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SAAB EM FOCO UMA PUBLICAÇÃO DA SAAB do Brasil • 2 | 2017 AKAER | 500 MIL HORAS DE TRABALHO NO PROGRAMA GRIPEN CARL-GUSTAF flexível e versátil para atender às necessidades do combatente

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SAAB EM FOCOUma pUblicação da Saab do Brasil • 2 | 2017

AkAEr | 500 M il hOrAS dE trABAlhO nO prOgrAMA gr ipEn

Carl-Gustaf flexível e versátil para atender

às necessidades do combatente

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4 Notícias

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capa Carl-Gustaf: desenvolvido para atender às necessidades do combatente

SAAB EM FOCO

saaB EM Foco é uma publicação da saab do Brasil. seu conteúdo visual e editorial é inspirado (mas não limitado) na spirit, publicação da saab aB.

KocKuMs Cooperação e parceria na área naval

14 GripEN Akaer completa meio milhão de horas de trabalho no programa Gripen

16 EriEyE

ÍndiCESiga a SAAB

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32 S a a b e m F o c o 2 I 2017

ResponsávelPaula Nauhardt Cristiana PontualProduçãoMSLGROUP PUBLICIS CONSULTANTS

ImpressãoElanders ArtcopyFoto da capaSaab AB

Projeto gráfico originalAppelberg Publishing Group, Stockholm

A Saab atende ao mercado global com produtos líderes mundiais, serviços e soluções no âmbito de defesa militar e de segurança civil. A Saab mantém operações e aproximadamente 15.500 funcionários em todos os continentes. Por meio de um pensamento inovador, colaborativo e pragmático, a Saab

adota e desenvolve novas tecnologias para atender às necessidades de seus clientes. As vendas anuais em 2016 foram superiores a 28,5 bilhões de coroas suecas, e o investimento em pesquisa e desenvolvimento correspondeu a cerca de 25% deste valor.

S a a b e m F o c o

Há alguns meses assumi o cargo de diretor da Saab para o Cone Sul e estou com grandes perspecti-vas, pois minha relação com a América Latina é bem mais antiga. Durante cinco anos, atuei como diretor de marketing e vendas na região e, nesse período, tive a oportunidade de acompanhar de perto ações da Saab e conhecer as necessidades locais. Essa bagagem me possibilita fazer um trabalho bem próximo aos clientes e parceiros. No setor naval, por exemplo, vejo que as possibili-dades de desenvolvimento conjunto são importantes para a região. O histórico da Saab aponta que temos a capacidade de oferecer diversas formas de cooperação nessa área, que pode ser desde a entrega de projetos em parceria com a indústria local até um amplo programa de transferência de tecnologia, como já fizemos com alguns países. A cooperação industrial também pode se dar em outras áreas, como podemos ver o exemplo do programa Gripen no Brasil. A iniciativa, além de ter a participação de empresas nacionais, está propor-cionando um grande intercâmbio de profissionais brasileiros na Suécia. São exemplos de sucesso que pretendo replicar no Cone Sul e auxiliar para que a região fortaleça suas forças armadas e a segurança civil local.

Grandes perspeCtivas

JOaKIm sCHaCKenBORg Diretor da Saab para o Cone Sul

BrASil E EUA Carl-Gustaf é flexível e versátil para o combatente

CingApUrA Parceria no desenvolvimento do projeto de novos navios e de superestrutura

BrASil Akaer completa meio milhão de horas de trabalho no programa Gripen

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news

w No dia 16 de agosto, a 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea, do Exército Brasileiro, realizou um exercício de tiro, no Campo de Instrução de Formosa (GO). Os mísseis Mk2, disparados pelas guarnições do sistema Míssil de Baixa Altura Telecomandado RBS 70, da Saab, atingiram seus alvos em cheio. Em uso no Exército Brasileiro desde 2015, o sistema RBS 70 apresenta o maior alcance útil da sua categoria, com PKill superior a 95%, ou seja, a cada 100 engajamentos realizados, 95 alvos são abatidos.

rBS 70 nO ExErCÍCiO dE tirO dO ExérCitO BrASilEirO

tACtiCAll é rECOnhECidO E prEMiAdO pElA OtAn

w A Saab foi premiada em um desafio de inovação em defesa, organizado pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), por sua solução para comunicação segura de voz, o TactiCall Multi-Level Secure Voice. O prêmio reconhece a solução como uma tecnologia de grande importância para aumentar a interoperabilidade para a OTAN, num momento em que essa conexão aprimorada se torna essencial, tendo em vista que as forças armadas de todo o mundo estão realizando cada vez mais tarefas internacionais. “Nossas soluções são desenvolvidas com forte foco na interoperabilidade e na integração de sistemas. É dessa forma que trabalhamos para fornecer os equipamentos ideais para enfrentar os desafios atuais e futuros”, exemplifica Dennis Svane Christensen, diretor de desenvolvimento de negócios da área de suporte e serviços da Saab.

w Durante a oitava edição da Feria Aeronáutica Internacional, F-AIR Colombia 2017, a Saab apresentou sua ampla variedade de produtos para a defesa militar e segu-rança civil. Durante o evento, no mês de julho, o General (R) González, diretor da Codaltec, e Bo Torrestedt, presidente da Saab América Latina, assinaram um acordo de confi-dencialidade que fortalecerá a cooperação entre as empresas. “A F-AIR Colombia foi um sucesso para a Saab. Conseguimos nos reunir com representantes importantes do governo e das Forças Militares da Colômbia, bem como com delegações de outros países, para continuar consolidando nossas relações locais e regionais. Estamos com boas expectativas para trabalhar com a Codaltec, pois este acordo fortalecerá ainda mais nossas iniciativas de cooperação com a indústria colombiana”, afirmou Thomas Lindén, vice-presidente res-ponsável pela Saab Colômbia. As empresas buscarão diversas áreas de colaboração, inclusive tecnologia de radar, simulação, comando e controle, e contramedidas eletrônicas.

SAAB nA F-Air COlOMBiA 2017

5S a a b e m F o c o2 I 20174 S a a b e m F o c o 2 I 2017

gripEn E: priMEirO vOO E qUEBrA dA CUrvA dE CUStOS

piloto de teste experimental da Saab. Para essa nova versão do Gripen, que será fornecida para a Força Aérea Sueca e, posteriormente, para a Força Aérea Brasileira, a Saab implementou processos inovadores no desenvolvimento do produto e maneiras mais eficientes de integrar os subsistemas e componentes de fornecedores estrangeiros. Tais mudanças possibilitaram que a Saab “quebrasse a curva de custos”, posicionando o Gripen E como um caça de excelência tecnológica e competitividade comprovada.

w No dia 15 de junho, o Gripen E, caça de nova geração da Saab, fez seu primeiro voo, em Linköping, na Suécia. Conduzido pelo piloto de testes Marcus Wandt, o voo durou 40 minutos, possibilitando que a aeronave realizasse diversas operações para atender a vários critérios do teste, inclusive a abertura e o fechamento do trem de pouso. “O voo ocorreu conforme o esperado, e o desempenho da aeronave foi similar à experiência dos nossos simuladores. Sua aceleração é impressionante e a aterrisagem é suave”, disse Marcus Wandt,

w Visitantes da Airport Solutions, no México, puderam conhecer a tecnologia da Saab para gestão de tráfego aéreo, no segundo trimestre de 2017. Durante o evento, Sergio Martins, diretor de Gestão de Tráfego Aéreo da Saab na América Latina, apresentou soluções para aeroportos com grande movimento e aeroportos regionais, com pouco movimento. “O México conta hoje com três dos quinze aeroportos mais movimentados da América Latina (México DF, Cancun e Guadalajara), adicionalmente a um novo aeroporto, de dimensões gigantescas, em processo de construção, na Cidade do México, com entrada em operação prevista para 2020. Todo este investimento visa responder à demanda exponencialmente crescente por serviços de transporte aéreo no país. Para melhor atender aos usuários, é fundamental que a infraestrutura aeroportuária seja aprimorada”, explicou Martins. A tecnologia de multilateração de superfície, aliada ao software Aerobahn Surface Manager (ambos oferecidos pela Saab), proporciona a capacidade de vigilância compartilhada da superfície de grandes aeroportos. Esta foi uma das soluções apresentadas durante o evento. Outra solução apresentada pela Saab foi a Torre Remota, que permite o fornecimento à distância, de serviços de controle de tráfego aéreo em aeroportos de menor movimento, eliminando os altos custos associados à construção, manutenção e administração de torres de controle físicas, em aeroportos regionais.

AirpOrt SOlUtiOnS MéxiCO

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CApA

7S a a b e m F o c o

Carl-guStaf: deSenvolvido para atender àS neCeSSidadeS do CombatenteUtilizado em mais de 40 países, a evolução do sistema o mantém inovador e eficaz

6 S a a b e m F o c o 2 I 2017 2 I 2017

o campo de batalha, as tropas a pé carregam uma grande quantidade de equipamentos (que vão desde rádios, baterias e armas até reservas de água) e devem permanecer alertas para a necessidade de ação a qualquer momen-to. Nessas circunstâncias, estar com os equipamentos

adequados e o mínimo de peso possível pode oferecer a vantagem necessária para o sucesso da missão. Foi com esse cenário em mente que a Saab desenvolveu a versão M4 do sistema de canhão sem recuo Carl-Gustaf. Durante alguns anos, a equipe de desenvolvimento de produtos analisou as necessi-dades e exigências dos clientes, para que pudessem atuar de maneira flexível e versátil nas batalhas modernas. “Ao desenvolver uma nova arma para combate de infantaria, diversas características são cruciais, como peso, eficácia, ergonomia e confiabilidade. Em resumo, o foco deve estar nas necessidades do combatente”, disse Malcolm Arvidsson, diretor de produto do Carl-Gustaf. “Era uma tendência clara que cada vez mais batalhas acontecessem em áreas urbanas, portanto foi em torno destes cená-rios que desenvolvemos a nova versão do sistema – com ênfase em flexibilidade e versatilidade durante todo o projeto”. Design ergonômico, recursos inteligentes e peso inferior a sete quilos foram algumas das características aplicadas ao Carl-Gustaf M4. Para isso, foi necessário, entre outros fatores, trocar alguns componentes de aço por titânio, aprimorar a estrutura da fibra de carbono e redesenhar componentes externos do sistema. “Colocamos muito esforço no trabalho preparatório para garantir que nosso foco estivesse nas coisas certas, e acredito que isso foi uma das chaves para o sucesso”, explicou Arvidsson. “Uma quarta versão do sistema era, para nós, a evolução natural e, juntos, a tornamos possível”. Desde a primeira versão do Carl-Gustaf, lançada em 1948, mais de 40 países, em todos os continentes, adquiriram o sistema. E, se-gundo os usuários, a evolução contínua é uma das principais razões para que o sistema tenha se mantido tão inovador e eficaz.

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Era uma tendência clara que cada vez mais batalhas acontecessem em áreas urbanas, portanto foi em torno destes cenários que

desenvolvemos a nova versão do sistema – com ênfase em flexibilidade e versatilidade

durante todo o projeto.

Malcolm ArvidssonDiretor de produto do Carl-Gustaf

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a neCessIdade de modernização dos sistemas de armas anticarro e antipessoal fez com que o Exército Brasileiro buscasse uma alternativa de canhão sem recuo, para incorporação às suas Forças de Ação Estratégicas (FAE). Foi então que na década de 1990, o Carl-Gustaf passou a equipar divisões como a Brigada de Infantaria Paraquedista, a Brigada de Infantaria Leve e Aeromóvel e o Comando de Operações Especiais, e unidades conhecidas como “ilhas de modernização”, como Caatinga, Selva, Montanha e Pantanal. “O sistema Carl-Gustaf era um projeto de um canhão sem recuo que instantaneamente se diferenciava de seus contemporâneos”, explicou o tenente coronel Camilo Inacio Cardoso Lelis, do Comando de Operações Terrestres do Exército Brasileiro. “Ele pode disparar vários tipos de munição, além dos seus principais projéteis antiblindagem. Também inclui projéteis iluminativos, antiestrutura, fumígenos, disparo em recinto confinado, treinamento e antipessoal”, complementou. Ao informar que o Exército Brasileiro é equipado com a versão M3 do Carl-Gustaf, o coronel Lelis explicou que um dos diferenciais do sistema é ter tido diversas atualizações desde o seu lançamento, em 1948. “O sistema tem sido observado, desde o início, por sua precisão, alcance e poder de fogo impressionantes”, informou o coronel Lelis. “O Carl-Gustaf continua em serviço operacional em suas diversas formas e é um favorito particular com os grupos de forças especiais. Por todos esses motivos, a parceria entre a Saab e o Exército Brasileiro vem dando certo”, finalizou.

Carl-gustaf no Exército Brasileiro

CApA

a evolução do Carl-guStaf

“precisamos lidar com qualquer ameaça que cruze nosso caminho”Para o sargento da 82ª Divisão de Paraquedistas do Exército Norte-Americano, o sistema Carl-Gustaf tem sido decisivo em operações w Mais leve: Aprimora as

conquistas das gerações anteriores, sendo ainda menor e pesando menos de 7 kg.

w Mira inteligente: Compatível com sistemas de mira inteligente, assegurando eficácia máxima em qualquer situação tática.

w Ergonomia aprimorada: A ergonomia permite que a arma seja adequada ao soldado. Inclui coronha ajustável e empunhadura dianteira.

w Tempo de ação reduzido: Pode ser transportada já carregada e com segurança, conferindo mais agilidade aos usuários.

w Contador de munição: Contador de tiros integrado, facilitando a logística e a manutenção.

w Flexível: Uma ampla gama de munições e opções de mira assegura flexibilidade exclusiva para o usuário.

Carl-guStaf m4

QuandO memBROs da 82ª Divisão de Paraquedistas do Exército Norte-Americano saltam de uma aeronave em uma missão, é crucial que eles possam confiar em seus equipamentos. O sargento Raymond Miller, operador-mestre de armas leves da divisão, diz que as condições extremamente desafiadoras em torno de missões com paraquedismo significam que as armas que as tropas carregam precisam ser resistentes, duráveis e fáceis de operar. É um dos motivos pelos quais ele aprova o sistema portátil de armas Carl-Gustaf que, após um período de dois anos de implementação, foi adotado em toda a divisão. “A simplicidade do Carl-Gustaf é uma de suas maiores vantagens”, afirmou Miller. “Quando você está em combate, as baterias de alguns equipamentos podem ficar sem carga e as telas e lentes podem quebrar. Mas nunca ouvi falar que um Carl-Gustaf teve qualquer um destes problemas”. Um veterano atuando há 19 anos nas forças mi-litares dos EUA, inclusive tendo servido no Iraque, Miller não hesita em listar o que avalia como as

principais características do sistema Carl-Gustaf. “É resistente e podemos utilizá-lo em operações aéreas, para chegar ao objetivo ra-pidamente. Outros sistemas não têm a mesma durabilidade e não podem ser lançados – preci-sam ser aterrissados. Então, isso é uma grande vantagem”, disse. Outro diferencial do sistema é ser reuti-lizável, o que reduz muito a quantidade de equipamentos que os paraquedistas precisam carregar em comparação às armas de uso único. “Você só tem as munições, e não vários tubos descartáveis”, declarou Miller. “Portanto, é muito mais fácil de carregar”. O sargento diz que, embora a divisão utilize a versão M3 do sistema Carl-Gustaf, ele está muito interessado na versão mais leve M4, que pesa menos de 7 kg. Isso é mais de 3 kg mais leve em comparação à versão M3. “Retirar peso da carga do soldado é sempre positivo, na minha opinião”, disse. “Isso o deixa menos can-sado com o passar do tempo e permite que ele esteja preparado para combate por um período maior de tempo”.

M31991

Peso: 10 kgComprimento: 1065 mm

M42014

Peso: < 7 kgComprimento: <1000 mm

Peso: 14,2 kgComprimento: 1130 mm

M21964

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kOCkUMS

SAAB kOCkUMS: COOpErAçãO E pArCEriA nA árEA nAvAl Projeto em colaboração com a Saab possibilitou que Cingapura desenvolvesse seu programa naval com a indústria local

CIngaPuRa, ÍndIa, JaPãO, Suécia e Austrália são alguns países clientes da Saab Kockums, a área de negócios focada no desenvolvimento de sistemas navais. Cada um com suas necessidades específicas buscou soluções adequadas à sua realidade e aos objetivos locais. “Uma das principais características da Saab é a flexibilidade para atender às expectativas do cliente, não apenas no que se refere à modularidade de muitos de nossos produtos e sistemas, mas também no tipo de parceria que pode ser estabelecida”, explicou Pieter Verbeek, diretor de desenvolvimento de negócios navais da Saab no Brasil. A Marinha Real de Cingapura, por exemplo, além do desenvolvimento do projeto de um novo navio, precisava construir uma superestrutura de compósitos, para poder contar com oito modernas embarcações para o programa Littoral Mission Vessels (LMVs). “Iniciamos esse projeto em 2012 e, ao invés de apenas fornecer desenhos básicos do projeto dos navios, a Saab atuou em

parceria para criar o design, tanto para a Marinha de Cingapura quanto para o estaleiro, prestando orientações em todo o processo de desenvolvimento e construção da nova geração de navios de patrulha do país”, apontou Verbeek. O projeto, realizado em parceria, possibilitou que Cingapura desenvolvesse nacionalmente seu programa naval, com a própria Marinha do país e a indústria local. Após o trabalho conjunto, a Saab passou a ser uma fornecedora da Marinha. “Trabalhar com a transferência de tecnologia é uma via de mão dupla. Se por um lado o cliente pode se beneficiar para ter mais inovação, automação, capacidades, subsídios para a tomada de decisões e para se colocar num nível de operações mais alto; para a Saab é a possibilidade de oferecer mais do que um navio, fornecendo soluções totalmente idealizadas com o cliente em mente”, disse Fredrik Hillbom, diretor de vendas de soluções navais da Saab para a América Latina.

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Rss Independence, o primeiro navio do Litoral Mission Vessel

Uma das principais características da Saab é a flexibilidade para atender às expectativas do

cliente, não apenas no que se refere à modularidade de muitos de nossos produtos e sistemas, mas também

no tipo de parceria que pode ser estabelecida

Pieter VerbeekDiretor de desenvolvimento

de negócios navais da Saab no Brasil

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kOCkUMS

13S a a b e m F o c o2 I 2017

Outros projetos desenvolvidos em parceria com a Saab kockums:

w a saab participa, atualmente, de um importante programa de transferência de tecnologia para o Brasil: o do Gripen. Empresas brasileiras, como a Embraer, estão sendo beneficiadas pelo programa que, desde outubro de 2015, já treinou mais de 150 profissionais brasileiros. Até 2024, terão sido mais de 350 participantes de cursos e treinamentos on-the-job na sede da Saab, no país escandinavo.

tranSferênCia de teCnologia

ÍndiA w Superestruturas compostas para corvetas da classe Kamorta, ou Projeto 28.

AUStráliA w Estabelecimento de capacidade de estaleiro naval em Adelaide, dentro do programa de submarinos Collins. Atualmente, o ASC é um estaleiro bem estabelecido e competente.

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CingApUrA w Estabelecimento de capacidade submarina na Marinha de Cingapura, a partir do zero, incluindo treinamento de submarinos feito em parceria com as Forças Armadas da Suécia.SUéCiA

w Atualmente, a Saab Kockums trabalha no projeto e construção do submarino de próxima geração para a Suécia, o A26. Para isso, revitalizou e modernizou o estaleiro em Karlskrona, para atingir uma capacidade sustentável nacional.

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BJApãO w Transferência de tecnologia para o país e estabelecimento de capacidade em design e construção de navios, de diversas classes, feitos de materiais compósitos, possibilitando que o Japão se tornasse autossustentável nesse setor.

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gripEn

14 S a a b e m F o c o

Cerca de 100 profissionais já atuaram nos projetos das fuselagens traseira, central e de armamentos do Gripen

durante o processo de desenvolvimento da aeronave de caça que será entregue para a Força Aérea Brasileira

a aKaeR, empresa especializada em gestão de projetos, foi a primeira companhia brasileira parceira da Saab. Escolhida em 2009 para atuar no projeto de desenvolvimento da fuselagem do caça – antes mesmo de a Saab ser selecionada para fornecer as aeronaves de combate da Força Aérea Brasileira –, a Akaer está prestes a completar meio milhão de horas de trabalho no programa de desenvolvimento do Gripen. Nesse período, cerca de cem profissionais já atuaram no projeto das fuselagens traseira, central e de armamentos do Gripen. A equipe tem, desde o início da parceria, Lister Pereira da Silva como chefe de engenharia e diretor do programa na Akaer. O engenheiro mecânico, com 16 anos de experiência no segmento aeronáutico, trabalha na Akaer desde 2002 e, por conta da parceria com a Saab, teve a oportunidade de viver na Suécia durante cerca de um ano, em períodos de até quatro meses seguidos. “O desenvolvimento de uma aeronave de caça é uma oportunidade única tanto para os profissionais envolvidos, como para a Akaer e o Brasil”, disse Silva. “As tecnologias dessa aeronave não existem hoje no Brasil e, por isso, o programa de transferência de tecnologia é tão importante”, complementou. A empresa, com sede em São José dos Campos, no interior do estado de São Paulo, conta com uma equipe multidisciplinar focada no programa Gripen. São profissionais alocados em engenharias de estruturas, projeto de estruturas e instalação elétrica, manufatura, industrialização, recursos humanos, gestão de qualidade e planejamento. “As características dos profissionais que fazem parte dessa equipe incluem, além de sólidos conhecimentos sobre aeronáutica, fluência em inglês, flexibilidade, facilidade de adaptação e formação acadêmica diferenciada. Mas, o que é mais importante: todos são tecnicamente acima da média”, explicou Silva. Marcelo Xavier é um desses profissionais. O engenheiro, que acompanhava os desdobramentos do programa FX-2 de longe, tinha um objetivo em mente quando se inscreveu para uma vaga na Akaer: trabalhar no desenvolvimento do Gripen. Contratado em 2009, pela empresa de São José dos Campos, em 2010 passou a atuar no programa do caça como líder de engenharia de estruturas, quando teve a primeira oportunidade de viajar para a Suécia. Depois, foram mais cinco viagens. “O que me motiva a trabalhar nesse projeto é o aprendizado, que na indústria aeroespacial é constante, pela vida toda”, contou Xavier. “Eu transformei minha forma de liderar a partir da relação com a Saab e os suecos. Busco uma

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proGrama Gripen

As características dos profissionais que fazem parte

dessa equipe incluem, além

de sólidos conhecimentos

sobre aeronáutica,

fluência em inglês, flexibilidade, facilidade de adaptação e formação acadêmica

diferenciada. Mas, o que é mais importante: todos são tecnicamente acima da média.

lister pereira da Silva Chefe de engenharia

e diretor do programa na akaer

liderança mais colaborativa, acreditando sempre na contribuição das pessoas”. Flavio Teramoto ingressou na Akaer em 1998 e, em 2009, passou a ser parte da equipe do programa Gripen como projetista-chefe de estruturas. Desde então, já viajou mais de dez vezes para a Suécia e se diz feliz com o trabalho. “Ser selecionado para participar do desenvolvimento do caça já foi uma grande emoção. A assinatura do programa FX-2 e o primeiro voo do Gripen E, na Suécia, foram outras. Agora, a expectativa é ver a aeronave no Brasil”, apontou Teramoto. A relação com a Akaer é também muito valiosa para a Saab, que está constantemente em busca de novos parceiros para o desenvolvimento de novos produtos e serviços. “Essas empresas parceiras se tornam parte da cadeia de suprimentos mundial da Saab. Além disso, estarão capacitadas para participar de outros projetos no Brasil e no exterior”, explicou Luis Hernandez, diretor de cooperação industrial Gripen Brasil. “O programa de transferência de tecnologia tem sido um sucesso, e, certamente, um dos fatores que tem ajudado muito é a qualidade dos profissionais brasileiros, que estão dedicados ao aprendizado”, finalizou Hernandez.

15S a a b e m F o c o2 I 2017

equipe gripen na akaer

Profissionais da akaer trabalham em projeto de desenvolvimento da fuselagem do gripen

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O Erieye é um sistema de Alerta Aéreo Antecipado e Controle (AEW&C, na sigla em inglês de Airborne Early Warning & Control), com capacidade multifunção e multimissão capaz de reforçar a integridade territorial e a segurança nacional. Acoplada a aeronaves que voam em altas altitudes, essa antena de radar de vigilância amplia substancialmente o campo de visão, muito além do que é possível, por exemplo, com radares de solo. Ao ampliar o horizonte, o Erieye possibilita que as decisões e ações das autoridades sejam tomadas com muito mais rapidez, pois estão munidas de informações superiores. “Uma aeronave de alerta patrulhando a cerca de 10 mil metros de altitude, equipada com o Erieye, tem um horizonte de radar superior a 500 mil quilômetros quadrados e é capaz de avistar um objeto do tamanho de um jet-ski, independentemente das condições climáticas”, explicou Stefan Behre, diretor de vendas da Saab para América Latina. “E isso faz toda a diferença quando se está em ações, por exemplo, de vigilância de fronteiras ou de busca e salvamento”. O Erieye tem design leve, ideal para a integração em aeronaves de passageiros de médio porte, como o Saab 2000 e o Embraer 145. Operacional desde 1996, o sistema é utilizado em oito países, incluindo, Brasil, Suécia e México.

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EriEyE: pAtrUlhAS MAiS EFiCiEntES