Saiba Mais - 10 a 25 de maio/2012

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Ano 10 - Nº 95 - Faculdade de Jornalismo - PUC-Campinas - 10 a 25 de maio de 2012 Bares temáticos atraem torcedores A paixão nacional pelo futebol chega até bares do interior e da capital pau- lista. A decoração é modificada, com fo- tos, flâmulas, ban- deiras, escudos, adesivos, caricatu- ras de jogadores, que os transformam em locais peculi- ares para o encon- tro de torcedores, que tornam esses lugares verdadei- ras ‘arquibancadas’ A influência de jogos eletrônicos no comportamento de crianças e ado- lescentes é preocupação constante de pais e psicólogos. Além de limite de tempo de jogo e dar responsabili- dades além da escola para os filhos, atividades ao ar livre são importantes para o desenvolvimento de habilidades sociais. Pág. 04 “Projeto Orelhinha” Programa visa operar crianças e adultos que tem orelha de abano - deformidade das orelhas - gratuita- mente Sonho Realizado! A carioca Fernanda de Oliveira conta como foi o encontro com o seu maior ídolo, o líder da banda Foo Fight- ers, Dave Grohl ONG GAAR Grupo de Apoio ao Aniaml de Rua, busca orientar a população sobre métodos para di- minuir a superpop- ulação dos animais de rua Sistema de som em ônibus Projeto propõe sistema de som para deficientes visuais em ônibus urbanos Bar na Vila Madalena, em São Paulo, celebra o São Cristóvão do Rio de Janeiro Crianças observam fósseis no museu de História Natural Pág. 05 Segunda Chance! Pessoas que não tiveram a oportuni- dade de estudar na infância, a encon- tram no programa EJA Uma mensagem para o Dia das Mães! Pág. 02 Pág. 06 Pág. 06 Pág. 07 Pág. 07 Pág. 03 Dilema: videogame ou bosque

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Jornal laboratório do mês de maio, produzido pelos alunos do 7° semestre de jornalismo da PUC-Campinas no ano de 2012.

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Ano 10 - Nº 95 - Faculdade de Jornalismo - PUC-Campinas - 10 a 25 de maio de 2012

Bares temáticos atraem torcedoresA paixão nacional pelo futebol chega até bares do interior e da capital pau-lista. A decoração é modifi cada, com fo-tos, fl âmulas, ban-deiras, escudos, adesivos, caricatu-ras de jogadores, que os transformam em locais peculi-ares para o encon-tro de torcedores, que tornam esses lugares verdadei-ras ‘arquibancadas’

A infl uência de jogos eletrônicos no comportamento de crianças e ado-lescentes é preocupação constante de pais e psicólogos. Além de limite de tempo de jogo e dar responsabili-dades além da escola para os fi lhos, atividades ao ar livre são importantes

para o desenvolvimento de habilidades sociais.

Pág. 04

“Projeto Orelhinha”

Programa visa operar crianças e adultos que tem orelha de abano - deformidade das

orelhas - gratuita-mente

Sonho Realizado!

A carioca Fernanda de Oliveira conta

como foi o encontro com o seu maior ídolo, o líder da

banda Foo Fight-ers, Dave Grohl

ONG GAAR

Grupo de Apoio ao Aniaml de Rua, busca orientar a população sobre métodos para di-

minuir a superpop-ulação dos animais

de rua

Sistema de som em ônibus

Projeto propõe sistema de som para defi cientes

visuais em ônibus urbanos

Bar na Vila Madalena, em São Paulo, celebra o São Cristóvão do Rio de Janeiro

Crianças observam fósseis no museu de História Natural

Pág. 05

Segunda Chance!

Pessoas que não tiveram a oportuni-dade de estudar na infância, a encon-tram no programa

EJA

Uma mensagem para o Dia das

Mães!Pág. 02

Pág. 06 Pág. 06 Pág. 07 Pág. 07 Pág. 03

Dilema: videogame ou bosque

Carta ao leitor Crônica

Notas

Está aberta, até o dia 27 de maio, no Mu-seu de Arte Moderna (MAM) em São Paulo, a exposição do fotó-grafo German Lorca.“Acontece ou faz acontecer”, este é o tema do evento, que tem como ob-jetivo mostrar fotos fl agradas ou produzi-

Para você torcedor, que lamenta não estar presente em todos os jogos, acompanhando e apoiando seu time do coração, é que o Saiba+ edição de maio prepa-rou uma matéria espe-cial: vamos apresen-tar a você, caro leitor, bares para torcedores aqui em Campinas e na Capital, que oferecem um ambiente esportivo, em clima e ritmo de campeonato, com di-reito a bandeiras, quad-ros, cardápio diferen-ciado e uma decoração para deixar qualquer torcedor sentindo como se estivesse em uma segunda arquibancada!

Saber dosar jogos eletrônicos e atividades ao ar livre é o desafi o de muitos pais dessa ger-ação hi-tech, que mal aprendeu a falar já sabe

Tu é massa de manobra, heim mané!

No mês de abril, Campinas passou por um grande momento histórico: o prefeito Pe-dro Serafi m Junior que estava interinamente assumindo o cargo, passou por uma eleição indireta juntamente com outros três candidatos.

Como de costume, e após acompanhar as cassações de dois pre-feitos da cidade, fui a Câmara Municipal de Campinas para “cobrir” o acontecimento.Um dos candidatos e inclusive o mais curioso deles, foi o vereador Antonio Francisco dos Santos, que é mais con-hecido como O Politi-zador. Ele iniciou sua carreira política, após utilizar um megafone para falar de política nas ruas de Campinas.

No dia em que acon-teceu a eleição indireta, o plenário da Câmara Municipal de Campi-nas estava repleto de

jornalistas e também de cidadãos campineiros que prezam por um bom representante para a ci-dade, e que inclusive fi z-eram alguns manifestos, pois pela terceira vez a cidade correria o risco de mudar a direção do Palácio dos Jequitibás. E lá estava ele, Antonio Francisco dos Santos, elegante com um terno cinza e com sua barba bem feita esperando para fazer seu discurso.

Ele dizia que se can-didatou a prefeito de Campinas como um protesto para combater a corrupção. Ao subir na tribuna, começou seu discurso dizendo que em seu governo seria imprescindível à partici-pação da população, afi -nal sente que a opinião dos cidadãos vale muito, outro ponto curioso de sua fala foi quando ele disse que quer acabar com essa tremenda corrupção e que fez sua campanha política,

com somente 800 reais, acredite, ele disse isso, neste exato momento os campineiros que esta-vam no plenário acom-panhando a eleição caíram na risada, até ele mesmo, O Politizador riu do que disse e ainda acrescentou, “Vocês são massa de manobra, hein, manés!”.

E assim seu discur-so foi chegando ao fi m, com poucas propostas. E o mais instigante foi o voto que recebeu o dele mesmo. Os jornal-istas que ali estavam chegaram até comentar de uma forma pejora-tiva, se ele iria votar nele mesmo, pois ele não de-cepcionou a imprensa. E como já era de se esper-ar Pedro Serafi m, gan-hou as eleições com 22 votos dos vereadores. Com isso a cidade aguarda as eleições que ocorrerão em outubro, quando os eleitores fi -nalmente expressarão o seu voto.

Exposição fotográfi ca no Museu de Arte Moderna de São Paulo

Letícia Araújo

RodeiosHortolândia

Será realizada entre os dias 16 e 20 de maio a 8ª Festa do Peão de Hortolândia. A festa, ac-ontece na principal ave-nida da cidade e contará com shows de Gusttavo Lima, Jorge e Mateus, Fernando e Sorocaba e Luan Santana. A en-trada de menores de 16 anos só será permitida com acompanhamento pelo responsável legal. Informações no site www.rodeiodehortolan-dia.com.br

das pelo fotógrafo.A mostra é gratuita

e ocorre de terça a do-mingo e feriados, das 10h da manhã às 18h da noite. O MAM esta localizado no Parque Ibirapuera, s/n°. Mais informações podem ser obti-das através do tel-efone (11) 5085.1300.

Por Ubiratan Maia Jr. e Letícia Araújo

brincar no computador. A principal preocupação dos psicólogos é com o desenvolvimento das habilidades sociais das crianças, extremamente importante para um crescimento saudável. Uma alternativa para isso são as atividades ao ar livre e, por mais urbanizada que seja, a Região Metropolitana de Campinas tem ótimas opções de bosques, zo-ológicos e áreas de laz-er ao ar livre.

Confi ra ainda nesta edição, duas grandes oportunidades: um pro-jeto de lei para instalar um sistema de som nos ônibus circulares para auxiliar defi cientes visu-ais e o “Projeto Orelhin-ha” que oferece cirurgia gratuita para quem tem as chamadas ‘orelhas de abano’.

AmericanaEntre os dias 06 à 17

de junho será realizada a 25ª Festa do Peão de Boiadeiro de Americana

Terá shows desde sertanejo tradicional com Rio Negro e Solimões, passando por expoentes do sertanejo universi-tário com Michel Teló e Ivete Sangalo. Também haverá mais atrações. O rodeio acontecerá no Pq. de Eventos CCA, na Ro-dovia Anhanguera, Km 120,5, logo após o pedá-gio de Nova Odessa.

Jornal laboratório produzido por alunos da Faculdade de Jornalismo da PUC-Campi-nas, do Centro de Comunicação e Lingua-gem (CLC)Diretor: Prof. Dr. Rogério E. R. BaziVice-diretora: Profa. Maura PadulaDiretor da Faculdade: Prof. Lindolfo Alexan-dre de Souza.Tiragem: 2.000 | Impressão: RAC.Prof. Responsável: Luiz R. Saviani Rey(MTb 13.254)Editores: Ana Carolina Menani e Tatiane Bueno

Diagramação: Ana Car-olina Menani, Laísa B. Diório, Letícia Araújo, Sa-manta Purgato e Tatiane BuenoMatérias: Ana Carolina Menani, Laísa B. Diório, Letícia Araújo, Renata Cunha, Samanta Purga-to, Tatiane Bueno e Ubi-ratan Maia Jr.

Fugir do clichê para falar de mães não é fácil. A sua sempre é a mais linda, a mais batalhadora, mais amorosa, mais leoa... É sempre a melhor melhor do

mundo em tudo.Minha mãe costuma dizer: “Não quer presente no dia das mães. O melhor

presente são as atitudes no dia a dia”. Nesse caso, concordo e discordo. Sei que ela se sente valorizada nas pequenas coisas do dia a dia, mas com a

correria que vivemos hoje, quando mal temos tempo para comer, deixamos passar as oportunidades de agradecer e mimar essa pessoa tão especial, sem a qual não estaria aqui. Deixando de lado loucura capitalista em que esse dia se transformou, acho importante tê-lo no calendário. Dedicar ao menos 1 dia no ano à nossa mãe, que sonhou ou se surpreendeu com a

nossa chegada, mas que abriu e sempre abrirá mão de tanta coisa pra ver nossos olhos brilhando e o sorriso em nosso rosto. Afi nal, mãe é uma só. E é

para sempre.Com muito amor às mães da nossa equipe e a todas as mães leitoras do

Saiba+, desejamos que o dia de vocês seja mais que especial!

Tatiane Bueno

10 a 25 de maio de 201202

MÃE!

10 a 25 de maio de 2012

ONG ajuda animais de ruaO GAAR procura realizar um trabalho de conscientização e defendem o direito aos animais

Laísa Borges Diório

Contato:

www.gaarcampinas.org

www.bloggaar.org

Facebook: gaarcampinas

twitter: @gaar_campinas

O GAAR – Grupo de Apoio ao Animal de Rua – é uma ONG ambientalista, fundada na cidade de Campi-nas em 1999. Tem como principal objetivo ajudar animais de rua por meio de ações que procuram solucionar os problemas de super-população nos centros urbanos, ocasionada na maioria das vezes pelo abandono, tendo como refl exo atropela-mentos, maus-tratos e difusão de doenças. Em 2004, o grupo se uniu ao Instituto de Valorização da Vida Animal (IVVA) e, por-tanto o GAAR fi cou inativo, realizando assim suas ações através do Instituto. Mas, em 2009, nove integrantes da ONG decidiram retomar as propostas iniciais e, até hoje, esse mesmo grupo a administra. Além desse grupo, contam também com a participação de vol-untários que ajudam nos bazares - que tem a renda revertida para o cuidado dos animais, bingos benefi centes e feiras de a d o ç ã o realizadas d u r a n t e todo o ano na cidade. Dentre as diversas ações e metas da ONG, a mais importante é a esterili-zação cirúrgica de cães e gatos - mais conhe-cida como castração. Segundo o GAAR, a esterilização é benéfi -ca, pois além de evitar a reprodução, também previne doenças como a piometra (enfermi-dade bacteriana no endométrio), infecções no útero e ovário, doenças hormonais, diminui as brigas en-tre cães e também ameniza o mau cheiro da urina dos gatos.

A webdesigner Ivana Cubas, que ado-tou uma cachorrinha através do GAAR, afi rma que é muito im-portante que a ONG defenda a questão da responsabilidade de adotar um animal e esterilizá-lo. “Existem muitos animais aban-donados, então esse é um meio de evitar que essa situação piore. Vou fazer isso quan-do a “Lola” estiver na idade adequada”, con-ta a dona da cachorrin-ha, hoje com 4 meses. Como a ONG não possui abrigos e tam-bém não faz o recol-himento de animais, desenvolve o trabalho de orientação e inter-venções como proced-imentos veterinários a preços acessíveis para todos os animais aban-donados e abrigados nas casas de voluntári-os, por pessoas que os encontram nas ruas e também por quem os adota via ONG.“Ainda não utilizei os procedimentos veter-inários indicados pela ONG, mas pretendo usar quando for castrar

a “Lola”, e tam-bém já aprovei-to para c a s t r a r m i n h a

outra cachorra tam-bém”, disse Ivana. Além dessas ações, a ONG realiza tam-bém mutirões de castração em locais carentes, onde não há nenhum tipo de es-trutura. Fazem feiras de adoção e, através de visitas, buscam contato e negociações com veterinários con-veniados para realizar os procedimentos clínicos necessários. Procuram também la-res temporários para os animais resga-tados e realizam um

trabalho educativo de conscientização sobre vacinação e doação desses animais, junto a guarda responsável em parceria com o Conselho Municipal de Proteção e Defesa Animal, e com o Setor de Maus-tratos a Ani-mais da Polícia Civil. A psicóloga clínica e também presidente da ONG, Rosana Ocam-pos afi rma que todo o trabalho realizado é pela própria ONG, pois não há apoios fi -nanceiros relevantes – não há verba pública ou privada em caráter permanente. “O poder público em Campi-nas é absolutamente omisso em relação ao bem estar Animal, e não tem interesse em estabelecer parce-

Ivana e sua fi lha aguardam o preenchimento do contrato de adoção pela ONG

rias com as ONGs”, afi rmou a presidente. As ONGs protetoras de animais têm cresci-do muito no país, e isso se deve aos trabalhos que buscam mostrar para a sociedade que não existe ser hu-mano se a natureza for destruída, inclusive toda diversidade de es-pécies de animais sel-vagens e domésticos. A presidente da ONG aposta nessa causa e defende o respeito a todos os animais, inde-pendentemente qual ele seja. “Embora nos-so foco enquanto ONG seja o trabalho com an-imais domésticos, mui-tas vezes nos unimos a causas maiores”, relata Rosana. O GAAR tem toda sua documentação

“O poder público em Campinas é absolutamente omisso(...)”

registrada em cartório, possui um estatuto que traça suas dire-trizes e objetivos, além de organizar sua es-trutura interna. E pelo trabalho realizado há mais de uma déca-da, contabiliza desde 2009 até hoje, 1617 animais submetidos à esterilização cirúrgica e 658 animais doa-dos e, consequente-mente adotados.

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Foto: Divulgação

Entre o Videogame e o BosqueCom jogos e tecnologia cada vez mais acessíveis, pais precisam estimular atividades ao ar livre

Tatiane Bueno

“Videogame, só de-pois da lição, Gabriel!” Era assim todos os dias após a escola: Gabriel chegava em casa, jantava e logo queria jogar video-game. A mãe, Suzana Marques Molonhoni impunha limites para que o menino, aos 10 anos, não deixasse de estudar e cumprir suas obrigações. Apesar de curtir fi car horas jogan-do, Gabriel sempre foi bom aluno e suas no-tas, sempre altas. “Ele nunca me deu trabal-ho por causa de vide-ogame”, conta a mãe. Hoje, aos 15 anos, Gabriel joga, no máx-imo, 2 horas por dia e a restrição da mãe continua sendo ter as obrigações cumpri-das. “Mas não jogo todo dia, é só quando não tenho nada para fazer e fi co com té-dio”, conta Gabriel.Com Leonardo, de 8 anos, Patrícia Oliveira Araújo tem mais tra-balho: se não fi zer marcação cerrada, Leo deixa de estudar e a única coisa que quer fazer é jogar. “Já tive até que desconec-tar o videogame, pois chegou uma rec-lamação da escola dizendo que ele não

tinha feito lição.” Em ambos os casos, a psicóloga explica que a postura das mães foi a mais adequada. “As crianças precisam aprender, desde cedo, que existem obrig-ações a serem cumpri-das. Entre elas estão as tarefas da escola e pequenas atividades domésticas. Se seu fi lho perde a noção do tempo na frente dos jogos, será preciso es-tipular o inicio e o fi m da atividade. Vale res-saltar que os pais de-vem conversar com os fi lhos e mostrar a grade de horários que foi construída.”, explica.

Enquanto essa ger-ação nasce pratica-mente sabendo mex-er em computador, tablets e celulares, a escola e os pais pre-cisam mostrar que há um mundo além da tecnologia e sair de casa, estar em conta-to com a natureza não só faz bem à saúde, como também ajuda a desenvolver as habili-dades sociais. Embo-ra os jogos eletrônicos ajudem a desenvolver o raciocínio, também inibem o relaciona-mento interpessoal, pois ao invés de a cri-ança ou adolescente conviver com out-

ras pessoas de sua idade, convivem com o jogo. “Uma dica in-teressante para evitar isso é tornar o jogo um momento propicio para relacionamen-tos, permitindo que seu fi lho leve amigos em casa, para joga-rem juntos, tomarem um lanche”, explica a psicóloga Vanes-sa Rovaris Barbosa. A Região Metro-politana de Campinas tem ótimas opções de lazer ao ar livre e em contato com a na-tureza. Entre muitos parques, praças e zo-ológicos que a região possui, o Bosque dos Jequitibás está entre os destaques: está entre os 5 espaços no País que abrigam zoológico e aquário no mesmo complexo. Além disso, possui resquícios de Mata Atlântica e há também o Teatro Infantil “Car-los Maia”, o Museu de História Natural, o Aquário Municipal e a Casa dos Animais Interessantes, que possui um Centro de Educação Ambien-tal e conta com uma

Crianças participam de atividade no Museu de História Natural, no Bosque dos Jequitibás

Foto: Carlos Bassan

10 a 25 de maio de 2012

agenda de palestras e programas educacio-nais, com o objetivo de educar crianças e adolescentes para a preservação do meio ambiente, através do conhecimento da fau-na e fl ora brasileira, difundir ações con-servatórias e postura solidária em ralação às questões ambientais. “Alguns domin-gos atrás, fomos ao Bosque e o Leo rec-lamou o tempo todo, dizendo que prefe-ria ter fi cado em casa jogando”, conta Pat-rícia. Em casos como esse, a psicóloga ori-enta que os pais não devem ceder às vonta-des da criança. “As cri-anças, principalmente, aprendem pelo exem-plo. Se os pais querem desenvolver em seus fi lhos o gosto por es-portes, pela natureza e por encontros so-ciais, eles devem ser os primeiros a prati-carem isso”, completa. Seja ao ar livre ou jogando, as atividades das crianças e adoles-centes precisam desen-volver seu raciocínio e habilidades sociais.

Arquivo Pessoal

Gabriel: tempo de jogo limitado, obrigações cumpridas

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10 a 25 de maio de 2012

A arquibancada agora é outra Futebol transforma bares em lugares de encontro de torcedores e culto ao esporte

Samanta Purgato

Não são arquiban-cadas de cimento nem cadeiras numeradas, mas já se tornaram cantinhos dos amantes do futebol. Bares dedi-cados a clubes e ao es-porte caíram no gosto dos torcedores da capi-tal e do interior paulista.

Paredes decoradas com mais de 4 mil itens relacionados a futebol é um dos diferenciais do bar de Leonardo Silva Prado, na Vila Madalena em São Pau-lo. Há 12 anos, quando resolveu montar o bar, emprestou a ideia de alguns pubs ingleses que tem o costume de homenagear seus heróis de guerra, e adaptou para a cultura brasileira. “Percebi que se quisesse fazer algo parecido aqui no Bras-il, eu teria que adaptar esses heróis de guerra para heróis das quatro linhas, não tem como fugir somos o país do futebol”, explica Leon-ardo. Todo esse acervo de fotos, fl âmulas de times, caricaturas de jogadores, recortes de jornais e até uma cami-sa da seleção brasilei-ra assinada por Pelé foi sendo montado pouco a pouco, sempre com a ajuda de clientes.

O bar é dividido em três ambientes, que em dias de futebol se tornam “arquiban-cadas” com direito a torcedores uniformiza-dos e exibição de três jogos diferentes, um

em cada ambiente, as-sim várias torcidas tem a possibilidade de as-sistir seus times. Com toda essa atmosfera futebolística, Leonar-do chega receber em média 8 mil clientes por mês, conta que au-menta se no mês há al-guma partida decisiva.

Diferentemente do bar de Leonardo, o bar onde Jailton Ribeiro de Jesus é gerente, não nasceu com alma futebolística, mas há 10 anos se tornou a “casa” dos são-paulin-os em Campinas. Des-de que o atual propri-etário comprou o bar, ele se tornou ponto de encontro de tricolores, e isso começou, é cla-ro, por ele próprio ser torcedor do São Paulo, então começou a con-vidar amigos também torcedores do clube do Morumbi para que pudessem assistir aos jogos juntos no bar.

A fama de “bar dos são paulinos” pegou, a decoração já conta com alguns adereços tri-colores, como quadros, por exemplo, quando tem jogo do São Paulo as três televisões do local dão prioridade, os clientes vão uni-formizados e em jogos decisivos do tricolor o bar chega a ter lo-tação de 800 pessoas.

Outro exemplo de bar que não nasceu futebolístico, mas se rendeu aos encan-tos da “arte” que para o país a cada quatro anos, é o bar de Wash-

ington Jesus Rosa. Há 25 anos no bairro do Ipiranga, em São Pau-lo, como um bar co-mum foi transformado há 5 anos em um “bar corintiano”, com ade-sivos, bandeiras, re-cortes de jornal e uma parceria com a torcida organizada do clube, a Gaviões da Fiel, que passou a marcar pre-sença com parte de sua bateria na rua do bar, uma atração a mais para corintianos que encontraram no bar de Washington um lugar para torcer e demons-trar seu amor ao clube, já que muitos colabo-ram na decoração para deixar o bar cada vez mais preto e branco.

Os palmeirenses de Capivari, interior de São Paulo, não tiveram a mesma sorte, nen-hum bar da cidade se transformou em um “cantinho” alviverde. Então, a solução foi

montar esse “cantin-ho”. Liderados por Clóvis Benedito Zani, um grupo de dez ami-gos se uniu e comprou um barracão que es-tava abandonado, o reformaram e o trans-formaram em um “bar palmeirense”, inteiro pintado com as cores verde e branco, com desenhos de escudos do clube do passado e do presente. Difer-ente de bares comuns, esse só abre em dias de jogos do Palmei-ras e o lucro é somente para a manutenção do local.“Temos esse lugar para reunir os amigos palmeirenses, para ter um lugar nosso em que podemos torcer, discutir sobre os jogos, para ser a nossa ar-quibancada fora do campo”, conta Clóvis. Junto com a ideia do bar, veio também a id-eia de fazer um encon-tro anual, que acon-

tece em um domingo de jogo do Palmeiras, com o objetivo de re-unir palmeirenses de toda a cidade e da região para uma festa com direito a partici-pação da bateria da torcida organizada do clube, a Mancha Verde, e a presença de ex-jog-adores, como Ademir da Guia, Evair e Cesar Sampaio, e esse ano pode contar com uma surpresa. “Esperamos conseguir a vinda do nosso ex-goleiro Marcos, um dos nossos maiores ídolos, para que a festa do 10º encontro seja ain-da maior”, afi rma Clóvis.

O primeiro encon-tro contou com apenas 90 participantes, en-quanto que o nono, ano passado, teve mais de 1.200. Segundo Clóvis, o encontro visa pro-mover além da união dos torcedores palmei-renses celebrarem tam-bém o amor ao clube.

Samanta Purgato

Fotos e escudos, uma das paredes que faz parte do acervo do bar de Leonardo.

Bar decorado com as cores do Corinthians recebe torcedores em dias de jogos.

Ademir da Guia com torcedor em encontro.

Em Campinas, torcedores comemorando gol em bar são paulino.

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Samanta Purgato Samanta Purgato

Samanta Purgato

10 a 25 de maio de 2012

Cirurgia gratuita para orelha de abano“Projeto Orelhinha” visa acabar com os constrangimentos causados pela deformidade

Letícia Araújo

Orelha de abano é uma deformidade das orelhas que se pro-jetam para fora da ca-beça. Para as pessoas que sofrem com esse problema mais per-ceptível em crianças, o Projeto Orelhinha é uma opção. De acordo com o ci-rurgião plástico Mar-celo Souza de Assis, o projeto consiste em atender crianças de 7 a 14 anos e adultos, a fi m de proporcionar cirur-gias gratuitas, evitando o constrangimento. Para a realização da cirurgia, primeiramente é necessário que o pa-ciente faça a inscrição. Após esse procedi-mento uma consulta

será agen-dada para que o mé-dico avalie o estado emocional e psicológico do paciente, dando se-q u ê n c i a a uma tri-agem antes da oper-ação. “No caso de cri-anças, a entrevista é feita para que eu veja se realmente ela de-seja fazer a cirurgia, justamente porque os pais que idealizam que a criança deve operar e esse problema às vezes nem afeta a

vida

da criança. E se o pa-ciente diz que não, eu

não faço a cirurgia”, disse o doutor.Conforme o médico, essa operação pode ser feita depois de cinco anos de idade, quando a cartilagem já esta bem formada. De acordo com o médico, a cirurgia de correção da orelha é relativa

mente simples e pode

ser feita a nível ambu-latorial, tendo retorno das a t i v i da d e s normais den-tro de cinco dias.Flávia Pas-choal, pro-fessora de e d u c a ç ã o infantil, con-

seguiu realizar a ci-rurgia sua e da fi lha através desse projeto. Porém, o custo era el-evado para a sua situ-ação fi nanceira, e sen-do assim, procurou a clínica que realiza este projeto para que a fi lha retirasse a orelha de abano e no meio da en-trevista com o médico

perguntou se também poderia fazer, o médico fez a triagem e a pro-fessora fez a operação, “hoje minha vida é bem diferente, ando de ca-belos soltos e não sinto vergonha”. O médico ressalta que embora seja uma ci-rurgia simples o ganho físico e psicológico é muito grande, pois a criança e o adulto, re-cuperam sua auto es-tima, tornando-se pes-soas confi antes e sem traumas.

Serviço:

(19) 3201.3781 / 3201.3782End: Av. Engenheiro Car-los Stevenson, 385 – Nova Campinas – Campinas SP

Projeto propõe sistema de som em ônibus para defi cientes visuais

O sistema atuará em cidades com mais de 100 mil habitantesLaísa Borges Diório

Na realidade, só as pessoas que têm al-gum tipo de defi ciência sabem, de verdade, como os serviços públicos são precários para atendê-las, prin-cipalmente no Brasil, que diferentemente de outros países, não têm um bom desenvolvi-mento humano e tec-nológico. Nos Estados Unidos, por exemplo, além das estações de trens e metrôs, alguns ônibus já possuem também um sistema de som que indica a todo momento o itinerário das linhas, ajudando assim, defi cientes vis-uais e consequente-mente turistas. Esse mesmo sistema in-formativo está ainda em andamento no Brasil. Por enquanto é uma proposta leg-islativa e sugestão ao poder Executivo, que

pode ou não ser acol-hida, mas faz parte de um dos projetos en-viado ao Ministério das Cidades no começo do mês de abril pelo deputado federal Roberto Lucena do PV(SP) . Ele disse que se preocupa com a situação dos defi cientes visuais que utili-zam os transportes públicos e que, por conta de suas limi-tações físicas, não são orientados ad-equadamente quanto aos pontos, paradas e terminais. A Indicação nº 2706/2012 propõe este sistema nos ôni-bus de cidades com mais de 100 mil habit-antes. “Os defi cientes visu-ais, até agora, depen-dem de terceiros para obter identifi cações e realizar suas ativi-

dades, ,cotidianas. “Eles precisam sempre de auxílio para andar nas ruas, distinguir os itinerários dos ônibus

e alguns obstáculos, além de fi carem ex-postos a condições de risco.”, afi rma o deputado. Segundo ele, ônibus urbanos que transitam nas ci-dades brasileiras, não apresentam sistemas que ajudem os pas-sageiros a identifi car os locais de destino ao longo do percurso,

diferentemente do que ocorre nas estações metroviárias do país. Esse novo projeto, se instalado nos ônibus,

a princípio, iden-tifi cará os princi-pais bairros das cidades e seus pontos de referên-cia como pontes, prédios impor-tantes, colégios e faculdades, postos de combustíveis, h ipermercados, entre outros. Sen-do assim, os pas-

sageiros passariam a se habituar ao trajeto de acordo com a cit-ação desses pontos de orientação, facilitando, também, a população em geral. Um dos grandes ra-dialistas da cidade de Campinas, Romeu França Salgado, que atuou na área há mais de 18 anos é defi -

ciente visual e acredita no projeto. “A ideia é excelente. Se de fato vingar, além de ajudar defi cientes visuais e turistas como propos-to, ajudará também pessoas com outras difi culdades visuais e idosos.”, disse o radi-alista. De acordo com o projeto, esse sistema busca uma boa quali-dade de áudio, jus-tamente para que os passageiros consigam ouvir claramente quais serão as próximas paradas, dando se-quência ao trajeto ou não. E de acordo com os planos do deputa-do, este benefício não elevará o valor das passagens, o que oc-asionaria uma grande preocupação da popu-lação das grandes ci-dades, principalmente a capital e metrópoles.

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que não aguentou a ansiedade e preferiu

viajar para Argentina para o tão esperado encontro, dias antes do show do grupo no Brasil. A banda, que estava hospedada no hotel Four Seasons para os shows que realizaria em Buenos Aires nos dias 3 e 4 de abril pelo festival

Uma segunda ChanceEm Campinas, há oportunidade de estudo para pessoas de 15 à 90 anos que não possuem escolaridade

Ana Carolina Menani

10 a 25 de maio de 2012

Atender jovens e adultos que, por alguma razão, não puderam cursar o ensino fun-damental ou médio, e oferecê-los uma nova chance. Esse é o obje-tivo do EJA (Educação para Jovens e Adultos) I, com a Fundação Mu-nicipal para Educação Comunitária (FUMEC), e EJA II Anos Finais, programas oferecidos pela Secretaria Mu-nicipal de Educação.

O EJA I (Anos Ini-ciais) corresponde ao ensino do 1º ao 5º ano, enquanto o EJA II (Anos Finais) é a continuação do ensino fundamental, do 6º ao 9º ano. Segun-do Mari Cuzin, coorde-nadora do EJA Fumec, diferentemente do EJA II (Anos Finais), eles não possuem prédios e sa-las próprias. “Enquanto Fundação, nós vamos onde precisa, seja em um salão de igreja ou uma sala de associação

de bairros. Eles cedem o espaço físico e nós entra-mos com o ensino”, conta a coordenadora. Ao todo, o programa conta com o envolvimento de aproxi-madamente 400 profissio-nais - entre professores, diretores educacionais, pessoas de apoio – mais o corpo administrativo.

Orivaldo Barbosa Soares, 47 anos, é um dos aproximadamente 3000 alunos matriculados no programa EJA I, e reconhece a importân-cia do estudo, tanto para a vida quanto para a profi ssão. “Eu não tive tempo de estudar quando criança, então agora eu preciso. Tra-balho como pintor e ten-ho que pedir para meu fi lho fazer os orçamen-tos”, explica Soares.

Além do desejo de independência, as situ-ações do dia a dia tam-bém são grande incentivo para que novos alunos se matriculem no programa,

Orivaldo Barbosa Soares, pintor começou a estudar aos 47 anos

além de servir de inspiração para as au-las. “Com s i t u a ç õ e s cotidianas, fi ca mais fácil o aluno e n t e n d e r que a escola não é algo supérfl uo e como saber ler, escrever e fazer uma o p e r a ç ã o matemática, por exemplo, pode torná-lo menos dependente de outras pessoas”, enfati-za Mari Cuzin, coorde-nadora do EJA Fumec.

O prazer de apren-der e as amizades são fatores que, além de levar a pessoa de volta ao estudo, faz com que permaneça e só perca aula em casos de ne-cessidade. Segundo os próprios alunos, o am-biente é como de uma família. “A gente junta

as alegrias com as tris-tezas e compartilha com o outro”, conta Maria Xa-vier, de 63 anos. A pro-fessora Rosemary, que há 21 anos vem trabal-hando no EJA, confi rma a existência do laço de amizade, não só entre os alunos, mas também na relação ‘aluno-professor’. “Nós sabemos os prob-lemas que cada um en-frenta fora daqui, temos essa liberdade de con-tar um para os outros.

Uma vez eu precisei me afastar por devido a problemas de saúde do meu pai, e eles me liga-vam todo dia pra saber como eu estava”, lem-bra Rosemary, tocada pelo gesto dos alunos.

A paixão pelo trabalho é o que move a profission-al, que não se vê fazendo outra coisa. “Eu me en-cantei com essa sensação de fazer parte deles, essa interação e essa simplici-dade”, conclui a professora.

Um sonho que se realizouA carioca Fernanda de Oliveira conta como foi encontrar o seu maior ídolo, Dave Grohl

Renata Cunha

Fernanda , em Buenos Aires, com Dave Grohl

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Foto: Ana Carolina Menani

Quem nunca son-hou em conhecer uma celebridade, que atire a primeira pedra. Porém, para alcançar esse obje-tivo, é preciso muito planejamento, dedi-cação e uma equipe empenhada a realiza-lo. Essa é a história da universitária cari-oca, Fernanda de Oliveira que, com a ajuda de seus amigos também dispostos a tal aventura, teve a chance de conhecer o seu maior ídolo, o líder da banda norte-americana Foo Fight-ers, Dave Grohl.

“Foi uma luta ex-tremamente cansa-tiva, mas que no fi nal valeu muito a pena”, declara Fernanda

Lollapalooza, foi sur-preendida por Fer-

nanda e sua trupe, em meio a uma legião de fãs argentinos. “Foi um encontro rápido, havia muita gente, mas felizmente deu tempo de autógra-fos, fotos e abraços! Vou guardar tudo isso para o resto da minha vida”, conta a fã.

Fernanda tem 24 anos e revela ser fã da banda há 10 anos. “Foo Fighters já é parte da minha vida e desde os primeiros momentos como fã, sempre tive a preten-são de conhecê-los. A partir daí, fi z de tudo para realizar esse sonho”, afi rma a cari-oca que hoje é uma das colaboradoras de um dos maiores fansites existentes da banda no Brasil. O show

E para alegria dos outros fãs brasileiros, o Foo Fighters re-solveu matar as sau-dades do Brasil em apresentação única no dia 7 de abril, na edição de estreia do Lollapalooza no Jockey Club, em São Paulo. A última vinda

da banda ao país ac-onteceu em 2001, du-rante a terceira edição do Rock in Rio. Os fãs puderam agora re-viver os seus maiores sucessos em um show de tirar o fôlego que durou cerca de 3 ho-ras. Além de promov-er o novo cd “Wast-ing Light” (2011), a banda lembrou clás-sicos como “Learn To Fly”, “Breakout”, “My Hero” e a épica “Ev-erlong”, mesmo com a voz rouca e gasta do vocalista, Dave Grohl. “Foi uma noite grandiosa que só fez aumentar todo o meu amor e respeito pela banda”, conta a campineira Ana Caro-lina Alves, que esteve presente no festival para o show da sua banda favorita.

10 a 25 de maio de 2012

Da COLÔNIA ao IMPÉRIOCurso de extensão para alunos da PUC-Campinas visita locais históricos do Brasil.

P roporcionar a vivência entre monumentos

históricos e a imersão de alunos em lugares que fazem parte da história do Brasil, é a proposta da prática de formação “Identidade Sócio-Político-Cultural do Brasil”, organizada pelo diretor e profes-sor da Faculdade de Ciências Sociais da PUC- Campinas, Pedro Rocha Lemos. As ci-dades históricas de Mi-nas Gerais, Petrópolis e Rio de Janeiro, foram os locais escolhidos .

A ideia do projeto surgiu em 2000, de-pois de uma visita à ex-posição “Brasil +500”, em São Paulo, com a faculdade da terceira idade da PUC-Campi-nas, em que viram um pouco do barroco

brasileiro. O interesse foi tanto que os alu-nos sugeriram uma excursão para as ci-dades históricas de Minas Gerais, onde se “respira” o barroco. Essa iniciativa se en-caixou no conceito que a universidade tem para o desenvolvimen-to das práticas de for-mação, que consistem em cursos de extensão obrigatórios com o ob-jetivo de integrar alu-nos de diferentes cur-sos para que além da bagagem acadêmica, possam ter conheci-mento e experiências em outras áreas como esportes, cultura e ar-tes, e por isso tornou-se uma das opções oferecidas aos alunos.

Com o objetivo de resgatar as raízes históricas do Brasil, o

projeto foi dividido em três módulos. O primei-ro referente às cidades históricas de Minas Gerais, passeio que proporciona o contato com o período colonial brasileiro. Já o segun-do módulo passa por Petrópolis, enfatizando o período imperial, e o último visita o Rio de Janeiro, com enfoque na transição do Impé-rio para a República.

O projeto inicial era-concluir um módulo por ano. Mas com a grande procura, em 2011, o projeto começou a ser realizado semes-tralmente. Os interes-sados eram em sua maioria alunos das áreas de humanas e comunicação, mas de acordo com o profes-sor Pedro, organizador da prática, no ano pas-

sado já houve uma pro-cura maior de cursos de outras áreas, como engenharia e farmácia, mostrando o interesse desses alunos em res-gatar e vivenciar in loco os diferentes períodos da história brasileira. “Hoje, vemos interesse de alunos de outras áreas, até da Medici-na, o que nesses qua-tro anos de realização, nunca havia aconteci-do”, afi rma o professor. Além do interesse pela parte histórica da práti-ca de formação, Pedro acredita também que o fato de proporcionar a integração de alunos de diversos cursos, ajuda no sucesso do projeto, como confi rma a estudante de farmá-cia Letícia Moda, que participou em 2011 da viagem a Minas Gerais,

“gostei muito de poder ver de perto lugares históricos, como as igre-jas, mas valeu também por conhecer pessoas que eu jamais con-heceria se não fosse com essa viagem”.

A escolha dos lu-gares teve dois critérios, primeiro pela proximi-dade com Campinas, assim as viagens po-dem ser feitas de ôni-bus, o que diminui o custo, e segundo por serem locais conser-vados com muitos patrimônios históricos. O sucesso do projeto refl ete na possível ex-pansão para um quarto módulo, que seria reali-zado em Brasília, com objetivo de fechar o ciclo político brasileiro com a consolidação da República até os dias de hoje, mas ainda

MINAS GERAIS

Uma das cidades visitadas é Ouro Preto, que é a mais ex-plorada, abriga a Igreja Nossa Senhora do Rosário, exemplo do período barroco e o Museu da Inconfi dência, que guarda documentos assinados por Ti-radentes. Em Congonhas do Campo, o Santuário de Bom Je-sus de Matosinhos que abriga, os doze profetas esculpidos por

PETRÓPOLIS

Dentre os lugares visitados es-tão o Museu Imperial, que guar-da um rico acervo de peças li-gadas a monarquia brasileira com raridades como a coroa dos Imperadores Dom Pedro I e II, a Casa da Princesa Isa-bel e do Barão de Mauá, fi gu-ras importantes do Império.

RIO DE JANEIRO O ponto de partida é o Paço Im-perial, que ainda mantém em partes a decoração original de 1840 e abriga mostras de arte. Visita-se também o Palácio do Catete ilustrando a transição de Império para a República, pois era usado desde os tem-pos do Imperador Dom Pe-dro II até a transferência da capital federal para Brasília, e o centro histórico carioca.

Samanta Purgato

Samanta Purgato

Igreja Nossa Senhora do Rosário, que começou a ser construída em 1785, é um dos lugares visitados na passagem por Ouro Preto.

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