Jornal do Comércio - Porto Alegre26

Geral

Terça-feira31 de julho de 2012

�Clima

O Brasil registrou 13,6 doa-dores por milhão de população (PMP) já no primeiro quadrimestre deste ano, meta prevista para 2013. O País fechou o ano de 2011 com 2.048 doadores. Nesse primeiro quadrimestre, houve um aumento de 29% no número de doadores (726), comparado ao mesmo perí-odo do ano passado (564).

No primeiro quadrimestre de 2012, foram realizados 7.993 transplantes, um crescimento de 37% comparado ao mesmo período de 2011, quando foram notificados 5.842. A região Norte registrou aumento de 109%, e a região Centro-Oeste teve 103%. O transplante de coração teve cres-cimento de 61%.

“Atingimos um patamar importante e o Brasil é uma re-ferência. O País possui o maior sistema público de transplantes do mundo. Hoje, 95% das cirur-gias são realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), de forma totalmente gratuita à população”,

destaca o ministro da Saúde, Ale-xandre Padilha. O índice nacio-nal era de 11,4 doadores PMP em 2011 e, em 2010, o índice ficava em 9,9. A meta do Ministério da Saúde é chegar a 15 doadores por milhão de população em 2015.

O Ministério da Saúde e a rede social Facebook anuncia-ram ontem uma parceria para incentivar a doação de órgãos. A nova funcionalidade visa a esti-mular os usuários a expressarem seu desejo de serem doadores. A funcionalidade tem a missão de agregar e cadastrar possíveis doadores entre os mais de 37 mi-lhões de usuários do Facebook no País.

O Facebook passará a ter, en-tre suas funcionalidades na linha do tempo, a opção de o usuário expor seu desejo de doar órgãos. O internauta poderá adicionar a informação de que é doador e compartilhar sua história sobre quando, onde e por que decidiu se tornar um.

Santa Bárbara do Sul aguarda verbas federaisTemporal ocorrido no sábado teve ventos que se aproximaram dos 200 km/h e causaram estragosCamila Freitas, especialgeral@jornaldocomercio.com.br

O forte temporal que atingiu o município de Santa Bárbara do Sul, na noite de sábado, deixou cerca de 40% da área urbana prejudicada. O município, que está localizado na região Noroes-te do Estado e que possui cerca de oito mil habitantes, ainda es-pera para obter o decreto de si-tuação de emergência e receber recursos federais. A homologa-ção pode levar até 20 dias, mas a Defesa Civil Estadual está tra-balhando pela redução do prazo para 48 horas.

Conforme explica o sargento Soska, da Defesa Civil Estadual, o levantamento preliminar do incidente contabiliza, até o mo-mento, 123 residências danifica-das, 20 destruídas e 50 pessoas desalojadas. Ainda não se sabe quantas pessoas ficaram feridas, mas os bairros mais prejudica-dos pela ventania foram Leo-blein, Centro e Cohab.

De acordo com a Defesa Civil, os serviços devem ser normali-zados gradativamente, desobs-truindo os locais e vias afetadas, recolocando postes e recolhendo

Meteorologistas ainda analisam fenômeno que deixou, pelo menos, 20 casas destruídas

os destroços das ruas. Os bom-beiros e uma equipe da Defesa estão atendendo às situações emergenciais dos moradores des-

de domingo. “A nossa equipe está fazendo um levantamento refe-rente aos subsídios necessários para a comunidade. Há muitos

desabrigados”, garante Soska.O temporal, com ventos que

se aproximaram de 150 e 200 km/h, também interrompeu o

abastecimento de energia elétri-ca. Além disso, provocou a que-da de uma das torres de telefonia celular do município, deixando a população sem sinal e impossi-bilitando avaliações mais preci-sas do acontecimento.

Análise preliminar da Met-Sul Meteorologia apresenta pro-babilidade de que um tornado tenha se formado e atravessado parte da área urbana de Santa Bárbara do Sul. O Instituto Na-cional de Meteorologia (Inmet) ainda não confirmou se o que ocorreu na cidade foi, de fato, um tornado.

Para suprir as dificuldades, a Defesa Civil Estadual lançou a campanha SOS Santa Bárbara. Os donativos, principalmente co-bertores, colchões e material de higiene, devem ser entregues na central de doações localizada no Centro Administrativo do Estado, na Capital, das 8h às 18h30min, inclusive aos fins de semana. Além disso, recursos financeiros podem ser depositados na conta do Fundo Municipal de Defesa Civil da Prefeitura de Santa Bár-bara do Sul (PMSBS) no Banrisul - Agência 0341, conta-corrente nº 0401084200.

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�Saúde

Brasil supera meta de crescimento do número de doadores de órgãos

A situação da saúde públi-ca no Rio Grande do Sul, que já não é boa, corre risco de piorar. Os hospitais filantrópi-cos do Rio Grande do Sul estão novamente ameaçados de ir à falência e de fechar as por-tas. O presidente do sindicato que os representa, Julio Matos, protocolou, ontem, uma nova proposta para que o governo estadual repasse, em caráter emergencial, um total de R$ 100 milhões para tais institui-ções de saúde e preveja uma verba de R$ 300 milhões no or-çamento de 2013 para o setor.

Segundo o presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes, Reli-giosos e Filantrópicos do Esta-do, há expectativa de o vice--governador Beto Grill marcar uma nova reunião para antes do dia 17 de agosto, quando ocorre a assembleia geral da categoria. No último documen-

to enviado ontem ao Executivo estadual, a federação propõe receber R$ 50 milhões em se-tembro e R$ 50 milhões em de-zembro de 2012. O ofício cobra também que, na previsão de gastos para 2013, esteja o in-vestimento de R$ 300 milhões para os hospitais filantrópicos, dividido entre R$ 100 milhões no primeiro semestre de 2013 e R$ 200 milhões no segundo semestre daquele ano.

Na semana passada, o go-verno havia oferecido auxílio financeiro de R$ 100 milhões, sendo metade até novembro deste ano e a outra parte até março do ano que vem. Rejei-tada em assembleia, a propos-ta não contempla a real neces-sidade dos hospitais, afirma Matos. “Vários hospitais estão em situação crítica, como o Parque Belém, em Porto Ale-gre, e a Santa Casa de Livra-mento. Com um déficit de R$

1,5 bilhão, os hospitais vão en-colhendo, e, se o governo não atender, eles serão obrigados a fechar as portas”, sentencia.

Sancionada recentemente pela presidente Dilma Rous-seff, a Nova Lei da Saúde (Lei Complementar nº 141/12) regu-lamentou a Emenda 29 e fixou percentuais mínimos do orça-mento dos estados (12%) e dos municípios (15%) para gastos no setor. O Rio Grande do Sul destina apenas 5,5% dos seus recursos em saúde.

A federação representa as 239 unidades hospitalares sem fins lucrativos do Estado, res-ponsáveis por 90% dos aten-dimentos de baixa e de média complexidade e por 70% dos atendimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Rio Grande do Sul. Além disso, são detentoras de 18 mil leitos do SUS, realizando, em média, 519 mil internações por ano.

Filantrópicos entregam nova proposta ao Piratini