SAIBA COMO MANTER O SEU CORAÇÃO SAUDÁVEL Saber...

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Saber Viver Saber Viver UMA REVISTA PARA QUEM VIVE COM O VÍRUS DA AIDS Ano 11 Nº 47 - Dezembro de 2010 – DISTRIBUIÇÃO GRATUITA RECOMENDADO P r o g r a m a N a cional d e D S T / A I D S M i n istério d a S a ú d e SONO TAMBÉM É SAÚDE: DURMA BEM E VIVA MELHOR SAIBA COMO MANTER O SEU CORAÇÃO SAUDÁVEL Pessoas vivendo com HIV e aids organizam-se em redes para exercer o controle social e conquistar melhores formas de vida e tratamento 11 ANOS JUNTOS POR UMA VIDA MELHOR JUNTOS POR UMA VIDA MELHOR Jovens vivendo com HIV/aids reunidos no Rio de Janeiro para a campanha do Dia Mundial de Luta contra a Aids

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Saber ViverSaber ViverU M A R E V I S T A P A R A Q U E M V I V E C O M O V Í R U S D A A I D S

Ano 11 Nº 47 - Dezembro de 2010 – DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

RECOMENDADO

Programa Nacional deDST

/AID

SMinistério

da Saúde

SONO TAMBÉM É SAÚDE: DURMA BEM E VIVA MELHOR

SAIBA COMO MANTER O SEU CORAÇÃO SAUDÁVEL

Pessoas vivendo com HIV e aids organizam-seem redes para exercer o controle social e conquistar

melhores formas de vida e tratamento

11ANOS

JUNTOS POR UMA

VIDA MELHORJUNTOS POR UMA

VIDA MELHOR

Jovens vivendo com HIV/aids reunidosno Rio de Janeiro para a campanha do

Dia Mundial de Luta contra a Aids

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Parcerias garantem adistribuição da Saber Viver

em todo o BrasilSaber ViverUma publicação gratuita destinada apessoas que vivem com o vírus da aids

Saber Viver Comunicaçãowww.saberviver.org.br

Coordenação editorial: Silvia Chalub

Edição: Bel Levy

Assistente de edição: Ester Machado

Reportagem: Bel Levy, DanielaSavaget e Ester Machado

Consultoria Linguística:Leonor Werneck

Foto capa: Magda Fernanda

Colaboraram neste número: EduardoBarbosa, diretor adjunto doDepartamento Nacional de DST, Aidse Hepatites Virais; Karina Ribeiro,infectologista do Serviço deAssistência Especializada (SAE)Sagrada Família, de Belo Horizonte(MG); Gustavo Magalhães,infectologista, professor daUniversidade Estadual do Rio deJaneiro e pesquisador da FundaçãoOswaldo Cruz (RJ); Márcia Rachid,infectologista da Gerência deDST/Aids, Sangue e Hemoderivadosda Secretária Estadual de Saúde doRio de Janeiro; Marlete Pereira,nutricionista do Hospital ClementinoFraga Filho, no Rio de Janeiro; MauroSchechter, infectologista, professordo Hospital Universitário ClementinoFraga Filho, da Universidade Federaldo Rio de Janeiro (UFRJ); PriscilaJunqueira, psicóloga do CentroCorsini (Campinas, SP)

Editoração eletrônica:A 4 Mãos Comunicação e Design

Impressão: Departamento de DST,Aids e Hepatites Virais do Ministérioda Saúde

Tiragem: 90.000 exemplares

Agradecimentos especiais: a todas aspessoas que colaboraram dando seusdepoimentos para as matérias

Correspondências à redação:Caixa Postal 15088Rio de Janeiro – RJCEP: [email protected]

SUMÁRIOAlimentação: Proteja seu coração . . . . . . . . . . . . . . . . pág 3

Exames de rotina ajudam a prevenirdoenças do coração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .pág 4

Ministério da Saúde informa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . pág 6

Bem-Estar: Sono também é saúde . . . . . . . . . . . . . . . . pág 7

Juntos por uma vida melhor: participação social e aids . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . pág 8

Conheça seus medicamentos: Kaletra . . . . . . . . . . . .pág 13

Namoro ou Amizade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .pág 14

Área Útil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .pág 16

APOIO:

Osegundo semestre de 2010 registrou a articulação dediversos atores envolvidos no enfrentamento da aids,com ênfase em ações de comunicação. Há 11 anos

promovendo a comunicação entre pessoas vivendo comHIV/aids, a Saber Viver participou de diversos eventos, empalestras e oficinas.

Desta integração com o movimento social surgeimportante parceria para garantir a sustentabilidade dapublicação: a partir desta edição, o Núcleo de Campina Grandeda Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/Aids (RNP+CG) é responsável pela distribuição da revista no Nordeste.

A impressão da Saber Viver e a distribuição da revista nasdemais regiões do país está garantida pelo Departamento deDST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, emparceria com os Programas Estaduais de Aids, que serãoresponsáveis pelo envio da revista para unidades de saúde eONGs em cada Estado.

Nesta edição, veja matéria especial sobre a participaçãosocial nas ações de enfrentamento da aids e confira dicas paraprevenir e controlar alterações metabólicas que podemprovocar problemas no coração. Na coluna Conheça seusmedicamentos, a infectologista Márcia Rachid tira dúvidassobre o Kaletra e seus possíveis efeitos colaterais.

A todos os leitores, a Saber Viver deseja um ótimo 2011,com muita saúde! Boa leitura!

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Écomum pacientes emtratamento antirretroviralapresentarem alterações

nos níveis de lipídeos (colesterol etriglicerídeo). O aumento dotriglicerídeo pode causardiabetes, pancreatite e doençascardíacas. Já o alto índice domau-colesterol pode gerardoenças cardíacas. A própriainfecção pelo HIV também podeprovocar inflamação nos vasossanguíneos. Portanto, se vocêquer evitar esses problemas,mãos à obra! A nutricionistaMarlete Pereira, do HospitalUniversitário Clementino Fraga

Filho, no Rio deJaneiro, afirmaque para diminuiros riscos de doençascardíacas é preciso estaratento ao tipo de gorduraconsumida.

Marlete explica que asgorduras saturadas e as gordurastrans são as que mais causamproblemas ao coração. “Assaturadas estão presentes nascarnes em geral, principalmente acarne vermelha, leite e derivados.As gorduras trans sãoencontradas em produtosindustrializados, como biscoitos,

sorvetese bolos”, a

nutr i c ion i s taensina. Por isso, não exagere.Evite frituras, açúcares, massas,vísceras, miúdos e pele de frango.

Frutas e verdurasIncluir frutas e vegetais nas

refeições é essencial. Essesalimentos são ricos em fibras, queajudam a eliminar a gordura docorpo. Marlete indica o consumode laranja, abacaxi, agrião, pepino,berinjela, maçã, mamão, fruta doconde, manga, noz, aveia e farinhade linhaça. Peixes tambémajudam a prevenir problemas nosvasos sanguíneos. “O Ômega 3,presente na sardinha, no atum ena cavala, protege o coração”,Marlete acrescenta. E lembre:além da alimentação saudável,atividade física é fundamental! SV

alimentação

1 xícara de sementes deabóbora1/2 xícara de sementes demelão1/2 xícara de tomate emcubos1 xícara de cenoura ralada1 xícara de repolho fatiado2 colheres (sopa) de cebolaralada2 colheres (sopa) de salsapicada1 colher (sopa) de sementesde linhaçaAzeite a gosto

Protejaseucoração

ano 11 n 47 dez 2010 Saber Viver 3

Umedeça as sementes daabóbora e do melão e leve-asao forno pré-aquecido porcerca de 40 minutos. Mexade vez em quando, atéficarem torradas. Triture-asno liquidificador, junto àssementes de linhaça.Reserve. Em um recipientemisture o tomate, o repolho,a cenoura e a cebola.Tempere com azeite eadicione as sementes.

ReceitaSALADA COM SEMENTESIngredientes Modo de

preparo

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Trat

amen

to

Saber Viver ano 11 n 47 dez 2010

Doenças cardiovascularessão mais comuns empessoas vivendo com

HIV que no restante da popu-lação brasileira. A conclusão éde estudo do Hospital Univer-sitário Clementino Fraga Filho,da Universidade Federal do Riode Janeiro (UFRJ), que apontatambém o aumento de mortespor causas não associadas àaids entre soropositivos, entreelas, doenças cardiovascularescomo infarto, hipertensão ouacidente vascular cerebral(AVC). “O serviço de saúde e aspessoas vivendo com HIV de-vem estar atentos a esses pro -blemas. Exames para avaliaçãodas taxas de colesterol etriglicerídeos devem ser feitosao menos duas vezes ao ano,junto aos de CD4 e carga viral”orienta o infectologista MauroSchechter, coordenador dapesquisa.

O infectologista GustavoMagalhães explica que o trata-mento antirretroviral podeprovocar o aumento dos níveisde colesterol e triglicerídeos noorganismo e que mesmo quemvive com HIV e não está em usode medicamentos pode apre -sentar alterações meta bólicas,“O acúmulo de lipídeos nas pare-des dos vasos sanguíneos – in-

cluindo as do coração – bloqueiaa passagem do sangue e au-menta o risco de doenças car-diovasculares. O médico afirmaque esses efeitos não devem de-sestimular o tratamento. Segun-do o infectologista, com acom-panhamento profissional é pos-sível retornar aos níveis regu-lares de lipídeos. “É fundamen-tal seguir as instruções dosmédicos e nutricionistas. Algu-mas dietas, que nem sempre es-tão associadas à perda de peso,ajudam a controlar as alteraçõesmetabólicas”, Gustavo incentiva.

Dieta e medicamentosMuitas pessoas já compro-

varam que alimentação sau dávele orientação nutricional formamuma receita de sucesso.

Claudio Vilarins estava comas taxas de colesterol e trigli ce -rídeos elevadas. Para reverter asituação, passou a exercitar-se

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Exames de rotinaajudam a prevenir

doenças do coração

Cláudio Vilarins: exercícios para controlaralterações metabólicas provocadas pelosantirretrovirais

Daniela Savaget

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Com

portam

ento

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diariamente. “Sofri alteraçõesmetabólicas depois que come-cei a tomar antirretrovirais. Ain-da não consegui mudar a ali-mentação, mas estou cami -nhando todos os dias. Meusníveis de colesterol e trigli -cerídeos já estão normais”, afir-ma. “Também gosto de meditarpara ter autocontrole e driblaremoções ruins”, completa.

Para Renato da Matta, alémda dieta, a orientação médica in-clui medicamento para a re-dução do mau colesterol. “APravastatina não é distribuídapelo SUS. Preciso tomar duascaixas por mês e cada uma saipor R$ 68. O custo é muito alto”,Renato expõe.

Vida saudável reduz riscosDoenças cardiovasculares

como o infarto agudo domiocárdio e o acidente vascu-lar encefálico, mais conhecidocomo derrame, ocorrem commaior frequência em pessoasque fumam, não praticam exer-cícios físicos, são estressadas,diabéticas e não controlam os

níveis de glicose no sangue. “Aprincipal maneira de evitardoenças cardiovasculares élevar uma vida saudável. Issosignifica parar de fumar, man-ter uma alimentação equilibra-da e praticar exercícios, enfim,seguir todas as orientações do

médico e do nutricionista” Gus-tavo recomenda.

Paulo André Oliveira Pal -mei ra é hipertenso, diabético esofreu um AVC em 2007. Elepassava por um momento difí-cil e estava muito estressado.“Enfrentei muitas dificuldadespor conta do preconceito. Per-di meu restaurante e cheguei amorar na rua”, recorda. Hoje,re cu perado, Paulo não descuidada saúde. “Não esqueço o re -médio da pressão, faço cami -nhadas, evito sal, açúcar e be-bidas alcoólicas”, conta. Alémdisso, uma grande conquistaem meio a tantos desafios tam-bém contribui para a suasaúde: o bom relacionamentoque mantém com o parceiro.“Estamos juntos há sete anose ele me mantém feliz”,comemora. SV

COMO ESTÃO SEUS NÍVEIS DE

GLICOSE, COLESTEROLE TRIGLICERÍDEOS?Alterações metabólicas podem provocar sintomas que muitasvezes se confundem com a própria infecção pelo HIV, comocansaço, tonteira, dificuldade de concentração, muita sede. Paragarantir a saúde, é importante ter acompanhamento médico erealizar periodicamente exames de sangue, testes ergométricose eletrocardiogramas – todos disponíveis na rede pública. “Oagendamento é feito de acordo com o volume de pacientes queprocuram os laboratórios e as filas de espera variam entre asunidades de saúde, nas diferentes cidades do país”, observaGustavo. O infectologista, que atua no Hospital Universitário Pedro Ernestoe em posto de saúde da Prefeitura do Rio de Janeiro, ressalta quenão tem visto problemas para a realização dos exames. “Osresultados são emitidos entre três e sete dias”, afirma. Para proteger o seu coração, converse com o seu médico sobreo que está sentindo e não deixe de realizar exames de dosagensde glicose, colesterol e triglicerídeos. Eles devem ser feitos aomenos duas vezes ao ano, preferencialmente junto aos examesde CD4 e carga viral.

Edinaldo Antônio da Silva (à esquerda) e Paulo André (à direita): amor faz bem à saúde

Daniela Savaget Tratamento

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nota

s

Saber Viver ano 11 n 47 dez 20106

OMinistério da Saúde lançou suplemento

com recomendações para pessoas expos-tas ao HIV por relações sexuais despro-

tegidas. O texto atualiza procedimentos tera-pêuticos indicando quando e como prescrever ouso de antirretrovirais em situações de risco. Oobjetivo é ampliar as oportunidades de prevenira transmissão do HIV, especialmente entre casaissorodiscordantes, profissionais do sexo e usuáriosde drogas injetáveis, entre outros perfis.

Os medicamentos para profilaxia do HIV es-

tão disponíveis nos Serviços de Atendimento Es-pecializado (SAE) e nas unidades que atendem si-tuações de urgência, como casos de violência se-xual. O atendimento deve ser feito, preferencial-mente, nas duas primeiras horas após a relaçãosexual desprotegida e, no máximo, em até 72 ho-ras. Ao receber o coquetel pós-exposição, a pes-soa é orientada sobre os objetivos da utilizaçãodos medicamentos, os possíveis efeitos adver-sos, a importância dos medicamentos e que amelhor prevenção é usar sempre o preservativo.

Aimportância do protagonismo juvenil é reconhecida pelo Departamento Nacional de DST, Aids eHepatites Virais do Ministério da Saúde, que em 2010 elegeu o tema como mote para a campanhado Dia Mundial de Luta contra a Aids, 1º de dezembro. “Escolhemos priorizar o público de 15 a

24 anos considerando dados específicos deste grupo, como o maior número de parceiros casuais e o ele-vado índice de relações sexuais desprotegidas. O objetivo é desconstruir o preconceito enfrentado pe-los jovens HIV+ e promover comportamentos seguros de prevenção”, apresenta o diretor adjunto do De-partamento Nacional de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Eduardo Barbosa. O ma-ranhense Jadilson Silva Neto, de 24 anos, participou da campanha, que exibe fotos de jovens vivendo comHIV/aids junto a outros jovens e abraçados a celebridades. “A campanha mostra que a aids não tem ca-ra. E que por isso o preconceito não deve existir”, Jadilson conclui.

Tratamento pós-exposição sexual

O ano de 2010 termina com novidades na área da aids: a inclusão de um novo antirretroviral na rede pública, campanha

com jovens e novas recomendações para pessoas expostas ao HIV por relações sexuais desprotegidas

Novo medicamento para tratamento da aids

Os jovens e a aids

Desde outubro, o Ministé-rio da Saúde oferece novomedicamento para pa-

cientes com HIV/aids. A etraviri-na é prescrita para pessoas comresistência aos demais antirre-trovirais. A indicação clínica pa-ra utilizar a etravirina é feita apartir da analíse do histórico te-rapêutico do paciente e do testede genotipagem, que avalia a re-

sistência aos antirretrovirais. Ofluxo é o mesmo que já existepara receber o raltegravir ou aenfuvertida: a solicitação deveráser analisada por um comitê téc-nico estadual formado por in-fectologistas.

O remédio já é utilizado empaíses como Reino Unido e Ca-nadá. Com a novidade, os soro-positivos brasileiros passam a

contar com 20 antirretrovirais,disponíveis em 32 combinações.O Ministério da Saúde já come-çou a entregar aos Estados par-te da primeira remessa da com-pra de etravirina. O Departa-mento de DST, Aids e HepatitesVirais vai investir R$ 4,2 milhõesem 3.360 frascos do medica-mento, que devem atender cercade 500 pacientes.

Ministério da Saúde informa

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Problemas com o sono sãofrequentes em pessoas vi-vendo com HIV. “A insô-

nia é uma queixa comum, po-dendo levar ao cansaço crônico,à diminuição da atividade físicae social e à pior qualidade de vi-da”, afirma a infectologista Ka-rina Ribeiro, do Serviço de As-sistência Especializada (SAE)Sagrada Família, de Belo Hori-zonte (MG). Segundo a médica,o sono pode ser prejudicado porfatores psicológicos, como a an-siedade e a depressão, e fisioló-gicos, como a ocorrência de in-fecções oportunistas ou de al-terações neurológicas relacio-nadas ao HIV, que podem pro-vocar desde transtornos cogni-tivos leves até a demência. “Há,ainda, os efeitos colaterais dosmedicamentos. O efavirenz au-menta o risco de insônia”, Kari-na informa.

EfavirenzO efavirenz também pode

causar sonolência e pesadelos.Estes efeitos costumam diminuircom o tempo, mas há pessoasmuito sensíveis ao medicamento.

Renato da Matta toma efavirenzdesde 2004 e conta que aindasente os seus efeitos colaterais.“Tenho insônia e pesadelos, mascontinuo a terapia porque os be-nefícios valem a pena”, conside-ra Renato.

José Luis usava o medica-mento e não conseguia ter umaboa noite de sono. Demorou aprocurar ajuda, mas conseguiuresolver o problema. “Fiquei commedo de ser taxado de louco”,admite. Mas José procurou oserviço de saúde e infectologistae psiquiatra orientaram a trocado medicamento. Hoje, José dor-me bem e vive melhor.

Boa Noite!Pequenos hábitos podem contribuir para a saúde do sono:

• Ter uma rotina com horários regulares, inclusive para dormir;• Prepara um lugar tranquilo para passar a noite;• Expor-se à luz solar pela manhã e ao final da tarde, paraacertar o relógio biológico;• Praticar atividade física de quatro a seis horas antes de deitar;• Evitar cochilos;• Evitar cafeína, cigarro, álcool e refeições pesadas antes dedormir;• Tomar menos líquido à noite;• Se o problema persistir, procure ajuda de um profissional desaúde.

bem

-estar

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Sono também é saúde

Apoio psicológico pode ajudar

Especialmente entre mu-lheres soropositivas, problemascom o sono podem estar rela-cionados a fatores psicológicos,culturais e sociais. A conclusãoé de estudo realizado no CentroCorsini, em Campinas, que ava-liou a qualidade de vida de mu-lheres vivendo com HIV e re-gistrou alto índice de insôniaentre elas.

A psicóloga Priscila Jun-queira, autora da pesquisa, ex-plica que, além da adequaçãoda terapia antirretroviral, oapoio psicológico é muito im-portante. “O tratamento psico-terápico ajuda a recuperar asaúde do sono e a qualidade devida. Ao apresentar qualquermal estar, devemos sempre pro-curar ajuda profissional”, acon-selha a psicóloga. SV

Para Roberto da Matta, apesar da insônia,tratamento com efavirenz vale a pena

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Alex Ferro

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role

soc

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Saber Viver ano 11 n 47 dez 20108

Aparticipação social é um dos princípiosdo Sistema Único de Saúde (SUS). O en-volvimento de cidadãos na formulação,

execução e fiscalização de políticas públicas desaúde, por meio do controle social, é especial-mente forte na área de HIV/aids. Desde o inícioda epidemia, na década de 1980, o movimentosocial atua de forma estratégica para promo-ver a saúde e os direitos dos soropositivos.

Nestes mais de 20 anos, muitos grupos sur-giram e se fortaleceram, apoiando uns aos ou-tros, compartilhando experiências, desafios esoluções. São iniciativas como a Rede Nacionalde Pessoas Vivendo com HIV/Aids (RNP+) e seusnúcleos regionais e estaduais, a RedeNacional deAdolescentes eJovensVivendo comHIV/AIDS, o

Movimento Nacional de Cidadãs Posithivas, osFóruns Estaduais de ONG/Aids e a própria SaberViver, entre tantas outras organizações.

Para o presidente da RNP+ RJ e do Fórum deONG/Aids do Rio de Janeiro, Willian Amaral, aorganização das pessoas vivendo com HIV/aidsem redes é fundamental para articular esforçosem uma agenda comum. “É preciso pensar es-tratégias coletivas para a integração das trêsredes: adultos, jovens e cidadãs positivas”, o ati-vista aposta.

Assistencialismo X EmpoderamentoWillian Amaral conta que, no início desta his-

tória, os movimento sociais atuavam principal-mente de forma assistencialista, para preencher

Pessoas vivendo com HIV unem esforços para participar daconstrução de políticas públicas, combater o preconceito econquistar melhores formas de vida e tratamento

JUNTOS POR UMA

VIDA MELHOR

Geroge Pacífico

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controle social

ano 11 n 47 dez 2010 Saber Viver 9

espaços deixados pelo poder público. Entre es-tas ações estão a criação de casas de apoio, adistribuição de cestas básicas e a realizaçãogratuita e solidária de consultas médicas e ju-rídicas. Para o ativista, este modelo cumpre umpapel importante, mas a atuação das redes nãopode se limitar a esta abordagem.

“O assistencialismo é muito forte porque vi-vemos situações intensas de pobreza e miséria.Mas o movimento social deve atuar tambémde forma estratégica, para garantir o controlesocial e a intervenção da população na saúdepública”, esclarece Willian. “Ocupar espaços derepresentação é primordial para fortalecer omovimento social e superar o assistencialismocomo forma de atuação”, Willian considera.

Um destes espaços é o Encontro Nacional dePessoas Vivendo com HIV e Aids, conhecidocomo Vivendo, que realizou sua 15ª edição emoutubro, no Rio de Janeiro, sob organização dosgrupos Pela Vidda Rio e Niterói. “A mobilizaçãosocial, a diversidade de experiências expostas ea amplitude dos temas abordados fazem do Vi-vendo um importante fórum comunitário parao enfrentamento da aids”, apresenta o presi-dente do Grupo Pela Vidda Rio, Márcio Villard.

Os jovens e o futuro da aidsNo contexto do movimento social, uma ten-

dência tem ganhado força nos últimos anos: oprotagonismo juvenil. A crescente articulaçãode adolescentes e jovens em torno da temática

"É preciso pensarestratégias coletivas

para a integração dastrês redes: adultos,jovens e cidadãs

positivas”Willian Amaral

RIO DE JANEIRO FAZ MAL À SAÚDE PÚBLICA

Aprecária situação da saúde pública do Rio de Janeiro é notícia nos principais jornais do país.A falta de exames, leitos e medicamentos é rotina para as pessoas vivendo com HIV/aids epara a população em geral. “No Rio de Janeiro, a atenção básica aos soropositivos é

descontínua, fragmentada. O diagnóstico tardio permanece como um grande problema”, destacaWillian Amaral, presidente da RNP+RJ e do Fórum de ONG/Aids do Rio de Janeiro.

O ativista reforça a importância do controle social diante deste cenário: “O modelo de saúdepública do Rio de Janeiro é equivocado e o movimento social tem o dever de se manifestar. Nóstemos nos posicionado nos espaços disponíveis e estamos buscando novas parcerias, com oMinistério Público e a OAB, por exemplo”.

No Dia Mundial de Luta contra a Aids, 1º de dezembro, o Fórum de ONG/Aids do Rio de Janeiroprotocolou, junto ao Ministério Público, carta solicitando providências sobre a situação caótica dasaúde pública no Estado do Rio de Janeiro e a assistência aos portadores do HIV e dos doentes de aids.

XV Vivendo discutiu a formação de redes de solidariedade

Daniela Savaget

de HIV/aids, representada por iniciativas comoa RedeNacional de Adolescentes eJovensViven-do comHIV/AIDS, abre espaço para abordagemde assuntos específicos deste grupo, muitasvezes não considerados por adultos, como edu-cação, formação profissional, sexualidade e di-reitos reprodutivos.

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Saber Viver ano 11 n 47 dez 201010

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O estudante de ciências sociais Cleverson daSilva Fleming dos Santos, de 20 anos, desco-briu-se soropositivo há aproximadamente doisanos. Ele conta que logo após o diagnóstico sen-tia-se solitário e deprimido. “Eu achava que erao único jovem vivendo com HIV no mundo e quepor isso – e pelo preconceito – ninguém me en-tenderia. Depois de participar de um encontrocom outros jovens soropositivos percebi que nãoestou sozi nho e que posso, sim, levar uma vidanormal”, Cleverson observa.

Rafaela Neves, de 19 anos, nasceu com HIVe ainda criança participava de grupos de con-vivência no Hospital Universitário Gaffrée eGuinle, no Rio de Janeiro. “Participei pelaprimeira vez de um encontro de jovens aos 15anos. É diferente de participar de um grupo deconvivência, porque não estamos simplesmentesendo ajudados. Nós somos os protagonistas ejuntos lutamos para conquistar autonomia navida e na luta contra a aids”, Rafaela compara.

Novos desafiosHoje, novas demandas se somam a questões

que persistem desde o início da epidemia. Avan-ços como a universalização da terapia antirre-troviral e do reconhecimento dos direitos dossoropositivos são importantes e animadores,mas a dificuldade no acesso a exames, a per-manência da discriminação e, recentemente, acriminalização de pessoas vivendo com HIV/aids

exigem novas formas de articulação da socie-dade e novas estratégias para o ativismo social.

Aids na JustiçaPensando nisso, o I Seminário Nacional para

o Enfrentamento da Discriminação, Criminali-zação e a Violação de Direitos no Contexto doHIV/Aids, realizado em outubro na sede da Or-dem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro(OAB–RJ), promoveu a análise e o debate docrescente número de ações na Justiça contraportadores de HIV. O evento foi promovido pe-los grupos Pela Vidda Rio e Pela Vidda Nitéroi,em parceria com o Departamento Nacional deDST, Aids e Hepatites Virais do Ministério daSaúde, a OAB–RJ, a Associação Brasileira In-terdisciplinar de Aids (Abia) e o Grupo de In-centivo à Vida (GIV–SP).

No Brasil, não há legislação específica parapunir a transmissão do HIV, mas muitas conde-nações já foram realizadas. “O Direito deve com-bater todo tipo de discriminação. É insustentá-vel o enquadramento da transmissão do HIV co-mo tentativa de homicídio”, avalia o juiz federalRoger Raupp Rios, do Rio Grande do Sul.

Cleverson dos Santos, Regina Bueno, Rafaela Neves e a rede dejovens HIV+: protagonismo juvenil contra o preconceito

Gutemberg Brito

Arquivo pessoal

O presidente do Grupo Pela Vidda Rio, Márcio Villard, aposta emfóruns comunitários para fortalecer o controle social

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RNP+ INVESTE EM COMUNICAÇÃO

Apercepção da comunicação como proces-so estruturante do movimento social deluta contra a aids motivou a realização de

diversos eventos abordando o tema Comunicaçãoe Aids. A Saber Viver esteve presente nestes en-contros, promovendo palestras e oficinas sobre asua experiência na comunicação de temas rela-cionados ao HIV.

Em outubro, o Seminário Regional de Comu-nicação e Aids, promovido pela Rede Nacional dePessoas Soropositivas (RNP+) Núcleo CampinaGrande, reuniu membros da sociedade civil, profis-sionais de saúde, jornalistas, pesquisadores e es-tudantes de Comunicação para discutir desafiose estratégias para garantir maior visibilidade àcausa da aids na sociedade. A participação daSaber Viver destacou a atuação da mídia alter-nativa na luta contra a aids, especialmente no di-alogo direto com as pessoas vivendo comHIV/aids.

O evento contou com a participação de repre -sentantes do Departamento de DST/Aids e He-patites Virais do Ministério da Saúde, que apre-sentaram ações de comunicação direcionadas acada uma das três áreas. Para o ativista Elias No-bre, da Rede de Solidariedade Positiva de Sobral(CE), além de ações em prevenção, as iniciativasde comunicação na área de HIV/aids devem fo-mentar a solidariedade. “O preconceito é um de-safio persistente, que deve ser enfrentado em to-dos os ambientes, principalmente na escola e notrabalho”, Elias considera.

Maceió sedia encontrosEm novembro, Maceió sediou dois eventos

que também abordaram a comunicação. Com otema A Comunicação como meio de organiza-ção, visibilidade e fortalecimento das redes, o 8ºEncontro Estadual da RNP+ Alagoas e CidadãsPositivas, reforçou o papel da comunicação noenfrentamento da aids e do preconceito em re-lação às pessoas vivendo com HIV e discutiu aatu ação da grande mídia na área.

A principal crítica dos participantes refere-se à forma repetitiva, superficial e sensacionalistaadotada pela imprensa na cobertura da aids.“É

preciso fugir das mesmices, da abordagem ‘assimpega, assim não pega’. É preciso dar visibilidadea outros debates, como o acesso à saúde públicae o enfrentamento do preconceito”, resume Clau-dio Vilarins, coordenador administrativo da RedeRNP+ Alagoas.

Com o lema Novo tempo: juntos, fortes e or-ganizados, o 4º Encontro da RNP+ Nordeste 2010reuniu mais de cem pessoas vivendo comHIV/aids em debates, mesas-redondas, oficinas. Aatividade promovida pela Saber Viver resultouem uma matéria de cobertura do evento, quepode ser lida no site da revista.

Nova parceria para distribuição da Saber ViverDurante o encontro, foi anunciada a parceria

entre a Saber Viver e a RNP+ Campina Grandepara distribuição da revista na região Nordeste.“A revista Saber Viver tem papel primordial noenfrentamento da epidemia de aids, porque é oprincipal veículo de comunicação com as pessoasvivendo com HIV. Apoiar e participar dessa ini-ciativa, garantindo o acesso dos soropositivosnordestinos à publicação, é gratificante”, reco -nhece o presidente da RNP+ Campina Grande,Silvestre Gonçalves Maia. SV

controle social

O presidente da RNP+ Campina Grande, Silvestre Gonçalves Maia,anuncia parceria para distribuição da Saber Viver no Nordeste

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Saber Viver ano 11 n 47 dez 201012

arti

go

Ainda hoje, receber oresultado positivo parao HIV pode tirar uma

pessoa de órbita. Apesar detoda a informação disponívele do tratamento que torna aaids uma doença crônica,acreditem, muita gente aindaperde o chão e, num primeiromomento, só consegue pensarem morte. A diferença é que,enquanto nas décadas de1980 e 1990 demorávamosanos para assimilar a notícia,hoje, apesar do enorme baque,com ajuda, em poucos mesesvolta-se à vida normal.

Outro dia um jovem queacabara de se descobrir soro-positivo me procurou, deses-perado. Apesar de bem infor-mado, ele não queria se abrircom a família e chegou a ten-tar suicídio. Também abando-nou o último ano da faculdadede Direito e largou o emprego.

“Parei de ir às aulas porme sentir um zumbi à esperado fim. A sensação é de quenunca mais serei plenamentefeliz. É como se a minha vidaestivesse manchada parasempre”, ele relatou. E, paramim, que vivo há mais de 20anos com o vírus HIV, passarpor isso em pleno século 21parece uma enorme perda de

tempo – ainda que totalmentecompreensível.

Em 1989, quando recebi omeu resultado, não haviaremédios. Aí sim congeláva-mos nossas vidas. Mas com achegada da terapia antirretro-viral, em 1997, tivemos de cor-rer atrás dos projetos não rea-lizados. Eu, que largara umafaculdade aos 20 anos, a reto-mei aos 34, quando percebique não morreria tão cedo – eque não queria continuar semuma carreira. Agora, aos 39,concluí uma pós-graduação.

Foi com esses argumen-tos, muita conversa e exem-plos de outras pessoas, que ofiz enxergar o disparate de,atualmente, associar HIV emorte. Simplesmente não po -de mos cruzar os braços e es -perar a vida passar. Não pode-mos parar de fazer planos,parar de sonhar... Caracte -rísticas estas tão intrínsecasaos seres humanos.

“Você tem de se prepararpara uma vida normal. Vai terde pensar em carreira, traba-lho, relacionamentos, família etudo o mais”, eu lhe disse. Aaids se tornou realmente umadoença crônica, ainda muitoséria, mas totalmente tratá-vel. E, sim, temos que lidar

com os efeitos colaterais dosremédios. Mas aqueles que,como eu, os tomam correta-mente podem viver com quali-dade.

Hoje o rapaz voltou a sor-rir. Depois de três meses, reto-mou a faculdade e está fazen-do terapia. “Continuo com asmesmas ambições, mas agorahá outros aspectos maisimportantes. Quero ficar per-to da minha família, ser menosexigente com as pessoas emais carinhoso”. Bem-vindode volta à vida, garoto! SV

O BAQUE E OREEQUILÍBRIO

por Valéria Piassa Polizzi

Valéria Piassa Polizzi éautora do livro “Depois

daquela viagem”- diário debordo de uma jovem que

aprendeu a viver com aids.É jornalista, tem 39 anos e é

soropositiva há 23.

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ano 11 n 47 dez 2010 Saber Viver

med

icamentos

13

Kaletra é o nome comer-cial da associação de lo-pinavir (200mg) e rito-

navir (50mg). O medicamentopertence à classe de inibidoresda protease. Existem tambéma solução oral e o novo Kaletraem comprimidos para crianças,com menor concentração dosprincípios ativos (100mg de lo-pinavir e 25mg de ritonavir).

Para adultos que ainda nãoiniciaram a terapia antirretro-viral, a administração pode serfeita de duas formas: dois com-primidos de 12 em 12 horas; ouquatro comprimidos, de 24 em24 horas – com ou sem ali-mentos. O Kaletra não precisade nenhuma condição especialde armazenamento.

Associação com outrosmedicamentos

“Ainda não está aprovadano Brasil a dose única diária doKaletra para crianças e adultoscom experiência com múltiplosesquemas ou a associação domediamento ao esquema efa-

virenz, nevirapina, carbamaze-pina, fenobarbital ou fenitoína”,alerta a médica Márcia Rachid,da Gerência de DST/Aids, San-gue e Hemoderivados da Se-cretária Estadual de Saúde doRio de Janeiro.

"O Kaletra é indicado parapacientes que vão inaugurar aterapia antirretroviral e tam-bém para esquemas de resgateque dependem do grau de re-sistência viral do paciente. Nes-tes casos, o ideal é realizar oteste de genotipagem do HIV”,considera Márcia.

Reações adversasAlguns pacientes toleram

muito bem o lopinavir/ritonavire não apresentam efeitos ad-versos. Entretanto, são comuns,especialmente no início do tra-tamento, episódios de diarréia,náusea, vômitos, alterações gás-tricas, sensação de fraqueza eforte dor de cabeça. Possíveisinterações com outras substân-

cias podem ocasionar proble-mas graves. Por isso, consultesempre o médico ou o farma-cêutico antes de ingerir qual-quer medicamento. Outro aler-ta importante é que a soluçãooral desta combinação contémgrande quantidade de álcool.Tome cuidado ao usar metroni-dazol ou dissulfiram. SV

Conheça seus Medicamentos

Kaletra (Lopinavir + Ritonavir)

EFEITOS COLATERAISO QUE FAZER?� Aumento dos níveis detriglicerídeos e de colesterol(LDL) – As alteraçõesmetabólicas costumam apare-cer em curto prazo. Acompa -nhamento médico e nutri-cional ajudam a evitar compli-cações cardiovasculares. � Alterações do ritmocardíaco e da atividade elétri-ca podem ocorrer especial-mente em quem já têm pro -blemas cardíacos ou tomaremédios que causam essasalterações.� Alterações hepáticas, maisfrequentes em pessoas comhepatites B ou C. Evitar a in-gestão de medicamentos tóxi-cos para o fígado e o consumode bebidas alcoólicas. � Pancreatite – A inflamaçãodo pâncreas é um efeito raro.Evitar o consumo de bebidasalcoólicas. � Diabetes ou hiperglicemia– Comum em pessoas em usode inibidores de protease,principalmente quando háhistórico familiar.

"Quando comecei a tomar oKaletra, vomitava, tinhafebre e diarréia todos os

dias. A médica me disse paracontinuar com o medicamento,pois o meu organismo precisava seadaptar à novidade. Ainda tenhoum pouco de diarréia, mas osefeitos colaterais diminuíram eestou muito bem”, EdileineMoreira da Silva

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nam

oro

e am

izad

e

Saber Viver ano 11 n 47 dez 201014

ALAGOASMoro em Maceió e procuro amigos novosde ambos os sexos. Soropositiva há oitoanos. Olhos castanhos, morena, 35 anos.Contato: (82) 9103-7408 Edileide Moreira.

Rapaz soropositivo, moreno, quer conhecerpessoas novas para dividir emoções da vi-da. Tel.: (82) 8818-3553 – Iratam.

Gostaria de encontrar homem de 48 a 65anos para dividir alegrias e tristezas. Tenho54 anos, sou de sagitário, divorciada e comtrês filhos, sendo um menor e dois maioresde idade. Busco a felicidade. Contato:[email protected] – Mada.

Descobri que sou soropositiva há dois anose sete meses. Tenho 45 anos e seis filhos.Todos são casados, apenas uma de noveanos ainda mora comigo. Não fumo e be-bo somente nos finais de semana. Procurohomem de 46 a 55 anos, divertido e alegreque goste de dançar para dividir a solidãocomigo. Não deve ter preconceito com osfilhos. Contato: (82) 9126-7333 – Mariado Carmo.

Procuro pessoa de até 35 anos, sem im-portância de cor, que goste de praticarexercícios. Sou moreno claro, malhado,com 1.72m. Moro sozinho em Maceió. Soudeficiente visual, aposentado e indepen-dente. Contato: (82) 9326-7734 – JC.

BAHIAMeu nome é Gutman, tenho 48 anos,1.80m, 80kg, moreno, assintomático, boaaparência, ativo. Tel.: (71) 9944-5730.

Homem que reside em salvador e tem 36anos, busca mulher soropositiva para evo-luírem juntos e viverem agradáveis mo-mentos e emoções. Tel: (71) 9125-3621 /(71) 8721-0171.

Meu nome é José, tenho 32 anos, solteiro,57kg, 1.71m, soropositivo há 6 anos.Gostaria de conhecer homens para rela-cionamento sério ou uma grande amizade.Uma pessoa que seja independente, to-talmente discreto, que tenha as mesmascaracterísticas que as minhas e uma boasaúde. Que goste de viver a vida e não se-ja afe minado. Contatos: (71) 8887-4579 /(71) 9148-1470 / MSN: [email protected]

CUBATenho 35 anos, sou divorciado, branco,amoroso e sincero. Desejo conhecer ami-gas e amigos de todas as idades. Tam-bém busco um amor sincero e que quei-ra compartilhar a vida. Cartas para Edif.7, Apto 24 – Rpto 26 de Julio – Ilayon –Holguin – Cuba – CP. 83000 – WilmerVargas Labarte.

GOIÁSTenho 67 anos, 1.70m, 56kg, divorciado,aposentado. Gostaria de me correspondercom mulheres de 18 a 60 anos, de prefe-rência Cristãs, de todo o Brasil. Cartas pa-ra Rua 16B, Qd. 18D, Lt. 04 – Campos –Setor Tomazinho – Belos – GO – José Nu-nes de Amorim.

MARANHÃORapaz procura outro rapaz sério, de 25 a40 anos, honesto, responsável, ativo e pas-sivo, carinhoso para relacionamento sério.Tenho 36 anos, moreno claro, 1.65m, sim-ples. Procuro alguém com atitude na vida.Preferência para pessoas do Tocantins ouMaranhão. Sou soropositivo há 6 anos,saudável e de bem com a vida. Tel.: (99) 8841-2215 – Paulo.

MINAS GERAISQuero muito encontrar o homem da mi-nha vida. Sou mineira, tenho 33 anos, bran-ca, 1,67 de altura e curso superior. Sou ca-rinhosa e atenciosa. Procuro homem fiel eque queira construir uma relação de com-promisso e cumplicidade que tenha bomnível cultural de 30 a 45 anos que aprecieas coisas boas da vida. Tenho preferênciapor homens brancos ou morenos de peleclara, que seja humilde e trabalhador. Con-tato:[email protected] - Mary

PERNAMBUCOSou branco, 42 anos, 1.72m, 80kg, com-panheiro. Gosto de sair, praia ou campo.Gosto de todos os tipos de música. Gos-taria de entrar em contato com mulheresde 25 a 45 anos para amizade ou algomais. Tel.: (81) 9672-3292 / (81) 8550-1002 / (81) 9226-9767 – Carlos.

PIAUÍTenho 45 anos, moreno, 1.67m, 61kg, sim-pático, carinhoso. Procuro homens ativos,bem definidos no que querem da vida eque sejam sinceros para um relaciona-mento de amizade ou namoro. Pessoas quemorem próximo ao Piauí. Tels.: (86) 8834-8262 / (86) 3232-8640 – Silvano.

RIO DE JANEIROTenho 51 anos, moreno, 1.70m, 68 kg, soumagro, honesto e trabalhador. Gostaria deconhecer homem ativo, entre 30 e 40 anospara um relacionamento sincero. Sou pas-sivo. Tel.: (21) 3770-6279 – José Luiz

A solidão esta cada vez maior. Tenho 55anos, soropositiva desde 85, assintomáti-ca. Gosto de viajar e passear. Sou evangéli-ca, moro sozinha, tenho 2 e filho 5 netos.Sou independente. Quero construir umamor que saiba dividir, somar e, principal-mente, fidelidade e companheirismo. Con-tatos: (21) 3462-3668 (não ligar à cobrar)/ [email protected] Marlene..

Sou viúva, mulata, 1.67m, 72kg. Tenho 51anos e estou à procura de uma pessoa queesteja totalmente livre. Alguém honesto,sincero, carinhoso, que goste de passeare que tenha até 66 anos. Busco um rela-cionamento sério ou uma grande amiza-de. Tels.: (21) 3707-6292 / 8632-3583 –Therezinha.

Gostaria de me corresponder com mulhe-res de 40 a 50 anos para relacionamentosério. Estou privado da liberdade. Sou mo-reno claro, 1.83m, 85kg, olhos castanhos,meio esverdeados. Sou carinhoso, simpá-tico, sem vícios. Desejo conhecer uma mu-lher que se encaixe nesse perfil. Não te-nho filhos e estou com a saúde em boascondições. Cartas Para: Estrada GeneralEmílio Filho, 900 - Bangu – RJCEP: 21854-010 - Instituto Penal VicentePiragibe (Cela E2) – Ivam Nascimento.

Procuro companheiro para compromissosério. Homens entre 43 e 55 anos e quesejam soropositivos. Tenho 50 anos, soro-positiva, assintomática. Aguardo ansiosasua ligação! Tel.: (21) 9243-8961 – Sônia.

Sou moreno, tenho 1,78m e 43anos. Sounatural do Rio de Janeiro, tenho 03 filhos,sou trabalhador e honesto, adoro conver-sar, brincar, ver filmes, curtir a vida comopuder. Procuro mulheres até 50 anos pararelacionamento e que sejam alto astrais eque tenham o compromisso de viver a vi-da. Tel.: (21) 76514624 – Jorge

Gilson, 49 anos, simples, pardo, versátil,1.70m, 65Kg, cabelos e olhos castanhos,sem vícios. Busco namoro firme com ho-mens honestos e simples, acima de 21anos. Não estou buscando sexo, pois ele éapenas consequência. Tenho problemascom locomoção motora, espero que issonão seja problema. Estou aberto tambémpara novas amizades com pessoas hones-tas. Contatos: (21)2449-6648 [email protected].

Se você tem como objetivo ter um relacio-namento tranquilo e duradouro, entre emcontato. Tenho 46 anos, 1,76m, 76Kg. Gos-taria de conhecer pessoas do mesmo se-xo, discretas, ativa e que gostem de conví-vio familiar. Contato: [email protected].

Branco, 1.78m, 75 kg, olhos mel, soropositi-vo há 6 anos, assintomático. Procuro homemativo para relacionamento. Contatos: (21)9793-7786 / [email protected].

Namoro ou Amizade AS CARTAS PARA ESTA SEÇÃO DEVEM CONTER ENDEREÇO COMPLETO E CÓPIA DODOCUMENTO DE IDENTIDADE. A SABER VIVER MANTERÁ ESSES DADOS SOB SIGILO.

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namoro e am

izade

ano 11 n 47 dez 2010 Saber Viver 15

Sou negro, 1.77m, 80kg, 48 anos, assinto-mático, caseiro família, professor. Gostaria deconhecer pessoas do mesmo sexo, entre 30e 50 anos, do Rio de Janeiro, disposto a com-partilhar um sentimento sincero, parceiro,verdadeiro e duradouro. Cont: [email protected] – (21) 8855-4277 – Yude.

Viúvo, 53 anos, ativo, morando sozinho. Que-ro conhecer homens passivos, acima de 58anos, boa aparência, não afeminado. Soumoreno claro, 1.58m, 59 kg, aposentado,pouca deficiência do lado esquerdo, nadaque me impeça de ser feliz. Tel.: (21) 9258-9226 / (21) 7801-2708 – Nando.

Procuro uma esposa para vivermos o restoda vida. Preferência evangélica, de 25 a37anos, temente a Deus e aceite ser a pri-meira dama de uma ONG. Tenho 37 anos,sincero e carinhoso à moda antiga. Servo doDeus altíssimo, com muitos sonhos e proje-tos a realizar. Sou soro+ há 6 anos. Cheio desaúde e amor só pra você. Tel.: (21) 3135-8538 - A. SILVA A - D.Caxias.

Sou morena escura, 1.68m, 63kg. Tenho 38anos, olhos castanhos, cabelo no ombro, umfilho. Trabalho, situação financeira estável.Estou à procura de um homem sério, res-ponsável, que queira somar. Sou evangéli-ca, muito carinhosa. Procuro alguém sem ví-cios para um futuro compromisso. Contatos: msn [email protected] /(21) 9537 -2584 / (21) 7459-2584.

Procuro amizade verdadeira e um sólido re-lacionamento com pessoas do mesmo sexo.Sou caseiro, honesto, gosto de música, cine-ma, artes plásticas, natureza. Estou de bemcom a vida e desejo compartilhar a minha fe-licidade com você. Contatos: (21) 7694-0346 / (2 ) 8353-7030 / [email protected] –Renato.

Negra, 39 anos, fofinha, carente. Estou àprocura de um homem sério, carinhoso, pararelacionamento futuro, tentando ser feliz ereconstruir a vida! Contatos: (21) 9813 6295ou [email protected] – Roberta.

Meu nome é Marcos, sou soropositivo desdejunho de 1992, tenho 44 anos, moreno claro,1.77m, 76 kg, aposentado, discreto e nãoafeminado. Quero conhecer um homem ati-vo, também soropositivo, acima dos 40 anospara um futuro relacionamento, tendo co-mo base a sinceridade, honestidade e fidel-idade. Contatos: [email protected] ou(21) 8157-1371.

Sou moreno claro, 1.70m, 70kg, soropositivohá 10 anos. Estou à procura de uma pessoapara namoro sério. Sou ativo e discreto. Con-tatos: (22) 9225-8436 / 9711-6879 / 8142-1141 / [email protected].

SÃO PAULOGostaria de conhecer alguém discreto, acimade 30 anos, versátil ou passivo, que cuidedo corpo para relacionamento sério. Tenho1.70m, 68 kg, 43 anos. Contatos: (15) 3014-1793 ou MSN:[email protected]

Gostaria de me corresponder com homensentre 35 e 45 anos. Sou portadora do vírushá cinco anos e estou presa no regime semi-aberto. Cartas para: Rod. Raposo Tavares,Km 19,5 – Jd. Arpoador – São Paulo – SP -CEP: 05577-300 – Suely Gonçalves.

Tenho 36 anos, soropositiva há 6 anos,saudável, estabilizada profissionalmente,honesta. Busco um rapaz, não importa ida-de, que seja honesto, que tenha princípiose sem vícios. Adoro testemunhas de Jeo-vá. Para amizade ou algo mais sério, ligue(11) 6766-8735 – Geisa.

Procuro esposa! Tenho 30 anos, solteiro,sem filhos, 1.72m, 75kg, heterossexual, as-sintomático, aposentado, trabalhador ecristão. Procuro uma mulher entre 30 e50 anos, que seja resolvida e que busque omesmo objetivo de se casar. Aceito car-tas de todo o Brasil. Cartas com fotos etelefone terão preferência. Endereço: RuaConde de São Joaquim, 359 - Bela Vista –São Paulo – SP - 01320-010 – EndersonPatrick

Tenho 43 anos, solteiro, moreno, 1.90m,85kg. Gostaria de me corresponder compessoas para amizade. Estou privado daliberdade e me sinto muito só. Cartas pa-ra Caixa Postal 45 - Serra Azul – SPCEP: 14230-970 (Matrícula 69353 – cela5) Wagner F. da Silva.

Meu nome é Marcio Diniz da Silva, tenho39 anos, sou negro, 1.65m, 75kg, olhos ecabelos castanhos. Gostaria de conhecermoças entre 30 e 35 anos e que seja deSão Paulo. Estou privado da liberdade equero conhecer uma pessoa para amizadeou algo mais. Cartas para Caixa Postal 50- Guarei II – SP - CEP: 18250-000

Sou de São Paulo, moreno claro 1,75m,81kg, porte atlético, divorciado, 39 anos,soropositivo há 4 anos e com saúde per-feita. Pratico esporte e sou micro empre-sário. Estou à procura de uma mulher, com-panheira, inteligente, bonita, que tambémpratique esporte que tenha a saúde ok.Mande e-mail [email protected].

Moro em Campinas/SP, tenho 37 anos, mo-rena clara, 1,69m, 63kg, nível superior. Pro-curo homens, que sejam honestos, traba-

lhadores e que queiram compromisso sério,com bom nível cultural. Para os interessa-dos enviar mensagem para o e-mail: [email protected] – Paula.

Tenho 35 anos, solteira, tenho um filho de15 anos. Assumi ser lésbica há 5 anos. Gos-taria de fazer amizades com homens emulheres de todo Brasil. Pessoas sem pre-conceito, sem vulgaridade e que o respei-to esteja acima de tudo. Quem quiser teruma amiga sincera e verdadeira, me adi-ciona no [email protected] ou es-crevam para: Crystina lima. Rua Olga IotiCamargo, 2424 Votuporanga – SP - CEP15501450 – Jardim Santos Dumond. Sóentrem em contato pessoas que queiramamizade verdadeira.

Sou moreno claro, olhos castanhos, sepa-rado, 40 anos, 1.75m, 80 kg, agente desegurança. Sou trabalhador, honesto, ca-rinhoso e vida financeira definida. Façoacademia e adoro praticar esportes. Mo-ro sozinho e gostaria de conhecer mulhe-res de São Paulo e grande São Paulo, de25 a 40 anos, acima de 1.60m, para rela-cionamento sério. Tel.: (11) 6110-6322 –Edvaldo Melo.

Ei, você ai, é você mesmo. Atenção! Ropaparazzo procura novas amizades. Hete-rossexual, bissexual, gay. Indiferente, bas-ta ser humano e ter sentimentos. Gostariade me corresponder com homens e mu-lheres sem preconceitos. Pessoas que quei-ram fazer novas amizades. Sou morenoclaro, 1.75m, cabelos e olhos castanhos.Tenho 33 anos, amo fazer amizades eu gos-to muito de compartilhar meus momentoscom amigos e gosto muito de ouvir suahistória de vida. Prometo enviar foto emtodas as respostas. Enviar carta á RÔ! Pa-parazzo - AV.Expedito Quartieli, 1900 -Complemento: Alameda Araras 112 -Cond.Residencial Stª Úrsula - Bairro:Jard.Staª Úrsula - Moji mirim –SP – CEP:13808-100 - E-mail:[email protected].

Homem de 48 anos, aparentando bemmenos, moreno claro, 1,75 m, 76 kg, edu-cado, carinhoso, ótimo amante e compa -nheiro. Procuro mulher entre 25 e 35 anospara relacionamento sério. Sou deLimeira/SP, mas gostaria de me mudarpara outra cidade ou estado. Contato:[email protected].

Sou homem e me interesso por homens.Tenho 40 anos, 1.75m, 71kg, branco cau-casiano, olhos castanhos, cabelos pretos.Em forma, me considero atraente, bonito,interessante. [email protected].

Busco um companheiro ativo e que saibaviver, assim como eu procuro saber. Sounegro, 1.80m, 77kg, 42anos, vivo em SãoPaulo, mas posso conhecer alguém no eixoRio- SP. Se você busca o mesmo que eu,entre em contato e se não der namoro, vaidar amizade. Contato: [email protected].

SUGERIMOS QUE OS LEITORES

QUE QUEI RAM SE

CORRESPONDER

ALU GUEM UMA CAIXA POSTAL

NA AGÊN CIA DOS CORREIOS.

RECO MEN DA MOS TAMBÉM

QUE, AO MARCAR UM

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A UM AMIGO.

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ALAGOASGrupo ConviverRua Augusto Ribeiro, 98Casa do Artesão JatiucaMaceió – AL(82)3325-7411 / (82)3035-0664

AMAZONASAssociação de Apoio à Criança com HIVRua Pedro Álvares Cabral, 395Manaus – AM(92) 3238-4355 / (92) 3656-1250

BAHIACáritas Diocesana de IlhéusRua Rodolfo Vieira, 36 / 1º andar Centro Ilhéus-BA.(73) 3231-3368 / (73) [email protected] /[email protected]

RNP+ Núcleo BahiaRua J. J Seabra, 116Baixa do Sapateiro – Salvador – [email protected]

CEARÁAGLTTB – CaririRua Leão XIII, 1016/203Salesianos - Juazeiro do Norte – CE(88)[email protected]

DISTRITO FEDERALAmigos da VidaSHCSW, lote 345, bloco 3/4/5, sala 250Ed. Centro Clínico SudoesteBrasília – DF(61)3234-5740

ESPÍRITO SANTOACARD – Associação Capixaba deRedução de DanosAv. N. Senhora da Penha, 2462 / sala 109Santa Luzia Vitória – ES(27)3325-8989 / (27)[email protected]

MINAS GERAISGrupo VhiverAv. Bernardo Monteiro - 1477 -Funcionários - Belo Horizonte – MG(31) 32718310 / (31) 32015236www.vhiver.org.br

MATO GROSSO DO SULAssociação Grupo de MulheresRua Nicolau Frageli, 71Campo Grande – MS(67)3725-5587 / (67)3725-5587

PARAÍBAONG Missão Nova EsperançaAv. Capitão José Pessoa, 985 – JaguaribeJoão Pessoa – PB(83) [email protected]

RNP+ Campina GrandeRua D. Pedro I, 159 – São JoséCampina Grande - PB(83) 3321-8731

RIO DE JANEIROAssociação Brasileira Interdisciplinar deAids – AbiaAv. Presidente Vargas, 446 / 13º andarCentro – Rio de Janeiro – RJ(21) 2223-1040www.abiaaids.org.br

Grupo Pela Vidda Rio Av. Rio Branco, 135/ 7º andar Centro - Rio de Janeiro(21) 2518-3993 / (21) 2518-1997Todas as terças-feiras, às 17h30, e sextas-feiras, às 18h: recepção, acolhimento eapoio psicológico. Todas as quartas-feiras,a partir das 14h: atendimento e orientaçãojurídica. Em 2011, as atividades têm iníciodia 11 de janeiro.

RNP+ Núcleo Médio ParaíbaRua Prefeito Bulcão Viana, 45Jardim Boa VistaBarra Mansa – RJ(24) 3323-5283

Fórum de ONG/Aids do Rio de JaneiroAv. General Justo, 275 / bl. 1 / Sl. 203Centro – Rio de Janeiro – RJ(21) 2544-2866 / [email protected]

RIO GRANDE DO NORTESidadaniaRua Pereira Simões, 39Rocas – Natal(84) 3211-0993 / (84) 3232-8194

RIO GRANDE DO SULCasa Fonte Colombo - Centro dePromoção da Pessoa SoropositivaRua Hoffmann, 499Floresta - Porto Alegre(51) 3346-6405 / (51) 3395-5145

A SABER VIVER É DISTRIBUÍDA GRATUITAMENTE

RORAIMAAssociação de Luta pela Vida (ALV)Rua dos Buritis, 60513 de Setembro – Boa Vista(95) 623-0654

SANTA CATARINACEAPA - Centro de Apoio aos Portadoresda AidsRua Fernando Machado, 140, sala 05Centro – Florianópolis(48) 3028-2725 / (48) 3028-1724

SÃO PAULOGIV – Grupo de Incentivo à VidaRua Capitão Cavalcante, 145Vila Mariana – São Paulo – SP(11) 5084-0255 / (11) [email protected]

Instituto Vida Nova Int. Social, Educaçãoe Cidadania Rua Professor Assis Veloso, 226São Paulo – SP(11) 2297-1516

Fórum de ONG/Aids de São PauloAv. São João, 324/Sl. 701Centro – São Paulo – SP(11) 3334-0704 / (11) [email protected]

CENTRO CORSINITire suas dúvidas sobre HIV/Aids no TeleConsirni: 0800-11-12-13. A centralfunciona de segunda-feira a sexta-feira,das 8h às 17h. A ligação é anônima egratuita. As dúvidas também podem serrespondidas através do e-mail:[email protected]. No sitewww.centrocorsini.org.br, você conheceoutros serviços oferecidos pela instituição.

ONGS QUE OFERECEMASSISTÊNCIA JURÍDICAGRATUITA

Dica de leitura: A Diversidade ReveladaA história de travestis e transexuais, seus desejos, sonhos e dificuldades no acesso àsaúde e à educação são tema do livro A diversidade revelada, lançado em novembropela Coordenação Estadual DST/Aids de São Paulo, o Centro de Referência daDiversidade e o Grupo Pela Vidda SP. A obra destaca a importância de dois serviçosvoltados ao atendimento desta população: o Centro de Referência da Diversidade, umaparceria do Grupo Pela Vidda São Paulo com a Prefeitura de São Paulo, e oAmbulatório de Saúde Integral para Travestis e Transexuais, do Centro deTreinamento e Referência em DST/Aids de SP.

A ONG ECOS – Comunicação emSexualidade, financiada pelo CRTDST/Aids de São Paulo, desenvolve hádois anos o Projeto + MULHERES. Umdos objetivos da iniciativa é a geraçãode renda por meio do lançamento deuma coleção com a marca +MULHERES. Entre os produtosdesenvolvidos, há almofadas e quadros,que levam intervenções em fotografiae/ou bordados e trazem histórias de vidatrabalhadas nas oficinas da ONG. Osencontros acontecem aos sábados, das9h às 16h, na sede da Ecos. Asparticipantes recebem ajuda de custopara transporte e a instituição fornecealimentação.

A previsão é que o projeto sejaencerrado no final deste ano.Entretanto, a instituição está buscandorecursos para a continuidade dotrabalho. Para mais informações, entreem contato com a ONG Ecos:[email protected] | (11)3255-1238 |Rua Araújo, 124/ 2º andar - VilaBuarque - São Paulo/SP.