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Cuidado em Sade Mental Vs Mudana de ParadigmaAna Sofia Almeida (59921), Ctia Norton (59923), Gustavo Maralo (60000), Joice Costa (51289), Tiago Rodrigues (60855)

Curso: Licenciatura Enfermagem

Ano letivo: 2013/2014

UC: Ensino Clnico IV

Orientadores: Docentes Emlia Prudente e Assuno LaranjeiraData: 30 de Abril de 2014

Resumo: O objetivo deste estudo analisar a produo cientfica sobre o cuidado em sade mental, sendo o objeto do estudo compreender os significados e percees dos enfermeiros acerca do cuidar. Optou-se pela reviso sistemtica. A pesquisa de artigos foi feita nas bases de dados eletrnicas LILACS, ADOLEC, BDENF, Scielo, Scopus, Science Key, ScienceDirect, MEDLINE e British Nursing Index. Os resultados evidenciam um novo paradigma do cuidar em que se privilegia a dimenso relacional. Palavras-chave: Relao teraputica, Doena Mental, Cuidado centrado na pessoa

ContextualizaoH

oje no atual paradigma do cuidar, paradigma transformativo - centrado na pessoa - as dimenses de Enfermagem destacam como fulcral a interveno dos enfermeiros numa ao orientada para a diversidade de respostas humanas do cliente, associadas aos fenmenos de sade-doena. Este incorpora a pessoa como ser unitrio, o holismo, a relao interpessoal e o cuidar enquanto conceitos de destaque (Watson, 1988; Rogers, 1989, 1999; Newman 1992 e Parse, 1992).Da mesma forma, hoje deparamo-nos com uma mudana de paradigma em relao ao cuidado em sade mental.H evidncias que as perturbaes mentais so responsveis por mais de 12% do nus global de doena a nvel mundial, 23% nos pases desenvolvidos. Alm disso, correspondem a 5 das 10 principais causas de incapacidade a longo prazo e de dependncia psicossocial: depresso unipolar (11,8%), problemas ligados ao lcool (3,3%), esquizofrenia (2,8%), distrbios bipolares (2,4%) e demncia (1,6%) (Xavier, Batista, Mendes, Magalhes, & Almeida, 2013).

Neste sentido, os autores referem que tanto os doentes como os seus familiares se deparam frequentemente com o sofrimento, angstia e isolamento, sentindo inmeras dificuldades no dia-a-dia, devido grande complexidade dos sintomas, comportamentos e problemas associados doena (Marsh, 1998; Torrey, 2006).Vrios estudos tm demonstrado que a presena de uma pessoa com doena mental na famlia origina uma sobrecarga para os seus membros (Borba et al., 2008; Brito, 2006; Jungbauer, Wittmund, Dietrich & Angermeyer, 2003; Rose, 1996; Loukissa, 1995). Assim, a sobrecarga vista na sua dimenso objetiva e/ou subjetiva. A primeira mais concreta e de maior intensidade estando relacionada com as causas reais que a convivncia com a perturbao mental impe, enquanto a sobrecarga subjetiva abstrata e refere-se ao universo dos sentimentos (Awad & Voruganti, 2008; Borba et al., 2008; Leal, Sales, Ibaez, Gine & Leal, 2008).Partindo destes pressupostos e, que os cuidados de enfermagem tm como finalidade ajudar a pessoa a manter, melhorar e recuperar a sade, ajudando-a a atingir a sua mxima capacidade funcional to rapidamente quanto possvel, os enfermeiros tm um papel fulcral nos processos de sofrimento, alterao e perturbao mental da pessoa, assim como na orientao para o seu projeto de sade.

Por conseguinte a enfermagem no plano da sade mental, no processo do cuidar, foca-se na promoo da sade mental, na preveno, no diagnstico e na interveno perante respostas humanas desajustadas ou desadaptadas aos processos de transio, geradores de sofrimento, alterao ou doena mental, (OE; 2010).

Neste contexto de imprevisibilidade da prtica, necessrio o estabelecimento de relaes de confiana e parceria com a pessoa/famlia no processo teraputico, de forma holstica, e que durante o processo teraputico, a pessoa viva experincias gratificantes quer na relao intrapessoal quer nas relaes interpessoais.

Na complexidade dos contextos da prtica, sentimos a necessidade de repensar a ao do cuidar na sua essncia (Hesbeen, 2000), refletindo particularmente nos desafios impostos pela relao humana enfermeiro-pessoa (Watson, 2009).

Por outro lado os estudos de Hildegard Peplau (1990) e Joyce Travelbee (1979) foram importantes referenciais que contriburam para o cuidado com pessoas com doena mental e para estudos posteriores sobre a temtica.

Neste estudo entende-se por paradigma como um processo norteador do sentir, pensar e agir humanos, um processo que orienta, dirige e controla a organizao dos raciocnios e dos sistemas de ideias (Silva & Ciampone, 2003).Por outro lado entende-se por humanizao dar condio a alguma atitude ou ao, e realizar qualquer ato tendo em considerao o ser humano como um ser nico, ao qual est inerente o respeito e compaixo (Ferreira, 2009).Tendo em conta, esta breve conceptualizao do cuidado na pessoa com doena Mental e considerando: que a enfermagem uma profisso centrada em interaes onde cada pessoa, por vivenciar um projeto de sade singular, nico e indivisvel num momento nico de cuidado torna cada momento especfico e complexo; que os processos de mudana versus contextos do cuidado, o objeto deste estudo foi contribuir para a reflexo crtica, para compreender os significados do cuidado para o enfermeiro que desenvolvem o cuidar da pessoa com doena mental.

De forma a delimitar o objeto de estudo inerente problemtica da humanizao do cuidado pessoa com doena mental, elaborou-se as seguintes questes de partida:

Qual a perceo dos enfermeiros acerca do cuidado em sade mental?

Qual a influncia da relao teraputica no cuidado em sade mental?Para este estudo foram definidos como objetivos:

Analisar a produo cientfica sobre o cuidado em sade mental;

Compreender a perceo dos enfermeiros sobre o significado do cuidado em sade mental.

Este estudo foi elaborado no mbito da Unidade Curricular de Ensino Clnico IV, no ano letivo 2013/2014, inserido no plano curricular do 4 ano da 10 Licenciatura em Enfermagem da ESSUA.

2. Metodologia

Na expectativa de compreendermos melhor a prtica do cuidado em sade Mental, realizmos uma reviso terica de modo a apreender os diferentes significados e concees do cuidado de enfermagem, bem como a sua fora de impacto no campo social. Verificamos neste percurso, que o cuidado de enfermagem adquiriu, contornos ontolgicos e epistemolgicos que contemplam as concees de cuidado como essncia do ser humano, como processo interativo entre enfermeiro-cliente, ambiente de cuidado, sistema de cuidados, processo relacional entre indivduos, famlias ou comunidade (contexto ecolgico) e contribui para orientar o individuo no seu projeto de sade (Leininger,1978; Watson,1979; Heidegger, 1989; Smitt, 1990; Erdmann, 1996; WHO, 1996; Boff, 1999; Bettinelli, 2001).Atendeu-se aos critrios do formato PICO (Fineout-Overholt, Melnyk, & Schultz, 2005): Qual a perceo (OUTCOME) dos enfermeiros (POPULATION) acerca do cuidado (INTERVENTION) em sade mental?/ que influncia tem a relao teraputica no cuidados?.

Por forma, a delimitar o objeto de estudo foi realizada uma pesquisa em base de dados electrnica, na Literatura Latino-Americana e do Caribe em Cincias da Sade - LILACS, Base de Dados ADOLEC e Base de Dados de Enfermagem - BDENF, Scielo, Scopus, Science Key, ScienceDirect, MEDLINE with Full Text, . Para procurar os artigos, utilizaram-se os seguintes descritores padronizados pelo descritor em Cincias da Sade - DeCS: sade mental, cuidados de enfermagem, e humanizao dos cuidados. Adotaram-se as seguintes combinaes de descritores como estratgias de pesquisa: estratgia X sade mental AND cuidados de enfermagem AND humanizao dos cuidados; estratgia Y humanizao dos cuidados AND sade mental.

Optou-se pelo mtodo de reviso sistemtica de literatura na modalidade de investigao integrativa qualitativa, que investigam os estudos qualitativos das percees dos enfermeiros sobre a humanizao dos cuidados em sade mental/evoluo do cuidar em sade mental.

Trata-se de um estudo bibliogrfico do tipo reviso integrativa de literatura. Este mtodo faculta a sntese de conhecimento e a incorporao da aplicabilidade de resultados de estudos significativos na prtica. (Arajo, E.C.; Vasconcelos, E.M.R.; Torres, A.L.; Carvalho, K.E.G., 2010). Este tipo de reviso utiliza os dados dos achados de estudos qualitativos relacionados a um mesmo tema ou temas correlacionados, para, analise, comparao e traduo. Tendo o propsito de criar tradues interpretativas amplas de todos os estudos examinados em determinado domnio, o seu resultado deve ser fiel traduo interpretativa de cada estudo em particular.

A partir destes artigos prosseguimos para os primeiros critrios de excluso e incluso, que so: ano de publicao, pertencente ao espao de tempo definido pelo grupo, 2000-2013; e o idioma, que deveria ser Portugus, Ingls, Espanhol ou Canadiano. Desta forma, ficaram 304 artigos. Depois, foi aplicado o segundo critrio, o resumo deve fazer referncia a humanizao do cuidado e acesso na ntegra ao documento/estudos/artigos cientficos. De seguida, e por ltimo, aplicamos os critrios: interveno de enfermagem, e perceo dos enfermeiros em relao evoluo do cuidado. No final ficaram 7 artigos. O fluxograma que se segue serviu de orientao ao grupo no processo de seleco dos artigos. Consideraram-se critrios de excluso manuscritos referentes a livros, captulos de livros, resumos de congressos, editoriais, teses, programas e relatrios governamentais, e artigos de reviso.

Abaixo encontra-se um fluxograma, no qual percetvel a seleo de critrios realizada.

Figura 1. Fluxograma do processo de seleo, adaptado de BARBOSA. (2008)

Depois de efectuada a seleo dos artigos, dever-se- avaliar, criticamente/minuciosamente, a qualidade de cada um dos artigos selecionados, precedentemente. Pois a validade e a utilidade da reviso da literatura dependem da qualidade dos estudos que sero analisados. Pelo que segundo Galvo et. al, a avaliao crtica resume-se na fase onde todos os estudos selecionados so avaliados com rigor metodolgico, com o propsito de apurar se os mtodos e resultados das pesquisas so suficientemente vlidos/fortes para serem ponderados (Galvo, Sawada, & Trevizan, 2004). Assim, a qualidade decretada por um conjunto de critrios adotados no planeamento do trabalho e na realizao da anlise, a fim de minimizar possveis erros.Do total dos artigos selecionados, analismos e refletimos sobre os mesmos, tendo em conta a nossa questo de partida e os objetivos do estudo. Assim, as informaes provenientes dos artigos que analismos foram reunidas em tabelas.

Assim sendo, aos estudos includos aplicou-se um instrumento adaptado do Critical Appraisal Skills Programme (CASP) para avaliar metodologicamente a qualidade dos mesmos.Os estudos foram classificados em duas categorias de acordo com a pontuao obtida pela aplicao do instrumento: A) 6 a 10 pontos estudos de boa qualidade metodolgica e vis reduzido e; B) no mnimo 5 pontos estudos com qualidade metodolgica satisfatria mas com potencial de vis aumentado.

Abaixo est representada a tabela com os artigos selecionados para o estudo.

AnoLnguaAutoresTtuloObjectivosTipoResultadosCASP

2002

#4PortugusVnia Regina Bressan

Maria Ceclia Morais ScatenaO cuidar do doente mental crnico na perspectiva do enfermeiro: um enfoque fenomenolgicoCompreender, o fenmeno de cuidar do doente mental crnico internado no hospital, na perspectiva do enfermeiro.FenomenolgicoNa relao enfermeiro-doente, o enfermeiro encara o doente mental crnico com medo, de inicio, mas com o evoluir dessa relao, passa a familiariza-se com o mesmo, pelo que o doente passa a ver o enfermeiro como um amigo, um membro da famlia. Ainda que se levantem opinies distintas, cada enfermeiro compreende o trabalho/cuidar do doente mental crnico, como algo gratificante, apesar das suas adversidades. A importncia dada ao cuidado, por parte do paciente, corresponde ao afeto e gratificao demonstrados, dando-lhe suporte para enfrentar o mundo do hospital psiquitrico.3+8=N

Score: 8

2007

#3PortugusAgnes Olschowsky

Maria de Lourdes Custdio DuarteSaberes dos enfermeiros em uma unidade de internao psiquitrica de um hospital universitrioConhecer, atravs de uma entrevista, quais so os saberes dos enfermeiros-alvo (os seus saberes e concepes na rea da psiquiatria).

Exploratrio-descritivo com abordagem qualitativaO estudo demonstrou o conhecimento, por parte dos enfermeiros, de 2 modelos distintos: o modelo asilar e o modelo psicossocial. O primeiro, classifica a loucura como doena que deve ser curada, tratada e controlada. Por outro lado, o modelo psicossocial percebe o sujeito na sua individualidade e subjetividade, inserindo-o no contexto social, valorizando-o como cidado com direitos e deveres. Neste modelo, consideram a existncia do sofrimento do paciente do importncia ao acolhimento, vnculo, responsabilidade do utente.3+4=N

Score: 8

2007

#2PortugusTatiana Brusamarello

Andra Noeremberg Guimares

Mrcio Roberto Paes

Letcia de Oliveira Borba

Dayane Carla

Borille

Mariluci Alves Maftum6Cuidado de enfermagem em sade mental ao paciente internado em Hospital psiquitricoConhecer de que forma o enfermeiro desenvolve o cuidado de sade mental ao paciente internado em hospital psiquitricoDescritivo

QualitativoDa abordagem aos dados emergiram 4 categorias:

1- O quotidiano da prtica do enfermeiro, no qual predominam as actividades administrativas e burocrticas, havendo escassez de uma actuao tcnico-assistencial especifica.

2- O cuidado de enfermagem ao paciente e sua famlia, o qual desempenha um importante papel para a efectividade do relacionamento teraputico.

3- Cuidado de enfermagem com vista autonomia do paciente, no qual o enfermeiro procura estimular o seu autocuidado e auto-imagem, possibilitando a reabilitao psicossocial do paciente.

4- Despreparo do enfermeiro para cuidar em sade mental que o acompanha desde a sua formao acadmica, quer pela falta de contedo numa abordagem terica, quer reduzida carga horria que no possibilitou um maior contacto com pessoas com transtorno mental.4+(8)=N

Score: 8/9

2009

#1PortugusFernanda Barreto Mielke

Luciane Prado Kantorski

Vanda Maria da Rosa Jardim

Agnes Olschowsky

Marlene Silva MachadoO cuidado em sade mental no CAPS no entendimento dos profissionaisConhecer o entendimento dos profissionais de um servio substituto sobre o cuidado em sade mentalQualitativo de carter descritivo e exploratrioOs profissionais do servio em estudo consideram que o cuidado em sade mental segue os princpios da integralidade, assistindo o usurio em todas as reas do ser humano: biopsicossocial e espiritual, no fragmentando o cuidado ao utente e sua famlia. Apontam tambm como sendo um cuidado humanizado, existindo vnculos entre equipa e usurio e havendo a responsabilizao de ambos pelo cuidado3+4=N

Score: 8

2010#5PortugusFernanda Maral

Maria Jos Nunes

Leila Aparecida Pedrosa Kauchakje

O significado da humanizao da assistncia entre profissionais de enfermagem no contexto da Reforma PsiquitricaEstabelecer o significado da humanizao da assistncia para os profissionais de Enfermagem do setor de psiquiatria do Hospital; e tambm identificar, para aqueles profissionais, a utilizao desse conceito nas rotinas de trabalho.QualitativoDa abordagem aos dados, emergiram as categorias:

1- Humanizao como algo alm dos cuidados bsico, no qual o pensamento dos entrevistados interiorizou o

princpio de integralidade para os atendimentos prestados, entendendo a sade e o cuidado de forma ampliada, considerando aspectos sentimentais, sociais, culturais e tico das relaes interpessoais.

2- Humanizao nas relaes interpessoais/empatia, necessrio estimular a participao do paciente em seu prprio tratamento, levando-o a assumir parte da responsabilidade sobre seu prprio tratamento e sobre os comportamentos que o ajudam a se recuperar nos momentos de surtos e crises.

3- Aes que contribuem para a implantao da humanizao: O estmulo da participao familiar no tratamento do paciente psiquitrico, favorecendo a desmistificao da doena e promovendo a ressocializao do paciente.

Os resultados deste trabalho revelam o comprometimento, a responsabilidade e a conscincia dos profissionais de enfermagem desse setor sobre as consequncias de suas aes e comportamentos na garantia da qualidade e humanizao da assistncia prestada.3+4=N

Score: 8

2010#6PortugusRosane Teresinha Fontana

Humanizao no Processo de Trabalho em EnfermagemRefletir sobre a humanizao do processo de trabalho em sadeDescritivo

Estabelecer vnculos solidrios e participativos no processo de gesto, identificando-se aspiraes, mudar os modelos de ateno e gesto, tendo como foco as necessidades dos cidados e a melhoria das condies de trabalho e de atendimento so atitudes que agregam valor ao humano.4=N

Score: 9

2012

#7PortugusJacqueline de Souza

Margarita Antnia Villar LuisDemandas de sade mental: percepo de enfermeiros de equipas de sade da famliaDescrever como so identificadas e encaradas as necessidades de sade mental por equipas de sade da famlia, de acordo com a concepo de enfermeiros.Estudo exploratrio, descritivo de carter qualitativo.O estudo identificou a falta de indicadores no Sistema de Informaes da Ateno Bsica (SIAB) que vem afetar o planeamento das aes de sade mental, sendo esta vertente da sade posta em segundo plano, e permitindo que outras doenas crnicas, como diabetes e hipertenso, se tornem prioritrias para as equipas. A consultoria de Psiquiatria tem vindo a desempenhar um papel importante na incorporao de aes de sade mental no processo de trabalho das equipas de sade da famlia.3+4+(8)=N

Score: 7/8

3. Anlise dos Dados / Discusso dos ResultadosDa anlise dos artigos selecionados, foi-nos possvel chegar a dois grupos nos quais os enfermeiros partilham as suas opinies relativamente ao que diz respeito humanizao do cuidado prestado ao doente com doena mental:A) A Perceo dos enfermeiros sobre o cuidar em sade mental.

B) As medidas e Politicas a implementar.

Assim optamos por colocar os resultados em duas categorias:

A) A Perceo dos enfermeiros sobre o cuidar em sade mental.

Dos 7 artigos selecionados, a reviso sistemtica evidenciou que nos encontramos numa mudana de paradigma em contexto de sade mental, isto , tem-se vindo a abandonar o conceito de cuidar burocrtico, no qual o enfermeiro se centrava em atividades administrativas e burocrticas, adoptando o verdadeiro conceito de cuidar holstico, ou seja, o cuidar pessoa em todos os seus valores biopsicossociais, no contexto ecolgico de sade, assim como a sua famlia.

No primeiro grupo enquadram-se 6 estudos, nos quais a populao, os enfermeiros, partilham a opinio de Para haver o cuidado humanizado, necessrio ocorrer empatia, afetividade, envolvimento e aproximao entre cuidador e aquele que cuidado com finalidade teraputica, no se limitando apenas s caractersticas das tcnicas (Artigo 1; Mielke, Fernanda et al).Assim, o olhar ao doente mental ampliado e este passa a ser visto como cidado, com direitos e deveres, e co-responsvel por seu tratamento e por suas condies de vida valorizando assim a humanizao do cuidado pessoas com doena mental, e a relao teraputica/de ajuda.De acordo com o artigo 2 (artigo 2, Brusamarello, Tatiana et al.) no qual referido que a humanizao dos cuidados em sade mental se promove atravs da relao teraputica, O profissional que atua na rea de sade mental deve ser capaz de estabelecer relacionamentos teraputicos saudveis, produzindo novas possibilidades de reabilitao psicossocial. Na perspetiva dos autores do artigo 3 (artigo 3, Olschowsky, Agne et al.) o cuidar compreende, uma interao do enfermeiro com o pessoa, o que implica competncia emocional e uma sensibilidade no toque, no olhar e na forma de perceber, estar atento linguagem verbal e no-verbal, estar com o outro numa relao de proximidade e ajuda. O cuidar, prestado de uma forma holstica, promove o humanismo, a sade e a qualidade de vida, O autoconhecimento a primeira etapa para melhor compreender o outro, perceber os prprios sentimentos, as sensaes, as emoes e isso implica dar-se conta de que as mazelas do outro tambm podem estar em si.Por outro lado a autora do Artigo 4 (Artigo 4, Bressan, Vnia Regina et al): afirma que o cuidado em sade mental pode, de incio, ser algo intimidador O primeiro contato com o doente mental crnico causa medo. Porm, os profissionais de sade que se relacionam no seu quotidiano profissional com estes utentes afirma que Depois do primeiro contato com o doente mental crnico, o enfermeiro se acomoda, se acostuma e sabe o que esperar do paciente. Neste sentido, Cuidar tem uma abrangncia que ultrapassa os aspetos da relao, dado que cuidados de qualidade implicam conhecimentos cientficos, a gesto das emoes, valores humansticos que esto na base da humanizao dos cuidados, na solidariedade e empatia das relaes.

Hoje no Sec. XXI a prtica do cuidar em sade mental, por vezes ainda desvalorizado, o estigma social associado ao medo da loucura, pode ser algo complexo e transcendente.

Porm se encararmos o cuidar como conceder ateno global e contnua pessoa, este revela-se ser algo verdadeiramente recompensador para o profissional, O enfermeiro sente-se valorizado trabalhando com doente mental crnicoNo artigo 5 as autoras apresentam tambm uma perspetiva que Para a transformao da internao psiquitrica () mais humanizados, a atitude, a postura, a compreenso e a conscincia dos profissionais de enfermagem que permanecem por maior tempo diretamente na assistncia so elementos essenciais.. Isto , defende o cuidado de enfermagem enquanto ateno particular que se traduz numa ao de ajuda para a pessoa, que tem sentido para a pessoa cuidada e para o profissional. O cuidado de enfermagem revelado na capacidade do enfermeiro dar s pessoas as competncias ajustadas s suas necessidades de ajuda no seu processo de sade.Conforme o artigo 6, os enfermeiros referem ainda que () acredita-se ser oportuno refletir sobre alguns agravos que potencialmente constituem-se como fatores desumanizantes ao trabalho da enfermagem,() (artigo 6; Fontana, Rosane Teresinha). Sendo a ideia final de que a humanizao passa a ser entendida como um modo de cuidado centrado na voz do indivduo, no respeito sua autonomia e, portanto, no uso de tecnologias leves que perpassam pela escuta, apreenso e satisfao de necessidades. (artigo 6; Fontana, Rosane Teresinha). Assinala tambm a interao como o principal instrumento pelo qual os enfermeiros avaliam as necessidades e recursos da pessoa, sendo esta um instrumento central na prestao de cuidados de enfermagem.Por outro lado chama a ateno para os aspetos ticos, os valores que esto presentes e guiam a relao enfermeiro/utente e o estatuto do cuidar como um valor tico.B) As medidas e Politicas de sade a implementar.Sustentado nestes aspetos, os autores SOUZA e VILLAR LUIS (artigo 7; 2012) salientam a necessidade do cuidar holstico tendo uma viso global da pessoa enquanto ser unitrio.

O restante artigo enquadra-se no grupo seguinte. Segundo o artigo 7 (artigo 7; Jacqueline de Souza et al), na opinio dos enfermeiros, embora considerarem a sade mental um aspeto importante do cuidar, priorizam outro tipo de patologia orgnica, () apesar de considerar a sade mental como um aspecto importante, o depoimento da entrevista 5 denotou uma percepo que prioriza outras condies clnicas (como diabetes, hipertenso), isto , as questes de sade mental so consideradas secundrias s demais prioridades listadas pela equipe () (artigo 7; Jacqueline de Souza et al.). Contudo os enfermeiros esto conscientes da importncia da insero das aes de sade mental nos cuidados bsicos, e por isso entendem que a equipe deve estar sensvel a essa demanda. (artigo 7; Jacqueline de Souza et al.). Estes autores acrescentam discusso do cuidar em sade mental, a viso global da pessoa de acordo com o nosso referencial terico, em que a pessoa deve ser foco do cuidar ecolgico.3.2. ResultadosAs evidncias demonstram a necessidade dos enfermeiros desenvolverem a comunicao teraputica e competncias interpessoais, de modo a facilitar o processo de comunicao com o doente, em vez de utilizar mecanismos de defesa e distanciamento que impedem uma comunicao eficaz. As competncias da escuta ativa, questionamento e reflexo, promovem uma melhor comunicao e incentivam a empatia. Quando estas competncias so utilizadas, o processo de comunicao teraputica responde de forma positiva s necessidades dos doentes e suas famlias, visto que a comunicao um instrumento essencial na construo da relao teraputica. A comunicao teraputica como interveno autnoma de enfermagem deve ser utilizada como estratgia promotora do alvio dos sintomas, e como forma de suporte a intervenes psicoteraputicas diferenciadas que facilitam a integrao da pessoa e famlia no processo teraputico.

Contudo, estas necessidades muitas vezes no so valorizadas ou no so corretamente identificadas/trabalhadas pelos enfermeiros, de forma satisfatria, dado que como refere o estudo Brusamarello T. et al (2007) predominam as atividades administrativas e burocrticas, havendo falta de uma atuao tcnico especfica que a mesma influencia a qualidade dos cuidados prestados. Por outro lado, o mesmo estudo desenvolvido refere ainda que os enfermeiros reconhecem que esto mal preparados para comunicar com o doente e que tm falta de conhecimento das tcnicas especficas, valorizando que os aspetos da comunicao devem ser tidos em considerao no mbito da formao acadmica. Assim o que autora subescreve que fundamental conceber a formao direcionada para o futuro. A essncia da disciplina da enfermagem deve permitir aos estudantes adquirirem os conhecimentos e desenvolverem as habilidades fundamentais para a sua disciplina, preparando-os para se posicionarem em funo das transformaes que marcam o sculo XXI.Tambm no estudo de Souza et al (2012) aponta na falta de indicadores epidemiolgicos na sade mental, porque sem estes no se podem melhorar na comunidade os determinantes de sade.

Neste contexto, todos os estudos desta reviso apontam para o trabalho comunitrio, para o desenvolvimento de equipas multidisciplinares que desafiam os enfermeiros a assumir novos papis interventivos para alm dos atributos socialmente aceites e esperados da sua prtica, em que os enfermeiros se percecionam como elementos chave na comunicao interdisciplinar e reconhecem que o seu papel pode expandir-se na rea preventiva, nos cuidados no contexto comunitrio. 3.3. Limitaes do estudoAps a anlise dos artigos selecionados para a reviso sistemtica, o grupo admite ter encontrado uma grande barreira no processo de investigao: a lacuna de artigos disponveis sobre a temtica subjacente. Contudo, foi possvel a pesquisa de 304 artigos de acordo com as palavras-chave identificadas, dos quais 20 surtiram da aplicao dos critrios de incluso. O grupo selecionou 7 desses 20 artigos para a realizao do presente trabalho.Outra limitao para a realizao deste trabalho, foi o facto de no dispormos de muito tempo para a realizao do trabalho, pois paralelamente realizao deste, o grupo encontrava-se em estgio clnico, e como tal a reunio de todo o grupo foi muito complicada, assim como conciliar o o tempo para estudo e trabalhos solicitados pelo estgio e o tempo despendido para a realizao da reviso sistemtica da literatura. O trabalhar em equipa, esprito colaborativo, e "negociar" opinies alem, das evidncias pode ser uma fonte de dificuldade o que embora no seja sempre fcil, habilidade.Nortear as avaliaes de qualidade pode ser uma atividade difcil e pode ser fonte de vis do estudo.3.4. Relevncia dos resultados para outros estudos Atravs da anlise dos artigos que selecionamos, conclumos que a relao teraputica fundamental na humanizao do cuidado, assim como a humanizao do mesmo crucial para o acompanhamento do doente com doena mental. Portanto notvel a evoluo do cuidar ao longo da prtica de enfermagem.

Como sugestes de investigao para outros estudos Torna-se importante o desenvolvimento de trabalhos e estudos acerca da interveno da enfermagem relativamente humanizao do cuidar.4. ConclusoPara concluir, consideramos que esta reviso de extrema importncia sendo que uma temtica com a qual nos confrontmos durante o nosso percurso e que nos fez questionar a nossa prtica. Assim, atravs da anlise de artigos de investigao e discusso a ela inerente, foi-nos possvel refletir sobre esta temtica integrada nos cuidados de sade mental de modo a repensar as nossas prticas. Para a prtica em sade mental de extrema importncia que a aces dos profissionais sejam orientadas por uma ideologia de cidadania, tica, humanizao e assistncia integral. H necessidade que os profissionais realizem mais pesquisa, e elaborarem mais investigao com o objectivo de aprofundar os seus conhecimentos de sndromes psiquitricas, visando a melhoria dos seus cuidados e eficcia do seu tratamento.

No decorrer deste trabalho apercebemo-nos do quo difcil foi encontrar estudos com resultados pertinentes para a temtica a que nos propomos inicialmente, tendo sido uma das, seno a maior, limitaes encontradas.

Conseguimos identificar e descrever uma interveno de enfermagem perante a humanizao do cuidar em sade mental. No entanto, tal como j referimos, o desenvolvimento cientfico nesta rea, apesar de ter tido alguma evoluo nos ltimos anos, ainda est com muitos pontos por abordar. Note-se que temos que fazer uma ressalva a este estudo porque se a sistematizao do conhecimento foi em relao ao contexto brasileiro, pelo que no se podem generalizar algumas concluses dos dados

O grupo pode tambm concluir que em territrio portugus j considerada uma articulao/referenciao dos utentes, com doena do foro psiquitrico, para os Centros de Sade, a fim de serem vigiados e seguidos em consultas de rotina.

Assim, incentivamos os profissionais de sade investigao sobre aspetos relacionados com a humanizao dos cuidados, mudana de paradigma da doena/sade mental.

Em suma o enfermeiro pode intervir em diversos reas do cuidado no paradigma cuidados centrados na pessoa e de forma ecolgica sendo este e a famlia agentes no seu processo teraputico.5. Referncias bibliogrficasAntunes MC et al. (1997). Evaluating an AIDS sexual risk reduction program for young adults in public night schools in So Paulo, Brazil. Aids, 121-127.

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Boff, L. (1999) Saber cuidar: tica do humano compaixo pela terra. Rio de Janeiro: Vozes.

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Bressan, Vnia Regina et al.(2002) - O cuidar do doente mental crnico na perspectiva do enfermeiro: um enfoque fenomenolgico. Revista Latino-Americana de Enfermagem: So Paulo, 10(5), 682-689. (artigo 4)

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Brusamarello, Tatiana et al. (2007). Cuidado de enfermagem em sade mental ao paciente internado em Hospital psiquitrico. Cogitare Enfermagem: Paran, 14(1), 79-84. (artigo 2)

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Escola Superior de Sade

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Cuidados de Enfermagem

Doena Mental

Cuidados pessoa com patologia do foro mental

Evoluo do cuidar

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FILTRO: artigos que cumprem os critrios do Ano de Publicao. N= 304

SELEO: artigos que cumprem os critrios de estudos/artigos cientficos. N=118

ACESSO: artigos que cumprem o critrio de incluso relativos ao acesso do documento. N=20

PROCESSO DE REVISO:7 Artigos includos no estudo.