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S V A O R CIDADE PARA VIVER E CONHECER

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S VA ORCIDADE PARA VIVER E CONHECER

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SALVADOR – VIVA, AME, CUIDE

© 2012 5M-EDITORA, EMPREENDIMENTOS, COMÉRCIO, SERVIÇOS, LICENCIAMENTOS E AGROPECUÁRIA LTDA.

TODOS OS DIREITOS ESTÃO RESERVADOS À5M-EDITORA, EMPREENDIMENTOS, COMÉRCIO, SERVIÇOS, LICENCIAMENTOS E AGROPECUÁRIA LTDA. AV. TANCREDO NEVES, ED. ÔMEGA, Nº 1283, SALA 902. CEP 41 820-021. SALVADOR, BAHIA, BRASIL.

IDEALIZAÇÃO, PROJETO E EDIÇÃO: MISAEL TAVARES

GERÊNCIA DE PROJETOS E EDIÇÃO EXECUTIVA: JOSÉ LUIS WENSCE

CONSULTORIA PEDAG ÓGICA: SORAIA GANDARELA

PESQUISA E EDIÇÃO DE TEXTOS: KÁTIA DRUMMOND

TEXTO: SAULO DOURADO

REVISÃO: LUCIANA BATISTA

FOTOGRAFIAS: LATIN STOCK

PROJETO GRÁFICO: CLAUDIO PAULO

RESPONSÁVEL PELO ISBN E FICHA CATALOGRÁFICA: ROSANA MARTINS S VA ORCIDADE PARA VIVER E CONHECER

5M-EDITORA, EMPREENDIMENTOS, COMÉRCIO,SERVIÇOS, LICENCIAMENTOS E AGROPECUÁRIA LTDA.

EDITORA AÊ-2013

TEXTO: SAULO DOURADO

D771s2. ed.

Dourado, Saulo, 1989-D739 Salvador : cidade para viver e conhecer / Saulo Dourado. - 2. ed. - Salvador, BA : AÊ Editora, 2013. 144 p. : il. ; 27 cm.

Sumário ISBN 978-85-64962-09-5

1. Salvador (BA) - Descrições e viagens - Guia. 2. Salvador (BA) - História. 3. Salvador (BA) - Usos e costumes. I. Título

3-03584 CDD: 918.142 CDU: 918.142

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Sumário006 DADOS DA CIDADE007 MAPA DE SALVADOR009 APRESENTAÇÃO

010 PELOURINHO, O CORAÇÃO DA CIDADE012 PATRIMÔNIO CULTURAL DA HUMANIDADE 015 PELOURINHO E SALVADOR NASCERAM JUNTOS020 SALVADOR, PRIMEIRA CAPITAL DO BRASIL022 CIDADE BAIXA E CIDADE ALTA: DOIS MUNDOS023 SANEAMENTO BÁSICO, UM DIREITO DE TODOS!025 POR QUE SE CHAMA “PELOURINHO”?026 REVOLTA DOS MALÊS E A REVOLTA DE BÚZIOS031 ELEVADOR LACERDA, O SONHO DE UM VISIONÁRIO032 MERCADO MODELO032 REVISÃO DA LEITURA

034 FAROL DA BARRA, A LUZ NA BAÍA037 O FAROL NASCEU DE UM NAUFRÁGIO038 A “BAHIA” DE TODOS OS SANTOS039 CUIDADOS COM O MAR041 AS INVASÕES: OS HOLANDESES CONSEGUIRAM042 OS FORTES COM OS SEUS CANHÕES049 O PORTO DA BARRA, O PRIMEIRO PORTO050 OS JESUÍTAS COMEÇARAM NA BAHIA052 CATARINA PARAGUAÇU, A MÃE DA BAHIA053 TODO DIA É DIA DE ÍNDIO055 MORRO DO CRISTO056 REVISÃO DA LEITURA

058 A LAVAGEM DO BONFIM, UMA MISTURA DE CULTURAS

061 AS IGREJAS DA BAHIA062 A IGREJA CHEIA DE FITINHAS NA GRADE063 CIDADE BAIXA!065 A FESTA E A LAVAGEM DO BONFIM066 SÃO FRANCISCO XAVIER, PADROEIRO DA CIDADE068 O QUE É O SINCRETISMO RELIGIOSO?069 A HOMENAGEM ÀS RELIGIÕES

AFRO-BRASILEIRAS NO DIQUE DO TORORÓ071 MAIS ÁFRICA NA BAHIA!072 ACARAJÉ075 CAPOEIRA

SAMBA 076DANÇANDO COM SAÚDE 079FEIRA DE SÃO JOAQUIM 080REVISÃO DA LEITURA 080

O CABOCLO DA INDEPENDÊNCIA 082CIDADE LEMBRA CIDADANIA 084A ENORME AVENIDA SETE DE SETEMBRO 087CAMPO GRANDE, CAMPO DA PRAÇA 088INDEPENDÊNCIA DA BAHIA – BATALHA EM SALVADOR! 091FIQUE ESPERTO PARA OS DIREITOS HUMANOS! 095O BAIRRO DA DUPLA LIBERDADE 097SOLAR DO UNHÃO 100REVISÃO DA LEITURA 101

O CARNAVAL E A ARTE BAIANA 102O QUE É O CARNAVAL? 105MUITOS CARNAVAIS NA BAHIA! 106DODÔ & OSMAR, OS PIONEIROS DO TRIO ELÉTRICO 109O CARNAVAL CONTRA AS DSTS E AS DROGAS 111A PRAÇA DO POVO E DO POETA 112JORGE AMADO, ESCRITOR DA BAHIA 115SALVADOR, CIDADE ARTÍSTICA 116A IMPORTÂNCIA DA CULTURA 117A ARENA FONTE NOVA 119A DUPLA BA-VI 120REVISÃO DA LEITURA 120

A ORLA E A EXPANSÃO DA CIDADE 122UNIVERSIDADE E ZOOLÓGICO EM ONDINA 125FESTA DE IEMANJÁ E LARGO DA MARIQUITA 126A PONTA DE ITAPUÃ, PONTA DE PEDRA 128AS CAUSAS DA EXPANSÃO DA CIDADE 131DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 133E ASSIM CRESCE O SUBÚRBIO 134PARALELA E O QUE NELA SE CRUZA 136MEIO DE TRANSPORTE: UMA QUESTÃO IMPORTANTE! 137REGIÃO METROPOLITANA DE SALVADOR: TUDO CONECTADO! 138REVISÃO DA LEITURA 138CONCLUSÃO 141HINO DE SALVADOR 142

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ApresentaçãoLugares e pessoas fazem mais sentido ao serem conhecidosatravés de suas histórias. Um filho, ao saber mais sobre a vidada mãe, descobre porque ela escolheu o lugar onde mora,o trabalho que exerce, e começa a compreender a sua im-portância na vida das pessoas ao redor. Quando estudamossobre a cidade em que nós vivemos, acontece o mesmo: des-cobrimos a razão de cada uma de suas partes e o valor do seuconjunto. Passamos, assim, a querer melhor o que nos cerca.Porque quem conhece, valoriza, e quem valoriza, ama.

Salvador é repleta de descobertas a serem feitas. Se umúnico soteropolitano guarda várias trajetórias ao longo deuma vida, imagine uma cidade com mais de quatrocentose sessenta anos, onde viveram e vivem milhares de pes-soas! São casos de lutas, de conquistas, de amores e deguerras, de alegrias e de tragédias, de prisões e de liberda-des, de negros, brancos, índios e mestiços. São festas, bair-ros, monumentos, curiosidades e tradições que sobrevivemna primeira capital do Brasil. Salvador é uma história viva.

Com este livro, SALVADOR – CIDADE PARA VIVER E CONHECER,queremos que a grandeza do passado de nossa terra faleao presente, para que o conhecimento e o amor por tudoo que temos se transformem em desejo de um futuro me-lhor. Nos percursos dos soteropolitanos, colocados nestaspáginas, sempre se vê alguém tentando inventar algo denovo ou modificar o que já está posto. Se quem passou fezassim, por que quem passa também não poderia fazer? Adica do passado no presente é uma só: inventar o que virádepois! Só com o desejo de criação e de mudança, Salvadorcontinuará tão importante como a sua história.

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O M o n u m e n t o à C i d a d e d e S a l va d o r é u m a o b r a d o a r t i s t a M á r i o C r avo J ú n i o r, d e 1 9 7 0,q u e f i c a l o g o à f r e n t e d o E l e va d o r L a c e r d a , n a P r a ç a V i s c o n d e d e C a i r u , C i d a d e B a i x a.

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Por conter tantas informações sobre acultura e a história da Bahia e do Brasil,o Pelourinho foi nomeado PatrimônioNacional em 1984. Isto quer dizer que obairro se tornou protegido não só pelacidade, como também pelo próprio go-verno federal. Um ano depois, em 5 de

novembro de 1985, a atenção ao Pelou-rinho ficou ainda maior. Os represen-tantes da UNESCO (Organização dasNações Unidas para a Educação, a Ciên-cia e a Cultura), vindos de várias partesdo planeta, avaliaram o local e chegaramà conclusão que o centro histórico nãoseria importante só para Salvador, nemsó para o Brasil, mas para o mundo todo.

Foi assim que o “Pelô” tornou-sePatrimônio Cultural da Humani-

dade. A partir daí, foi investidanovamente uma recupera-

ção de seus imóveis e ruaspor parte de órgãos res-ponsáveis. Trata-se daaplicação do tomba-mento, que podemosver ainda em atuação.E o que esse tomba-mento significa exata-mente? A intervençãodo poder público para

garantir que um lugar es-pecial para a cultura não

seja destruído e nem desca-racterizado. Daí o porquê de

nenhum “casarão” histórico doPelourinho ter a autorização de ser

simplesmente transformado, derrubadoou vendido, a fim de que suas caracte-rísticas arquitetônicas e urbanísticassejam devidamente preservadas.

PATRIMÔNIO CULTURAL DA HUMANIDADE

Cuidar do Pelourinho faz parte da missão de muitos órgãos e autoridades,mas também não pode deixar de fazerparte da vontade de cada soteropolitanoem manter a sua história e a sua culturaali presente. Por isso, vamos também cuidardo primeiro centro da Capital Colonial!

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O Centro Histórico de Salvador foi formado por construções no estilo barroco português. Destaca-se, ao fundo, a Igrejade Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, construída no século XVIII, um dos principais cartões-postais da cidade.

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negros morreram no combate enas condenações posteriores. Apartir de então, todos os adeptosdo islamismo foram banidos doBrasil, por suspeita.

Já antes, em 1798, havia aconte-cido uma revolta por parte dos co-merciantes, dos alfaiates e dosescravos em Salvador. Papéis quechamavam a população a se revol-tar contra o domínio português econtra a escravatura começarama surgir colados aos muros e àsparedes de casas. Os ideais, inspi-rados pelos movimentos de liber-tação que ocorriam em váriaspartes do mundo, eram defesas daigualdade de todos, e da liberdadede cada um. O destaque dessa re-volta, que terminou em repressãoe em execução dos principais agi-tadores, é a bandeira da abolição,junto com o brado pela indepen-dência do Brasil.

Somente em 1888, com a Lei Áurea,os negros foram, enfim, libertos dacondição de escravos, após tantasrevoltas e séculos de luta.

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O Monumento a Zumbi dos Palmares, de autoria da ar-tista baiana Márcia Magno, fica na Praça da Sé, noPelourinho. Zumbi é um importante símbolo da re-sistência à escravidão. A data de sua morte, 20 de no-vembro, foi adotada como o Dia da Consciência Negra.

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REVISÃO DA LEITURA

Um acontecimento trágico motivou a construção do Farolda Barra. Use a imaginação enarre, com as suas palavras,como ocorreu esse evento.

Explique a importância da Baía de Todos os Santos para a história e para a identidade de Salvador.

Uma famosa praia de Salvadorfoi, nos primeiros séculos do Império, o porto da cidade. Identifique qual é a praia, e oque, hoje, ela significa para os soteropolitanos.

No desembarque do primeiro governador-geral do Brasil, Toméde Souza, vieram também representantes da Igreja Católica,os chamados jesuítas. Qual era amissão deles e quais contribuiçõeseles trouxeram para o país?

Catarina Paraguaçu era umaíndia e recebeu o título "A Mãe daBahia". De acordo com o texto,por que ela foi tão importantepara a história da cidade?

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Salvador é muito conhecida pelo turismo,e o bairro da Barra é o principal local devisitas e de hospedagens desses turistas.Recebê-los bem também é uma característica nossa! Que ela se preservepor nossa história, para continuarmos ater a admiração do mundo inteiro.

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A Praia da Barra fica entre o Farol e o Cristo. É a últimapraia de mar aberto, antes da entrada da Baía de Todosos Santos. Para notar a diferença entre as águas agita-das do oceano e as águas calmas da baía, basta cami-nhar de um lado a outro do Farol e comparar as ondas.

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Na segunda quinta-feira do mês de janeiro, ocorre umadas maiores festas populares da Bahia. Essa festa, queé a Lavagem do Bonfim, reúne muita gente emum longo percurso, e é tão antiga que remonta ao pe-ríodo colonial. O público é o mais diverso, a exemplo:baianas, integrantes do afoxé Filhos de Gandhi, fiéis,simpatizantes e turistas, que se vestem de branco parareverenciar o Senhor do Bonfim em seu dia, e o orixáOxalá, de acordo com as religiosidades afro-brasileiras.No século XVIII, os senhores portugueses, da Irman-dade dos Devotos Leigos do Senhor do Bonfim, obri-gavam seus escravos a lavarem a igreja para a “Festado Bonfim”, o que passou a ser feito todos os anos. OSenhor do Bonfim logo passou a ser identificado comOxalá pelos escravos, nascendo uma das mais belas eexpressivas histórias do sincretismo religioso baiano.O cortejo sai às 10h da Igreja da Conceição daPraia, na Avenida Contorno, próximo ao ElevadorLacerda, e segue até à Igreja do Bonfim. Sabe quantosquilômetros são? Oito! É mais do que um jogador defutebol corre em toda uma partida. Os seguidores, noentanto, não reclamam e nem se cansam, apenas fes-tejam com música e louvores, encontros e brincadei-ras, em homenagem ao santo católico e à entidade docandomblé, misturados na cultura popular brasileira.

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SÃO FRANCISCO XAVIER, PADROEIRO DA CIDADE

Países, cidades e mesmo ocupa-ções têm um padroeiro. O que istosignifica? É um santo escolhidopela população para se tornar pro-tetor de determinado local ou ofí-cio. Quem tem o posto para o Brasilé a Nossa Senhora da ConceiçãoAparecida, famosa desde o séculoXVIII por milagres e aparições, cujoferiado do dia 12 de Outubro é de-dicado entre os católicos para asua devoção.

Alguns pensam que em Salvador opadroeiro é o Senhor do Bonfim.Antes, porém, de haver a festa tra-dicional na Colina Sagrada, o títulojá cabia a um santo espanhol quefez parte da Companhia de Jesus, oSão Francisco Xavier. Ele se tornou

adorado entre os soteropolitanos àépoca em que houve surtos defebre amarela e de cólera na ci-dade. Aqueles que já eram seguido-res do santo carregaram um bustoe saíram pelas ruas em romaria,para tentarem acalmar os doentes.

Conta-se que o número de vítimasdiminuiu logo em seguida, o queconsideraram um milagre de SãoFrancisco Xavier. Tempos depois, apedido da Câmara Municipal de Sal-vador, o padroeiro da cidade estavaescolhido. A sua data de comemora-ção é o dia 10 de maio quando, apóscelebrações e uma procissão da Ca-tedral Basílica à Câmera Municipal,é consagrada, no templo, uma missaem homenagem ao santo.

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S ã o F r a n c i s c o X a v i e r , s a n t o d e o r i g e m e s p a n h o l a , f o i i n s t i t u í d o p a d r o e i r o d ac a p i t a l b a i a n a e m 1 0 d e m a i o d e 1 6 8 6 , a p ó s t e r c o n t r i b u í d o p a r a a p r o t e ç ã od a c i d a d e a n t e d u a s d e v a s t a d o r a s e p i d e m i a s , s e g u n d o a s c r e n ç a s d o s j e s u í t a s.

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O bolinho feito de feijão-fradinho efrito no azeite de dendê é o pratomais famoso da culinária de Salva-dor. Mesmo os baianos não enjoamde comer, e sempre nas calçadassentimos o cheirinho que dá água naboca. No recheio, vale a pena colocaro caruru, o vatapá, o camarão seco ea pimenta, para o acarajé ficar“quente”. Quem prepara a iguaria,na maior parte das vezes, são asbaianas vestidas de branco, que aservem no tabuleiro junto ao abará,à cocada, ao bolinho de estudantese outras comidas populares.

Acarajé é uma palavra vinda do io-ruba e quer dizer “comer bola defogo”. A relação com o elementovem do candomblé, em que se ofe-rece o alimento a Xangô, grande reido fogo. Na religião africana écomum se oferendar pratos para osdeuses, em dias, ritos e preparos es-peciais. O acarajé saiu direto para asruas da cidade e se tornou conhe-cido no mundo inteiro.

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O ACARAJÉ

O acarajé se tornou mais do que um item danossa culinár ia, hoje é um símbolo da culturabaiana. Vendido em tabuleiros com os mais va-r iados recheios, desde o vatapá ao camarão, oalimento é o primeiro a ser experimentado pelosinúmeros turistas que desembarcam em Salvador.

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