Saiba + 20 maio

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Faculdade de Jornalismo - Puc Campinas Divulgação Problema em abastecimento de água para a população é causado pela falta de ações por parte das autoridades res- ponsáveis pelos recursos hídricos do Estado, recomendadas por estudo do Instituto Agronômico de Campinas. IAC detectou risco de seca em São Paulo há 14 anos Entrevista com Nasi, o vo- calista da banda IRA! Novos leitos para queimados no Irmãos Penteado não suprem demanda local Pág. 3 Pág. 3 Nova ala contará com doze leitos segundo a Secre- taria de Saúde. Para a Organização Mundial de Saú- de são necessárias trinta e oito acomodações. Doença que afeta a mulheres durante a gestação e impede chegada de nutrientes aos fetos durante o desenvolvimento é pouco conhecida pela população e até mesmo por médicos. Pág. 5 20 de maio de 2014 Desde 2006 Pág. 4 A Kombi foi um dos símbolos do movimento Flower Power. A Volkswagen, fabricante do mo- delo anunciou o fim de sua produção. A campa- nha publicitária de despedida da Kombi emo- cionou muitas pessoas, desde antigos donos até mesmo quem nunca teve a oportunidade de an- dar em uma. Entrevistamos algumas pessoas com histórias de ligação íntima com o veículo. O fim de um ícone de gerações Virada Cultural na Região Síndrome que causa abortos, descrita na década de 80, continua ignorada O português Manoel de Olivei- ra conseguiu apoio para realizar a versão cinematográfica do episó- dio de “Os Lusíadas”. A finalização da filmagem do trecho da obra de Camões está prevista para agosto. Cineasta centenário fil- ma “Velho do Restelo” Saiba quais as melhores atrações do even- to para os próximos finais de semana. De nomes consagrados nacionalmen- te como Baby do Brasil , Ultraje a Rigor e Criolo, passando por bandas locais e até mesmo atrações internacionais. Pág. 8 Pág. 6 Pág. 8 Foto: Evandro Fullin Acervo/Museu Militar de Lisboa Arte: Divulgação Foto: Divulgação

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Jornal laboratorial produzido por alunos do 7º semestre de Jornalismo da PUC-CAMPINAS. Sob orientação do professor Luiz Roberto Saviani Rey

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Page 1: Saiba + 20 maio

Faculdade de Jornalismo - Puc Campinas Div

ulga

ção

Problema em abastecimento de água para a população é causado pela falta de ações por parte das autoridades res-ponsáveis pelos recursos hídricos do Estado, recomendadas por estudo do Instituto Agronômico de Campinas.

IAC detectou risco de seca em São Paulo há 14 anos

Entrevista com Nasi, o vo-calista da banda IRA!

Novos leitos para queimados no Irmãos Penteado não suprem demanda local

Pág. 3 Pág. 3

Nova ala contará com doze leitos segundo a Secre-taria de Saúde. Para a Organização Mundial de Saú-de são necessárias trinta e oito acomodações.

Doença que afeta a mulheres durante a gestação e impede chegada de nutrientes aos fetos durante o desenvolvimento é pouco conhecida pela população e até mesmo por médicos.

Pág. 5

20 de maio de 2014Desde 2006

Pág. 4

A Kombi foi um dos símbolos do movimento Flower Power. A Volkswagen, fabricante do mo-delo anunciou o fim de sua produção. A campa-nha publicitária de despedida da Kombi emo-cionou muitas pessoas, desde antigos donos até mesmo quem nunca teve a oportunidade de an-dar em uma. Entrevistamos algumas pessoas com histórias de ligação íntima com o veículo.

O fim de um ícone de gerações

Virada Cultural na Região

Síndrome que causa abortos, descrita na década de 80, continua ignorada

O português Manoel de Olivei-ra conseguiu apoio para realizar a versão cinematográfica do episó-dio de “Os Lusíadas”. A finalização da filmagem do trecho da obra de Camões está prevista para agosto.

Cineasta centenário fil-ma “Velho do Restelo”

Saiba quais as melhores atrações do even-to para os próximos finais de semana. De nomes consagrados nacionalmen-te como Baby do Brasil , Ultraje a Rigor e Criolo, passando por bandas locais e até mesmo atrações internacionais.

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Foto: Evandro Fullin

Acervo/Museu Militar de Lisboa

Arte: Divulgação

Foto: Divulgação

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Página 2 20 de maio de 2014 Editorial

A cantada infalível

AnA VitóriA BenotiEstudantE dE

Jornalismo

Se você é mulher e já caminhou pelo centro de Campinas, certamente irá se identificar. Andar por aquelas ruas virou si-nônimo de indignação. Cinco vezes por semana faço o mesmo caminho e conto nos dedos às vezes que não recebi comentá-rios indelicados de homens que ali passavam. E fazendo uma pesquisa rápida entre as mulheres campineiras que conheço, percebi que não estou sozinha nessa. A cena se repete, e muito!

E ao contrário do que a maioria da população brasileira acredita, a roupa pouco influência. Você pode estar com o corpo todo coberto ou então com os sinais de cansaço de-pois de um dia de trabalho. Faça o teste. Só caminhar al-guns metros, que olhos sedentos juntamente com as ex-pressões já conhecidas irão te seguir. Não vou generalizar. Existem homens que nos tratam com respeito, não pela di-ferença de gênero, mas como condição intrínseca a qual-quer ser humano. Estes sim merecem minha gentileza.

Infelizmente não são todos. A situação chegou a tal ponto, que campanhas contra o assédio sexual em locais públicos foram lançadas, como por exemplo, a Chega de FiuFiu, que teve ampla repercussão na internet, criada pela jornalista Ju-liana de Faria. Mas em uma sociedade ainda dominada por pensamentos machistas, até quando este tipo de comporta-mento será assimilado com a cantada infalível? Dessa ma-neira, o único sentimento que despertam é o desprezo e a aversão. A verdade é que homens como estes, que conside-ram “essa lá na minha cama” como um grande elogio, nun-ca saberão como conquistar verdadeiramente uma mulher!

RÁPIDAS

Campanha do Agasalho 2014 acontece em Campinas

A arrecadação de peças para a Campanha do Agasalho 2014 acontece até o dia 10 de junho. Os itens para doação podem ser deixados em uma das cai-xas identificadas com o logo-tipo de campanha instaladas em 200 pontos espalhados

A Prefeitura de Campinas anunciou no último dia 10, que o prefeito Jonas Donizette autorizou a realização de um concurso público que ofere-cerá 531 vagas para diversas áreas da Administração mu-nicipal. O processo está em fase de escolha e contratação

ARTIGO

Religiosa, dona de casa, mãe de duas filhas, esposa de um porteiro , Fabiane Maria de Jesus foi espancada até a morte no dia 2 de maio deste ano no Guarujá. Tudo aconteceu após um boato em uma página na rede social. Um retrato falado postado no Facebook trazia traços de uma suposta mulher que estaria sequestrando crianças no bairro do Morrinhos (SP) para usá-las em rituais de magia negra. Por alguns traços similares ao retrato fala-do, enquanto caminhava com uma bíblia na mão, Fabiane foi amarrada e espancada por um grupo de pessoas. Não resistiu aos ferimentos, faleceu no Hospital Santo Amaro.

Será que já somos todos personagens do “Auto da barca do inferno”? A justiça passará a ser fei-ta com as próprias mãos? E o direito de se defen-der? E o momento para o esclarecimento? O que te faz melhor do que o outro para julgá-lo e sacrificá-lo?

Uma página nas redes sociais com mais de 50 mil cur-tidas e com 115 compartilhamentos de um simples boato levou a esta fatalidade e, infelizmente, este caso somente preencherá mais uma lacuna dos 22 casos de linchamen-tos, segundo o G1, que já ocorreram este ano no Brasil.

ExpedienteJornal laboratório produzido por alunos da Faculdade de Jornalismo da PUC-Campinas. Centro de Comunicação e Linguagem (CLC): Diretor: Rogério Bazi; Diretora-Adjunta: Cláu-dia de Cillo; Diretor da Faculdade: Lindolfo Alexandre de Souza. Tiragem: 2 mil. Impres-são: Gráfica e Editora Z

Professor responsável: Luiz Roberto Saviani (Mtb 13.254).

Edição:André Barretto e Fernanda FarrenkopfEdição de capa: André Barretto e Fernanda FarrenkopfDiagramação: André Barretto e Fernanda Far-renkopf

Até o dia 30 de maio, 64 ar-tistas de Vinhedo expõem 138 trabalhos no Centro Cultural Engenheiro Gue-rino Mario Pescani, no Centro, em Vinhedo. São expostos trabalhos de es-cultura, desenho, pintura, fotografia, instalação, tecela-gem, mosaico e artesanato. As obras que se destacarem, de acordo com a Comissão Organizadora, também serão expostas no Salão de Artes Visuais – SAV 2014, em agos-to. A entrada para o 6° En-contro das Artes é gratuita.

Artistas expõem em 6° Encontro das Artes de Vinhedo

Convenção de Tatuagem acontece no início de junho

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O juízo final seriam as redes sociais?BiAncA de PAulAEstudantE dE

Jornalismo

CRÔNICA

Obras de Fernanda Farrenkopf

pela cidade. O material arre-cadado será encaminhado para serviços de acolhimento que compõem a rede socio-assistencial do município. A lista com os endereços e pos-tos de arrecadação está dispo-nível no Portal da Prefeitura.

Campinas irá abrir 531 vagas em concurso público

de empresa, mas a previsão é que o concurso aconteça ainda no primeiro semestre de 2014. As vagas oferecidas serão para cargos das áreas de saúde, educação, meio am-biente, cultura e infraestru-tura. Em breve, a prefeitura divulgará novas informações.

De 6 a 8 de junho acontece a Expo Tattoo, no Jardim Gua-rani, em Campinas. A con-venção tem como objetivo a divulgação da arte, informa-

ção, prevenção, conhecimen-to e cultura do ramo da tatu-agem e body piercing. Mais informações no site www.tattoormc.j imdo.com.br

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Página 320 de maio de 2014 Saúde20 de maio de 2014

O Hospital Irmãos Penteado recebe ala para atendimento especializado no segundo semestre Luana Mestre''

“Por ter um orçamen-to muito rico e ser sede de uma região metropolitana e de duas universidades com curso de medicina estrutu-rada e tradicional, Campi-nas tem uma necessidade maior de leitos para queima-dos”, afirmou o Presidente do Conselho Municipal da Saúde, Paulo Tavares Ma-riante. Segundo a Secretaria

Apesar de novos leitos, vagas para queimados são insuficientes

O aborto espontâneo é motivo de trauma na vida de muitas mulheres. Pa-trícia França , 32 anos, e Paula Ferreira, 25 anos, não se conhecem, mas compartilham dessa dor.

Vários fatores podem le-var a perda fetal, inclusive causas naturais, mas, deve ser investigado com caute-la junto a um profissional. “Os médicos acham normal ter três perdas. Ninguém merece passar por nenhum aborto para começar a in-vestigar”, desa-bafa Patrícia. A analista de seguros Pau-la passou pela mesma situ-ação. “Perdi meu bebê na virada do ano em casa. Este fato trágico foi o im-pulso para eu descobrir o que tinha, encontrei nos fóruns de internet”, revelou.

Patrícia e Paula são pa-cientes de uma doença cha-mada Síndrome do Anticor-po Antifosfolípede (SAF), um problema crônico, des-crito na década de 80, que afeta homens e mulheres. Na SAF, ou ainda, Síndro-me de Hughes, o organismo produz anticorpos que afe-tam a coagulação sanguí-nea causando trombofilia, elevando o risco de trom-boses. No caso da gravidez, essa trombofilia acontece na placenta, órgão respon-

sável por levar nutrientes ao feto, desta forma, este entu-pimento no órgão faz com que diminua a passagem dos nutrientes para o bebê, impedindo, portanto, que o

feto se desenvolva causan-do o aborto ou nascimento prematuro se não for trata-da de forma adequada com uso de coagulantes prescri-to e com acompanhamento médico. ”A gestante com SAAF sem outras confor-midades, pode perfeita-mente ter filhos à termo, saudáveis e com peso ade-quado se forem bem condu-zidas no pré-natal.”, explica Octavio de Oliveira Santos Filho, gestor do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia

do Hospital e Maternidade Celso Pier-ro da PUC-- C a m p i n a s

No entanto, o problema grave, é pou-co conhecido “Eu não fa-zia ideia do que era e nem meus familiares” afirma Pa-trícia, que também aponta a falta de preparo dos mé-

Doença pouco conhecida causa abortos com frequênciaEntenda a Síndrome do Anticorpo Antifosfolípede que pode levar gestantes a perderem bebêsLetícia Quatel

de Saúde, o hospital terá 12 leitos. “O projeto, porém, está sendo elaborado para a instalação de 20”, observou o assessor de imprensa da San-ta Casa de Misericórdia de Campinas, Ângelo Barioni.

De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), o número de leitos para atendimento de quei-mados ideal é de um a cada

30 mil habitantes. A cidade de Campinas possui, se-gundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estimativa (IBGE), população estimada em 1.144.862 milhão. Para suprir a demanda da cidade, eram necessários 38 leitos. “Até pelos critérios da OMS, há defasagem. Campinas tem polo industrial, os riscos são altos”, destacou Mariante, para o qual, até a questão da epidemia de dengue – que demanda mais leitos na ci-dade - deve ser considerada.

Para o coordenador do setor de Queimados, Dr. Flavio Nadruz Novaes, o nú-mero de leitos é apropriado. “Você não pode construir uma unidade pensando no World Trade Center ou no Edifício Joelma. Você cons-trói para o cotidiano, e, para o cotidiano é suficiente”, ava-liou. Mariante, no entanto, classifica o déficit como pro-

“É inadmissível que o médico obstetra não tenha ciência”

blemas de planejamento. ”Há situações que pegam a saúde de surpresa. É inadmissível que isso aconteça”, destacou o Presidente do C o n s e l h o Mu n i c i p a l da Saúde, admitindo, porém, que estimativas são “difíceis”.

Enquanto a ala não é ins-talada, as vítimas de quei-madura são transferidas. “A referência mais próxima é Limeira, distante cerca de 60 Km”, informou o coordena-dor do setor de queimados, Dr. Flavio Nadruz Novaes. A reclamação principal da população, que chegou ao conhecimento do Conse-lho da Saúde, se relaciona às condições de transporte. “Se a pessoa vai ser atendida em Limeira, ela precisa de deslo-camento pra lá! E qual a con-dição do SAMU hoje? Deplo-

Dr. Octavio Filho

Foto: Luana Mestre

Com 470 m², ala do hospital ainda é carente.

dicos com a doença “É bem evidente e preocupante o despreparo de alguns médi-cos. Já tive inúmeras vezes que explicar ao médico o que era o meu problema.”, explica a analista de segu-ros que também já fora de-saconselhada a engravidar. “A doença não é frequente, entretanto, é inadmissível que o médico obstetra não tenha ciência ou não sai-

ba orientar suas pacientes. Existem protocolos de con-duta disponíveis para isto. Tem casos de associação de SAF com outros fatores hereditários que criam si-tuações particulares, raras, que temos que orientar, e por vezes desaconselhar à gravidez. Porém, a deci-são de correr o risco deve ser sempre do casal.”, es-clarece o ginecologista.

rável”, classificou Mariante.A instalação da ala de-

pende da parceria com a iniciativa privada. “O inves-

timento proposto é de R$3 100 000,00 entre reforma de área física e equipamen-to, destacou o Dr. Novaes, segundo o qual o tempo de reforma pode durar aproxi-madamente 100 dias, depois de firmados todos os con-vênios. “A proposta foi a de constituir um grupo apoia-dor que teve no Aeroporto de Viracopos seu primeiro parceiro. Já temos algumas outras empresas confirmadas como a Petrobrás, SANA-SA, CPFL e o grupo G2O. Ainda estão em andamento outros parceiros”, completou.

O que é: Doença crônica na qual o organismo pro-duz anticorpos que afetam a coagulação, o que leva a eventos trombóticos, ou seja, obstrução dos vasos.

Causa: Não foi detectado o que leva a produção de anticorpos que interferem a coagulação, mas existem fatores genéticos de pré-disposição que po-dem desencadear a SAF.

Sintomas: Baixo número de plaquetas, manchas na pele, insuficiência cardíaca, embolia pulmonar e trombose venosa profunda podem ser sinais de SAF

Tratamento: Medicamentos que agem como anticoagulantes - (Enoxaparina) e antiagregante plaquetário (Ácido Acetil Salicílico). Não tem cura.

Detalhando a Síndrome

Arte: Fernanda Farrenkopf | Fonte: SRRJ (Sociedade de Reumatologia do Rio de Janeiro)

“Até pelos critérios da OMS há defasagem”

Tavares Mariante

Page 4: Saiba + 20 maio

Página 4 Seca

A seca que atinge o estado de São Paulo neste ano já era esperada pelo IAC desde 2000Jessica Fontoura

Segundo o pesquisador responsável pela rede me-teorológica do IAC, Ori-valdo Brunini, a seca na região sudeste é uma das consequências de um fenô-meno de variação climática detectado há anos na re-gião, mas o manejo hídrico e as ações para garantir a água deveriam ter sido fei-tas naquela época. “Há dez anos nós acompanhamos o clima e divulgamos as informações, inclusive em janeiro deste ano, mas não houve o uso adequado des-ses dados pelos órgãos res-ponsáveis pelos recursos hídricos do Estado,” afirma.

No ano 2000, a rede meteorológica do instituto detectou a queda do total de chuvas em São Pau-lo que seguiria por cerca de dez anos. O fenômeno conhecido como varia-ção decadal climática, que ocorre a cada dez anos, é responsável pela dimi-nuição das temperaturas e por maiores períodos de estiagem intensa – exata-mente o que tem aconte-cido no Estado este ano.

O especialista afirma ainda que a seca no esta-do também tem efeitos na agricultura. Em estudos desenvolvidos no próprio instituto, culturas como café e cana-de-açúcar de-vem apresentar perda da produtividade. “Estima-mos a redução na produ-tividade do café e da cana devido ao atraso de plan-tio nos meses de janeiro

e fevereiro deste ano, que foram muito secos”, diz.

O Departamento de Águas e Energia Elétri-ca (DAEE), órgão gestor

20 de maio de 2014

Falta de água em SP deveria ter sido evitada, diz Agronômico

dos recursos hídricos do Estado de São Paulo, foi procurado para comen-tar o assunto, mas não se pronunciou até o fecha-mento da reportagem.

A rede meteorológica do Instituto Agronômico de Campinas existe des-de 1890 e tem atualmente 150 estações distribuídas nos municípios do estado de São Paulo, Mato Gros-so, Mato Grosso do Sul e Goiás. O monitoramen-to de fatores como chuva, temperatura, vento, umi-dade e radiação solar são atualizados a cada 20 mi-nutos e ficam disponíveis no site do Centro Integra-do de Informações Agro-meteorológicas (ciiagro.org.br), considerado refe-rência pela Organização Mundial da Meteorologia.

Especialista prevê caos no abastecimento

O Sistema Cantareira, principal reservatório de água de parte da região me-tropolitana de São Paulo, bateu no início deste mês recorde negativo de 8,9%. Essa é a primeira vez que o sistema opera com me-nos de 10% da capacidade.

No interior de São Pau-lo, a bacia PCJ, forma-da pelos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, opera com a vazão primária de água de 3 m³ por segun-do, utilizada somente em situações de crise quan-do o nível dos reservató-rios está abaixo dos 30%.

Em Campinas o Rio

Atibaia, que abastece 95% do município, ope-ra com índices inferiores a 6 m³/s. De acordo com a Sanasa, o rodízio pode

ser aplicado se a vazão chegar a menos de 4 m³/s.

De acordo com o secre-tário executivo do Consór-cio PCJ, Francisco Lahóz,

se as chuvas previstas para outubro deste ano não ocorrerem, não haverá outra saída para o abas-tecimento da grande São

Paulo e interior. “Se uti-lizarmos agora o volume morto dos reservatórios e as chuvas de outubro não vierem, que é o que acon-teceu no ano passado, a si-tuação será caótica”, alerta. Para o especialista, a solu-ção seria economizar água até que a estiagem acabe. “Não precisa fazer raciona-mento, que é uma medida drástica, mas é necessário fazer rodízios e conscien-tizar a população”, sugere.

O governo estadual já começou a utilizar o volu-me morto, reserva que fica

Foto: Jessica Fontoura

no fundo dos reservatórios do Cantareira. O investi-mento na construção de canais de captação é de 80 milhões de reais e a expec-tativa é que seja utilizada a água do fundo para abaste-cer a Região Metropolitana de São Paulo até setem-bro deste ano. O volume que estará disponível para abastecimento é de cer-ca de 200 bilhões de litros de água. Essa é a primeira vez que o volume morto do Sistema Cantareira é utilizado desde a sua cria-ção na década de 1960.

“Se utilizarmos agora o volume morto dos reservatórios e as chuvas de outubro não vierem, que é o que aconteceu no ano passado, a situação será caótica” Francisco Lahóz

Prédio do Instituto Agronômico de Campinas onde são realizados estudos climáticos

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Página 5 Campinas24020 de maio de 2014 20 de maio de 2014

O Instituto Agronômi-co de Campinas (IAC) foi fundado em 1887 por Dom Pedro II, que nutria visão progressista em relação à ciência. Campinas era uma cidade provinciana, repleta de campos, mas sem pro-dução agrícola relevante na-cionalmente, destacando-se apenas a produção cafeeira. E o café foi a principal cul-tura foco da pesquisa do Instituto, assim como ou-tros alimentos incorporados como objetos de estudo do IAC como o algodão, fei-jão, milho e cana-de-açúcar.

O primeiro prédio do instituto foi erguido na Avenida Barão de Itapu-ra, uma das principais da cidade atualmente. O lo-cal foi uma escolha estra-tégica, já que o terreno era plano e estava localizado

próximo a um gasômetro, o que facilitava a obtenção de gás para as pesquisas.

Além disso, o IAC faz par-te da história de Campinas não apenas pelas contribui-ções científicas na agricultu-ra. Em 1929, a crise da bolsa de valores de Nova York fez

despencar a produção agrí-cola de diversos alimentos, como café e algodão. Na-quela época o órgão já rea-lizava pesquisas de melhora-mento genético do algodão e contribuiu com os pro-dutores afetados pela crise.

O melhoramento da cul-

tura cafeeira promovido pelo IAC também teve re-flexos pelo país. O diretor do instituto, Sérgio Augus-to Carbonell, afirma que 90% do material genético do café cultivado no país atualmente é proveniente do instituto. “Direta ou in-

diretamente, o café brasi-leiro tem o sangue do insti-tuto agronômico”, ressalta.

Com área física de 1279 hectares, realiza pesquisas relacionadas ao desenvolvi-mento da produção de ca-na-de-açúcar e mandioca. Além disso, mantém o úni-co jardim botânico do país com produção agrícola de arroz, trigo, feijão e frutas. O IAC realiza ainda o Pro-jeto Anhumas, programa de recuperação ambiental da bacia do ribeirão Anhu-mas que há 14 anos reúne grupos de pesquisadores de instituições como Uni-camp e FAPESP. Há ainda o Programa Seringueira, que gera novos clones da planta com maior poten-cial de produção, além de melhorias para o manejo e extração do látex aos produ-tores dessa cultura no país.

Prédio mais antigo do complexo é símbolo da importância histórica do IAC

Criado por Dom Pedro II, IAC é referência em pesquisa científica

O decano do cinema Manoel de Oliveira, aos 105 anos, começou as filmagens de “O Velho do Restelo”, baseado em episódio do poema épi-co de Luís de Camões, “Os Lusíadas”. Depois de ter reclamado da crise econômica e das dificuldades em realizar o seu projeto, em entrevista concedida à revista francesa Cahie-rs du Cinema no ano passado, o ci-neasta conseguiu apoio da Câmara Municipal do Porto e terá a película produzida pela companhia “O Som e a Fúria”. A finalização do longa está prevista para o mês de agosto.

O episódio do “Velho do Restelo”, situado no canto IV dos Lusíadas,

simbolizava o receio conservador da época em relação às grandes na-vegações empreendidas pelos capi-tães portugueses, com o apoio do Reino de Portugal. No caso, o Velho do Restelo amaldiçoa a cobiça e a vaidade das navegações, enquanto Vasco da Gama e seus companhei-ros de viagem se preparavam para a primeira exposição para a Índia.

Para o cineasta Guilherme Wuil-leumier, é nesse ponto que o cinema de Manoel de Oliveira e a poesia de Camões convergem. “Ambos são artistas que sabem lidar com o con-ceito de tradição e cultura e, ainda assim, serem irrepreensivelmente

‘modernos’, no sentido de olhar para o mundo e para novos caminhos”, e completa: “Camões vê o molde ‘épi-co’ grego e o utiliza para contar uma história portuguesa, política e atual. O Manoel é um cineasta que acessa tradições múltiplas (tanto do cinema classicista quanto do romantismo) para fazer filmes que jogam com essa ruptura, desconforto, artificia-lidade ‘distanciada’ que são quin-tessencialmente contemporâneos”.

Filmar um episódio literário é seguir a continuidade de seu pro-jeto estético. Durante mais de 80 anos de carreira, Manoel de Oli-veira, cronista cinematográfico da

história e literatura portuguesa, já realizou adaptações de obras de Eça de Queirós, Camilo Caste-lo Branco e José Lins do Rego .

O estudante de letras e também fã da obra de Manoel de Oliveira, Filipe Chamy, relembra a ligação de Oliveira com Camões em seus trabalhos prévios. “A própósito de ‘Non ou a Vã Glória de Mandar’, vale lembrar que a ‘vã glória de mandar’ é uma citação a Camões, sendo in-clusive, um dos versos que com-põe a famosíssima fala do Velho do Restelo, apresentando contrapon-tos e sublimando artesanalmente maniqueísmos, tal como Camões”.

Manoel de Oliveira filma episódio

dos LusíadasObra do cineasta português de 105 anos é baseada no “Velho do Restelo”Fábio Visnadi

Cinema

Jessica FontouraFoto: Jessica Fontoura

Foto: Divulgação

Page 6: Saiba + 20 maio

Página 6 Comportamento 20 de maio de 2014

MOrre o simbolo do movimento Flower PowerFamiliar, contracultural,

moderna, vintage. Seja como for, a Kombi sempre esteve associada a uma série de ti-pos tão variados e versáteis quanto se poderia presumir. Nos almoços de domingo, saudoso dia da semana, ao recordar a viagem de férias em que a avó passou mal e a Kombi quebrou. Nas aven-turas vividas na juventude. No dia a dia do trabalho. Até mesmo no casamento, o veículo estava presente conduzindo a noiva à igreja.

Desde dezembro do ano passado, quando a Volkswa-gen anunciou que não iria mais fabricar o veículo, já que a partir deste ano so-mente modelos equipados com freios ABS e airbag duplo podem ser comer-cializados, histórias pro-porcionadas pela Kombi ganharam destaque. A de Evandro Fullin é uma delas.

No início dos anos 2000, ocupava um invejado cargo de executivo em uma co-nhecida multinacional ins-talada em São Paulo. Sua função era tão importante que ele poderia escolher a dedo os carros que queria usar. No entanto, em 2010, com 40 anos de idade, Fullin passou por uma grande re-viravolta pessoal. Saiu da empresa, desligou-se do am-biente corporativo, rompeu com alguns contratos so-

ciais que havia feito ao lon-go do caminho e optou por uma nova vida, começando com a venda do seu carro do ano e comprando uma Kombi 2010. “As pessoas me taxaram de louco e fala-vam: ‘você andava de F-250 da Ford, agora vai andar de Kombi, que nem ar condi-cionado tem?’ Eu respondia que não estava nem aí, que a gente acostuma. Antiga-mente, nenhum carro tinha ar condicionado e ninguém morria por causa disso”.

Meses depois apareceu outra Kombi, dessa vez usa-da, datada de 1994, a verda-deira. Para os admiradores, o verdadeiro DNA do veícu-lo está no motor. “Tem que ser o proveniente do Fus-ca, refrigerado a ar”. Fullin não perdeu a oportunidade e adquiriu a Kombi. Pinta-da em duas cores, verde e branca, o engenheiro a res-taurou: “acabei decorando ela, tipo de época, meio te-mática, parece meio bicho grilo, meio hippie”. A res-tauração fez tanto sucesso, que sua cunhada foi levada para a igreja pela Kombi. O noivo, que é surfista e também grande admira-dor do veículo, completou a decoração do automóvel com uma prancha de sur-fe. “Enchemos de flor, foi divertidíssimo. Eu que le-vei minha cunhada à igreja e foi muito legal. A Kom-bi acabou entrando para a

Kombi, que fora adquiri-da pelo sogro justamente para levar a noiva à igreja, era bege. “A combinação ficou perfeita. Foi um dia inesquecível, pois naque-la época era chique a noiva chegar à igreja de Kombi”.

Marina Duarte tem gran-de admiração pelo automó-vel, lembra que era através do veículo que seu pai con-seguia completar a renda do mês. Em 1970, com dez me-ses de idade, os pais de Ma-rina se mudaram de Santo Amaro - Zona Sul da Gran-de São Paulo - para o Be-lenzinho - Zona Leste. “Foi quando meu pai começou a trabalhar com venda de per-tences para feijoada – vários restaurantes tradicionais do centro de São Paulo eram clientes dele, como o ‘Um, Dois, Feijão com Arroz’ e o restaurante da extinta TV Tupi. A Kombi era o veícu-lo para esse trabalho: bus-car as carnes para salgá-las, pesar e separar os pedidos todos os dias, bem cedinho

história também, no álbum de casamento da minha cunhada”, relembra Fullin.

A combinação “Kombi--casamento”, Maria Jordão conhece bem. Conta que em 1965, ano em que casou, a Kombi era a novidade do momento, já que o veícu-lo começou a ser produzi-do no Brasil em 1957, mas conquistou notoriedade em meados dos anos 1960. Maria recorda que seu ves-tido era de pérola e que a

e depois sair para entregar”.Apelidada de Lacraia, a

Kombi da família sempre lhe proporcionou alegria. “Eu adorava quando tinha férias do jardim da infância, pois assim podia ir com meu pai fazer as entregas. Tinha que levantar muito cedo, mas era só alegria. Lembro-me da Kombi carregada, e eu ia em pé no banco, entre ele e a janela. Segurança? Certa-mente Deus olhava por mim também”, relembra Marina.

Celso Dias recorda do au-tomóvel com carinho, pois no final dos anos 1980 era o veículo que o ajudava a con-quistar o dinheiro do mês. “Em 1987 fui trabalhar com vendas de frutas, e a Kom-bi era veículo mais adequa-do para isso. Tralhava na Rodovia dos Bandeirantes antes dela ser privatizada e ali passei por várias aven-turas, principalmente em dias chuvosos que ela não pegava”, conta Dias rindo.

Para Mirela Dias, filha de Celso Dias, a Kombi mar-

A partir de 2014 a Kombi fica apenas no imaginário e nas lembranças dos admiradores do veículo

Foto: Arquivo pessoal

Kombi restaurada por Evandro Fullin foi usada pela cunhada no casamento.

Mirela das Neves

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Página 7Cotidiano20 de maio de 2014

MOrre o simbolo do movimento Flower PowerA partir de 2014 a Kombi fica apenas no imaginário e nas lembranças dos admiradores do veículo

cou sua infância. Mirela se lembra da época que o pai possuía o veículo e comen-ta que quando soube que a Volkswagen não iria mais fabricá-la trouxe à tona muitas lembranças: “Acho

que todo mundo que já teve ela como parte da vida sen-tiu arrepios ao ver o vídeo ‘Despedida da Kombi’ que a Volkswagen produziu. Eu chorei. Chorei, porque lem-brei toda a minha infância

Dois slogans do movi-mento hippie transitavam pelas Kombis nos Estados Unidos, nos anos 60 e 70, propagados pelos jovens contraculturais daquele pe-ríodo: “Flower power”, ter-mo cunhado pelo poeta be-atnik Allen Ginsberg no ano de 1965, surgido como uma reação à adesão de alguns grupos norte-americanos à Guerra do Vietnã, aca-bou se tornando um signo importante no movimento contracultural hippie pela resistência pacífica. Mais do que um signo (algo como “o poder da flor”, numa tra-dução livre), elas passaram a se tornar um importan-te artefato físico, pelos hi-ppies, como um presente aos policiais em meio aos protestos civis nos EUA.

Já o termo “Faça amor, não faça a guerra”, é comumen-te atribuído ao pensador frankfurtiano Herbert Mar-cuse, embora até hoje exis-tam dúvidas de seu verda-deiro dono. Quer seja de sua

autoria ou não, Marcuse foi o responsável por conferir o respaldo intelectual para a libertação sexual, também presente no movimento hi-ppie, aderindo, mais uma vez, à resistência pacífica e antibelicista, pregando o amor ao invés da guerra.

Além de Ginsberg, Mar-cuse e toda uma juventude pacifista e contracultural, a Kombi também “comporta-va”, nos anos 60 e 70, uma trilha sonora embalada por discos como “Pearl”, de Ja-nis Joplin; “Surrealistic Pillow”, do grupo de acid rock Jefferson Airplane; “Are You Experienced?”, principal álbum de The Jimi Hendrix Experien-ce, além da principal obra musical do movimento hi-ppie: “American Beauty”, do grupo Grateful Dead, que contava com uma legião de fãs messiânicos que acom-panhavam a banda em suas Kombis de cima a baixo em suas turnês realizadas em todos os Estados Unidos.

e ver ela se despedindo ali, mesmo que de uma forma metafórica, me doeu forte no peito. A gente aprende a levar as coisas na lem-brança, né?”, declara Mirela.

O poder das flores nas décadas de 60 e 70

Foto: Evandro Fullin Arte: Time/Life

Foto: Arquivo pessoal

Foto: www.flikr.com

Marina Duarte (esq.). com irmãos em frente à Kombi do pai.

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Virada Cultural Paulista anima a regiãoEvento acontece em dois finais de semana e conta com atrações artísticas para todos os gostos

Cultura

A Virada Cultural, que teve início na cidade de São Paulo em 2005, apresenta neste ano mais uma edição para o interior do estado com 28 cidades participan-tes. Nas proximidades de Campinas participam ar-tistas como Baby do Brasil, Ultraje a Rigor, Criolo e Ira!

Teatro, circo, dança e ou-tros gêneros das artes são contemplados nos quatro dias de evento, mas o des-taque está na música desde o início das divulgações. A banda Ira!, por exemplo, fará suas primeiras apre-sentações após sete anos de hiato na Virada Cultu-ral. A estreia será dia 17 de maio na capital, mas o mesmo show será apresen-tado dia 24 do mesmo mês em Campinas e dia 01 de junho em Santa Bárbara do Oeste. “A banda está seden-ta pelo palco e público que nos acompanha há 34 anos. Prometemos um show ines-quecível”, afirma Nasi e Sca-durra que assinam juntos a entrevista para demostrar o entrosamento do grupo. No reperório, estão hits como Flores em Você, Envelheço na Cidade, Quero Sempre Mais, Tarde Vazia e Girassol.

Além de nomes consa-grados do cenário nacional participam também artistas internacionais como a ban-

Marina Filippe

20 de maio de 2014

da inglesa Asian Dub Foun-dation, que se apresenta em Campinas às 00h do dia 01 de junho e artistas locais se-lecionados pelas prefeituras de cada cidade. Em Jundiaí foram abertas inscrições para que os artistas locais pudessem participar, mas devido ao grande número de inscritos os responsáveis optaram por sorteio ao in-vés de curadoria. Assim, o número de atrações locais saltou de 18 em 2013 para

se por parte dos organiza-dores para ao menos lerem as propostas apresentadas.

Desta vez, a festa aconte-ce em outro formato para poder atrair maior núme-ro de pessoas. Serão dois finais de semana em dife-rentes cidades para que o público possa se locomover e prestigiar mais apresenta-ções, não sendo em apenas um final de semana, como nos eventos anteriores.

As cidades participan-

Nasi e Scandurra se preparam para turnê de mais de 200 shows

Foto: Facebook/Divulgação

Foto: Thau Any / MundoIra!Os fãs do IRA! podem comemorar. Depois de 7 anos

inativos por conta de brigas entre os líderes Nasi, Edgard Scandurra e o empresário da banda, irmão do vocalista Nasi, o grupo resolveu deixar o rancor de lado e voltará oficialmente em um show Virada Cultural Paulista, no dia 17 de maio, passando por Campinas depois, no dia 24 de maio.

A decisão pela volta do grupo aconteceu em outubro do ano passado. Scandurra organizou um show benefi-cente que contou com a presença de Nasi. “Eu já tinha levantado a bandeira branca para o Edgard, mas esse show foi a semente da volta”, explica Nasi.

O site oficial do IRA! já faz contagem regressiva para o show que marcará a volta do grupo, e no repertório, estão os grandes clássicos da banda como “Nucleo Base”, “Tolices” e “Evelheço na cidade. “A gente está fazendo uma seleção de umas 25 músicas, que acha a gente acha que tem importância no nosso conceito, músicas que identificam o repertório da banda. São musicas que o público gosta.”, finaliza Nasi.

56 neste ano. Uma delas é a banda de manguebeat Ma-rakbeça “Esta será a terceira vez que tocamos na Virada Cultural Paulista. É sempre muito bom tocar em casa, pois achamos fundamen-tal levantar nossa ideologia num evento tão consagra-do”, diz David Lito, integran-te do grupo composto por seis músicos. Quando ques-tionado sobre o critério de seleção, o instrumentista se chateia pela falta de interes-

A Ira! de Nasi e Scandurra 7 anos depoisEm recesso desde 2007, banda reestreia na Virada e passa por Campinas

tes são Assis, Americana, Araçatuba, Araraquara, Barretos, Bauru, Botuca-tu, Campinas, Caragua-tatuba, Diadema, Franca, Ilha Solteira, Indaiatuba, Jundiaí, Marília, Mogi das Cruzes, Mogi Guaçu, Mogi Mirim, Piracicaba, Pre-sidente Prudente, Regis-tro, Santa Bárbara D’Oes-te, Santos, São Carlos, São João da Boa Vista, São José do Rio Preto, São José dos Campos e Sorocaba.

Letícia Quatel

Serviço:Data: 24 de maioAbertura da casa: 22h. Show (previsto): 00h00Local: Campinas Hall: R. Armando Strazzacappa, 130 – Fazenda Santa CândidaIngressos: De R$ 30 à R$ 70Informações: (19) 3213- 7998

Banda de manguebeat Marakbeça é uma das atrações regionais em Jundiaí

24 de maio em America-na:

Criolo: o rapper que ini-ciou carreira em 1989 ar-rasta multidões após mes-clar ritmos de mpb, funk e soul no disco de sucesso “Nó a Orelha” (2011).

31 de maio em Campinas:

Baby do Brasil: Músicas da carreira solo e cantadas com o grupo Novos Baia-nos compõem o repertó-rio da cantora que tem es-petáculo coordenado por seu filho, Pedro Baby.

25 de maio em Jundiaí:

Ultraje a Rigor: a banda que estourou nos anos 80 traz um show rechea-do de sucessos e questio-na um Brasil ainda meio “Inútil”

1 de junho em Santa Bárbara do Oeste:

Ira!: Quem se entristeceu ao pensar que nunca mais veria um show da banda já pode comemorar e re-servar um bom lugar no espetáculo que contará com inúmeros hits.

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