SABESP NOTICIAS · Desafio de Redação que se faz, ea Sabesp tem oorgulho de mais uma vez apoiar...

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O Desafio de Redação é um con-curso literário promovido pelo Diáriodo Grande ABC em parceria com a Sa-besp (Companhia de Saneamento Bá-sico do Estado de São Paulo). Em2015, chega a sua nona edição. Desde2007 já foram produzidos mais de 1milhão de textos sobre os mais diver-sos assuntos, como álcool, drogas,profissões do futuro.

Foram 70 mil apenas neste ano, emque o tema escolhido foi Torneira Abertaé a Gota D’Água. Chega de Desperdício!.O objetivo é alertar sobre esse tópicocada vez mais importante, principal-mente em tempos de crise hídrica.

Participam do concurso estudantesde escolas públicas e particulares da re-gião. De agosto a setembro, alunos do

6º ano do Ensino Fundamental até o 3ºdo Ensino Médio, incluindo a EJA (Edu-cação de Jovens e Adultos), e educado-res estiveram envolvidos em atividadespara conscientizar a comunidade esco-lar e traduzir o sentimento, a vivência, oestudo e o aprendizado em uma reda-ção. Foram divididos em seis catego-rias, além da modalidade voltadaexclusivamente a professores.

São premiados os primeiros e se-gundos lugares de cada categoria, comtablets, TVs e bicicletas. O prêmio prin-cipal é uma bolsa de estudos integral naUSCS (Universidade Municipal de SãoCaetano), com curso de graduação delivre escolha.

Neste suplemento são apresentadosos textos primeiros colocados em cada

categoria, a vencedora geral, a palavrado presidente da Sabesp, Jerson Kelman,além de dicas de economia de água.

Trata-se de mais uma iniciativa paralevar conhecimento aos alunos, ajudá-los a refletir e mudar seus hábitos, evi-tando desperdícios. O uso racional daágua traz benefícios para toda a socie-dade, tanto no presente quanto no fu-turo. A conscientização é importantepara se obter resultados.

E o Grande ABC tem feito sua parte.Nas cidades atendidas pela Sabesp (SãoBernardo, Diadema, Ribeirão Pires eRio Grande da Serra), 70% da popula-ção, em média, economizaram recursoshídricos nos últimos meses e foram con-templados com o programa de descon-tos na conta.

Para refletir e conscientizar

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Antes de mais nada, gostaria deparabenizar o Diário do Grande ABCpor essa feliz iniciativa. Já é o nonoDesafio de Redação que se faz, e aSabesp tem o orgulho de mais umavez apoiar o evento. Parabéns tam-bém a todos os professores por esta-rem envolvidos num projeto dessaimportância.

Não falo isso por formalismo. Pes-soalmente, quando era muito menino,ganhei também, não o primeiro lugar,mas ganhei um prêmio em um con-curso de redação que muito afetouminha vida, porque me senti valori-zado pela família, pelos colegas deturma, me senti importante.

Isso dirigiu um pouco a minha vidano sentido do estudo, no sentido da va-lorização da dedicação à leitura e es-pero que um fenômeno parecidoaconteça com milhares de crianças e jo-vens atingidos pelo Desafio de Redação.

Até na minha vida particular pas-sei esses princípios para os meus fi-

Uma redação mudou minha

Jerson Kelman,presidente da Sabesp

vidalhos e para os meus netos. Recente-mente, os três mais velhos – eu tenhocinco netos – e eu nos reunimos paraescrevermos juntos uma história sobrea água, o livrinho Guta e Suas Ami-guinhas. Não escrevi para eles, es-crevi com eles.

Essa história conta as aventuras deuma gota que ora está na nuvem, de-pois é incorporada numa chuva, in-filtra na terra, depois segue no rio...ou seja, o ciclo da água, que é umadas maneiras ou um dos temas que sepode levantar para discutir o assuntoágua. Seja a carência de água, osrios, a necessidade de preservar osmananciais, necessidade de usar aágua de uma forma equilibrada, semdesperdício.

No fundo, eu quis criar nas crian-ças uma consciência que, com fre-quência, os próprios pais não tiveram,porque não houve necessidade. É umprocesso muito importante de Educa-ção que não se limita à própria

criança, mas se espalha, com a criançaatuando como educadora, em muitoscasos de seus próprios pais, avós etc.

Acho que essa forma de trazertemas contemporâneos para a atençãodas crianças e valorizar a atividade in-telectual, a produção de conheci-mento, a leitura, é algo absolutamentemeritório. Por isso, faço questão deparabenizar mais uma vez o jornalDiário do Grande ABC pela iniciativa,pela perseverança, e também os pro-fessores e professoras que estarão en-volvidos, motivando seus alunos parase envolverem com entusiasmo nessainiciativa.

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Seja criativo!Confira algumas dicas:dispositivos especiais

Reaproveitar aágua do banho

Gelo também é água

Para quem estiver construindo ou refor-mando sua casa, há vários equipamentos no

mercado que reduzem o consumo. Exis-tem as válvulas redutoras, que controlam a

pressão da água na torneira; a pia acopladaao vaso sanitário, em que toda a água utili-zada nela é direcionada à descarga do vaso;entre outros dispositivos inteligentes.

Depois de preparar a refeição, vem ahora de lavar a louça. Deixar a torneira da co-zinha aberta gasta de 12 a 20 litros de águapor minuto. Por isso, na hora de lavar a louça,o melhor é encher a pia de água e ensaboartodos os utensílios sujos, enxaguando-os de-pois disso, de uma vez só. Além disso, deixarpratos, talheres e panelas de molho antes delavá-los é uma boa dica. Isso reduz tanto oesforço na hora de limpar quanto a necessi-dade de água corrente na limpeza.

Se você precisar descongelar a geladeiraou o congelador, remova as placas de gelo ereutilize sua água para regar as plantas e ojardim, por exemplo. Se por acaso derrubarcubos de gelo no chão, coloque-os num re-cipiente para depois reaproveitar a água. Jáquando você comprar um saco de gelo, use-o com inteligência: não o deixe derretendo

no tanque ou no chão, esim ponha-o dentro

de um balde,para de-pois reutili-zar a água

que der-reter.

Para quem mora em condomínios, fazera sua parte no apartamento é o começo.Exercer seu papel junto aos vizinhos é im-portante também. Cobre revisões nos enca-namentos, para detectar vazamentos,chamando atenção para os aumentos ines-perados na conta de água do condomínio.Sugira a coleta de água da chuva, a instala-ção de sistemas de reúso da água e a ado-ção de um hidrômetro individual para cadaapartamento.

Na hora do banho, utilize um balde oubacia para guardar a água que cai en-quanto é aquecida pelo chuveiro. Com ela,pode-se lavar pisos, por exemplo. Aliás, to-

mando banho sobreuma baciamaior, aágua cole-tada podeser usadapara dar adescargano vasosanitário.

Depois da refeição....

Nos condomíniostambém é

possíveleconomizar

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Após um grandeperíodo de estiagem,

o volume de chuvas temaumentado nos últimosmeses. No entanto, não

o suficiente para que o Estadorespire aliviado com o fim dacrise hídrica. Muitas pessoas

adotaram pequenas mudanças dehábito, como reduzir o tempo no

chuveiro e fechar a torneira na horade escovar os dentes. Mudanças que

vieram para ficar. Usando acriatividade, essa colaboração pode

aumentar ainda mais.Veja algumas dicas:

Seja criativo!

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Todos juntos pelaeconomia

Atenção ao seu gramado De olhona cozinha

Descargaeconômica

As empresas devem ajudar

Ainda noscondomínios: seos hidrômetrosainda não tive-rem sido indivi-dualizados, osíndico podetomar al-gumas me-didas paraenvolver todosos moradores. Uma dica é dividir o valor daconta global do edifício pelo número deapartamentos. Isso dará a cada moradoruma ideia da média de gasto por unidade.Cópias das contas devem ficar disponíveisno hall ou quadro de avisos, para que todosacompanhem a evolução do consumo.

Muitas pessoas têm gramado em seuquintal ou na frente da residência. Para estes,uma dica importante: para manter aqueleverde saudável sem usar muita água, não sedeve cortar tanto. Quando a grama é podadamuito rente, isto permite a evaporação nãosó da água, desidratando o solo, como de al-guns nutrientes. Durante o verão, o ideal émanter a grama com pelo menos 4 cm de al-tura. E quando for cortar, cuidar para nuncadeixar as folhas com menos de 2,5 cm.

Quando se estácozinhando,um dossegredospara usarde modoracional aágua é se-guir as recei-tas à risca. Para cozinhar macarrão para umapessoa, por exemplo, não é necessária umapanela totalmente cheia de água, assimcomo não é preciso muita água para prepa-rar legumes no vapor. Em alguns casos, aágua pode até ser usada novamente. Se co-zinhou legumes e sobrou água, reutilize-apara fazer sopas, ou espere que ela esfrie eregue as plantas.

A des-carga de uma

caixa acopladagasta em média seis

litros por uso. Uma famí-lia pode economizar o equivalente a 1.000 li-tros de água por ano, bastando para issoencher uma garrafa PET de 1,5 litro comareia ou água e colocá-la dentro da caixaacoplada. É economia na certa. Sugira essamudança no seu trabalho, na sua escola ena casa de amigos e parentes.

É possível economizar água até na horade guardar o que sobrou de uma refeição.Basta acondicionar na geladeira a comidana mesma panela usada para cozinhá-la.Além de facilitar na hora de esquentar a co-mida, isso evita o uso de potes para as so-bras, que precisariam ser lavados.

Não é somente em casa que devemosficar atentos. Em seu trabalho, os banheirostêm vasos sanitários com descargas duplas?As torneiras do banheiro e da copa têm ae-radores na saída de água? Preste atençãonesses detalhes e proponha as mudanças.Essas modificações podem exigir um pe-queno investimento, mas a economia com asua adoção pode chegar a 80% da águaconsumida, o que, em algum tempo, acabacompensando o dinheiro gasto.

Ajude São Paulo avencer a crise hídrica

Reaquecimento racional

Ajude São Paulo avencer a crise hídrica

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Redação vencedora da Categoria IEscola: Sesi 094 – Santo AndréAluno: Rodrigo Ferreira Francisco – 6º ano A

Vida de

Quando o mundo foi criado eu estava lá! Só que emmilhões de pedaços caindo de uma nuvem. Depois demuitos anos fiquei gigante e vi que as partes destemundo começaram a se mover e eu fui me separando.Sobrevivi a várias extinções em massa, incluindo a dosdinossauros. Vi o homem nascer e se desenvolver. Eutenho 14 bilhões de anos.

Poucas pessoas me dão importância, mas, sem mim,você que está lendo meu texto e muitos outros seres nãoteriam vida. Hoje estou dividido em quatro partes eelas têm nomes. São elas: Atlântico, Pacífico, Índico eAntártico, esse último e outra parte minha estão con-gelados, há até pessoas morando lá e animais também.

Existem muitas lendas e livros sobre mim, como OMonstro do Lago Less, 20 Mil Léguas Submarinas, Atlân-tis O Reino Perdido e Nas Águas do Tempo. Portuguesesfalavam que havia monstros em mim, gregos, romanos fa-lavam que deuses me controlavam, como Netuno, etenho até um super-herói, o Aquaman.

Muitas espécies habitam em mim, tubarões, baleias,focas, pinguim, polvos e lulas, peixinhos dourados, cava-los-marinhos, tirando peixes gigantes como orca, tubarão-branco e muitos outros peixes que vocês nem conhecem.

Então, sabem quem eu sou? Se sabem me ajudem,minha água potável está acabando e, como eu disse, semmim não tem vida na Terra. Agora, não me desperdicem,por favor! Obrigado!

gotad’água

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São Paulo, 18 de setembro de 2073.

Querido diário,

Estou com medo... Medo doque as pessoas estão fazendo, doque elas estão se tornando. O terrorvem se alastrando como uma doençacontagiosa e deixando para trás o ras-tro seco de morte.

De nada adiantou toda aquela tec-nologia se hoje vivemos como animais.Tudo poderia ser evitado. Sim, poderia.Mas as pessoas conscientes não conse-guem vencer o egoísmo e o orgulhodos que não estão nem aí.

Tudo começou insignificantemente,uma torneira pingando aqui, uma man-

Redação vencedora da Categoria IIEscola: EE Professora Therezinha Sartori – MauáAluno: Bruno Pereira Araújo – 8ª série A

Adeus, amigo!gueira aberta ali. Depois, começou a fal-

tar água, mas ninguém se impor-tou. Mas quando a situação

começou a piorar, algumaspessoas com bom-senso aju-

daram. Só que de nadaadiantou, pois ainda haviapessoas que não se im-

portavam e agiamcomo se nada esti-

vesse aconte-cendo! Isso me

revolta tanto!

O ser humano não percebe os avi-sos até começar a sofrer. Mas já é tardedemais, pois começaram as guerras.Ah! As guerras pelo bem mais precioso!Não gosto nem de lembrar. Até chegara esse ponto, onde estou escondido, es-perando o meu fim chegar.

E pensar que tudo poderia ter sidoevitado se fôssemos um pouco maisconscientes e tivéssemos nos esfor-çado mais para salvar a água potáveldo planeta.

Adeus, amigo!

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Ingredientes:

■ Um punhado de consciência■ Algumas campanhas interessantes■ Uma comunidade de engajados■ Bons políticos a gosto

Modo de preparo:

Primeiramente, junte a comunidadeao punhado de consciência até que vireuma mistura homogênea. Logo, utilizeos bons políticos para propagar a ideiapor meio das campanhas interessantes.Por fim, espere um tempo até que amassa cresça bem. Cozinhe em umlugar que já tenho certo planeja-mento. Se isso não for

Redação vencedora da Categoria IIIEscola: Sesi 416 – São BernardoAluna: Maria Eduarda Rodrigues – 1º ano do Ensino Médio

Receita para o fim dodesperdício

possível, comece o planejamento rá-pido, antes que as severas consequên-cias te assustem.

Tempo de preparo necessário:

Uma boa quantidade de tempo.

Rendimento:

Várias porções de benefícios e qua-lidade de vida.

Sirva com comprometimento dura-douro.

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Ela se esvaiaComo em qualquer outro diaSe esmerava pelo áspero chãoE caia galerias abaixo em solidãoPara assim correr junto à impurezaAté mesmo em seu leito já

não era a mesmaDeixava de ser límpida e puraDevido à conspurcação humana

de loucuraSeu ciclo debilitado tornava difícil

a precipitaçãoE a cidade da garoa entrou em

estado de atençãoEm decorrência àqueles que dela

utilizavamE muito desperdiçavamAgora sofrem a consequênciaDe tal ato de demênciaSe ao menos palavras ela

pudesse proferirE na consciência deles interferirJá que não estão só com a vida

dela a esgotarPois a própria existência

estão a ceifarAlém da beldade da

fauna arruinarE a graça da flora acabarEla que de tal venustidade é

essencialNo entanto sem cuidado chegará

ao finalComo água podemos a nomearE é necessário que por ela

comecemos a zelar.

Vencedora da Categoria IV e ganhadora da bolsa de estudo na USCSEscola: EE Professora Therezinha Sartori – MauáAluna: Isabella Ferreira Garcia – 3º ano do Ensino Médio

Insípidavenustidade

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Um dia nos disseram que a água é onosso bem mais precioso, mas nãodemos ouvidos para tal afirmação, ehoje, com a falta de chuvas, nos depa-ramos com uma realidade bem compli-cada: a água já perdeu boa parte da suacaracterística de recurso natural renová-vel, com isso, a água limpa está cadavez mais escassa e a água para bebercada vez mais rara. Por isso teremos querecuperar o tempo perdido, entenderque não somos os donos da situação eaprender a ter respeito pelo que nosmove, a água.

A crise hídrica que enfrentamosnesse momento é fruto de não termospensado em algo simples, economizar eusar a água com consciência, comouma atitude individual. Porém, se alguns“senhores” tivessem tido a decência depensar não apenas em seus interesses,

Redação vencedora da Categoria VEscola: EME Professor Vicente Bastos – São CaetanoAluno: Marcelo Luiz Alves – EJA (Educação de Jovens e Adultos)

Água, uso econsciênciamas em todos nós; se tivessem criadocampanhas para o uso racional da água;se tivessem criado um sistema maisjusto, hoje poderíamos estar numa con-dição diferente, com um pouco mais deágua, talvez!

Mais de 1 bilhão de pessoas no pla-neta não têm acesso a água potável. Deacordo com pesquisas, em aproximada-mente dez anos faltará água para mais dametade da população mundial. Semágua e com sede, o que faremos? Preci-samos aprender a mudar nossos hábitos,devemos reconhecer nossas próprias li-mitações e agir enquanto há tempo!

Sendo assim, reflita sobre o uso da água.Devemos respeitar a água, preservar

e economizar, atitudes simples, comoreutilizar a água que usamos para lavarroupa em banheiros ou quintais, já fazuma grande diferença.

Esperar por obras que talvez nuncasejam realizadas, culpar os responsáveispor algo que deveria ter sido feito, nãosão a melhor saída. Devemos, sim, fazera nossa parte, fechando a torneira e evi-tando seu desperdício.

Vamos lembrar sempre que a águanão precisa da gente, a gente é que pre-cisa da água.

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Estou doente; um parasita estápolutando meu sangue e, além disso,ele o desperdiça quando se satisfaz,não se dá conta de que precisa delepara se manter vivo, e uma sobre-vida é o que me dá como sobra. Porsua causa, uma aridez toma meu or-ganismo. Não há hálito refrescanteem minha boca. Ele gosta menos demim e mais deste verão que arde emmeus olhos esgotados, e agora en-tendo por que não consigo fazerchover minhas lágrimas aflitivas:minha tristeza é cálida. Sacie a nossarecíproca sede agora! Não nos matede sede lentamente.

Esse parasita abate meu arbori-zado exército; vulnerabiliza meu sis-tema imunológico de cor esmeralda;torna-me inimiga de mim mesma ede todos numa oscilação de angústiae furor, como a reação da mãe que éatraiçoada pela sangria desatada desua própria placenta. Não é porquemeu sangue não tem cor que eu nãosinta dor, quando este se esvai de mi-nhas feridas que em seguida são obs-truídas, ou pelo vazio ou porimpurezas. Até o grande e salino marreconhece seus limites quando se de-para com areias praieiras. Mas essemeu parasita é tão desenfreado em senutrir de mim, que segue me desper-diçando com estupros vorazes, nosmatando lentamente e nunca sa-ciando nossa mútua sede.

Eu só queria que esse parasita,quando usasse meu sangue para lim-par seus caprichos, ou para abaste-cer-se de mais cobiça e ganância,

Redação vencedora da Categoria VIEscola: EE Professora Odila Bento Mirarchi – MauáAluno: Josadarck Manoel do Nascimento – EJA (Educação de Jovens e Adultos)

Sederefletisse por um instantena sua possível auto-destruição, que vaichegando dem a n e i r asutil, pre-nunciadaem cada gota quecai ininterrupta-mente de uma tor-neira mal fechada,ou na poça quegeralmente seforma depoisde um des-caso paracom meusangue,só por-que nãoé ver-me lho ,mas étranspa-rente e sec h a m aÁGUA, sóporque meunome, TERRA,de tão notório, étido como banal.Meu parasita é o SERHUMANO, que não é mauem essência, porém, é deimperfeita consciência, evai nos matando lenta-mente, nunca saciandonossa sede em comum.

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Festa das primeiras gotas de chuva,Chegando na copa das árvores.Tilintam, refrescantes, as folhas.Entre os troncos, o som fofo se

adensaNo tapete de folhas e terra.

Ecoa, na caverna encantada, o sommetálico.

Gotejar contínuo entre pedras egalerias de água.

As águas no solo se deitamsilenciosas,

Iniciam seu lento percursoDentro da escuridão úmida.

Redação vencedora da Categoria ProfessoresEscola: EE Professora Therezinha Sartori – MauáEducadora: Elisangela dos Santos Meira

Sintonia das águasOs pensamentos da menina leitora

voam.A chuva se desenha em faíscas em

seu olhar,Reflexo no vidro da janela do

terceiro andar.

Cinza poeira da poluição sedissolve lá fora,

Aliviando o respirar da cidade e desuas narinas.

O barulhinho bomda chuvaurbana.

'Spray' no asfalto e nas pernassaltitantes.

Todos os timbres e intensidades nascanaletas.

Fecha o livro, de repente um salto.A torneira gotejando no lavabo...O som do desperdício, o gesto

decisivo da mãoEncerra a única música que não

soavaBem em seus ouvidos.

especial