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REVISTA MULTIDISCIPLINAR DA UNIESP
SABER ACADÊMICO - n º 07 - Jun. 2009/ ISSN 1980-5950
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GLOBALIZAÇÃO E MEIO AMBIENTE: DIALÉTICA DA
RELAÇÃO ENTRE SOCIEDADE MODERNA E NATUREZA
CAVALCANTE, Márcio Balbino1
CAVALCANTE, Mário Balbino2
Resumo: O principal objetivo do presente trabalho é abordar a questão da Globalização,assunto tão discutido nos dias atuais, e as conseqüentes implicações na dialética darelação entre a Sociedade Moderna e a Natureza, movimento predatório e que trazconsigo grandes preocupações aos organismos ambientais devido as grandes catástrofes
já vivenciadas e as possíveis para um futuro próximo, acompanhando o ritmo aceleradoe não sustentável em que o homem explora os recursos necessários a sobrevivência e aprodução de mais-valia. Para tanto, será necessário contextualizar o momento históricoem que vivemos, chamado de era da globalização e Meio Técnico-Científico-Informacional de acordo com Santos (2000) e outros autores, objetivando assim,demonstrar a relação existente entre o desenvolvimento tecnológico e a degradação
ambiental no mundo atual. O presente trabalho é muito relevante visto que se trata deuma realidade vivenciada atualmente, sendo a sociedade a mais prejudicada nessadialética, os grandes problemas globais que são frutos dessa exploração indiscriminadaserão apontados na conclusão do mesmo.
Palavras-chave: Globalização – Meio Ambiente - Sociedade Moderna
Abstract: The main objective of this work is addressing the issue of globalization,discussed topic today, and the consequent implications for the dialectic of therelationship between modern society and nature, and that predatory movement bringsgreat concern to environmental bodies due to major disasters already experienced and
the potential for the near future, following the rapid and unsustainable pace in whichman exploits the resources needed for survival and production of added value. It isnecessary to contextualize the historical moment in which we live, called the era of globalization and Medium Technical-Scientific-Informational according to Santos(2000) and other authors, thus aiming to demonstrate the link between technologicaldevelopment and environmental degradation in today's world. This work is veryimportant because it is a reality experienced today, the company is the most impaired indialectics, the big global problems are the result of indiscriminate exploitation are foundin the completion.
Key-words: Globalization – Environmental – Modern Society.
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1. INTRODUÇÃO
Com base em uma vasta literatura, pretendemos trazer através do presente
trabalho, uma reflexão acerca da globalização tal como ela é na atualidade e sua gênese
em uma perspectiva histórico-geográfica, buscando entender as dinâmicas sócio-
ambientais no espaço geográfico na atualidade.
O homem, ao longo de sua história, enquanto um ser social, busca na natureza as
suas necessidades de sobrevivência, como a sociedade está sempre em processo de
mudança de hábitos em momentos históricos distintos, ela estará sempre construindo o
espaço e ao mesmo tempo, sendo construída por ele, em uma relação que muitas vezesnão é harmoniosa, principalmente, em tempos em que o consumo é o ópio e muitas
necessidades são inventadas pelos grandes grupos hegemônicos, as grandes corporações
capitalistas, a fim de que o mercado e os lucros cresçam cada vez mais, num processo
em que a dinâmica natural do ambiente não consegue suportar, surgindo assim, os
vários problemas ambientais da atualidade.
Este trabalho não vem encerrar o assunto em pauta, visto que este é bastante
amplo e traz um leque muito grande de discussões em vários aspectos, assim, buscamostrazer reflexões úteis a sociedade, buscando em todo momento estimular o pensamento
crítico e a capacidade de apreender uma determinada realidade, muitas vezes escondida
ao olhar em sua forma física.
Num primeiro momento, será abordado o tema da globalização, algo
fundamental para posteriores explanações acerca da crescente degradação ambiental, o
que constitui um fenômeno global e de grande preocupação das autoridades mundiais
comprometidas com o bem estar da humanidade, por último, serão apresentados osgrandes problemas ambientais globais e os malefícios causados para a sociedade, bem
como, a possibilidade de uma outra globalização a partir da conscientização da
sociedade na importância da busca por um mundo melhor, para tanto, é fundamentado
em uma sólida base teórica em uma bibliografia humana e comprometida com a
realidade.
O presente trabalho busca abordar o tema, em consonância com a importância do
cunho social de todo e qualquer conhecimento científico, perdendo o seu valor se não
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trouxer benefícios para a sociedade, uma existência inútil, é nessa perspectiva que
procuramos trabalhar o tema proposto.
2. CAPITALISMO E MEIO AMBIENTE – PERSPECTIVA HISTÓRICA
Para compreendermos o atual momento histórico em que vivemos, se faz
necessária, uma abordagem histórica acerca das formações sociais e os sistemas
econômicos existentes no passado até chegarmos à era globalizada na qual será focada
na análise do presente trabalho.
Segundo historiadores, o comunismo primitivo foi à primeira formação social
da história, os homens se reuniam em pequenos grupos e dividiam entre si os frutos e os
animais encontrados, como instrumentos de trabalho eram utilizados restos de animais e
rochas oferecidos pela natureza e posteriormente aprendeu a fabricar instrumentos de
rochas e descobriu que batendo uma rocha em outra saiam lascas que poderiam ser
utilizadas como objetos cortantes (AQUINO, 2005).
A partir da descoberta do fogo, tendo como matéria-prima ramos e folhas, o
homem esteve mais seguro, pois assim poderia afastar os animais ferozes e aquecerem-
se nos dias frios, esse período é chamado de Paleolítico ou idade da pedra lascada que
se inicia à aproximadamente 2,7 milhões de anos e vai até 1.000 a. C.. De
aproximadamente 4.000 a. C., até 1.000 a. C. acontece a revolução neolítica onde o
homem aprende a agricultura e não depende mais da coleta, mas passa a produzir seu
próprio sustento, com essa fixação vem abrir caminho para a organização de estruturas
sociais e políticas cada vez maiores e mais complexas às margens de grandes rios
(CAVALCANTE, 2009).
Ao final desse período começa o uso dos metais onde se fabricava armas e
outros utensílios úteis, sem podermos precisar essas datas, estima-se que o bronze foi
utilizado à partir de 4.000 a.C. alcançando a Europa e o mundo mediterrâneo cerca de
2.000 anos depois.
Continuando essa história-existência da humanidade quero citar o “Modo de
Produção Asiático” que consistia em um sistema econômico onde o meio de produção, a
terra, pertence ao Estado, e este como gerenciador e administrador da produção do
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excedente permite a utilização da terra em troca de tributos, (trabalho ou produto), essa
relação de produção é baseada na servidão coletiva (GUERRA, 2007).
Surgem os Modos de Produção Escravista, onde a princípio não era o negreiro, e
sim onde se adquiria escravos à partir de guerras e de dívidas, o Modo de Produção
Feudal, que era essencialmente agrário, sendo a terra a principal fonte de riquezas. Era
um sistema comunitário de cultivo que não buscava a renovação das técnicas, pois
qualquer inovação dependia da aprovação da comunidade aldeã, que, por conseguinte
gerava uma estagnação técnica (AQUINO, 2005).
A produção econômica concentrava no feudo ou senhoria rural pertencente à um
senhor feudal leigo ou eclesiástico. Nele, a produção destinava-se à subsistência e
buscava uma auto-suficiência do grupo por isso havia outras atividades além das
agrícolas como a criação, a indústria caseira e o comercio local onde era restrita a
circulação ainda a unidade territorial e político-jurídica da sociedade feudal. A
concessão de terras aos camponeses implicava a obrigação de prestar serviços e de dar
ao senhor, parte da produção (GUERRA, 2007).
A partir do Século XI a Europa entrou numa fase de estabilidade que resultou no
renascimento da atividade econômica devido à expansão das áreas produtivas, o
emprego de novas técnicas na produção transformaram a vida econômica européia
passando à produzir mais com menos trabalho, o camponês se tornou mais forte e
resistente fazendo diminuir a taxa de mortalidade. A princípio, a atividade comercial era
exercida dentro dos feudos. Pouco a pouco, porém, a circulação de riquezas foi
aumentando, tornando-se necessário o reaparecimento das moedas para facilitar as
trocas. Com tudo isso, conseguiam não só a renda pela posse da terra, mas acumular
riquezas, modificando completamente a noção de riqueza existente até então, assim, aolongo dos séculos X, XI e XII, apesar do feudalismo permanecer como sistema
dominante já se vê os traços de uma nova ordem (AQUINO, 2005).
No decorrer da história, com vários pontos favoráveis como a monetarização e o
desenvolvimento do comércio e mais adiante com o intenso desenvolvimento das
técnicas e a Revolução Industrial no século XVIII o Sistema Capitalista surge como um
sistema de apropriação da mais-valia tendo uma distinção entre os burgueses e o
proletariado sendo os donos dos meios de trabalho e os trabalhadores que vendem a suaforça de trabalho, assim no século XIX e primeira metade do século XX ele se estrutura
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e consolida como sistema dominante frente ao socialismo que era um grande opositor
(SANTOS, 1997)
3. A DIALÉTICA DA RELAÇÃO ENTRE SOCIEDADE MODERNA ENATUREZA
No tempo contemporâneo, segundo Santos (2000), percebemos o massacre da
Globalização que analisaremos posteriormente e o Neoliberalismo que consiste em uma
doutrina em que prega-se a liberdade de mercado, sem a intervenção do Estado, a
privatização, onde o Estado passa a ser apenas um zelador, um criador de leis queraramente são cumpridas pela sociedade, não sendo dono da produção que se concentra
nas mãos de poucos e muitos são “coisificados” e transformados em um mero objeto de
trabalho.
Para o desenvolvimento e manutenção desse novo sistema ainda mais perverso e
excludente era necessário que o abismo em uma sociedade de classes se tornasse ainda
maior entre os burgueses e os proletários, isso devido à necessária espoliação e
produção de mais-valia para a manutenção de tal sistema, aumentando a riqueza de um
pequeno grupo e excluindo a grande maioria da população mundial tal qual vemos hoje
através das estatísticas, essa nova fase da economia mundial constitui também o
momento histórico de maior degradação do meio ambiente.
A globalização é um processo acentuado principalmente nas últimas décadas,
impulsionado pelas inovações técnicas que tem surgido e se aperfeiçoado rapidamente
diante dos nossos olhos, onde, um piscar de olhos é o bastante para que tudo se atualize.
Um outro fator impulsionador é a velocidade da transmissão de informações com o
emprego constante das técnicas sobre esse campo, atingindo milhões de pessoas
instantaneamente principalmente através da internet, TV, rádio, sistemas via satélite ou
não que atingem todo o planeta.
Outro traço marcante da globalização é a mundialização da economia onde nos
parágrafos posteriores detalharemos os seus impactos sobre o espaço, é também um
período de mudanças nas relações pessoais, pois traz uma influência muito forte sobre a
cultura dos povos, sobre a religiosidade e vários outros campos da vida como veremos
adiante. Segundo Milton Santos:
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A globalização é, de certa forma, o ápice do processo deinternacionalização do mundo capitalista. Para entendê-la, como, de
resto, a qualquer fase da história, ha dois elementos fundamentais alevar em conta: O Estado das técnicas e o Estado das Políticas.(SANTOS, 2000, p.23).
O elemento ideológico impregnado nos discursos atuais é o de nos fazerem crer
em uma globalização fabulosa, algo espetacular e que só traz benefícios para a vida
humana, nos fazem crer em uma globalização onde todos estamos no ápice da utilização
dos meios técnicos e informacionais, fazem-nos sentir como reis e rainhas da técnica e
da informação, uma interpretação sólida e que dificilmente a maioria da população
consegue romper e viver a realidade, isso porque a máquina ideológica começa a
funcionar e a manipular. Essa máquina é a grande mídia, algo com um poder arrasador e
que cria pensamentos conforme a necessidade dos grupos dominantes. Um exemplo
muito claro dessa máquina ideológica é o do ataque às Torres Gêmeas em 11 de
Setembro de 2001. Raríssimas pessoas não se lembram desta data, onde a mídia
mundial se ocupou de noticiar o incidente a todo tempo, assim que ocorreu o fato
imediatamente as Tv’s do mundo inteiro mostravam ao vivo as imagens do prédio em
chamas, diante disso a imprensa americana mostrou-se bem afinada, não abrindo
nenhum espaço para o pensamento crítico, não querendo aqui entrar no mérito da
questão do conflito, mas mostrar a força da mídia.
É dessa forma, através da grande mídia capitalista sob o controle dos grandes
grupos hegemônicos que o consumo é estimulado, assim, a grande produtividade e a
busca de matérias-primas das indústrias na natureza, a grande poluição oriunda do
processo produtivo, seja da atmosfera, das águas, grande quantidade de lixo lançada no
ambiente, etc.., o que vem agravar os problemas de saúde das populações.
Segundo Santos (2000), estima-se que a globalização favorece apenas 1/3 da
população mundial enquanto 2/3 ficam de fora. Como podemos perceber não é a
maioria que tem acesso a informática, não são todos que podem viajar o mundo e
conhecer outros continentes, com relação a renda é uma minoria que desfruta de todas
as regalias oriundas do capital mundial.
Há uma busca de uniformidade, ao serviço dos atores hegemônicos,mas o mundo se torna menos unido, tornando mais distante o sonho
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de uma cidadania verdadeiramente universal. Enquanto isso, o cultoao consumo é estimulado (SANTOS, 2000, p.19).
O Estado é impelido a atender os reclamos das finanças e estimular o
crescimento de grandes grupos hegemônicos internacionais, investindo no espaço a fim
de facilitar os fluxos e cria incentivos a fim de facilitar a instalação de grandes
empresas, uma ação destinada não a todas, mas a uma parcela de empresas que são as
detentoras do grande capital mundial e que com o passar dos anos degradam cada vez
mais o espaço de vivência, não se importando com os danos futuros para a sociedade, o
que já vem ocorrendo, infelizmente já estamos colhendo os frutos dessa ação.
Enquanto isso, segundo Santos (2000), o cuidado com as populações locais é
cada vez menor, os investimentos em infra-estrutura, moradia, alimentação, saúde e
educação são menores. O conceito de Território é esquecido, o sentimento patriota é
minimizado, as grandes empresas se instalam nos países que vão trazer um lucro maior
com um custo de produção mais baixo, esses pontos são explorados, sendo retirado todo
o potencial de lucro e podendo ser abandonadas a qualquer tempo, não havendo um
vínculo, uma responsabilidade social, algo sustentável para determinado espaço, o que
há é apenas uma usurpação dos recursos ali presentes em troca de alguns empregos,
portanto, essa globalização exclui a maior parte dos territórios, empresas, instituições e
pessoas.
A dialética homem/natureza está na base do processo de desenvolvimento e
transformação das sociedades humanas. O espaço geográfico é um dos aspectos
fundamentais da chamada “segunda natureza”, aquela criada pelo homem, conseqüência
da prática social sobre a base material que constitui a “primeira natureza:
A história do homem sobre a Terra é a história de uma roturaprogressiva entre o homem e o entorno. Esse processo se aceleraquando, praticamente ao mesmo tempo, o homem se descobre comoindivíduo e inicia a mecanização do planeta, armando-se de novosinstrumentos para tentar domina-lo. A natureza artificializada marcauma grande mudança na história humana da natureza. Hoje, com atecnociência, alcançamos o estágio supremo dessa evolução. Ohomem se torna fator geológico, geomorfológico, climático e a grandemudança vem do fato de que os cataclismos naturais são um incidente,um momento, enquanto hoje, a ação antrópica tem efeitos continuadose cumulativos, graças ao modelo da vida adotado pela humanidade(SANTOS, 1997, p.17)
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A evolução narrada até aqui, culmina na atual fase, onde nunca em toda a vida
ouvimos falar em preservação da natureza, hoje a preocupação dos especialistas é muito
grande quanto aos problemas oriundos da ação antrópica no planeta, hoje todos os dias
ouvimos falar na grande mídia a respeito do aquecimento global, dos problemas
relacionados a redução da camada de ozônio, da poluição e esgotamento dos recursos
hídricos, seca e desmatamento em nossa Amazônia, entre outros. Chamamos então de
“paraíso artificial” esta fase atual da humanidade, um avanço muito grande no campo
das técnicas, que vem trazer ao homem um sentimento de superioridade e conforto em
alguns casos, mesmo que este não seja beneficiado amplamente pelo atual sistema,
porém, uma forma artificializada e tão racional que se torna “irracional” ao ponto de
destruir a nossa própria casa e prisão (o planeta Terra).
Sem o homem, isto é, antes da história, a natureza era uma. Continua a sê-lo, em
si mesma, apesar das partições que o uso do planeta pelos homens lhe infligiu. Agora,
porém, há uma enorme mudança. Uma, mas socialmente fragmentada, durante tantos
séculos, a natureza é agora unificada pela História, em benefício de firmas, Estados e
classes hegemônicas. Mas não é mais a natureza amiga, e o homem também não é mais
seu amigo (SANTOS, 1997, p. 19).
CONCLUSÃO
A globalização perversa, na verdade poderia se tornar uma outra globalização,
assim como enfatiza Santos (2000), em seu livro com o mesmo título, uma globalização
onde fosse incentivada a mistura de povos, raças, culturas, gostos em todos os
continentes, com a informação sendo difundida para todos uma grande mistura defilosofias, de ajuda e crescimento mútuo, seja financeiramente ou intelectualmente e em
todos os aspectos do viver, sempre em harmonia e respeitosos dos direitos e deveres do
seu semelhante, num ambiente onde nenhum objeto seja mais importante do que a vida
de um ser humano, um ambiente onde cores serão apenas cores e que o vermelho não
será das câmeras da mídia mundial filmando alguma execução oriunda de alguma
guerra.
Assim, a busca por uma verdadeira sócio diversidade, onde em respeito mútuoas pessoas pudessem se misturar, com a população aglomerada pacificamente sem
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conflitos, assim como os benefícios das técnicas estivessem ao alcance de todos,
buscando, de fato, um desenvolvimento sustentável, onde o meio ambiente pudesse se
tornar novamente amigo da humanidade, em uma relação saudável e que não trouxesse
prejuízo para ambas as partes por isso nunca o espaço do homem foi tão importante para
o destino da história. Se, como diz Sartre, “compreender é mudar”, fazer um passo
adiante e “ir além de mim mesmo”, uma geografia re-fundada, inspirada nas realidades
do presente, pode ser um instrumento eficaz, teórico e prático, para a re-fundação do
Planeta.
REFERÊNCIAS BILIOGRÁFICAS
AQUINO, Denise e Oscar. História das Sociedades: Das Comunidades Primitivas àsSociedades Medievais. São Paulo: Editora Ao Livro Técnico, 2005.
CARLOS, Ana Fani Alessandri. A cidade. São Paulo: Contexto, 1992.
CAVALCANTE, Márcio Balbino. Convite à Geografia. João Pessoa: Sal da Terra,2009
GUERRA, Antônio José Teixeira. A Questão Ambiental – Diferentes Abordagens. 3.ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil. 2007.
SANTOS, Milton. Pensando o espaço do homem. 4. ed. São Paulo: Hucitec, 1997.
______. Técnica, Espaço, Tempo – Globalização e Meio Técnico-CientíficoInformacional. 3. ed. São Paulo: Editora Hucitec. 1997.
______. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal.10. ed. Rio de Janeiro: Record, 2000.
_______. Por uma Geografia Nova: Da Crítica da Geografia à uma Geografia Crítica .6. ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2004.
1Geógrafo pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Pós-Graduado em CiênciasAmbientais pelas Faculdades Integradas de Patos (FIP). Professor Adjunto do Instituto Superiorde Educação de Cajazeiras (ISEC). E-mail: [email protected] Graduado em História pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Pós-Graduando emHistória do Brasil pelo Instituto Superior de Educação de Cajazeiras (ISEC). E-mail:[email protected]
Artigo Recebido em 09 de abril de 2009.
Aprovado em 05 de junho de 2009.