SALMO 8

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 SALMO 8 TÍTULO Para o mestre da música de Gittith, um salmo de Davi. Não temos certeza sobre o sentido da palavra Gittith. Alguns pensam referir-se a Gate, mas pode se referir a uma melodia comumente cantada ali ou a um instrumento de música inventado ali, ou uma canção sobre Golias de Gate. Outros, remontando às raízes hebraicas, acreditam que significa um cântico para o lagar, um hino alegre para os pisadores de uvas. O termo Gittith é aplicado a dois outros salmos (81 e 84), ambos de natureza alegre, o que nos  permite concluir que, onde encontrar mos essa palavra no título, podemos procurar um hino de prazer. Podemos pelo estilo intitular esse salmo a "Canção do astrônomo": vamos sair e cantá- lo sob os céus estrelados ao cair da noite, pois é provável que, em tal posição, tenha  primeiro ocorrido à mente do poeta. O dr. Chalmers diz: "Há muito no cenário de um céu noturno para elevar a alma a u ma contemplação piedosa. Aquela lua e estas estrelas, o que são? Destacam-se do mundo, e nos elevam acima dele. Sentimo-nos afastados da terra, e subimos em abstração grandiosa acima deste pequeno teatro de paixões e ansiedades humanas. A mente se abandona ao devaneio, e é transferida num êxtase de  pensamen to para regiões dis tantes e inexpl oradas. Vê a natureza n a simplicidade de s eus grandes elementos, e vê o Deus da natureza investido com os altos atributos de sabedoria e majestade." DIVISÃO O primeiro e último versículos são um doce canto de admiração, no qual a excelência do nome de Deus é exaltada. Os versículos intermediários são constituídos de admiração santa diante da grandeza do Senhor na criação, e sua condescendência para com o homem. Poole, em suas anotações, o disse bem: "É uma grande interrogação, entre os intérpretes, saber se este salmo fala do homem em geral, e da honra que Deus coloca sobre ele em sua criação; ou somente do homem Jesus Cristo. Possivelmente, ambos  podem ser reconciliados e colocados jun tos, e a controvérsi a tem fim, porque o objetivo e o assunto deste salmo claramente parecem ser este: mostrar e celebrar o grande amor e  bondade de Deus pa ra com a humanidade, não só em sua criação, mas especi almente na redenção por Jesus Cristo, que, como foi homem, promoveu a honra e o domínio aqui mencionados, para que pudesse continuar sua grande e gloriosa obra. Assim, Cristo é o  principal tema deste salmo, e é interpretado assim tanto pelo nosso Senhor mesm o (Mateus 21.16), como por seu santo apóstolo (1Coríntios 15.27; Hebreus 2.6, 7). DI CAS PARA O PRE GADOR  VERS. 1. "Senhor, Senhor nosso". Apropriação pessoal do Senhor como nosso. O  privilégio de man ter tal porção. "Como é majestoso". A excelência do nome e da natureza de Deus em todos os lugares e sob todas as circunstâncias. Sermão ou preleção sobre a glória de Deus na criação e provi dência. "Em toda a terra." A revelação universal de Deus na sua natureza e sua excelência.

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Samos 8

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  • SALMO 8

    TTULO

    Para o mestre da msica de Gittith, um salmo de Davi. No temos certeza sobre o

    sentido da palavra Gittith. Alguns pensam referir-se a Gate, mas pode se referir a uma

    melodia comumente cantada ali ou a um instrumento de msica inventado ali, ou uma

    cano sobre Golias de Gate. Outros, remontando s razes hebraicas, acreditam que

    significa um cntico para o lagar, um hino alegre para os pisadores de uvas. O termo

    Gittith aplicado a dois outros salmos (81 e 84), ambos de natureza alegre, o que nos

    permite concluir que, onde encontrarmos essa palavra no ttulo, podemos procurar um

    hino de prazer.

    Podemos pelo estilo intitular esse salmo a "Cano do astrnomo": vamos sair e cant-

    lo sob os cus estrelados ao cair da noite, pois provvel que, em tal posio, tenha

    primeiro ocorrido mente do poeta. O dr. Chalmers diz: "H muito no cenrio de um

    cu noturno para elevar a alma a uma contemplao piedosa. Aquela lua e estas estrelas,

    o que so? Destacam-se do mundo, e nos elevam acima dele. Sentimo-nos afastados da

    terra, e subimos em abstrao grandiosa acima deste pequeno teatro de paixes e

    ansiedades humanas. A mente se abandona ao devaneio, e transferida num xtase de

    pensamento para regies distantes e inexploradas. V a natureza na simplicidade de seus

    grandes elementos, e v o Deus da natureza investido com os altos atributos de

    sabedoria e majestade."

    DIVISO O primeiro e ltimo versculos so um doce canto de admirao, no qual a excelncia do

    nome de Deus exaltada. Os versculos intermedirios so constitudos de admirao

    santa diante da grandeza do Senhor na criao, e sua condescendncia para com o

    homem. Poole, em suas anotaes, o disse bem: " uma grande interrogao, entre os

    intrpretes, saber se este salmo fala do homem em geral, e da honra que Deus coloca

    sobre ele em sua criao; ou somente do homem Jesus Cristo. Possivelmente, ambos

    podem ser reconciliados e colocados juntos, e a controvrsia tem fim, porque o objetivo

    e o assunto deste salmo claramente parecem ser este: mostrar e celebrar o grande amor e

    bondade de Deus para com a humanidade, no s em sua criao, mas especialmente na

    redeno por Jesus Cristo, que, como foi homem, promoveu a honra e o domnio aqui

    mencionados, para que pudesse continuar sua grande e gloriosa obra. Assim, Cristo o

    principal tema deste salmo, e interpretado assim tanto pelo nosso Senhor mesmo

    (Mateus 21.16), como por seu santo apstolo (1Corntios 15.27; Hebreus 2.6, 7).

    DICAS PARA O PREGADOR VERS. 1. "Senhor, Senhor nosso". Apropriao pessoal do Senhor como nosso. O

    privilgio de manter tal poro.

    "Como majestoso". A excelncia do nome e da natureza de Deus em todos os lugares

    e sob todas as circunstncias.

    Sermo ou preleo sobre a glria de Deus na criao e providncia.

    "Em toda a terra." A revelao universal de Deus na sua natureza e sua excelncia.

  • "Tua glria cantada nos cus." A glria incompreensvel e infinita de Deus.

    "Acima dos cus." A glria de Deus atingindo alturas muito acima do intelecto dos

    anjos e do esplendor do cu.

    VERS. 2. Piedade infantil, sua possibilidade, potncia, "fora" e influncia, "para que

    possas silenciar".

    A fora do evangelho no resultado de eloqncia ou sabedoria daquele que fala.

    Grandes resultados a partir de pequeninas causas quando o Senhor ordena o trabalho.

    Grandes coisas que podem ser ditas e afirmadas pelos recm-convertidos, bebs na

    graa.

    O silenciar das foras do mal pelo testemunho de crentes fracos.

    O silenciar do Grande Inimigo pelas vitrias da graa.

    VERS. 4. A insignificncia do homem. A conscincia de Deus do homem. Visitas

    divinas. A pergunta: "O que o homem?" Cada um desses temas pode ser suficiente

    para um sermo, ou todos podem ser tratados em um sermo.

    VERS. 5. A relao entre o homem e os anjos.

    A posio que Jesus assumiu por nossa causa.

    A coroa da humanidade - a glria de nossa natureza na pessoa do Senhor Jesus.

    VERS. 5, 6, 7, 8. O domnio universal providencial de nosso Senhor Jesus.

    VERS. 6. Os direitos e as responsabilidades do homem para com os animais inferiores.

    VERS. 6. O domnio do homem sobre os animais inferiores, e como deve exerc-lo.

    VERS. 6 (segunda clusula). O lugar apropriado para todas as coisas mundanas, "sob os

    seus ps".

    VERS. 9. O peregrino em muitas regies se delicia com a doura do nome de seu

    Senhor sob todas as condies.