Saint Andrews

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Ano 4 Número 21 Setembro | Outubro 2012 Aberto do Brasil, CBG Pro Tour, Mundial Amador, Aberto do Broa e muito mais NO BRASIL E NO MUNDO Carioca surge como uma das raras esperanças do golfe feminino do Brasil ENTREVISTA COM CLARA TEIXEIRA Uma viagem pela Escócia, passagem obrigatória para os apaixonados por golfe BERÇO DO ESPORTE JOGO DE ALTO NÍVEL E MUITO ENTRETENIMENTO É A MISTURA QUE FAZ A GRANDE FESTA DO ESPORTE AMADOR 6º ABERTO DO DAMHA

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Artigo da Revista New Golf www.newgolf.com.br

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Ano 4Número 21Setembro | Outubro2012

Aberto do Brasil, CBG Pro Tour, Mundial Amador, Aberto do Broa e muito mais

NO BRASIL E NO MUNDOCarioca surge como uma das raras esperanças do golfe feminino do Brasil

ENTREVISTA COM CLARA TEIXEIRA

Uma viagem pela Escócia, passagem obrigatória para os apaixonados por golfe

Uma viagem pela Escócia, BERÇO DO ESPORTE JOGO DE ALTO NÍVEL E

MUITO ENTRETENIMENTO É A MISTURA QUE FAZ A GRANDE FESTA DO ESPORTE AMADOR

6º ABERTODO DAMHA

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Campos como o

Old Course de St.

Andrews são passagens

obrigatórias para todos os

fanáticos por golfe. Berço

do esporte no mundo e

casa do R&A, a Escócia

também reserva para os

visitantes inúmeros links

e outros palcos históricos

como Turnberry

Por Celso Teixeira *

Tacadas pelo mundo

Q uando falamos na Escócia nos vem à mente a história que remete à imagem dos castelos seculares, da residência da rainha, das terras altas e da luta pela liberdade presente em vários filmes fa-

mosos, como Coração Valente. Em meio a toda essa elegância e nobreza, se encontra o grande berço do golfe, do mais puro golfe, como os escoceses orgu-lham-se em falar de seus links, com o privilégio de poder jogar com ventos, à beira-mar, com a natureza em seu estado mais puro. Todo este clima tem o dom de colocar os jogadores em sintonia com os primeiros golfistas da história.

A Escócia - e particularmente St. Andrews - é des-tino turístico de golfe de primeira qualidade, cada vez mais objeto de desejo dos jogadores brasileiros. O mito de que não se consegue jogar no Old Course não mais existe, com a hotelaria de primeira qualidade lá existente e com operadores brasileiros, com parcei-ros escoceses que possibilitam aos golfistas usufruir o melhor do esporte mundial.

ESCÓCIA:

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Tacadas pelo mundo

GOLFEonde se respira

Visitar a Escócia e jogar em St. Andrews pelo menos uma vez na vida faz parte do sonho de todo golfista. O evento anual destinado ao turismo de golfe, o Scottish Golf Classic, tradicio-nalmente realizado em agosto, recebe as atenções de diversos brasileiros. Há dois polos im-portantes de esporte no país: Glasgow, com o Turnberry e dois campos de primeiríssima linha, e, claro, St. Andrews, a grande Meca da modalidade.

Um antigo burgo real na cos-ta leste da Escócia é a casa da Universidade de St. Andrews, terceira mais antiga dentro dos países de língua inglesa e uma das melhores do Reino Unido. É a casa do golfe, principalmente

por conta do Royal & Ancient Golf Club (R&A), fundado em 1754 e que juntamente com a United States Golf Association (USGA) exerce autoridade legis-lativa no mundo inteiro - USGA nos Estados Unidos e México e R&A nos outros países. Seu fa-moso links, o Old Course, rece-be a cada cinco anos o The Open Championship, chamado tam-bém de British Open, o mais an-tigo dos quatro majors do golfe - os outros são o Augusta Mas-ters, o US Open e o PGA Cham-pionship. O Old Course sediou o famoso The Open por 28 vezes desde 1873, sendo a mais recen-te delas em 2010.

Todos os anos milhares de golfistas vão a St. Andrews para

jogar em seus inúmeros links ranqueados dentre os melhores campos do mundo. O lugar já foi a capital medieval da Escó-cia, com vasto poder econômico e político na Europa. Após um período de declínio, no século 18, já começa a ser conhecida pelos golfistas por conta dos magníficos links. E no século XIX a cidade se expande além das fronteiras medievais origi-nais. Hoje é uma cidade servida com educação, hotelaria e golfe de primeira classe. O turista se depara logo pela manhã com os cidadãos de St. Andrews com suas taqueiras indo aos diver-sos campos da cidade praticar seu esporte. Lá, realmente se respira golfe.

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Um pouco da história do Old Course

Considerado como a Casa do Golfe pelo esporte ter sido joga-do lá pela primeira vez por volta do ano de 1400, era o único cam-po da cidade. Em 1754, 22 nobres, professores e fazendeiros funda-ram a Sociedade Golfi sta de St. Andrews, embrião do R&A. O campo evoluiu durante muitos anos sem ajuda de arquiteto, po-rém os principais designers do campo atualmente conhecido fo-ram: Daw Anderson, por volta de 1850, e o Old Tom Morris (1865-1903) que desenhou os buracos 1 e 18. Originalmente eles eram jogados utilizando os mesmos fairways. Na época era muito comum grupos de golfi stas joga-rem o mesmo buraco, porém em direções opostas.

Foi também o Old Course que determinou a forma como golfe é jogado hoje em dia. Em 1764 o campo tinha 22 buracos. Os membros decidiram que os dois primeiros e os dois últimos eram muito pequenos e que de-veriam ser combinados em ou-tros dois. Assim o Old Course de St. Andrews fi cou com 18 bura-cos e criou-se o padrão que hoje conhecemos. Em 1863, Old Tom Morris separou o primeiro green do buraco 17, produzindo o atual layout do campo com sete gre-ens duplos.

Histórias de golfi stas famo-sos em St. Andrews não faltam, como é o caso de Bobby Jones, um dos maiores de todos os tempos e fundador do Augusta National. Em 1921, no The Open Cham-pionship, ele abandonou o campo depois de quatro tentativas em vão de tirar a bola da banca do buraco 11, no terceiro dia de jogo.

Após seis anos, quando o The Open voltou a St. Andrews, Jones retornou e não apenas ganhou, como também foi o primeiro e único amador da história a ven-cer de ponta a ponta o evento.

Mas St. Andrews é mais que o Old Course. Lá se encontram os melhores links do mundo, dentre os quais destacamos: Kingsbarns Golf Course, The Carnoustie Golf Club, Castle Course.

A hotelaria em St. Andrews é fantástica: o Hotel Fairmont é um excepcional resort, com dois maravilhosos links dentro de sua propriedade: The Torrance e The Kittocks. Suas instalações incluem SPA, restaurantes e aco-modações de primeiríssimo ní-vel. O Old Course Hotel, perten-cente ao grupo de luxo American Club, é um hotel 5 estrelas fan-tástico, no interior do Old Course.

Old Course at St. Andrews

University of St. Andrews

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Algumas dicas importantes para quem deseja jogar em St. Andrews:

O clima é normalmente frio e a garoa é frequente. Vá prepa-rado com roupas, luvas e agasa-lho. O período de maio a outubro é o mais indicado para o golfe.

Para jogar no Old Course existem duas formas: o sistema ballot, que consiste em sortear entre os candidatos aqueles que vão jogar no dia seguinte ou o sistema de tee time garantido, mais caro.

Reserve pelo menos quatro dias de golfe para ter uma boa amostragem dos excepcionais links da região.

Algumas particularidades:

Uma das peculiaridades do campo são os “double greens”. Sete dos greens são comparti-lhados por dois buracos cada, (2 junto com o 16, 3 com o 15, seguindo essa sequência até o 8 com 10). Apenas o 1º, 9º, 17º e 18º buracos tem seus próprios greens.

Todos que jogam o buraco 18 atravessam a famosa ponte do Old Course (The Swilcan Bridge) que tem mais de 700 anos e se tornou um símbolo do golfe.

Outra coisa interessante é que o campo pode ser jogado em ambas as direções, tanto no senti-do horário quanto no anti-horário.

O Old Course tem 112 ban-cas, cada uma com seu nome próprio. As duas mais famosas, com 10 pés de profundidade são: “Hell Bunker” no buraco 14, e a “Road Hole Bunker”, no buraco 17. Incontáveis profi ssionais vi-ram seus sonhos de vencer um Open Championship desapare-cerem nessas bancas.

Kingsbarns Golf Course

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Outros links de St. Andrews

O Torrance Course já sediou dois eventos do European Tour e o Scottish Senior Open 2009. O clubhouse conta com uma das melhores vistas para o litoral na Escócia. Desenhado por Gene Sarazen e Sam Torrance, ele fi ca situado próximo ao mar e ao re-

dor do Fairmont Hotel, que rece-beu o prêmio de melhor resort de golfe europeu em 2012, oferecido pela IAGTO e votado no Condé Nast Traveller Readers como o 18° melhor Golf Resort do mun-do. Situado a apenas sete minu-tos do centro de St. Andrews, fi ca numa propriedade de 520 hectares, em um cenário único na costa do “Home of Golf”.

Já o Carnoustie é um clássi-

co links course, sede do British Open por sete vezes. Como é um dos mais antigos campos do mundo, já foi jogado por todos os grandes nomes do esporte, po-rém a mais memorável volta foi a de Ben Hogan em 1953, jogando 68 e sendo o primeiro a termi-nar um The Open no Carnoustie abaixo do par. Em 2003 o bura-co 6 foi ofi cialmente nomeado “Hogan’s Alley”.

CADA BURACO TEMum nome próprio:

Out (1ª volta): 3,584 jardas par 36

Burn: 376 jardas par 4

Dyke: 453 jardas par 4

Cartgate (Out): 397 jardas par 4

Ginger Beer: 480 jardas par 4

Hole O’Cross: 568 jardas par 5

Heathery (Out): 412 jardas par 4

High (Out): 371 jardas par 4

Short: 175 jardas par 3

End: 352 jardas par 4

In (2ª volta): 3,721 jardas par 36

Bobby Jones: 386 jardas par 4

High (In): 174 jardas par 3

Heathery (In): 348 jardas par 4

Hole O’Cross (In): 465 jardas par 4

Long: 618 jardas par 5

Cartgate (In): 455 jardas par 4

Corner of the Dyke: 423 jardas par 4

Road: 495 jardas par 4

Tom Morris: 357 jardas par 4

Total: 7,305 jardas par 72

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* Celso Teixeira é CEO da Golf Travel (www.golftravel.com.br), agência de turismo espe-

cializada em destinos de golfe. Para dar sugestões, fazer críticas ou tirar dúvidas, entre

em contato através do e-mail: [email protected]

Foto

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O Kingsbarns Golf Links tem orgulho de fazer parte da heran-ça dos golf links de St. Andrews. Local onde se joga golfe desde

1793. Kyle Phillips desenhou este campo classifi cado entre os 100 melhores no mundo. O Kingsbarns se junta ao Old

Course e ao Carnoustie Golf Links como co-host do Dunhill Links Championship, parte do European Tour.

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