros Nunes, reitor

na Internet, voltados para as áreas prioritárias do Ministério da Ciência e Tecnologia, assim como estimular o uso de veículos eletrônicos de comunicação pelas comunidades dessas áreas. Já o Pepita visava a viabilizar o desenvolvimento e à difusão de tecnologias apropriadas em conformidade com a realidade social, econômica, cultural e ambiental das regiões urbanas e do meio rural do Piauí, de modo a contribuir para a melhoria da qualidade de vida das populações.

Elmano Ferrer Primeiro Presidente da FAPEPI Antonio de Pádua Lima

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Maria de Fátima Aquino MatosValdionor Albuquerque Barros

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Frnacisco Santana - Reitor “Protempore” IFET-PI

A existência da FAPEPI é de fundamental importância para o desenvolvimento técnico científico e tecnológico do Piauí. Têm nos propor-cionado o acesso a bolsas de várias modalidades, como também a inserção de novos doutores aqui no Instituto Federal do Piauí. Outra ação importante é o Programa de Infra-Estrutura para Jovens Pesquisadores, onde os recém – doutores recebem um apoio financeiro para estruturar o seu ambiente de pesquisa.Parabéns a FAPEPI, parabéns ao Presidente da FAPEPI, Dr. Acácio Véras.

Constituído com o objetivo de adotar as providências necessárias à instalação da Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Piauí – FAPEPI, o Conselho Superior (CS) se reuniu pela primeira vez em 1° de março de 1994, na sede da Secretaria da Indústria, Comércio, Ciência e Tecnologia (SICCT), três meses após sancionada a Lei que a instituiu.

Esta reunião, coordenada por Joaquim Gomes da Costa Filho, teve como objetivo conhecer os termos da Lei, a partir da qual trataria da urgente criação do Estatuto e do Regimento Interno da FAPEPI, além de ter que indicar a lista tríplice para escolha do presidente do Conselho Técnico e Administrativo (CTA) a ser enviada ao governador da época, Antônio de Almendra Freitas Neto. Compuseram, então, a referida lista, Elmano de Almeida Ferrer, João Batista Lopes e Demócrito Chagas. Na segunda reunião do Conselho, 11 de março de 1994, foram nomeados aos cargos de presidente e vice do CS, respectivamente, Joaquim Gomes da C. Filho e Valdemir Queiroz Ribeiro.

Na quinta reunião do CS (17 de junho do mesmo ano) já havia sido nomeados os membros do CTA da FAPEPI: Elmano de Almeida Ferrer, presidente; Luiz de Sousa Santos Júnior, diretor técnico-científico; e Eleonora Sampaio, diretora administrativa-financeira. Como o presidente do CTA, conforme previsto na Lei N° 4.664, o diretor presidente Elmano de Almeida Ferrer foi o primeiro presidente nomeado para dirigir a Fundação.

No dia 28 de novembro de 1994, foi realizada solenidade de inauguração da sede oficial da Fundação, no andar térreo do Bloco ‘G’ do Centro Administrativo do Estado, na gestão do governador Guilherme Melo, tendo como secretário da SICCT, o empresário Jesus Elias Tajra Filho.

Em 1996, os empresários João Vicente Claudino e Paulo de Tarso assumem a presidência e a vice, respectivamente, do CS e a Fapepi passa a ser presidida por Maria de Fátima Aquino Matos, com Maria Dulce Silva no cargo de diretora técnico-científica, substituindo Luiz de Souza Santos Júnior, que renunciou.

Entre os anos de 1998 e 1999, presidiram o Conselho Superior (CS) José Medeiros de Noronha Pessoa e Carlos Alberto Teles de Sousa. O CTA permaneceu com Fátima Aquino até 1998, sendo substituída por Valdionor de Alburquerque Barros em 1999, este permanecendo até 2001. Reassumindo, neste mesmo ano, Fátima Aquino, de 1998 a 2002. Nos anos de 2000 até 2003 não existem registros nos arquivos da FAPEPI de reuniões do Conselho Superior.

O retorno das atividades deste Conselho se deu somente em 2003, quando da nomeação do Prof. Dr. Acácio Véras para

presidente interino da FAPEPI. Na primeira reunião que presidiu, foram indicados os nomes da lista tríplice para escolha do presidente e vice do CS: Jônathas Nunes, Walber Silva e Rômulo Vieira e para a escolha do presidente do CTA: Acácio Véras, José Machado Moita Neto e José Pimentel de Lima.

O prof. Dr. Jônathas e Walber Silva foram nomeados pelo governador Wellington Dias para presidente e vice-presidente do CS respectivamente, e para presidência do CTA, o Prof. Dr. Acácio Véras. Na reunião presidida pelo prof. Jônathas Nunes, foi apresentado o Plano de Trabalho da FAPEPI para anos seguintes; Na reunião seguinte (08/08), o presidente da Fapepi, Acácio Véras, informou sobre as primeiras ações de fomento à pesquisa do Estado do Piauí através da Fundação. Em parceria com o CNPq, a FAPEPI concedeu 80 bolsas para estudantes do 2º ano do ensino médio; executou o Programa Primeiros Projetos - PPP, que concede infra-estrutura a recém-doutores e estabelece apoio à capacitação científica e tecnológica do Piauí. A última reunião do ano (05/12), com a análise e aprovação do Balanço Financeiro do Exercício de 2002, houve discussão sobre alterações da Lei de criação da FAPEPI, Estatuto e Regimento Interno da mesma.

No ano de 2004, foram realizadas duas reuniões (05/03 e 28/05) sob a presidência do Dr. Jônathas Nunes. Na primeira, foi apresentado o projeto de lançamento do primeiro Informativo Científico do Piauí, o Sapiência. Acácio Véras também apresentou informações sobre o PPP, que concedeu financiamento de até R$10.000,00 para 33 projetos de pesquisadores doutores do Piauí e comunicou ter conseguido junto ao CNPq quase R$ 2 milhões para o Programa de Desenvolvimento Científico Regional - DCR. Na reunião seguinte foi feita análise e aprovação do Balanço financeiro de 2003. Ainda em 2004, o CS teve substituição de

representantes da Secretária de Fazenda e FIEPI, entrando Antônio Rodrigues de Sousa Neto e João Clímaco de Brito Costa, respectivamente.

No ano de 2005, a Lei de Instituição FAPEPI sofreu várias alterações, entre elas a de que o presidente do CS passou a ser o próprio presidente do Conselho Técnico Administrativo (CTA), ou seja, o presidente da FAPEPI. Os componentes do CTA passam a ser de livre nomeação do governador, sendo que o indicado deve ser de reconhecida idoneidade, notórias e comprovadas capacidades e experiências profissionais em áreas correlatas às suas funções. Ainda fez parte do pacote de alteração da lei à inclusão no seu CS de representantes de importantes instituições como IFET/PI (antigo CEFET), Faculdades Particulares, Assembléia Legislativa e os cursos institucionais de mestrado e doutorado da UFPI.

No ano de 2006, o CS voltou a reunir-se normalmente em duas oportunidades, nos

SECRETÁRIOS DE ESTADO: Antônio Rodrigues de Sousa Neto, Merlong Solano Nogueira, Sérgio Gonçalves de Miranda, Jônathas de Barros Nunes, Walber José da Silva, Ulysses Gonçalves de Miranda, Joaquim Gomes da Costa Filho, Carlos Alberto L. Fonteles, Jesus Tajra Filho, José Amaro de Freitas Melo, , Paulo de Tarso Moraes Souza, José Medeiros de Noronha Pessoa e João Vicente Claudino.

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA: Olavo Rebelo e João de Deus.

CEPRO: Marcelino de Oliveira Fonteles, Oscar de Barros Sousa, Maria de Fátima Aquino Matos, Rosário de Fátima Freire Bacelar e Aloísio Pires Rebelo Gayoso Freitas.

EMATER: F ranc i sco Guedes Alcoforado Filho, Adalberto Pereira de Sousa e José Joviniano Lopes.

UESPI: Francisca Lúcia de Lima, Carlos Alberto Pereira da Silva e Rosa Maria Auxiliadora Moreira Santos.

UFPI: Maria Acelina Martins de

CONSELHEIROS DESDE 1994Carvalho, Francisco Ferreira Barbosa Filho, Rômulo José Vieira, José Machado Moita Neto, Helder Nunes da Cunha, Luiz de Sousa Santos Júnior e Luiz Botelho Albuquerque.

EMBRAPA: Valdemício Ferreira de Sousa, Hoston Tomás Santos do Nascimento, Maria Pinheiro Fernandes Corrêa, Francisco Rodrigues Freire Filho, Maria do Perpétuo Socorro Cortez Bona do Nascimento e Valdenir Queiroz Ribeiro.

CEFET: Ana Amélia de C. Melo Cavalcante

SBPC: José Augusto Carvalho Mendes Sobrinho e Maria da Conceição Soares Meneses Lage.

FIEPI: João Clímaco de Brito Costa e Francisco de Sousa Neto.

Representante das Faculdades Particulares do Piauí: Cristina Maria Miranda de Sousa.

Representante dos Cursos de Pós-Graduação da UFPI: Maria do Rosário de Fátima e Silva.

Trajetória histórica do Conselho Superior da FAPEPImeses de maio e dezembro. Em ambas, a pauta era centrada na apresentação detalhada dos investimentos em bolsas e projetos de pesquisas, além dos itens obrigatórios como: Análise do Relatório Anual de Atividades da FAPEPI 2005; Plano Anual de Atividades da FAPEPI para 2007 e Análise e aprovação das propostas Orçamentárias de Exercício de 2007.

Em 2007, o CS teve novamente dificuldades para realizar suas reuniões, isto em função da nova reforma administrativa do Estado e de mudanças de conselheiros: Maria Acelina Martins de Carvalho – representante da UFPI, Francisca Lúcia de Lima – representante da UESPI, Francisco Guedes Alcoforado Filho – representante do EMATER e Valério José de Carvalho – Secretário de Desenvolvimento Econômico e Tecnológico.

Em 2008, o CS reuniu-se em duas oportunidades: em 07 de agosto e 04 de dezembro. Nestas reuniões, seu presidente Dr. Acácio Véras explanou sobre a evolução da FAPEPI com relação aos aportes financeiros que foram alocados pelo Estado e implementados nos diversos programas da FAPEPI. Informou sobre a disposição do governador Wellington Dias de aprovar a lei que dispõe sobre a criação do Quadro de Pessoal Próprio e do Plano Carreira, Cargos e Salário da FAPEPI e contratação de até 10 Analistas em Ciência e Tecnologia, como também, a mudança da FAPEPI para sua sede definitiva, que será localizada no bairro Piçarra, no antigo prédio do BEP (Banco do Estado do Piauí), tudo isso com o objetivo de atender as demandas crescentes necessárias ao acompanhamento dos projetos da FAPEPI. O Presidente do CS informou ainda sobre a recente criação do Fundo de Pesquisa Técnico-Científico do Estado do PI – FUNDES, através da Lei nº 5.790, de 19 de agosto de 2008.

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Atual sede da FAPEPI inaugurada em 1994

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O Conselho Superior da FAPEPI estabelece prioridades para 2009O Conselho Superior da

FAPEPI reuniu-se pela última vez no ano de 2008, em 04 de dezembro, para avaliar e aprovar o Plano de Atividades que a Fundação deverá implementar em 2009, incluindo os programas, projetos, além de outras ações necessárias ao desenvolvimento da pesquisa científica e ao Estado do Piauí. São estimados R$ 6 milhões que serão destinados pelo governador Wellington Dias para a execução do referido plano.

Este Conselho é formado pelo secretário da Fazenda Antônio Neto; Secretário do Planejamento, Sérgio Miranda e o Secretário do Desenvolvimento Econômico e Tecnológico, Valério José de Carvalho; com também, por representantes de órgãos e instituições como a EMATER – Francisco Guedes, CEPRO - Oscar de Barros , UFPI - Maria Acelina, UESPI – Francisca Lúcia, CEFET – Ana Amélia, EMBRAPA - Valdemício Sousa, FIEPI - João Clímaco,

FACULDADES PRIVADAS - Cristina Miranda, CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO STRITO SENSU – Maria do Rosário, SBPC-PI - Washington Bomfim e ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA - Dep. João de Deus de Sousa e é presidido pelo presidente da Fapepi Acácio Véras.

E m 2 0 0 9 , a FA P E P I investirá, por determinação do Conselho, no mínimo, R$ 2,5 milhões em bolsas de capacitação, entre elas, bolsas de Iniciação Científica, Mestrado e Doutorado. Outra importante decisão foi a de ampliar o incentivo às pesquisas científicas através dos programas: Apoio a Núcleo de Excelência–PRONEX; Pesquisa para o SUS–PPSUS; Desenvolvimento Científ ico Regional–DCR; Fluxo Contínuo e o Programa de Expansão do Atendimento à Pós-Graduação.

Teve como novidade a definição de investir em programas que visam a estimular a pesquisa nas empresas, objetivando o

desenvolvimento de produtos/serviços – são eles: Pesquisadores nas Empresas – RHAE; Apoio à Pesquisa em Empresas – PAPPE e o Programa Extensão Industrial Exportadora – PEIEX. Ainda ficaram garantidos os auxílios para organização de reunião científica, à participação em evento científico e para publicação científica.

Considerando o orçamento previsto pela FAPEPI comparado ao que está previsto na legislação e ao que investe as FAPs de

estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia, os recursos são ainda modestos, mas, por outro lado, considerando a realidade de FAPs de estados com nível de desenvolvimento semelhante ou próximo do Piauí e, mais os recursos anteriores, há um crescimento significativo o que, sem dúvida, significa que a FAPEPI conquista aos poucos o reconhecimento de sua importância, no cenário da nova realidade de desenvolvimento do Estado do Piauí.

LIVROS

Autores: Agenor Martins, Edilson Ferneda e Francisco MartinsR$: 30,00237 páginas [email protected] O livro expressa uma visão fractal e autopoética dessa capacidade de adquirir inteligência pelo aprender e que perpassa tanto o nível individual, organizacional, empresarial e ainda coletivo das sociedades (o nicho fractal). Os autores objetivam a compreensão dessa inteligência organizacional como sendo o acesso no setor empresarial, das capacidades de ‘sensoriar’ ambientes, de criar significados organizacionais e de conduzir o “fazer empresarial” com conhecimentos.

VESTIBULAR: Saúde de Corpo e Mente!

Autora: Márcia AraújoR$: 25,00111 páginas [email protected] Este livro é destinado especialmente à vestibulandos que se preocupam apenas com o preparo mental e deixam de lado o preparo físico. Durante as prova de vestibular, o candidato está sendo exposto a um enorme desgaste físico, são horas e horas sentado numa cadeira, muita vezes desconfortável e sujeito a diversos fatores que mostra quanta diferença faz a aqueles que estão fisicamente preparados. O livro trás dicas de exercícios e alimentação adequada ao vestibulando, sem dúvida uma leitura agradável e importante.

Iniciação ao estudo dos Direitos Humanos

Autora: Alci Borges (Org.); Chagas Rodrigues e Edilsom FariasR$: 25,00247 páginas [email protected] Trata-se de uma obra indispensável a todos os operadores do Direito e também a toda população que deve ser esclarecida sobre o que vem a ser Direitos Humanos e como deve ser sua aplicação. Mostra-se um instrumento de enorme valor, quando podemos observar todo histórico dos Direitos Humanos, desde sua origem até a sua condição na atualidade, passando através de sua fundamentação filosófica e jurídica. Sem dúvida, um livro que deve ser posto em prática nas relações entre os pares da sociedade.

Idéia, Ideais e Sentimentos

Autora: Rosângela SousaR$: 20,00200 páginas [email protected] O livro constitui uma coletânea de artigos escritos por Rosângela Souza. São artigos dos anos 90 até o ano de 2008, abordando diferentes nuances da luta social e engajamento na militância social. A obra em questão nos leva a uma postura critica sobre nossa atuação como agente modificador no organismo social em que vivemos. Um livro de leitura prazerosa, que faz com que vejamos a importância de nossos atos para modificação e contribuição na construção de uma sociedade que realmente preze pelo lado social.

Matéria Orgânica e Organismo do Solo

Autores: Ademir Sérgio Ferreira de Araújo; Luiz Fernando Carvalho Leite; Luís Alfredo Pinheiro Leal Nunes e Romero Francisco Vieira Carneiro.R$ 30,00222 pá[email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]

Trata-se de um livro importante para a comunidade acadêmica vinculada à agronomia e áreas afins, dirigido aos que estão interessados em consolidar a idéia de agricultura dinâmica e competitiva. É uma obra que aborda processos relacionados à interferência da matéria orgânica nos aspectos químicos, físicos e biológicos do solo; interação entre microorganismos, entre outros.

Inteligência das Organizações: a organização das Inteligências

Uso de Álcool e outras drogas na adolescência em Teresina/Piauí

Autora: Lúcia Cristina dos Santos Rosa (coordenadora)R$ 20,00166 pá[email protected] / [email protected]

O livro traz o resultado de um estudo avaliativo dos fatores de risco para o uso de álcool e outras drogas na adolescência. Os principais sujeitos da pesquisa foram os coordenadores dos serviços na área de saúde e assistência e as pessoas em tratamento ou cumprimento de medida sócio-educativa. A obra aponta para o fato de cada vez mais, precocemente, crianças e adolescentes estão iniciando a experimentação de substâncias psicoativas.

Conselho Superior define programas e projetos da FAPEPI para 2009

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O Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa – CONFAP é uma organização sem fins lucrativos, que objetiva articular os interesses das Fundações estaduais de fomento à pesquisa. O conselho agrega todas as Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa – FAP’s do Brasil, sendo a mais recente, com atividades iniciadas em 2008, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Pará – FAPESPA. Para completar esse quadro, restam apenas os Estados de Rondônia, Roraima, Amapá e Tocantins criarem as suas fundações.

O presidente do Conselho, Odenildo Sena, que também é presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas – FAPEAM parabenizou a FAPEPI pela passagem de seus 15 anos e afirmou que o Prof. Dr. Acácio Véras foi um dos que trabalhou para a criação e estruturação do Conselho e tem um visível compromisso com o avanço da Ciência e Tecnologia – C&T no Estado do Piauí e do Brasil. “Esse compromisso é revelado pela dedicação e competência com que ele administra a Fundação. Ainda que com recursos aquém do desejável, o que se vê nas ações da Fundação é uma enorme ousadia. E quem ganha com isso são os pesquisadores, estudantes e o Estado do Piauí”, considera o p res iden te do CONFAP.

Sena também reconhece que a criação do Conselho veio em boa hora e a f i r m o u q u e com ele todas as FAPs passaram a desenvolver ações p o l í t i c a s m a i s articuladas com o Ministério de Ciência e Tecnologia – MCT e as agências federais de fomento. Isto não só fortaleceu as fundações como também abriu e continua abrindo caminho para uma descentralização mais efetiva dos investimentos em C&T. “Outro resultado

visível dessa articulação do CONFAP está na ampliação das parcerias entre o Governo Federal e os estados na administração de um grande número de programas. Sei que ainda não é o desejável, mas não se pode negar que avançamos muito nesses dois últimos

anos”.“ P e n s o q u e

o n o s s o r e c e n t e f ó r u m ( o c o r r i d o em novembro, em Brasília-DF) foi um marco, pelo menos na minha perspectiva, muito significativo. O discurso do Ministro Sérgio Resende foi uma demonstração e x p l í c i t a d e reconhecimento do papel impor tante q u e a s F A P s desempenham no s i s t ema nac iona l de C&T. Eu nunca tinha presenciado

tantas e elogiosas referências ao CONFAP e às fundações estaduais de amparo à pesquisa. Naturalmente, isso não acontece por acaso. Deveu-se, sobretudo, ao espírito de união dos

presidentes de FAPs e ao efetivo trabalho que cada um vem desenvolvendo à frente de sua instituição, como é o caso do Piauí”.

Odenildo Sena afirmou que a consolidação da existência de uma fundação de amparo à pesquisa, a exemplo da FAPEPI, que é nova, e da instituição que ele dirije, a FAPEAM, que só tem cinco anos, exige que se construa uma cumplicidade muito grande que vai além da academia e dos institutos de pesquisa.

“É preciso que a sociedade entenda o importante e revolucionário

papel de uma FAP, que tenha ciência e compreensão de que os recursos ali investidos têm retorno certo à comunidade. Ao lado disso, é preciso ainda motivar a sociedade e o cidadão comum a se darem conta de que a ciência faz parte de seu dia-a-dia, e que ela não tem outro fim senão estar voltada para o bem-estar e a qualidade de vida do cidadão em todos os sentidos. Essa é a minha mensagem, extensiva a todas as FAPs.”

O caminho, segundo Sena, está razoavelmente pavimentado entre as fundações de amparo à pesquisa e o governo federal. “Não há dúvida de que os investimentos em regiões até então menos privilegiadas, como o Nordeste, o Norte e o Centro-Oeste, aumentaram nos últimos anos. Mas é preciso que essa atenção do governo federal se amplie mais ainda, uma vez que até a tão pouco tempo pensava-se o Brasil como restrito às regiões Sul e Sudeste. Hoje, eu acredito, tem-se uma melhor compreensão de que investir no crescimento das outras regiões é uma questão de soberania nacional. Particularmente, tomando como referência os anos de governo do presidente Lula, estou bastante otimista com a ciência no Brasil. O mais paradoxal é saber que precisamos contar com um ex-metalúrgico na Presidência da República para que, com enorme sensibilidade, ampliasse significativamente os investimentos em C&T no país”.

CONFAP amplia ações políticas e fortalece as FAPs

Outro resultado visível dessa articulação do

CONFAP está na ampli-ação das parcerias entre o Governo Federal e os

Estados na administração de um grande número de programas. Sei que ainda

não é o desejável, mas não se pode negar que

avançamos muito nesses dois últimos anos

Valério Carvalho - Deputado Estadual e Secretário do Desenvolvimento Econômico e Tecnológico

Por entender que um estado não se desenvolve sem investimento em pesquisa e inovação tecnológica, é que nos atemos da im-portância da FAPEPI que completa 15 anos.

Odenildo Sena, presidente do CONFAP

Odenildo Sena assina convênios no CNPq

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“Ciência, tecnologia e inovação significam riqueza e prosperidade”, disse Mário Neto Borges

a algum órgão, ele pode se candidatar à bolsa. Este é um incentivo muito grande não só para melhorar o desempenho como pesquisador, mas também para aumentar a condição salarial do servidor do Estado e fixá-lo. Se não oferecer uma boa recompensa pelo seu esforço junto à pesquisa, ele acaba indo para outro estado, levar sua bagagem e conhecimento. Então acho que a FAPEPI poderia pensar numa forma de incentivo junto aos pesquisadores do Piauí, até mesmo para evitar que se reduza a massa crítica de cientistas locais”.

Mário Neto Borges, que assumiu recentemente a presidência Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG), foi o convidado pela FAPEPI para ministrar palestra comemorativa na solenidade dos 15 anos, no Cine Teatro da Assembléia Legislativa do Piauí, no dia 11 de dezembro de 2008.

Em sua palestra, ele disse que é importante o entendimento de que ciência, tecnologia e inovação (CT&I) são sinônimos de riqueza e prosperidade para os estados brasileiros e que países que investem adequadamente nesses setores estão se desenvolvendo e gerando riquezas. “Vários países do mundo que tinham, até vinte anos atrás, situação parecida ou pior que a do Brasil, hoje estão apontando como países de primeiro mundo porque passaram a investir em desenvolvimento de ciência e tecnologia”. O segundo aspecto, a FAP de qualquer estado tem um papel fundamental nessa caminhada rumo ao desenvolvimento.”

“A FAPEPI não está começando. Ela já está com 15 anos e tem um papel extremamente relevante para a ciência do Piauí. Seus recursos ainda não são os desejáveis, mas o exemplo da FAPEMIG poderia ser seguido. Até seis anos atrás, éramos apenas uma entidade. Hoje ela se transformou numa agência de desenvolvimento do Estado, através de investimentos significativos e direcionados à ciência e tecnologia”.

Para se te r uma idé ia do crescimento da fundação mineira, no ano de 2007 os recursos utilizados para fomento à pesquisa foram de R$ 170 milhões. Somente em 2008, o orçamento quase que duplicou: R$ 230 milhões.

Para o palestrante, o Conselho Nacional dos Presidentes das Fundações de Amparo à Pesquisa (CONFAP), que vem agregando, desde 2007, FAPs dos 23 Estados tem permitido uma integração das atividades que cada fundação direciona. “Elas estão se integrando e esta troca está trazendo um reforço importante para cada uma delas. A FAPEPI cresceu nos últimos dois anos com essa nova visão, que foi acatada pelos seus gestores. A situação do Piauí é difícil, economicamente, mas tem a oportunidade de usar a Fundação como uma agência de desenvolvimento. Isso vai trazer retorno para o Piauí, com certeza”, analisa.

“O Governo Federal e os estados melhoraram através do conjunto das

Fundações de Amparo à Pesquisa; mas nós precisamos melhorar muito ainda, porque hoje ciência, tecnologia e inovação são elementos de velocidade muita alta. Os países de primeiro mundo crescem rapidamente e investem somas significativas em CT&I. Então nós estamos melhorando, mas precisamos melhorar ainda para chegar no padrão internacional de competitividade”, considera Borges.

O palestrante afirmou que a Lei de Inovação tecnológica trará, de fato, o incentivo aos pesquisadores de saírem do ambiente puramente acadêmico, que é importante e não pode ser deixado de lado nunca, mas olhar para um outro lado, o da aplicação de suas pesquisas, que são de interesse de cada estado. Ele aifrmou que o Brasil possui hoje 2% do conhecimento produzido mundialmente, porém é muito fraco em produtos. “A Lei é uma novidade e os estados que ainda não fizeram suas leis de inovação estaduais precisam fazer, porque só a lei federal não é suficiente para criar o ambiente. Lá em Minas Gerais, já temos a lei estadual de inovação tecnológica e junto com ela temos um fundo de incentivo à inovação tecnológica. O que a gente tem mostrado nos outros estados que existe a necessidade de se fazer isso. Tem que correr mais”.

“O CONFAP foi fundamental para cada FAP individualmente e para o país como um todo. Essas 23 FAPs hoje têm uma soma de recursos que ultrapassa o orçamento do CNPq. O Conselho traz dois resultados significativos: primeiro essa integração entre as FAPs, cada uma buscando o que há de melhor na outra para crescer, adquirir e simplificar procedimentos. O outro é que temos uma força muito grande junto às agências federais: ao MCT, ao MEC, ao CNPq, à FINEP para trazermos aos estados os recursos necessários junto com os nossos estados. Não estamos pedindo dinheiro, estamos oferecendo contrapartida para os recursos federais, para somar esforços e, com isso, acelerar esse crescimento que o país tanto precisa”.

O atual presidente da FAPEMIG disse que um dos programas inovadores daquela fundação é o Programa Bolsa de Incentivo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Tecnológico do Estado, exclusiva para servidores do Estado de Minas Gerais, que sejam dedicados à ciência, tecnologia e inovação. “Se um pesquisador tiver aprovado um projeto de pesquisa junto

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João Batista Lopes - Diretor do Centro de Ciência Agrárias da UFPI

O número de pesquisadores no nosso Estado tem crescido quase exponencialmente nos últimos tempos. Com este crescimento, proporcionalmente, cresce a demanda de recursos, tanto para custeio como para infra-estrutura. Neste contexto, a comunidade científica sonha com a consolidação da FAPEPI, para que possamos contribuir de forma mais efetiva com a solução dos gargalos que entravam o pleno desenvolvimento de diversos setores do cotidiano do Piauí.

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de não desenvolverem atividades de pesquisa e ensino, irão colaborar na manutenção e operação da infra-estrutura do anel de fibra óptica. “Como exemplo temos a Cepisa (Companhia de Energia do Piauí SA). Portanto, essa rede vai existir para oferecer uma integração das instituições de ensino e pesquisa do Piauí e outras mais com a comunidade acadêmica do país e do exterior, proporcionado conhecimento e tecnologia a todo o Estado”.

Há mais de 10 anos gerenciando a Internet acadêmica nacional, a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) criou a Escola Superior de Redes – ESR (www.esr.rnp.br) com o objetivo de disseminar o conhecimento em tecnologias da informação e comunicação para todo o país. Os cursos são de curta duração e voltados a profissionais e estudantes que desejam estar preparados para enfrentar o mercado.

A Escola Superior de Redes planeja estar presente em vários estados do território nacional. No momento são cinco as unidades da Escola: Brasília, Cuiabá, João Pessoa, Rio de Janeiro e Porto Alegre.

A FAPEPI, reconhecendo a necessidade de formação de recursos humanos em TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação) no Estadoe por abrigar o PoP-PI/RNP, iniciou as negociações para trazer para o Piauí uma unidade da Escola Superior de Redes. Toda a infra-estrutura necessária para a escola já está praticamente disponível como salas, auditório e um laboratório moderno de informática, obtido em parceria com a Agência de Tecnologia da Informação (ATI).

A formação é prática, com cursos de aproximadamente 40 horas e elaborados por especialistas em Tecnologia da Informação e Comunicação. As atividades em laboratório são criadas para refletir as situações, problemas e desafios encontrados no dia-a-dia do profissional de redes.

Essa nova unidade instalada na FAPEPI proporcionará uma capacitação não só para os alunos e profissionais do Estado, mas também para os Estados vizinhos como Maranhão, Ceará e Pará.

FAPEPI abriga a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa no Piauí

que garantem o funcionamento por um período maior dos equipamentos na falta de energia.

Atualmente, a rede conecta milhares de alunos do Estado, além de órgãos do Governo. No total, são 11 cidades no interior – Parnaíba, Piripiri, Campo Maior, Floriano, Picos, Oeiras, São Raimundo Nonato, Bom Jesus, Correntes, Altos, Luzilândia e a capital Teresina. A iniciativa principal da rede é o Projeto Infovias, que busca levar a Internet ao interior do Estado. O projeto é realizado em parceria com a Universidade Estadual do Piauí (UESPI), que abriga os pontos de presença em seus campi.

A FAPEPI juntamente com a UFPI, UESPI, EMBRAPA e CEFET-PI coordenam o p ro je to Rede Comunitária de Educação e Pesquisa

Desde o seu surgimento, em 1996, a FAPEPI gerencia o ponto de presença da Rede Nacional de

Ensino e Pesquisa – RNP (www.rnp.br) no Piauí, o PoP-PI. Na época do seu surgimento, o PoP-PI (www.pop-pi.rnp.br) operava a uma velocidade de 64 Kbps e estava interligado ao backbone da RNP pelo ponto de presença no Ceará (PoP-CE). Atualmente está conectado através do PoP-RJ, com um link de 34 Mbps e um consumo médio de 90% da banda.

O objetivo do Ponto de Presença é oferecer uma infra-estrutura para compartilhamento de um canal de conexão, proporcionando acesso gratuito à Internet e às redes acadêmicas internacionais às instituições de ensino e/ou pesquisa, órgãos do governo, bem como entidades privadas do Estado do Piauí. A Universidade Federal do Piauí, a Universidade Estadual do Piauí, o Centro Federal de Educação Tecnológica do Piauí (CEFET), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), a Sociedade Piauiense de Combate ao Câncer, o Hospital São Marcos são algumas instituições que usufruem do sistema.

Vários profissionais gabaritados, coordenado por Nathan Saraiva, realizam o gerenciamento do PoP-PI na FAPEPI. Sua estrutura organizacional dispõe de uma coordenadora administrativa, Francisca Aguiar, um coordenador técnico, bolsistas que desenvolvem projetos de pesquisa e os técnicos de operação e manutenção do PoP, que garantem a operacionalidade adequada de toda estrutura física (hardware) e lógica (software) da rede. O PoP-PI possui uma sala de telecomunicações onde estão dispostos todos os equipamentos de rede, um laboratório de informática e um auditório.

A rede do PoP tem hoje 6 (seis) roteadores que interligam várias instituições, 4 (quatro) Switchs que viabilizam a troca de informações com ma io r ag i l i dade , 6 ( s e i s ) servidores sendo eles: Web, E-mail, Firewall, DHCP, DNS (primário e secundár io ) , P roxy, se rv idor de gerência, servidor de testes e servidor de vídeo sob demanda, todos rodando em plataforma Unix e Linux. Tem também, um nobreak de 10 Kva, mais um módulo de baterias

– REDECOMEP no Piauí, que tem como objetivo implementar redes de alta velocidade na região metropolitana de Teresina. O modelo adotado baseia-se na implantação de uma infra-estrutura de fibras ópticas própria, voltada para as instituições de pesquisa e educação superior e na formação de consórcios entre as instituições participantes de forma a assegurar sua auto-sustentação.

N o P i a u í , o p r o j e t o d a REDECOMEP é denominado Rede Poti e irá propiciar o desenvolvimento de pesquisa e ensino nas instituições participantes como as universidades, faculdades, hospitais, instituições de pesquisa em recursos minerais e agropecuária, artesanato e outras. Com esta abrangência, a proposta é atender as vocações da região metropolitana de Teresina, focando os arranjos produtivos locais e o desenvolvimento tecnológico.

O presidente da FAPEPI, Acácio Véras, informou que outras instituições participarão do consórcio, que, apesar

Mapa demonstrativo das conexões (backbone) da RNP, que beneficiam com internet

gratuita, as instituições de ensino e/ou pesquisa públicas do Brasil.

Rede Poti

Curso Superior em Rede

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Antônio José Medeiros (Deputado Federal e Secretário de Educação do Estado do Piauí)A FAPEPI desempenha no Piauí um papel muito importante que é incentivar a pesquisa e motivar os pesquisadores a trabalharem dentro das necessidades sociais e culturais do Estado. Mas uma Fundação de Amparo à Pesquisa tem uma dimensão educativa inquestionável. O nosso Estado e o nosso país precisam incentivar a iniciação científica. Uma fundação de apoio à pesquisa não pode trabalhar somente com pesquisadores já formados, ela tem que se preocupar com a formação de novos pesquisadores. E neste sentido tem sido muito fecunda a cooperação entre SEDUC e a FAPEPI. Nós queremos aprofundar essa cooperação. Inclusive são diretrizes do Plano de Desenvolvimento da Educação - PDE o reforço à iniciação científica, e permitir um diálogo maior entre educação, ciência e tecnologia.