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RECOMENDADO P r o g r a m a N acional d e D S T / A I D S M i n istério d a S a ú d e ANO 5 Nº 32 – ABR/MAIO/JUN 2005 – DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Saber Viver Saber Viver UMA REVISTA PARA QUEM VIVE COM O VÍRUS DA AIDS Um pacto com a felicidade José Lúcio ficou cego e surdo depois de uma meningite em decorrência do HIV. A partir daí, ele resolveu construir “Um pacto com a felicidade”, nome de seu livro escrito com a ajuda de sua psicóloga, Ângela Lemos. Leia mais na seção Sua História desta edição. Na hora de cozinhar, escolha bem a sua panela IMPOTÊNCIA: mitos e verdades A novela dos medicamentos continua

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RECOMENDADO

Programa Nacional de DST/AID

SMinistério da Saúde

ANO 5 Nº 32 – ABR/MAIO/JUN 2005 – DDIISSTTRRIIBBUUIIÇÇÃÃOO GGRRAATTUUIITTAA

Saber ViverSaber ViverUMA REVISTA PARA QUEM VIVE COM O VÍRUS DA AIDS

Um pacto com a felicidadeJosé Lúcio ficou cego e surdodepois de uma meningite emdecorrência do HIV. A partirdaí, ele resolveu construir “Umpacto com a felicidade”, nomede seu livro escrito com aajuda de sua psicóloga, ÂngelaLemos. Leia mais na seçãoSua História desta edição.

Na hora de cozinhar, escolha bem a sua panela

IMPOTÊNCIA:mitos e

verdades

A novela dos medicamentos continua

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Saber ViverUma publicação trimestral gratuita

destinada a pessoas que vivem com

o vírus da aids

Correspondências à redação:

Caixa Postal 15.088 - Rio de Janeiro

(RJ) - Cep 20.031-971

[email protected]

Coordenação, edição e reportagem:

Adriana Gomez e Silvia Chalub

Secretária de redação: Alessandra Lírio

Estagiária: Bel Levy

Consultoria lingüística: Leonor Werneck

Ilustrações: Ana Vine

Foto: Alex Ferro, agência Pedra Viva

Conselho editorial deste número:

Estevão Portela (infectologista),

Marlete P. da Silva (nutricionista)

Roberto Zajdenverg (infectologista)

Colaboraram nesta esdição:

Cláudio Picazio (psicólogo)

Conselho de pauta deste número:

Débora Fontenelle (médica clinica)

Estevão Portela (infectologista)

Marcio Villard (coordenador do grupo de

homens do Grupo Pela Vidda - RJ)

Editoração eletrônica:

A 4 Mãos Comunicação e Design

([email protected])

Impressão: Gráfica MCE

Tiragem: 90.000 exemplares

Agradecimentos especiais: A todas as

pessoas que colaboraram dando seus

depoimentos para as matérias e ao

grupo de homens do Grupo Pela

Vidda/RJ

Governo do Estadode São Paulo

APOIO:

PATROCÍNIO:

E sta edição da Saber Viver está recheada de histórias desuperação e desafios a serem vencidos. A disfunção

erétil entre homens, a distribuição dos medicamentos con-tra a aids e a qualidade do atendimento aos soropositivossão assuntos relacionados aos desafios de quem vive comHIV/aids no Brasil.

Sobre superação, a repórter Marina Pecoraro esteve noEncontro Nacional do Movimento Cidadãs Posithivas quereuniu, em maio, 150 mulheres vivendo com HIV/aids emBelo Horizonte. A nossa repórter ouviu histórias de mulhe-res que estão se redescobrindo após o contágio pelo HIV. A emoção e a identificação foram a marca do evento. Outrahistória que emociona é a de José Lúcio. Cego e surdodepois de uma meningite em decorrência do HIV, o nossopersonagem da capa desenvolveu uma técnica para secomunicar com as pessoas e conseguiu escrever um livro. ASaber Viver tem muito orgulho de trazê-lo na capa destaedição. Você vai conhecer um pouco mais da história deJosé Lúcio na coluna Sua História.

Boa leitura.

Histórias desuperação

Uma pequena homenagem de toda a equipe daSaber Viver ao nosso amigo guerreiro Cauê(Carlos Alberto Marinho Silvério), diretor doFórum ONG/Aids de São Paulo e da ONGLutando Pela Vida.

Um amigo para guardarmos do lado esquerdo do peito

SumárioOs cuidados com o uso da panela 3

A novela dos medicamentos 4/5

Zidovudina + lamivudina + nevirapina 6/7

Notas 8

Sua História 9

O fantasma da impotência 10/11

Cidadãs Posithivas reunidas em BH 12/13

Namoro ou amizade 14/15

Área Útil 16

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ano 5 n 32 jun 2005 Saber Viver

P ara ter uma alimentação saudável é preciso saber escolher. O que está em jogo não éapenas o alimento, mas também a maneira de prepará-lo e armazená-lo. “A escolha dosutensílios para preparar o alimento também contribui para a saúde

e a panela é um item muito importante”, assegura a nutricionista MarletePereira, do Hospital Universitário Clementino FragaFilho (UFRJ). Seja de alumínio, barro, ferro, inox ouvidro, o que realmente importa, segundo a nutricio-nista, é a qualidade da panela. Muitas delasliberam substâncias químicas que podem sernocivas à saúde. Entretanto, há alternativas quepodem tornar as suas refeições ainda mais saudáveis,como é o caso da panela de ferro. “É importante lembrarque os alimentos não devem ser guardados naspanelas. Existem potes específicos para esse fim”,lembra a nutricionista.

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Além de escolher bem os alimentos, é fundamental saberoptar por uma panela

Panela de ferro – O ferro liberado poressas panelas previne e trata anemia. Apanela de ferro deve ser lavada com espon-ja macia e detergente neutro, pois aoesfregá-la pode-se produzir ferrugem,substância nociva à saúde.Panela de vidro – Não libera substânciaquímica e é indicada principalmente paraensopados. Também deve ser lavada comesponja macia e detergente neutro. Panela de inox – Libera níquel, ferro ecobre. A primeira substância é prejudicial àsaúde, por isso é indicado, antes de usá-la,colocar água para ferver por quatro vezes.Quem tem alergia a níquel não deve usá-la.Deve ser lavada com esponja macia edetergente neutro, enxágüe e seque imedi-atamente. Panela de alumínio – Não deve ser usadapara alimentos ácidos, como molho detomate. Não se deve areá-la, para evitar aliberação de alumínio, um metal pesado. Oideal é lavá-la com esponja dura e comdetergente neutro ou sabão de coco.

Panela esmaltada (ágata) – Não traz pre-juízo à saúde. Mas quando começa adescascar, deve ser desprezada. Lavá-lacom esponja macia e detergente.Panela de teflon (T-fal) – Deve ser untadacom óleo e deixar aquecer por cerca dedois minutos antes de usá-la. Não utilizarutensílios que a arranhem, porque, quandoisso ocorre, ela libera óxido de cromo hexa-valente, que pode lesar o fígado e o pul-mão. Também deve ser lavada com espon-ja macia e detergente neutro.Panela de barro – É indica para o preparode peixes. A de barro vitrificado, quandoaquecida, libera substâncias tóxicas comoo silicato e o chumbo. A de barro cru, alémde quebrar com facilidade, por ser porosa,favorece a penetração de alimentos, tor-nando-se alvo fácil de bactérias. Panela de cobre – Só pode ser usada se forrevestida de estanho ou aço inox. O cobrepuro, aquecido em altas temperaturas, éuma substância que pode provocar lesõesno sistema nervoso central, rins e fígado.

Escolha a panela certa

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Saber Viver ano 5 n 32 jun 2005 4

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Apolêmica sobre a quebra de patentes dolopinavir e ritonavir (Kaletra) no Brasilnão garante a longo prazo a distribuição

gratuita dos medicamentos contra a aids. No início do ano, a falta de anti-retrovirais

no Brasil deixou muitas pessoas apavoradas, ecom razão. Hoje, o país trata cerca de 160 milpessoas. A estimativa do Programa Nacionalde DST/Aids do Ministério da Saúde(PNDST/Aids) é que, até o final de 2005, 170mil estejam cadastradas para receber os anti-retrovirais. A interrupção ou falha nessadistribuição pode causar danos irreversíveis àsaúde de muita gente. Paralelo a isso, onúmero de infectados no país e no mundocresce a cada dia, demandando mais verbapara tratamento. “O mundo precisa aumentara oferta mundial de anti-retrovirais”, afirmaPedro Chequer, diretor do PNDST/Aids. “Setodas as pessoas com aids no mundocomeçassem a tomar os anti-retrovirais, nãohaveria remédio para todos”, afirma o ex-diretor adjunto do programa brasileiro, RaldoBonifácio. A saída para a continuidade doacesso universal no Brasil, segundo Chequer,é a autonomia da produção de anti-retrovirais,

incluindo a matéria-prima para fabricá-los.“Com o aumento da produção, os preços vãocair, tornando possível o tratamento daspessoas que vivem com HIV/aids”.

No Brasil, mais de R$ 900 milhões serãogastos este ano com a compra de remédiosanti-retrovirais. Desse total, 80% são reservadospara o pagamento de drogas de “segundaescolha” (medicamentos novos utilizadosquando a primeira combinação não faz maisefeito). Somente empresas multinacionaispodem, por enquanto, produzir esses remédios,graças à lei das patentes. Sem concorrência,os preços sobem e o tratamento fica maisdistante de milhões de pessoas. Para PedroChequer, paralelo à escassez da produção, oaumento da demanda também poderá gerar ocrescimento incontrolável dos preços. “Paraque isso não aconteça, é fundamental ampliara produção nacional desses remédios”.

Sociedade Civil espera por quebras de patentes

A Sociedade Civil faz coro com ocoordenador do PNDST/Aids e acredita que

Distribuição de remédios contraa aids continua ameaçadaAbaixar o custo dos medicamentos não garante a sua distribuição gratuita a longo prazo

Entenda a negociação das patentes

AOrganização Mundial do Comércio (OMC), fundada em 1995, estabelece regras para ocomércio mundial através de acordos firmados durante as reuniões. Existem cerca de

20 acordos aprovados pelos 148 países-membro. Um deles é o Acordo sobre Aspectos dosDireitos de Propriedade Intelectual relacionados ao Comércio (conhecido como TRIPS), queprevê, entre outros pontos, o pagamento de patentes sobre a comercialização de medica-mentos e alimentos. A declaração de Doha, firmada em 2001 pela OMC, flexibilizou o acor-do TRIPS, dando permissão para países adotarem medidas que protejam a saúde pública,como o licenciamento compulsório de produtos farmacêuticos, até 2016. Portanto, o licen-ciamento compulsório é absolutamente legal, previsto, inclusive, nos artigos 68 a 74 da Leibrasileira de Propriedade Industrial (9279/96). A declaração de Doha prevê também a transferência voluntária de tecnologia a países emdesenvolvimento. Com base nisso, o Ministério da Saúde do Brasil negocia com algumasempresas a possibilidade de produzir medicamentos de segunda escolha para aids.

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ano 5 n 32 jun 2005 Saber Viver 5

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www.saberviver.org.br

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a quebra das patentes é o primeiro grandepasso para tornar o tratamento acessível.“Forçar os laboratórios a abaixar os preços nãoresolve o problema a longo prazo”, afirmaVeriano Terto, coordenador geral da Asso-ciação Brasileira Interdisciplinar da Aids(Abia). Um relatório sobre acesso aos medi-camentos elaborado pela Organização Não-Governamental Médicos Sem-Fronteiras(MSF) constata a afirmação de Veriano.Segundo o documento, a política de “preçosdiferenciados” da indústria farmacêutica, queprevê descontos a países em desenvolvimento(como o Brasil), não é suficiente para garantirpreços justos. É o caso do Abacavir(GlaxoSmithKline), vendido a US$ 800 porpaciente/ano. Além disso, algumas indústriasnão divulgam o custo real dos medicamentos,inviabilizando uma negociação transparente.

A Abia, junto com outras ONGs, enviouuma carta ao governo brasileiro pedindo olicenciamento compulsório dos medicamen-tos anti-aids patenteados. “Trata-se de umamedida totalmente reconhecida no Acordosobre os Direitos de Propriedade IntelectualRelacionados ao Comércio (TRIPS/ADIP) daOrganização Mundial do Comércio (OMC),além da lei brasileira de propriedade industrial(lei nº 9279/96)”, destaca Renata Reis,assessora do Grupo de Trabalho sobre Pro-priedade Intelectual da Abia. Veriano reforçadizendo que “a única maneira de manter otratamento e expandi-lo é através da con-corrência entre genéricos”. Segundo a ONGMédico Sem-Fronteiras, a produção de gené-ricos reduziu os preços dos anti-retroviraischamados de “primeira escolha” (utilizadospara início do tratamento) de 10 mil dólaresem 2000 para apenas 150 dólares porpaciente/ano em 2005, enquanto medica-mentos de segunda escolha e formulaçõespediátricas permanecem 12 vezes mais caros.

A organização defende a importância doacesso a medicamentos mais novos porque,inevitavelmente, as pessoas em tratamentodesenvolverão resistência aos medicamentosde primeira escolha, tendo de utilizar asdrogas mais caras.

Enquanto isso, nasunidades de saúde doBrasil...

Além do desafio de manter o acessoaos anti-retrovirais, os soropositivos

brasileiros e profissionais de saúde aindaenfrentam a precariedade da assistênciabásica. Após a denúncia na última ediçãoda Saber Viver, nada mudou. Na redemunicipal do Rio de Janeiro, pessoasaguardam cerca de 5 meses peloresultado do teste confirmatório anti-aids.Muitos deles já estão com sintomas dadoença e não podem iniciar a terapiaporque não receberam o diagnósticopositivo para o HIV. A precariedadetambém atinge os exames de CD4 e cargaviral na cidade. O número de kits , emalguns serviços, é muito inferior àdemanda. Há pessoas que não realizamesses exames há mais de um ano. OPrograma Nacional de DST/Aids afirmaque atende rigorosamente a demanda porkits de exames de carga viral e CD4 doestado do Rio, mas estranha que estademanda seja tão pequena, compatívelcom a da cidade de Porto Alegre. A quantidade de leitos para aids no Rio eem São Paulo também continua abaixo danecessidade. Enquanto isso, o número depacientes sem diagnóstico sobe a cada dia.“Se não melhorarmos o nosso atendi-mento, será impossível combater a epide-mia de aids no país”, conclui Juan CarlosRaxach, assessor de projetos da AssociaçãoBrasileira Interdisciplinar de Aids (Abia).

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Saber Viver ano 5 n 32 jun 2005 6

H á alguns anos, aspessoas que fa-zem uso da

zidovudina e da lami-vudina estão acos-tumadas a receberessas duas substân-cias co-formuladasem um só medica-mento. O nome doremédio varia se-gundo o laboratórioque o produz, po-dendo se chamar Biovir,Duplivir, Zidolam ousimplesmente zidovudina +lamivudina.

A reunião da zidovudina e da lamivud-ina em um só medicamento facilita suaadministração. Basta tomar, a cada 12horas, 1 comprimido contendo 300mg de zidovudina e 150mg de lamivudina.Infelizmente, no momento, esta com-binação está faltando em muitas unidades

de saúde do Brasil. Porisso, as pessoas estão

recebendo, a cadamês, a zidovudina

e a lamivudina em frascos se-parados.

Para não pre-judicar o tra-tamento, é preci-so ter atenção na

hora de tomar essamedicação: devem

ser tomados, de 12em 12 horas, 3 cápsulas

de zidovudina (cada uma de100mg) e 1 comprimido com

150mg de lamidudina. A eficácia dos medicamentos é a

mesma, a tolerância é boa e o principalefeito colateral é a anemia que pode serprovocada pela zidovudina. Para controlá-la,recomenda-se a realização de hemogramasperiódicos.

zziiddoovvuuddiinnaa ++ llaammiivvuuddiinnaa ++nneevviirraappiinnaa

A distribuição do medicamento co-formulado zidovudina + lamivudina não tem sido suficiente

para atender a demanda das pessoas em tratamento na rede pública de saúde. Em muitas unidades,

esses anti-retrovirais têm sido distribuídos em frascosseparados, aumentando o número de comprimidos

diários da terapia.

zidovudina3 cápsulas de 100mg

de 12 em 12 horas

lamivudina1 comprimido de 150mg

de 12 em 12 horas

nevirapina1 comprimido de 12 em 12 horas

(Nos primeiros 14 dias de tratamento, 1 comprimido por dia)

Obs: esses medicamentos podemser ingeridos com ou

sem alimentos.

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Cuidados no inicio da terapiacom a nevirapinaA nevirapina costuma provocar uma reaçãoalérgica chamada rash (pintas vermelhas napele que, às vezes, coçam). Para evitá-la ouamenizá-la, recomenda-se que, nos primeiros14 dias do tratamento com a nevirapina, seja

tomado apenas um comprimido por dia. Apartir do 15º dia, pode-se seguir com a dosenormal: 1 comprimido de 12 em 12 horas.

Caso você sinta alguma reação, pro-cure seu médico tão logo possível, pois orash pode ser controlado com remédiosanti-alérgicos que ele pode receitar.

ano 5 n 32 jun 2005 Saber Viver

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Ao acordar, Murilo toma seusmedicamentos da manhã: 3 cáp-sulas de zidovudina, 1 comprimi-do de lamivudina e 1 comprimidode nevirapina.

10h da manhã

10h da noiteEm casa, Murilo toma seus com-primidos da noite: 3 cápsulas dezidovudina, 1 comprimido de lamivu-dina e 1 comprimido de nevirapina.

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Saber Viver ano 5 n 32 jun 2005

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Cientistas de todo omundo se reúnem no

Rio para discutir HIV/aids

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O mundo precisa de uma vacina contra a aids

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Vacina terapêutica desenvolvidano Brasil reduz carga viral DDeesseennvvoollvviiddaa ppoorr bbrraassiilleeiirrooss ee ffrraannccee--sseess,, uummaa vvaacciinnaa tteerraappêêuuttiiccaa tteessttaaddaa eemm1188 ppaacciieenntteess ssoorrooppoossiittiivvooss eemm RReecciiffee ffooiiccaappaazz ddee rreedduuzziirr eemm ppeelloo mmeennooss 8800%% oonníívveell ddee ccaarrggaa vviirraall ddoo HHIIVV nnoo ssaanngguuee..EEmm oouuttuubbrroo,, sseerráá iinniicciiaaddaa aa sseegguunnddaaeettaappaa ddaa ppeessqquuiissaa,, ccoomm 4400 vvoolluunnttáárriiooss..AA mmeettaa aaggoorraa éé eelleevvaarr aa ccoonncceennttrraaççããooddaa vvaacciinnaa,, jjáá qquuee eellaa nnããoo ssee mmoossttrroouuttóóxxiiccaa,, ee rreessppoonnddeerr aa aallgguummaass qquueess--ttõõeess,, ccoommoo oo ffaattoo ddee aallgguunnss ppaacciieenntteessaapprreesseennttaarreemm uumm rreessuullttaaddoo mmeellhhoorrnnooss tteesstteess ddoo qquuee oouuttrrooss..MMeessmmoo qquuee ooss eessttuuddooss oobbtteennhhaammssuucceessssoo,, sseerrããoo nneecceessssáárriiooss cceerrccaa ddeeddeezz aannooss aattéé qquuee aa vvaacciinnaa ssee ttoorrnneeddiissppoonníívveell ppaarraa aa ppooppuullaaççããoo..

Fuja da unha de gato

UUmmaa tteennddêênncciiaa ppeerriiggoossaa eennttrree ssoorrooppoo--ssiittiivvooss ffooii iiddeennttiiffiiccaaddaa rreecceenntteemmeennttee eemm

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ano 5 n 32 jun 2005 Saber Viver 9

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ffeelliicciiddaaddeeUM PACTO COM A

S ou José Lúcio Bolina, 37 anos, dois fi-lhos. Trabalhei como soldador durante18 anos, profissão que exerci com

muito orgulho e competência. Estudei até a 3ªsérie primária.

Há oito anos, descobri que tenho o vírus HIV.Desde então, minha vida nunca mais foi a mesma.Perdi meu emprego e não consegui mais trabalharcom carteira assinada. Perdi amigos e minha com-panheira da época me abandonou. Comecei a per-der também a esperança e fui ficando frustrado.Parecia que estava escrito naminha testa que eu tinha aids.Desesperado, comecei a tentarprovar que não estava com oHIV da pior maneira possível:parei de tomar os medicamen-tos e comecei a beber des-controladamente. Resultado: fiquei maisdesequilibrado, passei por várias internações e tivequatro meningites.

Na terceira meningite, perdi – de uma só vez– a visão, a audição, o paladar e o olfato. Se jáestava tudo muito difícil, imagine como ficoudepois. Achei que era o fim. Quando tudo pareciaperdido, na minha última internação, e na quartameningite, resolvi procurar atendimento psico-lógico. Fui atendido pela psicóloga Ângela Lemosdo Hospital Eduardo de Menezes, aqui em BeloHorizonte (MG). Foi minha salvação.

Inventei um meio de comunicação atravésdo toque, com o desenho das letras em minhasmãos. Assim foram os contatos com a minhapsicóloga. Fui encontrando caminhos até que umdia cheguei em sua sala muito eufórico comesperança de obter sua ajuda para um projetopessoal que estava pensando e disse: Ângela,nunca mais vou permitir que alguém me faça sofrer.Nunca mais vou me sentir inferior. Nunca mais

sustentarei os meus traumas. Vejo-me em um

Contatos para compra do livro,palestras ou troca de idéias com:Angela Lemos • Fone: 31 33754110• Cel.: 31 87233017 e-mail: [email protected]

mundo novo, cheio de esperanças. Tenho sua ajudae o amor e carinho da minha família. Redescobri-me. Fiz um Pacto com a Felicidade. E quero contartudo isso em um livro, você me ajuda?

Através do livro, eu poderia me inserirnovamente na sociedade e reconquistar minhadignidade.

A Ângela (meu anjo) aceitou o desafio, medeu alta e começamos 10 meses de trabalho in-tenso. Eu gravava e ela transcrevia, e depoisdiscutíamos cada detalhe através do toque. Termi-

nado o livro, fomos atrás deeditoras. Não consegui-mos, mas com a colabora-ção de muitas pessoas lan-çamos a minha obra, como título “Pacto com a Feli-

cidade”, um sucesso. Sentique as pessoas perderam o medo de chegar pertode mim, e isso possibilitou que eu conhecessegente nova. Graças ao livro, hoje estou dandopalestras em escolas, comunidades e empresas.

Espero que os leitores da Saber Viverdescubram que é possível dar a volta por cima,mesmo quando todos nosdizem ao contrário.Hoje sou feliz e meuPacto com a Feli-cidade está firme eforte. O restante,você vai saber len-do o livro.”

José Lúcio Bolina

“Inventei um meio de comunicação através do

toque, com o desenho dasletras em minhas mãos”

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Saber Viver ano 5 n 32 jun 2005 10

O fantasma

da disfunção

erétil em

portadores

do HIV

N ão é de estranhar que uma pessoacom alguma doença transmitidapelo sexo, como o HIV/aids,

enfrente problemas sexuais, como a disfunçãoerétil, a popular impotência. Mas, quando umportador do HIV, do sexo masculino, perde odesejo sexual ou a capacidade de manter umarelação sexual completa, com penetração,como identificar se aquela disfunção écausada por aspectos psicológicos, ou porquestões físicas provocadas pelos anti-retrovirais, pelo aumento de açúcar nosangue, ou por uma redução dos níveis dehormônio masculino? Esta é a grandequestão. Uma vez identificado o motivo daredução da virilidade, as soluções existem edevem ser buscadas, sem preconceito. E paraisso, o melhor a fazer é conversar primei-ramente com o seu médico e buscar umaajuda terapêutica.

Desde que começou a tomar anti-retrovirais, Marcelo* percebeu que seu desejo

sexual é quase nulo. Apesar de encarara vida com otimismo, Marcelo senteuma culpa enorme pela mulher –infectada por ele – e pelos filhos, quejá sabem da soropositividade dos pais.

“Eu sei que tenho uma série de questõespsicológicas para resolver, mas acredito queo meu problema de impotência estejarelacionado aos medicamentos. Antes deiniciar o tratamento, minha vida sexual eraboa, hoje é nula”, conta.

Não se automedicarO problema vivido pelo Marcelo é

recorrente nos consultórios de médicos queatendem portadores do HIV. Para o médicoinfectologista Roberto Zajdenverg, quasetodos os pacientes homens que ele atendesofrem da chamada disfunção erétil.Principalmente os com mais de 35 anos e osrecém-diagnosticados. Segundo o médico, oproblema é multifatorial, ou seja, pode terinúmeras causas, desde efeitos colaterais dealguns anti-retrovirais, anti-depressivos eansiolíticos, até dificuldades psicológicas deconviver com o diagnóstico do HIV. “Éimportante que os homens percam a vergonha

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de conversar com seus médicos. Hámedicamentos bastante eficazes no combateà disfunção erétil, porém quem toma anti-retrovirais não deve se automedicar, já que adosagem dos remédios que estimulam aereção varia para cada paciente, de acordocom o anti-retroviral que ele usa. Alguns me-dicamentos contra a aids podem aumentar aação de outros remédios, interferindo, assim,no tratamento final”, diz Zajdenverg.

Cuidar da cabeçaÀs vezes o problema não está

relacionado aos efeitos colaterais de anti-retrovirais, mas sim aos sentimentos demedo e culpa, muitas vezes comuns aosportadores do HIV. Por isso, juntamentecom o tratamento à base de medicamentos,a disfunção erétil deve ser tratada em seçõesde terapia. “Além da ansiedade e do medode falhar, tão comuns aos homens, oportador do HIV acrescenta outros medosdurante uma relação sexual, como o deinfectar ou re-infectar a parceira ou parceiro,ou mesmo o medo da sua própria re-infecção”, explica Cláudio Picazio, psicólogoespecializado em sexualidade e consultor doPrograma Nacional de DST e Aids doMinistério da Saúde. “O soropositivo queapresenta uma disfunção erétil deve buscarum profissional que o ajude a repensar aimportância que a aids tem em sua vida”.

Terapia + remédiosEduardo* já estava quase abandonando

as seções de terapia quando percebeu os pri-meiros sinais de melhora. “Passei a tomar

um desses medicamentos contra a impo-tência, mas não me sentia feliz com isso.Queria voltar a transar sem me sentir depen-dente de um remedinho”, conta ele, quecomeçou a fazer terapia no posto de saúdeonde buscava os anti-retrovirais. “Uma noite,tinha esquecido de comprar o remédio praimpotência e, quando percebi, já estavaexcitado e rolou”.

ano 5 n 32 jun 2005 Saber Viver 11

Disfunção erétil ou impotência?Impotência tem sido o termo tradicional-mente usado para definir a incapacidadede obter e manter ereção para que o atosexual aconteça. Disfunção erétil é otermo médico mais aceito para definir talcondição. É importante reconhecer que adisfunção erétil pode estar presentemesmo quando há desejo e/ou ejacu-lação. Entre as doenças mais comuns dosexo masculino, esta, sem dúvida, é amenos tratada. Apesar de 10 % doshomens com mais de 40 anos teremalguma forma de disfunção erétil, apenas30% procuram ajuda.

Quais são as causas da disfunção erétil?Alguns problemas de saúde, como oHIV/aids, diabetes, etc, podem levar a com-plicações de ordem psicológica. Portanto,deve-se tratar os dois problemas junta-mente. Um indivíduo que sai de uma expe-riência desagradável, como a perda daereção, na próxima relação relembra tais“fracassos” e fica esperando novamentepor eles, até formar-se um círculo vicioso.O homem não tem como “fingir” umaereção. Ou ele tem ou não. Esta respon-sabilidade cria uma ansiedade com a qualpoucos sabem lidar sem ajuda externa.

EUA investigam cegueira em pessoas que usam remédios contra a impotência

DDesde maio último, a agência do governo americano (FDA) que controla a liberação deremédios, alimentos e procedimentos médicos avalia os casos de cegueira entre

usuários de remédio contra a disfunção erétil. Foram diagnosticados 38 casos de ceguei-ra entre usuários do Viagra, quatro entre usuários do Cialis (Eli Lilly&Co) e um entre osque tomaram o Levrita (Bayer/GlaxoSmithKline). Pessoas com problemas cardíacos ediabetes parecem ser as mais propensas à neuropatia ótica isquêmica (nome técnico).Mais uma razão para soropositivos avaliarem a necessidade do uso junto com o médico.

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D iversos fatores contribuem para avulnerabilidade das mulheres aoHIV. Um deles é a dificuldade em

negociar o uso do preservativo com o seuparceiro. Para refletir sobre estratégias decuidado voltadas para o público feminino, 150mulheres soropositivas de todo o Brasil sereuniram no 1º Encontro do MovimentoNacional das Cidadãs Posithivas, realizadoem Belo Horizonte (MG), entre os dias 11 e14 de maio. O grupo aprovou um documentoque contém as diretrizes do movimento dasCidadãs Posithivas, contemplando assuntosrelacionados exclusivamente ao universo dasmulheres vivendo com HIV/Aids, como osefeitos colaterais dos anti-retrovirais noorganismo feminino, a menopausa precoce, afalta de políticas públicas específicas para asmulheres soropositivas e a violência domésti-ca. Segundo Dária Dal Zuffo, coordenadorado encontro, “foi a primeira vez que um even-to reuniu tantas mulheres soropositivas paratratar de assuntos relacionados exclusiva-mente ao HIV no universo feminino”.

A emoção fez parte da maioria dosdepoimentos durante as plenárias, levandocada participante a se identificar com outrashistórias relatadas no evento. “Este sen-timento retrata a metodologia aplicada pelomovimento Cidadãs Posithivas, tecida atravésde histórias de vida que levam o coletivo arefletir sobre suas experiências particulares”,define Raldo Bonifácio, na época um dosdiretores do Programa Nacional de DST/Aids,presente à mesa de abertura do evento. Paraele, esse movimento nacional é de extremaimportância para o controle social de políticaspúblicas na área da mulher.

O perfil da aids entre mulheres doBrasil, América Latina e Caribe

O crescimento do número de mulheresinfectadas no Brasil e no mundo é um desafiopara o combate à epidemia. Uma das funda-

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Fotos: Arquivo Cidadãs Posithivas

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doras do movimento Cidadãs Posithivas,Janice Pizão, destacou que, em 1985, havia23,5 homens soropositivos para cada mulherinfectada. “Em 2004, para cada 1,5 homemexiste uma mulher infectada pelo HIV”. Estefenômeno é mundial. Na América Latina, noCaribe e na África, a epidemia também cresceentre o público feminino. Segundo a ativistamexicana Georgina Gutierrez, presente aoencontro, em Haiti, Honduras e Suriname asmulheres representam 50% dos casos notifica-dos de HIV/aids, enquanto na África Sub-Sahariana elas já ultrapassaram os homens,contabilizando 56% no total de infectados.

O HIV dentro de casaA ativista mexicana Georgina Gutierrez

assegura que a principal forma de infecção dasmulheres é por via sexual e ocorre dentro decasa. Segundo ela, “a vulnerabilidade femininaao HIV é maior do que a masculina e estádiretamente relacionada à pobreza e à baixaescolaridade”. Outro fator que contribui paraesse fenômeno é a dificuldade da negociaçãodo uso do preservativo. A maioria das cidadãsposithivas que participaram do encontrocontraiu o HIV de seus maridos ou deparceiros fixos. Verinha Cristina Almeida deJesus, 50 anos, de Itabaiana (SE), ilustra bema fala da mexicana. Ela descobriu que eraportadora em 1990, depois que o maridoadoeceu: “Quando eu comentava algo sobre a

aids, ele dizia que a doença não existia e tudoera uma grande invenção do governo e dos mé-dicos para ganhar dinheiro”, relembra Verinha.

A amazonense Sueli Almeida, 35 anos,resolveu fazer o exame anti-HIV após saberque o parceiro estava infectado: “Nunca useipreservativo com meu marido”, confessaSueli. Depois de quatro meses de longa esperapelo exame, a ativista entrou em depressão.“Sofri muito preconceito e discriminaçãodentro da família. Uma tia não abriu a portade sua casa em um dia de chuva forte e outraqueimou o sofá em que eu sentei”, desabafa.A participação em uma oficina do movimentodas Cidadãs Posithivas em Belém (PA), noano de 2001, foi o divisor de águas na vida deSueli: “Comecei a me aceitar e a valorizar aminha auto-estima”, relembra.

Um movimento que reúne a forçadas mulheres vivendo comHIV/aids

“O movimento Cidadãs Posithivas é umespaço para discutirmos o nosso lado mulher,que deseja ser mãe, que é vaidosa e teme alipodistrofia. Éum espaço ondetemos orgulho deser mulher”, con-ta Renata Souza,32, de PresidentePrudente (SP).Para ela, o Cida-dãs Posithivascompleta o quefaltava no movi-mento social de aids: “acho que o movimentosocial me trouxe amadurecimento político e oCidadãs fortalece , todos os dias, o meu ladofeminino”.

Segundo Dária Dal Zuffo, o resgate daauto-estima é um dos trunfos do MovimentoCidadãs Posithivas: “sinto que através denossos encontros e de nossas reflexões, nostornamos mais fortes e capazes de incentivara participação de outras mulheres nas polí-ticas públicas de saúde”.

Novo encontro será em 2007, na Bahia

DDurante o encontro, as participantes reali-zaram o planejamento estratégico para o

Movimento Nacional das Cidadãs Posithivas.A mobilização das mulheres portadoras doHIV, o fortalecimento da auto-estima, a lutacontra o preconceito e o estigma, a defesados direitos humanos são alguns dosobjetivos traçados pelas participantes doevento. O próximo encontro será em Salvador(BA), daqui a dois anos.

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Saber Viver ano 5 n 32 jun 2005 14

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Solitária, 1.63m, 51kg. Procura pararelacionamento de preferênciapessoas com situação financeiradefinida e de Ribeirão Preto. Tel (16)9133-8274 Regiane

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Namoro ou Amizade

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Tenho 30 anos, moro em Niterói,1.50m, 52kg, morena com boaaparência. Quero conhecer homens de30 a 40 anos, carinhosos e de boaíndole. Tel (21) 8105-6247 [email protected] Cristina

Procuro mulher sincera, de 18 a 35anos, para relacionamento sério.Tenho 26 anos, 1.70m, moreno claro,olhos castanhos, cabelos pretos. Soumuito carinhoso. Penitenciária deRiolândia, Cx. Postal 43. Riolândia/SP CEP 15.495-970 José Barbosa

Quero amizades. Sou branco, 53anos, 1.75m. Av. Ipiranga, 200, Bl. Bapto. 2704, República. São Paulo/SP CEP 01.046-010 Silvio

Procuro mulheres de 30 a 50 anos.Tenho 33 anos, branco, 1.78m. R. Emi-lia, 184, Chác. Visconde. Taubaté/SP CEP 12.050-800 Luiz Vanderlei

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portadores da HIV/aids e criançasportadoras. A casa, além de outrasatividades, atualmente estápromovendo uma exposição dequadros feitos pelas criançasatendidas, para angariar fundos.

PARAÍBARNP Campina GrandeRua Pedro I, 159, São José. CampinaGrande (PB). Cep 58.107-615.Tel (83) [email protected]

PARANÁGRUPO AMIGOSRua João Zaleski, 635, Vila Lindóia.Curitiba (PR). Cep 81010-080.Tel (41) 346 [email protected]ões às 4ª feiras e sábados, às 19h

SÃO PAULOGIV-Grupo de Incentivo a VidaRua Capitão Cavalcante, 145, VilaMariana. São Paulo (SP).Cep 04.017-000. Tel (11) 5084-0255O grupo acaba de lançar o projetoCuidador Solidário, que reúne voluntários para prestarem auxílioprático a soropositivos. O projeto, queatende domiciliarmente e nas salasambulatoriais, já está emfuncionamento no CRT Santa Cruz e naCasa da Aids. Em breve, no HospitalEmílio Ribas e no Hospital São Paulo.

HIVIDARua Nove, nº 738, Centro. Rio Claro (SP)Cep 13500-080 Tel (19) 3533-5845www.asshivida.org.brAtividades: grupo de trabalho parageração de renda; Casa de passagem eapoio, Intercâmbio informativo e orientação. Espaços de lazer; Espaçospara palestras e cursos

SEIVA - Serviço de Esperança eIncentivo à Vida AgoraRua Rio Parnaíba, 135, Zona Norte.Ilha Solteira (SP). Cep 15.385-000.Tel (18) 3742- [email protected]/seivaAções no campo de prevenção e apoiopsicossocial ao portador de HIV e aids.

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RIO DE JANEIROComunidade de Mulheres Vivendo comHIV/Aids ˆ ICW Brasil Av. Nossa Sra. Copacabana, 583 sl 1205,Copacabana. Rio de Janeiro (RJ). CEP:22050 002. Tel.: (21) 8853-7109 www.planetafuturo.com.br [email protected] Espaço de troca entre mulheres vivendocom HIV/Aids. Reuniões todas últimasterças-feiras de 12h às 15h.

Grupo Parceiros da Vida (HospitalUniversitário Pedro Ernesto)Av. 28 de setembro, 87, 5º andar, VilaIzabel. Rio de Janeiro (RJ) Cep 20551-030, Anfiteatro da Ginecologia Tel (21)2587-6506 / 2587-6417/ 2587-6153 /2587-6157Encontros na última quarta-feira domês, a partir das 14h.

IPRA – Instituto de Prevenção à AidsRua Jurupari , n.ª 08, Tijuca. Rio deJaneiro (RJ). Cep 20.520-110 Tel (21) 2254-2088www.ipra.org.br ou [email protected]: musicoterapia, orientaçãojurídica, psicoterapia e grupo de apoio.Cursos: espanhol, teclado, informática,capoeira, dança de salão e coral.

BAHIAGrupo Incentivo do Hosp. Geral RobertoSantosAv. Saboeiro s/nº, Cabula. Salvador (BA)Cep 41.180-900 - Tel (71) 387-3422Reuniões às 3ª feiras, das 10h às 11h,na sala de espera do ambulatório deinfectologia.

RNP+ BahiaRua J.J. Seabra, 116, Antiga Escola PAX,Baixa do Sapateiro. Salvador (BA).Cep 40.025-001. Tel (71) [email protected]ões às 6ª feiras, às 14h

BRASÍLIAEscola da Vida / Casa da CriançaQNC 3 casa 16. Taguatinga Norte (DF).Cep 72.115-530 Tel (61) 3201-9033 / 3201-9038 www.escoladevida.org.brA creche e abrigo atende filhos de

Confirmem o recebimento da Saber ViverPedimos a todas as unidades de saúde e ONGs que confirmem o recebimento das edições da Saber Viver a cada entrega

efetuada. Essa informação é muito importante para buscarmos sempre o aperfeiçoamento de nosso trabalho. Contamos com vocês.

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BAHIACaasahRua do Paraguaçu, 8 – Mont Serrat Salvador (BA). Cep 40425-050.Tel (71) 3312-3731 / 3611-6077 /3611-6076Assistência médica, convívio familiar,educação, diversão e solidariedade,esses são os pilares da Casa de Apoioe Assistência, que precisa de doaçõespara continuar seu trabalho.Doações: Banco do Brasil – C/C 2001-XAg. 2967. Eles também aceitamdoações em alimentos, remédios,carinho e socialização.

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A associação Lutando para Viveratende cerca de 210 pessoas carentese funciona no Instituto de PesquisasClínicas Evandro Chagas (Ipec/Fiocruz).A instituição sobrevive graças adoações da comunidade. Alimentos nãoperecíveis, agasalhos e roupas sãomuito bem vindos. Lutando para Vivertambém recebe doações através doBanco do Brasil, agência 0249, contacorrente 93736-3. Qualquer quantiaserá bem aproveitada para a comprade remédios e cestas básicas. SôniaFonseca, presidente da associação,também necessita de voluntários.Para mais detalhes, ligue (21) 38659530. [email protected]