Rudolf Steiner - A Memória e a Consciência Moral (BVA)

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    A MEMRIA E A CONSCINCIA MORAL

    Rudolf Steiner

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    RUDOLF STEINER: A MEMRIA E ACONSCINCIA MORAL9 DE DEZEMBRO DE 2015 | ADMIN | DEIXE UM COMENTRIO

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    Durante o sono o homem est entregue ao cosmo. Leva a ele o resultado de vidas anteriores,

    que possui ao descer do mundo anmico espiritual ao mundo terrestre. Durante o estado de vi-

    glia, ele priva o cosmo desse contedo de sua entidade. A vida entre o nascimento e a morte

    decorre nesse ritmo entre entregar-se ao cosmo, e subtrair se a ele. Durante o estado de sono

    gravado o contedo moral do mundo no corpo astral e no Eu. Tudo o que acontece durante o

    sono do indivduo, em mbito csmico, tem realidade moral e no se parece de maneira algu-

    ma com os processos da natureza.

    Rudolf Steiner Goetheanum, fevereiro de 1925

    Durante o sono o homem est entregue ao cosmo. Leva a ele o resultado de vidas anteriores, que

    possui ao descer do mundo anmico espiritual ao mundo terrestre. Durante o estado de viglia, ele

    priva o cosmo desse contedo de sua entidade.

    A vida entre o nascimento e a morte decorre nesse ritmo entre entregar-se ao cosmo, e subtrair

    se a ele.

    Subtrair se ao cosmo significa, ao mesmo tempo, estar a organizao neuro sensorial acolhendo o

    homem anmico espiritual. Este se une durante o perodo de viglia com os processos fsicos e vitais

    que nela se desenrolam, para atuar de uma maneira uniforme. Tal atuao engloba a percepo

    sensorial, a formao das imagens da recordao e a vida da fantasia. Estas atividades esto liga-das ao corpo fsico. Em compensao, as representaes mentais e o pensar nos quais o homem

    se torna consciente do que ocorre, semi inconscientemente, na percepo, na fantasia e na recor-

    dao esto relacionados com a organizao do pensar.

    Encontra se tambm nessa organizao do pensar propriamente dita, a regio pela qual o homem

    vivncia sua auto-conscincia. A organizao do pensar uma organizao estelar. Se ela se mani-

    festasse exclusivamente como organizao estelar, o homem carregaria em si no uma conscin-

    cia de si prprio, mas uma conscincia dos deuses. Mas a organizao do pensar uma organizaoestelar separada do cosmo das estrelas e transferida a Terra. Vivenciando o mundo das estrelas no

    mbito da Terra, o homem vem a ser auto consciente.

    Eis, pois, a regio da vida ntima do homem: o mundo divino espiritual, vinculado ao homem, demi-

    te-o para que possa tornar-se homem no pleno sentido da palavra.

    Mas logo abaixo da organizao do pensar, na regio onde se realizam a percepo sensorial, a fan-

    tasia, a formao de recordao, o mundo divino espiritual vive integrado vida humana. Pode sedizer que o divino espiritual participa no estado de viglia do homem enquanto a memria se de-

    senvolve. Pois as duas outras atividades, a percepo sensorial e a fantasia, so apenas modifica-

    es do processo de formao de imagens da recordao. Na percepo sensorial a formao do

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    contedo da recordao est em sua fase inicial; no contedo da fantasia vemos refulgir na alma o

    que, desse contedo, fica conservado na existncia da alma.

    0 estado de sono leva o elemento anmico espiritual do homem ao cosmo. 0 homem como que

    mergulha no cosmo anmico espiritual com a atividade do seu corpo astral e seu Eu. No est ape-

    nas fora do mundo fsico, mas tambm do mundo das estrelas. Todavia, encontra se dentro dos se-

    res divino espirituais que deram origem sua existncia.

    No momento atual da evoluo csmica esses seres divino espirituais atuam da seguinte forma:

    gravam durante o estado de sono o contedo moral do mundo no corpo astral e no Eu. Tudo o que

    acontece durante o sono do indivduo, em mbito csmico, tem realidade moral e no se parece de

    maneira alguma com os processos da natureza.

    0 homem leva os ps efeitos desses processos do estado de sono para o estado de viglia, mas eles

    permanecem em estado de sono. Pois o homem est acordado apenas naquela parte de sua exis-tncia que tende para a regio do pensar. Aquilo que ocorre na esfera da vontade est envolto,

    mesmo durante o estado de viglia, numa inconscincia igual quela que caracteriza toda a vida

    anmica durante o sono. Mas o divino espiritual continua impregnando a vida volitiva adormecida,

    durante o estado de viglia. A moralidade do indivduo to boa ou to m quanto possvel de

    acordo com a proximidade dos seres divino espirituais que pode alcanar enquanto dorme. E ele

    chega mais perto ou fica mais distante de acordo com a moralidade das vidas terrestres anterio-

    res.

    Das profundezas da alma acordada soa aquilo que nela implantou durante o sono, com a participa-

    o do mundo espiritual. 0 que assim soa, a voz da conscincia moral.

    Vemos assim, que aquilo que uma cosmoviso materialista mais tende a explicar apenas por pro-

    cessos materiais, algo moral quando considerado pela cognio espiritual.

    0 mundo divino espiritual atua no homem acordado diretamente na memria; e atua indiretamen-

    te, como ps efeito, na conscincia moral.

    A formao da memria ocorre na organizao neuro sensorial; a formao da conscincia moral

    ocorre como processo puramente anmico espiritual, porm dentro da organizao do metabolis-

    mo e dos membros.

    A organizao rtmica situa se no meio entre as duas. Exerce uma atuao dupla, orientada em

    dois sentidos opostos. Como ritmo da respirao, ela est intimamente ligada com a percepo

    sensorial e com o pensar. Esse processo mais grosseiro na respirao pulmonar, passando a ficar

    mais refinado e transformando se, como respirar mais sutil, em perceber sensorial e em pensar. A

    percepo sensorial ainda est prxima da respirao; ela um respirar pelos sentidos e no pelos

    pulmes. Formar representaes e pensamentos j est mais longe da respirao pulmonar; ai in-

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    tervm o apoio dado pela organizao do pensar. H algo que se aproxima do ritmo da circulao

    sangnea e constitui um respirar interiorizado que se liga com a organizao do metabolismo e

    dos membros; manifesta se na atividade da fantasia.

    Esta se estende, animicamente, at a esfera da vontade, da mesma forma como o ritmo da circula-

    o chega at a organizao do metabolismo e dos membros.

    Na atividade da fantasia, a organizao do pensar aproxima se da organizao da vontade. 0 ho-

    mem mergulha em sua esfera de sono da vontade, que nesse lugar est acordada. Em pessoas que

    apresentam esse tipo de organizao, os contedos da alma manifestam se como sonhos em esta-

    do de viglia. Tal organizao vivia em Goethe. Por isso ele fala que Schiller deveria lhe interpretar

    os sonhos poticos.

    No prprio Schiller era a outra organizao que atuava. Ele era inspirado pelo contedo de suas vi-

    das anteriores, e tinha de procurar contedos de fantasia, para a sua forte vontade.

    A potncia arimnica conta, para realizar seus intentos csmicos, com pessoas que tendem a viver

    principalmente na esfera da fantasia, de modo que a contemplao da realidade sensorial se lhes

    transforma como que espontaneamente em viso de fantasia. Ela acredita poder cortar, com a aju-

    da de tais pessoas, a evoluo da humanidade das suas razes passadas e lev la para o rumo que

    ela quer.

    A potncia lucifrica conta com indivduos nos quais a esfera mais organizada a da vontade, masque do contemplao sensorial uma pronunciada conotao de imagens da fantasia, por amor

    ntimo a uma cosmoviso ideal. Ela pretende manter na evoluo da humanidade os impulsos do

    passado, servindo se de tais indivduos. Poderia prevenir a humanidade de mergulhar na esfera

    dentro da qual a potncia arimnica precisa ser vencida.

    Na existncia terrena encontramos dois plos opostos. Em cima espalham-se as estrelas. De l ir-

    radiam as foras afins com tudo que pode ser calculado e que segue regras. A alternncia regular

    do dia e da noite, as estaes do ano, perodos csmicos maiores, tudo isso o reflexo terrestre

    dos acontecimentos do mundo das estrelas.

    0 polo oposto irradia do interior da Terra. Ele vive em irregularidades.

    0 vento e o tempo, o raio e trovo, terremotos e erupes vulcnicas refletem essa atividade inte-

    rior da Terra.

    0 homem uma imagem da existncia estelar e da terrena. A ordem das estrelas vive em sua or-

    ganizao do pensar, o caos terrestre vive na organizao volitiva de seus membros. 0 ser humano

    terrestre, elemento harmonizador entre ambos, vivenciado na organizao rtmica.

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    Goetheanum, fevereiro de 1925.

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