SABADÃO DO POVO EDIÇÃO 136 DO ANO 5

8
Manifestação reuniu alunos em frente à escola nesta sexta-feira, dia 2; prédio municipal deverá ser ocupado por órgãos da Prefeitura Billy Mao JORNAL A SERVIÇO DA COMUNIDADE - WWW.SABADAODOPOVO.COM.BR EDIÇÃO Nº 136 - ANO 5 - 3 DE OUTUBRO DE 2015 - LENÇÓIS PAULISTA - CIRCULAÇÃO REGIONAL - DISTRIBUIÇÃO GRATUITA SABADAO DO POVO PSDB trai filiados do Partido Verde e se apropria de diretório municipal Mãe acusa policias Militar e Civil por agressão e descaso, após discussão na escola Pietraróia Depois de uma semana de incer- tezas entre pais, professores, funcio- nários e os cerca de 600 alunos da escola Antonieta Grassi Malatrasi, localizada na Vila Mamedina, em Lençóis Paulista, após a possibilida- de de fechamento da unidade, em 2016, pelo Governo do Estado, nesta sexta-feira, dia 2, uma manifestação organizada pelos alunos foi realizada em frente à escola. Os principais prejudicados pela decisão serão as famílias do Jardim Primavera., Já que a maioria dos jovens do bairro estuda na escola. Durante a semana, a Secre- taria de Educação do Estado, alegou que existe um estudo de reorganiza- ção das unidades escolares. Porém, após reunião ontem entre a prefeita Izabel Lorenzetti e a dirigente, Gina Sanches, sua assessoria adiantou que, assim que o prédio for entregue, a intenção é instalar no espaço seto- res da Prefeitura que hoje ocupam imóveis alugados”. Página 5 O projeto cultural Trajeto ofere- cerá seis oficinas de percussão com o músico Duda Lazarini para os estudantes de Macatuba. As oficinas acontecem nos dias 1º, 8 e 22 de outubro, em dois períodos, às 8h e às 14h, no Centro Cultural Orlan- do Bozan. Patrocinado pela Zilor, o projeto faz parte do programa de educação para cultura da empresa, com o apoio do município, que tem o objetivo de contribuir para a formação educacional de jovens por meio de ações culturais. Alunos protestam contra fechamento do Malatrasi Alunos protestam contra fechamento do Malatrasi Projeto cultural da Zilor leva música para Macatuba População escolherá amanhã novos conselheiros tutelares Prefeitos estudam medidas de economia As eleições para escolha dos novos conselheiros tutelares acontece neste sábado, dia 4, durante todo dia, em Lençóis Paulista, Macatuba e Borebi. A escolha será feita com voto de elei- tores aptos, mediante apresentação de documento com foto e titulo de eleitor, nos locais onde serão insta- ladas as urnas. Em Lençóis Paulista, nove candidatos concorrem à cinco vagas disponíveis. Na tarde de ontem, houve a ce- rimônia de lacração das urnas que receberão os votos e dos envelopes com as cédulas, em cerimônia reali- zada no Fórum local, supervisionada pela Promotora de Justiça Débora Orsi Dutra. Ainda com marcas pelo corpo, Valdéci Alves de Almeida, de 41 anos, tentava na quinta-feira, dia 1º de outubro, conviver com a experiência a que ela e o filho, ado- lescente de 17 anos, foram submetidos na terça-feira, dia 29, quando foram levados, algemados, por policiais militares, de den- tro da escola Rubens Pietraróia, no Núcleo Luiz Zillo, onde o jovem es- tuda. O motivo seria seu descontrole durante uma discussão com funcionários da escola sobre o comporta- mento do adolescente. Detida, Val, como é conhecida, ainda permaneceu por cerca de três horas algemada, dentro da Delegacia de Polícia, onde a ocorrência foi registrada. Segundo contou, no início do ano ela foi chamada pela direção da escola porque seu filho havia sido pego riscando paredes com uma caneta. Pelo caso, o rapaz foi orientado a limpar a sala, o que fez, e se comprometeu a não repetir o ato. Porém, de acordo com Val, desde então, por várias vezes ela foi chamada na escola por motivos que considerou fúteis, o que na sua opinião, demonstrava per- seguição ao adolescente. “A partir de que uma pessoa pague pelo seu erro, ele deixa de existir, mas isso não aconteceu na escola, por qualquer motivo me chamavam. Gerou uma perseguição”, opinou. Esta semana, quando foi novamente cha- mada, ao chegar à escola foi informada de que o filho teria tentado pegar um giz de cera, com propósito de riscar as paredes. Ao se exaltar devido à pouca importância que deu ao fato que gerou sua convocação, a direção da escola teria acionado a Polícia Militar. Página 4 A prefeita de Lençóis Paulis- ta, Izabel Lorenzetti, e os pre- feitos de Borebi, Manoel Frias Filho; Macatuba, Tarcísio Abel, e Areiópolis, Amarildo Garcia Fernandes reuniram-se na tarde desta sexta-feira, dia 2. O encon- tro foi realizado no gabinete da prefeita, voltado para a discussão do enfrentamento à crise econô- mica pelos municípios da região. Cada prefeito fez uma análise da realidade de cada município ante a queda da arrecadação e deve anunciar as medidas que serão to- madas voltadas para o problema. Vereadores aprovam desconto sobre juros e multas de impostos - Pág. 6 Uma manobra política substituiu os dirigentes municipais do Partido Verde de Lençóis Paulista, esta semana, trocando sem aviso prévio o diretório municipal, que tinha nos vereadores Ailton Tipó Laurindo e Anderson Prado de Lima seus principais líderes. A manobra coloca em cheque o futuro do partido local, que pelo seu site oficial, tem cerca de 150 filiados. Sobre a manobra, o presidente da Câmara de Vereadores, Anderson Prado, afirmou que está estudando o ocorrido para decidir se tomará alguma medida. “Todos fomos surpreendidos pela forma como, na mão grande, o PV foi tirado de nós. Mas, de minha parte decidirei com calma e sem pressa se farei algo sobre isso”, afirmou. Página 5 ENGODO - Durante a discussão e votação do projeto que permite à Prefeitura de Lençóis Paulista vender a área onde está o prédio da rodoviária municipal ao Iprem, na segunda-feira, dia 28, os vereadores do PSDB se posicionaram para facilitar com que a proposta da prefeita Izabel Lorenzetti fosse rejeitada em plenário. Humberto Pita afirmou que projeto não prevê repasse para UPA. Página 3

description

Jornal Semanal

Transcript of SABADÃO DO POVO EDIÇÃO 136 DO ANO 5

Page 1: SABADÃO DO POVO EDIÇÃO 136 DO ANO 5

Manifestação reuniu alunos em frente à escola nesta sexta-feira, dia 2; prédio municipal deverá ser ocupado por órgãos da Prefeitura

Billy Mao

JORNAL A SERVIÇO DA COMUNIDADE - WWW.SABADAODOPOVO.COM.BR

EDIÇÃO Nº 136 - ANO 5 - 3 DE OUTUBRO DE 2015 - LENÇÓIS PAULISTA - CIRCULAÇÃO REGIONAL - DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

SABADAO DO POVO

PSDB trai filiados do Partido Verdee se apropria de diretório municipal

Mãe acusa policias Militar e Civil por agressão e descaso, após discussão na escola Pietraróia

Depois de uma semana de incer-tezas entre pais, professores, funcio-nários e os cerca de 600 alunos da escola Antonieta Grassi Malatrasi, localizada na Vila Mamedina, em

Lençóis Paulista, após a possibilida-de de fechamento da unidade, em 2016, pelo Governo do Estado, nesta sexta-feira, dia 2, uma manifestação organizada pelos alunos foi realizada

em frente à escola. Os principais prejudicados pela decisão serão as famílias do Jardim Primavera., Já que a maioria dos jovens do bairro estuda na escola. Durante a semana, a Secre-

taria de Educação do Estado, alegou que existe um estudo de reorganiza-ção das unidades escolares. Porém, após reunião ontem entre a prefeita Izabel Lorenzetti e a dirigente, Gina

Sanches, sua assessoria adiantou que, assim que o prédio for entregue, a intenção é instalar no espaço seto-res da Prefeitura que hoje ocupam imóveis alugados”. Página 5

O projeto cultural Trajeto ofere-cerá seis oficinas de percussão com o músico Duda Lazarini para os estudantes de Macatuba. As oficinas acontecem nos dias 1º, 8 e 22 de outubro, em dois períodos, às 8h e às 14h, no Centro Cultural Orlan-do Bozan. Patrocinado pela Zilor, o projeto faz parte do programa de educação para cultura da empresa, com o apoio do município, que tem o objetivo de contribuir para a formação educacional de jovens por meio de ações culturais.

Alunos protestam contra fechamento do MalatrasiAlunos protestam contra fechamento do Malatrasi

Projeto cultural da Zilorleva música para Macatuba

População escolherá amanhãnovos conselheiros tutelares

Prefeitos estudam medidas de economia

As eleições para escolha dos novos conselheiros tutelares acontece neste sábado, dia 4, durante todo dia, em Lençóis Paulista, Macatuba e Borebi. A escolha será feita com voto de elei-tores aptos, mediante apresentação de documento com foto e titulo de eleitor, nos locais onde serão insta-ladas as urnas. Em Lençóis Paulista,

nove candidatos concorrem à cinco vagas disponíveis.

Na tarde de ontem, houve a ce-rimônia de lacração das urnas que receberão os votos e dos envelopes com as cédulas, em cerimônia reali-zada no Fórum local, supervisionada pela Promotora de Justiça Débora Orsi Dutra.

Ainda com marcas pelo corpo, Valdéci Alves de Almeida, de 41 anos, tentava na quinta-feira, dia 1º de outubro, conviver com a experiência a que ela e o filho, ado-lescente de 17 anos, foram submetidos na terça-feira, dia 29, quando foram levados, algemados, por policiais militares, de den-tro da escola Rubens Pietraróia, no Núcleo Luiz Zillo, o n d e o jovem es-tuda. O motivo s e r i a

seu descontrole durante uma discussão com funcionários da escola sobre o comporta-mento do adolescente. Detida, Val, como é conhecida, ainda permaneceu por cerca de três horas algemada, dentro da Delegacia de Polícia, onde a ocorrência foi registrada.

Segundo contou, no início do ano ela foi chamada pela direção da escola porque seu

filho havia sido pego riscando paredes com uma caneta. Pelo caso, o rapaz foi orientado a limpar a sala, o que fez,

e se comprometeu a não repetir o ato.Porém, de acordo com Val, desde

então, por várias vezes ela foi chamada na

escola por motivos que considerou fúteis, o que na sua opinião, demonstrava per-seguição ao adolescente. “A partir de que uma pessoa pague pelo seu erro, ele deixa de existir, mas isso não aconteceu na escola, por qualquer motivo me chamavam. Gerou uma perseguição”, opinou.

Esta semana, quando foi novamente cha-mada, ao chegar à escola foi informada de que o filho teria tentado pegar um giz de cera, com propósito de riscar as paredes. Ao se exaltar devido à pouca importância que deu ao fato que gerou sua convocação, a direção da escola teria acionado a Polícia Militar. Página 4

A prefeita de Lençóis Paulis-ta, Izabel Lorenzetti, e os pre-feitos de Borebi, Manoel Frias Filho; Macatuba, Tarcísio Abel, e Areiópolis, Amarildo Garcia Fernandes reuniram-se na tarde desta sexta-feira, dia 2. O encon-tro foi realizado no gabinete da

prefeita, voltado para a discussão do enfrentamento à crise econô-mica pelos municípios da região. Cada prefeito fez uma análise da realidade de cada município ante a queda da arrecadação e deve anunciar as medidas que serão to-madas voltadas para o problema.

Vereadores aprovam desconto sobre juros e multas de impostos - Pág. 6

Uma manobra política substituiu os dirigentes municipais do Partido Verde de Lençóis Paulista, esta semana, trocando sem aviso prévio o diretório municipal, que tinha nos vereadores Ailton Tipó Laurindo e Anderson Prado de Lima seus

principais líderes. A manobra coloca em cheque o futuro do partido local, que pelo seu site oficial, tem cerca de 150 filiados.

Sobre a manobra, o presidente da Câmara de Vereadores, Anderson Prado, afirmou que está estudando o ocorrido

para decidir se tomará alguma medida. “Todos fomos surpreendidos pela forma como, na mão grande, o PV foi tirado de nós. Mas, de minha parte decidirei com calma e sem pressa se farei algo sobre isso”, afirmou. Página 5

ENGODO - Durante a discussão e votação do projeto que permite à Prefeitura de Lençóis Paulista vender a área onde está o prédio da rodoviária municipal ao Iprem, na segunda-feira, dia 28, os vereadores do PSDB se posicionaram para facilitar com que a proposta da prefeita Izabel Lorenzetti fosse rejeitada em plenário. Humberto Pita afirmou que projeto não prevê repasse para UPA. Página 3

Page 2: SABADÃO DO POVO EDIÇÃO 136 DO ANO 5

2LENÇÓIS PAULISTA, 3 DE OUTUBRO DE 2015

OPINIÃO

FALE CONOSCO CNPJ: 14.647.331./0001-22

IE: 416.050.229.111

WWW.SABADAODOPOVO.COM.BR

Jornalista Responsável: Tânia Morbi Mtb: 52.193

Redação e administração Lençóis Paulista Rua André Bacili, 45

Telefone – (14) [email protected]

CONTATO COMERCIAL: (14) 99658-9731Sugestão de Pautas: (14) 3263-1740

Registrado no Cartório de Registros de Pessoas Jurídicas de Lençóis Paulista sob

número 008 - Folha 15 - Livro B1

TODOS OS ARTIGOS SÃO DE RESPONSABILI-DADE DE SEUS AUTORES

Tiragem: 3.000 exemplaresNa internet: http://issuu.com/billymao/docs

Lençóis Paulista - Borebi - Macatuba

Para enviar foto de acontecimentos na [email protected]

Velhice bem sucedidapr. antonio carlos cabral

Fabrício rodrigues

billY Mao

Para quem vive na escuridão, a luz é uma ameaça!

Um dia, quando o ex-prefeito Ideval Paccola tocava seu jornal, ainda na impressão em linotipo, tive o prazer de ficar por várias horas ouvindo suas histórias po-líticas. Virginiano e astuto, Ideval enxergava bem à frente de quem estava ao seu redor.

Ideval carregou pelas mão o atual vice-prefeito para o mundo da política, por exemplo. Naquele mo-mento, naquele escritório apertado e quente da Rua Geraldo Pereira de Barros, ele me confidenciou algumas coisas. Quem o conhecia sabia que ele só falava sobre algo quando queria e para quem queria.

Ideval me perguntava sobre eu me filiar no então mais novo parti-do, o PSDB, de Mário Covas, que já carregava alguns nomes. Eu, na inocência política, dizia que não gostava do cenário, no entanto votaria em Covas para governador. Ele, experiente e gentil, comentou que diante da minha jovialidade poderia procurar um partido jo-vem voltado para outros assuntos e sugeriu que eu ficasse atento para uma movimentação político/ambiental que estava acontecendo e ao crescimento do PV, que tinha

poucos anos de existência. Ideval contou também como foi preterido por aquele que ele carregou pela mão dentro do PMDB e como teria sido traído.

O tempo passou mais um pouco, as coisas aconteceram, a Rio 92 aconteceu propondo um mun-do sustentável e em dezembro de 1995 me filiei ao PV len-çoense pelas mãos do vereador Ailton Tipó Laurindo.

Hoje (sexta-feira) recebi a no-tícia de um amigo que ouviu de alguém que o PV, até então dirigido por Tipó, havia perdido seu diretório municipal e diante de uma manobra velada, feita na surdina, o diretório nacional destituiu o comando de então e formou uma nova diretoria, onde presidente e diretores seriam todos ligados ao vice-prefeito, Antônio Marise, que é candidato em 2016, e seu suposto candidato a vice, Edenilson Grecca.

Oficialmente, como filiado ao partido há mais de 20 anos, não

recebi nenhum comunicado ou comunicação de uma assembleia, ficando ainda mais evidente que a rasteira foi pensada na maldade

arbitrária, bem ao estilo nazifascista

C l a ro que não ficarei no PV para apoiar àquele que age desta maneira. Claro que não apoio quem age contra os princípios básicos da democracia. E sugiro que todos os filiados

busquem novas alternativas e deixem a sigla na mão dos es-pertalhões.

Uma amiga me lembrou muito bem de um ditado: ‘cabeça vazia é morada do diabo’. Se levar em conta a figura que estaria por trás da amarração, fica ainda mais fácil de entender. Convenhamos, certos homens públicos têm tem-po de sobra para pensar e repensar as mais mirabolantes ideias se levado em conta que o labor não os apetece muito.

Talvez, a estratégia tenha fun-cionado. A de pegar um partido repleto de bons nomes, de pessoas

íntegras. Talvez o conluio tenha a participação de várias mãos do tucanato e simpatizantes. Tal-vez, ainda, essa rasteira sirva, de verdade, para que os envolvidos acordem e saibam com quem estão lidando. Que me perdoe, onde estiver, mas Ideval Paccola sabia. Me contou muitas coisas e também fiquei sabendo.

Nada como o tempo para ir colocando tudo no lugar. E após isso tudo, hoje, depois de refle-tir sobre o caso, me sinto ainda mais feliz, mais reluzente. Mais ainda por saber que isso não muda em nada meu trabalho, muito pelo contrário, me induz a seguir por novos caminhos, e no que diz respeito ao mundo político olhar por outros ân-gulos as ações que se propõe beneficiar a população.

Na verdade, as máscaras criadas no decorrer do tempo acabam cain-do e mostrando a verdadeira face. Alguns, tenho certeza, não vão gos-tar do que vão ver se olharem para um espelho. Eu, certamente, vou.

Billy Mao é jornalista e repórter fotográfico

Sabadão online: issuu.com/billymao/docs/

Reflexão

Charge Online - Duke

A expropriação do PV lençoense

Até onde vai a moral cristã e ética na política?

“Os justos florescerão como a palmeira, crescerão como o cedro no líbano; plantados na casa do Senhor, florescerão no átrios do nosso Deus. Mesmo na velhice ainda darão frutos, serão viçosos e verdejantes” (Salmos 92.12-14). A prosperidade dos justos é assegurada pala Palavra de Deus em sua velhice. Por isso o vigor da sua juventude se reflete na alma, tornando-a saudável na justa distinção que Deus faz em seu favor.

Com isso os idosos terão razões para viver e conseguirão avançar com sucesso no caminho que leva a superar as dificuldades e defi-ciências, caso sintam plenamente a intensidade de existir e esperar por novas graças. Há pessoas que se encontram diante do diferente quando veem idosos que exercem suas atividades com entusiasmo, por exemplo, quando se destacam na prática de um esporte como ciclismo, natação, corrida, atle-tismo, vôlei, academia, ginástica, coreografia, saltando de para-que-das, dançando, ou namorando, como se isso fosse fantástico e

inusitado. Aqueles que exercem com prazer suas atividades na ter-ceira idade, não se pode dizer que seja uma exceção, mas sim uma possibilidade de todo e qualquer idoso que assim o desejar, deste uma simples tarefa doméstica até um fato extraordinário como uma viagem à lua. Todos merecem o devido destaque, estímulo e o reconhe-cimento do esforço como exemplo a ser seguido.

O idoso bem sucedido, disporá de condições para manter seu in-teresse pela vida e pelo despertar de novas vocações, para desempe-nho de papéis no campo social, assistencial, cultural, econômico, político e afetivo, dando oportu-nidade a novos relacionamentos com crianças, jovens, adultos e outros idosos. Será capaz de se realizar no lazer e em novas for-mas de trabalho, cuidar de seus bens, de sua renda e das demais responsabilidades. Ser idoso bem sucedido e produtivo é ser

bênção para si e para o próximo. Esta é uma das grandes questões da velhice contemporânea, não somente viver bem, mas viver

bem resultando em atividade racional, perseverança, reque-rendo de uma socie-dade madura que se prepara e se or-ganiza para atender seu cidadão idoso, retribuindo-lhe com compromisso, res-peito, ética e justiça

o que ofereceu com seu trabalho útil.

A Bíblia conta a história de um sacerdote por nome Joiada, que em meio a um golpe de Estado em Israel, agiu de forma corajosa em favor do herdeiro do trono de apenas sete anos, protegendo-o de morrer. Joiada foi um pode-roso instrumento de Deus para a reforma religiosa em tempo de apostasia e só descansou no dia de sua morte aos cento e trinta anos. Foi um constante otimista, batalhador incansável e vitorioso. Foi sepultado entre os reis em

reconhecimento pelos seus feitos em favor a Deus e ao povo de Israel (2 Crônicas 24.15-16).

Há pessoas que não se pre-param para envelhecer, quando envelhecem ficam confusas apesar dos muitos planos que fizeram com a tão esperada aposentado-ria. Qualidade de vida como re-lata o salmista é quando a pessoa se volta para Deus e sua mente e coração são levados a exultar de alegria diante da grandeza do Deus criador e mantenedor da vida. O que nos leva a refletir que, apesar da fugacidade do tempo, Deus sempre tem um plano de revitalização e honra para a vida daqueles que estão plantados em seu templo. Assim hoje queremos celebrar as obras de justiça e graça de Deus, porque mil anos são para Ele como o dia de ontem que passou (Sal. 90.4). Expe-riências com Deus ao longo da vida compensam as debilidades da idade avançada.

Antônio Carlos Cabral é Ba-charel em Teologia pela Faculdade Teológica Batista Grande ABC.

Neste período de filiação de possíveis candidatos as eleições de 2016 pude conversar com várias pessoas e muitos são os questionamentos sobre a reali-dade política, não só em nosso município, como no Brasil.

A maior crítica é sobre a cor-rupção que cerca os noticiários e contra fatos não há argumentos, a classe política está desmoralizada, e chegamos ao ponto que falar de política causa constrangimento, sugere-se que é algo imoral, ilegal.

Lamento muito isso estar acontecendo, sou apaixonado por política, mas a política em sua essência, debate ideológico, troca de argumentos em busca de

provar que sua visão está correta, projetos sociais, formas polí-ticas públicas, como trabalhar a política a favor do cidadão, teorias de sistemas políticos, mas en-fim na verdade as pessoas enxergam a política de hoje como forma fácil de ganhar dinheiro, for-ma de se beneficiar de esquemas, talvez seja verdade para al-guns, “menssalão”, “petroão” e diversos outros que estão nos tribunais, existem momentos que me sinto eno-jado e ainda mais quando vejo

um político que se julga cristão, mentir, enganar e tirar vantagem de pessoas honestas e de famílias.

Acredito que a ética deve ser intrínseca não só para os políticos, mas sim a todos se-res humanos e como cristão devemos amar o próximo como pre-ga Jesus Cristo, sou católico e procuro se-guir a moral cristã o máximo que consigo, sei que tenho falhas

como todos os outros, mas mentir e agir de má fé em sã consciência é inaceitável, melhor usar um verbo ao invés de um adjetivo.

Acredito que os cristãos não devem se afastar da política, pois e for cristão de verdade não irá se corromper, SOU A FAVOR QUE TODOS CRIS-TÃOS SE ENVOLVAM E FA-ÇAM PARTE DA POLÍTICA! Atuando e mostrando o seu potencial, se nós cristãos esti-vermos ativos na política, sobra menos espaço para os bandidos e corruptos, claro que digo isso por que CRISTÃO de verdade não se corrompe.

Fabrício Rodrigues é graduan-do em Gestão Pública e presidente do Solidariedade em Borebi - [email protected]

“Pensar é difícil, é por isso que a maioria das pessoas prefere julgar”

Cal Jung

Uma jogada política tirou esta semana das mãos do então presidente do Partido Verde, o vereador Ailton Tipó Laurindo, a direção local da sigla, assim como destituiu o diretório municipal trocando, na calada da noite, os postos de direção do partido em âmbito municipal, numa descarada tentativa de enfraquecer a oposição ao governo do PSDB, que tem em Tipó e no atual presidente da Câmara Anderson Pra-do de Lima, também do PV, dois de seus principais nomes.

A relação candidato, partido e poder é algo extremamente questionável em todo país, onde não existe fidelidade a ideiais ou regras de condutas, e tudo acaba virando moeda de barganha, compra ou venda de interesses menores.

Mas, em se tratando de vésperas de ano eleitoral, a falta de caráter demonstrada por algumas ações, dão ao cenário político a imagem de filme de terror e ação, quando a cada nova cena se leva um susto, tamanha a surpresa pela atitude de certos políticos.

A expropriação do PV lençoense é um destes momentos tristes que entram para a história da política local, sob o manto da velha forma de se fazer política, por se tratar de uma demonstração de o quanto esta velha senhora, corrompida e arcaica, pode descer moralmente para defender seus próprios interesses.

A troca do diretório local, sobre a qual nenhum dos membros lençoenses do par-tido foi avisado, foi toda costurada em ex-tremo sigilo, em conluio com esferas esta-duais, com a certeza de que, após o período de filiação para as próximas eleições, que expiraria em 30 de setembro, todos os 153 filiados do PV de Lençóis Paulista estariam nas mãos de quem se surrupiou o partido, sob o silêncio ignóbil da conivência. A armadilha deixou 153 pessoas, eleitores ou candidatos sem poder de escolha ou manifestação, bem ao estilo ditatorial que marca o grupo responsável pela manobra.

Para conseguir uma sigla a mais em apoio a uma futura candidatura, os responsáveis pela expropriação do PV lençoense foram capazes de ignorar, trair e desrespeitar, além de seus dirigentes, os 153 filiados, que tinham a convicção de que votariam ou seriam candidatos pelo partido que escolheram, conduzidos pelas mãos de seus tradicionais dirigentes, conhecidos há 20 anos.

Ao se apropriarem do partido às escuras e de forma ignóbil, estas pessoas demons-traram que são capazes de muito mais para conquistar o voto do cidadão comum, usando de qualquer meio para isso, até trair o próprio grupo que pretendiam dominar.

Felizmente, por uma questão técnica, os usurpadores do PV não conseguiram seu objetivo maior, que era sufocar a própria sigla, seus ex-dirigentes e possíveis candi-datos. Estes terão alguns meses pela frente para definir se farão parte ou não de outras frentes ou projetos políticos, em abanono à traição de que foram vítimas.

Do episódio fica o repúdio de uma cen-tena de filiados, mas como reflexo, de uma população inteira à forma covarde de como, quem está no poder, se esgueira entre a legalidade e a trapaça para, de forma rasa, atingir seus objetivos.

Page 3: SABADÃO DO POVO EDIÇÃO 136 DO ANO 5

POLÍTICA 3LENÇÓIS PAULISTA, 3 DE OUTUBRO DE 2015

Oposição salva interesse do Executivo e preserva cidadãoTANIA MORBIANÁLISE

Prado retira projeto do Iprem e evita que proposta fosse reprovadaPresidente alegou que projeto precisa de ampla discussão para nãoprejudicar a população e os maiores interessados, que são os servidores

Traição - O Diretório Municipal do PV em Lençóis Paulista foi pego de surpresa quando soube, extraoficialmente, da mu-dança das lideranças e presidência do partido. Informações de bastidores apontam para uma manobra ardilosa amarrada com os caciques do PV Nacional e com o PSDB. Ainda, que toda a artimanha teria sido orquestrada pelo atual vice-prefeito, de-claradíssimo candidato à sucessão municipal.Esperado - Para quem acompanha a política lençoense já se es-perava uma manobra desse naipe. Se tratando do vice. Quando Ideval Paccola estava com o PMDB e estava no cenário político ele também foi traído. O vice, defensor ferrenho do tucanato já até teria saído do PSDB na expectativa de ser o candidato quando a prefeita Izabel concorria à reeleição. Teve que engo-lir, atravessado, a posição de vice. Agora, não seria diferente. Estava escrito - Conforme publicou o Sabadão do Povo na edi-ção passada, a UPA continua sendo usada como pano de fundo de uma situação financeira capenga, na administração pública municipal. Até o momento, com exceção do Sabadão, nenhum veículo citou o repasse de mais de R$540 mil que era feito ao Pronto Socorro Municipal e que vem sendo utilizado na UPA.Cadê? - Nem mesmo a diretoria de Saúde informa claramente sobre o valor que era usado no Pronto Socorro, que fechou para dar lugar à UPA como local de atendimento de emergência.O Balaio - A história, supostamente, encobriria um rombo nos cofres públicos que vem crescendo mês a mês crescendo. Muito daquilo que poderia ser cortado na Prefeitura, não é. Os serviços oferecidos à população vem capengando desde a última eleição, quando foram gastos alguns milhões em publi-cidade. Publicidade direcionada para um único veículo que dá “sustentação” à administração e tem um vereador tucano como diretor comercial, conforme já foi divulgado no próprio veículo.Fogo amigo? - Na discussão do projeto que prevê a venda da rodoviária ao Iprem ficou claro que a base “aliada” da prefeita estava rachada. Enquanto André Sasso e Emerson Carrit se esforçavam nos argumentos em defesa do projeto e pedidos de apoio na votação, o vereador Manezinho queria que a votação começasse, depois de garantir com apoio de seus pares tucanos-que o pedido de vistas feito pelo vereador Jonadabe foi rejeitado.Bem diferente - Caso a votação tivesse ocorrido, certamente o projeto teria sido rejeitado em plenário em primeira votação. Júnior Ticianelli que estava disposto a votar favorável foi prete-rido pelos tucanos e retirou o apoio. Dr. Pita também questionou a forma como o projeto se apresentava e teria votado contrário. Já Nardeli da Silva era convicto contrariamente ao projeto.Forcinha - Diferente do que se pensa e, muito embora pouca gente saiba, a retirada do projeto para uma discussão mais ampla acabou beneficiando o Executivo. Se fosse votado na segunda-feira passada e rejeitado na Câmara, ele poderia voltar apenas no próximo ano para ser discutido. Com a retirada, a qualquer momento o projeto poderá voltar na pauta do Legis-lativo e, com melhor entendimento, ter votação favorável.Round - Nem bem superadas algumas discordâncias entre Câmara e Prefeitura, outra pode surgir em breve, com o envio pelo Executivo do Projeto de Lei com a proposta orçamentária para o ano de 2016. A estimativa é de um orçamento de quase R$ 207 milhões para 2016.Nas cordas - Assim como se tornou comum os vereadores apresentarem emendas, principalmente, na tentativa de be-neficiar grupos específicos e entidades, também ficou comum a prefeita Izabel Lorenzetti (PSDB) barrar as tentativas, ou simplesmente, não cumpri-las, sob o argumento de indisponi-bilidade financeira.Round 2 - Este ano é esperar para ver se a história se repete. Esperar para ver o tamanho da discussão, já que entre 2014 e 2015 o crescimento foi maior e, agora, a discussão deve ser ainda mais contundente com o crescimento diminuído do orça-mento deste ano. Dos R$ 201.153 milhões de 2015, a Prefeitura terá quase R$ 207 milhões para administrar Lençóis Paulista em 2016. Em 2014 eram cerca de R$ 188 milhões.Campeão - Agora, quem não tem o que reclamar é o SAAE, que continua com crescimento em seu orçamento acima da média dos demais órgãos do governo. Entre 2014 e 2015, o seu orça-mento foi de R$ 15.500 milhões para R$ 18 milhões. Este ano, o SAAE terá R$ 19.700 milhões, enquanto a Câmara mantém R$ 4.200 milhões e o CMFP R$ 1.400 milhão, mesmos valores do orçamento deste ano.Caminho - No cenário político a fila vai andando. Os partidos estão captando nomes fortes e conhecidos para completar os quadros de pré-candidatos ao cargo de vereador. No âmbito Executivo, por enquanto, tudo está do mesmo jeito.Tabela - No entanto, uma suposta pesquisa que teria sido feita pelas ruas de Lençóis Paulista demonstraria, de longe, o possível cenário na eleição do próximo ano. Para quem diz ter visto a tal pesquisa, o que chamou a atenção seria a pulverização dos votos para os supostos candidatos à Prefeitura.De olho - Segundo a fonte, que teria visto os resultados, a pul-verização dos votos beneficiaria a oposição, já que os nomes estariam ligados de um jeito ou de outro a essa ala política. A evidência da insatisfação com a atual administração seria outro ponto forte na tomada geral.Estacionado - A grosso modo, a fonte aponta ainda a insatis-fação sobre a falta de rotatividade no poder lençoense. Para o observador político, a permanência do mesmo grupo por quase 20 anos acarreta um desgaste muito grande e vícios que, em muitos casos, beneficiam apenas um pequeno grupo de agre-gados ao poder, ficando a população e o eleitor desprovidos de atenção de políticas públicas.Cabo de guerra - Apesar de muito querida e ter uma forte blin-dagem de sua imagem, a prefeita Izabel Campanari Lorenzetti também sofre com as situações que acabam fugindo de seu controle. Isso por haver duas vertentes na administração - uma menor, que a apoia em suas decisões e outra maior que apoia o vice-prefeito Marise .Blindex - O escândalo de corrupção na Cultura que está sendo apurado pelo MP; O desgaste devido o baixo repasse ao servidor; das incansáveis empresas que ganham concomitantemente as mesmas licitações desde a gestão Marise e ainda, os desman-dos com contratação irregular e contratos também irregulares apontados pelo TC, como o dos radares, abalam, mesmo que de leve, a blindagem e a aceitação do governo Izabel Lorenzetti.O horizonte é logo ali - É mais que óbvio que a prefeita estaria disposta a fazer um ótimo governo e sair dele como rainha. De repente, até encarar a batalha como candidata a deputada esta-dual e, mesmo contrariando a linha familiar, se dedicar ainda mais tempo à política. Como informa um interlocutor no Paço Municipal, Izabel Lorenzetti sabe muito bem onde está pisando e estaria fazendo o jogo político para sua governabilidade até 2016. Ou seja, sua parte teria sido feita.Um provérbio chinês: “Podemos escolher o que plantar, mas somos obrigados a colher o que semeamos.”

NA GAVETA | Prado quer pesquisa da opinião dos servidores

Tania MorbiDurante a discussão e votação

do projeto que permite à Prefeitura de Lençóis Paulista vender a área onde está o prédio da rodoviária municipal ao Iprem (Instituto de Previdência Municipal), na segun-da-feira, dia 28, os vereadores do PSDB se posicionaram para facili-tar com que a proposta da prefeita Izabel Lorenzetti fosse rejeitada em plenário, inclusive votando contra o adiamento da discussão, mesmo quando os votos anunciados pela oposição garantiam que o projeto seria rejeitado em plenário. Por volta da meia noite, o presidente da Mesa Diretora Anderson Prado de Lima (PV) retirou o projeto da pauta e encerrou a sessão, que já durava mais de cinco horas.

A Prefeitura apresentou a pro-posta de entregar a área pública, localizada no centro da cidade, para o Iprem como forma de não ter que pagar pelo déficit autorial, valor que representa a diferença entre o Fundo Previdenciário do Iprem e o repasse do valor neces-sário para o pagamento de novas aposentadorias e aquelas já pagas, considerando o período de 35 anos. O repasse mensal feito pela Prefeitura ao Iprem é de R$ 370 mil, o que representa, em 2015, uma dívida de R$ 4.919 milhões. No projeto, o Executivo alega a redução da arrecadação como causa das dificuldades para manter o pagamento ao Iprem.

Enquanto o projeto era anali-sado pelas comissões da Câmara, a Prefeitura divulgou, através do diretor de Saúde Márcio Santa-rém, que caso não fosse aprovado a falta de recursos poderia pro-porcionar o fechamento da UPA, recentemente inaugurada. No entanto, em nenhum trecho do texto da proposta de lei comple-

mentar o Executivo relaciona que o repasse de recursos a mais seria direcionado para o atendimento específico. Sem previsão no or-çamento deste ano, os recursos não poderiam legalmente ser direcionados à UPA, além disso, a Unidade receberá o repasse do governo federal que deverá entrar nos cofres públicos brevemente.

Na noite de segunda-feira, após a abertura das discussões, Jonadabe de Souza (Sd), Souza voltou a pedir o adiamento da vo-tação, já feito na semana passada, com objetivo de que os servidores municipais pudessem opinar sobre a destinação do prédio, através de uma pesquisa realizada pela Associação dos Servidores, uma vez que o não pagamento da Prefeitura ao Iprem atingiria di-retamente os cofres do Instituto, responsável por gerir os recursos que garantem sua aposentadoria.

Nardeli da Silva (Pros), defendeu que o projeto fosse ratificado para fazer a previsão de repasse à UPA, por isso era a favor de adiar a votação. “Estamos tratando de um próprio público, do povo. Este dinheiro vai sair do povo e ir para o Iprem, que é do funcionário”, comentou.

Assim como o vice-presidente da Mesa, Humberto Pita (PR), que ressaltou que na proposta enviada pela prefeita não havia qualquer garantia legal de que os recursos economizados seriam destinados à UPA. “Em nenhuma letra está escrito isso no projeto.

O que se quer é o pagamento que a Prefeitura tem que fazer anual-mente ao Iprem, não tem nada com a UPA”, esclareceu.

Além disso, Pita ressaltou que o valor proposto de R$ 6.188 milhões para a transação foi definido apenas por profissio-nais ligados à Prefeitura, sem avaliação de profissional ou imobiliária independentes.

Ailton Tipó (PV), que também também era a favor de que o pro-jeto fosse votado posteriormente, destacou o valor proposto para a negociação entre a Prefeitura e o Iprem. Segundo ele, a seu pedido, um corretor da cidade avaliou que em uma venda no mercado imobiliário o imóvel chegaria no máximo ao valor de R$ 4 milhões. “Neste momento, o Iprem já sai com prejuízo de R$ 2 milhões de cara, e se a crise piorar, o ano que vem não vale R$ 3 milhões. Os servidores vão sobreviver e cuidar de suas famílias com este sagrado dinheiro do Iprem”, analisou.

Porém, os cinco vereadores da base aliada da prefeita, além de José Pedro de Oliveira (PR), Bentinho, votaram contra o adiamento, forçando com que o projeto fosse para discussão e posterior votação em primeiro turno.

Para ser aprovada, a proposta necessitaria de 2/3 dos votos ou oito votos favoráveis, porém desde o início da discussão, as manifes-tações da oposição mostraram que a base tucana não teria o número necessário de votos. Mesmo assim,

a base manteve o esforço para que o PLC fosse colocado em votação.

Um dos contrários seria o pró-prio presidente Prado, que pela na-tureza da proposta, diferentemente de outras situações, teria que votar. “Tenho negativa do presidente da Associação dos Servidores e do Sindicato dos Servidores, de vários servidores com que falei e de alguns empresários que me pro-curaram. Não me sinto à vontade para legislar pelo contribuinte do Iprem. Acredito que deve ser con-sultado o primeiro interessado, que é o servidor. Nada me impede que mude o voto, desde que seja con-vencido, mas meu voto é contrário na noite de hoje”, afirmou Prado.

Após o adiamento ser rejeitado, os vereadores tucanos chegaram a defender a proposta, justificando que os recursos seriam encaminha-dos para UPA, ao que o vice-presi-dente Pita reforçou que o repasse não estava previsto no texto do projeto de lei.

Com a leitura na íntegra do PLC, e longos discursos de vá-rios vereadores, o presidente da Câmara convocou uma reunião com os líderes de partido e ao voltar anunciou que devido à im-portância do projeto e para que se mantivesse a discussão em torno de sua aprovação ou não, faria a retirada do mesmo da pauta.

Com a decisão, a proposta pode voltar para votação já na próxima semana, dependendo da decisão da Mesa.

À primeira vista, a atitude do presidente Anderson Prado de Lima em retirar o projeto que envolve a venda do prédio da Rodoviária Municipal pôde parecer estranha e arbitrária, no entanto, o posicionamento da bancada do PSDB, mais o vereador Bentinho, soou muito mais estranho se levado em conta que a todo instante, ficou claro que os vereadores da base da prefeita queriam a votação do projeto sabendo que a derrota era certa.

Mais estranho é pensar que uma manobra velada, orques-trada, supostamente em alguma autarquia, seria o real motivo da ânsia na votação.

Segundo informações de bastidores, o vereador Gumer-cindo Ticianelli Jr. chegou a demonstrar a possibilidade de votar favorável à venda, mas teria sido rejeitado taxativa-mente e ainda escutado um “não precisamos de seu voto”. Isso soa muito fora do que seria tido como normal, quando, pela importância dada pela administração, a aprovação do projeto seria a busca por maior apoio financeiro ao município.

Ainda pelo ponto de vista de que uma manobra estava em curso, os vereadores da base aliada à prefeita votaram contrários a prorrogação de

prazo para que os funcionários públicos, principais envolvidos, fossem ouvidos.

Subjetivamente, ficou no ar uma ‘força oculta’ trabalhando para prejudicar a própria Prefei-tura e a forma encontrada pela prefeita Izabel Lorenzetti e sua equipe para costurar o alívio financeiro e estancar, momen-taneamente, uma dívida com o IPREM diante do abismo que se forma com os altos custos da máquina pública.

Neste contexto, a bancada oposicionista agiu em prol da Prefeitura, do projeto e do ser-vidor, quando este papel deveria ser da base aliada.

Ora, a oposição precisando se posicionar e retirar o projeto para que ele não fosse reprova-do? Ou a liderança da base está muito aquém dos interesses do Executivo e direciona a bancada para uma bancarrota ou é a bancada oposicionista que está mais preocupada com a amplitude do projeto do que tenta demonstrar a base tucana, mais o vereador Bentinho.

Para observadores da política local a manobra promovida na sessão da Câmara pela base da prefeita evidenciou que a der-rubada do projeto, caso fosse votado, serviria apenas para dar manchete a jornais e buscar, com a derrubada prejudicar,

deliberadamente, a oposição e o vice presidente Dr. Pita que está diretamente ligado à saúde. Coincidência ou não, foi o que se viu na imprensa que dá sus-tentação a atual administração durante a semana que colocou na conta dos vereadores oposi-cionistas os possíveis cortes que a prefeita Izabel Lorenzetti de-verá fazer. Cortes que afetarão diretamente o contribuinte que necessita dos serviços públicos.

A forma como se vende os cortes que deverão ser pro-movidos pela administração coloca na conta dos vereadores os ajustes impopulares. No entanto, a posição adotada pelos vereadores na Câmara, e a retirada do projeto pelo presi-dente Anderson Prado, protege os interesses dos servidores e também da população.

Com a venda do prédio da rodoviária o que se quer é ‘sal-var’ o orçamento municipal que está extrapolando os gastos e promover uma pedalada fiscal, semelhante ao que pretende a presidente Dilma. Além disso, colocando a derrubada no colo dos vereadores, ficaria muito mais fácil blindar a imaculada aceitação da admi-nistração da prefeita, mesmo estrangulando a população.

Olhando por este viés daria para entender a suposta ma-

nobra. O que evidenciaria a verdadeira intenção é buscar a todo custo jogar no lixo a oposição, mesmo a oposição estando preocupada com um bem da população. Isso se levar em conta que o repasse para a UPA seria de pouco mais de R$140 mil que é a diferença do que se pagava ao Pronto Socorro, que foi fechado, e o aumento da ma-nutenção da Unidade.

Claro que neste cenário sombrio pode estar escon-dido um plano B para sal-var as f inanças públicas . O SAAE, por exemplo, é a autarquia que tem mais dinheiro em caixa sem que esteja comprometido como o IPREM. E, neste momen-to ímpar da economia, seu diretor, de alguma forma, apareceria como o ‘salvador da pátria’, especialmente no que diz respeito ao setor de Saúde pública. É necessário lembrar que o diretor em questão é pré-candidato à sucessão de Izabel Lorenzetti e o uso dessa manobra como forma de publicidade não seria nada difícil de imaginar e muito menos, de estar em curso, mesmo que para isso seja necessário sacrificar o cidadão, o usuário público e a população como um todo.

Page 4: SABADÃO DO POVO EDIÇÃO 136 DO ANO 5

4LENÇÓIS PAULISTA, 3 DE OUTUBRO DE 2015GERAL

Mãe acusa policiais de violência ao ser detida em escola, após discussão com funcionários

O forte temporal que atingiu todo o interior de São Paulo, na madrugada de segunda-feira, dia 28, afetou o fornecimento de energia e causou estragos em di-versos bairros de Lençóis Paulista e Macatuba, proporcionando que famílias ficassem até 40 horas sem energia elétrica.

Segundo a CPFL, os principais danos foram causados pelas raja-das de vento que chegaram a 100 km/h na região de Bauru, uma das mais atingidas, ou por descargas atmosféricas, que derrubaram postes, galhos ou árvores e objetos sobre a rede elétrica. Em Lençóis, de acordo com a concessionária, 3.600 pessoas foram atingidas pela falta de energia.

Os dois últimos bairros de Lençóis a terem o fornecimento de energia restaurado foram o Núcleo Luiz Zillo e as Chácaras São Judas Tadeu. No Núcleo, moradores re-lataram que alimentos que necessi-tavam de refrigeração estragaram. A parte refrigerada da compra mensal da moradora Elaine Varejano foi toda perdida, segundo ela, que reside na Avenida dos Imigrantes, última rua do bairro a ter o forneci-

mento normalizado, na terça-feira, dia 29, por volta das 10h30, cerca de 36 horas após a tempestade.

Na Cecap, embora a energia tenha voltado mais rapidamente, os estragos foram causados por diversas árvores que foram arran-cadas pela força do vento.

Na região do Monte Azul, uma cobertura metálica de um barracão foi arrancada, juntamente com parte da alvenaria, e jogada em uma das vias da Avenida Jácomo Augusto Paccola, arrancando um poste de energia. Ninguém ficou ferido. Uma vidraça de uma loja próxima foi danificada.

Em Macatuba, as equipes da Prefeitura reforçaram a limpeza de ruas, avenidas, praças e outros prédios municipais. Em diversos locais foram registradas quedas de galhos de árvore.

Algumas regiões da cidade perma-neceram sem energia elétrica durante a segunda e terça-feira, aguardando manutenção e reparo da rede.

Devido à falta de energia, o sistema de bombeamento de água a partir do reservatório 3 (locali-zado no final da avenida Coronel Virgilio Rocha) foi interrompido,

Chuva causa estragos na regiãoe derruba árvores em Lençóis

o que ocasionou desabastecimento temporário de algumas áreas dos bairros Vila Santa Rita, Macatuba 7, Jardim Europa e imediações.

70 km/hO vendaval que atingiu a cidade

de Lençóis Paulista na noite de domingo derrubou algumas deze-nas de árvores por toda a cidade e nas chácaras São Judas Tadeu. No São Judas as árvores caíram sobre a fiação elétrica e, em pelo menos duas propriedades, caíram sobre telhados. Na chácara Dadu, as arvores se precipitaram sobre o telhado da barraca e em uma residência os galhos acertaram a parte da varanda. Ninguém se feriu durante o vendaval.

Além de árvores, um muro tam-bém caiu na região das chácaras e algumas árvores foram arrancadas até com as raízes. A Defesa Civil de Lençóis divulgou que os ventos teriam atingido cerca de 70 km/h.

O São Judas Tadeu foi o bairro que mais teve árvores derrubadas pelo vendaval. A rua São Thiago ficou completamente fechada pelas árvores caídas e teve toda a fiação elétrica derrubada.

Tânia Morbi e Billy MaoAinda com marcas pelo corpo,

Valdéci Alves de Almeida, de 41 anos, tentava na quinta-feira, dia 1º de outubro, conviver com a experiência a que ela e o filho, adolescente de 17 anos, foram submetidos na terça-feira, dia 29, quando foram levados, algemados, por policiais militares, de dentro da escola Rubens Pietraróia, no Núcleo Luiz Zillo, onde o jovem estuda. O motivo seria seu descontrole duran-te uma discussão com funcionários da escola sobre o comportamento do adolescente. Detida, Val, como é conhecida, ainda permaneceu por cerca de três horas algemada, dentro da Delegacia de Polícia, onde a ocorrência foi registrada.

Segundo contou, no início do ano ela foi chamada pela direção da escola porque seu filho havia sido pego riscando paredes com uma caneta. Pelo caso, o rapaz foi orien-tado a limpar a sala, o que fez, e se comprometeu a não repetir o ato.

Porém, de acordo com Val, desde então, por várias vezes ela foi chamada na escola por motivos que considerou fúteis, o que na sua opinião, demonstrava perseguição ao adolescente. “A partir de que uma pessoa pague pelo seu erro, ele deixa de existir, mas isso não aconteceu na escola, por qualquer motivo me chamavam. Gerou uma perseguição”, opinou.

Esta semana, quando foi nova-mente chamada, ao chegar à escola foi informada de que o filho teria tentado pegar um giz de cera, com propósito de riscar as paredes. Ao se exaltar devido à pouca impor-tância que deu ao fato que gerou sua convocação, a direção da escola teria acionado a Polícia Militar.

Val afirma que, no momento em que foi detida, na sala da di-retora, além dela, do filho e dos dois policiais, haviam outras três mulheres e um homem, funcioná-rios da escola. “Eu estava mesmo muito nervosa. Teve alguém na sala que falou para o policial me levar e eu me levantei e perguntei por que? Foi a hora que um deles me segurou, torceu meu braço e quando meu filho falou para me soltar, me jogou no chão, pisou em mim e outro me levantou e me algemou”. Ela foi levada algemada para a viatura, mas afirma que ou-tros dois veículos oficiais estariam estacionados em frente à escola, dando apoio aos policiais que a prendiam, sob o olhar de alunos e pais de alunos. “Me jogaram den-tro do camburão para depois jogar meu filho na calçada, algemar ele

também e também jogar dentro da viatura”, narrou. Após o ocorrido, Val relatou o fato em sua página do Facebook.

Além da ação da Policia Militar, Val também criticou a forma como foi tratada dentro da delegacia de policia. “Eu fiquei pelo menos três horas algemada, nenhum investigador sequer mencionou tirar as algemas. Apenas um PM me ajudou, me deu água e viu que o meu punho estava roxo e tirou minhas algemas, mas meu filho permaneceu sendo tratado como bandido, algemado, com a cara para a parede”, lamentou.

Após o ocorrido, o adolescente continua frequentando as aulas, mas ela afirma estar insegura. A mãe também acrescentou que o filho nunca teve um registro policial por qualquer tipo de ato infracional. “Eu não confio mais na polícia e ela não me representa”.

No Boletim de Ocorrência os policiais militares são relacionados como vítimas. “Foi tudo desneces-sário, desde a postura da direção da escola até a atitude das duas polícias. Poderiam até ter me con-tido, mas me jogar no chão e me algemar, foi uma arbitrariedade”.

Val iria representar o ocorrên-cia durante a semana e a Polícia Civil deve apurar o ocorrido. O Ministério Público também deve acompanhar o caso.

O outro ladoA Polícia Militar do Estado de

São Paulo, através do capitão Ju-liano Xavier, recebeu Valdéci Alves no final da tarde de quinta-feira na 5ª Companhia da Polícia Militar, em Lençóis Paulista para ouvir a versão da mulher.

Segundo o capitão Xavier, o

procedimento é para averiguar e coletar informações. “Neste momento estou ouvindo as partes envolvidas, neste caso a mulher e os soldados que estavam na ocor-rência. Com essas informações será feito um relatório e encaminhado, ainda esta semana, para os superio-res do Batalhão em Bauru. Lá será checado tudo e definido se será aberto um Inquérito Policial Mi-litar ou uma sindicância interna.

Xavier explicitou a insatisfação da mulher em ser detida e disse que os procedimento são para apurar a necessidade da detenção. “No caso do uso da algema, de forma geral, é para imobilizar e preservar a integridade do cidadão e do po-licial. Neste caso específico vamos apurar a necessidade e a forma que houve a detenção. Deverá ser apu-rado laudos, registro de corpo de delito. Tudo deverá ser levantado nos procedimentos que será feito no batalhão”, contou.

O capitão da Polícia em Len-çóis Paulista disse também que diante de alguma ocorrência que o cidadão se sinta prejudicado, que ele procure, antes de mais nada, conversar com um advogado de confiança para que seja orientado nos procedimentos a serem toma-dos. “Penso que procurando um advogado o cidadão será orientado a procurar a melhor maneira de re-solver o problema. A polícia só age quando é chamada e porque uma das partes está se sentindo ameaça-da. Nosso trabalho é esse, deter o cidadão e levá-lo para a delegacia, registrar o B.O. E depois é com a Polícia Civil. No entanto há um procedimento para essa detenção e no caso da senhora Valdéci, vamos apurar como esse procedimento ocorreu”, contou.

Ela e o filho de 17 anos foram algemados e levados de camburão até a delegacia de polícia, onde permaneceram algemados por cerca de três horas; acusação seria de agressão a policiais e funcionários

LEI MUNICIPAL Nº. 511/2015 DISPÕE SOBRE A CONCESSÃO DE DIREITO REAL DE USO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. MANOEL FRIAS FILHO, Prefeito do Município de Borebi, Estado de São Paulo, no uso das atribuições que me são conferidas por Lei, FAÇO SABER que, a Câmara Municipal de Borebi, APROVOU, e eu SANCIONO e PROMULGO a seguinte Lei Municipal: Artigo 1º - Fica o Poder Executivo Municipal autorizado a CONCEDER direito real de uso à pessoa jurídica CEZAR ROBERTO NUNES REFRIGERAÇÃO - ME, nome fantasia “SOL REFRIGERAÇÃO COMÉRCIO ELETRICA”, nos termos do Decreto Lei Nº. 271/67, de um barracão na área de terras localizada no município de Borebi-SP, de sua propriedade, a seguir descrita:Um Galpão Comercial/Industrial, com 431,05 m² de área construída, devidamente registrado no Ca-dastro Municipal sob o Nº. 14.973, situado dentro do Pátio da antiga Estação Sorocabana, entre as ruas Siqueira Campos, José Marques e Avenida Tiradentes, conforme descrição disposta no Laudo de Avaliação em anexo a este texto legal.Artigo 2º - O imóvel descrito no artigo anterior será utilizado para instalação da empresa supramen-cionada, a qual possui como atividade principal a instalação e manutenção de sistemas centrais de ar condicionado, de ventilação e refrigeração.Artigo 3º - A empresa beneficiária ficará responsável pela quitação das dívidas e encargos, de qual-quer classe e natureza, inerentes ao Barracão Industrial/Comercial, independentemente de o fato gerador das dívidas referir-se a data anterior ou não a assinatura da minuta de Concessão de Direito Real de Uso.Parágrafo Único - Ficará também sob responsabilidade da empresa beneficiária todas as obras e melhorias que se fizerem necessárias para a obtenção das licenças e autorizações essenciais a instalação do negócio pretendido, ficando desde já proibido qualquer repasse de custos ou mesmo proposta de compensações de gastos junto ao Município de Borebi. Artigo 4º - A Concessão de Direito Real do Uso será realizada mediante instrumento público próprio, no qual deverá constar os seguintes encargos:I – Concluir todas as adaptações que se fizerem necessárias para instalação do negócio da pessoa jurídica da beneficiária em até 10 (dez) meses após a assinatura do presente termo.II - Iniciar suas atividades econômicas em no máximo 12 (doze) meses, contados da assinatura do Termo de Concessão de Direito Real de Uso, salvo em casos que, comprovadamente, fique constatada a impossibilidade do início de suas atividades, em virtude da complexidade das obras de construção civil ou da dificuldade encontrada na obtenção de documentação junto aos órgãos governamentais para o seu funcionamento;III - Admitir, preferencialmente, trabalhadores residentes no Município de Borebi, salvo se comprova-da a inaptidão dos candidatos interessados para as vagas disponíveis, com estimativa de 05 (cinco) empregos diretos no primeiro ano de funcionamento e, no mínimo 08 (oito) empregos diretos a partir do terceiro ano de funcionamento.IV - Faturar no Município de Borebi toda a prestação de serviço, produção ou comercialização da pessoa jurídica beneficiária da concessão;V – A proibição de destinar ou utilizar o imóvel para outros fins, que não os constantes na Minuta de Concessão de Direito Real de Uso;VI – A proibição de transferir a concessão de uso do imóvel, no todo ou em parte, a qualquer pessoa, física ou jurídica, sob qualquer pretexto ou condição, ou autorizar que ali se instale outro negócio/comercio distinto do constante nesta Lei Municipal;VII - Licenciar toda a sua frota de veículos no Município de Borebi;VIII - Facilitar o acesso de funcionários municipais credenciados às dependências da empresa para efetuar a fiscalização de suas obrigações para com o Município de Borebi;Artigo 5º - Do Termo de Concessão de Direito Real de Uso, deverá constar cláusula de reversão, que constituirá na revogação da concessão nas seguintes hipóteses:I – se houver falência da empresa beneficiária;II – se houver paralisação das atividades da empresa por mais de 06 (seis) meses consecutivos, excluindo-se os casos em que, por força ou razão da sazonalidade da produção, a empresa neces-site suspender tecnicamente suas atividades por maior período, desde que devidamente justificada, limitados a 12 (doze) meses de paralisação;III – se houver o descumprimento dos encargos constantes dos incisos I a VIII do artigo 4º desta Lei.Artigo 6º - No caso de reversão do imóvel ao patrimônio público municipal, as benfeitorias realizadas no imóvel não serão indenizadas, podendo a empresa beneficiária levantar apenas os equipamentos removíveis, sempre mediante laudo de avaliação elaborado pela Prefeitura.Artigo 7º - Após a celebração do Termo de Concessão de Direito Real de Uso entre a empresa o Município de Borebi, a beneficiária deverá concluir as obras necessárias para iniciar as atividades do negócio, no prazo legal, apresentando à Prefeitura Municipal os documentos oficiais que comprovem os investimentos realizados, na seguinte forma:I - Projeto executivo completo e planta baixa das instalações, com memorial descritivo, assinado por engenheiro civil habilitado, acompanhado de ART – Anotação de Responsabilidade Técnica devida-mente recolhida;II – Atestado de Vistoria do Corpo de Bombeiros para funcionamento do estabelecimento.Artigo 9º - O Termo de Concessão de Direito Real de Uso não poderá estipular período maior que 20 (vinte) anos de concessão.Parágrafo Único - Após 30 (trinta) dias contados a partir do termino da concessão, além da posse do imóvel, o Município de Borebi incorporará todas as benfeitorias e equipamentos que se encontrarem dentro do local.Artigo 10º - Terminado o período de 20 (vinte) anos desta concessão, e, havendo interesse do Poder Público Municipal em ofertar nova Concessão de Direito Real de Uso, deverá fazê-lo mediante instru-mento normativo próprio, independentemente se não houver alteração da Pessoa Jurídica beneficiária.Artigo 11º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação. MANOEL FRIAS FILHOPrefeito MunicipalPublicada na Diretoria dos Serviços Administrativos em 02 de Outubro de 2015.CARLOS ROBERTO DE PAULA LIMADiretor Municipal de Planejamento, Administração e Finanças EXPOSIÇÃO DE MOTIVOSTenho a honra de remeter à apreciação de Vossas Excelências, o presente Projeto de Lei que Con-cessão de Direito Real de Uso à Empresa Cézar Roberto Nunes Refrigeração – ME, nome Fantasia “Sol Refrigeração Comércio e Elétrica”Inicialmente, cumpre salientar que a idoneidade da referida empresa foi certificada por este Executivo Municipal, onde foi averiguada a sua regularidade fiscal e previdenciária.Referida empresa terá como atividade principal a Instalação, Manutenção e Reparação de Máquina e Aparelhos de refrigeração e Ventilação para uso Industrial, Comercial e Residencial, sendo que, esta administração certificou-se sobre a não existência de qualquer agente poluidor em suas atividades, não havendo qualquer impedimento para sua instalação dentro do Perímetro Urbano.Quanto à legalidade e constitucionalidade do presente projeto, cumpre salientar que, o a Lei Federal Nº. 11.481/2007 deu nova reação para o Artigo 7º. Do Decreto Lei Nº. 271/67, que diz o seguinte:Art. 7o É instituída a concessão de uso de terrenos públicos ou particulares remunerada ou gratuita, por tempo certo ou indeterminado, como direito real resolúvel, para fins específicos de regularização fundiária de interesse social, urbanização, industrialização, edificação, cultivo da terra, aproveitamento sustentável das várzeas, preservação das comunidades tradicionais e seus meios de subsistência ou outras modalidades de interesse social em áreas urbanas. (Redação dada pela Lei nº 11.481, de 2007)Desta forma, há que se convir sobre a existência de interesse público porquanto, o local é amplo e encontra-se em desuso. Sua utilização para fins Comercias/Industriais, como pretendido neste projeto de Lei, gerará emprego e renda, garantindo a fomentação da economia local.Ainda, por tratar-se de empresa deste município, a qual vem conquistando importante espaço no mercado regional, sua valorização trará vantagens tributáveis á administração pública, ao comercio da cidade e, principalmente, possibilidade de emprego a nossos habitantes.Essas são, portanto, as justificativas que alicerçam a aprovação do presente projeto de lei.Atenciosamente,

MANOEL FRIAS FILHO

Prefeito Municipal

FORÇA | Val mostra marcas deixadas nos braços após contenção de policiais

Page 5: SABADÃO DO POVO EDIÇÃO 136 DO ANO 5

5LENÇÓIS PAULISTA, 3 DE OUTUBRO DE 2015 MACATUBA

Tânia MorbiDepois de uma semana de

incertezas entre pais, professores, funcionários e os cerca de 600 alunos da escola Antonieta Gras-si Malatrasi, de Lençóis Paulista, após sugerida a possibilidade de fechamento da unidade, em 2016, pelo Governo do Estado de São Paulo, nesta sexta-feira, dia 2, uma manifestação orga-nizada pelos alunos foi realizada em frente à escola.

Durante a semana, a Secretaria de Educação do Estado, afirmou que nenhum fechamento de escolas foi definido e que existe apenas um estudo de reorganiza-ção das unidades, com objetivo de agrupar alunos nas mesmas faixas de idade. A prefeita Izabel Lorenzetti esteve em reunião ontem com a diretora Regional de Ensino, Gina Sanches, em Bauru, para tratar do assunto.

Desde o dia 23, a informação de que escolas de várias cidades do Estado seriam fechadas, devi-do a reorganização na rede, levou a protestos e manifestações de alunos. Em Lençóis Paulista não foi diferente. Especialmente pais e alunos do Jardim Primavera, que em sua maioria são atendi-dos pela escola, única a oferecer ensino médio na região, e que devem ter grandes dificuldades de locomoção, caso se concreti-ze o fechamento da escola.

Além dos adolescentes que já estudam na unidade, famílias de crianças que encerram o ci-clo fundamental da escola mu-

Alunos protestam contra fechamento da escola Antonieta Grassi MalatrasiA Secretaria de Estado da Educação nega que haverá fechamentos, mas confirma reestruturação que irá transferir alunos para outras escolas; pais e mães do Jardim Primavera temem que a transferência desestimule os adolescentes

nicipal Ézio Paccola, do bairro, e que em 2016 passariam a frequentar a escola Malatrasi também estão preocupadas.

Leide Aparecida Carneiro, que faz parte do Conselho das duas escolas, é favorável à separação por unidades diferentes de crian-ças e adolescentes, mas acha que fechar escolas é um retrocesso na educação. “Deveriam fazer mais escolas e não fechar o que está pronto”. Para ela, o Malatrasi deveria receber, pelo menos, os alunos mais novos, uma vez que os jovens do ensino médio po-deriam ir a escolas mais distantes com menor risco para segurança.

O transporte de crianças e jovens para escolas mais dis-tantes é uma despesa que as

famílias do bairro não têm como arcar, por isso a preocu-pação com o deslocamento. “As famílias não têm condição de pagar o transporte das crianças e as mais novas, de 10 ou 11 anos, terão que ir sozinhos? Não é certo”, disse Leide.

A estudante Rafaela, de 17 anos, vê na medida um desestí-mulo para que os jovens conti-nuem estudando. “Faz três anos que estamos juntos, todo mundo se conhece, conhecem os profes-sores, é como nossa segunda casa. É triste. Eles (o Estado) falam que tem bastante traficante em todo lugar, mas tão querendo fechar escola, tirar a oportuni-dade do adolescente crescer em algo bom”, argumenta.

Para outras mães do Pri-mavera, ouvidas pelo jornal Sabadão do Povo, como Kátia Soares, qualquer gasto feito em educação é investimento no futuro dos jovens.

O estudante Vitor Hugo acredita que o fechamento da escola vai contra tudo o que é pregado pelo próprio governo. “O governo faz tanta campa-nha para os alunos irem para a escola e agora querem fechar. É a mesma coisa que dizer: não queremos que vá estudar”.

Quatro escolas de Lençóis Paulista deverão ser afetadas pela reestruturação proposta pela Secretaria de Educação, mas apenas a unidade da Vila Mamedina corre risco de ser

fechada. A escola Dr. Paulo Zillo deve atender apenas alunos do ciclo fundamental, enquanto o Virgílio Capoani, apenas o ensi-no médio. Já a escola da Cecap, Vera Braga Giacomini irá absor-ver praticamente todos os alunos que hoje estudam no Malatrasi, ampliando consideravelmente o número de alunos atendidos.

O que diz a SecretariaAtravés de sua assessoria, a

Secretaria de Educação do Esta-do negou que o fechamento de escolas esteja definido e alegou que apenas foi proposto que as regionais subsidiassem o estudo de reorganização, através de informações das unidades. De acordo com o órgão, este é o primeiro momento do estudo, sendo “precipitado calcular” que escolas serão fechadas.

Está previsto para o dia 14 de novembro um evento entre as escolas,  pais e responsáveis da rede estadual de ensino, o

chamado Dia “E”, quando será explicado o novo processo de reorganização.

A diretoria Regional de Bau-ru afirmou que nem todas as escolas passarão pela reorgani-zação. “O estudo que definirá as escolas selecionadas está em andamento, e por isso, ainda não há como definir quais uni-dades passarão pelo processo, nem mesmo a escolas citada pela reportagem”.

Em Macatuba, é a escola Fanny Altafim Maciel que es tá no a lvo do poss íve l fechamento, o que também gerou protestos de pais e alu-nos. Devido ao caso, o pre-feito Tarcísio Abel se reuniu com dirigentes regionais de ensino e protocolou ofício na Diretoria Regional, em Jaú, à qual está integrada a rede es-tadual da cidade, solicitando informações oficiais sobre o futuro das escolas estaduais no município.

Tania MorbiUma manobra política subs-

tituiu os dirigentes municipais do Partido Verde de Lençóis Paulista, esta semana, trocando sem aviso prévio o diretório municipal, que tinha nos ve-readores Ailton Tipó Laurindo e Anderson Prado de Lima seus principais líderes. A manobra coloca em cheque o futuro do partido local, que pelo seu site oficial, tem cerca de 150 filiados.

Sobre a manobra, o presi-dente da Câmara de Vereadores, Anderson Prado, afirmou que está estudando o ocorrido para decidir se tomará alguma me-dida. “Todos fomos surpreen-didos pela forma como, na mão grande, o PV foi tirado de nós. Mas, de minha parte decidirei com calma e sem pressa se farei algo sobre isso”, afirmou.

O caso veio à tona na sex-ta-feira, dia 2, apenas um dia após a promulgação das mudanças eleitorais, que ga-rantiram a pré-candidatos das próximas eleições o prazo de mais seis meses para filiação ou troca de partido. O prazo inicial vencia no dia 30, o que teria causado a permanência obrigatória de todos os seus filiados, apesar da troca sur-preendente de comando.

Ailton Tipó, de São Paulo, onde estava a trabalho na sexta-

Grupo ligado ao PSDB se apossa do PV para tirar Tipó da disputa de 2016

feira, quando a manobra se tor-nou pública, falou por telefone com a reportagem do Sabadão do Povo sobre o caso.

Sabadão do Povo: O que exatamente ocorreu com o Parti-do Verde aqui em Lençóis? Quais foram as mudanças?

Ailton Tipó: Soube ontem (quinta-feira, dia 1º), quando um amigo me ligou, depois que viu no site do partido que eu não estava mais na presidência e nem o Prado na vice-presi-dência. Olhei e vi uma diretoria nova, o presidente é o assessor do Pena (José Luiz de França Penna), que é presidente na-

cional do partido, e o que me causou muita estranheza é que quatro ou cinco membros da nova diretoria são funcionários de uma empresa, cujo proprie-tário tem uma ligação muito forte com o governo do PSDB.

SdP: Durante quanto tempo você esteve à frente do partido e qual sua história com o PV?

Tipó: Eu fundei o partido em Lençóis em 1994, fui candi-dato a vereador em três eleições, sai em 1999, porque não con-cordava com algumas diretrizes estaduais, voltei em 2005, fui candidato a deputado estadual em 2006, tive 24 mil votos, disputei para prefeito em 2008 e fui eleito vereador em 2012. Sempre fiz um trabalho digno com as diretrizes do partido, política de Meio Ambiente, sustentabilidade. Não concor-do, como nunca concordei com algumas ideologias do partido, sobre matérias polêmicas, sou radicalmente contra o aborto, por exemplo, mas convivia com as diferenças.

SdP: Como fica a sua situa-ção no partido, uma vez que você cumpre mandato eleito pelo PV?

Tipó: Tivemos a informação de que esta diretoria já vem com o intuito de apoiar o PSDB, en-

tão isso é claro, é óbvio que não cabe na minha vida e não vou apoiar esta diretoria. Primeiro porque foi colocada de uma forma, no mínimo desleal, por-que jamais me comunicaram, e se eles vão apoiar o PSDB, eu sou oposição ao PSDB. Mas, vou ter calma, conversar com os filiados, com os pré-candida-tos, meus apoiadores, vamos fazer uma reunião esta semana e decidir. Tenho convite de três ou quatro partidos, para presidir inclusive, Não tinha pensado nisso, porque gosto do PV, mas agora vou anali-sar possibilidades para mim e meus apoiadores, e migrar para outras legendas.

SdP: Como você avalia o que ocorreu e como isso deve refletir no cenário político lençoense?

Tipó: Isso foi um golpe, um golpe na democracia. Historicamente em Lençóis o PV foi oposição, sempre foi. Agora eles nos tiram o partido da forma como foi, de pessoas como eu e o Pra-do, que fomos legitimamente eleitos, e empossados como diretores do partido para entregar para um grupo que em tese vai apoiar o PSDB. É uma afronta à democracia. Deve ocorrer um esvaziamen-to do PV, principalmente por

aqueles alinhados ao meu posicionamento político.

SdP: Porque você acredita que tudo ocorreu neste momento, de mudanças na legislação eleitoral e como se sente?

Tipó: É muito estranho pelo que fizeram conosco, porque não demos nenhum motivo para que isso ocorres-se. Segundo, isso foi feito na calada da noite e terceiro que foi feito no momento em que, se a presidente Dilma Rousseff não sanciona a lei e prorroga por mais seis meses o prazo para filiações estaríamos todos amarrados a eles. E se apoia-

rem o PSDB teríamos que apoiar o também. Isso é uma coisa inaceitável, horrível o que fizeram, de caso pensado tentando me tirar do jogo.

SdP: Como você ficou com esta notícia, considerando a his-tória que tinha com o PV?

Tipó: Fiquei muito, mas muito triste mesmo, porque na minha história política não tem nenhum registro de rasteira em ninguém, de tomar partido de ninguém, de trair ninguém. Então como não convivo com este tipo de atitude, isso me deixa extremamente abalado, muito triste mesmo.

MANIFESTO | Moradores do Primavera serão maiores atingidos

MANIFESTO 2 | Alunos da escola chegam para a manifestação na rua

Page 6: SABADÃO DO POVO EDIÇÃO 136 DO ANO 5

LENÇÓIS PAULISTA, 3 DE OUTUBRO DE 20156 GERAL

COERÊNCIA | Vereadores votaram ampliação de desconto percentual

LIMPO | Trabalho de Ângela e seus ajudantes preserva qualidade do aterro do município

Vaca permanece com bens bloqueados até julgamento da ação de improbidade administrativa em BorebiParecer da Procuradoria da Justiça foi seguido pelo TJ e defendeu emendas feitas por vereadores à lei das ligações irregulares, garantindo que imóveis que já tenham habite-se não precisem ser adequados, nem multados por isso

Da redaçãoEm decisão do último dia

25, o Tribunal de Justiça de São Paulo manteve bloquea-dos os bens do ex-prefeito de Borebi Antonio Carlos Vaca (PSDB), determinando que a restrição permaneça até o julgamento da ação por improbidade administrativa, proposta pela Prefeitura de Borebi.

A decisão de bloquear as contas de Vaca e sua filha, até o valor da ação de R$ 90 mil, por medida liminar é de maio deste ano, após o

juiz da 3.ª Vara da Comarca de Lençóis, José Luis Pereira Andrade, deferir a liminar sob a justificativa de que houve dano aos cofres públicos e possibilidade de ocultação de patrimônio. O deferimento já tinha parecer favorável do promotor de Lençóis Paulista Ricardo Takashima Kakuta para determinar o bloqueio de bens suficientes para o in-tegral ressarcimento do dano eventualmente causado.

O ex-prefeito tentou derru-bar a liminar primeiramente na Justiça em Lençóis Paulista

e posteriormente no Tribunal de Justiça de São paulo, onde novamente foi derrotado.

A ação foi acatada pela Jus-tiça após o Tribunal de Contas indicar como irregular a con-tratação da filha do ex-prefeito, em 2012. Segundo a ação, após passar em um concurso público promovido pela Prefeitura para o cargo de dentista, Rubia Maria Ayub Vaca Migliari de Carvalho foi nomeada por seu pai, com vencimentos em torno de R$ 5 mil, quando o salário para o cargo para o qual foi contratada era de R$ 1,8

mil mensais. A servidora per-maneceu atuando e recebendo indevidamente, de acordo com a Justiça, entre março de 2012 a março de 2014.

Quando o prefeito Manoel Frias assumiu a Prefeitura, um processo administrativo foi instaurado para averiguar a irregularidade apontada. Rúbia apresentou sua defesa, segundo a Prefeitura, mas a comissão de avaliação não acatou seus argu-mentos e adequou seu salário ao que constava no edital do con-curso que ela havia prestado. O município então ajuizou ação

de improbidade administrati-va, requerendo judicialmente do ex-prefeito e de sua filha a devolução dos valores apurados que tinham sido pagos.

A ação pediu, além do res-sarcimento ao erário público, a condenação por improbida-de administrativa para os dois, uma vez que como filha do prefeito, segundo o advogado, ela teria ciência da irregula-ridade. Na ação também foi pedido o bloqueio de bens, para garantir o ressarcimento ao final do processo.

Caso seja condenado, o

ex-prefeito pode sofrer a sus-pensão de direitos políticos, que gera inegibilidade, ou seja, ficando impedido de concorrer a cargo público.

Outro ladoO ex-prefeito Antônio

Carlos Vaca alega que a filha trabalhava como dentista no município e, em 2012, surgiu a possibilidade de colocar uma dentista no PSF Saúde Bucal e acrescenta que a União disponi-biliza um recurso para valorizar o profissional do PSF, que não atende apenas na UBS.

O presidente da Câmara de Lençóis Paulista Anderson Prado de Lima (PV) anunciou durante a sessão legislativa de segunda-fei-ra, dia 28, que fará a devolução de R$ 600 mil à Prefeitura a partir deste mês. O valor é resultado da economia feita pela Câmara durante este ano.

Prado elencou as várias ações que tornaram possível a economia, entre elas, alterações feitas no quadro de pessoal (en-

Câmara de Lençóis fará devolução de R$ 600 mil ao Executivo

tre servidores, ocupantes de função gratificada e cargos em comissão), pagamento de horas extras, despesas com alimen-tação, publicações na midia, despesas com telefonia celular, controle do uso de veículos. “Todas estas readequações sur-tiram efeitos e hoje podemos anunciar a devolução de R$ 600 mil ao poder Executivo”.

O presidente creditou a economia também à gestão de

seu antecessor, Humberto Pita (PR), que tornou a Casa admi-nistrável. “Reestruturou toda a Câmara para que pudêssemos, enfim, fazer um trabalho mais transparente e com norte à eco-nomia”. Mas, também ressaltou que a economia foi possível devido aos cargos mantidos va-gos nos quadros de servidores, por decisão de vereadores e da Mesa Diretora - quatro entre os efetivos e oito cargos em co-missão - e ainda graças ao apoio de todos os servidores. “Sem o apoio deles nada seria possível. A economia não ocorreu apenas pela gestão dos vereadores, mas sim, do engajamento de todos os servidores”.

Do total de R$ 600 mil, cada vereador ficou com uma cota de R$ 50 mil para indicação a entidades que poderiam ser beneficiadas, o que deve des-tinar cerca de R$ 300 mil para o hospital Nossa Senhora da Piedade. As demais indicações deveriam ser feitas até o final de semana. “Neste momento de queda de arrecadação, a Câmara cumpre seu papel e devolve o que é possível aos cofres públicos do município, através do trabalho adminsi-trativo desta Mesa”, concluiu.

A Câmara devolve os recur-sos e indica as entidades que gostaria de benenficiar, mas é o Executivo que efetivamente faz o repasse.

A Câmara de Vereadores de Lençóis Paulista ampliou de 70% para 90% o desconto em taxas, juros e honorários advo-catícios que incidirem sobre impostos e tarifas em atraso com o município. O projeto original, com desconto menor, de autoria do Executivo, foi votado em regime de urgência na segunda-feira, dia 28, com emenda feita pelo vereador Gumercindo Ticianelli Júnior (DEM) ampliando o desconto.

A proposta inicial enviada para Câmara pelo Executivo previa o desconto de 70% sobre juros, multas e honorários para

Vereadores aprovam desconto maior sobre juros e multas de impostos

pagamento em única parcela até o mês de dezembro deste ano.

Durante o trâmite do pro-jeto, duas emendas assinadas pelos vereadores Júnior, Ailton Tipó (PV) e Jonadabe de Souza (SD) abriram a possibilidade de um desconto de 80% para pagamento único e 60% para quitação parcelada, em até 36 vezes, dependendo do débito com a fazenda do município.

No entanto, entraves téc-nicos apontados pela admi-nistração impediriam que o benefício fosse fixado ainda este ano. Assim, durante negociação com o Executivo, os vereadores

da oposição requisitaram um compromisso da prefeita Izabel Lorenzetti de que, com a apro-vação do projeto prevendo ape-nas pagamento em única parce-la, no ano que vem, ela enviará novo projeto estabelecendo o parcelamento do pagamento. Os vereadores também tiveram a garantia de que a prefeita não vetará o projeto com a emenda de Ticianelli Júnior, ampliando o desconto.

Para ter direito ao desconto de 90%, o contribuinte em débito deverá efetuar o paga-mento em cota única até o dia 30 de dezembro deste ano.

Da reportagemÂngela Regina Barbosa, de

51 anos, e outros três ajudantes são responsáveis pela separação do lixo doméstico gerado em Borebi, há cerca de nove anos, sendo os únicos que separam material reciclável no municí-pio, livrando o aterro sanitário da contaminação e gerando renda para suas famílias.

Ela conta que a principal mudança neste tempo em que separa o material reciclável foi o crescimento da cidade. An-tes era um caminhão apenas que transportava todo lixo. Agora o volume dobrou e são necessários dois caminhões da Prefeitura para o transporte. A coleta comum e de recicláveis é feita todos os dias na cidade,

“Gosto do que faço, porque tenho consciência do que faço”, diz recicladora de Borebi segundo departamento de Meio Ambiente. Tudo é levado até o barracão de separação pelos caminhões da Prefeitura.

Também o processo de se-paração mudou, segundo ela. Quando antes eram vendidos apenas alguns materiais como pet, hoje tudo é comercializado. Apesar da oscilação da econo-mia, ela garante que o que é produzido é vendido. “Às vezes cai um pouquinho o preço, mas tudo é vendido, nada fica en-calhado”, garante. O barracão onde estoca o matéria já está ficando pequeno para a quan-tidade separada, segundo ela.

Algo que não mudou neste tempo foi a preocupação dos moradores em separar correta-mento o material reciclável, o que

leva à necessidade de lidar com o lixo comum, e causa perda de material devido à contaminação, apesar da Prefeitura manter a co-leta seletiva diária no município. “Falta um pouco de conscientiza-ção. Ás vezes, as pessoas mandam seringas usadas em casa, e tem também o vidro, que pode ser colocado num pet, numa caixi-nha de leite. Eu mesmo fiquei 10 dias internada, depois de cortar um tendão na mão, varou a luva e afetou a sensibilidade do meu dedo. É arriscado não só para nós, mas para que coleta o lixo na rua”, lamenta.

Atualmente o grupo separa 12 toneladas de plástico e duas toneladas de sucata por mês. “Já pensou se tudo fosse para a vala, causaria um dano muito grande

para a natureza”, alerta.Apesar do serviço duro, ela

garante que não trocaria sua atividade de hoje em dia, e va-loriza o seu próprio trabalho, acreditando que a mulher tem mais jeito para a atividade. “Eu gosto do que eu faço, porque tenho consciência do que eu faço. Nos sábado e do-mingo estou em casa, vou dar uma caminhada, levo duas ou três sacolas de plástico e volto com elas lotadas de garrafa pet. Acho muito importante ter consciência e não jogar lixo em qualquer lugar. No meu caso, faço o meu papel e de outros, ensinando os meus filhos a fazer a coisa certa. Não é só o trabalho. Tenho consciência disso”, ensinou.

Com a constituição da Co-missão Municipal do Trabalho do município esta semana, em Borebi, na semana que vem, segundo o presidente Fabrí-cio Rodrigues, será realizada

uma reunião entre todos os empresários da cidade, na pre-sença do diretor da Secretaria Regional do Trabalho e Renda, de Bauru, Sandro Dionísio, para levantar a demanda e o

que precisa para ampliar as empresas. “Vamos fazer uma lista e ver o que consegue com a Secretaria e a Prefeitura, para ampliar as empresas, oferecer cursos para os trabalhadores,

e campanhas que podemos fazer”, afirmou.

Com a reunião, a proposta é que os empresários troquem experiências de gestão e que o diretor regional possa contri-

buir através dos programas e encaminhamentos da pasta. “Por exemplo, uma campa-nha de separação material reciclável poderia ser feita diretamente nas empresas”.

Os caminhos para insti-tuir orgãos de representação social, como uma associa-ção comercial, rural ou uma cooperativa também serão debatidos.

Município fará reunião com empresários para definir prioridades no trabalho

LEGISLATIVO

$$ | Prado durante reinauguração do Sicoob

Page 7: SABADÃO DO POVO EDIÇÃO 136 DO ANO 5

SAÚDE 7LENÇÓIS PAULISTA, 3 DE OUTUBRO DE 2015

www.saletecortez.com.brEspecialista em Pânico e Depressão

Psicoterapia IndividualTerapia de casal

Orientação e pais

Pós Graduação pela Faculdade de Medicina da USP

Adriana ÁlvaresPsicóloga

Atendimento adulto e infantilFONES: (14) 3298-1998 / 99126-2637 / 99855-8250

Rua Prof. Geraldo Pacolari, 861 - Centro - Macatuba - SP

Receitaspara você!Chef Paulo Campanholi

A FARMÁCIA DA CRUZEIRO

VAI MUDAR DEENDEREÇO!!!

CheeSeCAke

PREFEITURA MUNICIPAL DE BOREBI/SP

EXTRATO DE CONTRATOExtrato de Aditamento Contratual: Contrato Primitivo nº 028/2014, Pregão nº 007/2014. Contratante: O Município de Borebi. Contratada: Webfisco Tecnolo-gia Eireli EPP. Objeto: Aditamento de prazo, por mais 03 (três) meses. Valor mensal: R$ 4.500,00. Data: 11/03/2015.

AVISO DE LICITAÇÃOPregão nº 029/2015 – Objeto: Registro de preços de gêneros alimentícios. Entrega dos envelopes de documentos, propostas e do credenciamento: Dia 20 de outubro de 2015, às 09:00 horas, no Setor de Lici-tações da Prefeitura. O edital na íntegra encontra-se à disposição dos interessados no Setor de Licitações da Prefeitura, localizado na rua 12 de Outubro, nº 429, Centro, Borebi/SP, no horário das 8:00 às 11:30 e das 13:00 às 16:00 horas, ou solicitando-os através do e-mail [email protected]. Borebi, 01 de outubro de 2015.

Manoel Frias Filho - Prefeito Municipal

A comunidade dos bairros próximos à paróquia Nossa Senhora Aparecida, localizada na Vila Cruzeiro, festeja este mês o Dia da Padroeira do Brasil, 12 de outurbro, com uma programação que reúne festividade e religiosidade.

A parte religiosa tem início neste sábado, dia 3, com a rea-lização da novena que vai até o

dia 11. A celebração tem início às 19h30, com exceção dos domingos, dias 4 e 11, quando está prevista para ter início às 19h, e será realizada pelos pa-dres Milton de Oliveira, pároco da matriz de Nossa Senhora, e pelos padres convidados Silva-no Palmeira e Lázaro Augusto, Cônego Marcelo Paes e Monse-nhor Carlos José Oliveira.

Comunidade convida para festa de NossaSenhora Aparecida, na Vila Cruzeiro

Como parte das come-morações, a quermesse será realizada durante os finais de semana e feriado até o dia 18, com praça de alimentação e almoços especiais (com chur-rasco e mineiro).

Nes te domingo,d ia 4 , além da missa às 9h30, ha-verá benção do animais às 18h; na próxima sexta-feira,

dia 9, show de prêmios, às 20h. No domingo, dia 11, haverá carreata após amissa das 9h30, com benção dos veículos; no dia da Padroei-ra, feriado de segunda-feira, dia 12, haverá missas às 8h e 10h, às 12h oração do Ângelus, Às 14h sorteio de um veículo Fusca e missa com procissão às 16h.

Ingredientes:

Massa 1 pacote de biscoito maisena triturado 5 colheres (sopa) de manteiga

Recheio:01 lata leite condensado200 gr. de cream cheese ou requeijão cremoso12 grs de gelatina sem sabor incolor01 lata de creme de leiteCobertura:01 pote de geleia de amora Preparo: Massa Triture os biscoitos e misture com a manteiga forman-do uma massa. Forre um refratário e leve ao microon-das por 4 a 5 minutos na potência alta. Reserve.

Recheio: Bata o leite condensado e o cream cheese por 10 minutos. Acres-cente o creme de leite e a gelatina dissolvida em 5 colheres (sopa) de água aquecida no microondas por 30 segundos na potência alta. Montagem: Coloque o recheio sobre a massa reservada e deco-re com a geleia. Gelar e servir. Bom apetite!

As doenças cardiovasculares são líderes em morte no mundo, sendo responsáveis por qua-se 30% das mortes no Brasil. Dentre estas, o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) é a causa principal. De acordo com o Datasus, agência de controle de dados do governo, foram regis-trados 2028 óbitos por doenças cardiovasculares no estado de São Paulo apenas no mês de agosto de 2013. A mortalidade hospitalar por infarto agudo na internação é alta, e maior quanto mais demo-rado o tempo entre o início dos sintomas e o atendimento final. Os fatores de risco para o infar-to são obesidade, hipertensão, colesterol alto, estresse, diabetes ou infartos anteriores. Homens na meia idade e mulheres após a menopausa são os mais afetados pelo problema.

O infarto acontece quando parte do músculo cardíaco morreu por falta de oxigênio. A nutrição do músculo é feita pelas artérias coronárias, que levam sangue e nutrientes até o coração. Se uma artéria dessas “entupir” - que ocorre quando

Sintomas de infarto: dor no peito não é único sinal

uma placa de gordura perto da parede interna do vaso rompe - o fluxo de sangue é interrom-pido e aquela área entra em sofrimento (causando dor) e se esse fluxo não for reestabelecido a tempo, o tecido morre.

A dor do IAM é uma sen-sação mal definida, surda, que pode se alojar em qualquer local entre o lábio inferior e a cicatriz umbilical. Ainda que a maioria das pessoas sinta dor no meio do peito, em aperto, espalhan-do para o braço direito, vemos com muita frequência apresen-tações menos características. Já vi pessoas com dor no queixo, dor nas costas. As caracterís-ticas do infarto em mulheres são muito menos típicas, com queixas de queimação ou agu-lhadas no peito ou ainda falta de ar sem dor. Qualquer dor nessas regiões que se mantêm por mais de 20 minutos deve ser investigada e considerada doença grave, especialmen-te se associada aos seguintes sintomas: vômitos, suor frio, fraqueza intensa, palpitações e falta de ar. Na presença dessas

sensações, é de extrema impor-tância procurar ajuda no pronto socorro mais próximo em no máximo uma hora. Conforme o tempo passa a dor diminui, mas o dano torna-se mais extenso e irreversível. Após 12 horas de dor, o músculo em sofrimento já morreu quase por completo.

Em municípios com dis-ponibilidade de atendimento domiciliar rápido, como o exce-lente SAMU de São Paulo, vale a pena acioná-lo. Na ausência de uma ambulância, busque uma acompanhante que possa dirigir ou acompanhar até o

medico (sempre em um hos-pital de emergência, para não transformar um consultório medico em uma UTI). Evite dirigir com suspeita de infarto, pois arritmias e desmaios são frequentes no inicio do qua-dro, colocando em risco você e os outros. Carregue consigo seus exames mais recentes, se estiverem acessíveis e não forem atrasar a sua viagem. Fique tranquilo e explique tudo ao seu acompanhante e médico, em especial a presença de alergias e doenças prévias. (Fonte: http://www.minhavida.com.br)

Page 8: SABADÃO DO POVO EDIÇÃO 136 DO ANO 5

LENÇÓIS PAULISTA, 3 DE OUTUBRO DE 2015SUA IMAGEM8

AvilapanAvilapanPRODUTOS DE PADARIAS E CONFEITARIASFERMENTO FRESCO LEVASAF

Elson Avila

(14) 99643.4517

Rua Otaviano Brizola, 168 - Vila Mamedina _ Lençóis Pta Fone: 14-3263.7300 - [email protected]

DO BEM - Câmara de Lençóis proporcionou entrega de Título de Cidadãos para personalidades de Lençóis Paulista que nasceram fora.

CASA NOVA - Diretores do Sicoob posaram para foto no novo prédio que dispõe até de caixa eletrônico, na Rua Cel. Joaquim A. Martins

A BEYOND recebeu a título de “Accreditated School” da renomada escola de Londres “Callan”, que possui um conceituado método de ensino do idioma Inglês, o Callan Method, utilizado em mais de 50 países da Europa.

LIVRO - Alunos do colégio Virgílio Capoani fizeram leitura de poemas aos funcionários da Câmara Municipal e da Prefeitura no “Dia de Ler”, criado para exaltar a leitura em Lençóis Paulista